A Comarca da Sertã nº388 29-04-1944

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5 DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
E Eduard: Barata da Silva Correia

e NEN NCCÃO E ADMINISTRAÇÃO
é RUA SERPA PINTO — SERTÃ
= PUBLICA-SE AOS SÁBADOS

 

 

 

Dr.

Dr.

-—— FUNDADORES

— Dr José Carlos Ehrhardt —
Angelo Fenriques Vidigs!
— “Antônio Barata e Silva —
Josá Barata Corrêén e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

 

 

 

ANO VIII |
Nº 388 |

Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interisses da comarca da Sertã; concelhos mn Sort, lr, |
= Proença-a-Nova e Vila de Rei; ireguests de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) = e

 

Sou A ra
Composto e im-
presso nas
Oficinas Gráficas
da Ribeira de Pe

rã, Lontnda

sa! A NHE pa
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EZUSA ESA ESA RES EZESARZESS EZESaEZISa CAS ITPSa IS Er rSa nes EEESA CANSA KOISA GOES ERON GLOSS GOES E TESE CONCIEZESS RP SS TESS E 7ESa Gra esa Reta SMS rea

 

Notas …

UANLO alguém tem pão em
sua casa, tem também em
sua casa amigos.

 

Esta casta de amigos, não

meus, senão do meu, tem várias
similhanças, que declaram mais
a sua falsidade. Uns disseram
que se pareciam com os golfinhos,
que acompanham festivamente aos
meninos, que anlam nadando,
enquanto há bastante água onde
êles possam nalar também: mas,
tante que esta falta, se retiram
ao alto, porque não querem dar
em séco. Outros os comparam ao
córro, que tornou pará a arca e
companhia de Noé, só enquanto
não achou cadireres para comer,
porque o dilúvio estava ainda
sobre a terra. Qutros os compa-

* Tam ao aqugue, que se pega |

– muito ao ouro, onde quer que lhe
“dão faro déle; mas se o metem
no fogo, em um momento voa.
Há hoje muitos amigos uzouga
dos, que no tempo do fogo da tri
bulação logo fogem. Outros os as-
similham às formigas, que nunca
andam pelos celeiros vastos.

P. Manoel Bernardes (1644-1710)

as

E
tempo vai correndo agra-
dável, amoroso, de uma

anenidate que dispõe bem o
corpo e o espirito depois de um

Inteno séco e frigidíssimo, que

nos indispós e fez antever um des-
graçãdo ano agricola,

Depois das grantes chuvas,
caidas já na Primavera, a tem-
peratura adoçou e os campos, já
cultivados, fartinhos de água,
cprincipiam a desentranhar-se em
“belos frutos. Se é verdade que o
prolongamento da estiagem, a
falta de adubos e por fim as con-
tínuas chuvas verificadas em mais
de duas semanas retardaram
grande parte das culturas, o la-
vrador faz agora o possivel para
compensar o atraço, lançando-se
com azífama na lavra e cava
dus campos e depois de os estru
mar e atubar vai-lhes lançando
as sementes, que hão de germinar
rapilamente sob os raios do Sul
bendito e acariciador.

O nosso beirão não conhece
enfados nem desalentos quando
se entrega à tarefa, quica subli-
me e heróica, de cultivar a leira,
que quási sempre lhe paga gene-
rusamente o ingente esfo co do
braço e o suor que brota da sua
fronte de lutalor, tisnada por
mil sois…

Certo é que o tempo corre be-

 

A MISSÃO DA IM
NA EDUCAÇÃO

RENSA
PUVO

 

 

.. À educação é ao mesmo tempo. a mais poderosa
alavanca para elevar uma geração e a verdadeira fôrma em

que o homem pode ser moldado.»

LE PÉLE DIDON

 

A sas, atingiu o auge em que hoje a

observamos muito lentamente. Não
existem dados concretos de quando foi fun-
dado o primeiro jornal, d.vergindo certos
investigadores em que foi em Veneza, onde
primeiro existiu a Imprensa em 1556 ten-
do-se-lhe dado o nome de «Gazeta», que
era uma pequena moeda de cobre, o custo

“de cada, E qual era apenas uma fôlha sôlta,

de-irregular publicação; há outros que afir
mam ter sido em Strasburgo e Mogúncia,
nos fins do século XV, em cuja opinião de-
posito um voto, visto “tratar-se de cidades
da Alemanha, cuja Nação pode orgulhar- -se
de ter sido berço do grande génio, inventor
dos caracteres móveis (Imprensa), que loi
Gutemberg. A-pesar-de existir na China, o
«Sutra de Diamante» de Uang Chiek, con-
tendo algumas centenas de fôlhas impressas
e no final estar inclusa uma legenda que diz
ter sido terminada a sua impressão em 11
de Maio de 368, nunca o mundo civilizado
deverá esquecer o nome do grande pioneiro
da civilização que foi o citado Gutemberg,
pois, que, só depois da sua invenção, foi
possível tornar às classes menos abastadas,
a faculdade de saber ler e escrever, o que,
antes, só era permitido aos filhos dos ricos
devido ao elevadíssimo preço dos manus-
critos.

