A Comarca da Sertã nº316 22-10-1942

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o)

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhárdt =
— Dr. Angelo Henriques Vidigal! —
DI António Barata e Silva
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Baratá da Silva Corrêa

Notas …

2? com muita satisfação que
publicamos hoje, como
prometemos, o artigo do nos:
so prezado assinante sr. Joa=
quim Nunes, de Lisboa, com a
epígrafe «Porque não há-de a
Sertã ter uma Escola de En»
sino Técnico Profissional ?»,
tema já debatido, por diver-
sas vezes, nestas colunas e que,
segundo cremose à parte una
on outra excepção, não conse-
gaim despertar interêsse entre
os sertanenses.

Porquê? Não sabemos! Ape-
nas nos limitamos a registar
o facto acentuando-o com tris-
teza e até com profunda má-
goa porque a gente desta ter-
ra parece eivada dam desalen-
fo e duna indiferença pelos
problemas que mais interes-
u futuro. À indolên-
inacção dos sertanenses
o aparentes, mas reais,

távelmente.

s das ontras t
enovar profandamen-

– um nível de progresso, que é
– mais do que simples ambição,

— porque é um entranhado amor

“regionalista e incontestável
afeição e apêgo ao torrão na-
tala patentear altos benefícios,
nem a situação geográfica pri-
vilegiada e quási excepcional
da. Sertã conseguem despertar
os seus naturais da cómoda
sonolência em que jazem, do
torpor endêmico que os ma
nieta há tantos anos… Esta é
a verdade e em seu abôno vem
o artigo referido, que prega
uma valente trepa na geração
sertanense de hoje e a chama
à razão e ao caminho do dever,
acusando-a justamente de inér-
cia atrofiante, sem que ela
possa invocar o menor arga-
mento em defesa. Eº am líbelo
tremendo, que marca pela ex-
pontaneidade e franqueza e
segue, rectilíneo ao sea objecti-
vo, sem rodeios e faisas eva-
sivas.
Escusado é dizer que esta-
mos de acordo com o que se
expõe no artigo, cuja dontri-
na já agai defendemos. Por
tanto, não podemos deixar de
anuir à idéia do antor ao sã
gerir «am inguérito junto das
pessoas da terra que nos me-
recem respeito» para que elas
se pronunciem abertamente só-
bre as vantagens ou desvanta-
gens da criação da Escola de
Ensino Técnico Profissional,
O jornal está, pois, à disposi-
ção de tôdas quantas queiram
apresentar o seu voto,

O artigo é uma exortação à
mocidade da Sertã. Maito

e-velhas | à

“terras, |.

vida, elevando as al .

Exortação

Porque não há-de a Sertã ter uma Escola
de Ensino Técnico Profissional?

à mocidade da Sertã

ÃO podemos compreender como foi

| possível passar despercebido o

artigo publicado na «Comarca da

Sertã» sob o título «Porque nãv há-de a

Sertã ter uma Escola de Ensino Técnico
Profissional P».

O nosso amigo João Farinha de Fi-
gueiredo, de espírito desempoeirado, orga-
nizador sublime, combatente leal e que nes-
ta cidade tem desempenhado altas funções
de interôsse econômico junto do Sindicato
dos Empregados da Companhia Carris, es-
forçou-se por demonstrar através da sua
| udiciosa observação a necessidade urgente

nero.

“ À princípio julgâmos que ôste artigo
viesse despertar o entusiasmo, em especial
nas consciências môças da terra e que al-
guma coisa de bom se faria neste sentido.

Os dias deram lugar aos meses e como
se um grito de àlerta fôsse dado na imensi-
dade do infinito, não se obteve resposta.
As almas não foram despertadas, tudo fi-
cou na mesma.— Que importa a posterida-
de se não lhe ouvimos os lamentos ? dizeis
vós, é Mocidade Sertanense, no vosso per-
manente descanso.

Recordai-vos que os velhos serão jul=
gados pelas futuras gerações com bastante
respeito e veneração pcrque êles algo de
importante fizeram.

E vós ó novos que fizestes? Que vos
fica devendo a histórica pátria de Celinda ?

Quereis porventura falar no renasci-
mento dos bombeiros ? — Isso não vos per-
tence! São restos da acção dos velhos.

Para a frente! Façamos alguma coisa:

Olhai ali para o adro e vereis dois

‘talvez infiuenciados pelo destino os quizes-
sem legar à posteridade, para êsse fim.

Vamos trabalhar como Pasteur, para
que esses edifícios venham a ser transfor-
mados em oficinas de luz com a ajuda do
Grande Estado que felizmente rege os des-
tinos de Portugal.

Mocidade! nada de esmorecimentos.
Os velhos estão connosco, e nós, embora
longe, esperamos religiosamente a vossa
acção para actuar de mãos dadas.

