A Comarca da Sertã nº324 17-12-1942

@@@ 1 @@@

 

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal — :
—— António Barata e Silva se
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O| | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO, os | o heopia é rio
a d ada da lua Copas a |
« pa a err soa gun (Pr ro
= REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
E Ô º | BRANCO
REL as y | TELE FONE
< PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
ANO VII Hebdomadário diana independente, defensor dos interêsses da « comarea pda Sextã: concelhos de Sertã | E HE Edo |
Nº 324 | Oleiros, Proença “a= Nova e Vila de Rei; e freguesias de Emêndoa e Gardigos (do eoneelho de Mação) | 1942

“Notas eo

CARDOSO MARTHA contit-
nua a honrar-nos com a
sua valiosa colaboração poé-
tica. «Ode a Lídia», que hoje
inserimos, tem encanto e har-
monia, revela os anseios de uma:

alma enamorada e da mais pus | .

ra sensibilidade, que se agita,
fremente, nam mal contido al-
vorôço numa ternura trasbor-
dante. .

Exrperimenta-se sensação es-
piritual agradável ao ler esta
dulcissima composição, em que
se expande o génio dum gran-
de cultor das musas. Cada
verso parece feito das fibras
do próprio coração. ..

Como todos os poetas, Care
doso Martha procura prescra-
tar-se a si próprio, das suas
emoções e sentimentos tirar o
jundo de beleza que deve ani-
mar as suas produções…

: «Ode a Lídia» lê secom em»

bevecimento porque há nela a
mais requintada e perfeita das

formas.

É’ muitíssimo pouca a azet-
tona na região e em tão

“peguena quantidade que,. se

nesta altura já não está tôda

colhida, pouco falta.

À semana passada passámos
no Conto três ou quatro vezes
e não vimos por lá mais de
dois ou três ranchos, que nam
ápice apanhavam do chão a
meia dúzia de azeitonas vare

St tg

fadas e logo, num salto, pas-

savam a ontro olival, onde su-
cedia o mesmo… –
A azeitona nas árvores era
“de tal medo escassa que, para
a ver, quási era preciso apn-
“rar a vista ou arranjar umas

lentes de aumento! Uma mi-

séria |

Nem se têm ouvido os búzios |

nem o canto das cachopas, em=
ae pela desolação ge-
ra
Alguns peguenos lavradores
nos disseram que, tendo um
quási nada de azeitona, resol
veram não a desfazer, apro-
veitando aexclesivamente para
curtir. Assim, ficam com con-
duto para alguns meses, já
que faita a sardinha e a carne
de porco atingin preços inves
rosímeis.
=<ego 6) qa
CONTA M-NOS gue, há dias,
em Sernache, um homenzi-

to se aproximou duma pessoa

de certa categoria para lhe fa-
lar, desbarretando-se respeito=
samente. Esta observon-lhe que
se poderia cobrir; e logo o ho-
mem, num pronto: — Eu tenho
falado a pessoas muito mais
reles que vossoria e sempre de
chão na mão?

lamos a afirmar que o bom
do homem não uzoan, nem isso
écrivel,deexcessivafranquezal

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

A quem e as grandes ilusões da humanidade

(Continuação do n.º 314)
IV

A

é, realmente, neste ponto de vista,
É na consideração de que o homem

. traz consigo, ao nascer, todo um
passado, passado êste que vem dos primei-
ros alvores da vida sôbre a terra, que fun=

‘damentamos principalmente, a indestruti-
bilidade das desigualdades: humanas. O
homem nasce já desigual, anatómica e fi-
siologicamente, e isto em virtude de lentas

acumulações hereditarias abrangendo : —a
espécie, a raça, a família e o meio. Estas
acumulações foram elaboradas e consolida-

tíveis, fora do mesmo tempo. Porque o ho-
mem sem faculdades, seria nada, e estas
sem exercício ou operações nada seriam,
segue-se que as faculdades diferentes com
que o homem nasce estão fatalmente liga-
das a operações também diferentes, com-
plemento, termo, fim neceesário dessas fa-

culdades. As acções ou operações têm ou=:

tros fins ou termos também necessáriamen-
te ligados a elas, Por esta cadeia se vê que,
se o homem traz consigo, ao nascer, pode-
res, faculdades, aptidões diferentes, indes-.
trutíveis, também os resultados dessas
aptidões e faculdades têm de ser sagrados,
indestrutíveis e desiguais.

Mas, o homem não herda, ao nascer, |’

só um passado Orgânico, no qual já está a
sua pátria, mesmo” fisiologicamente; êle
herda também a sua pátria moral e tôdas

essas diferenças sociais, essas diferenças

adquiridas, externamente, acumuladas pe-
los mesmos troncos donde êle saiu e que
podem vir, desde há muito, engrenados na
organização social da sua mesma pátria.

Destruir ôstes poderes de transmissão
dos bens adquiridos, externos; em qualquer

grupo social, seria, ipso-facto, negar-lhe

tôda a vida e desenvolvimento e a própria
continuidade na existência.

Dôstes grupos sociais, a família é o
alicerce sôbre que repousa todo o edifício
social, E” a molécula do corpo bruto e a
célula do todo o ser vivo. E é só pela mo-
lécula e, pela célula que a natureza trans-

mite os altos poderes que dão realidade,
subsistência e continuidade a todo êste

mundo de coisas maravilhosas tanto mor-
tas como vivas.

A molécula ou a célula são o primeiro
bloco em que a natureza se afirma social,
previdente, sábia e tem vistas no futuro.
Destruir a molécula é destruir a natureza
do corpo ou da substância; por isso, tôdas
as infinitas variedades e belezas das coisas
e substâncias, sustenta-as a natureza na
molécula; e destruir a célula é destruir a
capacidade de movimento vital que susten-
ta renova e faz continuar, em variedades
também infinitas, tôdas as manifestações

da vida.

IGUALDADE

por VOSÉ ALVES PEREIRA

Mas a célula social, a família, relativa-
mente ao. edifício social de que faz parte
tem outra particularidade ainda, compara-

da com célula orgânica, vegetal ou animal.

Estas unem-se entre si por forças mais ou
menos necessárias enquanto que os ele-

“mentos das familias são mais independen-

tes e livres, tendendo mais para a separa-
ção. Todavia, é nela, na família, que a na-
tureza mantém mais forte o seu poder, pro-
duzindo aquela coisa que faz verdadeira-
mente. sustentar todo o edifício sccial e

‘das pelo tempo e, são; portanto, indestru= * permite à sua existência e desenvolvimen-

to no futuro.

