A Comarca da Sertã nº403 19-08-1944

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——FUNDADORES —

— Dr José Carlos Ehrhardt —
Dr. Angelo Henriques Vidigal
— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêna e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrês

 

Ol | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO Cº’;riº;:;ºn:s E
ª Eduarão Barata da Silva Correia Oficinas Gráficas
: da Ribeira de Pe-
ª — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— : ra, Limitada :
ml | RUA SERPA PINTO — SERTÃ GASTANHEIRA
: PUBLICA-SE AOS SÁBADOS Totofosesê
ANO IX Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, Oleiros, D
ee . ; ‘ Q | : AGOSTO
N.º 403 === Prognça-a-Nova e Vila de Rei; 8 freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) === 1944

ES ESA RS R2SO RS EZSS EZIS] R2ES3 R255 RS RZ2IS2 R26 EZA ES EZT 12857 EZS2 EZISA PSICS E2ISA EZ2ISA EZTSA E2ESA K2TSA ESTSS EPNSE R29S9 R2A PS RoRo PORS presc

 

Notas…

O prebistério

4 TM volta da risonha mo-

: rada penduravam-se
as vinhas pelas encos-

tas das colinas, até às margens
dum ribeiro, toldado de salguet-
ros e chorões que se terciam pa-
ra beijarem a água. Por entre
as vinhas aparécia em malhas o

verde mais fechado das hortas, |

metidas entre valados de pitei-
ras, enquanto ao lado sussurrava
a levada correndo pelas reguei-
ras.

cantavam de espaco-em-espaco
os olhos, oferecendo-lhes bosques
fechados e embalsamando tudo
em roda com a sua fragrância.

Subindo pelos outeiros, que
ondeavam desde a planície até
às montanhas torreadas no ex-
tremo horizonte, os troncos no-
dosos e robustos das oliveiras
trepavam de socalco-em-socalco
até à cortina de pinheiros, cujas
cabecas, dum verde triste, a vi-
ração baloucava lá em cima,
meneando-as entre murmúrios ao

cair da tarde. .
Rebêlo da Silva

20
Ó S precos de venda nos mer-
e cados semanais vêm tre-
pando continuamente e duma for-
ma absurda e inexplicável, pare-
cendo que os vendedores se con-
Juraram para nos arrancar a
pele por tódas as formas e fei-
tios.
Ainda que na CoRCO. É,
não tivessemos conseguido adqui-

rir a tabela de precos em vigor

– dos principais artigos de consu-
mo, (exceptuando os das mercea-
rias, afixados nos estabelecimen-
tos. próprios) não resta dúvida
de que ela a deve possuir, exa-
ctamente como é de lei geral pa-
ra todos os concelhos do país.

E’ evidente que essa tabela é
agora letra moria e para tais
abusos, que devem se reprimidos
por representarem um desafóro,
chamamos, de modo especial, a
‘atenção do sr. Comandante do
pósto da Guarda Republina, au,
toridade competente e rzelosa-
que Sabe pór de parte considera-
ções pessoais de qualquer espécie
quando reconhece a necessidade
absoluta de se cumprir a lei.

* Os especuladores deverão ser
castigados pelo uso e abuso que
vém. praticando sem contempla-
ção, em detrimento exclusivo de
quem precisa de abastecer-se, com
regularidade, dos géneros essen-
ciais à sua alimentação.

TS

Os pomares, copando-se, en- .

l/ª] propósito

Cortejo das oferendas, efectuado na
Sertã, no domingo, 6 do corrente,
como parte integrante do programa
das festas dos Bombeiros Vo-
luntários, demonstrou, à evidên-
cia, o quanto pode conseguir a iniciativa
quando a sua finalidade busca atingir o bem
público e encerra tôda a devoção à grei,
por intermédio das colectividades que têm
lundas raizes na benemerência.

Com efeito, é preciso compreender,

dentro dum verdadeiro espírito de isencão

e desinterêsse de ordem material, para se
confinar ao plano de ordem moral, o valor
do esfôrço, culminado pela abnegação, que
os dirigentes da simpática Corporação dos

– Bombeiros dispenderam e a fôrça de von-

tade, orientada com o único objectivo de
fortalecer e prestigiar uma instituição que é
de nós todos, que foi preciso empregar para
conseguir a colaboração de algumas povoa.
ções da freguesia nesta importante «parada»,
que está acima de tôdas as críticas e das pe-
quenas questiúnculas pessoais, pelo seu alto
significado de ordem moral. :

Pode essa tentativa, tendente a desper-
tar as nopulações rurais da sua indiferença
pelo bem colectivo, não ter, desta vez, atin-
gido, ainda, o resultado absolutamente sa-
tisfatório que acalentaram os empreendedo-

Na tarde de 6 do corrente, de sol cintilante
e abrasador, chêgam à Carvalha, um após ou-
tro os carros e fogaças: do sr. Augusto Rossi,
uma curiosa e pitoresca vivenda campestre, «Ca-
sal dos Gaios de Fama», assim se denomina,
coberta de telha mourisca (imitação perfeita),
tendo as lojas ocupadas por diversos animais do-
mesticos e, entre êles um galo pimpão e muito
vaidoso, impando de orgulho por ser: senhor da-
quêle «palácio», imponente no gesto e na figura,
todo se mirando e remirando nas suas avantaja-
das calças.,. de penas! De espaço-a-espaço
solta o seu cantar triunfante e soberbo, mostrando
aos bichos atónitos, que se acotovelam nas caves.
que ali é rei absoluto ! :

E não taltam a adega com a bela pinga do
branco, nem despensa com tentador recheio: mi-
lho, evos, presunto, queijo, trigo, batatas e azeite.

