A Comarca da Sertã nº35 08-04-1937

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DIRECTOR
EDUARDO BARATA DA SILVA CORREA
E EDITOR
—— RUA SERPA FP;
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
NTO- SERTÃ —
Propriedade da Emprêsa Edifora d’A COMARCA DA SERTÃ (em organização)
d
SG
erta
FUNDADO
— Dr, José Carlos Ehrhardt —
Dr. Angelo Henriques Vidigal
—— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Em
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RE O rain can cia
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COMPASTO E PRESO MA
Tip. Portela Fejáo
COSIELO BANCO
é
ANO 1 | febdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã, ds a IL
Nº 35 Oleiros, Proença=a= Nova e Vila de Rei; e freguesias de Emêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) | 557
Notas…
A Fonte da Pinta, êsse re-
tiro tam lindo, que tem
servido de tema aos poetas
que nos têm visitado, um dos
passeios mais belos desta ter-
ra que a Natura dotou com as
suas mais cativantes e enter«
necedoras graças, apreciado
pelas pessoas de fina sensibi-
lidade e bom gósto, há muito
que sofre o despreso dos ser-
taginenses e a afronta dos vi-
deirinhos: arvores dilacera-
das, lages arrancadas e lan-
çadas para longe como vítimas
da maldição humana. Lages
onde, há dezenas de anos, os
namorados vêm esculpindo os
pensamentos ternos dos seus
corações apaixonados, as da-
tas dum encontro feliz, na épo-
ca da existência em que se
não conhecem os infortúnios,
Há muito que o largo, onde
está a fonte, não é limpo, e
que a água o inanda por falta
de comunicação com a fonte
de baixo; e os garotos apro-
veitam ainda, o passeio, para
satisfazer as necessidades fi-
siológicas. Suprema bairesa!
E? fora de dúvida que a Fon«
te da Pinta precisa do nosso
carinho; e como êste não se
deve limitar a palavras, mas
a factos, nós tomamos a ini-
ciativa de organizar uma pe-
quena comissão denominada
, um Novo Ano todo cheio de venturas é que continuem a dere
nos 8 honra de ler as nossas exiguas notiticias. A pessoa ilustia
do sr, Eduardo Barata, deixemos aqui expressas es nossas saud. –
ções pelo êxito brilhante que elcançou o jornal da ena Director’a
e que O sem. éco se continue fazendo onvir através destas terrig
tropicala, .
9 DE ABRIL |
PLANTAÇÃO DE VINHAS
Passa Amanhã o 19,º aniversã=
rio da Batalha de La Lys, essa
tragédia gloriosa em que morre-
ram alguns milhares de portuguê-
ses em combate contra os uler
mães, nessa Inta monstruosa, nec
s» onrnificina brotsl que ensan-
gusuton a velha Europa darunte
longos quatro anos.
A 2.º Divisão Portuguêsa não
pôde aguentar a investida do ini.
migo, porque estava, nessa oca
sião, em precárias condições de
resistência, O O, E, P, era vítia
ma de terríveis 6 misteriosas m&-
quinações políticas, que O atires
ram para França sem saber por-
que, mem para que, como condes
nado & resgatar 08 erros e os ori-
mes que não eram seus.
Mas o desastre não ofusca —
oh não! —o brio e a valentia do
soldado português, que foi admi-
ráve] no saorifiolo a que se sub-
meteu, heroi em defrontar a Mor=
te. A História há de fazer-lhe
justiça, porque o soldado Insitas
no sabe ser grande na adversida-
de, como generoso na vitória,
A Pátria Portuguêsa, de glo-
riosos e sasinolados feitos, que
têm servido de exemplo ao Mun=
do, continuará, pelos séculos em
fóra, a cumprir a sua angueta
missão de paladina da Paz, da
Justiça e da Fraternidade Hu-
ano, é
Este anc, o Governo, vai 00
memorar brilhantemente, e com
grande solenidade, o aniversário
da Batalha de 9 de Abril, deven-
do, tembem, ser conduzido um
facho para & Batalha, em cujo
mosteiro jaz o «Soldado Dessço-
nheoido»,
Confrontem os trabalhos ti
pográficos de PORTELA FEI.