A natureza, verdadeira mãe da sabe-
doria, opera pcr graus; organiza e consoli-
da, primeiro, as partes antes de as reiúnir
ao todo. E, o arquitecto que vai construir
um edifício seria bem louco se acumulasse
todos 08 seus materiais, numa ordem, mes-
mo perfeitissima, sem primeiro ir verificar
o estado de resistência dêsses materiais,
pedras, tijolos, madeiras, mármores, ci-
mentos etc., etc. o que equivaleria, em lin-
guagem científica, a verificar o estado das
moléculas, sua fôrça de coesão, as qualida=
des substanciais dôsses mesmos materiais,
LC
Resumindo, temos que o homem nasce
com diferenças anatómico-fisiológicas vin-
das de remoto passado.

Nasce com diferenças também, orgã-

nicas vindas de seus pais, avós, raça e meio

fisico e moral.

Nasce com diferenças sociais prove-
nientes da família, pátria e situações so-
ciais de seus ascendentes,

Não é isto tudo.

Ao entrar na vida e fazer o primeiro
uso das suas faculdades, trocando com o
meio os primeiros frutos da sua actividade,
ser-lhe-á, logo marcado um caminho dife-
rente de qualquer outro homem. E, novas
posições, perante a família, perante a re-
gião, perante a nação, perante a humani-

dade, êle poderá ocupar, as quais o farão

sempre diferente de todo e qualquer homem.

é Quem fez tantas diferenças, tantos
caminhos divergentes, tantas desigualda-
des?!… –

cSeria algum poder tirânico, feroz,
violento, indomável que a uns protegeu e
guiou para caminhos suaves e luminosos,
onde as auroras se sucedem, brilhantes e
róseas e os dias e as noites são doces e
plácidos, e, outros erguem a vista baça e
cansada sempre para o mesmo ceu tôrvo,
tristonho, escuro e ‘triste P!

Nada, À natureza governa tudo. Se no
princípio das coisas uma imensa noite pai-
rava sôbre a face do universo, ela mesmo,
a natureza já estendeu êste céu azul, bri-

«oc alápis

CON TINUA a falta de sal no
mercado, produto indis-
pensável ao consamo doméstia
co e muito principalmente
nesta ocasião, em que se exis
gem quantidades apreciáveis
para a conservação das carnes
dos suínos que é necessário
abater.

O negociante sr. José Bara:
ta recebeu há cêrca de duas
semanas um carregamento, que
desapareceu num abrir e fe-
char de olhos… era um vera
dadeiro inferno à porta do seu
estabelecimento |

-Aos salineiros de determis
nadas zonas do País foi regui-
sitado superiormente o pros
duto.e todos êles obrigados ao
sen manifesto,

Não só isto como a rarida-
de de transportes deve vir in=
finindo no deficientiíssimo
abastecimento que se nota em
tôda a região.

Entendemos que o assunto
deve ser tratado e resolvido
com atenção e urgência para
evitar prejuízos aos lavradores.

Sr

DE TERMINOU a Câmara, há

semanas, fiscalizar os pres
ços do peixe, ao mesmo tempo
que firou a percentagem de
lucro aos vendedores; desde
então mais vem rareando no
mercado, a ponto de já não
aparecer à venda, nos merca-
dos de 4.º feira, qualquer quan:
tidade, mesmo minina. Alegam
os negociantes que o preço
exagerado dos fretes não dá
margem a qualquer lucro des=
de que se importem porções
reduzidas.

Fironu a Câmara, também, o
preço dos ovos em 6 escudos a
dúzia. Às vendedeiras, que têm
teimnado em vendê-los a 7, ven=.
do que não podiam levar a sua
áàvante, entenderam por bem
não os trazer à praça!

Concinsão: o público consãt=
midor vê se em palpos de ara
nha para se prover do mais
necessário à alimentação.

A propósito do negócio de
ovos, alguém nos disse, há
dias, que muitas vendedeiras
os levavam escondidos aos úl-
timos mercados porque não
queriam sujeitar-se à tabela e
depois, subrepticiamente, ens
tregavam-nos às oveiras, que
lhos pagavam por bom preço,
por muito mais que os 6 esa
cudos !

Seria isto assim? Não sa-
vemos. O caso é que todos que
pretendem levar a água ao sem
moinho, são de imaginação
fértil!

e, amanhã, no futuro, o irá alar=
gando e repartindo por todos
conforme certa medida mais sa=
bia e justa aumentando o próprio
bem por essas mesmas desigual
dades das criaturas.

lhante e doce a uma infinidade de viventes

(Continua).

 

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a Oomarosa da Bort3

Horário da Carreira de Passageiros entre Castelo Branco (est.) o Sertã

Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, Ld:

j Ea E: =

| Cheg. | Part, Cheg. Part.

|
Castelo Branco (Estação) . — | SO sent a — 16,00
Castelo Branco . . «| 905 915 | Moinho do Cabo 16,15 [6,15
Taberna Sêca . 135 9,35 | Vale do Pereiro, 16,19 18,19
Cabeça do Inlante |. 9,55 9,55 | Moinho Branco. 16,25 16,23
Sarzedas + + = do IODO | 10,10 | Proençaa Novas a 16,45 16,56
Monte Gordo . . | 10,25 10,25 | Sobreira Formosa . «| 174% 17,30
Catrala Cimeira . 10,40 10,40 | Catrala Cimeira. . sl 17,5 117,50
Sobreira Formosa 11,00 ILÃO | Monte Gordo . | 18D5 | 1805
Proença a Nova. 11,34 1145 JSarzedas . 0. + 4 1820 18,30
Moloho Branco . 1 12,05 1205 | Cabeça do Infante . | 18,35 | 18,35
Vale do Pereiro. . «| 121 12,11 | Taberna S&a . + « 18% 18,55
Moliho-do Cabo . | 1215 12,15 | Castelo Branco. . .| 19,15 19,25
DEAL Sae aa sn SAO — Castelo Branço (estação) .) 19,30 —

Elecham se às 2., 3.º, 6.” feiras e Sábados Electuam-se às 2,”, 4,4, 6″ feiras é Sábados

A fotografia colorida
em progresso

No congresso «Filme e Côrs,
realizado na cidade de Dresde,
em principios de Qutubro, foram,
como ponto principal das conte-
rências sustentadas, feitas declgs
rações interessantes sôbre a jo-
venção revolucionária do retras
to-papel colorido, ou seja, cópias
em papel por impressão colori-
da. Quando a AGFA, no ano de
1834, começou nos seus labora-
tórios, dirigidos por G. Wilmanns
und Schneider, a elaboração de
um novo processo colorido, a
tarefa da qual ela se incumbiu,
abrangeu também a fabricação
simples de retratos coloridos em
papel. Já em 1937, 45 pra
do laboratório central clentílico
da JAGFA eram de opinião que,
com a solução definitiva do prós
biema colorido, pelo processo
Agtacolor, foi atingido o ponto
linal para tôda a fotografia. As-
sim, o original é substituído
pela e é a cópia, colorida em

pel, é realizada para o fotógra-
O-amador dó mesmo modo como
o é o filme colorido para o cine-
Ma. Sómente a guerra atrazou a
aparição do papel Agiacolor nos
mercados.