Porém os primeiros periódicos de publi-
cação regular parece terem aparecido em
1622, na Holanda e em Inglaterra; em 1631,
o médico Renaudot, funda em França o pri
meiro jornal, ao qual deu o título de «Cia
zeta de França», que ainda há poucos anos
existia. Em Portugal parece ter existido pe-

la primeira vez a Imprensa em 1625, mas

tal opinião não tem fundamento concreto,
tendo existido a primeira gazeta só depois
da Restauração de Portugal, à qual se se-
guiram outras, que passados poucos anos fo-
ram suprimidas por Decreto do govêrno de
D. João IV, pois que, ocupando-se em publi-
car as notícias da guerra com Espanha, os
principais acontecimentos da Europa e as
notícias da córte, devido à falta de escrúpu-
los das pessoas que se encontravam à fren
te dos destinos das mesmas, em observar, de
perto, qual a origem e autenticidade de tais
notícias, era frequente aparecerem as ditas
gazetas cheias de mentira: ; fazendo parte do
texto, do citalo Decreto “suprimidas pela
falti pouca verdade de mu tas e mau estilo
de tôdas». Passados alguns anos voltou a
publicar-se, um outro periólico intitulado
«Gazeta de Lisboa», da qual há meses foi
comemorado o tricentenário. era o orgão
oficial da velha monarquia. Com o estab–

lecimento do absolutismo é destituída em

IMPRENSA, tal como tôdas as coi- .

boas que-continua sendo

1823 a publicação de todos os jornais, cujo

número tinha aumentado grandemente de-

pois da Revolução de 1820, mas em 1826,
jurada a Carta Constitucional, renascem a
maior parte dos ex existentes e aumenta-se

o número, sendo um dos principais. o »Por-.

tuguês Constitucional», dirigido pelo grande
patriota, poeta, dramartugo e estadista que
foi Garrett. Em 1828. D. Miguel deterimina
a extinção de todos os jornais liberais, fican-
do apenas os que deiendiam o seu Govêr-
no, entre os quais, contam se a «Gazeta de
ir gão oficial,
o «Correio do Pórto», o «Boletim do
cito», etc. Após o desembarque de D, Pedro
IV, começa a publicar-se no Pôrto, a «Cró-
nica Constitucional»; : assando-êste a ser o
diário oficial do Govêrno Liberal, sendo mais
tarde 4niiciada a public-ção do «Diário do
Govêrno», para o qual passou tal missão, ne
conservou até hoj”.

Como se de -preende, a Imprensa teve as
suas épocas de crise, que chegavam à sua
exterminação total, mas devido ao talento
de «lsumas dezenas de homens que fizeram
do século passado o “Século da Inteligên
cia cono vulgarmente o cognominam, “tais
com: o Garrett, Alexandre Herculano, Cas-
tlho, João d: Lemos, Mendes Leal Tomaz
Ribe r», Bulhão Pato, Simões Dias, João de
Deus, Antero de Quental, Gonçalves Cres

 

PR

 

po, Rebêlo da Silva, Latino Coelho, Oliveira |

Martins, Camilo C. Branco, Eça de Queiroz,
Rodrigues de Sampaio, Teixeira de Vascon
celos, Mariano de Carvalho, Trindade Coe-
lho e Fialho de Almeida, fechando esta hon-

rosa lista, o mais opulento e patriota dos.

nossos escritores, que foi Ramalho Ortigão,
além de muitos outros que não cito, mas que
votaram todo o seu talento à causa do en-
grandecimento da Imprensa. Foi devido aos
talentosos espíritos lúcidos de tôda uma pro-
le, que viveu no decorrer do século passa-
do, da qual pouco nos resta, que as letras
portuguesas atingiram o esplendor que nos
é dado apreciar pelo vasto legado que êsse
brioso grupo nos deixou.

e
* * á

Segundo a funcção de cada um dos órgãos,
a Imprensa está dividida em três categorias ní-
tidamente dintintas, que são: — a «Grande Im-
prensa»,
Especializada». Na primeira, estão incluidos os
grandes Diários, os quais usufruem uma exis-
tência opulenta; proveniente de uma acção
muito aquém da sua verdadeira missão como

jornais, se não vejamos que, soletrando as suas

longas páginas, apenas encontramos o artigo
doutrinário, a transcrição de certa palestra po-

(Continua na 4º página)

pap

a «Imprensa Regional» e a «Imprensa,

 

«a lápis

néfico para a agricultura e bem
se cunfirma o adágio:

 

 

Março amoroso €
Abril chuvoso
Fazem o ano formoso

os

A Direcção dos Bombeiros, se-

guin to as pisadas da sua an-
tecessora, está empreganio todos
os esfurc’s para que durante q
época estival se exibam alguns
filmes na esplanada do Castelo.

Assim, parece já assente que
o primeiro espectáculo cinesmato-
gráfico se efectue no dia 13 do
próximo mês de Mais, apresen- |
tanto-se um filme de sensação,
que os serlunenses hão-le apre-
ciar, tanto mais que circunstâne
cias diversas lhos têm imposto

“abstinência, forçada em qualquer Re
, preferidas : Re

 

das suas diverso:
cinema e teatro.

Durante o verão podemos, Je
facto, ter cinema ao ar livre,
mas convén que a Direcção do
Grémio envide toda a sua acção
e boa vontade no intuito de con-
seguir a reabertura do Teatro
Tasso para que durante mais
um inverno não fiquemos priva-
dos de cinema e de teatro, ou
pelo menos daquele, sempre mais
fácil de realizar.

som

INDA a Direccão dos Bom-
beiros projecta realizor,
no Verão, grandes festas para
obter mais fundos para a com-
pra do auto maca. Está em es-
tuio a organização de–alguns
números inéditos e de verdadeira
sensação, em parte dos quais cola-.
boram algumas pequenas terras
da freguesia, que aceitaram a
ideia com todo o entusiasmo.

Com boa vontade, óptima
colaboração e um pouco de es-
forco, tudo se consegue.

Não resta dúvila de que a
Corporação dos nossos Bombei-
ros está entregue em boas mãos
e êsse facto registamo-lo com

– prazer.

