A Comarca da Sertã nº402 12-08-1944

@@@ 1 @@@

 

—— Dr José Carlos Ehrhardt —
Dr. Angelo Henriques Vidigal
António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
Eduardo Barata da Silva Correia

‘——-RFDACÇAO EADMINISTRAÇÃO —

RU-A SERPA PINTO — SERTÃ

ASVEAE N CÁCDIO

| PUBLICA-SE AOS SÁBADOS

UNDADORES

Composto e im-
presso nas
Of:cmas Gráficas
da Ribeira de Pe-
: ra, Limitada :

CASTANHEIRA
DE PERA

Teiefo-ei6

ANO IX
N 402

Hebdomadário regionalista, mdependente defensor dos. interêsses da comarca da Sertã : concelhos de Sertá, Olelros P
=== Prognça-a-Nova e Vila de Rei; 8 freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) ===

. AGOSTO –
1944

mm—mmm—mm—mm———mmmm 2NS SS ET ES R2

As -Festas em benefício dos Bombe/ros
Voluntários da Sertáã

o prebãstério

casa do presbitério não
era grandê nem espaçosa,
— massorria de longe à vis-
ta, caiada por fora e rodeada
de canteiros de flóres. Vestia-se
dum tal ar de festa que namora-
va pela belexa rústica, e logo a
distância prometia a hospitali-
. dade que nos dias do prior esta-
va convidando de longe com os
braços abertos a quantos lhe ba-
tiam à porta. Situada na coróa
dum outeirinho, alvejava por en-
tre a folhagem prateada das
faias, cujos troncos lisos e direi-
tos. o vento meneava gr aciosa–
mente. O páteo ajardinado, cer-
cado de alegretes, era todo viço
e frescura, e três cepas enrosca-
das e colossais cobriam com as

sombras dos seus pámpanos as.

: parrezras, : aonde amadureczam
a é

âÓE%

é € ADA receio. Já vt a mor-.
Piste tantas vezes que a.

í -não estranho, nem me
assusta. Dou graças a Deus por
estes dez semanas de tranquili-
dade antes de morrer. Passei

continuamente uma vida ag:tada ;

e cheia de obstáculos e, por 18so,
éste período de répouso o juígo
uma grande mercê. Aqui fóram

todos bondosos para mim. Mas

no momento supremo, em face
de Deus e da eternidade, eu sin-
to e quero dizer aos homens que
ó patriotismo não basta: não de-
nvemos ter ódio nem azedume
para ninguém». . : :

: (Palavras de Miss Cavel ao capelao
inglês Gahan, algumas horas antes de
morrer)

— 2E

NÓS Já temos dito várias ve:
xes que par uma questão
de princípio não acetta-
mos correspondência que se nos
apresente multada por falta de
Sranquia, multa que corresponde

ão dóbro do porte legal. :
Í E que não sabemos se isso se-
ra devido a um simples. descuido
au propósito de nos prejudicar e,
porque também, temos sempre o

Mmáximo cuidado em não expedir

correspondenc:a sem que seja de-
mdamente selada.

‘ Nestes terimos ninguém pode-

rá qualificar de incorrecta a .

nossa atitude.

Vocabulário regionaál —Bida –

apensionada-; vida -muito ocupa-
da e trabalhosa.

” Rebelonda Silgas

O número mais interessante e curioso do
programa das festas de domingo, foi o cortejo
das oferendas, que atraíu à Sertã alguns mi-
Ihares de pessoas, a maioria das quais de po-
voações que organizaram as fogaças e carros.
A vila também se fêz representar condigna-
mente, como não podia deixar de ser.

– Dentro dos carros puxados a bois ou.a

muares, e das fogaças, via-se em compartimen-

tos preparados com certa arte; uma diversida-
de de produtos da terra — cereais, batatas, ce-
bolas, frutas e azeites — vinhos regionais, coe-
lhos, perús, sgalinhas, frangos, galos, pombos,
: leitões, borregos, patos, queijos de canastra,
presunto, ovos, bolos, etc. e até elevadas im-
pertâncias em dinheiro.

Nas ruas do percurso apmhava -se uma

teve muita graça e beleza, pelo colorido bem

aldeão, com iôdas as características do folclore

regional.
Por falta de espaço só no prox1mo número

daremos relato circunstanciado do cortejo e

» descrição dos carros e fogaças.

o de e ol um espeçtº ‘mílaer :
t u’amente med:ta no meio, e nas janeias
muita gente assxstlu ao desfile do cortejo, que

árhfíc:o, preao, t

o Cortejo das oferendas,marcou
Pala, beleza: e originalidade

A quási totalidade do recheio foi vendido
pela noite fora em leilão, com um interêsse do
público que bem demonstrava o valor das ofer-
tas.

A’ noite continuou o festival no recinto
com muito .mais animação do que nos domiín-
dos precedenteês, dada a enorme afluência de
povo, vindo, a maior parte, como díssemos, de
muitas povoações da freguesia . da Sertã; tam-
bém visttaram o recinto, permaneçendo ali tôda
a noite, bastantes pessoas de Sernache do
Bomjardim, Cabeção e Proença-a-Nova e algu-
mas famílias vindas de muito longe.

O «dancing» teve especial animação, para
o que contribuíu, em grande parte, a
musucal de Angelo Mendes

o ar
despertado grande sensação.
‘ — E

de fados e guitarradas, proporcionada por ar-
tistas afamados, vindos da capital, contmuando

o festival com o programa observado desde. Oz

início.

màmowwwamwwemwnºmºw-n–u–nnw»:-«u- mmmn&a—mw#wwwa—m

À cultura ética na Escola Prlmárlal

I PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA

A escola primária ofícial, como oficina
de almas, tantas vezes a única de que as
populações podem socorrer-se, não. deve
alhear-se das normas orientadoras que con-
duzem o homem ao espírito de previdência,

nem pode deixar de estimular, no seu seio

amigo, o zêlo da caridade.