No caso da impressão colorida

“em papel, a pressuposição para

producao de cópias coloridas é,
naturalmente, um negativo colo-
rido, segundo o processo Agla=
color, tendo sido provada a sua
excelente eficácia. Neste materlel
negativo aparecem as cótes com-
plementares, Encarnado, por
exemplo, aparece na sua côr com-
plementar verde, azul na amare-
la, etc. De interêsse especial
existe a possibilidade de influen-
ciar as cÓres no papel Agiacolor
segundo os ess 10 de cada um,
mediante O uso de liliros, A ca-
mada de emulsão dos papeis |
apresenta geralmente a metade
da espessura dos Íiilmes. Como
é conhecido, as camadas Agfaco-
lor compóem-se de 3 camadas
diletentes e correspondente a is«
to, é a sua espessura tão reduzi-
da, que se tornou bastante difi=
eil a aplicação delas no papel,
Da exactidão das camadas de-
pende em alto E a repularida
de dos resultados obtidos, a to-
lerância nas espessuras das ca-
madas de emulsão no papel

acolor é tão pequena, como
até agora nunca se conheceu em
produtos lotográficos.

A revelação do papel procede-
Se, COMO de costume, em pratos,
revelando-se primeiro o papel no
revelador colorido e dita
selhe em seguida um profuso
banho de água Recebe, em se-
gulda, um banho de branquea-

(200 lec/s),

(+) Estas emissões ouvem-se também em ondas médias de
261,1 metros (1,149 kc/s) e ondas compridas de 1.500 metros

(+*) Esta emissão tem início às 21,15 h.

24,82 m UBAM nm c/5)
19,76 m (15, EO mo E)
24,8? mM [12,04 mm 6/6)
19,36 m 45,18 m 0/5)
13,88 m (21,64 m 0/5) E
ais m CBAS m 8/6)
49,98 (tam 2/5)
41,75 má (TAB mes) [º)
28,10 mm, CHI cs)
[500,00 nm, ( 2006 2/5)

SEntônio da fáilva Pourengo

acaba de

abrir uma

SECÇÃO DE OURIVESARIA |

JOIAS, OURO E PRATA

RUA CANDIDO DOS REIS = s E RT À

Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes

omprac vende ouro eprata em segunda mão

Segundo nos comunica 0 nos=
so prezado Correspondente da-
quela localidade, tol transferida
para O próximo dia 20 a récita
infantil, que está sendo ensaiada
e organizada pelo Ex.” proles=
sor oficial da presta:

Há vivo interêsse pela simpá-
tica festa, que se electuará no
vasto salão da Casa do Povo,
revertendo o produto das entra-

mento, novamente um banho de:
água e linelmente um banho de.
lixação, Se os primeiros resulta,

dos déste feito revolucionário :

nos domínios da fotografia po =

dem ser mostrados sómente ém

ocasiões especiais, é porque têm
as suas razões unívocas Da gue-
ra Porém, já agora. pode-se
dizer que o album fotográfico

– do futuro não conterá mais o,

pretorbranço, mas sim as mais

das em benefício da Caixa Escos
lar e distribuição de um bodo
aos pobres.

brilhantes cõres, as lembranças

de parentes e amigos, as Lestas e
viagens, enfim, tudo de que gos-
tamos lembrar-hos em tempos
vindouros, Je orcionando-nos
uma nava « dupla alegria,

| COttetão O

Companhia de Viação de
Sernache, L.”*

AVISO

Esta Companhia faz público
que, devido ás actuais deficuldas
des para a aquisição de PNEUS,

e ao facto de o maior número de
viagens dás suas carteiras ser
feito com viaturas a gás pobre
(GASOGENIOS), deverãoos Sts,
Passageiros abster-se de viaja
com bagagens muito volumosa
e pesadas, Edi caso contrário,
sco de 05 seus volu-
mes serem transportados com bas=
tante demora,
Esta Companhia não se res-

Edo dE SEIO ESTE SE SE

ponsabiliza pela deterioração de
quaisquer artigos motivada pela :

CASTELO BRANCO-COIMBRA

oRnaRE Cad | sena ca

A Companhia de Viação de Sernache, Ld.º estabeleceu a ligas
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de

grande vantagem e comodidade para o público,

AS 2”, 3,” E 6“ FEIRAS AS 3” 5” E SABADOS
Obeg. Fart. Chag. Fart,
Coimbra , . 11-40 | Castelo Branco YO
Piguelrô dos Vinhos 14 14-25 | Sobreiro Formesa , 11-00 11-10
Sernache do Bomjara Proença-aeNova . 11-30 11 40
dim «1507 15-10 | Sera, – 1230 1300
pet « 15350 16.00 | Sernache do Bomjar-
ProênçasaeNova . 16-45 16.565 dim – 13-20 13-35
| Sobreira Formosa . 17 20 17-30 | Figueiró dos Vinhos 14-15 [4 25
Castelo Branco . 19.15 Coimbra . 1635

CASTELO BRANCO — COIMBRA , Esc, 47$10
Não deixem de enviar às suas encomendas por esta carreira
Aceitarse encomendas para o PORTO, RÉGUA, S. [OÃO

DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tôdas as localidades servi.
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, La,

Emissões dos ESTADO
EM LINGUA PORTUGUESA
(Recorte esta Tabela para referência futura)

UNIDOS

iHóras Estações Dias Ondas curtas
TI5 WDJ Todos os diss,…. BAT m( 756 mo/.)
715 WECA Sfalras Domingo BLO2m( 967 me/r)
715 WNBI Só 2 folra…ues o 26,23 m (11 69 mu/s)
880 WBOA B&felra a Sábado., MM m( PET me/:)
SBO WNEI Só 2º felrad ces, 2028 m (1189 mor)
1830 WDO Todos cs disa,.,.. 207 m(ld,47 mes)
1980 WECA Todos os dias,.,.. 198 mó(lô 16 mc/:)
19,45 WGEA 2ºfira a Sábado,, 1956m (1553 m/s)
31,80 WGEA Todos cs dise,,… 1956 m (15,93 mo/ j
21,90 WDO Todos os diss,…. 207 m(lá,47 mc/ )

* OIÇÃa VOZ da
AMERICA emMARCHA

Efe SEUS SECR eg | A O SL SJ TO

EIVITÓRIAS
MR
é

1 Quereis meter mêdo ao inverno e
resistir à chuva e ao frio?
Visitai a (Casa Confiança Vítor É
Portugal em Sernache do Bomjar- É
dim, onde se encontra um grande e
variado sortido de Gabardines Vitória. %
Vestir uma gabardine «Vitória» é Ê
Ro

possuir a elegância de Petrónio.

