A Comarca da Sertã nº315 15-10-1942
@@@ 1 @@@
DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO |
da. Tuna Cimheia
RUA SERPA P
ea REDACÇÃO. E “ADMINISTRAÇÃO —e
INTO-SERTÃ
PUBLICA-SE ÁS
AVENÇADO
QUINTAS FEIRAS
ANO » VII. lebdomádánio migas, independante defensor dos interêsses da comanta da Sertã: concelhos de Sertã |
| Oleiros, Proença-a-fova e-Jila: de Rei e freguesias de Himêndoa e Rr (do eoneelho de Mação) |
= Nº 315:
— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo ‘Barata da Silva Corrêa
| fomento 8 Impresso
da e
o (TR PORTELA -FELÃO
andana,
tm |CASTELO
A IBRANCO
TELEFONE
112
15
‘i OUTUBRO
1942
Notas .
PALMIRA BASTOS, a gtó:
-riosa actriz, cujo-talento.
é sobejamente conhecido emto-
do o País, foi alvo duma quen-|
tee comovedora manifestação
no Teatroida Trindade, na 5.º
feira passada; emique: perfazia
cingúenta-anos duma carreira
cheia de brilho e de inemitáveis |
e admiráveis criações, on seja,
como soe dizer-se, as suas bo
das de ouro.
Representon-se a peça de
Kistemarchers. «A Rival à Él»
tima interpretação de Palmira
Bastos ao lado de Alves da
Cunha. E
“A talentosa comediante vi-
vem nessá noite algumas das
suas horas mais felizes e teve
amais alta e significativa con-
sagração dos seus méritos A
inveja, “a perfídia e as intri.
gas jâmais conseguiram ofus-
car o brilho da magestosa <es-
tréla», que soube sempre ser
grande tanto nos momentos de
fortuna como nos de adversi
dade.
Pt rpg
O «Diário Popular», que é
: ainda criança de peito, pois:
nasceu há tão poucos dias.
marca já uma posição brilhan-
tíssima e invejável entrea mo-
derna Imprensa do País. E’
magnífica e sugestiva a sua
leitura, variadas e atraentes
as sous secções, impregnados
de óptimos conceitos os arti
gos «Peço à palavra», em que
se debatem temas da mais fla-
grante oportunidade, . Eº um:
jórnal onde há muito que
aprender.
Desenvolve, agora uma. cam-
panha a: favor: “dos humildes:
vendedores de jornais, alta-
mente simpática por moraliza-
dora: Os confrades. é que não:
hão de gostar da piada | ;
O «Diário Popular» vem de:
sempenhar um papel de gran:
de valor social no nosso meio.
empunhando a batuta com ama:
firmeza eum consciência que
nos parecem inabaláveis,
NO dia Lº-de Novembro pro-l
ú ceder-se; á em todo oPaís; |
â: “eleição. dos deputados à As-
sembleia; Nacional, sendo de:
esperar que todos os eleitores
concorram ao acto na sha má-.
rima: “fórça, mostrando assim, |
o: sen civismo e: indefectível:
apoio ao Estado Novo.
E) preciso que,-entre-os de-
mais concelhos do distrito o
da Sertã marque, nesse dial.
uma posição de relêvo, com
parecendo todos. os eleitores
às urnas, dando uma pequena,
prova de-gratidão: pelos:apre-.
ciáveis benefícios recebidos do
Govêrno de Salazar, ao mes-
mo-tempo-que:pôem-em-evidêns
cia. os seus sentimentos nas,
cionalistas.
Este. número toi Do Suas
– Comissão de Censura
Itas ao guia que me acompanhava, sendo-
|jruas são mais asseadas e modernas, asse-
| CARTA DE
De Abílio António Lapa, Eurriel Miliciano da4.º C, do 1º B.E.
ido R.L 15 —Pórto Novos Vigente — Cabo Verde
PER ERRE , vu gana = 35168)
$ Email E A ap fe E C2==a3
ENDO chegado a. Gabo Verdo:a-28-de |
Novembro-de-1941, permaneci, em
S. Vicente, aproximadamente 4 me-
ses, no fim dos quais fui destacado para 8.
Antão (Pôrto Novo).
Antes de-ter- vindo para esta ilha, já
me haviam informado de que ela era uma
das mais saiúdáveis e que possuía muitas
verduras — coisa que nós aqui admiramos,
visto serem estassas,
Devidamente autorizado, empreendi
viagem em fins do mês de Março. Fiz-me
acompanhar dum Caboverdeano, para me
esclarecer no que precisasse. Eramcinco
horas duma manhã límpida e serena, quans |
E a hi, onde fômos bem. recebidos. pelos naturais,
Ecs horizonte tornara-se muito limita-
‘do montado num cavalo, prossegui « o mea,
desejado passeio.
“. Pouco tempo depois, Porto Novo pa-
recia um oásis que deminuía, à medida-que |:
me afastava. O terreno.era muito ingremé
o desprovido de vegetação. O sol eleva-
va-se progressivamente no horizonte, ven-
do-se ao longe os contrafortes que: atras
vessam a ilha de Este a Oeste, parecendo
a-sua coluna dorsal,
” Andados 12 Km,, bniburiiraegemo! na
parte mais alta do percurso; então pude
espraiar a vista pelo vasto horizonte: dum
lado — sul — a ilha de 8, Vicente, silhueta.
encravada no Oceano quási infinito e do
outro — norte — o azul infindo da abóbada
celeste, encimando a camada densa de ne-
voeiro que impedia, por aquela parte, a
contemplação do mar.
Vagarosamente fui descendo a contra-
encosta, notando, com grande surpreza,
que a Natureza se revela naquêle lado mais
[abrupta e verdejante. A temperatura bai-
xava à medida que me internava no denso,
nevoeiro. Entretanto fazia várias pregun-
lhe preciso fazer repetir as frases para
“compreender a sua linguagem. esquisita
que se chamava «creolo». Nalguns pontos,
tive que me apear, em virtude de.passa-.
gens difíceis, ali frequentes: tal é a altura,
que os viandantes ao olharem para as pes-
Hoas que estão no fundo do vale que desce
Iquási perpendicularmente, parecem peque-
nas sombras, movendo-se lentamente,
“Os raios solares eram mais abrasado-
tes, à medida que me aproximava da Vila
da Ribeira Grande, terra onde iria repou-
sat, durante algum tempo. Ali fui muito
‘bem recebido pelos meus colegas e apresen-
tado a algumas pessoas suas conhecidas.
A vila, conquanto não seja das melhores,
dá, no entanto, um aspecto acolhedor, Pou-:.
-co tempo ali demorei e, por isso, dentro em
breve, estava na Ponte do Sol, sita-a 3 Km.
de distância da Ribeira Grande. Aqui as
de Castelo Branco,
melhando-se muito às vilas do Continente,
* »Oastro-real declinava e os seus raius
interceptaram-se pelos elevadíssimos con-
‘tôrnos das serras próximas. As ondas do
-mar — surdo rumor contínuo —parece que
redobravam de vigor indo de-encontro à
rocha nua, saltando níveas a enormes altu-
“ras, O-ruído estridente dos grilos multipli-
cava-seo cada vez mais e 08 corvos — as
aves mais vulgares destas. ilhas — deixa-
vam os espaços para recclher aos abrigos
na rochasua-hospitaleira,j
No dia seguinte projectei dar um. pas-
seio com um colega meu, através do inte-
rior, seguindo o leito da Ribeira Grande,
Estivemos num lugar chamado Cocu-
do; pois o-vale: parecia um grande desfila-
deiro, ..
