A Comarca da Sertã nº398 15-07-1944

@@@ 1 @@@

 

“DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO

FUNDADORES
— Dr José Cerlos Ehrhardt —
“Dr. Angelo Henriques Vidigal
— António Barata e Silva —
Dr. JosÍ Barnta Corrêsn e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa

S Composto e im-
” : : : : presso nas
;ª » Eduardo Barata da Silva Correia g rsfeas
—— : : da Ribeira de Pe-
; ———RÉ.DVACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — |: ra, Limioda |.
wl | RUA SERPA PINTO – SERTÃ ‘ CASTANHEIRA
mih : E h
É PU-BEI_CH-SE AOS SÁBADOS Telefo di6″
ANO IX Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã : concelhos de Sertã, Oleiros, o
; ! . h . i JULHO
N.º 398 == Proença-a-Nova e Vila de Rei; g freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) AA= 1944

:
EPA ESA R2R FS R2 RR R2TS9 RS3 F2R RS RSA RS E2ISA 1257 EZ26SA E2ISA RB2Sa R2 PSA EZ2SO R2557 RZTS2 RZ9 R2A ESA R2952 RSA FSIS PISQ ESA PORR RA5G

lotas…

0 Santo Condestável

— «Inacessível ao medo, com tó-

—da a coorte de sentimentos mes-
quinhos que são a antitese do he-
roísmo, era inacessível à cobica,
e a tóda a série de paixões egoíis-
tas, que se opõóem à santidade.
Tinha a alma temperada em
abnegação, do mesmo modo que
tinha o braco temperado em.ener-
gia. No seu espirito, em que a
vontade dominava imperiosa e
afirmativa como em nenhum ho-
mem, desabrochava o pensamento,
cândida, santamente formulado
por um carinho sedutor.. :

– O Condestável era o pai dos
humildes e infelizes. De tudo
quanto recebia, na partilha dos
despojos guerreiros, separava lo-

.&go o dízimo dos pob Todos

se para o8 anos de fome. A nin-
guém havia de faltar pão! Era a

providência dos necessitados, E

duranie as tréguas, num ano de

: crise, alargou as distribuições de
trigo para além da raia: aàs
bêncãos e aclamações do Alentejo
inteiro juntaram se as da Estre-

madura, êm Castela. Para a ca-

rídade não há amigos, nem ini-

migos; há sômente criaturas de
Deus »

J. P. OLIVEIRA MARTINS

(1845-1894) |
: 2oE .
“- ÚS Carlos», simpática agre-
— miação de Lisboa, que
todo o País conhece, vai em bre-
ve ter a sua casa em Mem Mar-
tins para inválilos e desprote-
gidos da fortuna. À casa é um

conjunto de pavilhões para os

graúdos e colónia de férias para
os Carlitos.

Nestes tempos, em que predo-
mina um forte utilitarismo e toda
a ánsia de lucro, é justo salien-
tar tódas as iniciativas genero-
sas e de amor do próximo,

&
20
UMA recente declaração,
Hitler afirmou «que é pre-
ciso uma fórca de nervos imensa
euma decisão incrível para re-
— sistir em momentos como os que
Vivernos agora, mas perante nós
há como que uma estréla que di-
rige tuda o que fazemos, Este
principio é o de que não capitu-
laremos perante. nenhuma difi-
cuidade». ES

20

Ú’rei Gustavo da Suécia tele-.

grafou ao Regente da Hun-
— gria pedindo lhe a sua interven-
ção junto dos chefes políticos
húngaros no sentido de cessar na
Hungria a perseguição aos ju-
deus. :

Ao desencadear-se esta guerra
principiou, nalguns países, a eli-
mimnacão purá e simples da raça

jJudaica, considerada nefasta pela

IVE há dias oportunidade de medir a
minha ignorância dos regulamentos
que presidem aos serviços públicos.

Ocorreu-me então mais uma vez a falsidade
corrente da distinção entre cultura. e igno-
rância. Para o público, o saber começa com a
leitura, o homem culto é o que muito leu e
o sábio é o inventor ou o erudito de cate-
goria universitária. Abaixo disto estende-se
a zona espêssa da ignorância, que culmina
com o analfabetismo. Sob outro ponto de
vista, foi geral o atraso ignaro até à descober-
ta dos maquinisinos, que originariam, há um
século apenas, a civilização contemporânea.

— Ora, o saber é muito relativo; nenhum
homem possui a ciência universal; saber
umas coisas significa ignorar pràaticamente
. outras: Dentro da relatividade do esfôrço e

capacidades humanas, ou se fica nas gene-
ralidades da cultura livresca ou se aprofunda
um tema preferido, o que equivale a uma

ipecialização, ou seja a uma limitação de
— cuitura. Por seu turno, as pessoas que não
estudam, isto é, que não freqilentaram as
escolas nem seguiram .os cursos universitá-
rios, têm a ciência da vida e da sua profissão,
muito maior do que geralmente se julga. À
ciência duma cozinheira ou dum camponês

bios não possu:m e que lhes levaria tempo
a aprender. — :

Eu estou mesmo em crer que a química
tôda de Pasteur não lhe bastaria para cozi-
nhar um dêsties jantares triviais que a classe
média tem todos os dias em sua casa. O
saber dum agricultor —a quem nós cha-
mamos, sem hesitar, bronco e primitivo — é
rico e variado, abrange noções práticas de
geologia e de química, a vida das plantas e
dos animais, a meteorologia e suas relações
com o ciclo do desenvolvimento vegetal.
Nada disto se improvisa, e equivale de facto
a um saber tão importante e tão vasto como
o tipo vulgar da cultura livresca, geralmente
parcial no seu convencionalismo. Estes sa-
bem uimas coisas, aqueles sabem outras, e,
como o saber é filho da prática ou do estudo,
aprender um determinado número de noções,
factos ou doutrinas, traduz-se realmente
pela absorção de tempo, e de esfôrço que
faltam para outros domínios.