a prestações
VENDAS 5 prestações com bónus pela lotaria

Vaca ae Mie SAB OSNe | ate dio Ste Eai clone

Degósito para aceite Colégio Vaz Serra

ro é tem a capacidade de | GQurso dos liceus.
1600 litros; em óptimo es-

tado de conservação. o Instituto Oomoroial
Para ver e tratar na a Indusírial. demora ha entrega das bagagens,

PENSÃO MODERNA Sertã | sgnmACHE DO BOMIARDIM

VENDE-SE. E’ defer-|(PARA AMBOS OS SEXOS)

Admissão sos llosus’

 

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À aresta di indumentária
O Isto « o calçado continuam
a sublt de preço, atingindo já
cifras fantásticas |
Um chele de lamília gumero-
sa, que não seja capitalista ou

não disponha de bons proventos,
vê-se allitssimo para a trazer

decentemente vestida e calçada, |

A decência não importa o luxo,
mas súmente uma modéstia com-
pativel com a posição que se
ocupa ou a função que se desem=
penha,
Um funcionário público, mes
mo que não exerça funções de
mando, tem de se apresentat
decentemente vestido em tôda a
parte, que não só na sua repartia
ção. € lato coçado, as calças
com fundilhos, a gola do casaço
enisebada, as botas cambadas ou
cheias de tombas são Iincompati-
veis com o mister. O mesmo não
acontece com o pedreiro, 0 car«
pinteiro, o sapateiro, etc, que
podem andarede qualquer modo,
pelo menos nas horas de labor,
sem que isso 5€ tórne notado.

– Citamos o funcionário público,
simplesmente, como exemplo.
Ele : os da mesma escala têm
exigências condicionadas a um
imperativo que na maior parte
dos casos não se harmonizam
com os seus ganhos pessoais,
com O seu orçanento, que, mes
mo hem esticado, torcido e re
torcido por artes malabares, mal
dá para fazer face ao essencia
lssimo, go comum, com a ali-
mentação, a rende da casa, etc.

Um fato e um par de botas
custam hoje quantias Iabulosas,
incomportáveis à maioria das
bôlsas. Deu se protecção dema
siada à industria nacional de lãs
níficios porque nos tempos nor:
mais. se arredou a concorrência
do estrangeiro; daí não resultou
compensação alguma para o povo,

“que estã na conlingência de an.

dar esfarrapado por não poder
adquirir as lazendas pelo preço
que atingiram. O fabrico de cal-
cado depende em grande parte
da Importaçã: de matérias pri-
mas; quanto a Êste comprende-se,
em parte, o aumento extraordi-
nário que sofreu,

” Alguns jornais, ventilando, há
poucas semanas, o problema do
calçado, diziam que se pensava
em criar dois tipos únicos para
homem e a preços tabelados,
Que seja assim. Que se fabri-
quem modêlos sólidos e dura-
douros, sem arrebiques e lanta-
sias que dão ao calçado certa
elegância e boa apresentação,
mas que para nada servem, Os
luxos dispensam-se e quem as-
sim os não entende que os pa-
puE Caros.

O essencial é andar decente-
mente vestido e calçado, com O
Indispensável confôrto, mas que
essa necessidade não ultrapasse
a média geral dos salários € ven-
cimentos modestos.

e pao

Artigos de mercearia

A Comissão Reguladora do
Comércio Local mandou alixar
dos estabelecimentos a tabela
com os preços dos géneros de
mercesria lixados na sia reúnião
de Novembro.

sefngado=

RECTIFICAÇÃO

Por ter saido duenaleo, o
que origina falta de sentido gra=
matical, rechificamos o terceiro
periodo do nosgo editorial do n.º
322 sob o tiulo «O mercado pú-
blicos : «Exposto qualquer as-
sunto de importância, de início
estabelecem se planos, apresen-
tam se soluções, discute se, criti-
Ea BE, encaram-se as mais varda-
das hipóteses com o lotuito de
atingir uma inalidade e, pouca
depois, já esgotada tôda 5 retós
rica e consumidos muitos lingua-
dos de papel almaço, surge O si-
lêncio, que, diga-se a verdade,
vale mais da que o palaytiado
inútilo, Rc

“PUERICULTURA
III
(Continuação do n.º 322)

E arólecção à mile à criança
1 A evolução da ausrientivra

Foi por cessa altara que a Foericals
tara enconiroa o serplano e asga
própria definição. Mos Consnltas Pres
| natais possoa a desplatar-se a glfilis o
à kibercolose e à darmee conselhos
aos noivos a iam Casar E Aos pals
que jam ter filhos; nas Gotas de Lelte
e nas Cantinas Maternals o distriboite
sé alimentos, nas Assoglações de pes
taários, rogpos para bébés e noó Pita
idalidades prémios em dinheiro e em
viveres, Pela Ibrça da lel as oficinná
congederam no nono mês da gravidez
am descanso às operárias e uma Ik
cença no parto; com é ordenado por
inteiro. No seu entusiasmo algans
ses chegaram a preparar am repúgso
de paternidade,

E médicos, convencidos dos resal=
tados saperiores que podiam obter
pela edacação, armaram em cobeqdis=
tas epanilários de túdas as noivas, de
tóúdas as grávidas e de túdas ns máis.
Fondaram-se Centros Nopelais e Cen
tros de Ilglene Social para receber e
aconselhar aé jdvens e Consultas
de Peninos para a vigilância da
suma saúde, estado e tratamento das
suas doenças, ensino das boas regras
de aleitamento e paro fogerem por inu
termédio das oisitadoras, o ensino ted
rigo e prático da Higlene da Inlância,
da própria casa das mais recalcitrans
tes. Aprogeitando os novas possibili«
dades da propagaida como o lisro, o
cartaz, o jornal, o clnema, o teatro e
a rádio=dilasão, aporom-se o ensino
moral, médico, fécnico e social das
máãis. Porque o grande perigo da
inlúncia estava no aleitamento merces
nário a educação da maternidade esa
tendea-se em cursos ambulantes, até
aos campus, por modo a abranger os
tmercenárias da provincia,

A soa dltima conquista foi a escola
Caniversilário, primário e gecandáriop
Nas deve dizer-se que nestes primei»
ros dez qh0s que pão correr, a Poets
coltura contará sobretado com a edor
cação dos nabentes e doa pole: Já no
fim do século passado foncionaram
escolas presmaternais em nomerosas
Cidades, é nos Estados Unidos abri-
ram=se ogóra clabes e escolas pater
nais é pre-paternais onde 05 Cursos,
basendos na análise das responsabil-
dades que pesam sobre q moderno
fandador de om lar, atingem ama alta
lreqliência que sai desde us jdsens
solteirge que HoCEsEitam Ci fai desejam
conhecó-las, aos pais que, conhecen=
dosne, anselam o ciência do se toínas
rem melhores guladores de hlhos.