RAS (Et
EE AQE
Fa e

estratas que conduzem. a
Vila de Rei estão num es-

tado verialeiramente caótico:
a brita, no leito, apresenta-se
como navaltas afi das e cortan-
tes que desafiam os mais sólidos
pneus de qualquer veículo que se
ajreva « galgilas; as valetas
quási não se réem, de forma que
as águas pluviais, não encon-

ao

(Continua na 4.º página) *..º página) *.

 

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12,45 WRUS 30,9 WRUA 254 WKL] 3, E
13,45 WRUS 19,8 WRUA 19,8 WGEO
«Tággio WKUS 25,9) WRUA 255 MRUW Re 5 suas 1957
qdo WRUS 19,5) WRUA 19,5 WRUL «9,5
48,45 WRUS 19,5 WRUA 19,5 WRUL 19,5
Todo WRUS 19,5 WRUA 2650 E
20,45 WRUS 25,5 WRUA 25,3 WGEA 25,3) WGEX 25,4
a na hora de programa especial) :
21,1
21,45 WRUS 25,3) WRUA 25,3 WGEO 19,5 WGEX 25,4
22,45 WRUS 25,5, WRUA. 39,6 WRUL 25,5 WKLJ 30,8
23,45 WRUS 25,55 WRUA 39,6 WKIJ 30,8

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Ex” Público que em 15 de Julho de 194) começaram a vi
gorar as seguintes carreiras:

Oleiros —Diária—excepto aos Domingos
A’lvaro—A’s Segundas-F Feiras

Pedrógão Pequeno -A’s 2.º, 5.º e Sábados |
Proenca-a-Nova — À’s Seguandas E SERias –

Oleiros —Diária —exepto aos Domingos

Pedrógão Pequeno —A’s 4.º, 6, e Sábados
Proença-a-Nova— À’s Quintas e Sábados

Esta Companhia pede ao Ex.”º Público o favor de se fazer acompanhar de um núe
mero de volumes o menór neu a dificuldade em. o pneus.

| Castelo Branco- Seriã- queira
| dos Vinhos-Coimbra:

A’s Têrças, Quintas e Sábados

| Coimbra-Figuerró dos Vinhos .
Sertã-Castelo Branco:

| A’s Segundas, Quartas e Sextas

Sertã-Coimbra-—A’s 3.º e dias 23 (ida e
e volta) nêstes dias.

Sertã-Castelo Branco —Aos Sábados .
Castelo Branco-Serta— A” 2.º “Feiras. :

 

 

 

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vas ea tonalidade dos dentes naiu-
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Memes ee

 

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“ Sabastiana ,

Corridinho por Carlos da Luz

Letra do mesmo Autor

Paródia (com a devida vénia) ao Sebastião da Orquestra Melo Júnior

Criação da Orquestra “Luz e Vida, de Tomar

e depois…

 

A caminhar,
a passear,

E refilona,
regateirona,

GOO == 000==””“000r RE

Não pode ver
ninguém beber

e depois…

Olha de esguelha ;
mesmo já velha,

e o marido,
espavorido,

Ao acordar,
põe-se a berrar:

 

es

Sabastiana, bébe muito poucochinho…
Sabastiana diz que.o mundo está perdido!
Sabastiana bébe almude e meio de vinho,

dá pancada no marido.

Se o dinheiro que êle ganha, não lhe entrega,
Sabastina arma tremendo atranzel ;

E diz então que quer morrer numa adega,

E o caixão quer que seja um tonel.

Sabastiana vai sempre a cambalear,
Sabastiana só está bem a «emborcar».

água da fonte e começa logo a dizer:
— Faz mal ao báco,

Só quero «bagaço» ! —

Sabastiana a ninguém quer atender.

Sabastiana, bébe muito poucochinho…
Sabastiana diz que o mundo está perdido!
Sabastiana bébe almude e meio de vinho,

dá pancada no marido.

Se o dinheiro que êle ganha, não lhe entrega,
Sabastiana arma tremendo arranzel;

E diz então que quer morrer numa adega,

E o caixão quer que seja um tonel.

Sabastiana bébe sempre a sua seêlha»….
Sabastiana fá-lo andar sempre escondido.

— Sebastião ! então tu não me ouves chamar ?
Traz-me aguardente !

Oh meu «pingente» ! —
Sebastião, coitado, então. s

põe-se a scavar» !

seces»

 

 

 

Vai recomeçar a
carreira –

“que, partindo de To-
mar, chega à Sertã
as 10,50 horas?

Deu-se há pouco ma modili-
cação no horário de combóios
que servem Tomar. Segundo
nos consta, essa alteração é de
molde a facilitar o recomêço da
carreira de camionetas que, con-
duzindo passageiros e as malas
de correio de Lisboa e doutros
pontos, chega à Sertã às 10,50
horas, horário de grande inte-
rêsse para esta vila e para tôdas
as povoações servidas pela mes-
ma carreira, não só porque a
correspondência é recebida mais
cedo, dando tempo a tratar de
assuntos da maior urgencia no
mesmo. dia, mas também por-
que muita gente tem mais faci-
tidade em deslocar-se à sede do
concelho para tratar dos seus
negócios ou de assuntos nas re-
partições públicas.

Sabemos que o sr. Gerente
da Companhia de Viação de
Sernache está tratando, em Lis-
boa, de conseguir a carreira ci-
tada junto da entidade compe-
tente.