Serviços públicos tão complexos e pres-
. timosos como, por exemplo, os correios ou
caminhos de ferro atingem tais proporções
de engrenagem que constituem de facto
verdadeiras ciências práticas, capazes de
absorver tôda a actividade dum homem, e
que são afinal um dos rodízios sôbre os quais

marcha a civilização. O público não repara

é qualquer coisa de respeitável, que os sá-

— SÁBIOS SEM O SABER

Por DUQUE VIEIRA

para isso, e dessa falsa avaliação ressente-se
lamentâvelmente tôda a sociedade portu-
guesa. O funcionário, sem brio profissional
e invejoso da cultura livresca, que julga pa-
drão da supremacia de espírito, sente-se
diminuído na sua profissão, que considera
um fardo incómodo e destituído de interêsse,
inferior e degradante. Áspira a outra coisa,
e faz o pior que pode aquilo que devia cons-
tituír a sua glória, ou seja a consciência da
utilidade social do seu trabalho.

A vida dum país é um somatório muito.

complexo de actividades várias, e o todo é

bom ou mau conforme actua bem ou mal
cada um dos elementos componentes. E’
neste sentido que se diz terem os povos os
govêrnos que. merecem. O govêrno é mais
um efeito do que um agente de governação.
As queixas que se fazem contra a má polí-
tica são quási sempre merecidas queixas con-
tra os cidadãos e os funeionários, sem cujo

“concurso dedicado e inteligente é impossível

ter boa política e boa administração. Nascem
daí os govêrnos de excepção, que obedecem
ao princípio, geralmente ineficaz, de reme-
diar pela intervenção forçada os males que
vêm de todos. ;
Podem tomar-se então medidas muito
acertadas e muito úteis, mas, como o siste-
ma é artificial e sempre, em certo modo,
contra a natureza do organismo social, a sua
eficácia é apenas temporária e muito preju-
dicada pela falta de elementos capazes. A
continuídade exigiria a consciência geral de
bem servir, que não se inventa. Possue-se ou
não se possue; cresce com os indivíduos
e fortifica-se, atenua-se ou desvia-se con-
forme os ventos que sopram do meio social,
À valorização ou desvalorização comparativa
das profissões vem de fora e encontra eco ou
repulsa no temperamento de cada um, que

– por sua vez vai actuar sôbre a sociedade,

fortalecendo-a ou atrofiando-a: As idéas
criam-se, espalham se e moditicam-se, e, por
debaixo delas, contrariando-as ou corrobo-
rando-as, está a maneira de ser especial do
povo, que dará maior ou menor consistência
a essas idéas que num determinado tempo
predominaram. |

O trabalho metódico, contínuo, buro-
crático não é muito do temperamento por-
tuguês, e com essa deficiência ou repulsa
teremos sempre de contar, — mas, em con-
trapartida podemos ao menos actuar sôbre
as idéas reinantes, rectificando falsas apre-
ciações e fazendo predominar na opinião’
pública um mais justo e conveniente aprêço
pelo trabalho de secretaria, errôneamente
desvalorizado no conceito geral.

sua tendência para o mercanti-
lismo, pela sua avareza e forie

espírito de comunidade, invulne-

rável a qualquer influência do
meio onde vive; mas se 1sto são
defeitos, conta, então, grandes e
apreciáveis qualidades. E são es-
tas, por certo, que determinaram
a perseguição ajrontosa, um ver-
dadeiro canibalismo, que os po-
vos selvagens se envergonhariam

de pór em prática. Partindo do
princípio, fundamentalmente hu-
mano e cristão, de que todos os
homens são 1iguais perante Deus,
recusamo-nos a aceitar as razões
invocadas por certas nações elo-
go seguidas por outras, de que o
judeu é uma racça inferior e, co-
mo tal, deve ser esbulhado de

tudo, escorraçado e perseguido

como cão tlinhoso.

Veja-se quantos sábios emi-
nentes dessa raça téêm contribuído

:para o bem da Humanidade,

quantos financeiros têm influído
no desenvolvimento económico e
até em grandes obras filantró-
picas dos países onde nasceram
ou habitam e fácil será concluír
que só a inveja, o rancor e o de-

sejo demoníaco da rapina pode
motivar tão repugnante e brutal

..alápis

guerra de exterminio, preparada

e movida com requintes de fero-
cidade, que em nada abona os
seus fautores e dá uma vergo-
nhosa ideia da sua formação
moral. ;

20

EMBAR CA hoje, com destino

a Lourenço Marques, S..

E. o Cardial Patriarca, que, in-

vestido na dignidade de legado.

pontiífício a latere, sagrará e pre-
sidirá à inauguração da catedral
daquela cidade, edifício suptuo-
sissimo, monumento que perpe-
tuará os sentimentos de Fê por-
tugueses naquela linda terra bem
portuguesa e bem cristã, trans-

formada, em cêrca de meio sé-

culo, dêé feitoria inóspita em c1-
dade formosissima, mercê do es-
pírito colonizador e civilizador
duma raça que sobrepujou as
demais em audácia, em cavalhei-
rismo e amor da Humanidade.

Sua Eminência digna-se fazer
uma rápiãaa visita a todos os
territórios portugueses do tra-
jecto e pode calcular-se o júbilo
com que os portugueses o rece-
berão, testemunhando-lhe a sua
admiração e respetto e exteriori-
zando, por forma eloquente, a
sua profunda Fé Católica e todo
o amor patriótico, porque o Sr.
Cardial Patriarca é não sóa
mais alta figura da Igreja Por-
tuguesa mas também um grande

português,
2.&

DE vez em quando aparecem-
-nos na Redaccão cartões
de diversos cavalheiros, que se di-,
zem camaradas, pedindo a inser-

ção de artigos de propaganda a

tróco de boa paga…
Ora, como nós já fomos co-
midos por diversas vezes, o me-

lhor é os ilustres camaradas 1irem

bater a outra poria, ..