Do Vilar da Carga, azeite, fruta, bolos, ba-
tatas,-trigo, centeio e vinho.

Da Passaria (Capelania de N. S. de Penha
de França, o carro mais valioso em produtos da
terra pelaá quantidade, há, às mãos cheias, bata-
tas, 7 alqueires de trigo, muho, centeio, 1o litros
de vinho, 7 quilos de presunto, 1 borrego, 3 coe-
lhós, 1 lindo e anafado leitão preto, galinhas, coe-

dOos

.__IB»mlleílms Voluntários da Serta

O significado duma iniciat

Oas Fesfasl

va

res do cortejo ; é que poucas fôram as po-
Voações que se fizeram representar e é evi-
dente que muitíssimo maiores são as possi-
bilidades de auxílio da Sertã, se acaso nos
limitarmos a ela. Mas não há dúvida que a
iniciativa abriu novos e mais dilatados hori-
zontes futuros à contribuíção valiosa dos po-
vos rurais por tudo aquilo que lhes é caro
ao coração, que se adapta perfeitamente à
sua ideia de pagar o bem com o bem. Amor
com amor se paga e se os Bombeiros estão
aptos, pelos meios de que dispõem e pela

fôrça moral que os anima, a livrar as popu-

lações das calamidades dos fogos e de quais-
quer outras que estão ao seu alcance evitar,
– proporcionando, ainda, o transporte rápipo
de feridos e doentes aos centros de socorro
e assistência médica, é justo e, mais que
isso, é um dever facilitar a sua acção por
todos os modos possíveis, sem cuidar de sa-
ber se entre as povoações há rivalidades e
intrigas, que devem ser banidas ou pelo me-
nos desprezadas pelas pessoas de bom senso
e bom moral, que devem ter por norma não
alimentar vaidades nem acicatar os espíritos
doentios, embuídos de permanente mau hu-
mor, sempre insatisfeitos turvados pelo des-
peito, que vêm, apenas, no evcto de outrem,
por mais insignificante, a ofensa prepositada
ou infúria grave. ‘

lhos, pombos, cebolas, frutas, queijos de canas-
tra, pães pe ló e bolos regionais, 3 paios gran-
des, fritos e, até, para demonstrar que a Herda-
de é a terra dos ferreiros, 1 tenaz e 1 sacho, bem
perfeitos no fabrico ; para êste carro contribuiram,
além da Passaria e da Herdade, Venestal, Ver-
“delhos, e Cimo da Ribeira.

Da scenhora dos Remédios (Capelania), um
carro com grande profusão de arcos, dentre do
qual se ostentavam cereais, legumes, tubérculos,

animais diversos, entre êles um borrêgo, mel, e

100%00 em dinheiro.

De Carnapete, uma fogaça com vários ani-
mais e produtos agrícolas.

Da Serra de S, Domingos (Capelania), um
carro ornamentado a preceito com os indispensá-
veis produtos, vinhos regionais, espumôso e do
Pôrto, peixe 1 leitão assado, que rescendia, pre-
sunto, 1 paío de cêrca de dois quilos e 22000
em dinheiro; o carro tem ao alto um engraçado
moinho de vento.

Da vila da Sertã, um carro sem grande be-
leza, mas .que é, entre todos, o de maior valor
global, pois que só em dinheiro encerra 3.225$00,
(da Várzea dos Cavaleiros, Goospoo; do Vale do

(Concule na 4.º página)

.a lápis

Há agora alguns que se ven-
dem no nosso mercado mais ca-
ros do que na própria capiítal e
que nela se explicam, até certo
ponto, por causa dos transpor-
tes e da margem do lucro dos
revendedores. :

‘No nosso mercado acentuou-
-se uma rápida subida, princi-
palmente, dos animais de capo-
eira, legumes, ovos e frutas,

O peixe tambem vem a se
vendido por precos exorbitantes
e verifica-se éste caso curioso,
demonstrativo de ganância: quan-
do na praça, eventualmente, há
um só vendedor, os precos são

– bastante puxados, descendo au-
tomaáticamente, logo que ali en-

tra outro negociante do artigo.

E’ claro que éste procedimen-
to, ainda que inaceitável, pode
ter outra explicação: o intúito
de o primeiro vendedor, que che-
gou à prça, aproveitar-se da cir.

