A Comarca da Sertã nº387 22-04-1944

@@@ 1 @@@

 

DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO

Eduardo Barata da Silva Correia

 

 

“O REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —

RUA SERPA PINTO — SERTÃ

 

ANENCÇADO

PUBLRICA-SE AOS SÁBADOS

 

 

DN FPFUNDADORES-—

— Dr josé Carios Ehrhardt -—
Dr. Angelo Henriques Vidigal
António Barata e Silva —
| Dr. José Barata Corrêa e Silva
| Eduardo Baréta de Silva Corrêa

 

 

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AINNO VIII
N.º 387

 

 

 

Hebdomadário regionalista, independente, d elensor dos interêsses da comarca da Sertã : concelhos de Sertã, Oleiros,
= Propnça-a-Nova é Vila de Rei; 6 ireguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) ==

as
ABRIL
1944

 

RSI RASA RSA ISA ISA SA ROSA REIS ISS EC ISZ RISE É ISA CE TSS TS SOIS RSI ISA PSD ROSI ROSSI NOIS ASI RISO ISA AISO IS ISA CESG ELISA SS ISA

Crónica da semana

 

Notas =

« o. entra a introduzir

uma lei nova, não pode
tirar de repente os abusos da lei
velha. Há-de permitir com dis-
simulação, para tirar com suavi-

dade : há-de deixar crescer o tri.
go com sizania, para arrancar q

sizania, quando não faca mal às
raízes do trigo. Todo o xéio é
mal sofrido; mas o xélo portu-
guês mais impaciente que todos.
A qualquer religuia dos mal pas-
sados, a qualquer sombra das
desigualdades antigas, já toma-
mos o céu com as mãos, porque
não está tudo mudado, não está

 

emendado tudo. Assim se muda .

um reino? Assim se emenda uma
monarquia? Tantos entendimen-

tos assim se endireitam? Tantas
assim se

 

vontades, tão difere
temperam?….

 

. Pouco e pouco se

fazem as coisas grandes; e não.
há melhor arbítrio para as con. .

cluir com brevidade que não as

querer acabar de repente».
P. António Vieira (1608-1607)

ae [A
ME

CONCESSÃO à lavoura
de prémios pecuniários pa-
ra estimular a cultura do milho
de sequeiro, aconselhada oficial-
mente por necessidade nacional,
iniciativa oportuna do Ministé-
rio da Economia, merece todo 0
nosso aplauso e estamos certos

de que produzirá os mais belos |

resultados,

Noutro lugar apresentamos
as condições que regulam esse
concurso, cuja finalidade, como
se vê, é procurar produzir o má-
ximo, obedecendo-se aos impera-
tivos da hora presente de apro-
veitar, em tóda a sua extensão,
os terrenos susceptíveis de qual»
quer cultura.

E na campanha de produzir
está, primeiro que tudo, arran-
car da terra o pão necessário ao
consumo da população do País.

Quem se desvie desta finali-.

dade não pode deixar de ser con-
siderado mau português,

sos

HH bastantes dias que a luz
eléctrica particular apa-

rece tardissimo, para além das
20 horas, quando a escuridão é
quási completa.

Nota-se isto depois que o ami-
go Costa foi para Lisboa! |

Somos capazes de acreditar
que ainda ninguém relacionou
q coincidência dos dois factos!

Tomáramos nós cá apanhá-lo
quanto antes para ver se acaba
estã pôuca vergonha.

 

 

 

 

 

0,ão

OMEÇOU o racionamento do pão de

trigo nas principais cidades do País

e é muto natural; que, em futuro

breve, êle venha a ser extensivo a tôda a
população do continente, sem excepção, já
que a escassa produção no último ano e a
dificuldade de importar o trigo doutros paí-
ses motivaram a redução dos stoks cerealí-

feros.

O racionamento é uma necessidade abso-
luta que fatalmente se impõe, uma medida
drástica de certa dureza que entra nos domí-
nios da previdência bem orientada e que

“aplicada com critério, justiça e egiiidade tem
“de ser aceite, senão com júbilo, pelo menos,
“de boa vontade e com aprovação geral. Nin-
guém, por certo, se sentirá satisfeito consi-
£o próprio e com à sua consciência se, ten… VElS E GL o Patr
E OsPEOP ; a * eikidade que imaginamos.

do pão de sobejo em casa, souber que o vi-
sinho passa muitos dias sem o ver ou rarís-
simas vezes o prova.

E” muito possível que o português nun-
ca tivesse encarado a possibilidade do racio-
namento de pão porque êle é o seu princi-
pal alimento, a base de tôdas as suas refei-
ções. À guerra, porém, trouxe-lhe mais esta
amarga surpreza, esta grave preocupação a
juntar a tantas outras que nos primeiros mo-
mentos observou com desalento, tristeza e
cepticismo e até mesmo com irritação, habi
tuado, como estava, a ter tudo em abundân-
cia e por preços perfeitamente compatíveis
com a sua bôlsa por mais modesta que fósse.

Outros países, mais ricos e com supe-
rior nível de vida ao nosso, vêm suportando
rigoroso racionamento de generos alimentí-
cios, de vestuário e de tudo o mais essencial
à população e a verdade é que encaram as
medidas estremas dos seus Govêrnos com
calma, paciência e resignação, dentro dum
conformismo que não é mais do que a con-
segtiência directa do civismo dessas popula-
ções, que fazem das fraquezas fôrças para
que todos disponham dum mínimo que evi-
te a miséria e as agruras da fome; e maior,
muito maior, é o pêso dêsse sacrifício nas
nações directamente envolvidas na guerra,
já que se torna forçoso alimentar devida-

| mente os soldados que combatem nas fren-
tes, a quem se exigiu a defesa da pátria a

SERTÃ = Ua-belo aspecto da carvalha

a daená

 

todo o transe e a conservação dum patrimó-
nio que a todos interessa.