20E

HURCHILL, num recente
discurso, ao referw-se às
bombas voadoras, que parecem
um caso sério, disse que teria sido
um érro não considerar a gra-
vidade desta forma especial de
ataque, mas que, ao contrário do
ponto de vista do Govérno sóbre
a fórca e a extensão dêsse perigo,

“os estragos e as vítimas não atin-
giram as proporções que sere-

ceavam.
Em todo o caso, às bombas
voadoras continuam caindo, quási

sem interrupcão em Londres e
“ no sul da Grã- Bretanha, causando

muitas víltimas e grandes estra-
gos, e os ingleses ainda não con-
seguiram por fim a ésses ataques
praticados a ocultas e a longa
distâáncia, sem possibilidade de os
defrontarem radicalmente. FEsto
deve irritá-los, porque o que dá

valor ao combate é o empréêgo .

dos mesmos meios de ataque e
defesa, o encontro do soldado
com outro soldade, à acção, o
cavalheirismo e a coragem de
dois homens que medem as fór-
Ccas. .. : :ens que medem as fór-

@@@ 1 @@@

 

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Froença-a-Nova— A’s Quintas e Sábados *

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Ex “” Público que em 13 de Julho de 1943 começaram a -.vi-

| Castelo Branco-Serlâ-Figueiró
|. dos Vinhos-Coimbra:

A’s Têfgas, Quintas é sábados

| A S a R a “fotmbra-Figueirs dos Vinhos
Pedrógão Pequeno —A’s 2,%, 5,º e Sábados EAA ESOEROO E

A’s Secgundas, Quartas e Sextas

Serta Goimbra—-A’s 3 º e dias 23 (Ida e
é volta) nêstes dias,

| Sertáã:Castelo Branco—Aos Sábados
Castelo Brancú—ã—&rtã-——âf 3 % -Feiras

Esta Companhia ‘pede ao Ex.”*Pública 0 favor de se fazer acompanhar de um nús
meró de volumes o mendr possivel, pela difíiculdade em adquirir pheus,

TE sia to Si UE SE EEFEGECECTTIIS FE E FS TE

— RERAEIR REA ISISSAPLEO SEPLELES LLBPIBO LLLA
A Companhia de Viação de Sernache, L.º, avisa. o

Guarda=lilyros
Incumbe-se de qualquer es-

crituiação, comercial, Industrial
e agrícola, dentro ou fora da
sertã.

lniorma-se nesta Redacção:.

Vieva de Jndo Hunes da Silva (Malioga)

Encarrega-se de todos os trabalhos da mais moderna pireté
cnica em todos os séteros

CRANDE SORTIDO DE FOGO DE FANTASIA E
«BOUQUETS:

Criáda Governanta Hlambiqug

Freclen-se de meia-idede, bom or- :
denado, dando bous creles ÉJ].I.“I% paraol em multo bom estado, vende-se.

vusa de laviádor.
Hesposta à Reduoção déste jórnal. Mesta Rªdª_ªç㪠se informa.

Construção de mMÓvsis.
em todos 05 SÉngros

António Fernandes da Silva
Ru do Castelo = SERT Á

EMISSOES DOS ESTADOS ATNIDOS
EM LINGUA PORTUGUESA
tEecorte esta Vabela para referência futura)
Horas – Estações Ondas Est. / Dndas Est. Ondas Est. Ondas
12,45 WRILS «sn?, WRUA 25,45 WE 30,55
1345 WRUS – 19,53 WRUA 1545 WGEO 19,56
445 WRUS 1583 WEUA 25 45 WRUW 2558 WBOS Ig,,
i7,450 WBS lg.,B-É« WEUA 2.1,45 WRUL 165

vIBASO WELS. cia,83 WERUA 545 WeREL S

rq,45 WEUS rg,õ WRUA 2659
10,4.’:*
a / (173 hora de proprama eanma J
o 2 WROS Ta,83 WILDA 6; 23 WUOGEA 25,3 WGEX 25,4
r45o WRIS to E4 WERIA 16,-:;.3 WIED Il::.ªJ WLEX ).;..,4
2343 WILESO Soçog WRUA 3g WERUL 25,58 WELJ 50,75
213,45 . WEIS iog4 WERIUA 39,6. QEEJ .iu,,çr
A CVOZ daáa AMERICA» em português pode ser também escutada
por. intermédio da 16. B. Co,das 10,45 às 20 horas.

Firnmniasões diarinas

OIÇA a VOZ da
AMERIÇCAemMARCHA

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A Comaresa da Sertã

” SEMANA DAS COLÓNIAS

jíl’s 7 êolõnída Oriente

Nunca é demais falar a res-
peito dos nossos domínios de
Além-Mar, e bem haja a Socie-
dade de Cgzeogr’afia de Lisboa
pela persistência com que tão
afincadamente se dedica a esta
patriótica campanha que cons-

titui a <«Sémana das Colónias»..

O que há-de surgir no mun-

do de amanhã, é ainda hoje um
problema. Se as nossas colónias

do Oriente já ontem constituíam
um. outro problema, cuja solu-
ção tem vindo a protelar-se pe-
los anos fora, maior problema
Constituem para o dia de ama-
nhã. :

– Ninguém haverá que não te-
nha visto como o Oriente se tem
aproximado dê nós ; ontem, era
um mundo apartado da Europa,

Thoje, está na fronteira.

Os interêsses do Oriente
vão-se prendendo de tal forma
aos nossos interêsses, que não
é dado a qualquer pessoa culta
alhear-se daquilo que a êle nos
prende: uma tradição maravi-
lhosa e incomparável,

tudar e desenvolver.

Por isso, as nossas Colónias
do Oriente revestem-se, no mo-
mento que passa, de particular
importância, pois representam,
ainda, a continuídade lusitana,
num mundo em evolução cres-
cente e que não devemos per-
der de vista.

Focar êste facto, nas come-
morações coloniais que ora de-
correm, reveste-se de particu-
lar interêsse, pois é indispensá-
vel que nos preparemos, crian-
do uma opinião consciente que
deve ser seguida das iniciativas
práticas precisas, para que pos-

samos iniciar, com, segurança,.

um regresso ao Oriente dentro
das nossas possibilidades e das
realidades da época.

Essas iniciativas filiam-$se,

necessàriamente, numa política
de estreitamento de relações e
de intercâmbio cultural e co-
mercial. Como conseguir êsse

objectivo, eis o problema, que

úumas –
: possibilidades que convém es-

requere singular tacto, conheci-
mentos adequados e dedicação
para ser abordado.

E’ de esperar que, finda a
guerra, surjam oportunidades
únicas ; seria de lamentar que,
caso elas surjam, não fôssem
aproveitadas. Isto deve inte-

. ressar a uma boa parte das fôr-

ças vivas do País, pelas pos-
sibilidades de verem alargar os
seus campos de acção e, con-
segiientemente, os seus provei-
tos.