— cunstáncia de-estar só para ex-

plorar o público, baixando os
preços logo que outro surge, pa-
ra fazer concorrência, prejudi-
cando, desta forma, o «colegá»
ao mesmo tempo que bentficia o
público, «involuntáriamente» …

Tudo isto é uma grande pa-
ródia e está a pedir o devido
correcitivo !

2E

ESTÁ tomando proporções
E de epidemia a avalan-
che de pedintes que por aí apa-
recem, aos bandos, como abutres
esfomeados…

* Alguns conhecemos nós a quem
a família conseguiu recolher em
azilo, dada a impossibilidade de
trabalharem, por doença e ve-
lhice, mas ali não se sentiam êles
bem, a-pesar de não lhes faltar
o essencial ao passadio… é que
se lhes cortavam certas liberda-
des e éles preferem andar cá
por fora, na boa vai elal, na
pedincha, bebendo copo aqui,
copo além, para entreter a ocio-
sidade !

Esses e outros, enquanto no
vigor da vida e no gózo pleno
da saúde, esbanjavam os ganhos
em futilidades e na bebedeira,
nem sequer provendo devidamen-
te ao sustento das famílias e ago-
ra somos nós que os temos de
aturar, suportando a sua falta
de previdência, porque raro é

aquéle que pensa no dia de ama-

nhã, .. Outros, ainda, doaram,

(Conclue na 4.º página)

 

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A Comarca da Sertã

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FESTAS

na Madeirã

n programa atraente
e de carácter tipicamente regio-
nal, efectuam-se na risonha al
deia da Madeirã, interessantes
festejos, nos próximos dias 920
e 21, sendo de esperar grande
concorrência de forasteiros, não
só de todo o concelho de Olei-
ros, mas também de muitos ma-
deiranenses, residentes na ca-
pital, que aproveitam os dias de
festa anual para visitarem a
terra que lhes foi berço e abra-
çarem as famílias.

Não sabemos se essas pes-
soas contrataram. alguma ca-
mionete para os levar à Madei-
rã e reconduzir a Lisboa, mas,
ainda que isso não tenha acon-
tecido, parecia-nos de bom avi-
so que a Companhia de Viação
de Sernache, sempre solícita
. em bem servir os naturais da
. região, como está largamente
demonstrado, organizasse êste
ano, um serviço especial de
transporte para quem, vivendo
em Lisboa, queira assistir às
festas da Madeirã,

Evidentemente que só con-
vém, tanto à companhia como
aos forasteiros, que uma ou
mais camionetes obtenham o
preenchimenio completo da lo-
tação.

PROGRAMA

Domingo, 20, Início dos feste-
jos com uma salva de morteíros.
Ás 9 horas, Irecepção à Orques-
tra-Jazz, a qual percorrerá as
principais ruas da localidade.

A’s 14, Cortejo Cívico ao
Alto do Vale Terreiro, no qual
se incorporá a Orquestra-Jazz,

A’s 15, Abertura de arraial,

— dando-se comêço aos grandes
divertimentos. A’s 16, serão
disputadas grandes provas de

corridas pedestres e distribuí-
dos valiosos prémios aos ven-.

cedores.

— Três grandes prémios serão
— atribuídos aos ranchos que me-
lhor se apresentarem no arraial,
os quais para serem admitidos
neste concurso, devem apresen-

tar-se das 18 ás 20 horas.
Será considerado o melhor

rancho o que maior número de

compornentes tiver e mais bri-
lhantemente se apresentar em
descantes e bailes regionais.

A’s 23, será queimado um
vistoso e deslumbrante fogo
prêso, de artifício, confecciona-
do por um hábil pirotécnico da
região, prolongando-se até de
madrugada,.

Segunda feira, 21, Ás 6 ho-
ras, estrondosa salva de mor:
teiros. A’s 7. alvorada pela or-
questra jazz. A’s 9, Concerto
musical num dos recintos mais
aprazíveis da localidade.

A’s 12, entrega “da bandeira

à futura Comissão. A’s 13, aber- |

tura da quermesse, descantes,
bailes e outros divertimentos.
A’s. 19, continuação do arraial,
bailes e outros divertimentos,
com o concurso da Orquestra-
-Jazz.

A’s 22, será queimado um
deslumbrante fogo de artifício.

EAA ssAA LLL aa —

Quereis vender os
vossos artigos ?

anunciai-na SEomaroa da Serta”

A Comarca da Sçrtã

Aitravés da comarca [ ENSA-2

Pêso. B1

Na passada semana inicia-
ram-se as obras há muito pro-
Jectadas, na igreja matriz desta
freguesia, cujo templo benefi-
ciará das importantes modifica-
ções que há bastante se impu-
nham. As obras são executadas
sob a competente e acertada
orientação do nosso zeloso pá-
roco e custeadas a expensas
de generoso auxílio de muitos
filhos desta freguesia.