“CGontinuamos-o passeio e estivemos em
casa dum Senhor Malaquias, onde sabo-
reâmos vinho e cerveja de calda e a afama-
da aguardente de cana, especialidade Ca-
boverdeana.
A-pesar-de, há dois anos, hão ter cho-
‘vido.o:suficiente para; que as sementes lan-
‘cadas-à-terra-deem os seus resultados pro-
vocando enorme crise em todo. o arquipéla-
go, via-se, no entanto, nesta Ribeira, uma
luxuriosa vegetação constituida por : cana
do açúcar, batata doce, ilhame, laranjei-
ras, cafezeiros… etc. € águas minerais de
grande valor medicinal.
Não fui a Paúl — terra pequena mas
talvez amais linda e interessante desta
ilha — devido à falta de tempo.
“As três povoações a que.já me referi
são preferidas pelos: naturais e até pelos:
europeus para passar as férias, visto serem
lugares sobremaneira aprazíveis. Pouco di-
ferem dum pedaço-do continente,
No dia seguinte regressei ao ponto de
partida, trazendo na mente gravadas tôdas
as belezas naturais que devem ser admira-
das por todos os que transitam por esta
ilha.
Embora a distância fôsse igual, contu-
do o regresso paraceu-me mais longo, che-
gando ào quartel após 6,80 horas de via
gem alpina.
Mais vezes gostaria de fazer semelhan-
te viagem, mas a distância e a acidentali-
zação do terreno não mo permitem e, por
isso, continuarei a cumprir, juntamente
com os meus camaradas, O dever sagrado
de defender êste bocado de terreno que
também faz parte da nossa Pátria, com a
mesma fé e valentia com que os nossos an-
tepassados, o fizeram, dando, se for preci-
so, a vida por ela e só sendo assim é que
podemos ter mais bem vincada a ideia de
nacionalidade e o amor pelo nosso império
que tão vastos recursos nos oferece!
rega-se uma empresa,
zando-a a «República» e o
“e. a lápis
DE há muito que os jornais
da tarde são enviados de.
Lisboa para o Pórto em auto-
móvel, dada a supressão dos.
rápidos. Do transporte encar-
utili.
«Diário de Lisboa» e também,
últimamente, fazia o mesmo o
«Diário Popular».
O «Diário de Lisboa», talvez
mordido de inveja pela con
corrência que lhe faz o novo
vespertino, intimon a tal emp
presa a não mais o transpor:
tar ! Isto é o cúmulo e mostra
que a lialdade anda muito ar-
redia mesmo de quem a apres
gôa aos grairo ventos |
“Mas o «Diário Popular», que E
não gosta de deixar o crédito
FUNDADORES
“> bri Jos6 Carlos Erhardt =]
— Dr. Angelo Henriques Vidigal
Dor mãos alheias e sabe quan-.,
to valeyagiu. com tal esperteza
que o colega ágora até se mor-.
BNTRE ingleses e alemais
parece terem-se manifesta»
do certas desconfianças quan,
to a tratamentos infligidos a
prisioneiros e que vão de ena
contro às leis da guerra. Se, .
de: facto, se-chegar ao apura»
mento de qualguer responsabdi-
lidade, o caso pode trazer coms
plicações graves, que condícios
nam represálias brutais, tor-
nando mais tétrico e desgra-
cado o já pavoroso quadro da
guerra.
SO
EBSTALINE segando reza o
noticiário das agências,
não se encontra nada satisfei-
to com a apatia dos aliados,
que há muito se compromete-
ram a estabelecer uma segan-
da frente. A ser bem sacedida,
teria ela, de princípio, o efeito ..
de aliviar a pressão formidá-
de todo: os sens jornais pas.
sam a ser enviados de. uudo 2 É
capital do Nortel
Ora, toma, que almoçaste
vel dos germanos sóbre os rus- .
sos, que, desde a entrada no
conflito, ainda não tiveram um
momento de trépua,
Compreende-se que os rus-
sos, não obstante. se baterem
com ama valentia só compará- .
vel à do adversário mal sm-.
portem a inacção dos anglo-.
“americanos, cujo potenciál
devia garantir uma ofensiva
vigorosa.
Aos olhos dos próprios leis
gos nesta pugna de gigantes
não passa despercebido que .
as Nações Unidas sofrem dão
ma falta grave, que é a ausên-
cia dum comando único e bem
coordenado.
A lata em Estalingrado ofe-
rece um aspecto inédito: cada
bairro, cada casa, cada com-
partimento ê disputado à fera
ro e fogo, com uma ferocidgs .
de indescritível
@@@ 1 @@@
Horas
===
Emissões dos ESTADOS UNIDOS
EM LINGUA PORTUGUESA
(Recorte esta Tabela para referência futura)
Estações Dias Ondas cuttos
815 WD] Todos os dias,…. 39,7 m( 7565 mc/s)
8,15 WRCA 3. feira a Domingo 31,02 m( 967 mc/s)
815 WNBI Só 2º feira… 25,28 m (11,89 mc/s)
930 WRCA 8.º feira a Sábudo., – 31,02m( 967 mojs
-930 WNBI Só 2.º feira …..o 25,28 m (11 89 Es
19 30 WDO Todu: os dias ,…. 20,7 m(1447 m/s)
20 80 WRCA Todos us diss,…. 198 m(1515 m /8)
20 45 WGEA 2.º feira a Sábado.. 1956 – (1533 m /8)
2280 WGEA Todososdiar….. 1956m (1533 mc/s)
22 30 WDO Todos os dias….. 20,7 m (1447 wc/s
— OIÇÃaAVOZ da
AMERICAem MARCHA
Os abônos de família
Foi pablicado no «Diário do Govêra
no>, O decreto que estabelece 0 saláu
rio minimo para os trabalhadores por
conta de outrem na indústria, no com
mércio, nas profissões livres ou do
serviço dos organismos corporativcs
e de coordenação económica e que é
proporcional ao número de dias de
trabalho efectivamente prestado.
Os abônos de família são afectuam
dos através de caixas sindicais dotam
das de personalidade jurídica e criam
das a requerimento dos interessados
ou dos organismos corporativos.
Serão obrigatoriamente contribainm
tes destas caixas e nelas como tais
inscritos, as emprêsas e os trabalham
dores das actividades a que disserem
respeito as mesmas caixas.
Os inscritos contribuirão para a
respectiva caixa sindical com uma co-
ta que será estabelecida de harmonia
com o seu regulamento.
‘A contessão do abôno de família
será requerida e justificada por qual»
quer interessado associado que satis=
“faça aos requesitos seguintes:
1.º — Ser chefe de família com pes=
soas a seu cargo nas condições estam
belecidas por êste decreto;
2.º — Trabalhar -por conta de ou
trem mediante remaneração;
3.º—Ter nacionalidade portuguesa;
de 1 elêesldia em território porta-
guês.
5º — Ter bom comportamento.
Como se vê nesta pequena sint’se
do decreto que concedeu os salários
de família aos trabalhadores a que
nos. referimos, de cujo benefício ficam
por enquanto exclaídos os trabalha=
dores rarais e iancionalismo público,
procura o Govêrno com cuidado e
sensatez satisfazer em parte as ree-
vindicações operárias e acudir-lhe de
uma maneira prática às sãas neces
sidades económicas-ccorrentes e de=
rivadas do conflito mundial que tem
arrazado as economias públicas e
particulares em maitissimos países e ‘
ue entre nós, os segs reflexos se têm
elto já sentir, embora de umã maneim
ra por enquanto saasoria.