Isto deve interessar os es-
tudiosos, os especulativos, os
que vivendo mais presos do
imnundo espiritual do que do <«de-
ve e haver», sentiram especial
satisfação ao verem o nome
portugsuês reaparecer, de forma
palpável, com a nossa bandeira,
nas rotas e portos do Oriente,

– Seja como fôr que o proble-
ma se encare, nunca o abando-
nam duas características : a pa-
triótica e a utilitária, e tanto
basta para recomendá-lo. À so-
lução é difícil, é certo, mas al-
guma se encontrará se nos dis-
puzermos a procurá-la, nunca
esquecendo quanto valem as
oportunidades.

Muito temos conseguido, nos
últimos tempos, no domínio das
realizações, em prol de um Por-
tugal maior; muito poderemos
conseguir aínda, na parte maior
do mesmo Portugal— O Ultra-
mar — onde as Colónias do
Oriente têm um lugar marcado,
não pela extensão territorial,
mas pelo que valem como uma
fonte de interêsses recíprocos
a explorar, restos de um pas-
sado de grandeza do qual nós
parecemos mais esquecidãos do
que os orientais.

Que não se esqueçan, pois,
as nossas Colónias do Oriente,

tanto no momento que passa,

preparando, como no que está
para vir, agindo!

Lisboa, Maio de 1944
COMANDANTE
JAIME DO INSO

«Evadiu-se um crimi-
noso da cadeia
de-Qleiros
Sob esta epígrafe,.’,noticiava
«O. Século» de 23 de Junho que
«a Polícia de-Investigação Crimi-
nal pediu às autoridades do País
a recaptura de David Martins
Valdez ou David Augusto Valdez,
que se evadiu, recentemente, da

cadeia de Oleiros, concelho de
Castelo Branco, ónde se encon-

“trava a cumprir pena maior pe-

los crimes de homicídio frustrado
e ofensas corporais», :
Ora, esta notícia carece de

rectificação, primeiro que tudo, .

porque Oleiros é sede de conce-
lho e,-por isso, não pertence ao
concelho de Castelo Branco, mas
ao distrito dêste nome; depois,
porque o Valdez não se evadiu
recentemente, mas sim na noite
de 7 para 8 de Novembro de
1943. Além disso, êle ainda não
respondeu pelos.crimes de que é
acusado; depois do julgamento
terá de cumprir pena na cadeia
da Sertã, sede da comarca, te
não lhe derem outro destino.

Como noticiámos em 9 de
Outubro do ano findo, aquele in-
divíduo lançou vitriolo ou ácido
sulfúrico, contido num frasco, ao
rosto de Epifânio Alves Garcia,
da Madeirã, e alvejou-o a tiro,
sem o atingir, agressão originada
por ciúmes segundo é voz cor-
rente.

Humorismo

Um pobre pai tinha um filho
tão pateta que não abria a bôca
sem dizer asneira. Tendo de as-
sistir com êle a um Jjantar, reco-
mendou-lhe que estivesse sempre
calado para que o não conhe-
cessem.

O rapaz acatou a recomenda-
ção, conservou-se em silêncio,
mesmo quando o interrogavam,
de modo que um dos comensais,
aborrecido com tanto mutismo,
disse para outro :

— Este rapaz é idiota!

—O pai — gritou logo o pa-
teta — agora já posso falar porque
já me conheceram!

&

A porta duma livraria uma
criança mendiga dizia em tom

plangente :

— Uma esmola para o cêgui-

— nho, por amor de Deus.

Davam-lhe uns esmola, outros
não lhe davam, mas ninguém

preguntava pelo cego. Uma alma –
caritativa teve a sua curiosidade:

—Então onde está o cego, ra-
pariga ? :
—Ah! meu senhor, está ali
ao pé da vidraça a ver estampas.

EE EE SSA

Encontrado morto

No sitio do Vale das Pombas,
desta freguesia, foi encontrado
morto, no dia 5 do corrente, José
Nunes dos Santos, de 12 anos,
natural da Aldeia Fundeira da
Ribeira, também desta freguesia,
filho de José AÁntónio dos San-
tos e de Piedade Nunes.

Não há crime.

JULGANENTOS
EM TRIBUNAL COLECTIVO

Acusados pelo Ministério Pú-
blico, responderam :

No dia 5, Miguel Farinha,
viuvo, proprietário, de 46 anos
de idade, da Sarzedinha, fregue-
sia de Proença-a Nova, por, no
dia 1o de Janeiro do ano corrente,
ter matado voluntàâriamente, com
um machado, sua mulher, de
nome Maria do Rosário ou Maria
do Rosário Cristóvão. Acusado
ainda de, no dia 24 de Setembro
do ano findo, no sitio do Belan-
zel, pertencente ao referido logar
da Sarzedinha, haver agredido
voluntária e corporalmente, com
uma roçadoura, Daniel Pires, ca-
sado, agricultor, do mesmo lo-
gar, causando-lhe ferimentos que
produziram 10 dias de doença e

impossibilidade de trabalho. Igual-

mente era seu propósito matar o
queixoso, como se conclui dos
depoimentos das testemunhas in-
quiridas, do instrumento do cri-
me e da região atingida e se não
conseguiu tal intento foi por cir-
cunstâncias independentes da sua
vontade.