A san última grande ogoisição foi o
reconhecimento do valor insabatitai»

filhos, que abria novas possibilidades
à assistência pre«maberoal e maternal
e levog os paericaltores a interessar»
se soçersslvamente pela soa orgânica
(i. é: pela s0a evoloção êinica) e pela
sum fecondidade. A grande lei de ha
giene social neste capitalo enuncigas
se assim: à llho constitri com a mái
ama anidade fisiológica é a mai & o fin
lho jormam com a familia ama oni=
dade social; quanto atinja qualquer
destes onidades é prejudicial a crla-

Bu i
r (=Livro de Poericu ligas —

Er. Atmeriado Lessa)
a

Criação de postos de correio

Foram criados postos de cor-
reio nas seguintes povoações: À
de Moço, Brejos de Batco e Car
neiros, [reguesia de Cambas,
conçelho de Oleiros; Amieira e
Viseu Pundeiro, freguesia do
Carvalhal, Azinheira, ireguesia
do Marmeleiro e Ribeiras Cimei-
tras, freguesia da Várzea dos Ca-

valeiros, concelho da Sertã; e
Carregal, freguesia de Montes da
Senhora, concelho de Proença-a=
«Nova,

a Eleger

Perdido ou roubado ?

O negociante ambulante st.
josé Manoel Afonso da Pinheira
Júnior, actualmente morador em
Tomar, Rua de 5, João, 60, que
há muitos anos vem à Sertã, no
dia 9 do corrente, data em que
aqui esteve pela última vez, deu
por falta de dois cortes de fato
para homem, uma toalha de mes

zia de guardanapos 0,60 x 0,60
(D., azul, que conduzia na carros
ça juntamente com outros artigos
do seu negócio.

Não sabe se perdeu ou lhe fur-
taram esses artigos, presumindo
que lhos lurtassem enquanto per-
manecia em casa de qualquer
Ireguês.

alviçaras a quem lhos res»

Jltugio,

vel da familia para a boa criação dos-

sa com 2,90 x 1,60 m. e uma cá- |

A Qomarca da Sertã

E o RR O ida] o

Bertá – Lighoa – 3: – a

Companhia de Viação de
” Sernache, L.º
Previnc o Ex.” Público que a
partir do dia 14 de Dezembro até
15 de Janeiro passará a efectuar=

-Se mais uma carreira por semas
na com o seguinte horário:

Lishoa – Sertã – 2º Jelra com partida ds 10 horas

o TH

Alravês da Comare

o
(otichário des messes Correspondentes!

“Grêmio Recreativo
Proenasnge

PROENÇA ANOVA, T — A Agsem-
bleia desta colectividade retiniu onfem
em cobformidade cómi 05 seus gstatu-
os, a-fim-de se proceder à eleição dos
corpos gerentes para 0 ano de 1943,

O acto eleitoral decorreu com Iipe-
cável ordem e uum ambiente de soli-
darledade que excedeu tôda a txpecia-
tiva. À aoplur a uma bréve exposição
sôbre o acto que de ja realizar, pela
palavra do Exmº Presidente da As-
sembleia, Adelino da Silva Cavalheiro
e Este senhor indicar a forma mais ade-
quada à sua realização, deu por aberta
a assembleia eleitoral da qual resultou
o seguinte :

Ascembleio Geral: Presidente—Dr,
Aciccio Gil Carvalho Castanheira; Ses
cretarios—lro Carlos de Almeida É
Luiz Pereira Marçal. Substitutos, Tes=
pectivamente—Françisco Lulz da Silva,
Carlos Fernandes é José Farinha,

Direcção: Presidente—lzequiel L0-

E Ribeiro, Secretário—Carlos Dias;
esoureiro–Manoel Tavares, Subati-
tutos—Vascó Concha da Costa Soares,
Anibal Lourenço e José Sequeira,

Conselho Fiscal: Frosidente— À deli-
po da silva Cavalheiro; Secretário
Manoel Lopes Farinha; Relator—Mário

Fernandes. E.
o

DUTEIRO DA LAGOA, 8=Realizou-
se neata localidade a comembração do
1.º de Dezembro que foi levada a efel-
to cor o maior brilhantismo e reall-
gada com ui entusiasmo pouco vulgar
em momentos históricos como esta da-
ta gloriosa que fal 0 1.º de Dezembro
de 1640

Pelas 10 horas os alunos das escolas
leram em marcha ém direcção À cape-
la assistir à missa que foi celebrada va
capela de 8. Lucas por Sua Reveren-
dissima o Senhor à únego Miranda, dús
tlgo Reitor e Professor dos Seminários
de Alcains é Garlão de Abrantes, que
ge deslocou de Castelo Branco propó-
sltadamente a convite da Exm,* Senho-
ra D. Deollida Mendes, tla da senhóra
professora desta localidade para cele-
brar o pitdoso acto da missa nesta da-
ta em memória dum ente querido,

A capela que se encontrava repleta
de néis e ornámettada de forma sur=
precndente, deixou uma agradável in=
pressão a Sua Excelênela que partiu do
Outeiro verdadeiramente encantado
com a compostura deste humilde e la-
búricão poTo,

Seguidamente realizou-se na Escóla
Masgulina uma sessão solene para fes-
tejar a data histórica do 1.” de De-
zembro, presidida pelo ar. Cónego Mil-
randa e ladeado pelo sr, Tomás Men-
des da Silva Pinto, Chefe da Secretaria
da junta de Província da Beira Baixa e
dos prolessores déste liga. É

Falguo sr, professor-Eduardo Antó-
pjo de Caires que em breves palavtas
apresentou a conferente, sua coléga D.
Maria de Jesus Alves, Feêz uma aloci-
cão brilhante e deu uma lição histórica
a todos que se diguaram assistir a esta
homenagem grandiosa do feito do 1.º
de Dezembro de 1840, No fim foi mui-
to felicltada pela assistência pela dra»
ção brilhante que havia realizado.

Seguiti-ge sua Reverendissima O sr,
Cónego Iiranda que enalteceu as qua-
lidades dos professores & pôs em relê-
vo a verdadeira missão do apostolado
e» carinho que deve merecer a todos,
os mestres dos seus flbinhos, e subli-
qghou o alto exemplo de patriotiamo dos
homens desse manhã do 1.4 de Dezem-
bro. Chamou a atenção das crianças
; para a sua conduta de «homéos de áma-
gbã> e clamou o apoio moral e Ina-
ceiro de todós aos mais pobrês para
com sz Caixas Escolares das Bacolas,

As guas palavras foram ouvidas sen-
tidamente brotando lágrimas sinceras
de parte da assistência, Foi aclamado
com entusiasmo no lim das suas pote
vras, brindando-lhe tóda à aasiaténcia
uma grande simpatia e adiniração.

No fim voltou o senhor professor à
falar, agradecendo a sua excelência a

sua comparência & de túdas as pessoas

e aé palavias que sua revérendissima
se digoou dispensar em honra da nobre
e altiva profissão dos projessores pri-
mários, termibando por pedic ao povo
que lhe tributassé à aua gratidão viva
e singera com uma vibrante € longa
salva de palmas.