A enxertia ou substitição dos
produtores directos deve ser fei=
ta até 15 de Maio, sendo depois
desta data arrancados todos os
produtores directos que forem
encontrados e os seus proprietãs
rios multados á razão de 1500
per cade pé,
ANUNCIO
No dia tido próximo mês de
Abril, pelas 12 horas, à porta da
Tribunal Judicial désta comarca se
ha-de procedêr á arrematação dos
prédios abaixo descritos, penhora
dos nos autos de execução fiscal
administrativa, em que é exequen-
tea Fazenda Nacional e executas
dos Jozquim Antonio e mulher, do
logar do Retaxo freguesia do Es-
treito, désta comarca a sabêr;
Iº— A quarta parte de uma casa
de habitação de andar e loja com
um pateo e um palheiro, sita no
Retaxo, Inscrita na matriz g0b o
art.º 379, e descrita na Conservas
toria sob o n.º 26,581, Vai pela
primeira vês à praça, no valôr de
duzentos noventa e dois escudos é
cincosnta centavos. — 292550,
2º -A quarta parte de uma ter«
ra de cultura, com oliveiras e mais
arvores, sita no Retaxo, Inscrita
na matriz sob o art.º 9348 — três
dose avos. Vai pela primeira vês à
praça no valôr de quinhentos ses
tenta e dois escudos. — 572500.
“São por êste meio citados quais-
quer credores incértos para assise
tirem à arrematação, e a cargo dos
arrematantes ficará o pagamento
da respectiva sisa,
Sertã, 19 de Março de 1937,
Verifiquei,
O Juiz, 1.º Subst.º — Carlos
Martina,
O Chefe da 1.º Secção — Joré
1ÃO com os de ontras oficina,
Nunes.
e
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panhi
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2 oa pra de Sernache, E
DE E M SERNACHE DO e =
* Sertãa Lisboa ] Lisboa a Sertã (regresso ) Entre Pedrógam Pequeno-Sertã e vice-versa (
Localidades Cheg, Parag, Part, | Localidades Cheg. Parag, Part, Localidades Cheg, Parag. Cheg. Localidades Cheg. Para;
ra EP lnb aa LD CAL (o) VER ae A li CL fo (TO Pasta a EEpfeo vo — — 630] Sertã Era
– 805 005 8101] Santarém. A A « 1300 0,15 13,15 | Ramal a 50 005 6,55] Maxeal . – 18,15 0,05
– 905 0,05 9,10] Tórres Novas . & 14,35 0,05 14,40 || Póvoa R. Cerdeira – – TÃO 0,05 7,15] Alto Cavalo 19,00 j
« 9,50 010 19,00 Tomar . a + 15,30 0,10 15,40 || Sert 7,30 10,30 18,00 | Cesteiro . E ê 19,15 0,05 4
– is OM 1 Pentes PE. 1H DO TH | rot ôeao – ui 968 608) ido 1 o o Gogo
. Reus e do Bomjardim , A amalhos, . . 18; K ; q xê
SÍ, S0N Tee O Pedrógão Pequeno. + 1900 — — ás 2 e 6.º feiras bes
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Não se efectua aos Domingos Cesteiro . .