Condenado na pena de dez
anos de prisão maior celular, se-

«guida de degrêdo por doze anos,

ou, em alternativa, na pena fixa
de degrêdo, por 28 anos, nos dois
casós, em possessão de primeira
classe, Mais foi condenado a pa-

.gar aos filhos da vítima e ao quei-

xoso Daniel Pires as indemniza-
ções, respectivamente, de vinte
mil escudos e mil escudos, tre-
zentos escúdos de emolumentos
para o advogado ofiícioso e no
mínimo do imposto de justiça
com os encargos legais. O réu é
considerado delingiiente por ten-
dência.
&

No dia 6, José Joaquim Fur-
tado, que também usa os nomes
de Manuel Ferreira da Encarna-
ção, José Pereira ou José Joa-
quim, solteiro, contrabandista, de
20 anos de idade, filho de Sebas-
tião Furtado: e de Josefina Júlia,
natural da Sreguesia de Mexilho-
eira Grande, da comarca de Por-

– timão, por, no dia 28 de Novem-

Ero do ano findo, de noite, em
Sernache do Bonjardim, desta
comarca, se ter introduzido, por
meio de arrombamento, com mais
dois indivíduos, numa casa de ha-
bitação pertencente ao dr. Jorge
Nogueira da Silva Correia Mar-
çal, médico, morador em Tomar,
subtraindo fraudulentamente di-
versos objectos, no valor total de
3.000%00. E’ também acusado
por, ter prestado falsas declara-
ções no Iribunal Judicial desta
comarca, quando preguntado. E
ainda acusado de diversos crimes
na comarca de Santa Comba Dão
(arrombamentos, furtos, danos e
uso e porte de arma sem licença).

Condenado na pena de quatro
anos e quatro meses de prisão
maior celular ou, em alternativa,
na de seis anos e seis meses de
degrêdo, em possessão de pri-
meira classe, e sete meses de
multa, seis meses de multa, am-
bos a 15hoo por dia, com o res-
pectivo adicional e, ainda, na
multa do manifesto do revólver,
emolumentos legais é trezentos
escudos de emolumentos para o
advogado oficioso. Condenado
mais a pagar aos queixosos dr.
Jorge Marçal e Manuel Júlio Bar-
bosa, as indemnizações, respecti-
vamente, de 3.000$00 e 5.000%$oo.
O réu é considerado delingiiente
habitual.

Racionamento

Ainda está por fazer a dis-
tribuição das senhas de arroz e
açúcar, relativos ao 3.º trimestre
de 1944, em virtude de não terem
chegado a Tomar-os contingentes
do mês corrente.

Ec————

Escolas vagas

Estão vagas as escolas mascu-
lina de Alvaro (Oléiros) e mixta

de Vale de Agua (Proença-a-Nova).

AÁtravés da comarca

De Orvalhó

Esteve nesta localidade o Sr.
engenheiro Marcos Nogueira, che-
fe da zona de melhoramentos ru-
rais de Castelo Branco, que se
fazia, acompanhar do Sr. enge-
nheiro Sousa Leal, de Lisboa,
que vieram fomar conhecimento
da obra do alargamento da rua do
Castelo e arranjo do Adro da no-
va igreja, desta localidade; do
estudo do futuro caminho que de-
ve ligar o sul da aldeia com a es-
trada 40,2.º e ainda da projec-
tada obra de abastecimento de
água à povoação de Adegiraldo,
anexa desta freguesia. Fôram vi-
sitar o local onde deve ser exolo-
rada a água, sendo acompanha-
dos nessa visita pelo presidente
da Junta de Freguesia, que lhe
deu tôdas as indicações respei-
tantes ao assunto.

Este caso de abastecimento
da água à povoação de Adegiraldo,
vem-se arrastando há já alguns
anos, vamos ver se agora se leva
a bom têrmo.

&

Está finalmente resolvido o
caso da estação do correio desta
freguesia poder enviar e receber
encomendas postais. Já não era
sem tempo, mas enfim, vale mais
tarde do que nunca. Deve notar-
-se, como já temos dito, que o
Orvalho é o agregado populacio-
nal maior do concelho de Oleiros,
maior mesmo que a sede do con-
celho, era, sendo assim e haven-
do aqui bastantes casas comer-
ciais, mnão se compreendia que a
estação não podesse receber en-
comendas postais.

No respeitante a correios ainda
temos outros casos a resolver,
tais como: correio para Casas da
Zebreira e Foz Giraldo, telefone
para Orvalho, etc., etc. Esta úl-
tima povoação, tem escola e con-
ta cêrca de 8o fogos e Casas da
Zebreira tem 45 fogos, ficando as
duas povoações muito próximas
uma da outra, mas muito distan-
tes de Orvalho, pois Foz Giraldo
dista 13 quilómetros.

&

Não podemos terminar sem
aludirmos à grande estranheza
que causou o teor duma repre-
sentação, que a Câmara Munici-
pal de Oleiros, enviou ao Exce-
lentíssimo Ministro da Justiça a
propósito da mudança do Orva-
lho para a Câmara do Fundão e
das Sarnadas para Castelo Bran-
co. Essa representação contém
muitas inexactidoes e só foi co-
nhecida pelos interessados no as-
sunto depois que a viram nos

. Jornais onde foi publicada. Se tr-
“ vessem préviamente consultado

as entidades a quem o assunto
dizia respeito, não teriam feito
afirmações, que estão diametral-
mente opostas à realidade e à
verdade.

Pena. é que quando se trata
de assuntos que interessam ao
Orvalho, a GCâmara não seja
igualmente solícita em lhes dis-
pensar a sua atenção. E’ possível
qué ainda um dia, com mais va-
gar, aqui tratemos de alguns ca-
sos, que revelam todo o interêsse
que a Câmara tem manifestado
pelo Orvalho..,

Para amostra, basta dizer que
quando se tratou de organizar o

– plano dos Centenários e marcar

as terras, que careciam de edifí-
cio escolar, Orvalho foi excluído, ,

. quando, o que é certo, é que o

Orvalho não tem uma escola que
mereça tal nome, tendo apenas
um casebre velho, para o sexo

“masculino e a escola do sexo fe-
“minino está a funcionar numa

casa tão acanhada, que as crian-
ças estão como sardinha em ca-
nastra, não podendo ter as cartei-
ras necessárias, tendo de estar
em dois cubículos e mesmo nes-
tas condições ainda é em casa
arrendada que a escola está fun-
cionando, e isto por não haver
possibilidade de se obter outra

em melhores condições. Mas há
muitor mais casos a referir que
mostram a boa vontade da Câ-
mara para com o Orvalho,..

C.

(Da «Beira Baixa»)
20
Madeirã, 28

Custeadas pela Junta e povo
desta freguesia encontrase em
reparações o cemitério desta al-
deia, que de há muito se impu-
nham.