E que dirão os povos que nada têm pa-
ra racionar, nem pouco nem muito, porque
a luta entrou no próprio solo pátrio, nas
suas aldeias e nos seus lares, os campos fo-
ram devastados pela metralha e as já escas-
sas reservas dejgéneros requisitadas pelo ocu-
pane ?

Estabelecendo um, ligeiro que seja, pa-
ralelo entre nós e aquêles povos hemos de
concluir que até agora não temos sido os
mais desfavorecidos da Fortuna e que se o
nosso Govêrno determinou o racionamento
do pão fê-lo constrangidamente, levado pela
dura necessidade de condicionar o consumo
em otdem às reservas existentes e cujo au.
mento, em longo ou curto prazo, não de-
pende simplesmente da sua vontade de bem
servir o País, mas de múltiplos empecilhos
que se erguem como barreiras intransponí.
veis e que não é possível remover com a fa-

À situação é, de facto, grave — e não a
considerar assim seria inconsciência — mas
está longe de ser desesperada. Esta é a ver-
dade.

Se todos nós, portugueses, nos capaci.
tarmos que a hora é de sofrimento e sacrifi-
cios, que devem ser repartidos por igual, re-
calcando nas massas a ideia de previlégios
e favoritismos odiosos, que por vezes o rico
parece querer impor, considerando o pobre
apenas o escravo ou o pária — esquecendo
que todos têm estômago e necessidades im-
perativas de existência — então ficará faci-
litada grandemente uma determinação que,
não agradando a ninguém, todos deverão
aceitar como quota parte de justo sacrifício.

P Ss.
À árvore amnbidja

À Sociedade Portuguesa de Naturolo-
Sia, com sede em Lisboa, dirigiu, vai para
dois meses, um apêlo à Imprensa no senti-
do de se fazer uma larga propaganda em prol
da árvores.

“Também recebemos uma circular e
é-nos grato confessar que temos a maior sa-
tisfação em dar todo o nosso apoio à feliz
ideia daquela Sociedade, de fins altamente
meritórios e até patrióticos, como facilmente
se compreende e aquilata: meritórios, por-

(Continua na 4.º página)

Páscoa, regressaram aos
seus estudos os moços que aqui
vieram de visita a suas familias.

Agora é o último periodo es-
colar, o de maiores dores de ca-
beca, aquéle em que é preciso um
maior esforço para vencer o ano.
E se querer é poder, que cada
estudante se lembre de que um
ano persido representa grande
atrazo no seu futuro e o gasto
inútil, quantas vezes com grande
sacrificio por parte dos pais, de
alguns contos de réis.

Que a rapaziada da Sertã
seja feliz nos seus exames, é o que
sinceramente desejamos.

 

OM o findar das Jérias da

«a lápis

S chuvastêm caído com abun-
dância, transtornando bas-

 

 

 

 

tante os agricultores que ainda

não fizeram as suas culturas de
milho e batata e que só se pode-
rão efectuar depois de alguns
dias de bom sol, isto é, quando
a terra ficar um ponco leve, pa-
ro que a enxada se maneje com

dextreza
sex

T*EM chegado bastante nitra-

to à Sertã, mas, ao que pa-

rece, ainda não em quanntidades

suficientes para satisfazer tódas
as requisições.

Há quem se queixe de a dis-

tribuição não ser feita de harmo

lavrador, isto é, dentro das de-

—uidas proporções, -——

see
OS rouxinóis já se ouvem por
aí cantar alegremente, nu-
ma melodia que encanta e mara-
vilha.

Pode-se dizer que o seu canto
suavissimo e variado não tem ri-
val: sempre belo e lindo, exta-
sia-nos plenamente!

 

o

“nia com as necessidades de cada.

Mas, porque será, pregunta

mos, que de ano para ano pare-

ce haver menos rouxinois? Este.

mesmo reparo tem feito várias
pessoas, principalmente as que já

não são novas, que dantes, na.

sua meninice, ouviam o canto me-
lodioso do rouxinol por tóda q
parte.

Em Abril au Maio do ano.

passado, ao atravessarmos o Ca-

bril, assistimos a um despique de

rouxinóis de um e outro lado do ‘

rio e quelámo-nos, embevecidos,

para ouvir os gorgeios formosos
e orquestrais de algumas cente-
nas de cantores!

A audição primorosa tornou-
-se inesquecível.