Estão pois de parabens os traba»
lhadores portaguéses.
Colégio , qu dera
(PARA AMBOS OS SEXOS)
Curso dos liceus.
Admissão aos liceus
e Instituto Oomeroial
e Industrial.
SERNACHE DO BOMJARDIN
aan ER
Postais com vistas da Sertã
– (EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7400
ANUNCIO
(2 Publicação)
No dia 17 do corrente mez de
Outubro ; pelas 12 horas, no Tri
bunal Judicial desta comarca de
Sertã, em virtude da execução sue
mária que o exequente Emídio da
Silva Rosa, solteiro, maior, agri-
cultor, residente no logar do Pisão
Cimeiro, freguesia de Vila de Ret,
promove pela 2.º Secção da Secre-
taria Judicial desta comarca, contra
o executado António Pereira, viu-
vo, proprietário, residente no mes-
mo logar e freguesia, há-de ser
posto pela primeira vez em praça,
para ser arrematado pelo: maior
lanço oferecido, superior ao valor
ue adiante se indica, o seguinte
prédio pertencente ao referido exe=
cutado, a saber:
PRÉDIO A ARREMATAR
Casa de habitação e seus logra.
douros e quintal anexo de terra de
cultura com oliverras, videiras, ar-
vores de fruto, mato e pinheiros,
no sítio da Horta Nova, limite do
Pisão Cimeiro, parte do norte com
José jCotrim, nascente com a ri’
berra, sul com Joagum da Silva
Rosa, e poente com José Dias Por
tela. Está inscrito na matriz pre-
dial urbana sob o art.º 942 e na
predial rústica sob o art.º 16.176,
e descrito na Conservatória do Res
gisto Predial da comarca da Ser
tã sob o n.º 29,278. Vai à praça
no valor de 1,6828080.
Sertã, 3 de Outubro de 1942,
Verifiquei s
O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho
‘ Correia Simões
O Chete de 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos
Joaquim André
PROFESSOR DIPLOMADO
Instrução Primária – Admissão aos liceus
Postos de Ensino – 4.º Ciclo dos liceus
TELEFONE 5 8074
Avenida Grão Vasco, 56 — Benfica
LISBOA
Papel para embrulho
Vende se nesta Redacção,
mm
No dia dezassete do corrente mês
de Outubro.
porta do Tribunal Judicial desta
comarca, 86 há-de procedêr á ven:
da em hasta pública dos prédios a
seguir deseritos, pelo maior lanço
obtido, acima do indicado, penho-
rados na execução por custas em
que é exequente o Ministério Pú-
blico e executada Adelina Durão
Martins, cuja ultima morada cos
nhecida foi na Rua Alvaro Coutis
nho, numerolseis, segundo andar,
da cidade de Lisboa, de cujo pro-
cesso, que corre seus termos no
Tribunal: Judicial da Sexta Vara
da comarca de Lisboa, foi extraída
à competente carta precatória para
arrematação,
PRÉDIOS:
1.º—Uma quarta parte de uma
casa com quintal, na Lameira, lá-
mite do Chão do Galêgo, descrita
na Conservatória respectiva sob o
n.º 28.940, e inscrita na matriz
sob o art.º 260=urbano, Vai pela
segunda vez á praça no valôr de
177850. .
2º— Uma quarta parte duma
horta, no sítio do Frade, limite do
Chão do Galêgo, descrita na Con-
servatória sob o n.º 28. 941,e ing
crito na matris sob o art.º 18.679.
Vai pela primeira, digo, pela se-
16950.
3,º— Uma quarta parte de uma
terra com oliveiras, na Malhadi-
nha, descrito na Conservatória sob
o n.º 28.942, e inscrito na matriz
sob o art.º 17.401, Vai pela sea
gunda vez à praça no valôr de
40583.
4,º—Metude de uma terra com
oliveiras e mato, no Juncal, dese
crita na Conservatória sob o n.º
28.943, e inscrita na matriz sob o
arte 19.039. Vai pela segunda
ves à praça no valôr de 55500.
5.º—Metade de uma terra com
oliveiras, na Breja Fundeira, desa
crita na Conservatória sado n.º
28,944, e inscrita na matriz sob o
artº 17.421. Vai pela segunda
vez á praça no valôr de 227H70.
6.º— Metade de uma terra de
mato, na Cór do Abute, descrita
na Conservatória 800 o n.º 28.945,
€ inscrita na matriz sob o art.º
16,441, Vai pela segunda vez à
praça no valôr de 13820,
7º Metade de uma terra com
oliveiras, na Cór de Abute, des-
crita na Conservatória sob o n.º
28,946, e inscrita na matriz sob’
o art.º 16.455. Vai pela segunda
vez à praça no valôr de 13520,
64 8º =—A quarta parte de uma teres
ra com oliveiras, no Bombal, dese
crita na Conservatória sob o n.º
28.947, e inscrita na matriz sob o
art.º 17.344, Vai pela segunda
vez à praça no valôr de 17560.
9.0–Metade de uma terra de
mato, na Lameira Cadela, dsscrita
na Conservatória sob o n.º 28.948,
e tescrita na matriz sob o art.º
18.653. Vai pela segunda vez á
praça no valôr de 17860,
À sisa será paga por inteiro
pelo arrematante.
Sertã, 6 de Outubro de 1942,
– Verifiquei.
O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho Correia
Simões
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva
Norberto Pereira
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Horário da Carreira de Passageiros entre SERTÃ e ALVARO
Concessionário : Companhia de Viação de Sernache, Ld.º
: | Cheg- Part. Gheg. E
Sertã. Rua Cândido dos Reis) — |1425|| Alvaro (estrada camarária.) — [11,00 –
Maxeal . . . . ./1440/1440| Cesteiro. . . . ./11,10/11,10
Alto do Cavalo . ./15,20 [15,20] Alto do Cavalo . -.|11 20/11 20
Cesteiro). . . . ./15,30/15,30]] Maxeal, « + + Ra 12,00
Alvaro (estrada camarária). 15 40! — || Sertã «Rua Cândido dos Rels)112,15! —
Efectva-se aos domingos Efectua-se às 2.ºº feiras
ANUNCIO
+ qu Pablicação)
No “dia 24 do corrente mês de
Outubro, pelas 12 horas, no Tris
bunal Judicial desta comarca da
Sertã, em virtude da execução
promove pela 2.º Secção da Se-
otretaria Judicial desta comaror,
contra ‘os exevutados Maria de
Jesus e marido Isidro Baptista,
residentes nos Estorneiros de
Baixo, Francisco Afonso, solteis
ro, maior, da Azinheira, fregue-
aia de Oleiros, Beatriz de Jesus
e jmarido José de Lemos Roque,
de Abelheira—Agualva-==Cacem,
| concelho de Sintra e os menores
Pedro Manuel dos Santos e Fere
nando dos Santos, hão-de ser
postos pela primeira vez em pra-
ça, para serem arrrematados pelo
maior lanço oferecido, superior
aos valores que adiante se ipdie
cam, os seguintes prédios per=
tencentes sos referidos executas
dos:
PRÉDIOS A ARREMATAR
1.º—Uma casa com loja e sos
brado, uma outra casa terrea, e
ainda uma outra casa que serve
de palheiro e bem assim um pes
queno curral, situados no logar
da Azinheira, freguesia de Olei=
ros, inscritas na respectiva ma-
triz sob o art.º urbano 531, Vai
à praça no valor de 340800.