&

Causou óptima impressão, nas
pessoas sensatas desta freguesia,
a retintão dos Madeiranenses em
Lisboa afim de levarein à efeito
certos melhoramentos de que esta
localidade precisa com urgência.
Oxalá que da’ reúnião saia o pro-
gresso desta tão desprezada al-
deia, que poderia acompanhar as
terras de igual categoria.

&

Devido à falta de prego en-
contram-se paralizadas as obras
da igreja matriz desta freguesia;
pretende-se que o fornecimento
dêle se não faça esperar, e neste
sentido apelamos para o respec-
tivo organismo regulador, pois
que convém evitar, por mais tem-
po, o encerramento da igreja.

&
—Em gôzo de licença, esteve –
nesta localidade o Sr. António

Mendes Barata, empregado co-
mercial em Lisboa.

E

Cairam sôbre esta povoação
fortes aguaceiros, que muito be-
neficiaram a agricultura. O vento
lançou ao chão grande porção de
caules de milho, mas não há a –
registar mais danos, felizmente.

CO preço: do pão

Um novo decreto elevou os

. preços do pão, que são os seguin-

tes, por quilograma: de 1.º qua-
lidade, de 500 a 1,000 grs., a 4$20;
de 1.º qualidade, em formatos de
1OO grs., ao preço de $45 por
unidade e à razão de 4%50 por
quilograma; e pão de 2.º quali-
dade, de 1.00 gramas, ao preço
de 2$840. :

Etnografia da Beira

Apontamentos referentes: ao
concelho de Proença-a-Nova

Por JOAQUIM LOPES DIAS

S. MARCOS

Na povoação do Pergulho, freguesia
de Proença-a-Nova, existe uma igrejinha
que tem a veneração de S. Marcos, e
em volta da qual se realiza, em 25 de
Abril, uma feira de gado bovino. À ima-
gem de S. Marcos tem aos pés um pe-
queno touro cujas hastes, tocadas pela
cabeça das crianças irrequietas tem o
condão de as tornar menos bravas.

O povo costuma dizer, aos insu-
bmissos : «Tens de ir a S. Marcos para
amansar». —

Na data da festa a S. Marcos, os la-
vradores não trabalham com os ani-
mais. Levam-nos à feira e dão com êles,
logo que ali chegam, três voltas à ca-
pela e contribuem com o seu óbulo
para as despesas da festa. :

O povo quando vê em perigo qual-
quer animal apega-se logo com o Santo
dizendo apenas : São Marcos!

PAPEL de Embrulho

DE JORNAL e doutras qualida-
des, em grandes porções,
VENDE-SE.
AInforma-se nesta Redacção.

 

@@@ 1 @@@

 

Sevlã

En te Salioo, 6 ferro Huinfto amuada,

— Forrão encantador, Ssegunda me

Diz miínka alma, símples, eue entevedo
Exulta Qutegria fofe fambeérm,

Mínthao adoptiva pátrio, &eolatrada,

Mais que en te guero não te Quere ninoén.,
Eu tê saúdo, é neste Eorideção
Vai minha gima, vai mMeg coração ?

O Serta minha, da minha mocidade,
Dos meus sornhos, das mínhas nsões,
Quanio eleeria o mén petto irvade

Ao Pecordaor de fentas afeições.. .

Que amor o oment En fenho a28 sefdade
Tins méshtuas próprias destinsões ..
Minho Serta, do mem prLNEirOo Ghtor,
Lomatis 1ê exquêceret, seje onde fór,

Não Ti p’ra mim no mundo cêt maots belo,
Vais Duro, Mzis aeut en mois sereno ;
Nem rmais brillante aurora e setestreto,

NEM a mgis lindo e mois ameno t

E a preuder o pente, o teu viver modéio,
Chreio de paz, de mi afectos pléno,…

E hei-de cd voltar, muita vez ainda,

SEFEG ds mens emor’s p’ba mím tão linda,., .

Perta escondida nestes horizotdtês,

Elor mais beta dos forgins das Beitas,

M ermurqNm QOCeNtente Os És fontes

Gaontos 8e fodas & de Ffefficeiros. ..

E a beifarte, a estrcitor-têe entre os monfes,
Ciemem salgades tues as ribeiras…

FRibeiros fristes, Semprê q suspirar,

Leveal qs Rossãs Mugoas te no mar.

LVA DIAS

BIBLIOTECA
DA CADEIA CIVIL

A diversas pessoas Cem mere-
cido grande apreço a orpanização
da biblioteca da nessa cadeia ci-
vil, destinada a educar = instrufc
UFR presos e cuja: principsl Tinali-
dade é regenerar, pela sã leitura,
aqueles que am dia, por fatalidade
se desviaram do bom caminho.

Esta obra de tanto valor social
devu-se à inicialiva do actual De-
legado do Procurador. da Repã-
blica da comarca, ar. dre, llegmar-
dino Rodrigues de Songsa, que se
deve encontrar satisíeito pelo aco:-
ihimento que tal iniciativa encom-
trou já de muitas pessoas, traduo=

zido na – oferia de diversos livros:

de utilidado,

Kecentemente, o Rev. P An-
túnia, Loúurenço” Farinha, dêe Lis-
loa, enviou 18 fascieulog de «Hijis-
tórias diversas» e n Sr, Artur Fa-
rinha da Silva, também de Lisboas,
30 livros de diversos autores e
algumas revistas.

– Assim se confirina que as ideias
meritórias. encontram o melhor
campo pPara 8e desenvolverem e
frutificareco. ; é

deioalos dl E a d

CINEMA
< Costa do _CEÉÉ&EE»-

Fromovido. pela Direcção dos
Eombeiros realizou-se um especo
táculo cinematográfico na Fepla-
nada do Castelo, na noite de 1 do
eorrente, exibindo-se ste interes.
Bante filme poctiouês, que é de
tacto, inuito bom, quer pela in-
terpretação quer pela sonoridaste,

Antánio Sulva é Maria Matos
pôeni à prova todos os seuvs rêe-
cutsos – histrióhicos, despertaedo

estusiante gargalhada e comeos

restantes actores, formarmm um con-
junto iomegéneo de srande valor.

Al ló muita gente assistir à —

sessão e tóda ela ficon sarisfeitis-
sima por lhe ter sido proporéio-
nada uma sessão que foi, sem dú-
vida, até agora, a melhor da úpoca,

Éste número fol visado pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco.