Duas razões primaciais nos inculcam
esta responsabilidade — a indiferença de
muita da nossa gente pela defesa do futuro
e as próprias condições do nosso. meio, ain-

-da a sofrer da influência mdw:duallsta e
ateia é sem os fáceis recursos económicos
que outros povos disírutam, O sentido de

previdência social como da assistência, obras

| estas, por sinal, agora consideradas com es- –

crúpulo, nos competentes meios governa-
mentais, pode e deve receber sem cultivo,
com valor réal e não somente doutrmarlo
na educação da infância.

Nascidas desta incompreensão, encon-
tram-se já disseminadas por êsse .país além,
as caixas escolares. Neste distrito não exis-

te mesmo um único estabelecimento de-en-.
—sino primário oficial onde não funcione tão.
: simpática instituição mutualista e não são
– de somenos valor as receitas auferidas: que
ascenderam .a 275.000 escudos, : no último

ano Jlectivo.

Bor S IIDMESTRE DE FEGUEIÍREDO
Director do Distrito Escolar de Castelo Branco

Mas é certo que uma coisa é o simples
auxílio económico que proporcionam e ou-
tra é a prestação e a recepção dêste benefí-
cio já como efeito dum esfôrço educativo

orientado de modo que associados e famí-
lias percebam e voluntàriamente queiram

colher as vantagens assim obtidas.

Um exemplo frisante da imprudência
em matéria de gastos, sem preocupações
«das dificuldades a que todos, por humana
fraqueza, estamos sujeitos», (1) foi o que se
revelou em-todos os centros de extracção de
minério. Quanto se ganhou, e não foi baga-

tela, quanto se consumiu dlsparatadamente-
A êste exemplo se pode prender o juizo de

como se torna necessário que a escola cui-
de, na medida das suas possibilidades, con-
trariadas tantas vezes pela família, de ir ins-
tilando a parcimónia de costumes e o cui-
dado previdente, acautelando o dia de ama-
nhã. A Casa do Povo deve sobretudo mere-
cer do professor dedicados auxílios dentro
do meio onde trabalha, como exemplo :per-

suásivo para as crianças é pais, aos quais
deve evidenciar o proveito de ingréssarem

gostosamente em tão prestimoso organismo

Concule na 4.º página
4

«troupe –

Para amanhã conta -se com uma exxblçao

A Iáp[g

OS últimos dias dá semana
passada um curioso e tn-

teressante grupo de me-

ninas e bombeiros percorreu as
casas de residência da vila, soli-
citando dos moradores tudo o
-que fósse da sua «devocão» dar
para a grande fogaça da Sertã,
a enfileirar no cortejo com as

doutras proveniências; e désse.
«assalto» em forma e verdadei-
ramente irresistível, não só pelo .

cunho beneficente que o revestia,
como porque as impeirantes se
unham pela graça bem juve-
lp resultou uma: <apreensão»
ou, antes, um despójo valioso :
eram galinhas, que as simpáticas
meninas «aninhavam» cuidadosa-
mente nos capacetes, garantmdo
a segurança de qualquer ovo ines-
perado, coelhos, patos marrecos,
– atados, monstros de cebolas, ba-
tatas a dar com um pau, elc., O

– que tudo reúnido dava para pro-

– ver despensa de grande famí ta e
por longo tempo. —

Os bombeiros continuam mar-
cando posição de destaque pelas
suas intctativas e o «assalto» feve
o condão de despertar nalgumas
pessoas aquéle tributo de que se
deve auxiliar tudo o que é bené-
fico para a colectividade, tanto
muais que só os cinco tostões da

entrada no recinto do festival é

coisa, insignuficante para quem
se uere distrair tóda uma noite

‘seja emancipar-se da pasma-
ceim citadina.

205
Sertã está a ser «invadida»
“por uma vaga de pedintes
de ambos os sexos, repu-
gnando verificar que entre êles
se encontram bastantes sãos & es-
correitos, A densidade da vaga
verifica-se, sobretudo, aos sába-

dos e dias de feira.

Muita. gente dá esmola por
espírito caritativo; outra, para
se livrar de choradeiras, sempre
importunas, mas julgamos de boa
prudência só favorecer com dá-
divas aquéles que, além de neces-
sitados .em . obsoluto, não podem
trabalhar por velhice ou aleijão

— impeditivo. O contrário será al

mentar vícios condenáveis e fa-
vorecer a tendência inata para a

“preguica, um dos matores males
ilque corrói muita gente que en-.
“tende ter víndo a éste mundo so-
fmente para viver à custa do es-

fórco alheto.

Dar esmola a tal gente é ma
lefício e não benefício, Malefício
para ela própria e para a socie-
dade. A raiz do escalracho da-

— ninho deve-se cortar cerce para
que não sugue a seiva da planta

útil, que. neste. caso, é o indivi-
duo. que trabalha e produz.