Alto Cavalo 6,25 0,05
: = Não se efectua aos Domingos] Maxeal . Tio 0,05
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toma a responsabilidade de todos os seus serviços. ás 8” eSábados
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Pontão . . 7,00 | 7,02 | Portela do Gato «| 16,25 | 16,25
Avelar 7,10| 7,20 | Podentes ê 4 «| 16,55 | 16,55
Ponte Espinhal 7,45 | 7,45 | Ponte Espinhal «| 17,15 | 17,15
Podentes . 8,05 805] Avelar . . «| 17,40 | 17,50
Portela do Gato 8,35 | 835 | Pontão . «| 17,58 | 18,00
Coimbra. , 9,00 | — | Figueiró dos Vinhos *| 18,35) —
Efectuam-se diáriamente excepto aos Domingos, dias 1 de Janeiro,
25 de Dezembro e Terça feira de Carnaval
TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES
(CRIANÇAS DE 4 A 10 ANOS PAGAM MEIO BILHETE)
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48400 Pontão
4850 $50 Avelar
8850 4850 4800 Podentes
12850 8850 8800 – 4850 – Coimbra
do ===
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fumarias, livros, etc., ete,
ovidades para brindes.
José Ventura
R. CANDIDO DOS REIS-SERTÃ
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dado um bom caminho às sementeiras
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XX SERNRTÁ IS
E PTerese Rene
TES
E JOSE BARATA JUNIOR | Eduardo Barata
ib|— = e SEASS|ÍqEEsEn
Avenida Joaquim Nabuco, 2493 ESSLE : S5Ess
34 MANAOS-AMAZONAS=BRASIL a E E E R SE E:
Com longa pratica e resi-| EE E Sa T FBES =
dência nesta cidade há ma- EEEs:. ES SEscs
is de cincoenta annos, ocu 21 j à
pa-se com teda a atenção | RUA SERPA PINTO
de procurações para admi-
nistração de bens e outros
assuntos — cumprindo com
toda a regularidade, as or=
dens de seus constituintes
Comissão Modica|
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Vasa com seus pertences —
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DRARE RM to
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A ch “LISBO
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DRARE RM to
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PA DOS
4 E»
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CORAÇÕES D’OIRO
ro de parabens os pobres da nossa vila, com a fundação da
PA DOS PÓBRES, Ro a Efe
: E ainda bem! para que conste que, na terra de Celinda, onde
* outróra vicejaram tantas instituições de beneficencia, ainda se não es.
“tinguio nas novas gerações o instinto da bondade tradicional,
As Albergarias de 8. Pedro a 8. João, o Hospital, a Miséri-
cordia, a Róda, o Monte Pio e a Conferencia de 8. Vicente de Paulo
serão, para sempre, astros fulgurantes a iluminar as mais belas tra-
dições sertaginenses. :
, ira pois, que. ainda agora, renavos dessa grande ar=
“wora, outrora tão benefica de sombra e frutos, voltem a alterarsse é à
florir sob o nome tão modesto quão simpatico de SOPA DOS POBRES,
Para muitos, que vivem de fatuidades, parecerá tratar-se de
“coisa insignificante e sem valor, por lhe faltar a pompa das grandes
“extsrioridades materiais anunciada em nomes sonóros; mas, em harmo=
mia com os tempos, ela é d’alguma forma a maneira mais pratica de
“em breve ir de encontro ao mal, sem dispendio com montagens custosas,
A experiencia mostra bem como, nessas instalações, custa, por
vezes, mais caro o acessorio do que o principal,
o 4 4
E” iniciativa de senhoras, que ás suas convicções religiosas fo
ram buscar incentivo para darem á sua obra o supremo remate da
bondade. Bem hajam! Porque dessa intensão só ha esperar zelo de
sinteressado. –
– Sem isso, por mais venerandos que sejam 08 seus pregaminhos
de familia, ou por maior que seja a soma de metal lançada no gazofi
Tacio dos pobres, ela restaria esteril, por falta de seiva para produzir
frutos duradouros, :
Haja vista o que tem sucedido com outras instituições de mais
opulento patrimonio. Pervertido o ideal dos fundadores, vierum a tor-
nar se organismos anemicos, sem finalidade moral,
Muito zelo na colheita de meios, muita discreção na sua aplica-
gão e muito carinho em formar o espirito dos socorridos — eis as gran
des bases; ou, como se diz em linguagem estratégica, o triangulo defen=
“sivo da grande obra de caridade que vai começar,
E” ela filha da religião e porque sem religião não ha a verda-
deira caridade, que a religião a inspire na seca nascença para maior
confiança dos protetores e proveito dos protegidos,
+ 9 4
Senhoras que sentis em vossa alma o simpatico movimento da
compaixão pelos pobresinhos sem pão !