— Afim-de tratar dum assun-

to do. mais alto interêsse para.

a nacão Espanhola e, possivel-
mente para Portugal, no que está

vivamente empenhado o govêr-.

no da vizinha Espanha, deslo-
cou-se a esta localidade, o
Ex.””” Sr. D. Francisco Muãoz
Gómes, vice-cônsul em Covilhã,
o qual se avistou com o Ex.=
e Rev. Sr. P. Sebastião de Oli-
veira Gardoso, querido e bon-
doso pároco desta freguesia, e
cuja sábia intervenção, na solu-

ção satisfatória do que se pre-
tende se tornaria indispensável’

— De regresso de Aírica,
encontra-se nesta freguesia,
acompanhado de sua espôsa, a
a sr.º D. Arminda da Silva Dias
Baptista e filhinho, o nosso
amigo sr. Alfredo de Oliveira
Baptista, sócio da conceituada
firma comercial Oliveira & Oli-
veira, na cidade de Benguela.

E
Madeira, 3o

Encontra-se na .viá púbica
impedindo e prejudicando o trân-
sito, mesmo defronte da igreja
matriz, um muro derruído, que,
além disso, está causando pre-
juizos à parede da igreja, pois
OS carros, para se desviarem
dêsse, muro, vão de encontro à
parede, a qual já se encontra
danificada.

Pedem-se providências a
quem de direito, afim-de evitar
maiores prejuízos ao templo.

SEARAS
de Milho de Sequeiro

Fôram nomeados os srs. An-
tónio Nunes da Silva Mata, de
Sernache do Bomjardim, José
Farinha Tavares e José Crisós-
tomo, da Sertã, para constitui-
rem a comissão que deve clas-
sificar as melhores searas de
milho de Sequeiro, dos conce-
lhos da Sertã de Vila de Rei
(área abrangida pelo Gréêmio de
Lavoura, com sede na Sertã).

Há, apenas, três concorren-
tes: os srs. António Bravo Ser-
ra, de Sernache, Demétrio da
Silva Carvalho, da Sertã e dr.

José de Oliveira Xavier, da Boa-

farinha (Vila de Rei).

Inspécção.

Terminaram os serviços de
inspecção à Tesouraria e Sec-
ção de Finanças e à Secreftaria
da Câmara Municipal da Sertã.
os srs. António de Castro, sub-
-Inspector Geral de Finanças e
João Lodina, sub-lInspector-
– adjunto, que, ao que nos di-
zem, levaram da Sertã as me-

lhores impressões dos funcio-

nários com quem tiveram de
privar e dos serviços a seu
cargo.

O ser. António de Castro

manifestou a sua satisfação pela
maneira como aqui foi recebído
e tratado.

Incêndio

Nnma ioja do rés-do-chão
da casa onde reside a sr;º D,
Conceição Baptista e o sr. dr.
Eduardo Marques C€. Correia.
Simões, Juiz de Direito da
comarca; agora ausente, houve
um princípio de incêndio, logo
prontamente debelado pela in-
tervenção de alguns populares
e dos bombeiros, que ainda
tiveram de empregar uma agn
lheta.

O fogo propagou-se dumas
cinzas lançadas de manhã cedo
pela serviçal daquela senhora
a um mato ali arrecadado; nes-
sa loja guaria-se também le-
nha.

AÀ imprudência de despejar
cinzas mal apagadas na loja
podia ter conseqiuências graviís-
simas, principalmente se o fogo
se declarasse durante a noite,
quando naquela rua raramente
transita alguém ;

Não há a registar prejuízos.

Humorismo

A um herói de volta da cam-
panha preguntaram qual foi a
sua maior façanha.

O guerreiro respondeu com
orgulho :

— Cortei as pernas a um ini-
migo ! :

— Porque não lhe cortou a
cabeça ?

— Não cheguei a tempo, já
lh’a tinham cortado. :

 

Quando aquele que hoje é vesso

marido tinha outrora
pedido a vossa mão,

estava convencido que ela se
conservaria tão suave e fão
resplandecedora como nos dias
radiosos da lua de mel. Mas,
“depois, mil trabalhos árduos
atacaram essa mão delicadae o
vosso esposo sente-se entriste=
cer .. Ressuscite a sua alegria e
encanto cuidando as mãos com

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Beneficência

— Para auxiliar o estudante

‘pobre Ernesto Lourenço, aluno

do colégio «Vaz Serra», prote-
gido pela «Comarca», entregou-
-nos 50$00 o sr. Ernesto E. de
Carvalho Leitão de Lisboa.

— Com destino aos nossos
pobres, recebememos do sr.

Capitão Jerónimo R. Tasso de
Figueiredo, na sua recente pas-
sagem pela Sertã, o donativo
de 10%$00.

Os nossos sinceros agrade-
cimentos.