Conclue na 4.º página

@@@ 1 @@@

 

Vitva – de – Jodo– Nunes – da-Silda: (Málinga)

A

Comarea da Seéertá

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(Recorte esta Tabela para ‘-feferê;n’ci,a.:fútur.—a)â

Horas Estações” Ondas Est. —Ondas Est. Ondas Est. Ondas
12,4: WRUS = 30g “WVRUA 22 Aae Al l S0 ÃS
T34os o WRUS: ug;83:WRUA 25,45 WGEO. 1(),5()
“Msgo S WRUS : rg 8S WRUA 23, WRUW 25,58, Wd_):g L9
ATADA WRUS … 19:83 WRUA 23,43 WRÚUL. 195
18,45 WRUS. 19 8: WRUA 25,45 WRUL IJ.5
29,45 WRUS “19,83 WRUA 26.9
2045
à -(1/2:hora de ‘ programa-espec al);:
21,15 WRUS . 19,83 WRUA 26 93 WGEA 25,3. WGEX 2574:
21,42. WRUS 19,83 WRUA 26,92 WGEOÔ 19,5WGEX 05,4
25745 WRUS_ 30,94 WRUA 39,0º WRUL ‘5 58 WKL) 3o,57
2346 * WRUS? / 30,94 WRUA”389,6 / WKL) / 307

A «NCZ da AMERICA»> em portugues pode ser também escutada .

por intermeédio da- «B. B. Clb, das 19,45 às 20 horas.

FE *nissõe’sª dlarla.a

OIÇA a VOZ . daá
AMERICAcMMARCHA.-

| JíE“JííLº?Jí?’ e Jlíºªalkºalwºjíxºf

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A PIROTÉCNICA SERTAGINENSE.

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cnica em todos. os generos

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gOrar as seguintes carreiras:

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, — Spon Demea Sertã-Coimbra— A’s 3 e rhas 23 (lda e
Oleiros — Diária —exepto aos Domingos — / e volta) nêstes-dias; . :

ê ;ãfgª;)%fqª%?ngj&ºª 4.* 6” e Sábados Serta-Castelo Branco——Aos Sabados__

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Informa:se nesta Redacção, cA COMARCA DA SERKRE A.»

 

@@@ 1 @@@

 

Julgamentos.

Por acórdãs» do, Tribunal
coleéctivvo.de 7 do corrente, foi
julgada não provada e não pro-
cedente a as-ção e próvada e pre-
cedente a reconvenção, é conse-
quentemente, autorizado o divór-‘
ciodefiritivo dos cônjuges Maria
Paula dos: Santos, de” Oleiros e

Aivaro!lopes: Leál, da Madeira, ‘

com’ o fundamento *no adultério
da’mulher, dando-se, assim, por
dissolvido.o seu casamento.

“Custas pela autora, aquela
Maria Paula Santos, com 500fõo
de honorários para cada um dos
advogados oficiosos e 3oogoo
para o solicitador j

Fixado- o valoréda “causa em

20.000%00.

— Acusados pelo Ministério
Público, respunderam:
No:dia.t4 — osé. Pires.. Farr-
nha, eu Josée Farinha Júnior, sol-
teiro, pedrei o, de 24 anos, An-
tónio. Lopes Júnior, .0 «Alho»,
– solteiro, jornaleiro, de-22.,anos .e
António Pedro, o «Córgão», -sul-
teiro, Jornaleiro, de .23. anos, os
deis primeiros da Codeceira e. o
último de Carnapete, desta fre-
guesia, de, no. dia..q de. Janeiro
* do ano corrente, no lugar da Ta-
“ pada, . freguesia . do . Cabçeudo,
desta comarca, .terem agredido,
voluntária. é . corporalmente, à
paulada, Joaquim Fernandes, .sol-
– têiro, de 21 anos, morador..neste

lugar, — causando-lhe . ferimentos:

-que produziram 14 dias de doen-
ça com impossibilidade de.traba-

lho hos 8 primeiros, provando-se

“que a agressão. foi de noite e com
P; ;
Atendendo

de. multa .à. razão de 2%00 por

dia, com.:o, respectivo adicional, |
no minimo do imposto de justiça,.
.com os encargos legais-e, solidà-
riamente, na- . indminização : 1ao

queixoso. de 3Soogroo- e 20070 de

emolumentos. para .o advogado
oficioso, ‘ sendo .abatido .ao: José

Pires Farinha- o tempo de: deten-
ÇÃO SOEIA An o a :

—— No dia 15, António Silva,.
ou Joaquim Maria Júnior, o «Ca-

reêcar ou o «Farinha», casado,

sapaáteiro, de 38 anos de idade,.
de Paranhos, comarca do Pôrto

e César de Matos, soiteiro, ven:

dedor ambulante, de 28 anos, da

freguesia” de Góis, comarca de
Arganil, de, no dia 25 de Abril
findo, na feira. desta vila, terem
subtraído fraudulentamente a An-
tónio Miguel, casado, jornajfeiro;
dã ” Codeceira, desta freguesia,
umarcarteira com documentos e
difihéiro no valer total de510%00.
* O primeiro, que já têm cadastuo;
foi condenado na pena de dois
anos-“de “prisão correceional e
quatro-meses ‘de”multa, ‘à rãão
de 25500 por dia, com o respeé:
tivo adicional,/no míinimo do o
poósto de justiça com os encargos
legais, / roowmoo de indemnização
4do queixoso:e 100700 de emeolu-
mentos para o advogado ofícioso,
O argíido César de Matos não
tomou parte no furto, limitando
-Sé à guardar a carfeira queê lhe
foientregue pelo réu António da
Silva; deitando-a fora logo que
vit-estar descoberto o crime;
considerando-se, portanto, enco-
bridor.. Condenado na’péna de
dois'”meses de prisão corre:cio-
nalieidez/dias de multa à Trazão
de 2:p00 por dia, com’o respec-
tivo adicional, no mínimo do im-:
Yosto de justiça,-comros encargos!
“légais, 50800 de indemnização.
o queixosãm e igual quantia de,
emolumentos para o advogado!
WICIASO. ; ! !
OrtCésar de Matos foi posto!
riberdade. O António da Sil-|
é lconsíderado delinquente ha-.
tual. RE

– Êste númerosfol visado pe-!
la Comissão de Censura dei
Castelo-Branço…

At Comapea da(wSermaãs .