PODA Gap

Feiras
e mercados de gado

Em consegúência de conti-
nuar grassando com grande in-
tensidade nos concelhos do sul
do distrito a febre aftosa, não
podem realizar-se no concelho
da Sertã, até ordem em contrá-
rio, as feiras e mercados de ga-
do bovino, ovino, caprino e
suíno; por isso, só a estas es-
pécies é vedado o ingresso nos
locais das feiras e mercados.

Dentro da vila da Sertã já se
encontram focos daquela epi-
demia.

 

EI DOS RAR

DE PROENÇA-A-NOVA

As obras do edifício dos cor-
reios, telégratos e telefones de
Proença-a-Nova, melhoramento
importantíssimo que honra
aquela vila e a vereação que o
conseguiu realizar, vão muito
adiantadas e supomos que será
inaugurado dentro de poucos
meses.

Comar

– Mãi do Menino

“Calvos,

calda

ixécita

de caridade c es-
colar no

Outeiro da Lagõa

Há grande interêsse pela ré-
cita que se realiza no dia 30 do
corrente no Outeiro da Lagõa,
em benefício da Capela de 5.
Lucas e da Caixa Escolar da
escola masculina.

O programa organizado a ca-
pricho deverá agradar, tanto
mais que num gesto de simpa-
tia para com o srt. professor
Caires deram a sua colaboração

 

“A récita adultos do referido lo-

gar na qual o referido profes-
sor também toma parte.

Esta récita em benefício da
Capela foi uma promessa quan-
do o professor Caires se en-
contrava enfêrmo e por isso o
seu gesto de caridade e humil-
dade junto do povo humiide
nesta simples festinha.

As crianças também têm a
seu cargo, a habitual revista que
como nos anos anteriores será
mais um triunfo das suas habi-
lidades e mantendo assim a fa-
ma já adquirida.

O programa da récita é o se-
guinte:

O EXAME DO MEU MENINO
Comédia em 1 acto
Francisco S. Ribeiro

Professor Caires
José da Silva Ribeiro
Alberto P. Farinha

UMA ANEDOCTA

Episódio dramático

Menino…
Examinador…

Continuo………

O rapaz… Professor Caires.

O Director…… Alberto P. Farinha

O criado… José da Siva Ribeiro
UM ADEUS… É O DESTINO.

Revista em 1 acto do Prof. Caires

Desempenho a cargo das

“crianças e dos adultos acima

mencionados.

A revista tem os seguintes
números:

Paródia 4 Vida,
Chega-me isso!, Ele e
Ela, O Figo ea Passa, São saias,
O Balão, Mulheres e Homens,
O destino, O passado, o presen-
te c o futuro; Miúdo da Graça,
As aventuras do Justo e da Jus-
ta, Carta para o Céu € Pico Se.
renico.

A banda de Música da Sertã,
abrilhanta esta festa com a sua
presença.

Outeiro e

SetAs

Há dois mil anos!

Os “Esteategas de

vistos e comentados por Lucius
Paulus, cônsul romano…
o AEMILIUS PAULUS, cônsul romano, nomeado pata

 

 

 

conduzir a guerra contra os Macedónios, no ano de 168

A.C. ao sair do Senado Romano, dirigiuao povo reúnido
as seguintes palavras magistrais, a que o tempo não fez ainda per-
der a verdade e proiundeza extraordinárias do conceito, o fulgor
da expressão verbal, até mesmo a actualidade da sua aplicação; e
nós não resistimos a reavivar, como tema de meditação :

— «Em todos os círculos e até, na verdade, a cada mesa, há
gente que conduz exércitos na Macedónia, que sabe onde o acam-
pamento há de ser colocado, quais os pontos que devem ser ocu-
pados pelas tropas, quando e por onde a Macedónia deve ser in-
vadida, onde se devem estabelecer os depósitos, como devem ser
transportadas as provisões, tanto por terra como por mar, e enfim,
até quais as oportunidades de combater ou de não combater. Mais
ainda; essas pessoas não só «determinam» aquilo que é melhor fa-
zer-se, como também, se alguma coisa se faz diferentemente do
que elas preconizam, condenam o Cônsul como se êste estivesse
já perante um tribunal de guerra! Tudo isto representa um graú-
de obstáculo para quem tema responsabilidade de dirigir em-
presas: porque nem todos podem enfrentar comentários injuriosos
com a mesma calma e firmeza de espírito de FABIUS — o qual
preferiu vêr deminuida, pela loucura do povo, a sua autoridade,
a manter elevada reputação com prejuizo do bom govêrno das
cousas públicas.

Eu não sou daguêles que pensam que os chefes nunca devem
ouvir conselhos: pelo contrário, considero mais vaidoso do que
sensato o chete que faz tudo só pelo seu próprio critério.

– Qual é, pois, a minha opinião?

E’ que os chefes devem ser aconselhados, sobretudo, por pes-
soas de reconhecido talento, especialmente, por aquêles indivi-
duos que são hábeis na arte da guerra e sé formaram na escola
da experiência; e, depois, por aquêles que estão presentes no
campo da luta, que vêm o inimigo, que podem ajuizar das opor-
tunidades que se ofereçam, e que, enfim, tal como se estivessem,
por assim dizer, embarcados no mesmo navio, corram os mesmos
perigos.

Por conseguinte, se algum de vós se julga qualificado para
dar conselhos respeitantes à guerra que vou conduzir e qué pode
ter vantagem pública, não deve negar o seu tributo à Nação, mas

“sim vir comigo para a Macedónia. Dar-lhe-ei passagem num na-

vio, um cavalo, uma tenda de campanha, custeando-lhe tôdas as
despesas de viagem. Mas, todo aquele que pensar que isso repre-
senta um grande incómodo e que preferir o repouso da vida da
cidade às duras lides da guerra, não queira, então, ficando em
terra, arvorar-se em pilôto de mar!