ME
ENTILOU-SE, ainda há
pouco, na Assembleia Na-
cional, a ideia de reservar o do-
mingo para descanco em todo o
Pais,

Primeiro que tudo tem de se
atender à circunstância de, em
muitas localidales, se efectuarem
os mercados semanais ao domingo
e os rurais das redondezas apro-
veitam esse dia — que, a-final é
o do seu prórrio descanço — pa-
ra irem à sede de freguesia ou=
vir missa, fazer compras e tra-
tar dos seus negocios, reservan-
do os dias úteis, ex lusivame it,

(Continua na 4.º página)
(Continua na 4.º página)

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A Comarca da Seria

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A Companhia de Viação de Sernache, L.ºº2, avisa o
Ex.” Público que em 15 de Julho de 1943 começaram a vi-
gorar as seguintes carreiras:

TELEFONE 22065

LISBOA

 

 

 

VOLHOHHO

Lisboa-Sertã de: Castelo Branco-Seriã-Figueiró

dos Vinhos-Coimbra:
A’s Têrças, Quintas e Sábados

Coimbra-Figueiró dos Vinhos
Sertã-Castelo Branco:

A’s Segundas, Quartas e Sextas
Serta-Coimbra — À’s 3; e dias 23 (ida e
e volta) nêstes dias.
Sertã-Castelo Branco — Aos Sábados
Castelo Branco-Sertã—A” 2.-Feiras

Oleiros —Diária-—excepto aos Domingos
A’lvaro—A’s Segundas- Feiras

Pedrógão Pequeno -A’s 2.º, 5. e Sábados
Proenca-a-Nova—A’s Seguandas e Sextas

Lisboa-Sertã para:

Oleiros —Diária —exepto aos Domingos
A’lvaro — Aos Domingos

Pedrógão Pequeno —A’s4.s, 6.º e Sábados
Proença-a-Nova— A’s Quintas e Sábados

 

er
TESS

EMISSÕES DOS ESTADOS UNIDOS

* EM LINGUA PORTUGUESA:
(Recorte esta Tabela para referência futura)

 

 

Esta Companhia pede ao Ex.”º Público o favor de se fazer acompanhar de um nú-

 

 

mero de volumes o menór possível, pela dificuldade em adquirir pneus, Horas Estações Metros Est. Met. Est. Met. Est. Met.
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EDITAL 14,45 WRUS 19,8 WRUA 25,4 WRUW 25 6:
17,45 WRUS 19,8 WRUA 254 WRUL 19,5
a O a Ja CU A 18,45 WRUS 19,8 WRUA 26,9 WRUL 19,5
CARLOS MARTINS, Conserva. 9,45 WRUS 19,98 WRUA 26,9) WGEA 25,3 WGEX 25,4
dor do Registo Predial e Co» 0,45 WRUS 19,88 WRUA 269 WGEX 25,4 WGEO 31,5
mercial e Presidente da Câma- a

mara Municipal do concelho

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P Tome público que no diazo 245 WRUS Je WRUA 9,6 WELI Jo8
CESARIA MARQUES LOPES do corrente, pelas 12 horas, no 23,45 WKLJ do 8

A «VOZ da AMERICA» em português pode ser mb escutada
por intermédio da B. B. C. das 19,45 às 20.

Edifício da Câmara Municipal se
há-de arrematar pelo maior lanço
oferecido o material abaixo desi-

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PE E ts

ER SRS

o

SIS

Só a voz temerosa das procelas,
Á chuva que me bate nas janelas
E o vento que não cessa de assoprar.

o

 

Tribunal Judicial
“MOVIMENTO DE JANEIRO

Distribuição : 3) Acção espe-
cial de expropriação por utili-
dade pública em que é expro-
priante a J. A: E. e expropria-
dos Manoel Martins e outros,
Estreito, respeitante ao lanço
da E. N. 59-2.º, de Oleiros à
Portela da Foz Giraldo; Carta
precatória para declarações e
juramento a donatária, extraída
do inventário orfanológico por
óbito de Joaquina Rosa, Fi-
“gueiró dos Vinhos; Inventários
orfanológicos por óbitos de:
10) Maria Gertrudes, Azinhale-
te, Cardigos; 13) António Dias
Salgueiro, Serra de S. Domin-
gos, Sertã; Luíza Justina, Za-
boeira, Vila de Rei; António
Gonçalves Cargaleiro, Atalaia
do Ruivo, Sobreira Formosa;

 

Teresa Andrade, Atalaia de Es-|

têvão Vaz, Sobreira Formosa:
20) Manuel Fernandes, Borra-
lhal, Oleiros; David Lourenço,
Foz Sardeira, Mosteiro; Maria
Mendes, Sobral de Baixo, So-
bral; Manoel Antunes, Vale da
Horta, Oleiros; 24) Acção espe-
cial de expropriação por utili-
dade pública em que é expro-
priante a J. A. E. e expropiados
João Caldeira e outros, Estrei-
to, respeitante ao lanço da E.
N. 59-2.º, de Oleiros á Portela
da Foz Giraldo: idem idem em
que são expropriados os her-
deiros de Maria de Jesus Fer-
reira e outros, Estreito. idem
idem; 27; idem idem em que são
expropriados os herdeiros de
Manoel Farinha e outros, Es-
treito, idem idem.

MOVIMENTO DE FEVEREIRO

Distribuição: Inventários or-
fanológicos por óbitos de: 7)

Maria José, Sarçadas de Cima, –

A’lvaro; 10) José Luiz, Orguei-
ra, Palhais; Manoel Francisco,
Casal do Calvo, Cumiada; Ma-
noel Henriques, Carvalhos, Cas-
telo; Maria do Rosário Cristó-
vão, Sarzedinha, Proença-a-No-
va; Bernardino Ribeiro Cardo-
so, Sobreira Formosa: Josefina
da Conceição, Foz da Ribeira,
Vila de Rei; 14) Maria Claudina
de Jesus, S. Paulo de Baixo,
Oleiros; 17) Inventário de maio-
res por óbito de Martinha Fa-
rinha, Vale da Feiteira, Figuei-
redo; 24) Acção sumária em que
é autor António da Costa Jú-
nior, Eguins, Albergaria dos
Doze (Pombal) e réus José Gon-
calves de Carvalho e mulher,
Sernache do Bomjardim.