CO direito e acção & um
setenta avos de um lagar-de des-
fazer azeitona, no Fundo do Ri-
beiro da Azinheira, limites da
Azinheira, freguesia de Oleiros,
inscrita na respectiva matriz sob
o att” urbano 1,012, Vai à praça:
no valor de 35950. .
– 8.º—Uma terra de mato e ar.
breira, limio
tes da Azinheire, freguesia de
Oleiros, inscrita na respectiva
matriz sob o art.º 2.670, Vai à
praça no valor de 49550.
4,º—Uma terra de mato e pi-
nheiros, sita à Courela do Avege
seiro, no Ribeiro, limites da Azie
nheira, freguesia de Oleiros, inge
crita na respectiva matriz sob 0
arte” 2.656. Vai à praça no valor
de 49550.
5,º— Uma terra de cultura, olia
veiras e mato, no Ribeiro, limis
tes da Aszinheire, freguesia de
Oleiros, inscrita na respectiva
matriz sob o arte” 2.841, Vai à
praça no valor de 390550,
6.º—Uma terra de cultivo com
uliveiras, ua Courela da Horta
limites da Ainheira, freguesia
por custas que o M.º Público, |
TC. Branco. …. (19,30 9
de Oleiros, inscrita na respectiva
matriz sob o art.º 2.680. Vai à |
| praça no-valor de 291950.
7.º—Uma terra de cultivo, oli-
veiras e mato, na Gola, limites
da Azinheira, freguesia de Olei-
108, inscrita na respectiva matriz
sob o art.º 2.481, Vai à praça no
valor de 874550, –
8.º—-Uma terra de cultivo e
oliveiras, sita à Tapadinha, limi- .
tes da Azinheira, fregupala: de
Oleiros, inscrita na respectiva:
ma’riz sob o artº AT73. Vai é
praça no valor de 661900. |
Sertã, 6 de Outubro de 1942,
Verifiquei,
O Juiz de Direito, |
Eduardo Marques Coelho Uorreia
– Simdes
O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos
ssa
Companhia Viação de;) Serna-
che, Jd.”
sé
Concessionária das carreiras
de passageiros entre
COIMBRA e CASTELO BRANCO
Avisa o público de que foi for=
cada a estabelecer OS SEGUIN-
TES HORARIOS, por motivo de
várias reclamações oficiais e pare
ticulares, baseadas no; :facto-de
em Castelo Branco se perder
quási sempre o comboio correio.
Chegada Partida
Coimbra. … coco:
is 11,40
Figueiró “osso 00. 14,00 14,25
Sertã. “ºcatmo … 15,30 * 16,00
Proença .i…… 16,45 16,56
Sobreira, Nicesto 17:20 17,30
O. horárid Castelo, Branco— .
Coimbra continua comoaté aqui,
saindo da;1,º localidade às 9%ho= .
iras e chegando à segundajás 16,40.
“Também, não. hã alteração
quanto ‘aos .dias:em, que. as car-
reiras. se efectuâm: em, qualguêr
dos sentidos. ice sá
E’ amigo dedicado da
sua terra ?: o
Indique-nos, como: assinantes,
todos os patrícios e amigos; que
ainda o não são. ;
O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande parte, da propaganda que dela se
fizer neste semanário,
@@@ 1 @@@
CARTA DE LISBOA |
ROMARIAS
Acabaram-se as tradicionais
romarias nas nossas terras.
Foi-se Setembro e, com êle,
a alegria do bom povo beirão.
Eº que o arraial, a música,
os foguetes, os descantes, as
danças de roda e as procis-
sões, constituíam um bem-es-
tar para o nosso povo, davam-
lhes alma e um grande desejo
de viver.
Festas de tradição em que
cada povoado à compita com
o vizinho procura fazer bri:
lhar, dar mais esplendor e
realce à sua romaria para hon:
ra e glória do orago da cape-
linha do bargo, deisgenciando
gue resulte movimentada e bri:
lhante aos olhos do forasteiro
gue a ela acorra ávido de fol-
gar e gozar.
E” nos dias de romaria que
o nosso povo sente desejos de
viver, se sente feliz.
E para a mocidade que d
encantamentos têm as roma-
rias! IRBsti: nei
Leva-se um ano a amealhar
uns parcos tostões, sabtrain-
do-os ao viver cotidiano, para
com o seu montante se adgui
“ rir na feira da vila, ama in-
damentária nova com que pos-
sa incorporar-se na procissão,
sem vergonha dos conhecidos
e patrícios que acorrem de
fóra, das cidades distantes so-
bretado, a tomar parte na fes-
tança, a visitar a família, a
recordar os tempos passados
da sua meninice.
Depois, os conversados, que
de projectos! E que de ilusões
lhes trazem, por vezes, as ro:
marias |
São as romárias da nossa
aldeia que nos trazem saiida-
des pela vida fóra; perto ou
distante que estejamos, lem-
– bra-nos sempre, com muita
saúdade, o dia da romaria da
terra que nos foi berço: o ar
raial, a música, o fogo de ar-
tifício, os descantes, as danças
de roda e as procissões em que
por vezes servimos de anjinho!
– Que saiúdades de tndo, e do
passado na nossa mocidade!
“E acabaram-se, por êste ano,
as tradicionais romarias da
nossa terra.
Foi-se Setembro e, com êle,
a alegria do nosso bom povo,
do bom povo beirão.
FrucTUOSO PIRES
—<gnga dp eg
Bombeiros Voluntários da Sertã
Por intermédio da Câmara Mu-
nicipal, a nossa Associação de
Bombeiros recebeu o subsídio de
Esc. 10.000800 da Inspecção Ge
ral de Seguros.
Step
NASCIMENTO
Deu à luz uma robusta menina
em 5 do corrente a sr.º D. Maria
Margaridas Carvalho Monteiro,
dedicada espôsa do nosso amigo
st. Joaquim Ferreira Monteiro,
informador fiscal dêste concelho.
– Atparturiente, que sofreu tran-
sé, tem agora, felizmente, passa-
doimelhor e a pequerrutha ene
contra-se bem. . +
CS Car nr DrOA ;
Audiência adiada
Foi adiada, para o próximo
dia 26, pclas 11 horas, a’audiêns
cia de julgamento,; marcada para
sexta-feira última, de Prancisco
Mendes, António Mendes, José
Domingu s, José Filipe, Manoel
Filipe, joão Filipe e João Dias,
todos da freguesia do Estreito,
concelho de Oleiros, arguidos de,
no dia 2 de Fevereiro fundo, por
ccasião da festa da Senhora das
Candeias, haverem agredido à
navalhada e à cacetada, deixando-vos bastante feridos. João Dias
dos Santos, João Gonçalves Ren-
te, José Luiz Fernandes e Eduar-
do Alves, da mesma freguesia, |
-A comarca da Sertã
Correspondência entre as pessoas da
região e os. seus
* parentes e amigos residentes em Africa
Cremos que a informação, pu-
blicada no número passado sob
êste sugestivo título, qual é a de
publicarmos pequenas correspon-
dências das pessoas da região
dirigidas aos seus parentes e
amigos ausentes em Africa e
reciprocamente, transmitirmos-
lhes as dali originárias, tenha
merecidô:. o maior interêsse a
muitos dos nossos leitores e suas
famílias. a
Está, pois, <A Comarca da
Sertã» à disposição de todos con-
vencida de que lhes presta um
bom serviço, que será aceito e
utilizado com júbi’o porque cessa,
dêste modo, o isolamento a que
‘se estava condenado, sabe-se lá
por quanto tempo!