A cidade, de si própria, fornece abundantes assuntos pata as
conversas. Restrinja êle, pois, a sua paixão de conversar e tique
certo de que nos bastarão plenamente os conselhos formados a
dentro do nosso acampamento.»

“Coisa bem dificil, — agora como no tempo de Lucius Pau- .
lus, “esta de ouvir, sem respingar, as ne dos conselhos
formados a dentro do nosso acampamento…

Means a toma
Casamento

MADEIRA, 8 — Realizou-se ho-
je, às 19 horas, na Capela do Se-

 

 

“berto Alves Barata e da sr,* |).
Maria Mendes Barata, da Vinha
Velha, recebendo o neófito, o no-
me de Manuel Alexandre Mendes
Barata. Fôram padrinhos seus tios
sr. Manuel Mendes e mademoiselle

Joaquim Pestana dos Santos,

Um grupo de operários pro- E Ea
cede agora à instalação eléctri-
ca, assentamento de depósitos e
canalizações para abastecimento
de águas e do fogão e tubagem
para aquecimento.

O edifício é amplo, cómodo,
de belas instalações, com muita
luz, para o serviço público; a
parte superior é reservada a re-
sidência do chefe da estação.

Desastre “mortal:

Em Sobreira Formosa foico-
lhido por uma carroça, tendo
morte instantânea, o menor
Francisco Mendonça Ribeiro,
de 5 anos, filho de António Ri-
beiro (Vales).

 

 

 

 

 

ee e

Associação dos Bombeiros
Voluntários da Scrtáã

 

Donativos recebidos para a compra dum auto-maca
destinado ao corpo activo :’

Transporte do n.º 384, 3355850

José Diogo, Manoel do Fojo, P. Guilherme Nunes Marinha, Antó-
nio Sardeira, Manoel Dias, João José Moura, D. Laura P. Nunes, Ma-
noel Deniz Nogueira, João André, Cónego Joaquim Mendes, Adolfo
Cerveira da Costa, P. Serafim dos Anjos Serra, Jjcão Antunes Amaro,
Jaime Antunes Amaro, Alberto dos Santos Bucio: D, Mariana Blanco,
Lúcio Amaral Marques, Jorge Paixão e esposa, José de Brito e esposa,
20800 cada: Manoel Farinha Carvalho, Manoel: José Maria, Mário Car-
doso Sequeira, José Ribeiro da Cruz, José Pires de Oliveira, Augusto
Pedro Cardoso, Manuel Martins, D. Elvira de Avelar Ventura, Mário
Cardoso, José Armando Rodrigues e Joaquim Nunes, Iojboo cada;
Manoel Simões, José F, Ribeiro da Costa, João da Cruz, dCaMos Matias,
Adelino Farinha, José Francisco da Silva, D. Ilda. José António Ale
xandre, João Farinha Figueiredo, dr. António Peixoto Corrêa, D. Maria
Amélia Lopes e João Nunes Costa, 5890 cada; António Nunes da
Silva Mata, D. Natália, Joaquim Fernandes Pestana,
dr. José Barata C. e Silva, anónimo da Sertã e dr. Pedro de Matos
Neves, 50800 cada; dr. Flávio dos Reis e Moura, Manoel Godinho e
Ioooo cada; Assis Lopes & Irmão,
40800 ; Jacinto Pedro, José Fernandes e Eduardo Martins, 3000

cada ; Dalnio Rodrigues e D. Maria Violante Queiroz, 25800 cada ;
dr. Cueldii de QoS 75500; Armindo Brito, I5ãoo.

ar di 825550

António Lopes, –

nhor do Vale Ferreiro, servindo
de Matriz, o casamento do nosso
estimado correspondente, sr.
bânio Ribeiro, com sua. prima,
mademoiselle Ermelinda da Con-
ceição, da Vinha Velha. Foi ccle-

– bronte o reverendo Manuel de As

sunção Jorge, pároco desta fregue-
sia e do Sobral. O cortejo nupcial,
que saíu da Vinha Velha, era im-
ponente, composto só de pessoas
de familia e intimidade, seguindo
os noivos e padrinhos que vieram
no automovel do sr, António Lou-

renço Silva, que generosamente o.

cedeu, trazendo os noivos à Ma-
deirã, à casa onde fixaram resi-
dência. O almôço, fui oferecido
pelo irmão da no:va, na Vinha
Velha e o jantar, pelo pai do noi-
vo, na Madeirã O menú, estava
optimamente confeccionado, acom-
panhado de bons vinhos da região
e servido de saporiferos dôces,
Fôram padrinhos por parte da
noiva, seus irmãos, Alberto Alves
Barata, e mademoiselle Maria Ame-
lia Baratá, da Vinha Velha, e pelo
noivo, seus irmãos, Augusto Girão
Ribeiro, empregado no comércio
e mademoiselle Mariá da Concei-
ção Ribeiro Girão, de Madeirã
Na corbelha viam-se muitos e
valiosos brindes, oferecidos por
“pessoas de familia e da sua inti-
midade. Ao Pórto de Honra fize-
ram-se alguns brindes pelas feli-
cidades dos noivos. Vieram tim-
bém assistir a êste acto o sr. pro-
fessor Manuel Mendes e suas gen-
tis irmãs, das. Pecegueitas e gentis
primas da casa Gamas da Longra.

—Na mesma ocasião baptisou-
-se solenemente o filho do sr. Al-

Jd-

Maria Amélia Barata. No domingo
foi servido um jantar na Vila Ve-
lha a numerosas convidados em
homenagem ao reófito, festejan-
do-se, dimuliincamente, os dois

“actos. Foram feitos algúns brindes

pelas prosperidades do neólito.
(E)
ES.