Se criar na Sertã uma escola dôsto gê- importante é
[aspiração dum povo histórico e laborioso.
A escola de Ensino Técnico Profissio-

Que fizestes para a engrandecer ?—Nada!…

sumptuosos edifícios cujos proprietários.

 

A A e

O nosso jornal, embora pequenino, é
muito lido e comentado no nosso meio. Éile
abrirá um inquêrito junto das pessoas da
terra que jnos merecem respeito, Vós em
comissão tereis o Club e, muito em espe-
cial, o Sertanense como fulcro da vossa
actividade.

Os operários se juntarão, a indústria,
o comércio, a economia, a agricultura, as
freguesias o concelhos que fazem, parte da
Comarca, e em breve tôda essa mole se jun-
tará em respeito junto de Sua Excelência
o Senhor Presidente da Câmara que no-
meará uma comissão oficial para depôr na

paro de SALAZAR tão importante é justa se impõe, desde já, é a revoga»

nal será um facto.

Porque assim nos ordena a situação
geográfica da terra, as riquezas inexpugná-
veis do solo, a actividade comercial é agri-
cola e acima de tudo a sagrada consciência
dum povo que deseja progredir e ter lugar
dentro da Revolução Transformadora que
revolve a Pátria de Norte a Sul,

E’ preciso que a mocidade consciente
da Sertã se convença que foi Deus servido
conceder à geração presente uma época e
como tal é necessário que a Sertã se apro-
veite dela.

Temos de acabar com a emigração que
bem pouco ou nada tem beneficiado a ter-
ra. Nelã há lugar para todos os seus filhos
e estranhos que de boa vontade queiram
trabalhar pelo seu engrandecimento.

Falamos assim, porque dado a certos.

caprichos passados, uma terra tão rica em
energia natural como é a Sertã, no campo
industrial tudo ainda está por fazer.

Para terminar esta mal lapidada prosa
permitam que nos voltemos para os incré-
dulos e para aquêles que apenas sabem cri-
ticar os actos dos outros, sem primeiro ana-
lisarem os seus, e lhes digamos como Pri-
mo de Rivera :

Senhores!,.. por favor… deixai pas-
sar a mocidade.

Lisboa, 2 de Outubro de 19492,

Joaquim Nunes

O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO a Pa
ç Couando Ponata da Silva Coreia TIP. PORTELA FEUÃO | +
o ——- REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— N CASTELO
«| |RUA SERPA PINTO-SERTAÃ Rfsaneo
> || — |ZELE FONE
— | | PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 12
<eNo WII | Hepdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos de Sertã | ô lj Su á’S
Nº 816 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) | 1942

eee a lápis

O que o nosso estimado Cor-
respondente de Cardigos
diz, na notícia hoje publicada,
sóbre a crise que ali atravese
sa a vinha, é bem a expressão
da verdade, mas os males de
que ela enferma ampliam-se,
infelizmente, a tôda a nossa
região e são amargo pesadelo
para os vinicaltores, que não
só receiam a impossibilidade
de melhorar os seas vinhedos,
plantados com tantos sacrifi-.
cios, mas encaram a terrível
expectativa de os ver perder
pela falta de adnbos, deficiên.
cia de tratamentos e pobreza
das terras. ar
4 faita de enxofre e suifato
para tratamento das vinhas
preocupa seriamente, como é
óbvio, os nossos lavradores,
mas tão grave dificuldade há-
“qe ser atenuada o melhor que
for possível porque o Ministés
rio da Economia dedica ao as-
-santo-a maior atenção. O que

ção das disposições, extensi-
vas à nossa região, que proí-
bem o plantio da vinha, não
só porque a produção é muito
escassa, mas também porque
há longos tratos de terreno.
gue não se podem adaptar a
outra qualquer cultura e é fora
çoso, para bem dêstes povos e |
da economia nacional, que tô- .
das essas terras sejam devida- .
mente aproveitadas.
AesofBetego É
BM Armiroz, um grupo de
garotos dirigia-se a uma
propriedade para subtrair fis
gos. Se bem o pensou, melhor
o fez. Tentação do diabol
Quando já estava no melhor
da festa, saboreando, com de-
lícia, os óptimos frutos, o dos
no da propriedade rapa duma
espingarda e dispara um tiro
para o monte, atingindo um
desgraçado no baixo ventre,
que ponco depois morrial
Bem sabemos gue a proprie-
dade é inviolável, mas matar
um rapaz por roubar figos,
assim, com tanto sangãe-frio,
é de fazer arripios! neo
Ore

TALVEZ muita gente não sais
ba que as cascas de ovos
estão sendo muito procuradas,
havendo quem as pague a 5800
o quilo! E a
Eº extraordinário, más à as:
sim mesmo! Chegámos a ma
época em que tudo se aproveis.
ta! Desta forma as galinhas e
demais aves poedeiras valem
mais uns tantos por cento!

e O.
DECORREU muito animada

a feira das Varas, regis-
fando-seextraordinária afluên-
cia de negociantes e cômpra-
dores e um razoável número
de transacções,

crianças em idade escolar e mui-
tas têm sido prejudicadas pelas
interrupções, nos últimos três
anos, durante os períodos de fun.