Sirva-nos de recompensa diante de Deus e do mundo a satisfa
gão do dever tão livremente cumprido. Huvia de tropeçar em ingrati
dões e aleives; mas tambemm haveis de ter momentos felizes a compen-
sar-vos dos amargores sofridos,
Uma só lagrima ds agradecimento, vertida por um daqueles a
quem ides matar a fome, valerá mais no ativo da vossa vida do que
“todos os perolas com que o mundo tentasse seduzir=vos,
E Grande gloria é que, neste seculo de egoismos, vós vejais os
continuadores daquela geração ilustre dos corações d’viro que tanto
– nobilitaram a velha Sartago de antanho,
Imitara, na certeza do que o vosso belo gesto não ficará sem
emio nem admiradores, pois creia que, magnetisados pelo vosso ver-
criador, até os mnis interesseiros se hão de comover e auxiliar obra
tão digna de aplauso,
Por mim, prometendo-vos de bom grado todo o apoio material e
moral, eu vos suudo do fundo d’alma em nome de tantos infelizes, a
ua ides distribuir por vossas mãos patricias a esmola confortante
sopa,
* | Corações d’oiro da minha terra, hos.ras vos sejam dadas ! |
Berta, 16 3-1937, A, P, RAMALHOSA
+ 4 4
A «Sopa dos Pobres» estreou-se no domingo de Páscoa, distribuindo as
senhoras da Acção Católica uma abundante e bem confeccionada sopa de carne
com massa e batata e 1/4 de pão a 27 indigentes dos mais precisados da vila.
Assistimos a essa distribuição, e era vêr o pazer infinito que se lia nos
rostos dêsses infelizes, marcados por fundos traços de sofrimento e privação,
ante o desvêlo e o carinho que essas senhoras souberam prestar a êsse acto
de caridade, no anseio de atenuar a fome dos vélhitos e doentes, Coitados! Ne-
nhum faltou á hora marcada, e todos conduziam as:suas panelas para recebe»
rem a substancial sópa e levá-la para casa; é que nas suas casitas humildes,
nos seus tugúrios, havia outros entes com: quem era necessário compartilhar o
caldinho, outras bocas famintas que era preciso socorrer,
+ O 4
Esta primeira distribuição constitui como que uma experiência. À Despe=
Sa orçou por 20400, mas atendendo que há toda a necessidade de fazer a distri-
buição diária, e que os indigentes a contemplar não devem ser apenas os da vi-
la, mas os da freguesia da Sertã, cujo número deve ser, pouco mais ou menos,
de 50 — tomando por base os de absoluta e reconhecida precisão — a despesa
mensal deve clevar-se, grosso modo, a 800400 mensais, que supomos não será
dificil de obter, visto que uma grande parte dessa verba pode ser preenchida
por géneros alimentares, que não representam um encargo muito elevado para
Os dadores ou beneméritos, dispostos que estejam a auxiliar a cruzada de bene-
ficência. E assim, pelo esforço desinteressado de todos que compreendam o al-
cance desta obra, à «Sopa» pode tornar-se, a breve trecho, uma teliz realidade,
muito contribuindo para o bom nome desta terra, que tem, no seu passado,
marcada traços indeleveis, a tradição honrosa das acções dignificadoras, acções
que são o refrigério das almas boas, que as obduradas não podem sentir.
o & +$
As senhoras da A, C, andaram no passado domingo fazendo o peditório
a «Sopa dos Pobres», procurando que as dádivas correspondam a uma
fixa mensal,
+ 4 4
Bem hajam.