A nossa tabela é a seguinte:
Publicação de correspondên-
cia—até 100 palavras, 3800; por
cada grupo de 20 palavras a
mais, $50. Transmissão de cor-
‘respondência contida nos jornais
procedentes de Africa, qualquer
que seja a extensão, incluindo a
resp ctiva franquia, 2800.
CHOO
JULGAMENTO:
Acusada por ter difamado e
injuriado, públicamente, em vá-
rios locais, Maria da Conceição
Fernandes, de 41 anos, casada
com Joaquim Fernandes conhe
cido pelo «Cardador», dos Falei-
ros, freguesia do Cabeçudo, res-
pondeu, no sábado, no Tribunal
Judicial desta comarca, Maria
José Farinha, de 30 anos, casada
:com Carmo Luiz Leitão, do Ca-
beçudo. Condenada na pena de
20 dias de prisão correccional,
cinco dias de multa à razão de
dois escudos por dia, no mínimo
do imposto de justiça com os
acréscimos legais, 200800 de in-
demnização à queixosa e 100800
de procuradoria.
ego
Um bigode raro entre raros
bigodes…
Se fôsse organizado um con-
curso internacional dos mais no-
táveis bigodes do mundo, é pro-
vável que os inglêses ficassem
em último lugar. Os filhos de
Albion, em geral, não gostam
dêsse atributo. Há, todavia, ex-
cepções. E uma dessas excep-
ções é representada por Mr Har-
ty Williams, cidadão de Marga-
te, cidade do Condado de Kent.
Este cavalheiro possue uns bigo-
des formidáveis, pois que medem
quarenta e três centímetros de
ponta a ponta.
Pode dizer-se que o dono de
tal prenda é célebre em todo o
Império, e eis porquê. Há pouco
tempo um amigo de Mr. Wil-
liams enviou-lhe um bilhete-pos-
tal que, em vez de enderêço, le-
vava apenas o nome do Conda-
do de Kent e um desenho repre
sentando precisamente os bigodes
do homem em questão, mas é
claro, em formato reduzido…
– Pois o postal chegou às mãos
do seu destinatário, sem atrazo.
Bag
ENA a “a É E es E ae “e,
* AGENDA £,
Ea
ed WS Ed
Encontram-se na Sertã, com
suas famílias, os srs. Dr. José
Barata Corrêa e Silva, de To-
mar e Euntíguio Belmonte de
Lemos, de Lisboa.
— Retiraram. de Pedrógão
Pegueno para Lisboa, os srs.
Fausto Santana e espôsa e
Francisco David e Silva e fa-
mília; para Leiria, o sr. Dr.
João B. Morais Cabral e famí-
lia eo menino Adelino Vidigal
e para Castelo Branco, o me-
nino Amadeu Marinha Rodri-
gues; da Arrochela para Com»
bra, o sr. Armindo Silva; da
Sertã para Lisboa, os srs. João ‘&
E as ‘ dável gratidão.
Oleiros, 8 de Outubro de 1942, –
Bento e espôsa e Joaquim Fa-
rinha Tavares e espôsa.
Aqui Sertã!!!
o Novo.
Mirai da Gomarta
(otário dos nossos Correspondentes)
Professor António Tavares
CARDIGOS, 30- Mudou a sua resi-
dência para Santarém transferido az seu
pedido, o professor sr, António de Oli-
veira Viegas Tavares, acompanhado de
sua espôsa Exm,? Sr.2 D. Maria do
Carmo Pires Tavares, também profes-
sora oficial.
Exigências de educação literária dos
filhos pois que alguns frequentam já o
Liceu, obrigaram este nosso amigo a
esta resolução. :
o ilustre professor, com 28 anos que
aqui desempenhou as funções do seu
cargo, deu sempre as melhores provas
de ensino, no número de alunos que;
anualmente mandava a exame, sempre:
com bom aproveitamento. eo
A apresentar-lhe despedidas foram-a-
sua casa muitos dos seus antigos alunós-
alguns dos quais se ericontram desem-
penhando cargos de categoria em vá-
rios departamentos do Estado. Deseja-
mos-lhe, bem como a sua Exm,* Espôm
sa e filhos as melhores venturas.
Vôo das aves
Foi apanhado por um garoto um ta-
talhão a que chamam «ferreiro» com
“uma anílha que dizia : 1 u
Mazall-Bealings Suffolk A D 63.
Vindimas
Foi muito escassa a colheita do vi-
nho. Vende-se cada-almude a -50$00 e
já sabemos que houve quem o vendes-
se a 56800!
—Já saiu a maior parte dos estudan-
tes que, durante estas férias, propor-
cionaram a toda a população óptimos
momentos de boa disposição e alegria,
com as récitas que promoveram.
— Encontram-se entre nós os nossos
bons amigos Rev.º P.e Alberto Tava-
res e P.º Serafim Tavares, dignos pá-
rocos de Proença a Nova e Monteação
e C:
SOBREIRA FORMOSA, 9-—Precedi-
da de triduo de preparação pregado
pelo Rev.º Pe João Roberto Marques,
da Congregação dos Missionários do
Coração de Maria, realizou-se no do-
mingo passado, dia 4, nesta localidade, |
a festa do Sagrado Coração de Jesus e
| comunhão solene de crianças.
Em todos os dias foi grande a con-
corrência dos fiéis tanto às pregações
como às outras cerimónias religiosas,
sendo muitos aquêles que se ab .iraram
da Sagrada Mesa da Comunhão.
A missa de Alva, a que comungaram
“| mais de 209 pessoas, foi celebrada pelo
Rev.º Missionário, a missa da Comu-
nhão pelo Rev,º Pároco desta fregue-
sia e a missa solene da festa pelo Rev.º
Pároco dos Montes-da Senhora, acoli-
tado pelos Rev.ºs Párocos do Peral e
Alvito, servindo de mestre de cerimó-
nias o Rev.º Jaime Ribeiro Martins, coa-
djutor desta freguesia e regendo 0 cô-
to o Rev.” Pároco da Isna de Oleiros.
A chuva não permitiu que se fizesse
a procissão, tendo-se vendido algumas
ofertas.
“EC,
&
PROENÇA-A-NOVA, 10 — alfredo
Cardoso, casado, comerciante em Mou-
ta do Santo, quando hoje se dirigia de
bicicleta desta vila para aquela locali-
dade, ao passar no sítio denominado
Pontão de Laranjeira, caiu, fracturando
uma perna. O sinistrado foi transporta-
do para sua casa.
C
; <td pai
Eleição de deputados
No dia 1.º de Novembro pró-
ximo proceder-se á à eleição de:
deputados à Assembleia Nacional.
ris
Agradecimento
Augusto Fernandes, industrial
e proprietário e. espôsa Beatriz
de Jesus, de Oleiros e Maria de
Jesus Fernandes e marido, pros
prietário, da Delvira (Sobral),
Ivêm, por êste meio, apresentar
os seus sinceros agradecimentos
a tôdas as pessoas a quem não
o podem fazer pessoalmente, que
se dignaram acompanhar à últi-
ma jazida seu extremoso é cho-
rado pai, sogro e avô Custódio
Fernandes, falecido em 28 de Se-
tembro no logar da Delvira, fre-
guesia de Sobral e ainda àquelas
que lhes manifestaram sentimen-
tos e os acompanharam na sua
grande dor ou se interessaram
pelo extinto durante o período
da doença.