Escola de Palhais

À população da área da escos
la de als mostra-se descon-
tente pelo facto de ainda não ter
entrado no exercício das suas | pis E o h
funções a professora recentemen- | fede que chamemos a atenção
te nomeada para o lugar, tanto do sr. Ditector do Distrito Es-

mais que há elevado número de ‘ colar para o assunto.

bem. Ela é que tem o dever de
se unir e cerrar fileiras, lutan-
do e fazendo todos os sacrift=
cios pelo seu próprio bem-es=
tar e pelo desenvolvimento do
seu torrão, na plena demons-
tração das mais belas energias
e dam forte e indestrutível es-
pirito de vencer,

IBENEFICÊNCIA

Para dividir, em partes iguais,
pela Sopa dos Pobres e pelos po-
bres nossos protegidos, recebe-
mos do sr. General A. Couceiro
de Albuquerque, de Lisboa, a
quantia de 50800. Os melhores
agradecimentos.

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branca |

Ai
Rita o ora
de Castelo Branca |

 

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Tios de comunicação regionais
“A Junta de Freguesia de Pedró-
gão Pequeno dirigiu uma peti-
sa ao sr. ministro das Obras
úblicas e Comunicações para

o comêço dos trabalhos de

– – construção do tróço da estra-
* * da daquela viia ao Alto da Ca-

– va, já autorizada.

Senhor Ministro das Obras
Públicas e Comunicações :

Excelência:

No plano geral de estradas
nacionais figura a estrada n.º
99-2.º, da qual se encontram:
— construídos os troços Pom-
bal-Pedrógão Grande e Alto
da Cava Oleiros; em constra-
ção o trôço Oleiros Foz Gi-
raldo ; e, apenas em estudo, o
tróço Pedrógão Grande Alto
da Cava, que deveria servir as
povoações de Pedrógão Pe-
queno, Vale da Galega, Pedro-
gueira, Arrochela, Bravo (tó-
das da freguesia de Pedrógão
Peguúeno) e Vilares dos Con-
des, Póvoa do Serrado, Ma-
deirà, Cava (tôdas da fregne-
sia de Madeirã), para só indi-
car as principais localidades.

– Pondo de parte o trôço Pe-
drógão Grande-Pedrógão Pe-
Queno, cuja construção só po-
derá ser resolvida quando fôr
solucionado o problema da
barragem do rio Zezere no Ca-
– bril, esta Janta de Freguesia
tem pugnado pela construção
do t.ôço Pedrógão Pequeno-Alto
da Cava, de enormes vantagens
não só para as povoações ci-
tadas, como também para ou-
tras do concelho de Pampi-
lhosa da Serra.

‘Os seus pedidos foram aten-
didos ea Direcção de Estra-
das do Distrito de Castelo

Branco foi encarregada de

elaborar um estudo do trôço
Alto da Cava-Madeirã, o qual
não foi aprovado pelo Conse-

lho Superior de Obras Públi-

– cas por não se encontrar den-
tro das normas legais.

A Janta Autónoma de Estra-

das ordenou à Direcção de Cas-
telo Branco a rectificação de

tal estudo, a qual foi freguen.

temente prometida pelos fan
cionários dessa Direcção, mas
não efectuada até hoje.

Eº êste o problema que a
Janta de Freguesia de Pedró-
£ão Pegueno ousa apresentar
a
confiada no espírito activo €
justo de V. Ex“ e no carinho
que V. Er“ sempre tem mani
festado pelos fracos estejam
onde estiverem, pois todos são
Portagueses—e de que o pro
gresso de Portugal é o objecti-
vo máximo de V. Ex º são ga
rantias suficientes as gran-
diosas obras já realizadas

Hamilde trabalhador, culti
vando uma terra ingrata, o ha-
bitante desta região vê-se pri-
vado de comunicações com o
Mando: não pode colocar no
mercado os gêneros necessá-
rios a uma mais racional ex-
ploração agrícola.

As dificaldades indicadas e
as rigorosas condições clima-
téricas a que esta região, por
vezes, está sujeita, lançam fre-
qr teme o povo no desem:
prêgo. Do

Eis a situação, Senhor Mi
nistro. Ea

Para a remediar, esta Junta
pede apenas a atenção de V.
E+.º, crente de gue justiça se»
rá feita a esta petição por
guem tão brilhantemente orien-
ta as Obras Públicas e Comn-
nicações Portuguesas.