:ao bom-comporta-.
mento. anterior,’, sômente- fôram:
condenados .na .pena de 40:dias.
de prisão correccional-e-7 dias.

” Duas ribeiras te abraçam

— Numa formosa moldura,

* Tuas beleças realecam —
Dando-te mais formosura.
No jardim, que é Pórtugal,
E’s o mais dindo canteiro,
Verdejanto, sem rival,

— Betjádo p’to sel fagueiro.
Córo

Sertá,

Tu foste por Deus fadada:…
Serta, n

Da Beira Baixa és priácçsa.-
DErIa,

Vista do longe alcantilada,’

Pareces ilha encantada, .

Capríivho da Natureza

Resultado . dos exames
do 22 grau

no.concelho da Serta
JURI MASCULINO

(Continuação)

– Mosteiro – Cimeiro: —A(Vcá;;?zeaí

dos Cavaleiros) — Proponente,

Maria Freire KRibeiro: Albino .E.
Martios (a) e Elias J. Lopes.-

: Pisões (Marmeleiro) — Pro-
ponente, Maria Amélia dos San.
tos: David Alves Pereira.

Troviscal.— Proponente; José,.

Diogo da Conceição : Angelo Dias,

“Custódio Farinha: (a), Daniel D,
Nogueira. e. Manusl. A.-da. Silva.,

Isna de S. Carlos (Várzea
dos Cavaleiros).—-,Prop,, Izaura
Caldeira Barreto: ‘Ántónio Fari-
nha, .Domingos Dias e Manuel A,
Martins. . :

Marmeleiro — Prop. Ilda de
Jesus Marques : Eduardo Martins
e Jerónimo Martins. –

Arhioso (Sertã) — Prop. An:
gela’ Miranda Granado: António
M. Pedro, José F. Martins e Raul
dos Santos Fernandes.

Sernache . do. Bonjardim —
Proponente,. .Alexandre. R.. Mi-
randa Boavida: António L. Agos-
tinhos.(a).-Arméfios E:- Pereira,
Cecilio M. Teixeira, Fernando B
Moreira, Eitmino Martins;s Fran-
cisco José S. &. Graça, -Hermi-
nio N. Lopes (a), João J Rolim
(a), Joaquim /da -Silva; Jorge .
Alcobia!(a), José Antunes José
Cotrim, José Lopes “Peres(a),
José’ M. Martins’ e José M’ Bap:
tista. i t

Cabtecutdo — P,róp; Elias Ber-

x

nardo , Fernandes: Joaquim F.

Costa.

Sernache do» Bomiardim —
Proponente, António Coelho Gui-
marãesr(part.)y José-S. Carvalho
enlaime-S; Carvalho:”

Várzea dos Cavaléiros —Pro-
ponente, Maria Balbina Bernardo?
Angelo / A: Mariins, Berrândo Aº”
Núnes;, Filipe “A “Nunês, Filipe
F. Figúeiredo, Joaquim ‘ D!º N6”
gueira (a) e Máatias Fárinha Al-
VeSTAS ! sÃ

Portela.dos Bezerrins (Sertáã).
— Prop. Conçceição, Martins:.da
Silva : António, Mendes, Júnior e

Manuel-N. Alves

JURI MIXTO ”

: o Pedrógão. ;Pequéno ii Propo-
nente, Maria do Céu: Guiomar
D. Cruz e Maria do Carmo AÀ.
Rei., ÉE€ EV ZiqTOn: .

*

Í”Drz’fzcesá da É(?Íí’á i

SLOV-PORÇCARLOS DA LUZ
LETRAºDO MESMO AUTOR:

L
.E cada dia que passa, :
Como-um Yilme encantador,’
Te vej> com maior graça,
Te quero com mais amor *!
Áté a própria Nafureça
Te distingue, nota bem |
Concedendo-te a belega. –
Quenenhuma-terra tem:!

Coóro
SUASTISS s s
Tu fostê por Deus fadada ..
: ete: : í

-O teu-castelo; altaneiro,
Como ninho alcandorado, ..
Dá-te um aspecto guerreiro
Mais próprio do teu passado,
Ainda refúlge a glóriao —
Como fachoimorrêdoiro
Leurnome:ficou na, História
Em 1indeléveis letras.de 01ro !

Côro

Sek!â, ‘
Tu foste porDeus fadada…

Os batatais temporãos.
e7as uvas”

não fôram atingidos por
doença alguma

Meu prezado amigo .Eduvardo.
Barata — Pregunta-me qual a mi-

nha opinião àcêrca-das moléstias

que:atacaram os batatáis. tempo-”

rãos e as uvas. Dir-lhe-eitquesês-

– tes tãonproveitosos. produtos não:
doença.

fôram – atingidos por
alguma…

Os batatais temporãos, plan-

tados no princípio de Fevereiro, —

Quando estavam chaçadoiros, vie-

. ram. 08 ‘«degêlos», .que êste àno –

terminaram a 15. de Abril. Por

isso, devido.ao. muito-frio, .as-ba- .-

tatas ficaram muito miúdas e «in-
quistadas» … (use as reticências
para não explanar muito o as-
sunto)./ Mas «quanto. aos batatais

onde ‘ havia. água, plantados ‘ :no!

fim de Março, produziram – -admis

rávelmete! . Há » pequenos lavra-.

dores que já. estão. preparando

terrênos para -os batatais serôdios-

Agora;as uvas: há vinhas que
não têm nem un bago, queimado
pelo-calor,, muito forte,) que veio
nomeado do passado mês de Ju-
lho:; mas outras; há-que devidorà
variedade de castas muito!«mimo-
sas»,rqueimaram-se ;alguns cachós.
Porém, o prejuízo; referente” à
colheita – não. passade doisspor
cento;.. Os – «pinguinhas» podem:
alegrar-sel; .. S

Para – que;se: saiba : os milha=
rais. de .sequeiro: estão-vingados!!