 

Éste número foi visado pe-
la Comissão de Censura de
astelo Branco.

iAA

===:=== EM FOCO

Sob o titulo «Vida Regional»,
publicou o «Diário de Notícias»
de. 23 .-de Julho, na N1.º página,
um «relato sôbre as aspirações das
populações rurais e ocupa-se, de-
signadamente, dos desejos de Pe-
drógão Grande, quanto à conclu-
são” de Lousã a Belver, (54-2.º)
que é também velha aspiração do
concelho da Sertã, do concelho
de Vila de Rei e da vila de Car-
digos. Diz ser essa estrada uma
das mais antigas do país e ter
sido designada por vários nomes,
ou melhor, vários números, afir-
mando depois que essa estrada
«ligaria com grande economia de
tempo os distritos de Coimbra e
Castelo Branco e daria vida a
grande número de povoações im-
portantes».

Há, porventura, êrro ao refe-
rir-se àquela ligação, porquanto a
estrada de Coimbra a Castelo
Branco é uma, com traçado bas-
tante distanciado da de Lousã a
Belver, tendo esta a apreciável e
importantíssima vantagem de vir
a estabelecer ligação comunica-
ções fáceis e rápidas entre os po-
vos que habitam desde a foz da
ribeira de Covelos, seguindo pe-
los concelhos de Lousã, Casta-
nheira de Pêra, Pedógão Grande,
Sertã, Vila de Rei, nordeste do
distrito de Santarém (beneficiando,
extraordinàriamente, Cardigos),
até Belver, estabelecendo, por
isso, a ligação com o Alto Alen-
tejo.

Termina por dizer que numa
dessas povoações importantes
—PCardigos — porque o é, sobre-
tudo pela sua indústria, «vive
quási em santidade um poeta de
87 anos — José de Oliveira Tava-
res — que desde a sua juventude
acalenta a esperança de a ter pró-
ximo de casa e desejaria, não já
percorrê-la a caminho da Beira
Baixa, (partindoó do princípio de

Eb DLA id

Administração Geral dos C. T, T.

AVISO

importante

CONTAGEM DE TEMPO
de conversação telefónica

A partir de 15 de Agôsto, as
telefonistas deixarão de interrom-
per as conversações telefónicas
inter-urbanas ou regionais para
avisarem da proximidade do fim
de cada período e indagarem do
peticionário se deseja continuar,
limitando-se a dizer, no preciso
momento de terminar cada pe-
ríodo : « Três minutos», «Seis mi-
nutos», «Nove minutos» e assim
sucessivamente.

O peticionário da chamada,
quando desejar terminar a con-
versação, deverá pousar o aus-
cultador e dar três voltas à ma-
nivela do telefone, nos aparelhos
providos dela.

Desta maneira, o peticionário
da chamada, além de continuar
em condições de controlar o cus-
to da conversação à medida que
esta fôr decorrendo, aproveitará
todo o tempo de cada período
útilmente, dado que a interven-
ção da telefonista e consequente
resposta daquêle consumia alguns
segundos em cada período de
três minutos.

Uma pregunta e uma resposta!

Porque nem sempre V. Ex.º

veste com elegância ?
Por não poder com facili-
dade e sem enorme
dispendio ir a Lisboa.
Então, com o aparecimento
pode observar-se o desa-
parecimento de tal lacuna,

e assim, vestir sempre ——

pelos últimos figurinos
da casa

Samaritána»
Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR *

que há êrro, êsse percurso, de-
pois da estrada concluída, só se
pode fazer indirectamente), mas
vê-la abrindo novos horizontes à
sua freguesia, antes que se lhe
apague a luz dos olhos,

E como esta pequena vila que
é também o berço do ilustre jor-
nalista dr. Joaquim Manso, tôda a
comarca da Sertã, muitas e mui.
tas povoações quási isoladas,
como Alvaro e Oleiros (contusão
evidente com a estrada Castelo
Branco Coimbra), seriam benefi-
ciadas pela suspirada comunica-
ção e seus ramais».

«Espera-se, por isso—termi-
na por dizer—que os estudos vin-
dos de há setenta anos, pelo me-
nos, sejam agora concluídos e a
contento do maior número possí-
vel de interessados,

As estradas são, cada vez mais,
elementos de progresso e esta,
quando não tivesse, e tem, muitas
razões que impunham o seu aca-
bamento, tem já o direito de an-
tigúidade» …

Por sua vez, o «Diário de Lis-
boa», de que o dr. Joaquim Man-
so é director, publicou um opor-
tuno comentário, a-propósito da-
quêle relato do «Diário de Notí-
ciasy».

Electrificação
Nacional

Sob esta epigrafe publicá-
mos recentemente uma local,
que o importante diário católico
«As Novidades» se dignoutrans-
crever, no seu número de 7 do
corrente, na secção «Revista
de Imprensa».

Agradecemos a deferência,

PEEEBEEDESTT EE SEOS
ESXSAME

Concluiu o 1.º ano do Insti-
tuto Comercial de Lisboa, Cons-
tantino Farinha Nogueira, filho do
Dr. Manuel Joaquim Nogueira,
do Vale do Pereiro.