à Bem da Nação

Pedrógão Pequeno, 8 de
Ostubro de 1942.

A Janta;
Presidente,
a) Carlos Ferreira David
Vogais,
– Custódio da Cruz
Angelo Ferreira Vidigal

 

Companhia de Viação de Sepnache, L.º.

Concessionária das Carreiras de Passageiros entre
Castelo Branco =» Goimbra e Sertã == bisboa

 

Avisa o público que, por falta de carbu-
rantes e pneus, e a partir de 6 de Oistibro
efectua aquelas carreiras nos dias seguin-

tes:

Castelo Branco—Coimbra
Coimbra–Castelo Branco
Serti—Lisboa . . .
Lisboa— Sertã
Castelo Branco—Sertã
Sertã-—Castelo Branco

o o — 588 Sábados
cc Sacro
.— 228, 52º | Sábados
e — Domingos, 4º 0 É.
. — 328, 52º q Sábados
Asa a dad

8 .

Proença—Sertã (com ligação a Lisboa). — Sábados
Sertã-—Proença (c/ ligação de Lisboa). — 6.ºº feiras

Serti=Coimbra e vice versa

cc — 328 p dias 23 de cada mês

Os passageiros vindos na carreira de C. Branco
* das 2.º feiras têm, na Sertã, ligação a Lisboa

N. B — Sempre que queiram viajar devem marcar seus lugares escrevendo para
Sernache; devendo em seguida Ser avisados se têm ou não lugar

 

Atenção — A Carreira Coimbra-C. Branco efectua-se às 2º e.
6ºs e não às 2.º e 4.º como anunciavam os prospectos anteriores

 

PEDRO D’
DOURADOR E PINTOR

OLIVEIRA

“Pinturas :!

SERTA

– j “up todos os tr: balhos concernentes à
Douram Sé 6 pintam 56 arte religiosa. Douramento em al-
tares, a ouro fino, prata e douradura. Morcentes e brunides
TODA A OBRA DE TALHA Tiibunas aliares, cas-
tiçais, tocheiros, banquetas, cadeiras pa cquiais. estantes
para missal, cadeiras, guardaventos, etc., etc.. FINGIDOS: a

– todos os mármores e madeiras. |

> mandades; Imitação a damascos a côres próprias €
escolhidas. Pinturas em Tabuletas em Vidro, Madeira ou Pedra.

– Pinturas e retoques em imagens com esmerada acabamento,

Pessoal habilitado que se desloca a qualquer ponto do País

Auto-pintura à Pistola, pintura e reparação em autos e mobi-

lias. Trabalhos à prova:no distrito de Castelo Branco, Sant.-

rém Coimbra, Guarda. Trabalhos na Exposição do Mundo

Português e na Nau Portugal. Executam se todos os trabalhos
que respeitam a arie religiosa,

Eae : A vis . A
andeiras em sêda com artísticas pinturas para ir-

V. Er.º, Senhor Ministro.)

UNEREUENaSaa ERCSEESDSRSS

Secções masculina e

Ensino primário —

de N
B

E
ALVARÁ N.º 42

independentes e afastados, tendo cada
– uma o seu internato

ao Liceu — Ensino Liceal completo

 

GBBRSGUBASSS EENPIGANHASO o

A R sssssasasá

feminina em ediiícios

Curso de Admissão :

é Tratamento cuidado e um ambiente

o coniortável e salutar ==

i Enviam-se regulamentos com todas as informações a quem as solicitar &
a ça

 

Ministério da Economia

Direcção Geral de Minas 6 Ser-
viços Geológicos

Praça do Goméreio — LISBOA

Éditos de Concessão

Fazese público, nos termos e
para os efeitos do art.º 31.º do
decretoslei n.º 18,713 de 1 de
A.osto de 1980, que J. Costa
& Martins, Limitada, requereu
a concessão de mina de Voltrá-
mio denominada Vale de Estale
(registo n.º 18), situada na fre-
guesia de Troviscsl, concelho
do Sertã, distrito de Castelo
Branco, registada na Câmara
Municipel do referido concelho
em 81 de Julho de 1941 e con-
vidam-se tôdas &s pessoesa quem
a citada concessão possa prejudi=
car, a apresentar às suas reclama-
ções neste Ministério, dentro do
preso de sessenta dias, contados

no Diário do Govêrno. |

tubro de 1942. e

O Engenheiro Chefe da Repartie
cão— António de Castello Branco.

ln

ANUNCI

 

À origem das Meias

As meias tecidas, cujos formas
e aspectos se assemelhavam um
pouco às actuais, não apareceram
antes do século XVI. Antes usa-

vam-se tiras que envolviam as

pernas, ou caições compridos,
como na Idade Média. O inven-
tor da maquina de tecer meias
foi um inglês chamado William
Lee, que não inspirou nenhuma
confiança aos seus compatriotas,
e foi a França, chamado por Hen-
rique IV, explorar o seu invento.