Há mais -de dez /anos / que não:
houve tão cabandante colheita..

Abraça-o, cordealmente; o seu
amigo,

SILVÉRIO: ROSA»:

Figueiredo — Próp.; – Maria
Matos Abranches : Maria de Lour-
des. Farinha. .

Mosteiro Cimeiro (Varzea dos
Cavaleiros) = Proponente; Maria
Freire Ribeiro (Iiácio” 8. Núnes
(a), Margarida – Alves-e Maria
Emília S. Lopes, o

Castelo — Prop:; Mâria Rosa
Matos : MariaCeleste sda «Costa
erMaria-Helena’S. Rosa”(a):

“Carvallial — Proponente, Ma-
ria Emilia Soares : Mária Amélia
da Costa” E
— Sernache do Bomjardin —
Prop., Emilia H. Silva Miranda
Boavida : Edviges, F. Rolin,1(a),
Maria Adélia L. Agostinho, (à),
Maária dos Anjos Alves-(a). e Ma-
ria da, Conceição Nunes, –

— – Cumiada-— Proponente, Maria
Alíce -CGhambel » Maria: Luiza Faz
rinha! biv |

A canícula tem sido de se =
lhe tirar o chapéu, com mil mi- –
1. . lhões, de demónios… :
— Sua-se por todas os poros, :

o calor entorpece-nos e derreia- .
. nos,.impede-nos de.produzir

trabalho de jeito nas horas des-

tinadas às lides diárias! Uf!!!
“Háã mais que sonolência, há uma

sensação incómoda e contínua

. de mal estar.

Esta.. temperatura tropícai,

-; quo nas zonas, tórridas se. não
— estranha. porque é vulgar, na
. maior parte do ano, aqui é in-
: tolerável. E se nós nos. queixa-
“ mos, que permanecemos . quási
. sempre à sombra, o que dirão –
..os pohbres jornaleiros e todos
. os demais. operários que têm de.
. ganhar a côdea no campo, sob

um.sol que abraza ?

Mas,: foi, sobretudo, na.se- .
gunda-feira da semana. passada .

que..a.vaga. de. calor se fêz sen-
tir. com inaudita-e. incrível vio-

lência.. Todo. o :dia. houve: um .

vento isuão, .abafadiço, que pa-
receu. . vir.. de. qualquer. deserto

medonho, do inferno, digamos ;
eram.bafuradas de fumo que es- :
caldavam,. queimando tudo, ho- –
mens, animais e plantas, .todos –

os seres vivos de parte:da su-

perfície .da .. Terra,; Aqui,, como –
em. muitas. outras . zonas.. do”.

País, a que nem.sequer.Lisboa,

benerficiada: pela brisa marítima, .

se.furtou, o mercúrio dos ter-

— mómetros, trepou .à escala en- –

ds is

Euncion

— “Nomeado aspirantefestagiário

do concelho da Sertã o sr. Poli-

cárpo Gu$tavo dos SantosRosa.

— Colocada. na. situação de:
inactividade -a professora-da es-
cola do Marmeleiro, sr.ºD.Laura — FOSt v É
: so, : Santo Estêvão, a sr.º D. Matil-

da Conceição Meireles Cardoso,

a partir do dia 19-4-042 (15 anos

deêe serviço).

: ‘_.Re’ãressou à “Sécção de” Fi

nançasde Penamacõôr.o aspirante
sr.. Martinho Gonçalves, que aqui
esteve em comissão de serviço.
Outeiro da Lagóa (Sertã)=—
Proponente; Marta de”Jesus Al-
ves :*Belmira’ Ferreéira Pites. ”
“Sernache do “Bomjardim —
Proponente, *Ermelindaá € Dias
de “Azevedo “(part.): Maária José
Alcobia. E
Passartia (Sertã)— Prop. Lau-
ra-E. Augusta Gomes : Fernanda
de Jesus Marques…
Portela dos Bezerrins ( Sertã)
— Proponente, Conceição Mar-
tins’ da . Silva:* Mária’ de’Jeésus
Nunes;:: Rs o
Pedrógão .Pequeno — Props,
Jerónimo Martins Nunes (doms:)::
llda de Jesus. e —
—(a)— aprovados ccm distin
Ção-e:os restantes’ aprovados. *

, Unmaise t,oiletteà »-a,’—i._.si)iniá

“só com bons tecidos

da casa.
Samaritana»

“Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR» :

tre os 40 e 50º. Um verdadeiro
SPAVOr UBBISAG P1h :

Em Madrid, capital de Es-
pâánha, a wpopúlação sentiu de
“tal’modo o calor que teve de

sé refugiar nas montanhas “pró-
ximas.

À água das ribeéiras vê’se
decrescer dia:a-dia e agora já
não são os milharais que a con-
“somem em grande porçãóo, por-
quê estão criados. Na Vàrzea
dos Cavaleiros a seca atingiu’ o
augê; basta dizer que o:sr.
« João Martins Manso, proprie-
tário duma fábrica de resinas,
tem: mandado transportar : da
ribeira drande da Sertã£zem ca-
mions, a água inecessária “para’
alimentar’a sua indústria.