Vento agreste

Insano, o vento sopra sem cessar
Impetuosas, higubres rajadas,

Vindas dos montes pelas cumeadas,
Levando as tristes fólhas, sem parar.

Eis que a seara trêmula, a oscilar,
Se curva docilmente, e dobradas
Ficam então as espigas, fusligadas
Pela ventania agreste, a sibilar.

Geme esmaecido o urze nas colinas,
Já trilos ledos não há pelas campinas,
Já das aves se não houve o cantar;

EDUARDO GARRIDO
Pedrógão Grande, 7 de Março de 1944.

E pap sell

ú

Adágio
Março amoroso e as
Abril chuvoso
Fazem o ano formoso
(Idonha-a-Nova)
A água de Abril é água do cuco ;
Molha quem está enxuto.

(Vale de Lobo )
Em Abril
A’guas mil
Coadas por um mandil (avental).
: (Idonha-a-Novo )

Em Abril queima a velha o carro e o

carril,
(Idem)
Em Abril queima a velha o carro e o
carril,

E uma camba que deixou
Ainda em Maio a queimou,
(Vale de Lobo)

Na semana de Ramos

Lava teus panos,

Na maior (Semana Santa)

Ou choverá-on fará sol.
(Idanha-a-Nova )

Altas que baixas,
Em Abril caém as Páscoas.
Se em Março
Ou muita fome
Ou muito mortaço.
: (Idem)

(«Etnografia da Beira», vol. V,
dr. Jaime Lopes Dias)

trtprorolierconaro
EEE
D. Ifigênia Neves Corrêa 6 Silva

Referiram-se ao falecimento
desta bondosíssima senhora, saii-
dosa mãe do nosso Director, os
nossos prezados colegas «O Cas-
tanheirense», de Castanheira de
Pera, «Beira Baixa», de Castelo
Branco, «Correio do Sul», de

– Faro e «Cidade de Tomar».

se
Enviou-nos um cartão de con-
dolências, por virtude do faleci-
mento da mesma senhora, o nos-
so amigo sr. Artur Farinha da
Silva, de Lisboa.
Reconhecidamente, agradece-

mos.

DECO po nerd

Interêsses regionais

Pelo Fundo de Desemprêgo
foram concedidas as seguintes
comparticipaçães: à Câmara Mu-
nicipal de Proença-a-Nova, para
pesquisas de águas destinadas ao
abastecimento da vila. I7.330805;
eà Junta de Freguesia do Otva-
lho, concelho de Oleiros, para
alargamento da rua do Castelo,
88.997800.

Comarca da Sertã

“e ii A’s melhores searas

O José do Cerrado chegou
pelas dez horas com uma car-
tada de mato do Cabril para fa-
zer a rua, e antes de voltar por
mais deu-se ao cuidado de de-
saguar os bezerros. Mal entrou,
porém no palheiro, notou com
pasmo ter-lhe desaparecido mais
de metade do seu rico pasto.

Cabeça zoante, perdido, cor-
reu à estrada a gritar:

— Aqui d’El rei! Aqui d’El-
reli.

la intercalando nos apêlos
quantos raios e coriscos colec-
cionara em cingúenta anos de
carreiro — e já não é dizer pou-
co. E como fizesse grita de en-
surdecer um mestre-escola,
afluiu basto gentio a futurar in-
cêndios.

— Que lhe arde, tio Zé? —
preguntava um e outro e outro.

— Arde-mea fazenda! — vo-
ciferava o queixoso com o mio-
lo à razão de juros.

— Aquilo é na tojeira da
Arroteia… — conjecturou a tia
Joaquina, das primeiras a che-
gar,

O José do Cerrado continua-

– va a expectorar pragas de fazer.

enrubescer as mesmas pedras.
Por fim elucidou as gentes com
êste mimo:

— Trinta mílheiros de demó-
nios me excomunguem se eu
não urtigar bem urtigadas as
ventas do grandecíssimo malan-
dro que me roubou o feno!

— Olhem, afinal não é fogo,
é cardanho!… constatou o Se-
bastião, recém-chegado.

Levantou-se tempestade de
falácia. O José do Cerrado,
corrido o reportório ou exaus-
to do berreiro, amodorrara en-
tre a porta escancarrada do pa-
lheiro. Todos quizeram ver o
servicinho e o casebre foi escas-
so para conter os curiosos.

— Sim, senhora l=— lastima-

va-se alfim o roubado, a mirar

a mêda maqueada. — Obra lim-
pa, nanja a dúvida. Levou-me
o melhorzinho, grande filho da
púcara !

Os vizinhos prestaram a ho-
menagem do silêncio àquela dor
imensa. Lavrador espoliado do
seu fruto é homem perdido. Por
isso o José do Cerrado insistiu,
bramindo:

— Deus permita que o ga-
tuno arrebente com êle na bar-
tiga! :

Vergilio Godinho, «Calcanhar
do Mundo»

(A’ venda nesta Redacção).

diPALILO Riso pagas

Manifesto agricola

Até 30 de Junho é obrigató-
rio o manifesto da sementeira
de milho de sequeiro e regadio,
feijão e plantação de batata de
regadio.