Depois da morte dêste inven-
tor os seus trabalhos voltaram à
Inglaterra, com as máquinas, e
foram recebidos de braços aber-
tos. A França teria perdido com-
pletamente a iudústria de meias
de seda se não fôsse a interven-
ção do ministro Colbert, que en-
carregou o mecânico Jean Hildrea
de procurar, por qualquer preço,
os planos da máquina de tecer

meias. Arriscando a sua vida, |

levou-os para França e instalou
no Castelo de Madrid, no Bois

produtos foram oferecidos ao Rei,
sendo-lhe concedido o previlégio
de poder adoptar, como marca,
uma flor de liz.

Se essa fábrica ainda existisse
hoje, o conhecido Rei das
Meias, Largo da Abe-
goaria, 32 em Lishoa,
compraria, sem dúvida, tôda a
sua produção, para bem servir

 

os seus fregueses, |

 

Companhia Viação de Serna-
che, Ld.’ .

Concessionária das carreiras
de passageiros entre

COIMBRA e CASTELO BRANCO

“Avisa o público de que foi for-
gada a estabelecer OS SEGUIN-
TES HORARIOS, por motivo de

 

várias reclamações oficiais e par»

ticulares, baseadas no facto de
em Castelo Branco se perder
quási sempre o comboio correio.

Chegada Partida

Coimbra… ….- 11,40
Figueiró…….. 14,00 14,25
Sertã. so é» auent 15,30 16,00
Proença …. 0… .,16,45 16,56
Sobreira,….c.e 17,20 17,30
C. Branço……. 19,90

O horário Castelo Branco—
Coimbra continua como até aqui,
saindo da 1.º localidade às 9 ho-
ras e chegando à segundajas 16,40.

Também não ha alteração

, ois ! quanto aos dias em que as car-
de Bologne, uma fabrica, cujos |

reiras se efectuam em qualquer
dos sentidos.

 

 

Norberto Pereira

Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO

 

Rua Aureã, 139 2.º – D.º
Telefone 27111

LISBOA

(2.º Publicação)

No dia 24 do corrente mês de
Outubro, pelas 12 horas, no Tri.
bunsl Judicia! desta comarca da
S.rtã, em. virtude da execução
por custas que o M.º Público,
promove pela 2.º Secção da Su-
cretaria Judicial desta comarca,
contra os executados Maria de
Jaosus e marido Isidro Baptista,
residentes nos Estorneiros de
Baxo, Francisco Afonso, solteis
ro, maior, da Azinheira, fregue-
sia de Oleiros, Beatriz de Jesus
e marido José de Lemos Roque,
je Abelheira—Agusalva–Cacem,
concelho de Sintra e os menores
Pedro Manuel dos Santos e Fere
nando dos Santos, hão-de ser
postos pela primeira vez em pra-
ça, para serem arrrematados pelo
maior lanço oferecido, superior
aos valores que adiante se ivdi=
oam, os seguintes prédios per-
tencontes aos referidos exeoutas
dos:

PRÉDIOS A ARREMATAR

1.º—Uma casa com loja e sos
brado, uma outra casa terrea, e
ainda uma outra casa que serve
de palheiro e bem assim um pes
queno curral, eituados no logar
da Azinheira, freguesia de Olei-
ros, inscritas na respectiva ma-
triz sob o art.º urbano 531, Vai
à praça no valor de 340800,

2º-0O direito e acção a um
setenta avos de um lagar de des-
fazer azeitona, no Fundo do Ri-
beiro da Azinheira, limites da
Azinheira, freguesia de Oleiros,
inscrita na respectiva matriz sob
o art.º urbano 1.012. Vai à praça
no valor de 33500,

8,º-—Uma terra de mato & Are

 

da dates de publicação dêste édito

Repartição de Minas, 9 de Ou-

vores, na Relva Sobreira, limi-
tes da Azinheira, freguesia de
Oleiros, inscrita na respectiva
matriz sob o art.º 2.670, Vai à
praça no valor de 49550.