Do nosso Exm,º Amigo E. L,, de Lisboa, recebemos, com destino à «Sopa
dos Pobres», a importância de 20400, que entregámos à Comissão da A. C,
Os nossos agradecimentos em nome da mesma Comissão,
pra
Cr
Boca e dentes
Dão-se na Sertã consultas
desta especialidade todos os
domingos, desde as 10 horas,
ma Pensão Branco, por um
médico especialista,
Fazem-se extracções sem
dor, obturaç dentaduras
parciais é completas, ete, 37
BENEFICÊNCIA
O Cofre de Beneficência da
Administração do Concelho con
templou, no domingo de Páscoa,
310 pobres do concelho, distrl-
buindo-lhes 1 quilo de pão, 1/2
quilo de Bacalhau e 1/2 quilo de
arroz,
iPeditório a Tavor dos
te Tia 44 (01 É ridos
nacionalistas espa
| Dosr. Fernando Pa o de)
Amorim, estudante de a,
faz parte da comissão dos
estudantes que esteve na Sertã
em 20 de Março, onde veio fazer
o peditório para a organização
do «2.º Comboio Académico de
Socorro aos Peridos Nacionalis
tas Espanhois>, recebemos a se-
guinte cativante carta;
«A Comissão do Il Comboio
Automovel de Socorro aos Feri
dos Nacionalistas Espanhois»,
vem muito reconhecida agrade-
cera V…. a maneira tam gen-
til como recebeu a brigada nossa,
enviada a essa ferra tam linda e
tam progressiva, englobando nes
te agradeciménto todas as pes
soas, que ocorreram a êste apélo,
contribuindo, na medida das suas
posses, para o bom êxito dêste
empreendimento, que não é só
nosso, mas de toda a Nação. Gu
arde Deus a V. …Pela Comis
são, Fernando P. de Amorim».
Em nome da Comisão, agrade
ce o sr. Pacheco de Amorim, na
sua carta, o auxílio que muitas
pessoas desta vila lhe prestaram.
Ao nosso director, nada tem o
mesmo sr. que agradecer, por-
quanto, acompanhando a Comis-
são no peditório, cumpriu sim-
plesmente um devêr, visto tratar
se de uma iniciativa que tem por
fim minorar os sofrimentos da-
queles que sofrem os horrores da
guerra civil.
Era nosso desejo que a ilustre
Comissão levasse da Sertã as me
lhores impressões, e arredasse o
mau conceito que qualquer pes
ssoa, de outra terra, lhe tinha
manifestado, afirmando, que não
valia a pena agai vir; consegui-
mo lo, e as policas horas que os
estudantes permaneceram nesta
terra, de fidalgas tradições, deita
tam por terra essa atoarda sem
fundamento, lançada malevola-
mente, não sabemos com que
intuito,
Para tudo que os simpáticos ra
pazes precisem da Sertã, êste
jornal e o seu director ficam ao
seu incondicional dispôr.
aço DD pe
“E Comarca da Sertã”
Assinaturas: Série de 20 nú
meros, 1080; cobrança pelo cor=
reio—série de 18 números, 9895,
Colônias e Estrangeiro, série de
30 n.º*, 30800,
Anúncios: 1 página, 189400,
1/2, 100800; 1/4, 50800, 1/8,
25800; 1/16, 15800; 1/32, 8500,
1/64, 5490 cada publicação, Des-
contos: 6 pub. 10%; 12, 15%;
24, 20º), Permanentes, preço
especial, Outras publicações, $80
por linha.