Abastecimento de qguas

á vila da Sertã

O Fundo do Desemprego
concedeu à Câmara Municipal
da Sertã, para abastecimento de
águas à àvila, refórcço, a compar-
cipação | de 53, 414590.

«Sabastiana»

O sr, Carlos Pato da Luz, do
Instituto Dentário de Tomar,
teve a gentileza de nos enviar
a letra da <«Sabastiana», que
noutro lugar publicamos e é,
sem dúvida, uma paródia ao já
tão conhecido «Sebastião», que
há tempo publicámos.

Diz o sr. Pato da Luz que a
«Sabastiana» tem música pró-
pria, mas, no entanto, pode ser
cantada com a mesma música
do «Sebastião» e termina por
nos dizer que se tivermos par-
ticular interêsse nalgumas com-

“posições musicais ot letras pa-

ra alguma récita ou agrupamen-

to musical, gostosamente nos

fornecerá alguns inéditos.
Certamente não faltarão vca-

“siões de nos apróveitarmos da

amabilíssima oferta do sr. Pato

“da Luz; a quem apresentamos

os nossos agradecimentos.cimentos.

 

@@@ 1 @@@

 

Notas…
..à lapis

(Conclusão da 1.º pág.)

trando escoante, atravessam as
estradas e cavam grandes sulcos
arrastando a terra e pondo a nu
tóla a pedra. E um automóvel,
mesmo à ínfima velocidade de
15 ou 20 quilómetros, que se aven-
lure a tal viagem, anda aos sola-
vancos como barco em mar alto
Justigado por ondas bravas e
corre o risco de ficar com os
pneus triturados.

Ira Vila de Rei de automó
vel representa uma aventura,
audaciosa, que pode custar os
olhos da cara!

Que esforcos tem empregado
a Câmara Municipal daquele
concelho para reparar devida-
mente aquelas estradas, que há
tantos anos assim permanccem e

cujo péssimo estado tem, fatal.
mente de prejudicar os habitan:

tes de Vila de Rei e causar gra-
ves perturbações à sua vida eco-
nómica ?

E” possível que a falta de re- |

paração não s’ja, apenas, moti-
vada por escassez de recursos do
erário municipal, incompreensi-
vel e absur ls em anos e anos con-
secutivos…

Nestes tempos que vão cor-
rendo, em que tantas aldeias, de-
jfendidas por homens de acção e
iniciativa, têm conseguido magni-
ficas estradas, apar de muitos
outros melhoramentos de grande
importância, não se admite nem
compreende que um concelho per-
maneça em tal abandono, coma

pletamente alheio, às mais sim-
ples aspirações, mergulhado nu-

“ma apatia e indolência que con»
trista, magoa e irrita,

É o concelho de Vila de Rei,
afinal, tem os mesmos direitos
que qualquer outro a enfileirar
na vanguarda do Progresso, mas,
para 1sso, precisa de trabalhar
com fé e tenacidade.

DOS
ro S. Cosme, freguesta do
Ervedal da Beira, uma
mulher casada e com filhos, feriu
mortalmente o caluniador da sua
honra, mas antes da desafronta
verberou, de cara a cara e cora-
josamente, o seu procedimento
na presença do marido, acusan-
do-o, debaixo da maior indigna-
ção, de ter destruido a felicidade
em que vivia,

OE

IRIATO mais uma vez foi
vítima de traição… na ci-

dade de Viseu, onde lhe foi eri-
gido há anos, um grandioso mo-
numento: numa noite destas, os
“gatunos roubaram-lhe a espada,
certamente, naimira de um gran-
de negócio; como o viram firus-
trado, resolveram colocar a es-
pada, não junto da figura do

glorioso pastor dos Hermínios,

mas no monumento do “Bispo Al-
ves Martins, talvez desconhecen-
“do que éste também era homem
para a manejar com valentia…

BOAS

/ po quem se queixe de os co:
merciantes que recebem ta-

baco não o distribuam imediata-
mente após o recebimento.

Foi o que sucedeu, pelo me-
nos, da última vez. O vicio é ir-
refreável e pode compreender-se
a ansiedade dos fumadores que

A dlDbmarca dade

 

 

 

 

 

(Continuação da 1.º página)

lítica, a narração dos horrores que afligem a
Humanidade, como seja a descrição pormenori-
zada das guerras, com tôdas as suas barbarida-
des, citando que certo agrupamento de tantos
mil homens conseguiu exterminar um outro seu
inimigo, de outros tantos; ainda que, numa ta-
berna, na aldeia tal, vár’os individuos se envol-
veram em desordem, ficando um morto com
uma facada e outros com diversos ferimentos
graves, assim como tantos outros factos que
demonstram que uma enormíssima percentagem
do nosso povo ainda se encontra com pouco
avanço da civilização da Idade Média e com a
leitura de tais relatos só se embrutece e lhe
desperta instintos maléficos. Na segunda, estão
incluídos todos os periódicos das províncias,
os quais trilhando o caminho que lhes está in-
dicado, realizarão uma obra que só tem para-
lelo com os bancos de uma Escola Primária,
orientada por um professor que faça da sua
profissão um verdadeiro secerdócio. E’ por
esta que se fala ao coração do povo, incutindo-
“lhe conhecimentos que não teve a felicidade
de ir aprender a um Liceu. Na terceira, in-
cluem-se todos os jornais e revistas especiali-
zadas, os quais têm por missão a fusão de co-
nhecimentos técnicos-profissionais, das diferen-
tes actividades.