4º-—Uma terra de mato e pi-
nheiros, sita à Courela do Avese
seiro, no Ribeiro, limites da Azi.
nheira, freguesia de Oleiros, inse
orita na respectiva matriz sob o
art.º 2.656. Vai à praça no valor
de 49850,

5.º—Uma terra de cultura oli=
veiras e mato, no Ribeiro, limi-
tes da Azinheira, freguesia de
Oleiros, inscrita na respectiva
matriz sob o arte” 2.841, Vai à
praça no valor de 390950,

6.º—Uma terra de cultivo com
oliveiras, ne Courela da Horte,
limites da Azinheira, freguesia
de Oleiros, inscrita na respectiva
matriz sob o art.º 2.680, Vai à
praça no valor de 291950. |

7.º—Uma terra de cultivo, oli.
voiras e mato, na Gola, limites
da Azinheira, freguesia de Olei-

108, inscrita na respectiva matriz

sob o art.º 2.781. Vai à praça no
valor de 874550, E

8.º-—Ume terra de cultivo e .
oliveiras, sita à Tapadinha, limi-
tes da Azinheira, freguesla de
Oleiros, inscrita na respectiva
matriz oob O arte? 2.773, Vat é
preça no valor de 561900.

Sertã, 6 de Outubro de 1942,
Verifiquei,
“O Juiz de Direito,

Eduardo Marques Coelho Correia
Simdes

O Chefe da 2.º Seoção,
Angelo Soares Bastos

=

E,

Companhia de Viação de Ser-
nache, Limitada

Oleiros — Sertã. Esta carreira
efectut=so às 2,8 feiras — Liga
com Castelo Branco e Lisboa.

6.º feiras — Liga com Castelo
Branco e Lisboa.

Sábados — Liga com Coimbra
e Lisboa.

Sertã — Oleiros. Eata carreira
efectuase às 4,ºº feiras — Races
ba ligação de Lisboa.

6.3: feiras — Recebe ligação de
Lisboa o de Coimbra.

* Sábados — Receba ligação de
Castelo Branco,

| Tomar (Estação)— Sertã 8 Vice
‘Versa (Serviço Combinado e dos |
correios) efectua sa diariamente,

Dolégio Vaz Serra

(PARA AMBOS OS SEXOS)
Gurso dos liceus.
Admissão aos licous

e Instituto Comercial .
o Industrial.

 

ISERNACHE DO BOMJARDIMDI

 

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MAJOR SALVADOR TEIXEIRA

Natural de Sernache do Bomjardim e resi-
dente em Bragança, de cujo distrito foi
prestigioso Governador Civil, novo De-

putado à Assembleia Nacional

 

O OR
Recusa injustificada

Diz nos o st. José Leitão, de
Alcoutim, que, quando há dias,
vinha dos Vales com uma carro-
ça carregada de telha, so chegar
à fonte do Vale Perocorvo par
tiu se o eixo do veículo, de que
resultou êle ficar contuso no pei-
to por ter ceído desamparado no
chão e a muar muito ferida e em
risco de morrer esmagada pelo
pêso da carga; momentos depois
passava no local uma camioneta
em serviço de Alfredo Farinha,
de S. João do Couto, que se re-
cusou a prestar auxílio pedi-
do, alegando que tinha muita
pressa! Valeram ao Leitão, Adrião
Farinha, que se dirigia para esta
vila, e uns homens da Lameira
da Lagõa, chamados proposita-
damente para prestar socôrto.

Beda papo

Atributação

a que estão sujcitos

“de volirâmio e estanho

 

Diz-se…

Que o W.C. público perma-
nece, desde há tempo, num estas
do vergonhoso de sujidade |!

—Que as ruas têm porcaria
que farta, para o que contribue
o desmazêlo de alguns morado-
res, tão pouco cuidadosos em as
varrer com cuidado depois de as
utilizar, como seu logradouro, pa=
ra depósito de matos e estrumes.

—Que já vai sendo tempo de
tôdas as casas possuirem as ne-
cessárias instalações sanitárias,
evitando-se O lançamento. para a

via pública de águas sujas e ou-
“tras imundícies.

 

—(Que, no mercado de 10 do
corrente, algumas senhoras de
ram pelo voo dos seus porta-moe-
das, sem que descobrissem a cau
Sã…

—Que nesse dia e no de feira |

andavam por aí algumas aves
suspeitas, mas não consta que
houvessem feito grande rapina !

«ge pad
Em benefício dum estudante
pobre

No último número informámos os

nossos leitores do magnânimo ofere-:

cimento que fez o sr. Director do Com
légio «Vaz Serra», de Sernache do
Bomjardim, onde se ministra o ensino
até o 2.º cielu liceal, de aceitar gra=
tuitamente, para ireqientar o mesmo
curso, dois rapazes pobres da Sertã,
um indicado por nós e oatro pela Câm
mara Manicipal. E acrescentámos
que a nossa escolha havia recaído sô»
bre Ernesto Lourenço; a Câmara pre»
feriu Izildo Matias da Silva, um rapa-
zito filho do marceneiro Mário Matias
da Silva, que também fez o 2.º grau
no último ano lectivo.