Em: Lisboa, vá lá êste por-
ménor” curioso, caíam, das ár-
vores,. mortas. por: isolação,
centeénas de.passaritos:

Quanto.aos danos causados
à agricultura pela “elevadíssima –
-temperaátura de:que não há me-
mória, diz-nos. o nosso bom
amigo Silvério. da ‘Rosa : «Palei
no meado do mês passado na
abundante produção de uvas e
na magnífica colheita dos mi-
Ilharais ; porém, a assombrosa
vaga de calor que assolou a
nossa região — não presenceei,
nunca tão grande. horror — no’
dia 31 de Julho, queimou mui-
tos, muitos, cachos e definhou
as hortas; mas os milharais
pouco oú nada sotreram, por-
que estavam já desfolhados», —

Encontram-se:; no Quteiro
da Lagoa, o sr. Eduardo Mar-
tins, e família, do Pôrto; nos.,
Calvos, o sr. Albano, Antunes.
Costa e família, de Lisboa; em

de de Jesus e Silva ; em Pedró-
gão Pequeno, o.sr. Francisco
David. e. Silva, de Lisboa, e.a
sr.º D. Maria .da Piedade Freire
Ribeiro ; no Brejo da Correia,.o
sr. Francisco Inácio Correia,
de Lisboa.

— Sairam .para. a Figueira
da Foz, com-suas famílias, os
srs. Francisco -Pires de Moura
é António A. Lopes Manso;
para Braganca, a sr.º D, Maria
Júlia-Mesquita, do Bravo; para
S; -Forcato.(Guimarães), o sr.
Manuel Ramos, de Lisboa ; para
Lisboa, a sr.º D. Maria Matos
Abranahes, do Figueiredo.

. — Regressaram. a Lisboa o
sr. António A. Murtinheira. e
espôsa.’ : :
— De Alvaro.. retirou. para
Faro, com seus. filhos .e.acom-
panhada de seu marido,.sr. En-
genheiro J. Barata, Correia,..a
sr.º D. Maria Augusta desMen-
donça David, Barão Correia,
José Esteves Garcia :
Vindo: de Fernando Pó, onde
exerce importante actividade
agrícola, encontra-sesem/Ólei:
ros, O nosso amigo,.sr. jJosé

— Esteves Gârcia; a quem” apre-

sentamos os nossos cumprimen-
tos/de, boas-vindas.! 2 :

Vice-Presidente da Câmara-,

« — , Foinomeado vice-presidente
da. Câmara Múunictipal-do nosso
contelho o Dr, José Farinha
Tavares) | 12 DRIA

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

Notas…

7 cultura ética na

. Iapis |

(Conclusão da 1.’ página)

Repetimos hoje, aquilo que
afirmamos no número anterior,
quanto .à necessidade imperiosa
de fazer a maior propaganda pos-
sível do bom nome da nossa ter-
ra, proporcionando às pessoas
de certa posição, que a visitam
nesta época, o maior número pos-
sível de distracções de natureza
familiar, bailes, reuniões e pic-
-nics, já que não há teatro e as
sessões de cinema são incertas.

-O Grémio Sertaginense é a
única casa recreativa em condi-
ções de realizar os bailes e reu-
niões e bastará um pouco de boa
vontade da Direcção para atingir
tal finalidade. Quanto aos pic-ni-
cs,’ está naturalmente indicado
que sejam as próprias pensões a
levá-los a efeito, por considera-

ção com os seus hóspedes, mas

seria interessante que êles tives-
sem uma organização colectiva,
isto é, que abrangesse os hóspe:-
des das demais pensões, para o
que os proprietários se conserta-
riam, é também não seria. desa-

certado que a êles dessem a sua
presença e todo o auxílio possi-

vel às famiílias da Sertã.

. Era demonstração inequivoca
de boa amizade; de fidalguia e,
sobretudo, de hospitalidade, .que
muito honraram a Sertã noutros
tempos e que nós devemos con-
servar como título da mais re-
quintada nobreza patrícia,

E com isto só teremos a lu- .

crar, convindo não fazer excep:
ções, que magôam, entre os nos-
sos visitantes dignos dessas aten-
ções.

Abrir o salão do Gremxo to-
dos os domingos, após o encer-
ramento das festas dos bombei-
ros e pôlo à disposição das fa-
mílias de fora, que directamente

seriam convidadas pela Direcção,

parece-nos uma ideia inteligente
sob os pontos de vista que defen-
demos e duma oportunidade ma-
nifesta. Para complemeénto insta-
lar-se-ia um bufete, regularmente
provido, numa das dependências
anexas ao salão.

: 20

0 princípio de incêndio que há

dias se registou.na vila,

: numa loja de arrecádação

de lenha e mato séco por baixo

duma:casa de habitação, poderia

ter efeitos funestos se se verifi-
casse de noite.

A ;mprudenbia ou, antes, a
estupidex de lançar cinzas mal
apagadas junto pe mato séco, no
rés-do-chão de uma moradia,
não cabe ém bestunto razoâvel-
mente equilibrado e mostra uma
insensatez absoluta. =

é Para que são os tnatos sé-

€scola Pr:mcma

PREVIDÊNCIA E ASSISÊTNCIHK

(Cont,inuação da 1.º página) .

corporatwo dispondo, além disso, dos meios
convnicentes da perfeita gerencfa da Caixa
Escolar a solucionar as inúmeras dificulda-
des que se levantam ao mestre e aos alunos
pobres no exercício da aprendizagem Não
duvidamos, pela própria experiência, da pos.
sibilidade de que esta associação alcance
seu fim formativo, com a benéfica fepercus-
são dos seus efeitos mediatos. DesPertand

dentro da escola o espírito rtiutualista, fa-
zendo compreender à criança como lhe será
difícil vencer sózinha, neste mãr encapelado
da vida, os riscos da pobrezaã, da doença,
invalidez e velhiçe, atenuaremos em muitos
corações a desdita dêstes sofrimentos, con-
juraremos os perigos de deslises e culpas
graves, da revolta e do ódio em que se cai,
por situação de tristeza provável, mas em
que nunca se pensou. E não será diminuto
o valor moral que se transmitiu. :
: Mas, além da providência, a escola
pode desenvolver a sua acção até à assistên-
cia, pelas Cantínas. No douto Parecer da
Câmara Corporativa, sôbre o Estatuto da
Assistência Social, pode ler-se, a respeito
desta obra escolar, que a Sua «generalização
em Portugal produzma os mais imprevistos
resultados>» e que seria uma obra de mise-
ricórdia de projecção universal. «Obra de
misericórdia ! Aqui està, na verdade, um as.
pecto de catecismo prático : dar de comer a
quem tem fome. Que a sua realização tam-
bém não é tão embaraçosa como às vezes se
supõe, provam-no, entre outros, dois teste-

: munhos : um fui conhecê-lo numa escola ser-

; taneja e outro numa capital de distrito.