Ore
ATRAVÉS DA COMARCA
Pedrógão Pequeno, 28
De visita a sua familia, esteve
nesta vila, o Senhor Izidro Frelre,
de Lisboa, que se fazia acompa=
nher de seu filho Francisco Freire
e genro João Sanches e neto
Henrique Costa Freire, que visi=
taram o Cabril, e Sr.” da Con-
fiança e por ultimo as escolas
desta vila, oferecendo o Sr, Izi=
dro Freire 100500 para as Cai»
xas Escolares, louvando asaim a
boa iniciativa dos Professores
[desta vila,
O Prof, Joaquim Nunes Ros
drigues, agradecem, penhorada-
mente, esta oferte,
E:
RUY PUGA
DOENÇAS DO OLHOS
Especializado nos hospitais de Lisboa,
Paris e Madrid
16
CONSULTAS EM TOMAR –
ásgus e 5. (das 11 às 17)/3,88 e Gus
E (das 9,30 às 12,30 b,)
;
Eu nunca senti odio por nii Tt
Eivbar bonhepo o obdzir UÊ a Virgnçã; a
Não trago n’alma sombra de lembrança
De fazer mal, podendo fazer bem.
Sempre em bom
ELZA SEEN
Realizou-se no dia 28 de Março,
data para que tinha sido adiada, a
convocação da assembleia geral or-
dinaria desta empresa, com a segain=
te ordem de trabalhós: aprovação de
contas de 1936 e eleição do presidente
da assembleia geral,
Não fol proposto o nome de qual=
quer accioaista para presidente da
Assembleia Geral, não sabemos por-
quê, As contas de 1956 foram aprova-
das, dando nós a seguir o resaltado
do exercício findo 31 em de Dexembro:
ACTIVO
Caixa. «vv. o o S:742870
Devedores . . . w» 891415
Caução dos Corpos Ge
rentes. + . 600800
Rede Geral . . . « 3:400$00
Moveis e Utensilios « 801490
Central +… . 1:495834
Hidraalica . « 13:675500
Casteio da Central. . « 5:027830
Papeiem Carteira, « «+ 500
Caixa Economica Porta-
guesa «Su sirada 782%70
António da Costa . – 28117885
Meterial Electrico . « .« 5:055850
Esc. . 78:840$10
PASSIVO
Capital « «eu «o 30:000800
Caução dos Corpos Ge
rentesá 24 600800
Fundo Especial . . « « 41:961803
Fundo de Reserva . . 2:365873
Lacros e Pêrdas o 31913334
Esc. . 78:840$10
Como se vê, os lucros atingiram,
apenas, a verba de Esc, 3:913$34,
*
Na assembleia geral extraordinária
de 26 de Janeiro, procedea-se à eleim
ção da Direcção, Assembleia Geral e
Conselho Fiscal, que recala sobre os
seguintes accionistas, srs,: para a 1.4:
Antonio da Costa, Francisco Ralael
Baptista e Isidro da Conceição Lopes;
para a 2.º Demétrio da Silva Carva-
lh (vice-presidente), Anibal Deniz
Carvalho e Ivo Antonio Ribeiro; para
o 3.º% Antonio da Silva Lourenço, Jo-
sé Antonio Delgado; e Manoel Anto=
nio (estes reeleitos),
*
Até nós têm chegado clamores pela
trregolarídade contínaa, nestas últi=
mas semanas, do fancionamento da
Central, que caasa perturbações á po=
pulação da vila, Desconhecemos a
causa de tais irregalaridades, nem é
da nossa competência averiguá-lo. E”
indiscativel que á necessidade abso=
luta de modificar uma tal sitaação, no
próprio interêsse da empresa e para
prestígio de todos nós, convindo que
a Eléctrica se mantenha até se obter
energia do Alto Alentejo ou em qual=
quer outra parte. Ter luz apenas amas
escassas seis horas, durante o perío=
do de 24 horas, e por preço elevado,
afigara-se-nos ama sitaação insus=
tentavel
Por agora, e primeiro que tado, há
que proceder ás reparações necessá=
rias do motor, de maneira a desapas
recerem, de vez, os percalços apontas
dos, que aborrecem e prejadicam tom
da a gente,
ro
PATRONATO DAS PRISÕES
CONVOCAÇÃO
– Selicita-se a todos os sócios
inscritos na Filial da Associa-
pão do Patronato das Prisões
nesta comarca o obséguio de
comparecerem no próximo do
mingo, dia 1, pelas 15 horas,
no gabinete do Delegado do
Procurador da Republica, a-
fim, de se proceder à escolha
dos membros da Direcção da
referida Filial.