— A ume outro, um grande
abraço de parabéns.

soersocsoocseooeos

Doentes

— Têm obtido ligeiras me-
lhoras, nos últimos dias, o sr.
António. Alberto Craveiro e o
menino José, filho do sr, Arman-
do António.

— Encontra-se bastante doen-
te, desde há semanas, o sr. An-
tónio Rodrigues.

O restabelecimento de todos
é o que sinceramente desejamos.

Eb edebodo & EA ol id

FONTES

exisem
reparação
urgente

E’ de urgente necessidade
proceder-se à reparação das
fontes desta localidade; exis-
tem três, as quais estão tôdas
em péssimo estado. A fonte Dr.
António Salaviza encontra-se
completamente sêca; a Manuel
das Neves está na mesma, pro-
vàvelmente porque, não tendo
sido reparada há muito, as
águas estraviam-se; a fonte das
Tranqueiras tem água no depó-
síto, mas pouca aparece no
marco.

Porisso, esta localidade pre-
cisa, urgentemente, que ao me-
nos uma delas seja reparada
quanto antes, evitando-se que a
população continue recorrendo
aos poços, cuja água está cheia
de bichos e poeiras, o que afec-
ta, gravemente, a saúde pú-
blica.

Chamamos a atenção da Jun-
ta de Freguesia para o facto e
entendemos que ela deve agir
rapidamente para bem da população.

 

@@@ 1 @@@

 

A Comareca. da, Serta

Notas…

(Conclusão da 1.º pág.)

o pouco que possutam aos filhos,
Ffavorecendo odiosamente aquêétes
que julgam ser seu arrimo e am-
paro na velhice; e vivem nesta
doce ilusão enquanto não se faz
e prometimento; depois são es-
corraçados pelo mais favorecido e
desprezados pelos outros, que se
consideram lesados nos seus di-
reitos.,.

Éste é um dos casos que ago-
ra nos lembrou como determt-
nantes da undigência, cá pgelos
nossos sítios !

205

D[Z «A Vog»,’de 29 de Ju-
E lho, no artigo tintitala
do «As pês do Papa»:
Informain os jornais que o pro-
cedimento dos soldados católicos
americanos e ingleses em Roma
téêm edificado os próprios roma-
nos. Só para ésses soldados assí-
duos às cerimónias religiosas,
Jfóram destinadas oito igrejas da
Urbe, providas de sacerdotes de
dlíngua inglesa. :

Na “basílica de S, Pedro,
vêm-se, a tódas as horas do dia,
grupos de militares. Muinos sel-
dados, ao entrarem em Roma,
quiseram receber logo a comu-
nhão, como preparação para sua
permanência na Cidade Eterna.

Nos primeiros dias do «eor-
rente mês, foram recebidos pelo
Santo Padre numerosos solda-
dos do 22.º Regimento Canadia-
no, descendentes dos. xuavos pon-
tifícios que, em 1670, combateram
no exército de Pio IX, em defe-
sa de Roma e do Vaticano. Pio
XII falou lhes num especial afe-

.cto, edaltecendo o esfórco pro-
gressivo do Canadá, a fidelida-
de dos católicos canadianos a
Roma, e o valor da cristandade,
que naquéle imenso país, já vai
de oceano a oceano, pelas regiões
artísticas.

De uma vez, na segunda se-
mana do mês de Julho, falando
a 4.000 soldados británicos, Sua
Santidade manifestou a maior
alegria por ter siãdo poupada
Roma, «guarda dos mais precio-
sos tesouros da Civilização, cujos
túmulos e cujos templos têm sido
verdadeira inspiração para a fê
cristã e para o heroismo cris-
ftão».

R CCNONNSNOO L GE SNSNTA

Mútua de seguro
de gado bovino

Consta que o Grémio de La-
voura, local, em obediência a
uma circular da Direcção Geral
dos Serviços Agricolas, vaí con-
Vocar uma reúnião de todos os
lavradores que possuem gado

bovino na área da sua jurisdi-

Ção, ‘wpara se constituír uma
mútua de seguro de todo o ga-
do daquela espécie.

a CASA
Samaritana!
APRESENTA:

Tecidos de sêda natural,
Lindos e modernos
padrões

Modêlos encantadores,
Figurinos ultra modernos.

Rua Serpa P’nto, 32
* T0 MeAR

== S 04ras

Sogras!. quem há que as tenha conhecido
Que delas se não queixe amargamente ? !
São quási sempre o pomo impertinente

Da guerra entre as mulheres e o marido.

As sogras! Nem de barro – tenho ouvido
Gosta de as ver, à porta, muita gente ;
E como Deus no Ceu as não consente,
Já de sogras o Inferno têm enchido.

E’ que elas são a agulha ferrugenta
Que vive armando a intriga virulenta
Onde a paz tantas vezes se malogra.