Pelo primeiro verifiquei que até sem.

dinheiro se realiza e mantém tal mlcnatwa

A professora manda cozinhar junto com o
seu, o alimôço dos alunos, confeccionado
com legumes e hortaliças que êles próprios,
sobretudo osmaisiricos oferecem, Em meiojde
populacão dlspersa esta professora oferece
aos pequenitos, com aquilo que êles próprios
trazem, um caldo quente e reconfortante
que, pela distância da escola às suas casas,
nestas não podem comer. A professora é,
simplesmente, contra-regra daquêle impres-

‘sionante espectáculo, todos os dias repetido.

Pôr a mesa e lavar a louça são opera-

ções a cargo das meninas. E’ de esperar

que em tal ambiente germine muito entendi-
mento do amor do próximo, muita nobreza
de carácter.

de. Amanhã é o dia da batata, meninos,
dizem os professores. Podem trazer uma,
pequena ou grande, como puderem e as que
quiserem. No dia seguinte acumulam-se ar-
róbas com as migalhas das ofertas. O mes-
mo sucede no dia do feijão, da couve, etc.
Quantas lembranças se provocam de que,
para além da fartura em que alguns vivem,
reina a miséria a consolar.

.. — Nestes tempos de tamanhas dificulda-
des e tantos egoísmos vale bem a pena o
sacrifício dalguns dêstes cuidados ao menos
para que a vida de nosssos filhos seja mais
feliz e rlsonha de que a de nossos dias. :

Ctzltzve-se nesta zrztençao, o espzrztal
de previdência e assistência. .

(1)-—Do Parecer da Camara CorporatWa,—l’

‘sôbre o Estatuto de Assxstenma Soc1a1

Interessa às senhoras :

Têm chegado as mais lindas-
sêdas | Valona – Mousse
Gersey-Suráh.- Marrocain,-eto,

à CASA
Samaritana!

— Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR
%
O outro exemplo regista se nesta cida- ª
&

WWWWWW#MM#MWM#W###

cos nas lojas das casas de habi-
tação ? cabe-nos agora pregun-
tar. Para deitar nas pocilgas ou
nas estrebarias que existem de-
baixo das casas também, de cer-
fo, pois doutro modo não se com-
preenderia que o mato fósse guar-
dado êm tais anexos, que para
tudo devem servir menos para

18s0.

A única solução seria acabar
com as pocílgas. do rés-do-chão
de: algumas habitações, que. são
focos anti- h:gzémcos e por isso
altamente. nocivos e periugosos.

Para o caso chamamos a aten-
ção: do sr. Delegado dejSaúde

da Câmara. 306
= 2708
PATO da Luz, de Tomar,
que desde à semanas vem
à Sertã em serviço pro-
Lissional, propós-se, de colabora-
cão com o regente, interino, da
filarmónica União Sertaginense,
intensificar os ensatos dos seus
componentes e pór à estante al-.
gumas: novas. músicas, a.fim-de
tornar. possível a realização dum
concérto público lá para os mea-

dos de Setembro. Ambos, ainda,
tencionam remodelar o «jazr

«band» dentro dos recursos de
que se dispõe ou, pelo menos,

conseguir uma melhor prepara-”

ção dos seus executântes.
o cccc :
“Doentes .

Regressou de Lisboa, onde
obteve algumas rrelhoras, a sr.º

D.º Maria José do Vale Santos*

espôsa do sr, Carlos Santos.

– Contmua bastante doente o

sr. António A. Craveira.

o restabelecimento imediato

de ambos é o que sinceramente
desejamos.

“DESASTRE

No dia 2, no Vale das Aveias,
Íreguesia de Cabeçudo, deu-se
um desastre, que só por acaso de
sorte não teve resultados fatais.
Nagquêle sítio possui uma pro-
riedade de terra de cultura José
ufmo, ou José da Laura, ónde
existe um pôço com a profuddi-
dade de 60 palmos; para facili-
tar a rega, o Rufino construíu
um ” grande tanque de: madeira,
que “colocou : junto da bôca do
ôço, assentando mesmo um-dos
ados do tanque no bôrdo, com-
posto de terra movediça e por
15SO; “sem apoio suficientemente
sólido; na tarde daquêle dia es-
tava já o/tanque cheio, cujo pêso
devia . reprêsentar ‘ muitas cente-

nas de quilogramas, e encostados.

a êle o dono da propriedade e

seus filhos Mário e José, de ida .

de entre 15 e 18 anos, quando
inesperadamente à terra ruíu, des-
penhando-se, no fundo do pôço,
o tanque, quê arrastou com êle
os ‘ três homens. O pai ficou
muito contuso, o José com um
profundo. ferimento na cabêça e
o Mário com uma perna fractura-
da em três pontos Í

Baptizado

No dia 1 do ‘corrente: bapti-
zou-se na igreja matriz local, um
filhinho do nosso amigo .sr. An-

tónio. Barata e Silva, secretário,
º de fmanças, aposentado, e de sua

espôsas r.º D. Albertina, da Silva
Barata.
Do neófito, que tem o nome

de Joaquim Eduardo, foram pa-

drinhos seus primos sr.º D. Ma-
ria Ilda Gameiro de Almeida
Correla e Silva, espôsa do sr.