A tôdas, aqui deixam consi-
nada a sua profunda e inolvieccão literária
– De olhar melancólico perdido
nos cerros das montanhas distantes vestidas de veludo azul, Va’ da esquecera a chícara de peifu-
mado chá…
Seus olhos negros, de grandes
olheiras pensativas, pareciam se-
guir, num vago meditar, evolu-
ções de sonhos queridos.
Era ao agonizar duma tarde
primaveril. No pequenino terra-
co as glicínias apertavam amero-
sámente as colunazitas capricho-
sas, com reminiscências de tem-
plo “grego e, em comunhão com
o aroma delicioso dos goivos
tristes, o seu perfume emprestava
ao ambiente longínquo sabor de
lenda…
– Vanda tinha o ar de quem so-
nha nos cemitérios doridos, pe-
las colinas gemebundas e no in-
terior dos templos silenciosos.
– Era uma sonhadora amarga de
vinte seis anos pálidos vivendo
para uma ilusão morta.
O seu passado…
Naquêle anoitecer suave com
carícias maternas no perpassar
da brisa, como ela o recordava
e com qué intensidade” essa” re-
cordação lhe fazia palpitar O co-,
ração feito para o amor e Só pes.
lo amor morto!… Dilatava-ses:
«lhe o seio na delícia — tortura:
dêsse evocar de coisas belas: so-‘
nhos de luar, ilusões de espuma
e luz… Tôlas mortas! Todas
levara o tempo na sua fuga para
o incognoscivel. Aí repousariam,
decerto, num leito de veludosas
fôlhas levadas na agonia das ho-
ras que passam.
Oh! tudo passa na vida… as
as nuvens na sêda desmaiada do
céu, a espuma na balada elegía-
ca do mar, os seres na onda
imensa do mistério envolvente.
Hoje cintila uma estrêla, lágri-
ma entre tantas lágrimas que o
sol chorou, amanhã… será da
mesma estrêla a luz que, de man-
sinho, me penetra ?
À noite deslizava de leve es.
fumando o perfil das montanhas
em semi-circulo,
Duma chaminé esguia escapa-
vam-se núvensitas de fumo for
mando espirais caprichosas.
O fumo! exactamente o mes-
mo-—-murmurou—Só a minha pe-
na tão grande que não caberá no
espeço, tão pequena que a com
porta o meu coração, só essa não
passa, não se esvai assim .. vive
com o sonho da minha vida, in-
tegrou-se no meu ser.
Esguios, inquietos, seus dedos
morenos amarrotavam, insensi-
velmente, uma fôlha de papel
verde pálido.
Afinal, tudo loucura, efémera
ilusão, sonho de tão triste des-
pertar !
Tão triste despertar !…
Três anos antes ela era uma
rapariga alegre, alma môça aber-
ta para a vida.
Terminara o seu curso de gere
mânicas com elevada classificação
eo futuro sorria-lhe. Mas um dia.
Rui fôra seu condiscípulo no Li-
ceu e na Universidade. Admirá-
vao pelo porte altivo, distinto,
atleta juvenil de olhos negros, de
egípcio, com cambiantes de infi-
nita ternura. Há muito que o ra-
paz a destinguia, lhe dava mos»
tras dum profundo e carinhoso ines. .
terêsse.
E o seu coração palpitou apres-
sado quando, numa tépida tarde
outonal êle lhe dissera numa voz
macia a sua grande afeição. Amas
ra-o, ah! com quanta alma! E
mal imaginava, mal imaginava ! |
Estava noiva quando a «outra»
elegante e linda se lhe arrojara ,
aos pés soluçando de desespêro, .
entre abrindo o rico casaco de
peles para que ela adivinhase.
‘ Primeiro, todo o seu orgulho
feminino, todo o seu amor ma-
guado se revoltara mas, perante
a enormidade daquela dôr sentira
nascer no peito uma piedade in-
finita. E renunciou, renunciou pe.
| la «outra», votada ão desprêzo, à
sua felicidade. Enxugou-lhe as lá-
‘grimas. Ele voltaria… Rui — a
sua vida, o seu amor — Rui iria
fazê-la feliz restituir-lhe o sossêgo
pêrdido, a ternura dos pais.
Casaram; viviam ditosos agora.
E aí estava aquela carta plena
de comovida gratidão a falar-lhe ,
dos sorrisos, dos gorgeios infan. .
tis que lhes traziam as almas em .
festa.
Era da «outra», da que lho rou-
bara. . fe
Rui escrevera à margem em ca-
racteres nervosos… «que você
seja tão feliz, Vanda, como-eu
me sinto e que Deus lhe pague .
tanto bem…>.
Oh, ironia ! e
Fôra nas ruínas do seu sonho .
que se firmara aquela felicidade.
Num assomo rasgou a carta. |
Estendeu os braços para o ese |
paço. o
O luar espargia os raios finos |
e azulados… os pedacitos do |
pálido papel de esperança espa=
lharam se no ar, fugiram levados
pela brisa.
Como o meu sonho! — disse
baixinho. t
E lançando a cabeça para trás
fitou no céu os olhos tristes que .
pérolas de orvalho arrazavam de.
mágua ..
Maria da Saiidade
Castanheira de Pera
Agosto de 1942
e DE SEARA ALHEIA
200090 :grunoo tato cosaco”! cegas
A bandeira com que Portugal
se faz respeitar ao Mundo, a ban-
deira que os nossos soldados le-
varam para o império, desfraldan-
do-a como uma afirmação de so-
berania e valor, que todos reco-
nhecem, é a mesma que flutuou
nas ruas de Lisboa em 5 de Ou-
tubro de 1910, a mesma que o
povo empunhou nas mãos calosas
erguendo-a ao alto como um tro-
féu de vitória nessa madrugada
distante, a mesma que foi hasteada |
nas trincheiras da Flandres, quan
do a honra da Nação exigiu a
presença do nosso exército na
guerra de 1914.
E? igual, do mesmo modo, o
hino vibrante da Pátria.
Foi também ao som das suas
notas quentes, cantando entusias-
mado a sua letra paipitante de fé,
que o povo implantou a Rêpú-
blica.
E ainda hoje em frente das
vernam, o povo sente-se bem, .
de ser útil, porque o impulsiona
o mesma ideal de outro témpo,
porque está em regime de Rêpíi-
blica e sabe que não foi baldado
o sacrifício de tantos, faz hoje
32 anos! Ra
Que importam os pios agoiren-=
tos das corujas nos ramós sem
folhas de árvores que há muito
estiolaram ? BE
Que importam os rumores acin-
tosos duma minoria ridicula que
nunca soube o que quis dem para
onde vai ?
Portugal vive feliz, na sua tran-
quilidade e no seu trabalho en-
quanto rios de sangue correm em
caudais pelo mundo.
Não tem ambições que não se-
jam legítimas, orgulhos que de
direito lhe não pertençam, vaida-
des que lhe possam quadral mal.
Guiado por braços fortes, crene
te na amplidão dos seus destinos,
senhor dos seus direitos supres
mos, continua a bradar, como O
fez na madrugada já distante de
perspectivas largas oferecidas à -5 de Outubro de 1910.
Nação por aqueles que nos go-) Viva a Rêpública |
experimenta o desejo de colaborar, :, :
@@@ 1 @@@
Oferecimento simpático do Go»
légio «Vaz Serrão,
de Sernaçhe do Romjardim
Do sr. António Coelho Gui
marãis, direcior e professor do
Colégio «Vaz Serra», de Serna-
che do Bomjardim, recebemos
uma penhorante carta em que
«tem o prazer de nos comunicar ‘
que aceitará, gratuitamente um
rapaz para frequentar o curso do |
liceu, indicado peia «Comarca |
da Sertã», que seja pobre e na-
tural desta vila».