Terminou esta sessão entodndo-se 08

“À Hinos da Mocidade & Nacional que a

assistência ouviu. respeitosamente de
pé, e erpuendo-se vivas a Carmona, Sa-
lazar é a Portugal.

Encontravam-se entre a assislência o
st. Antônio Barata, aposentado das
Obras Páblicas e conirade da Conte-
rência de 5, Vicente de Paulo de Cas-
teló Branco, que Igualmente veio gasia-
tir a estes actos, e as senhoras D. Dieos
linda Mendes, D. Ema Martina, D, Li-
ge Nunes Barata, D, Rogéria Nutes,

« Luéina Baptista Santos de Caires,
Ella :

Felaz à horas da tarde na capela re-
sou-se-o têrço e o sr, Contgo Miranda
a convite, fez um sermão, que deixo à
povo desta localidade encantado pela
sua oratória, na palavra quente é elo-
quente do Nustes professor do Seminã-
rio dé Alcains, permanecendo ainda a
salidade de voltar é Ouvir mais timã
vez gua Reverandissima.

Esta data ficou gravada em letras de
Duro neste lugar onde O póro trabalha
com a alma é cêza com o coração,

— Na próxima semana réaliza-se
também a «Semana da Mãls que será
levada a efeito grandicaamente como
no and anterior, o

1H Gorja» [ou onde asta a
moralidade ? ;

VILA DE REI 11 — Dois sugestivos
titulgs acomodaticios a crónicas a pa-
blicar de Vila de Rei referente aos
acontecimentos durante a passada Gran-
de (querra e da presênte a quê a andr-
malidade de certos factos nos davam
direito. Não temos tempo nem dispo-
sição para O fazer, nem tampouco que-
remos com o plágio do tiíulo zaúgar
Camilo, embora a amença baile já nos
látios daquéles que, pelo seu procedi-
nicito semipie conflituoso E provocante,
de todos pslcolbgicamente são já com
nhecidos pelo que são, vralém & mere-
CE

Colecionaremos às factos que sé nós
deparem atribuiveis a essa anormali-
dade, para a seu fempo fazermos ou
não a sua história.

— Realizou-se no passado dia 7 do
corrente, aqui o bapiisado da menina
Gabriela de Jesus Viana, filha do er.
oaguim Martins Viana, residente em

laboa. Foram padrinhos seus tios, O
ar. Autúnio Martina Slva é sua Gspó-
sa, A neúlita tem nove anos de idade.

— Realizou-se no dia & a festa à Ima-
cilada Conceição, padroeira desta fre-
guesia

-= De visita a sua Fa fe

ria para Alpiarça, acompanhado de
Será Exm à Et mn RO Cheie
da Repartição de Finanças deste conce-
lho, ar. Manugl Marques, Desejamos-
lhe muito boa viagem.

Ca
centro ;
hos naturais da Comarca,
ausentes

«A Comarca da Sertã», mediante
uma pequena comissão, encarre-
ga-se de obter documentos junto
das repartições públicas ou de
tratar de quaisquer assuntos da
sua competência,

o cpm
«Conseruemo-nos unidos»

O” nosso estimado contrade
«Jornal de Santo Tirso», de 27
de Novembro, deu-nos a honta
de transcrever, na integra, O ara
tigo de fundo que, sob aquela
epigrale, publicâmos ng n,º 320,

Agradecemos,

Fa bed
» AGENDA 4
MA a a a

Vindo de 58. Tomé, encon
tra-se em Eisboa o nosso pre-
zado assinante sr, Agnelo Mo-
go de Melo Morcira, distinto
Delegado de Fazenda noguela
Colónia, à quem cpresenfamos
Os nossos comprimentos de
boas-vindas.

—Esteve na Sertã o nosso
amigo sr. Reinaldo Costa,

ojos paço
Associação dos Bombeiros Vo-
Juntários da Sertã

Resultado da eleição da Mesa
da Assembléia Geral e Corpos
Gerentes para 1943, efectuada no
passado domingo :

Mesa da Assembleia Geral

Presidente— António da Costa;
Vice-Presidente— António da Sil-
va Lourenço; Secretário— Antô-
sio Lopes; Secretário— Armando
Antônio da Silva; Vice: Secretãa
rio—Angelo Lopes e Vice-Secres
tário— Adelino Nunes Serra.

Direcção

Presidente- António Barata e
Silva; Tesoureiro—José Antônio
Farinha; Secretário—Ednardo Bar
rata; Substitutos-—Joaquim Pires
Mendes, [João Nunes e Silva e
joão Lopes,

Conselho Fiscal

Presidente—Dr, António Cal-
deira Firmino; Secretário— José
Ferreira Júnior e Vogal-lsidro
da Conceição Lopes.

a ago
fNesro logia
Firmino Alves Barata

Vitimado por uma grave doe-
ça de que há tempo vinha 50-
irendo, faleceu na Madeirã, no
dia 21 do passado mês de No-.
vembró, o sr. Flrmino Alves Ba-
rats, viuvo de 72 anos de idade,
pessoa muito estimada por todos:
que com Ele conviveram, dadas
as boas e acolhedorás qualidades
de carácter de que era possuído,

Por isso mesmo o extinto del.-
xou prolundas salidades em to-
dos que com êle privaram, Co
merciante durante muitos anos, –
sendo proprietário de um dos
principais estabelecimentos da
ferra, contou sempre com à me-:
lhor simpatia de todos.

Era pai do nosso prézado As
sinante sr. Antônio Alves Neves,
comerciante em Lisboa e do sr,
Libânio Alves Neves e da sr,*
D, Celeste Alves Marmelo, & 80a
gro do nosso presado assinante
sr. Antônio Lopes Marmelo, e.
das sr” D. Dolores Casito Sis
mões é D. Guilhermina de Jesus
Barata.

«A Comarça da Sertão apre-
senta a tôda a família enlutada à.
expressão dó seu pezar,

fd, &
a dedo

Batata para semente

O Grémio da Lavoura, deses-
jando prevenir-se à tempo com à
importação de batata para semen-
te «Valenciana» E «Lamponesa»,
aceita pedidos Imediatos, visto
desejar lazer a encomenda com
tôda a urgência. No acto do peu
dido deverá ser eniregue a im-
portância correspondente ao cus:
to sóbre vagão, em Lisboa, cons
forme a tabela em seu poder, 0
frete distribuir-se-sd em rateio,
sendo pago no acto da entrega
da batata,

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMORUSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colesção de 7 postais — 7500

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

Que amarga bilis tenho,
gabas, de ânimo le

de Telefo o pescoço côr de rosa
e os braços côr de nevel

A minha face, agora empalidece,

logo de ra

e o suor, gôta a gôta, amostra o fogo.
que o peito me devora

se do vinho da orgia a mancha ignóbil
nos ombros te descubro,
e os dentes amorosos daquel’doido

sôbre o teu lábio

Não confies que

sorver, morder dess’arte,
tua bôca, onde Venus do seu nectar
deixou a quinta parte…

Ahi três vezes felizes

cujos laços embora
prove o Destino, só o amor desata
na derradeira hora!