José Barata Correia“e Sil-

va, de Tómar é o estudante Anº-

tónio de Mendonça David Bara-
ta Correia, filho do sr. engenhei-
ro Joaquim Barata Correia, de
Faro.

Nasamento

Tiveram os seu felizes suces-.
sos, no dia 26 de Julho, a sr.é
D. Guilhermina da Purificação
Barreto, espôsa do sr. Alberto
dos Santos Baneto e no dia 1
do corrente, a sr.º D. Maria Mar-
gar,xda de Carvalho Monteiro, es-
pôsa. do sr.;-Joaquim Ferreirá
Monteiro, da Sertã,

Cada casal foi presenteado
com um fortissimo rapagão, o
qué nos apraz reglstar

-ov»o»»aem»w

LÚCIO AMARAL MAR-
QUES,. Chefe de Finanças do
Concelho da Sertã : Faz saber que
os . convidados. os, ;eontribuintes
industriais do grupo C de cada
uma das freguesias dêste conce-
lho, a indicarem até ao dia 31 do
mês de Agôsto de 1944 e de har-
monia com o parágrafo 1.º do
art.:6:º do Decreto-Lei’n.º $4.916
de 10 1-935. o Delegado escolhi-
do ‘pelo ‘ sespectivo ‘ grémio: ou
por classe de contribuintes a fim-
-de. constituirem , a Comissão de
que trata. o mesmo artigo para
a fixação do rendimento tributá-
vel para o lançamento da referi-
da contribuição do próximo ano.

E para que chegue ao conhe-,
c1mento de todos, se passou o
presente e outros de igual teor,
que vão ser afixados nos lugares
públicos do costume,

Secção de Finanças do cón-
celho da Sertã, 3 de Agôsto de
1944. ‘

: o Ch’efe da Secção

“Lúcio Amaral Marques

Qu.e’rle.is vender os |
vossos artigos ?
anunciai na “Comarça da Sertã””

OTERITA

duma valiosa meeda para o
fundo da compra do
auto-maca

Um anónimo teve a cativante
lembrança de enviar ao nesso
amigo sr. António Barata .e. Sil-
va, uma moeda de ouro de 5.000
réis, do reinado de D, Luiz, da
tada de 1867, para. ser entregue
à Associação dos Bombeiros Vo:
luntários, destinando-se o produ-

 

to da venda em leilão, pelo maior –

preço, ao fundo destinado à com.
pra do auto-maca de que a Cor-
poração carece em absoluto. O
sr. Barata e Silva já se desem-
penhou da generosa missão.

esecsosseaRlesesesos

José Botelho da Silva Mourão –

Conquanto ainda não haja
sido publicada na fôlha oficial,
não resistimos à tentação de no-
ticiar, hoje, a transferênc:a a
seu pedido. do nosso amigo
José Botelho da Silva Mourão,
do logar de Chefe de Secção
de Processos desta Comarca
(3.º classe) para o chefe de Sec-
ção Central da Comarca de
Anadia (1.º classe),

Se, por um lado, nos referi-.

mos ao facto com íntima ale-

gria, porque uma tal transferên-

cia é um prémio justo e a sa-

tisfação legítima dum direito-
conhecido aos méritos dum fun.

cionário probo, íntellgente e sa-

bedor, numa palavra, exemplar,.
como é, de facto, José Mourão,
por outro lado, e pordoe-se-nos.

o «egoísmo», é com desprazer

que o vemos afastar-se definiti-
vamente do nosso convívio por-

que se trata duma. pessoa de
grandes qualidades morais, ex-

celente chefe de família, com’

que sempre se pôde contar,

pela sua correcção e fino trato,

e pela lealdade due pôs em to-
dos os seus actos. E os fucio-

nários bons que vêm para a

Sertã têm de apreciar-se e es-

timar-se como merecem, tanto

mais que no nosso meio não

abundam os elementos de valor.

20 que dizemos sôbre José
Mourão é simplesmente a ver-
dade. Nós, como muitos outros,
honrámo-nos com a sua. convi-
vência e a sua amizade e não
podemos deixar de tornar pú-
blico o nosso sincero . reconhe-

cimento pela maneira atenciosa.

como senipre aturou as maça-
das que lhe demos quando, em

serviço profissional, nos dirigia-.

mos à Secretaria Judicial para.

colher elementos de mforma–,

Ção,.

: José. Mourão tomou posse
do cargo de chefe da 3,º Sec-
ção .da S. J. desta comarca no.
dia 10 de Janeiro de 1934 e há
cêrca de cinco anos vinha exer-
cendo o de chefe de Secção
Central, “qualquer dêles com
muita competência e zêlo, de
forma.a conquistar a maior con-
fiança e simpatia dos Magistra-.
dos e. a amizade dos colegas.

Não .é, por certo, sem pesar
que José Mourão se afasta da
Sertã, tão vasta é a sua roda
de amigos e porque aqui lhe
nasceram dois dos .seus filhos:

. os traquinas Trajano e Ludgero,

Desejamos, de todo o cora-

Ção, as suas venturas pessoais.
e de tôda a sua família e oxalá

que em Anadia. continue com .a
mesma felicidade que até aqui,
a sua carreira de funcmnário
distintíssimo,

“Acontecimento
elegante!

Abe1 tura da estaçao
de verão

ha CãSâ

Samarltana

Rua Serpa Pinto, 32 * :
TOMAR