Igual oferta fez à Câmara Mu-
nicipal
“A atitude do sr. Guimarãis
honra aquêle estabelecimento de :
ensino secundário, que tantos.
benefícios tem prestado à região,
e especialmente aos rapszes per-
tencentes a famílias de poucos
recursos e prova cm quanto aprê-
ço êle tem a situação e lguns,
privadrs de estudar pel ssa p
Drezs.* E ricza de que
HA “=
se fôsse bastente próspera a vida ,
do Colégio, cuja manutenção de-
pende apenas da freqiiência,
mais ou menos incerta, o seu
auxílio aos alunos pobres e de-
sejosos de se instruir seria em,
maior escala.
Mereceu-nos a cativante ofer=
ta a devida consideração e aqui
deixamos patenteado o nosso
sincero reconhecimento a quem
se sabe impor pela sua generosi-
dade.
Já está escolhido o novo alu-
no, que vai entrar para a 1.º
classe do liceu: trata se de Er-
nesto Lourenço, de 12 anos, que
fez o exame do 2.º grau no últi
mo ano lectivo, filho de José
Lourenço, mais conhecido por
José da Roda, um pobre jorna-.
leiro com numerosa família a seu
“cargo e que vive somente do es-
fôrço do braço O Ernesto ficou
radiante quando lhe comunicá
mos a preferência na escolha e,
todo vivo e alegre, com os olhos
a bailar de contentamento, pro-
meteu dar boa conta de si; isto
é quanto bas:a.
Faltam agora os livros e uma
fatiota decente para o garoto se
apresentar nas aulas. Tudo isto
ainda importa nalgumas dezenas
de escudos. A” caridade dos nos
sos leitores recomendamos o ca-
so, na certeza de que muitos,
compreendendo a grandeza do
gesto do sr. director do Colégio
«Vaz Serra» e a situação do Er-
nesto, depois de lerem estas li
« nhas, não se escusarão a enviar-
nos uns escudos, vindo, assim,
de encontro ao nosso apêlo. A”
Companhia de Viação de Ser-
nache vamos solicitar um passe
gratuito para as viagens do mo-
ço; ela, que sempre se tem mos.
trado generosa para Os pobres,
não no-lo regaterá. Disso temos
a certeza,
Dra
Neecrologia
Gustódio Fernandes
Em 28 de Setembro faleceu no
logar: da Delvira, freguesia do
Sobral, o benquisto proprietário
sr. Custódio Fernandes, de 71
A ComarCa da SERTÃ
GUERRA
Uma paisagem de aparelhos mistos «Fulmar>, a bordo. do portanaviões «Victorious» nos desertos do- oceano
Não está bem…
Na Senhora dos Remédios, próximo
do Cruzeiro da Independência e da
Restauração e separado déle apenas
pelo caminho, ainda há poaco tempo
alargado e arranjado, existia um ca»
sebre em ruínas, que dava ao local
um aspecto. de miséria e desmazêlo-
Esse casebre está agora a ser res=
“taurado e ao lado, precisamente em
frente do Cruzeiro, constroe-se uma
outra pequena casa, pertencente tado,
bem como o terreno anexo de calta=
ra, que se prolonga, para os lados de
nascente e norte, até o caminho do
Farpado, a Maria Farinha Valadinha,
do Mosteiro Cimeiro
Porque a Senhora dos Remédios é
o centro do País e um ponto de taris-
mo admirável pelas saas belezas. a
que não faltam tradições históricas,
para o que basta. dizer que a capela
era assiduamente frequentada pelo
Condestável D. Nuno Alvares Pereim
ra e ali se efectuaram romarias afa= ,
madas, que atraíam gente de tôdas as
bandas de Portugal é presentemente
am. sítio preferido pelos turistas para
as suas visitas quando têm a boa idéia
de vir até à Sertã, um elementar bom
gôsto determinava que, não só-se im=
pedisse a reconstrução do casebre e
a construção de uma nova casa, mas
se expropriasse o pedaço de terreno
onde ficam essas constrações e ainda
mais o necessário para que, junto ao
Cruzeiro, ficasse um largo bastante
espaçoso, que desse à Senhora dos
Remédios am conjanto gracioso é acom
lhedor, a denvtar carinho por tado
quanto temos de melhor; e, então, O
ideal seria. ligar esse largo ao camix
nho do Farpado por ama pequena es»
trada em linha recta, que a seu tem»
po seria arborizada.
Dá-se o inconveniente de a casa re=
construída não obedecer ao alinha
mento desejado, pois fica de esguelha,
como esta e a outra não virem a ter
a estética que o local impõe. Acres=
ce, ainda, que a nova casa, cujas pas
redes já medem mais de am metro de
altara, virá a ser atilizada para ta»
berna, olerecendo-se, a quem visita o
local, o triste e indecoroso espectácu=
lo das bebedeiras e dos palavrões
obscenos, que há-de fatalmente pre=
judicar o nosso tarismo.
A dona do terreno requereu a cons=
tração da casa para a dar de alaguer
a um taberneiro; a Janta de Freguen
sia, verificando que o alinhamento
obedecia às condições exigíveis e que
o caminho tinha as dimensões neces=:
sárias, deu parecer favorável, que a
Câmara sancionou. Mas não se aten=
deu à importância do local, nem, se=
“quer, ao fim para que se destina a
nova casa. E isso, a nosso ver, não
anos de idade, que deixa viúva está bem.
sr? E SAconia de Jesus, pai, nd din
Oleiros a de de Falta de leite para consumo
de Jesus Fernandes, casada com ‘ – público
o st. Alfredo da Silva Fernandes, !
da Delvira. | Continua a verificar-se na Ser-
O funeral realizou-se, no dia
seguinte, com grande acompa-
nhamento, para o cemitério do ‘
Sobral.
A? família enlutada apresenta- |
mos os nossos sentidos pêsames.
soc,
Na notícia do falecimento do
sr. Joaquim Curado, ocorrido em
– Coimbra-no dia 22 de Agosto, e
publicada no n.º 312, de 24 de
Setembro, omitiu-se o nome da
sr? D. Silvana de Jesus de Sá.
Curado espôsa do sr. Henrique
Joaquim Curado, de Coimbrae –
nora do extinto,
tã uma grande falta de leite de
cabra e de vaca para tratamento
de doentes e alimentação de
f crianças; são pouquíssimas as fê-
meas produtoras: e basta haver
meia dúzia de doentes de gravi-
dade para que fiquem privados
do precioso líquido as criznças
e adultos que habitualmente e
por exigências de saúde o;con-
somem durante o ano.
é Não mereceria a pena que
muitos lavradores da região se
dedicassem a sério à criação de
cabras, ovelhas e vacas para que
houvesse leite em abundância
destinado a consumo público ?.
‘A lua cheia, :
| Grande e doirada,
Triste e silente,
Surge maguada
‘ Na noite linda,
Doce e fremente…
Inunda-os longes
“Dos montes altos,
| Amortalhados
Em manto escuro,
Burel de monges
‘—Cerros calados
‘ Com raios finos
i—Fuga de penas
Laivos de dor…
‘ Luz dos teus olhos
| Meigos, divinos,
O”* meu Amor!
Vem da planície
De sede a arder,
Faminta, o canto
Dama Florbela
De inquieto ser .
E amargo pranto…
Vem.-. nos suaves,
– Ternos marmúrios
Da lonca aragem,
“Como carícias,
Afagos de aves;
A tna imagem…
Ternara grata
| Da noite plena
De nostalgia!