(De Eorácio)

Lídia, quando

iva cora;

rubro…

os beijos virão sempre

os amantes

CARDOSO MARTHA

E madrugada, Um combóio naval inglês vai partir, escoltado por navios de guerra e a
coberto da R. A. F.. Além disso, a barragem de balões dos barcos britânicos guarda
contra-os bombardeiros inimigos de vôo picado que ali encontram a destruição.

Notas a lápis! Racionamento de carne de

Caderenancecoanro nana insnEnsaaaane uso asa soneannnanassassocinsanaascasenenness

(Continuação)

Va! por aí uma falta de taba-

. co de tal ordem que muitos
viciosos andam verdadeiramen-
te contrafeitos,

Aparecem à venda certas
marcas de que geralmente não
se gosta, mas que se consos
mem à falta das preferidas;
mesmo assim, o fumador não
consegue iludir-se, porgue não
é de pé para a mão que ama
qualidade póde sabstitnir on-
tra gasta durante anos e anos
sem fim
& Quem não tem o vício—e por
isso mesmo — aconselha, como
única solução, que se deixe de
famar ex-abrupto !

Ora isto não é tão fácil co.
mo. parece; por vezes, nem a
grande fórça de vontade con-

segue eliminar hábitos adgui-|

ridos e certas tentações |
Nós, só no último caso deis
faremos de fumar. Desde a
adolescência que praticamos o
ruim vício e não é agora que o
largamos assim sem mais nem
menos. Aos 16 anos já andá-
vamos de paivante nos queiros,
largando famaças com certa
dosófia, mas às escondidas,
porque sea paternidade des-
cobrisseo atrevimento apanhá-
vamos uma tareia que havia de
ser falada! Nem sempre nos
faz bem o cigarrinho brejeiro,
é verdade; mas têmo-lo por
companheiro e amigo nas lon.
gas seroadas e até talvez por
inspirador quando o cérebro
se aturde na confusão de idéias
e pensamentos que nem sem
pre. brotam expontâneos, cla-
ros e precisos ao espírito |
Quere dizer: perdoamos-lhe
o mal que nos faz pelo bem
que nos sabe…
RE” muito possível que a fal-
ta de tabaco seja, em parte,
originada pelo açambarcamen-
to particalar. Muitos fumado-
res, receando a falta inespera-
da, procaram prevenir-se para
o que der e vier, não se impor»
tando de dispender algumas
dezenas de escudos para adqui-
rir uma reserva, de forma que,
aqueles que não dispõem de
dinheiro à larga, ê que sofrem
“s consegiiências.
Uma grande espiga, a-finall
ni 4º feira da semana pas-
sada vieram para a Sertã,

à notinha, cêrca de 250 qui»
logramas de bacalhau. Na mas

las diferentes casas;

paca e nifela

A J. N.P. P. determinou que
a quota de racionamento de car-
ne de vaca e vitela, no concelho
da Sertã, e em cada mês, atin-
gisse 50º/, em relação ao mesmo
mês de 1940. Este regime, com
uma percentagem inferior, vem
sendo adoptado há bastante tem-

dade de abastecimento de carnes
daquela espécie.

Como no mês corrente de De-
zembro a quota de consumo já
foi atingida. não haverá à venda,
nos talhos do concelho, mais
carne daquela qualidade. Em
1943, conforme é evidente, obsera
var-se-á o mesmo regime.

Informam-nos, mas do facto
não temos confirmação, que a
partir de Janeiro aquela espécie
será apenas vendida duas vezes
por mês.

«O Povo da Lousã»

Entrou no XI ano de publica-
ção o nosso estimado confrade
que se publica na importante e
linda vila de que tem o nome.

A” sua Redacção apresentamos
os melhores cumprimentos de
lial camaradagem, com votos sin
ceros pelas prosperidades do sim=
pático periódico regionalista.

epa
NASCIMENTO

Teve o seu feliz sucesso, no’
sábado, dando à luz um robusto
rapazinho, a sr.” D. Maria Helé-
na Vidigal Marinha Lucas, dedi.
cada esposa do nosso bom ami-
go sr. dr. Rogério Marinha Lu-
cas, distinto médico nesta vila.

Mai e filho encontram-se de
saúde.

meses que o fiel amigo não
aparecia nos nossos sítios e
éste, de agora, era de óptima
qualidade. Cada qual procurou
preventr-se dada a carência de
peixe e de carne.

Constou-nos que uma pen-
são comprou, desta vez, todo
o bacalhau que pôde e, para
evitar observações dos merce-

po, logo que começou a dificul-|

Licenças de porta aberta

Nos termos do Regulamento Distri-
tal em vigor, todos os proprietários
de estabelecimentos compreendidos
nos artigos 1.º a 6.º (hotéis pensões,
hospedarias, casas de pasto, tabernas,
calés, cervejarias, vendas ambalan=

Exm.º Governador Civil do Distrito,

médio da Câmara, a necessária autom
tiz «cão de funcionamento no próximo
ano de 1945.

As respectivas licenças para abera
tara de novos estabelecimentos, porta
aberta anual ou venda ambulante pelo
espaço de 90 dias, deverão ser solici=
tadas na Secretaria da Câmara aíé o
dia 10 de Janeiro seguinte. :

As transgressões a estas disposim
ções serão punidas com a malta de

-50800: a 300$00 e competentes adiciom

nais, conforme a gravidade da inirac=

o HO O |
Julgamento em tribunal
colectivo

Em 9 do corrente respondeu, no
Tribanal Colectivo desta comarca,
acusado pelo Ministério Público, João
Alves, também conhecido por João
Calado, solteiro, de dezassete:anos de
idade, agricultor, do Fernão Porco,
freguesia e concelho de Oleiros, filho
de joaquim Alves e de Maria Joagai-
na, de, no dia 19 de Agosto do ano
corrente, naquéle logar, ter agredido
volantária e corporalmente, na inten-=
ção de matar, com duas pauladas, [om
sé Fernandes do Nascimento, menor,
com 14 anos, criado de servir, filho

ide Joaquim Fernandes, falecido e de

Jasta do Nascimento, morador à data
do crime, no logar dos Tojais, da fre»
gaesia da Isna, do referido concelho,

quais resaltou a sua morte.
O Tribanal dea como provadas as
ofensas corporais volantárias, sem

naram a morte e considerou: que O
réu é autor do crime previsto e pani=
do no artigo 361, S único, do Código