Aqueles que não manifesta-
rem ou fizerem falsas declara-
ções serão punidos com multa
pecuniária nos termos da lei.
Nas regedorias distribuem-se,
aos interessados que os pedi-
rem, os impressos próprios pa-
ra as declarações, sendo o seu
custo de 30 centavos.

CAPpppLS ado pp

Partidas para Angola

Partiram esta semana para
Benguela e Malange, respectiva-
mente, os nossos prezados ami-
gos srs. Alberto Baptista de Oli-
veira, com sua espôsa, filhinha e
seu irmão Joaquim Carvalho Já-
nior, no «João Belo».

Ambos são antigos e-concei-
tuados comerciantes naquelas ci-
dades.

Desejamos-lhes excelente via-
gem, muita saúde e tôdas as feli-
cidades, agradecendo os amáveis
cumprimentos de despedida que
nos apresentaram.

=

de milho de sequeiro

serão com
cujo total

Pelo Ministério da Economia,
o Govêrno vai conceder à la-
voura do Continente e das Ilhas
Adjacentes, para estimular a
cultura do milho de sequeiro,
aconselhado oficialmente por
necessidade nacional, prémios
em dinheiro cuja importância
global atinge 1.983 contos.

Os cultivadores de grandes,
médias ou pequenas searas de
milho poderão assim ser con-
correntes a prémios a conceder
por concelho e por região agrí-
cola do distrito autónomo.

Destina o Ministério da Eco-
nomia, para cada àrea conce-
lhia, continental ou insular,
6.000 escudos, que serão distri-
buídos da maneira seguinte: à
melhor das grandes searas da-
quele milho, 3.000 escudos; à
de classificação média de maior
merecimento, 2.000 escudos; é
para o agricultor que apresente
a primeira pequena seara do
concelho, 1.000 escudos.

Nesta distribuição, de carác-
ter mais geral, dispõe-se, assim.
o Govêrno a dividir 1.812 con-
tos.

Os chamados prémios regio-
nais, para um concurso de es-
colha mais aperfeiçoada, atin-
gem o global de 171 contos. As
quinze regiões agrícolas conti-
nentais e os quatro distritos au-
tónomos das ilhas vão entregar
aos possuidores das suas me-
lhores grandes searas de milho
de sequeiro a importância de
4.000 escudos para cada, e aos
das de classificação média e pe-

didos prémios pecuniários
conde a 1.985 contos

ena, respectivamente, 3.000 e

qu
UIgpFEscudos
ara efeitos dêste concurso o

citado Ministério considera cul-
turais daquele milho tôdas aque-
las que se efectuem em terras
onde a rega não seja possí-
vel.

Os cultivadores devem ins-
crever-se no respectivo Grémio
da Lavoura, ou na sede do or-
ganismo técnico regional da Di-
recção Geral dos Serviços Agrí-
colas quando aquele não esteja
formado, até o-dia 15 do próxi-
mo mez de Maio. Até final dês-
se mês, as citadas entidades en-
viarão aos serviços oficiais com-
petentes as relações dos con-
correntes.

Na atribuição dos prémios

atender-se-á, primeiramente, à
produção unitária em quilogra-
mas de milho limpo, preferin-
do-se, quando haja empate, o
milharal de maior superfície
aproveitada.

Para facilitar os apuramentos
concelhios constituir-se-ão co-
missões por freguesia, das quais
farão parte, além do delegado
do Grémio ou o regedor, o pá-
roco, o professor primário e um
ou dois agricultores.

Alguns Grémios de Lavoura
estão igualmente dispostos a
atribuir prémios às melhores
searas de milho de sequeiro das
respectivas freguesias. Tais ini-
ciativas emprestam à presente
campanha de produzir mais ce-
real pata tanto pão um valioso
contributo.

ERFEFFEREEEFEREFEESESSREFRERFBBSSSA

Julgamentos

Acusados pelo Ministério
Público responderam, em 21 de
Março, Acácio Mendes Alves,
solteiro, jornaleiro e António
Alves Farinha, casado, jorna-
leiro, ambos naturais e residen-
tes na freguesia da Madeirã,
por, na madrugada de 13 de
Agôsto do ano findo, terem
pescado peixe com trovisco (su-
bstância venenosa que mata
peixe) na Ribeira da Cova, si-
tuada no logar dos Cunqueiros,
freguesia do Sobral: Atenden-
do à expontânea confissão do
crime, foram os réus somente
condenados na pena de três me-
ses de prisão correcional, no
mínimo do imposto de justiça
com os encargos legais e, soli-
dariamente, em cem escudos de
indemnização para o Estado e
50800 de emolumentos para o
defensor ofícioso.

No mesmo dia, também acu-
sado pelo Ministério Público,
respondeu Amadeu Lopes, sol-
teiro, jornaleiro, natural e resi-
dente na freguesia da Madeirã,
por, no dia 14 de Agôsto do
ano findo, pelas duas horas, ter
sido encontrado. a pescar com
trovisco, na Ribeira da Cova.
Provou-se a acusação, mas aten-
dendo ao bom comportamento
anterior e à confissão expontã-
nea do crime, foi condenado
apenas na pena de três meses
de prisão correccional, no mí-
nimo de imposto de justiça com
os encargos legais. cem escu-
dos de indemnização para O
Estado e 50800 de emolumentos
para o defensor oficioso.

PAPPPEPP Se DDD

Espeitezas de velho

Numa rua, dois amigos vêem,
com grande espanto dos tran-
seuntes, um velhote a marchar de
mãos no chão e pernas no ar,

— Para que andará aquele ho:
mem de maneira tão estranha ?.