O AIRAZO
do correio de Lisboa

Desde há semanas que, num
dia por outro, não chegam à
Sertã as malas do correio de
Lisboa porque, segundo consta,
o combóio do ramal de Tomar
sai do Entroncamento para aque-
la cidade, nesses dias, antes da
chegada do combóio vindo da
capital, que ali passa com bas-
tante atrazo, em virtude do in-
tenso movimento de .passagei
ros e bagagens nesta época do
ano.

Não nos importa saber as

Só houve um h mem, um, que nem de leve,
Nem nunca disse mal da sua sogra,
Fot Paí Adão, mas foi porque a não teve…

LUIZ DA SILVA DIAS

causas que otiginam a falta de
correspondência em dias im-
previstos, nem isso nos compe-
te averiguar, mas porque o fac-
to acarreta prejuíizos graves
para a população desta área,
limitamo-nos a pedir previdên-
cias ímediatas ao sr, Director

» dosC.T,T.do distrito.

À peopósito das

Festas dos Bombeiros Voluntários

da Sercta

(Conclusão da 1.º página)

Pereiro, 8oopoo e da Sertã, r.825$50), produtos
diversos, salientando-se, pelo volume, grande pro-
fusão de abóboras, vinhos em quantidade, parte,
da colheita de 1941, aguardente, azeite de 4 dé-
cimos, presunto, regadores e baldes de zinco,
Vassouras e escovas.

Do Outeiro da Lagôõa, com a colaboração da

Portela e do Olival, o carro mais: bem ornamen-.

tado e com valiosas oferendas, servindo-lhe de
guarda avançada do s cavaleiros.

Do Maxial, 1 fogaça com diversos artigos da
origem, í

O cortejo pôs-se em marcha pela rua Rodri-
go Caldeira, levando à frente o pronto-socorro,
deu a volta à Praça da República e voltou pelo.
mesmo percurso, Rua Cândido dos Reis abaixo,
já que a passagem pelas ruas Serpa Pinto e Cas-
telo se tornava difícil aos bois e muares, em vir-
tude do declive da última ; no couce de cada car-
ro e fogaça viâám se grupos de rapazes e rapari-
gas das aldeias ofertantes, gue cantavam quadras

singelas mas de belo efeito,

Foi um espectáculo colorido e assás interes-
sante, que arrastou à vila alguns milhares de pes-
soas, tôdas desejosas de presenciar uma cena
inteiramente inédita no nosso meio, e pelas jane-

las viam-se muitos. curiosos e-frisos de lindas

damas.

Antes do cortejo e durante êle, os foguetes
e morteiros atroaram os ares incessantemente. Na
cauda, seguia a filarmónica.

Depois do cortejo chegar à “Carvalha, rei-
núiu-se o júri para classificar os carros e fogaças,
tomando por base o valor das oferendas e a arte
que presidiu à ornamentação, tendo em conta
esta última, única e simplesmente para que de
futuro haja esmêro na apresentação, despertando,
no espírito dos aldeãos, o gôsto pela arte regio-
nal, visto não ser inaiferente expor, por exempio,
um alqueire de trigo numa caixa nua ou: numa
cesta florida, garbosamente engrinaldada, ..

O júri era composto dos srs. Dr. Angelo Vi-
digal, Augusto Rossi e Ernesto Leitão, que antes
de se prenunciar sôbre as classificações. de har-
monia com o critério que escolheu e adopícu, deu
a palavra ao dr. Viídigal que, com inegável facili-
dade e perfeita clareza, explicou aos milhares de
auditores a finálidade das festas e o objectivo
das oferendas, agradecendo em nome da Corpo-
ração aos habitantes das povoações todo o seu
esfôrço e boa-vontade, levada, em certos casos,
até ao sacrificio e esmêro com que se houveram

— quási todos os concorrentes, na preparação e or-

namentação dos carros e fogaças e classificando
de valiosíssimas as ofertas, que se pode dizer te-
rem excedido a mais optimista espectativa; e de-
pois de explicar dentro de que plano o júri enten-
deu dever efectuar a classificação, considerando

| o valor em conjunto das ofertas e a arte aplicada,

como já se disse, conferiu menção honrosa ao sr.
Francisco Rossi (prémio individual) pela apresen-
tação da casa campestre, tão cheia de graça e de
cunho acentuadamente regional que revelam rara
habilidade e gôsto inexcedível e proclamou como
merecedores de prémios todos os carros e foga-
ças, ficando em 1.º logar o Outeiro da Lagõa,
2.º, Capelania da Senhora da Penha de França;
3.º, GCalvos ; 4.º, Gapelania da Serra de S. Do-
mingos ; 5.% vila da Serta ; 6.º, Capelania da Se-
nhora dos Remédios; 7.º, Carnapete e &.º, Ma-
xial. : :

Os prémios consistiram na distribuição de
foguetes, contando-se o número de 7 para a cla-
ssificação inferior, aumentando de 3 na ordem
ascendente.

Pela noite fora foi vendido grande parte do
recheio, começando-se pelos animais e produtos
fácilmente deterioráveis; ainda sobrou muita
cousa para leiloar nos domingos imediatos.