«Erupo de Amigos da Freguesia
da Madeirão

A propósito da constituição
déste grupo na capital, diznos um
amigo reaidente na sede da jicê-
aunesia da Mudeirãa:

ú Achei baslante interessante a
ideia e oxalá que não aconteça o
meésmo que à scComissão de Yle-
Ihoramentoss, que morreu sem se
saber onde Eoi sepultada: Cralá
que os de agora ecjam mais feli-
zes porque esta terra bem neces-
sita do: auxilio de todoós 08 seua
ilhos e muitos são os problemas

que ela precisa de ver resolvidoe :

para atingirt o nível de progreeso
que meracê e a que tem todo o
direitos, ê

o aaA iin
EXA MHEHES

Na Escola de Lavores e Ar-
tes Aplicadas, António Árroio, de
Lisboa, fez: exame do ” ano,
ticando aprovada, é menina Ma-
ria Edite Valente Nunes, residente
nuqguela cidade, neêeta dó nosso
amigo Sr.. Jacinto Aususto da
C-‘:l[].!hu Yulente,

— Concluiu. v curso de corte
xbucs, em Lisboaçõa menina
Nlaria Kdite/da Graça Craveiro,
filha do nossosamigo Sr. Antó-
nio Alkerto Craceiro, desta vila,

As nossas felicitações.

Comarca da Serta

Estrada Ha’clunal

54=2,

iJs trabalhos da Enmpreitada
de construção do lanço da E, N.
n.º 54:2., compreendido entre o
Vale de S. Gião (nroximidades da
Serfa) e Santo Ántónio do XMar-
meleiro, inicindos em %4 de [e-
sembro de Tao, lóram guspensos
em 24 de NMMaio de To4: por mo-
tvo de Tescisão de contrato; a
reguerimento do respectivo adju-
divatário, “tendo licado cenclufdo,

em tetraplanagens c obras de arte

correntes, e trôço entre o Vale de
&. Gian é u ribeira da Atamolka.

lepois dê satisfeitas divergac
farmalidades leguais, recomeçaram
a trabalhos no dia T do corrente
em Tedime . de tarefla adjodicada

. ao empreiteiro. José Pereira Mon-

teiro Júnior de Alcains,

s trabalios agora em curso
são apenas os que falta execntar
Fara a conclusão do supracitado
lânço, todos ceompreendidos. no
iroço da rbeira da Atamolha à
santo António do Macrmeleiro e
dizem / respeito à consteução de
lerraplana gens, de obras! de arte
correntes é duma ponte, com 15
metros de vio, com tabuleiro
recto em eimento artoado, sóbre
a ribeira de Alamolha, cojos en-
caontrea. fáram parcialmente cons
Eruidos por administração direcia
da Lirecção de Estradas do Dis-
trilo, posteriormente à rescisão da
ermpreitacda,

A consirução do lançgo se-

guinte, com arigem em Santo An-

túnio do Marmeleico, assim como
do ramal da mesma estrada para
Vila de KRei, laxem parte do plano
de trabalhos para o ano em de-
curso, embora o tranaporte de al-
guns materiais tenka de efectuar-
-se pelo lanço em construção e
não tenham sido ainda elaborados
oê respectivos projectos.

FPor enquanto, não bá estudos
definitivos que nos permitam in-
inrmar a respeito da directris que
seguira a EJN nº s4-2/º te (Car-
digos 0u o seu Ramal para Vila

“de Kei, Os releridos astudosg de-

vYerio ser efectuados brevemento
por uma duús brivadas Llécnicas
com aede em Coimbra, que estão
aendo organizadas conjuntamente
com outras com sede no Fôrto e
em Lisboa. :

dobisoaos Efessoests

AGENDA

Acompanhada de seus Lilhos,
Cocontra-se, em AÁlvaco a sc [D,
Maria Augusta de Mendonça la
vid Garata Correia, esposa do
&r. engenheiro . Joaquim. Barata
Lorrena,

— Regressou das Minas da
lªlanas;qm-ira o /Er o Adrião EFárrs
nha,

—Das. Minas da Fanasqueira
retircou parua Lisboa 0 sc Joaquim
da Silva Pardal.

— Encontra-se: na Nazaré,
tom sua Tamilia, o sc dr, Jose
Barata Correia e Silva & na Ser-
ta, o srº Adollo Cerveira da
Costa, esposa « fibinha,

— ===De’ Sérnache retirom- para
Sesmarias (Pésol, em gôgo de
férias, o Rev. Artur Mendes de
Mboura,

— A MARGEM DA GUERRA.

“ Nas Hhas Britânicas, hbomens e mulheres Telinera, d’p_; dife-
tentes localidades, as partes componentes e montam, em
poucos dias, um planador Horse, do modêlo mais recente.

As festas dos Bombeiros

COFRECATA RO d 23
do torrente

E já no’ próximo dia 33 do
corrente, domingo; que começarm
as fésias dos Rorúlbeiros, desti-
nando-se as receltas 30 aumento
de fundos para a compra dum
aLto:maca, vialorá cnja necessidade
de hãá muito se faz eentir.

À actual Direcção, seguindo a
ideia da. anterior quanto à vanta-
gem pritica da aquisição do veíiculo
aludido, eslárça-se, louvávelmente,
poro que. us feztas, éste aro, ve-
nham a decorrér com o maior
Exito, atraindo alguns milhares de
pessoas e por iggo Hrocurou tra-
Gar UM Aovro p]íitll:r, COT núu:trus
inéditos e da maiór atracção, fus
gindo, tanto quanto possível, a
repetições que satúrarm,

A abertura do recinto das fes-
ias laz-se, na larde de 23, na pres.
sença da aotoridade adminiatra-
liva; em seguida, um simulaçro de
incindio na casa da viúva de Joa-
quim dos Santos.

A noite, luxuoso bar, dancing,
bairro colonial (da auvtoria de Pe-
dro de Oliveira & Jogé Joaquim
VFedro), padaria eléctiica, barraca
do correlo, sorteio popular . bar-
raca de caldo verde, pesca mila-
grosa, venda da Ildr, fieo prêso e
do ar, petiscos e víinhos da Quin-
ta das Aguias.

ltste programa ainda está so.
jeito a qualquer alteração.

cn a s TE ee san
Substdio para os Bonbeiros!