— E? para rejuvenescer, natu-
ralmente. Assim converte os seus
noventa e nove anos em sesenta
e seis!

Morte súbita

No sábado passado. morreu,
subitamente, na taberna de Mar-
garida Peres, desta vila, quando
tomava uma ligeira refeição, José
Bernardo, também conhecido por
José Ramos, solteiro, pastor, de
65 anos, natural do Trízio, fre-
guesia de Palhais, cujo cadáver
foi removido para o cemitério mu-
nicipal depois de sé ter procedido
às formalidades legais.

revopepo eso rroos

Ornitologia

Comunica-nos o nosso prezado
assinante sr. Alberto Lourenço,
de Amêndoa (Mação), ter sido
apanhado naquela localidade, en-
contrando-se em seu poder, um
pombo correio, ostentando ani-
lhas com as seguintes legen-
das: «Portugal 42.558866>» e
«o18-T-340».

EI SESS
A feira de

S. Marcos
não se realiza êste ano

Por motivo da febre aftosa que,
primeiro, se manifestou no con-
celho de Vila de Rei e já se pto-
pagou ao nosso com grande in-
tensidade, foi proibida a realiza-
ção da feira de S, Marcos, de
gados bovino, cavalar e muar, que
anualmente se realiza na Sertá a
25 de Abril.

dEle os DD
Gralhas

O número anterior traz al-
cumas gralhas, que a paciência
do leitor fâcilmente corrige e a
sua proverbial bondade per-
doará.

Essa
Êste número foi visade pe-

la Comissão de Censura de
Castelo Branco.

“a

 

@@@ 1 @@@

 

Abadia Beneulina

A História da Grã-Bretanha |
está, desde os tempos mais re–

motos, por assim dizer, asso-
ciada inevitavelmente aos nu-
merosos Priorados e Abadias
do país. O maior de todos êstes
edifícios é a Igreja, Colegiada,
de S. Pedro de Westmiirs
conhecida, em todo o mun
por Abadia de Westminster

E” hoje o templo dos Reis e
dos Grandes da terra; é, tam-
bém. o local onde os Soberanos
são coroados. Está de tal modo
associada aos grandes aconteci-
mentos da vida nacional ingle-
sa que nos esquecemos, quási,
de que ela é um dos mais per-
feitos exemplares, que existem,
de uma abadia beneditina.

Este vasto templo, em forma
de cruz, mede 156 metros de
comprido por 61 de largo, pos-
sue uma altiva nave com 61 me-
tros de altura, um espaçoso
Santuário, um nobre Côro e ar-
cadas cheias de graça, quási as-
sombradas na sua tamisada cla-
ridade, pelas capelas anexas,
onde Reis e Raínhas repousam
nos seus túmulos, esculpidos.
Menção especial se deve fazer
da esplêndida Capela do Rei
Henrique VII, a antiga Capela
da Senhora, o mais belo monu-
mento da arquitetura inglesa do
século XV, e que remonta ao
reinado de Henrique II (1216-
1272). E’ hoje a sede da Ordem
do Banho.

Naqueles tempos, o sítio de

Westminster era uma espécie-

de pântano, à beira do Tamisa.
Devia ali ter existido uma igre-
ja de madeira, nos tempos sa-
xónicos. O santo Rei Eduardo,
o Confessor, falecido em 1066,
ano da Conquista Normanda,
tinha grande apêgo a Westmins-
ter: Foi êle que ali construiu a
igreja de pedra. Era esta uma
enorme construção, cruciforme,
de estilo anglo-normando, e foi
demolida no decurso do século
XHI. Embora a igreja de Santo
Eduardo tenha desaparecido,
ainda existe, contudo, o seu Tú-
mulo e, em diversas partes da
Igreja, encontram-se outros ves-:
tígios da época normanda,

A Igreja do século XII era,
quando foi edificada, um Mos-
teiro beneditino e assim se con-
servou, até ao século XVI. No
decurso dos tempos, apêndices
importantes haviam sido acres-
centados ao corpo inicial, e fa-
mosas e grandes tradições ali
se formaram. A memória do
Rei Santo permaneceu viva no
espírito das familias reais e di-
násticas, e na Abadia de West-
minster foram coroados todos
os Reis ingleses, desde o século
XI até ao século XX, no célebre
trono que encerra a Pedra do
Destino, arrancada em tempos
remotos, das colinas de Tará.

O ornamento mais glorioso
e belo, acrescentado à Catedral,
foi, na verdade, a capela de
Henrique VII, expressão sober-
ba do Gótico Perpendicular.
Os ornatos. em forma de leque,
da sua abóboda são únicos no
país. No interior da Capela pen-
dem bandeiras de Grã-Cruzes,
Cavaleiros da Ordem do Ba-
nho

A Abadia foi residência de
numerosos eruditos monásti-
cos. Ainda hoje se podem ver
vertígios das suas celas, bem
como a Casa do Deão, a qual
fôra, antes. a residência do Aba-
de. Também a guerra actual
ali cravou a sua garra, e, além
de outros estragos, na Abadia,
a Casa do Deão foi destruida
por efeito de bombardeamentos
incendiários.