« — e Drosse o uem

Com o programa dos domingos anteceden-

“tes, continuou, no dia 13, o festival na Carvalha,

em beneficio da Corporação dos Bombeiros, ve-
rificando-se o0s mesmos costumados interêsse e
entusiasmo por parte do público, que ali acorre,
atraido pelas mais belas distrações, sempre va-
riadas, pois que os números têm sido maravilho-
samente organizados, de forma a deixar.as me-
lhores impressões a tôda a gente.

De tarde, chegou ao recinto um carro enga-
lanado de Amioso, que deu apreciável colabora-
ção à festa, pelo valor dos produtos apresentados:
Foi recebido com muitos foguetes e morteiros.

Á noite, as muitas centenas de pessoas que
ali se juntaram, tiveram grandeé prazer e conten-
tamento ouvindo os eximios artistas da Canção
Nacional, que a Comissão das Festas contratou

em Lisboa, para uma exibição em forma.

E foi magnífica sob todos os aspectos; em-
polgou a assistência, subretudo, os apreciadores
de fado, que rejubilaram ruidosamente, não se
cançando de aplaudir os notáveis intérpretes da
canção mais linda e emotiva para a gente lusa.
Foi uma noite em cheio.

Maria do Carmo Fôrres, Adelaide Cardoso
(a Miúda de Alfama), e Modesto Maia, acompa-
nhados pelo guitarrista Fernando Freitas e viola
Alfredo Mendes, formam um grupo de incontes-
tável valor e seja-nos permitido destacar, entre os
cantadores, Modesto Maia, que possue uma voz
que arrébata aquêles mesmos que não nutrem
pelo fado popular um grande gôsto. Temos de
felicitar o grupo pela evidente distinção com que
que hove no desempenho e a Comissão de Fes-
tas pela feliz iniciativa, que redundou em êxito
absoluto e foi motivo de alegria e encantamento
para o público. Nos intervalos dançou se anirna-

“ damente ao som do «Jjazz band», Amanhã é o

último domingo das festas, que têm decorrido’
com um raro cunho de beleza, atraindo à Serta
muitas e muitas centenas de pessoas.

.a lapis

Governador Civil de Coim-
bra féxz distribuir aos
presidentes das câma-

ras municipais do seu distrito
uma circular recomendando uma
execução das disposições legais
que reprimem o hábito de escar-
rar e cuspir nos lugares públi-
cos.

Não é só no distrito de Coim-
bra, mas mais ou menos por to-
da a parte, até mesmo em Lis-
boa, o que é o cúmulo, que se
escarra e cospe na via pública e
até nos cafés e mmais estabeleci-
mentos de entradu livre, acto no-
fento e indecoroso, que nos infe-
ríoriza aos olhos do estrangeiro
e dá bem triste íideia da nossa
Jalta de cultura, demonstrando
à evidência, que somos uns gran-
des porcalhões e, mais que isso,
uns. bácoros de alto lá com o
charuto !

Cospe-se por hábito e em qual-
quer parte, sem sombra de escri-
pulo, não se pensando que o es-
carro é repelente e provoca náu-
Seas e que os doentes dos pul-
mões podem transmitir, atravez
dêle, depois de séco, às pessoas
sãs, os micróbios do mal,

Seja como fór, o péssimo cos-
tume deve ser banido, a bem ou
a mal, não sômente no distrito
de Coimbra, mas em todo o país,
para que não nos chamem ho-
mens civilizados por troca ou

JSavor !
206

NA freguesia de Cardigos
tem lavrado mal rubro
e sucede o caso curioso

de algumas pessoas caiarem os
porcos, o que lhes dá um ar có-

mMmico e qa:é simstro !

Vistos à noite, à luz da can-
deia, parecem fantasmas! Há
dias, uma mulher do Azinhal
catou um pórco, mas com tanto
cuidado que nem os olhos do po-
bre bicho escaparam! O resul-

“tado foi o animal ficar cego!

Isto diz o nosso cojega « Con-

– celho de Mação», sendo pena não

explicar qual o intúito da caia-
cão: se preventivo, se curativo
ou únicamente para afugentar a
maleita !

O caso tem a sua graça e é
muito bem capaz de suceder que
encontre sundamento em coisas

| de bruxedo, tão apegada está a

gente do campo a práticas dis-
paratadas, que mais são de rir
que lamentar ! —

EBEA

Funcionalismo

Manuel Vieira, aspirante de
Finanças, transferido de Olei-
ros para Condeixa.

— Nomeado, precedendo
concurso, aspirante estagiário
de Proença-a-Nova, Manuel do
Nascimento Mendes.

Lindas sêdas!!
“Tecidos leves ;
Vaporosos:!!

são como as flôres da
Primavera !
são o encanto -das
Senhoras!

Que as apreciem e comprem
Pa caoad

Samaritana

Rua Serpa Pinto, 32 —TOMAR