A Lirecção dos Bombeiros s0-
licitou, hã tempo, da Inspecção
íseral de Segnros, um subsídio
para a compra de 7 poeus para o
Etoónto: socórro, dacdo & rmau cas
tado em que se encontram aque-
leg quêe catão em uso,

& pedido: foi agora atendido :
aquela entidade concedeo-lhe a
lmportincia de 18 contos,

deitroiodoao A o o lal o

EE EE
AGRADECIMENTO

Exsequiel: Lopes: Ribairo vem,
por Éste méio e na fmpossibilidade
de o lazer pessoalmente, apresen-
tar DB SUS Mais sinceros e vivos
agradecimentos a tôdas ss pessoas
que tiveram a bondade de acom-
panhar à última jarida à sua que-
tida é saúdosa maãi, Cecllia da
LConceição -Ribeiro, / falécida na
Sertã em 30 do mês lindo.

A lôdas o seu cterno e inol-
vidável agradecimento,

Proença-a-Nova, 5 de Tulho de

T4
EEA
d Bin ll aa a

Estradas do OQOuteiro
dae Eagoa e:S. Jóão
do Conto

Uma brigada de jornaleifos,
a0 serviço .do Município, vem pro-
cedendo à limpera das valetas da
estrada de Sertã ao Outeiro da
Lagoa e o mesmo trabalho deve
principiar, brevemente, nàa de &,
João do Coóuto, serviço que há
muito se irmpunha vialo que elas,

em grandes extensões, cstão obe=- –

truldas por entulhos. Se agora ee
Ihes não acudisse, geria, em futuro
próximo, mMmaior a despesa das re-
parações porque as águas das chu=-
vas, encontirando ubstácrulos nas
valetas. galgum-nas, saltando para
1 leito, onde cavyam fundoa sulcos,
arrastando a Lerra que constitue
à camada supérior epondo a bri-

la a descoberto,

() que não deveria; ser con-
sentido é que alguns proprietários
lancem entulhos nas bermas das
tstradas municipaia, próximo das
suas propriedades, porqueas águas,
em vez de se escoarem pela ri-
banceira, infletem para o pavi-
mentáo,

Nãs cstradas nacionáãis não o
tazem Elea porque lho não con-
sentem,. À

À falta de Água potável

na maioria das póvoacões
rurais da comarca de Seflo

Lisboa, 4 ade Sulho de TO44

Men caro fóduardo:
Felíicito-le pelo teu excelente

artigo pablicado na «Gomancaa,,
dcérca da falia de ágia pur.irg.:l_ ;
na maior par’fe das DPorva: Des Éz

AOBSA COMMATCA,

Já por qlenmas vezes, HIOK
Amigo, em qborder o assánio em
alguns Jornais da nosse terras o
E’ que póemecse nos 68 cobslos 2M

Fê S a0 pensar que tid poródoses
com: várias desends de fogos É
mund delas bem perto do sede us
HOSSA CONTAFCOA=0 Chão da Por«
ta, porvodceão 4 bastante desen
volvida — onde não háã yma gols
de degua que ofereca condicões
higiénicas ‘ 1. ;
Gharcos:. – POfOS: 2 2150 Que
extste para abastecer aquele aglo:
tTerado. :
Conseguimos em lempos que
uma Ex Câámara, da qual fa-
7am parle, se não . estamos em
érro, 0 meu querido Amigo Sr.
Antánio Barata. e o falecido e
também amigo José Ilios Ber-

Hardo, tnandasse Intciar nbras

Fara & caplacão de úguas para
uma fonte á o fundo do Chão
da Fórcao, mas ludo se limitog
no coméço de abertura de uma
vala, e passado tempo, não sei se
por falta deverba-—a etérna falta
de notas /. . — ludo caiu no es-
quecimento, tá ficando inulilica-
uUos uns cobres que se haprazn
gasto. E alé hojfel,.o

Lu sei que a5 Câmaras e
Frincipalmente a nossa, por ser
um concelho pobre, iNÉam cóm
Jalta de verba, mas, valha nos
“Deus, é preciso ter em conto que
o problema das águas é um dos
que deve estar a cabeca de Eos
das as Obras a vealíçor, dado o
estado em que essos. pobres , geirr
tes vivem, como é do conhecimento
e todos n0s, : ;

GQuantas veçes eu, que costu-
tHO Por al passar ums dias, é para
gquem a úguon d a principal bebrda,
vasso horas e hóoras atormentado
pela séde, por não ter confianta
na deua que me apresentam — e
MESTHO eSSA HEIH Selhprêe existe.

Ora 15to não pode ser: não
pude nem deve contintar,

L’Fge que se perse a valer 16
assunto, i

Muito harvia que diçer sóbre
O Caso, Mmel. caro Eduardo, mnas
não quero . fomar-te mais fempo,
Hem en neste momento também
Fosso aispor déle, i

Por indo o que possas fager
ém beneficio déssa gonte, o quê
egquivole a dizer em benefíicio de
todos nó5, aqui vão os agradect-
mentos do

Amrmigo velho,
José da Conceição Nunes

bl si Eg ii

Festa do Coração
de Jesus

Kealiza-se no próximo dia 15
a festa do S, G. Jesos, que deéveraá
reveatir-se da habitual solenidade
e bolera. Para a8 crianças que fa-
7zem & 1. comunhão conastitue,
êsse dia, um dos mais memorã-
veis da sua vida, * ;

++++-H+rªm«h++&

Falta de luz eléclrica

Por virtude de ter sido reces-
sário submeter à reparação, ém
Lisboa, uma das peças do motor
da central elécirica, à Sertã en-
Contra-se privada de luz desde. o
dia 34 do. corrente, facto que, co-
ma é evidente, causa grandes
transtornos à população & prejuíscs
a tódas as actividades. / –

— :
Exames de instrução primária

Terminaram osg exames ele..-

mentares nas sedes de frepuesia e
principiam hoje, nas sedes de con-
celho, 08 do 2.º grau.o 2.º grau.