Depois de feita a classificação da Impren-
sa, devo dizer que aquela que me merece mais
estímulo é sem dúvida a «Regional», mas para
que ela atinja a sua plantiude é necessário que
todos os que têm conhecimentos e condições

lio moral e material, como no dizer de Eing-
tein: — «O valor de um indivíduo para a co-
munidade, depende principalmente da maneira
como os seus sentimentos, os seus pensamen-
tos e os seus actos, são aplicados ao progresso
da existência dos seus semelhantes». Esta fra-
se vale uma epopeia e todo aquêle que se pro-
puser defender tais principios é digno das
maiores glórias.

A Imprensa tem na sua frente um vasto
terreno para culturas é a maior parte dêsses es-
tá árido, mas persistindo na preparação do
terreno, acabará por colher loiros frutos, por-
que a terra é fértil de seiva.

Fala-se insistentemente, para o após-guer-

 

financeiras lhes dispensem um pouco de auxi-

ET a

 

 

 

na educação do povo

ra, numa remodelação geral em todos os secto-
res da vida da Humanidade, na qual os maio-
res construtores serão sem dúvida a Imprensa
e o Professorado e, a suceder assim, teremos
nós, membros dessa mesma Humanidade, de
dar novas directrizes aos ditos meios educado-
res, cada qual com a quota parte de que possa
dispôr, conforme a sua bagagem de conheci-
mentos.

Ser jornalista é ter uma profissão ingrata,
porque, muito bem que escreva, nunca conse-
gue agradar a todos os leitores, o mesmo suce-
de com o jornal que seja verdadeiramente re-
gionalista e independente. E’ deveras desola-
dor que suceda que a maior parte das pessoas
de qualquer das camadas sociais se insurjam,
umas porque o jornal traz um artigo esplanan-
do conhecimentos científicos, filosóficos ou
históricos; outras, porque traz umas mal ali-
nhavadas linhas, descrevendo por uma lingua-
gem simples as necessidades de certo povoado;
ainda porque não traz a descrição pormenori-
zada de todos os acontecimentos ocorridos na
sua aldeia natal, até os mais comezinhos. De-
vemos ser sensatos na maneira de exigir é con-
vencer-nos de que o Jornal serve para todos e
para tudo, excepto para alimentar capricho e
ainda que um Jornal Regionalista é o maior
guião do almejado progresso da região a que o
mesmo estenda a sua acção, por isso nunca de-
viamos desprezá-lo nem amesquinhá-lo, antes
pelo contrário, auxiiiá-lo com uma simples par-
tícula de esfôrço, que é: «ser assinante e se se
lhe encontra colaboração deficiente é porque
não tem conhecimentos para fazer melhor, pois
não se concebe que um crítico de obras literá-
rias tenha a profissão e por conseguinte as ha-
bilitações de um trabalhador rural, por isso de-
verá produzir trabalhos literários. de molde a
contribuir para o aperfeiçoamento máximo da
educação do nosso povo, ou esplanando assun-
tos que contribuam para elevar a sua situação
social.

Não vai longe o tempo em que era fácil
fazer jornalismo, bastava que defendesse certa
côr política, para que em breve espaço de tem-
po atingisse grande esplendor, mas, hoje, é uma –
tarefa ingrata em se dos contras supra-ci-

tados.
JOSÉ PEDRO |

 

 

permanecem, durante muitos dias,
em regime de abstinência forçada

porque não encontram tabaco em

parte alguma… Mas éle chega,
desaparece logo e já houve quem
nos dissesse que alguns tabernei-
ros são eximios na arte mágica
de lhe dar sumiço !

BAMS

A S penalidades aplicadas áque-
les individuos da Madeirã,

que foram apanhados com a boca
na botija… a pescar com tro-
visco, prova que nem sempre pode
ficar impune a tendência crimni-
nosa e abusiva de quem não en-
contra outro meio de proceder à
pesca senão usando substâncias
venenosas e destrutivas, como o
trorisco, o sulfato, a dinamite!

Os meios licitos já não lhe
servem, como a rede e tarrafa;
com a sua inconsciência, estupi-
dez e mallade deixam de avaliar
os danos que causam à fauna des
nossos rios e ribeiras, que todos
os anos, no verão, sofre aten-
tados largamente destruidores,
cujos efeitos se vêm sentindo nu-
ma muito menor abundância de
peixe, sem dúvida um dos me-
lhores, mais saborosos e econó-
micos alimentos postos ao alcan-
ce de tóda a gente.

Que nunca as mãos doum às
autoridades para castigar 1igo-
rosamente os que malvadamente
se entregam à pesca por meios
ilegais.

enemegometeas EEE ca sogro mom

Êste número foi visade pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco.

“Codência incex-
plicável,,

“A propósito do nosso edito-
ql de 25 do corrente, sob
aquela epígrafe, em que se apre-
cia, desenvolvidamente, a ce-
dência que a Comissão Admi-
nistrativa da Misericórdia de
Oleiros fez, do hospital, para
instalação de uma das escolas
primárias da vila, recebemos,
na manhã de 23 do corrente, o
seguinte telegrama de Lisboa:

Apresentamos caloroso aplau-
so artigo inserto seu jornal in-
titulado «Cedência inexplicável».