Noite de prata,
Noite de sedas,
Noite macia |
“stendo os meus braços
Busco os tens lábios
Rubros e quentes…
Beijo os espaços,
Abraço os astros
De oiro; dormentes…
E fico muda,
Braços erguidos,
Lábios.no geito
‘ De irem beijar…
Quasi sem vida,
Olhos perdidos
Gotas de orvalho
À destilar…
E fico assim…
“*strêlas e lírios
4 comungar ..
Morta entre cirios
Minha alma inquieta
Janela aberta
Para o lunar…
Maria da Satidade
Castanheira de Pera
-Agosto-1942
INSTRUÇÃO
Em substituição da sr.* D.
Maria Freire Ribeiro, actualmen-
– te professora da escola mixta do
‘ Nesperal, foi nomeada prifesso
ra-da escola feminina do Outeiro
da Lagoa a sr.* D. Maria de je.
sus Alves, que já enrou no
exercício das suas funções,
BIENTE…
Grémio Recreativo Nun’Alvares
Sernache do Bomjardim
O Grémio Recreativo Nun’Al.
vares, agremiação que durante
alguns anos contou grande nú-
‘mero..dê sócios e uma fregiiência
regular, hoje encontra-se em ver-
dadeira decadência.
Eº para lastimar que a sua di-
recção não tenha-ainda consegui-
do manter a devida ordem e ar-
rumação em tudo o que diz rese
peito. à vida interna da colectis
vidade, mas antes deixado ruir
o que tantos anos levou a cons»
truir.
Proceder assim é não ter amor.
gem da associação, que dias an-
| mera, pois a-manter-se é contri-
:buir para a decadência, para a
morte
agremiação, é o interêsse colec-
tivo obscurecido. pelo interêsse
individual. O
rectivos se convençam que os sós
se cuide e zele por esta c:sa de
didade, únicas regalias que, ho»
diernamente, andam ofuscadas
pelo incompreensível desmazêlo
a que foram votadas Consta que
contas referentes a um período
qual;o motivo que levou a die
recção a um tal desleixo, des-=
curando a escrita e a contabili
dade da casa, Lembrem-se que
o Grémio já possuiu um team-de
-Poot-Ball e um pequeno grupo
– musical, e hoje nada tem.
Destruir a reputação de que
gozou o Grémio Recreativo
Nun’Alvarés, parece ser uma
preocupação doentia e própria
só de certos espíritos.
‘ Haja, pois. quem búsque-re-
habilitar tal reputação, tou pelo
«menos atenuar-lhe as côres nes
gras de que anda pintada.
Sernaçhe, 23. de Setembro de
1942, |
! Um de Sernache
RAD
Pedem-se providências!
E” agora fregiiente ver, aí por
essas ruas, alguns garotos e até
matulões de bicicleta, sem luz,
durante a noite ; nem evitam as
grandes velocidades. que podem
trazer, como: consegiiencia, O
“atropelamento de qualquer paca
to transeunte.
Reclama se a severa repressão
“do abuso e há quem se admire
de a Guarda Republicana nã. ter
| ainda tomado.o caso à sua conta,
pela terra natal, é não ter o real.
interêsse pela marcha. e engrena-
tes vivia desafogadamente e com |
ttendências a prosperar.
Oxalá esta situação seja efé.’
lenta de tão simpática.
E’ preciso que os membros di- |
cios têm o direito de exigir que.
recreios, proporcionando-lhes;um.
ambiente de bem estar e comos:
ainda não foram apresentadas |
de oito meses, não se sabendo ‘
Doença: dos pinheiros: >
modo de a combater
– Tendo chegede-à-Dire ção Gs
tal: dos Serviços. Florestais e
Aquícolas pedidos de assistência .
“técnica, enviados pelas Câmaras
– Municipais e Grémios de Lavou-
ra de alguns pontos das Beiras
Litoral e Alta, foi o eng. silvi-
cultor encarregado da Secção En-
tomológica do Laboratório de
– Biologia Plorestal indicado: para
– estudar a «doença dos pinheiros»,
| a que os mesmos faziam referên- |
i cia,
* Depois da visita a:êsses locais,
chegou-se: à conclusão de se-tra-
tar de um forte ataque, por nú-
cleos:dispersos, do Bóstricos (Ips
Sexdendatus Boern.==Bostrichus
“stenographus Duft.) que já no
– ano passado se começou. a esbo-
-Çar tendo origem nas madeiras,
: não descascadas e abandonadas
“pelos pinhais, depois-do ciclone.
de 15 de Fevereiro d: 1941, –
Como, a não se atalhar o msis
. depressa possível o aumento pro-
gressivo do ataque da: praga ..bem
como o de outras que se lhe se-
guem normalmente, atacando. a
. madeira, a doença pode vira to-
mar proporções calamitosas, é in-
dispensável que todos cumpram
as seguintes instruções :
1) Descascar todos os troncos
e cêpos das árvores derrubadas e
expôr «o Sol, tanto quanto. pos-
sível, as cascas e os lenhos.
2) Deitar abaixo as árvores
sêcas, descascar, queimar a cas-
ca e chamuscar o tronco Sempre
“que seja possível. é conveniente
aproveitar .a acção directa do Sol.
3) Deitar abaixo as árvores,
com. sinais evidentes de estarem
a secar e bem assim aquelas que, .
‘embora com aparência de sãs, .
‘ apresentem a carrasca com. orifí
+cios; rodeados ou não de resina,
“de onde sai uma serradura cas-
“tanha que, por vezes se deposita
-em volta da base vo tronco. :
” Tôdas estas árvores devem ser.
‘ descascadas, as cascas queimadas
– e os tronços chamuscados. Sem-
pre que seja possível, é conve-.
| niente também aproveitar a acção .
directa do Sol.
“Todo.êste trabalho deverá ser
feito até ao fim de Março de 1943,
« aproveitando-se assim a época em
que.os. fogos são menos de temer
e a mão de.obra mais abundante.
Insiste-se na conveniência de
todos pôrem em. prática as nor-
‘mas indicadas, já para seu bem,
já para o bem geral, e deve lem-.
brar-se que pel. decreton.º 11.161,
de 16 de Outubro de 1925, os
serviços oficiais têm a faculdade
‘ de realizar o tratamento onde êle
não tinha sido feito, ficando a
cargo do proprietário as despesas
e devendo êste pagar a respectiva .
‘ importância no prazo de 10 dias,
; ao fim dos quais se procederá à
cobrança coerciva; não se pode .
consentir que, por desleixo ou in.
cúria, fique algum foco de infecção
“que iria criminosamente prejudi-
car a eficácia das medidas indi-
cadas.
Oro
«Porque não há-de a Sertã
ter uma escola de ensino
técnico profissional?»
| Como «Exortação à: mocidade: .
“da Sertã» recebemos um interes-
-sante e muito judicioso artigo, ‘
firmado pelo nosso estimado as-
sinante e amigo sr. Joaquim Nu-
tnes de Lisboa, que reservamos
| para editorial do próximo núme-
ro, atendendo à sua importância
e oportunidade e não publicamos
!hoje, como era nosso intento,.-
“devido à excessiva acumulação
de original, algum de cabelos |brancos…
Vê-se que o assunto debatido
por nós já diversas vezes e pelo.
nosso patrício sr. João Farinha
de Figueiredo não caiu em saco :
roto, antes vem preocupando
seriamente alguns dos naturais |
| da região residentes em Lisboa,