Quando a Abadia foi recons
truida no século XIII, uma gran-
de parte das suas salas, assim
como o refeitório, etc., foram
incorporados nos edifícios do.
Mosteiro, sendo outros acres-
centados à famosa Escola de
Westminster, construída e aber-
ta pelos monges de S. Bento.
A maior parte do clero ali re-
sidente ainda hoje vive nas ca-

 

A Comaírca da Sertã

Crónica da semana

 

 

A árvore amiga

«Continuação da 1.º página)

que a árvore exerce uma função primordial
na vída do homem e, patrióticos, porque ela
tem um altíssimo e extraordinário valor na
vida e económica do País e, quando existe
em quantidades abundantes, representa, por
si SÓ, uma riqueza que a bem dizer é inco-
mensurável.

Quantas e quantas vezes temos defen-
dido a árvore do vandalismo e da fúria as-
sassina dos seus inimigos! Quantas e quan-
tas vezes apelamos para as Câmaras e pes-
soas sensatas da região, solicitando-lhes não
só que poupem as árvores a cortes e razias,
mas também que tomem a iniciativa de plan-
tar cada vez e sempre mais árvores, distri-
buindo as espécies consoante o seu fim e a
qualidade do terreno onde devem viver!

Por isso, foi um júbilo que recebemos
o apêlo da Sociedade Portuguesa de Natu-
rologia e nesta ordem de ideias aqui esta-
mos, agora, como sempre, para fazer a me-
lhor propaganda da doutrina que a norteia
nos sãos, louváveis e salutares princípios de
defesa da árvore, amiga e companheira dile-
cta do homem, que quasi sempre lhe paga
com desprêzo e brutalidades revoltantes os
inúmeros e importantíssimos benefícios re-
cebidos.

A árvore, salvo raríssimas excepções, en-
tre elas a protecção que o Estado, um ou ou-
tro município e poucos particulares lhe con-
cedem, sofre tratos de polé : as matas são des-
truídas pelo lenhador impiedoso, que conver-
teu o machado em instrumento de crime ;
muitos municípios deixam o seu arvoredo
entregue à sanha dos arboricidas e à garota-
da sem educação e sem sentimentos, que o
apedreja e decepa com uma gana canibales-
ca, sem que a uns e outros peça contas da
brutalidade. E raro é aquêle município qne
se obstine em substituir as arvorezinhas que
o crime destruiu, que a doença, a velhice ou
o tempo matou, buscando, por todos os mo-
dos, criar grandes parques e plantá-las, em
larga escala, nos largos, avenidas e bermas
das estradas e até nos próprios baldios, como
o próprio Estado vem fazendo, seguindo uma
política económica que há-de proporcionar
largos benefícios no futuro.

Em geral, árvore que se arranque ou

corte, por razões raramente aceitáveis, difi- |.

cilmente é substituída e muitas vezes qual-
quer local famoso e formoso pelo conjunto
da sua arvorização — único motivo sério que
o impõe — vai aparecendo com grandes cla-
reiras de dia para dia, até ficar reduzido à
triste situação de deserto, que já não atrai ser
humano, que se repele; o próprio olhar se
tolda de tristeza e o coração se enche de
amargura ao comparar-se a vegetação luxu-
riante de outrora com a decrepitação pre-
sente |

A árvore, quer dê frutos, resinas, pro-
dutos medicinais ou, simplesmente, a lenha
e o carvão, tôda ela é útil, bela, magnífica,
seja qual for a sua estatura e o recorte da
fôlha !

Quem desconhece à sua importância
como elemento benéfico dos climas, como
purificadora do ar que respiramos e como
meio regularizador das chuvas?

E se não houvesse árvores seria possí-
vel a vida humana? Talvez, mas, sem dúvi-
da, difícil, complicada e enfadonha porque a
árvore dá-nos mais que tôdas as suas varia-
díssimas e valiosas produções, dá-nos a som-
bra e encanta-nos a vista e o espírito pelo
seu maravilhoso conjunto, obra formosíssima
de Deus.

Impõe-se, em Portugal, que a Imprensa,
a Escola e o Padre aconselhem, com insis-
tência, o amor e a dedicação à árvore, esti-
mulando o culto pela generosa amiga do ho-
mem e que os municípios se lancem na ta-
refa honrosa de a plantar com entusiasmo,
como realizassem obra do mais alto valimen-
to no interêsse dos concidadãos. Mais: im-
põe-se que o particular, na sua propiedade,
no seu jardim, larga disseminação das árvo-
res mais úteis e propícias e que os pais ensi-
nem os filhos a respeitar e acarinhar a árvo-
re com amor igual ao que dedicam a êles
próprios.

Se o homem rude e o adolescente se
guiam mais pelo exemplo do que pela pala-
vra, que o exemplo e a lição venham de ci-
ma, do município do professor, do padre, do
letrado! Assim, mais tarde, hão-de vir bene-
fícios para todos.

Eduardo Barata

 

 

 

 

sas agrupadas em redor dos
claustros maravilhosos.

A Casa do Capítulo, por on-
de se segue para o claustro é a

à mansa ida”guerra

 

 

mais perfeita das construções
octogonais que existem na Grã-
-Bretanha. Mesmo nos tempos
antigos era destinada a fins se-
culares, e foi, durante séculos,
o lugar de reunião da Câmara
dos Comuns.

É na Abadia de Westin
que se encontra o Recanto dos.
Poetas onde dormem o sono «
eterno alguns dos filhos mais |
ilustres da Inglaterra. Lá se en-.
contra, também, o Túmulo do
Soldado Desconhecido.