O nosso protegido não pode comes
çar a frequentar o Colégio sem ter
os livros necessários e uma fatiota

: para se apresentar decentemente, O

que tudo importa nalgumas dezenas
de escudos. Dêste caso demos conhem
cimento aos nossos estimados leitores

– é apelámos para a caridade daquêles

“Por se ter propalado que a ex-

ploração e comércio de minérios

‘“ptados naqguêle Colégio, aceitá-los= |

de vollirâmio e estanho são pas- |

siíveis de imposto sôbre lucros
de guerra, independentemente
dos proventos auferidos e do re-
gime em que são exercidos, so-
mos informados de que nos ter-
mos das disposições legais vi-
gentes as referidas actividades,

quando exercidas nos termos le- |

gais e para entrega, aos preços
fixados á Comissão Reguladora
do Comércio de Metais, estão
apenas sujeitas á tributação nor-
mal. Da mesma forma, os agen-
tes e sub agentes que trabalhem
exclusivamente por conta alheia
estão sujeitos sómente ao impos=
to profissional.

fe

— que podem favorecer o simpático es
E E as = ‘ tadante; e cremos que 0 não fazemos
Asa ro o caindo “a dirigir-nos aos que nunca perdem o

em vão. Neste sentido, voltamos hoje

ensejo de praticar o Bem. Se algaém
nos quizer enviar um fato asado pora
transiormar e livros velhos, dos ado»

emos com a maior satisfação e todo
o júbilo da nossa alma reconhecida.

– Qualquer amigo que queira ter a gem

 

nerosidade de oferecer os livros, dem
verá fazer o obséguio de nos escre=
ver, em tal sentido e depois lhe dire-
mos quais Os necessários e respectin
vos autores.

Para o Ernesto Lourenço, foi-nos

‘entregae, pela sr.2 D. Conceição da

Silva Baptista, da Sertã, a quantia de
5300. Maito obrigados.

 

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)

Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7$00

A Gomarca da Sertã

Ecos da Festa Escolar do concelho da Sertã, realizada em 3 de Maio

 

Um aspecto do cortejo ao atravessar o Largo Ferreira Ribeiro em
direcção à Alameda Salazar, depois de assistir
às cerimónias religiosas na igreja matriz

(Foto de E. Barata — Sertã; gravura gentilmente ce-
dida pela «Escola Portuguesa» — Lisboa)

 

Encorporação de mancebos do
concelho da Sertã

 

Mancebos recenseados para o
serviço militar no ano findo pelo
concelho da Sertã, que devem
apresentar-se, para encorporação
de 30 de Outubro a 1 de Novem
bro próximos, nas unidades que
vão indicadas :

Freguesia do Cabeçudo An-
tónio dos Reis Gomes: R. 1. 15-
Tomar;josé Joaquim e José Nu-
nes: G. À. C.A 2-Abrantes; Fre-
guesiado Castelo: Armando Lo=
pes e Felisberto Luiz: G A, C.
A. 2- Abrantes. Freguesia da
Cumiada: Prancisco André: R.
A. L. 4-Leiria. Freguesia da Er.
mida: Floriano Nunes, José An-
tónio e Salvador Farinha: G, A.
C. A. 2-Abrantes Freguesia do
Marmeleiro: Armando Garcia e
José Joaquim: R. | 15- Tomar;
João Martins: G. A. C. A 2-
Abrantes. Freguesia do Nespe-
ral: Alftedo Leitão de Melo e jo-
sé da Siiva Martins: G. À. C, A.
2-Abrantes. Freguesia de Pa-
lhais: joão dos Santos: R. 1 15-
Tomat; Joaquim da Silva: G. A.
C. A. 2-Abrantes. Freguesia de
Pedrógão Pequeno: Custódio
Duarte, José L uro, Avelino Mar-
tins e José Martins Alexandre: R,
I 15 Tomar; Armindo Pirão: G.
A. C. A. 2-Abrantes. Freguesia
de Sernache do Bomjardim.
Abílio Dias Martins, Abílio Mare
ques, Abílio Tereso Nunes, Ade-
lino Félix, António de Brito, An-
tónio Marcelino, Cândido Mendes
Gonçalves, José Gaspar Nunes
da Silva, José Gomes da Silva, Jo-
sé Miranda, José Nunes e Silva,
José Dias e Ricardo Mendes de
Almeida: R. 1. 15 – Tomar; Antó-
nio Vitorino, Fernando António
– Vitorino e José Patrício: G. A.