ficou provada a agravante da manin
festa superioridade em razão da ida»
de; que apenás se provaram as cir=
cunstâncias atenuantes do bom com=
portamento. anterior, da espontânea
confissão dos factos e de que-tem sido
bom filho, respeitador e educado; e
que o réu tem sdmente, 17 anos de
idade. Sa
Acordaram os: Juízes do Tribunal
Colectivo no Círculo Criminal da Serx
tã em condenar o réu, por julgar prom
cedente e provada a acusação nos
termos expostos, na pena de três anos
de prisão maior, ou, em alternativa,
na de quatro anos e oito meses de de=
grêdo, em possessão de 1.º classe, em
mil escudos de imposto de justiça, dez
mil escudos de indemnização à máãi da

eiros ou arguições de açam-.
barcadora, destacou todo o.
pessoal activo, que dividia pe :
agui,
quem fazia a aquisição era o
dono, ali, um dos meninos,
além, outro, acolá, a criada de
fora, etc. etc. e tal… E’ o
que se chama ser fértil em es-

vítima e em não considerar o réa com
mo delinqitente por tendência.
O réa foi defendido pelo sr. dr. Al=

‘ bano Lourenço da Silva, advogado

desta comarca,
OS AMIGOS DA «COMARCA»

O nosso amigo sr. José Joa-

nhà segainte já não havia na-
da nos estabelecimentos! Tudo ‘
se vendeu enguanto o diabo es-
frega um ôlho! |

Pudera! Já há mais de dois!

perteza!

Eº claro que, muita gente,
por desconhecimento, nem se-
quer apanhou um rabo para…
chupar!

quim Paulo, de Vila de Rei, teve
a gentileza de indicar para assi-
nante o sr. João da Silva Manso,
de Penedo (Vila de Rei), Agra-
decemos,

tes, etc.) são obrigados a requerer ao.

até o dia 31 de Dezembro e por inter | mar go nacionalismo missionário,

de REGA o am ASR CTA dos: Não considera o interêsse nacio-

intenção de matar, mas que ocasio-.

Penal, e não o de homicídio volantá-:
rio por que vinha acusado; que apenas.

exemplo, nos 838.593$01 que os

“Nacionalismo Missionário”
No «Dia da Mocidade», o dr.

Marcelo Caetano, Comissário Na.
cional da «Mocidade Portugue-

sa», fêz uma conferência, na qual:

disse o seguinte : «Temos espe
cial autoridade para sustentar uma
doutrina que bem se poderia cha-

não egoísta, nem imperialista.
mas que preconiza a realização
da missão social dos povos, atra-
vés do interêsse nacional, conce-
bido como simples adequação de
condições de cada uma das tare-
fas de dignificação espíritual e
da melhoria da vida de todos os.
homens.» Eis o que caracteriza
o nosso nacionalismo, quer o de
sempre, quer o de hoje :—quer
o de sempre, pois, desde há oito
séculos, já na formação de Por-
tugal, já na sua dilatação pelo
Mundo, nunca o nosso naciona-
lismo e, com êle, a nossa histó-
tia se deixaram de nortear pela
doutrina do Evangelho, doutrina
que é caridade e amor do próxi-
mo; quer ainda o nacionalismo
de hoje, como Estado Novo, por
isso que a sua doutrina é, na
essência, aquela mesma doutrina
do Evangelho, linha média ha-
mana aonde convergem as aspi-
rações mais fundas do nosso tem-
po linha de verdade, que, assim
como não deifica o Estado ou o
povo, espezinhando a dignidade
da pessoa humana, assim também

nal senão como meio de se rea-
lizar -a missão social dos povos,
nem a nenhum dêstes nega, antes
respeita como sagrado o direito
à sua independência.

LOS

Socôórro do Natal

“Instituído o ano passado, o
«Socôrro do Natal» (destinado a
socorrer com alimento, agasalhos
e outras formas de auxílio, du.
rante a quadra do Natal e Ano.
Bom, as famílias mais carecidas
desta assistêficia) representou um
movimento importante de soli
dariedade soc traduzido, por

donativos e subsídios recolhidos
totalizaram em Lisboa; 27.892
foram as famílias socorridas com
alimentação, tendo-se distribuído
6.496 artigos de zgasalho e res-
gatando-se 8.872 peças empe-
nhadas apenas na capital.

Se, no. primeiro ano de exis-
tência, a organização deu tão
animadores resultados, justo é.
esperar que êste ano todos redo-
brem de esforços no sentido de
alargar cada vez mais o âmbito
da iniciativa. A realização do
Socôrro do Natal em Lisboa,
atrás documentada em números

expressivos, é um exemplo q ses
gulr em todo q país,

Companhia de Viação

” de Scernache

Informação importante

Para que -o público se possa
orient:r devidamente sôbre as.
últimas alterações dasmcarreiras,
temos publicado, na 2.º página,
os avisos que contêm os horários,

Às reduções originam, em cer-
tos dias, aglomeração de passa-
geiros. A fim-de evitar tais in=
convenientes e para que se ga.
ranta o transporte, é de tôda a
conveniência que os passageiros
escrevam à Companhia seu ess
critório, em Sernache—com a de-
vida antecedência, indicando o
dia e a carreira em que desejam
efectuar a viagem; depois, devem
aguardar a resposta, que pode
ser afirmativa ou negativa, con-
soante o número de passageiros
que houver inscritos.

No caso de a resposta ser afir=
mativa, deverão apresentar o pos-
tal, que a contém, ao agente res-
pectivo, que só em tais condi=
ções está autorizado a fornecer O

bilhete solicitado.
ea

Raclonamento de açúcar e arroz

Todos os chefes de femília que
ainda não preencheram os boles
tins para o racionamento, devem
fazê-lo até ao dia 19 do corrente
mês, impreterivelmente. Os que
não cumprirem, ficarão privados
de cadernetas de racionamento
durante os meses de Janeiro, Fe
vereiro e Março.

Até ao dia acima referido po-
dem também os chefes de famí-
lia, portadores de cadernetas, re«
clamar contra a categoria que
lhes foi atribuída.

Não é motivo de reclamação a
circunstância de haver na famítia
pessoas doentes, vélhos inválidos
ou crianças débeis, porque, para
estas pessoas, há permanentemen-
te uma reserva de açúcar e arroz.

Sertã e Secção Policial da Cà-
mara, 8 de Dezembro de 1942.

AGRADECIMENTO

Teófilo Domingos da Silva, da
Abegoaria (Sertã) vem apresentar
por êste meio, os seus- sinceros
agradecimentos a tôdas as pes-
soas que se dignaram acompa-
nhar à última jazida sua chorada
e saiidosa mulher, Judite Bernar.-
do da Silva, lhe apresentaram
condolências e o acompanharam
na sua grande dor.

A tôdas, o eterno protêsto da
sua gratidão.

Abegoaria (Sertã), 5 de Des

gembro de 1942, 1942,