Esplêndidos
livros

De Alberto Pimentel: Do
portal á clarabóia, 64: de An-
tónio Gonçalves Leitão : O hip-
notismo em 30 lições, 68: de
Alexandre Dumas (f.): A vida
aos 20 anos, 68; A Dama das
Camélias, 78: de Almeida Gar-

=

 

 

 

 

 

Novo avião transporte do exército americano em exibição
numa base aérea algures nos Estados Unidos.
truído de maneira que a extremidade frontal se pode
abrir para a carga e descarregar da mesma. Feito de ma-
deira prensada, o avião pode ser facilmente carregado
de «jeeps« ou equipamento militar volumoso e abaste-
cimentos.

 

 

Ro

E’ cons-

 

 

 

 

rett : Viagens na minha terra,
68: de Anna Swell: O cavalo
preto, 128; de Alexandre Kupri-
ne: A menina e o elefante, 69;
Oléssia a feiticeira, 68: de AL
ves Corrêa: A largueza do Rei-
no de Deus, 10%; de Alves Re-
dol: Avieiros, 154; de António
Montez : Terras de Portugal,
128; de António Corrêa de Oli-
veira: Elogio da Monarquia,
208; de António Sardinha: Nº
lareira de Castela, 158: de Bal-
zac: Esplendores e misérias das
cortesãs, 158 A menina dos
olhos de oiro, 34, A Vendetta,
38, A mulher de 30 anos, 68, A
última encarnação de Vautrin,

8%, O coronel Chabert, 64, O
prior de Tours, 64; de Bernar-
dim de Saint Pierre: A cabana
indiana, 34; de Binet-Sanglê: A
loucura de Jesus, 7%; de Ber-
nardino Alves Lopes. Guia do
viajante automobilista, 158; de
Belo Redondo e Tomé Vieira:
Diogo Alves e a sua quadrilha,
5%: de Bernardino Ribeiro: Saii-
dades (história da menina e mo-
ça), 64; de Ballantyne: Aventu-
ras de um rapaz nas florestas
do Amazonas, 128, A ilha do
Coral, 158.

Faça os seus pedidos a esta
Redação.

Agenda

Ercontram-se na Sertã os sts.

Adrião Morais David e espôsa e

Eutíquio M. Belmonte de Lemos,
espôsa e filha.

— Do Outeiro da Lagõa reti-
rou para o Pôrto, com sua espõsa
e filhos, o sr. dr. Eduardo Mar-
tins.

— Esteve em Entre-a-Serra o
sr. António Dias, de Lisboa.

— De visita a sua família, en-
contra-se na Rolã o sr. Guilher-
mino Marçal.

Notas…
a lapis

(Conclusão da 1.º pág.)

para tratar da sua lavoura, que
não lhes permite grandes folgas.

Este hábito inveterado não se
perde fâcilmente e qualquer alte-
ração representaria para o la-
vrador, pacífico, morigerado,
aferrado a velhos costumes que
fazem lei, uma contrariedade,
que éle não aceitaria sem pro-
tésto.

Esses mercados, velhos de sé-
culos na maioria, determinam a
conveniência da abertura dos es-
tabelecimentos comerciais e ofi-
cinas nas terras onde se realizam
e assim é transferido o descanco
dos empregados para quolqu.r

outro dia,
a =)
DOS

O hospital da Misericórdia
de Arganil procedeu-se,
durante Março último, à vacina-
ção anti-diftérica de tódas as.
crianças de 1 a 6 anas de idade
que para isso se apresentassem-
cNão se poderia fazer o mes-
mo no Hospital da Sertã, tanto
mais sabendo-se que todos os
anos morrem crianças no nosso
concelho com o garrotilho, a
maior parte das vezes por des-
cuido, desmazêlo e ignorância
dos pais e grande afastamento
das localidades uia Eiigem
médicos ?

Assim, seria o próprio hospi-
tal a tomar a louvável incum-
bência de combater um mal que
ainda hoje produz larga percen-
tagem de mortes nesta área.

ME

NM A madrugada de 2.º feira

de Pascoela gostámos de .
ouvir o grupo dirigido pelo acor-
deonista Eliseu de Oliveira e,
como nós, muita gente mostra
a sua surpreza pelos progressos.
musicais daquele môço e não se
cansa de lhe tecer encomios, bem
como à sua «troupe», pelo pra-
zer que sabe proporcionar com:
as suas execuções.

O Eliseu divide o seu tempo
entre a pintura e o dedilhar do
harmónio. Com fôrça de vonta-
de e algum talento veio enfilei-
rar ao lado de muitos outros ra-
pazes da Sertã para quem a
musica representa mais que uma
distração: um prazer irresisti-
vel.

S. histórias entretecidas à

volta do célebre volfrâmio

são verdadeiramente rocambo-

lescas e talvez ainda um dia se-
jam cantadas em poemá…

A ganância, a idéia preconce-
vida de enriquecer por qualquer
meio, volta o miolo aos mais as-
sisados. fazendo-lhes perder a
noção da realidade.

Agora foi na Madeirã que um
tal Manuel Lourenço dos Santos
se deixou ir no conto, pagando,
por 1.700800, 22 quilos de ter-
ra preta, como se fósse volfrá-
mio, a um melro de bico amare-
lo que por lá apareceu, um ca-
valheiro que dá pela graça de
Joaguim Martins, do Cavalo,
freguesia de Oleiros.

O Lourenço, que não é de Bra=
ga, <£, como se vê, um belo ne-
gócio da China!

Pode limpar as mãos à pa-