O Delegado, — Rúben“de
amoo
De olhos titos em Deus, cheio de esp’rança,
Levei a Fé, por vezes, e a Bonança
A muitas almas, sem olhar a quem.
E, na verdade, assim, não Ganprenondo,
O meu sofrer e as causas d’este mal,
Emaque a minha alma se anda desfazendo…
trilho, pela vida alem,
vão sei porque a Ventura me deixou,
Quando, em creio, que os homens, no geral,
São piores, quási todos, do que en son,
LUIZ DA SILVA DIAS
j j
Receita em Sernache do
Bomjardim
Como anunciámos, as rapar«
gas da Acção Católica de Serne-
ohe do Bomjardim, levaram à ge-
na no Teatro Taborda, d.quela
localidade, uma interessanta ré-
oite, cuja iniciativa partiu da er.
D. Aurora Neves, e à quem, prin-
oipalmente, se deve o bom ôxita
desta festa,
Fez’a apresentação do grupo,
explicando os fins da Acção Ce-
tólica, o Rev.º P.º Augusto Ana
tonio Ribeiro, Assistente da À,
C. e Presidente da Junta dc Fre-
guesia, O grupo cantou, em se-
gelda, a «Marcha Jooista»,
«Pensar de Crianças», dança
pelas crianças da Ornzida—o
único número em que lu’ervies
ram crianças -— agradou por com»
pleto, arrancando fortes »plausos
á assistência, O programa Íci tex«
tualmente cumprido e o desem=
penho bastante apreciad», parte
a monotonia cansada por só en
trarem, na representação, elemen-
tos do sexo feminino, o que é
sempre um pouco fatigante para
os espectadores.
O vira «S. João da Figueiras
obtevo grande sucesso, é 08 trãs
jes policrómigos das bailadeiras
deramelhe realce e beleza, «A cães
minho doms descamisada>», revig-
ta expressamente escrita para es=
ta réoita pela sr.º D. Aurora Ne-
ves, fol muito bem interpretada,
e recebida com simpatia por todo
o público assistente, Encerra, no
seu âmago, elevados conceitor de
moral e o sentimento do belcs
A ilustre escritora soube, na re-
vista aludida, exterioriz.r bem
os fins qua devem presiiir a tos
dos os actos das filiadas da À.
O. e qual o papel daquele crga-
nismo na sociedade,
o
Casa & cunha, vendo-se muita
gente da Sertã, Castelo e Qabe-
qudo.
erra
Ros srs. Chefes das Estações
dos Correios das Colónias
de Angola e Moçambique
Recebendo a Administração
dêste jornal constantes reclama-
ções de muitos dos seus assinan-
tes residentes em Angola e Mo=
cambique, de uns que recebem
os jornais com muito atraso, e de
outros porque não lhes iêm che-
gado ás mãos alguns números, O
que é injustificável, visto que a
expedição é feita regularmente de
15 em 15 dias: (em séries de 2
números), permitimo-nos chamar
a atenção dos Chefes das Estas
ções dos Correios daquelas Coló-
nias para os factos apontados,
que nos trazem consideraveis pre-
juisos além de um natural e com-
preensivel descontentamento dos
sinatários.
A Administração
Este numero foi visado pela
Comissão de Censura de |
Castelo Brancoe Censura de |
Castelo Branco