João Lourenço, João Antunes
Gaspar, David Real, Antônio
Ventura, Antônio Mendes das
Neves, Epifânio Mateus, Anto-
nio Mendes Barata, Albano
Mendes, Acácio Barata Dias»,

Registamos, com júbilo, a si-
gnificativa prova de aplauso da-
quêles nossos amigos da capi-
tal, naturais do concelho de
Oleiros, e aqui deixamos ex-
presso o nosso agradecimento
pelas suas palavras, que são tes-
temunho eloquente dum bair-
rismo que se mantém vivo atra-
vés de tôdas as vicissitudes,
conirariedades, egoísmos €, até,

indiferença pelos direitos da.

gente humilde e desamparada,
e incentivo para tôdas as cam-
panhas que desenvolvemos em
benefício das terras e popula-
ções da comarca da Sertã.

toPHDOHo osso põos

TRATAMENTO DOS DENTES,

doenças da bôca, etc.

Chamamos a atenção dos nos-
sos leitores para o anúncio, que
noutro logar vimos publicando,
do Instituto Dentário de Tomar,
que de há semanas vem dar con-
sultas à Sertã, aos sábados,

Escusado é encarecer a im-
portância dessa clínica.

FELICIDADE DEMASIADA

Na sala de espera de uma
Maternidade um sujeito, com
ar de pessoa fina e… pouco
endinheirado, aguardava, visi-
velmente preocupado, que a ca-
ra metade tivesse o seu bom
sucesso.

De repente levantou-se, mais
preocupado ainda, e põe-se a
passear de cá para lá, Lembra-
ta-se de que era sexta-feira e 13
do mês!

Observando-lhe as atitudes,
uma enfermeira procurou ani-
má-lo, informando-o de que tu-
do corria bem.

— Muito obrigado — tornou-
-lhe êle. — Mas, por menos que
eu seja supersticioso, ocorreu-
-me há pouco.que hoje é sex-
ta-feira, 13, Ce.

-— E que tem isso”

— Isso não tem nada.
tudo.

Nesta altura surgia outra en-
fermeira:

— Muitos parabens! Dois lin-
dos gémeos. Pesa, cada um, dois
quilos e treze gramas !

— Como vê — comentou a
primeira que se lhe dirigira —
há até sextas-feiras, 18, dupla-
mente felizes.

O também duplamente pai
sorriu, sem levar mais longe a
sua concordância com o comen-
tário optimista…

Eres
Docentes

Prssou bastante incomodado
de saúde, encontrando-se, ago-
ra, melhor, o sr. dr. António A.
de Mendonça David, de A’lvaro.

— Seguiu para Lisboa, onde
foi em busca de lenitivo para
os seus males, o st. Celestino
Pires Mendes.

Desejamos, muito sncera-
mente, o restabelecimento dos
nosos amigos.

Con-

Semana
das Colónias

* Está decorrendo com-o
maior entusiasmo, em todo o
País, a organisação da próxi-
ma «Semana das Culónias».

Os Senhores Ministros da
Gue-ra, da Marinha, da Edu-
cação Nacional e das Coló-
nias dão todc o seu apoio e
protecção a e-ta pst ió ia ini-
ciativa da benenérita Socie-
dade de Ge »grafia.

Em muitos dístritos do
Continente, esta meritória
acção de propaganda colonial,
é patrocinada pelos respecti-
vos Governadores Civis que
patr OUCamente e com o sen-
tido ní-ido da necessidade que
a Nacão tem de formar a sua
consciência imperial, para po-
der afirmar o seu incontestá-
vel direito ao patrimón o que
usufruimos civilisando o cris-
tianisando, aplaudem e auxi-
liam a Sociedade de Geogra-
fia no seu propósito.

A So.iedade de Geografia,
ambiciona que a “S:mana das
Colónias», a realizar de 1 a 7
de Maio próximo, tenha a co-
laboração de todos cs orga-
nismos, instituiçõs e indivi-
dualidades do País, e, com ês-
te objectivo, fez expedir cen-
tenas de circulares. Mas, co-
mo nestes casos, há sempre os
inivitáveis lapsos, ela solíciia,
por intermédio da Imprensa,
das entidades que não mg be-
ram expresso convite, e d se-
jam dar-nos a sua colabora-
ção, o favor de requisitarem à
sua Secretaria o respectivo

“ Boletim de inscrição.

dominio é

Feira de Santa Cruz
em Proença-a-Nova

Nos próximos dias 2 e 3 efe-
ctua-se, na vizinha vila de
Proença-a-Nova, a tradicional
feira -de Santa Cruz, que costu-
ma ser largamente concorrida.

epotppose ce reesos
Arciprestado da Sertã

Por virtude do grave estado
de saúde do Rev.º P. Francisco
dos Santos e Silva, foi nomeado
Arcipreste o nosso amigo Rev.º
P. José Baptista, capelão da Mi-
sericórdia e antigo coadjuto
da paróquia da Sertã.

As nossas felicitações.

cotraros tios pro po

Partidas para A frica

Partiram a semana passada
para Benguela e Malange (An-
gola), respectivamente, os nos-
sos prezados amigos srs. Alber-
to Baptista de Oliveira; cóm
sua espôsa e filho, no «Angola»
e José Carvalho, com sua espô-
sa, filhinho e seu irmão Joaquim
Carvalho Júnior, no «João Belo».

Ambos são. antigos e con-
ceituados comerciantes naque-
las cidades.

Desejamos-lhes excelente

viagem, muita saúde e tôdas as

felicidades, agradecendo os amá-
veis cumprimentos de despedi-
da que-nos apresentaram.

x

Também, em 25 de Março,
embarcaram, no <«Mousinho»,
para a costa oriental, os nossos
amigos srs. António Lopes, só-
cio da importante firma agríco-
la Lopes & Irmãos, de Megaza,
e António da Silva Mouga,
emgado da mesma firma.

Boa viagem e prosperidades,