 

 

C. A. 2-Abrantes. Freguesia da
Sertà: Adelino da Costa Baptis-
ta, Albano Francisco Ferreira, An
gelo Calado Alves, António Bran-
co Lourenço, Henrique de Car-
valho, José António, Manoel Nu-
nes e Vergílio Costa: R. A. L.
4-Leiria; Abílio Silva Peres, An-
tónioAlves, António Ferreira, An-
tónio Lourenço, Antônio Martins,
António Pedro, António Pedro
Cardoso, Henrique Alves Augus-
to, João Alves, Joaquim Fernan-
des Dias, Joaquim dos Santos, jo=
sé Coelho, António Lopes Júnior,
João Vaz da Sílva, José da Silva,
Manoel Luiz e Sebastião Rodri-
gues: R. 15-Tomar; João Fili-
pe: R. E. 2-Lisboa. Freguesia
do Troviscal: Joaquim Simões:
R. A. L. 4.Leiria; Abílio António,
Amaro Pedro, Américo dos San-
tos, Angelo Matias, António De-
niz, José Farinha, José Rodrigues,
Manoel Afonso e Manoel Simões:
R I. 15-Tomar. Freguesia da
Várzea dos Cavaleiros: Antó-
nio da Silva, Joaquim Martins

Marçal e José António Alves Pa-

rente: R. A. L. 4 Leiria; Mário
Lopes, Artur Farinha Alves, Car
los Moreira Correia, Cipriano Fa-
rinha, Manoel Alves da Silva,
Manoel Farinha Antunes e Ma
noel Farinha Freire: R. I. 15-To-
mar,

1

 

o.

Joaquim André
PROFESSOR DIPLOMADO

 

Instrução Primária – Admissão aos liceus
Postos de Ensino – 4.º Ciclo dos liceus

 

TELEFONE 5 8074
Avenida Grão Vasco, 56 — Benfica

 

LISBOA

 

TRAVES DA COMARCA

(Noticiário dos nossos correspondentes):

PESO, 7 — Com o brilho e fervor
religioso dos anos anteriores teve lon
gar no passado domingo a festa ao Sa-
grado Coração de Jesus:

Foi precedida de triduo e teve como
prêgador o Rev.º Padre Antônio Au-
gusto Cardoso, Secretário da Câmara
Eclesiástica d: Portalegre. Uma impo-
nentissima procissão em que tomaram
parte muitas dezenas de fiéis percorreu
as ruas principais desta aldeia. Real-
gavam’ esta cerimónia algumas crian-
ças lindamente: trajadas de anjo, se-
guindo também na procissão numero=
sas fogaças com seus valiosos recheios.
Nas ruas do trajecto vistosas colgadu-
ras expostas nas janelas infundiam ao
acto maior grandeza e solenidade.

Finda as cerimórias na igreja matriz
procedeu-se ao leilão das fogaças que
renderam algumas centenas de escudos.
São dignas de todo o louvor e bem me-
recem aqui uma referencia especial
pela parte activa que tomaram na or-
ganização impecável desta festinha, a
que votaram tão carinhosa e acendra-
da dedicação as Exm.as Sr.as D. Ma-
ria Bela da Silva Pires, Josefina de
Oliveira Braz e a menina Ivone Silva
Braz Pereira

— À* Casa do Povo desta localidade,
para a sua biblioteca, foram oferecidos
alguns livros de muito valor e agradá-
vel leitura pelo Rev.” Padre Artur
Mendes de Moura. Com o mesmo des-
tino, recebeu-se também, da Agência

 

Gerai das Colónias ma nomerosa é
interessante colecção sôbre assuntos
acêrca do nosso império colonial. A
sede do edificio da nossa Gasa do Pos
vo acaba também de ser dotada com
um belo aparelho de rádio de marca

«Philips». As últimas noites tem decor-
irido com grande animação e. muita

afluência de sócios à sede,

O
CARDIGOS, 11 — Acedendo de bom
grado ao apelo do ilustre director des-
te jornal, venho trazer-lhe duas noti-
cias, embora retardadas, mas que, cre-

e:

mos, não terem perdido a actualidade.

— Mudou a sua residencia para San-
tarem o sr. Antonio d’Oliveira Viegas
Tavares que aqui exerceu as funções
de professor oficial por, aproximada-
mente trinta anos, sempre com dignida-
de e aprumo, de que são prova os ser-
viços prestados à instrução no grande
número de alunos que anualmente pre-
parava, com bom exito, para exame, e
nas manifestações de simpatia, apreço

e gratidão que recebeu do povo, quan- .

do foi da sua partida, de que parteci-
pou a digna esposa que o acompanha-
va, transferida de identico lugar tam-
bém a seu pedido. Exigencias da vida,
pois que alguns dos filhos frequentam
os cursos licgaes.

Lemos há pouco que dois subsi-
dios concedidas pelo Estado para fon=

tes na Corriarca da Sertã, foram anulas
dos por falta de execução em devido
tempo.

— Eº extraordinário ! Com as chuvas
o pessimo estado de algumas ruas dese
ta vila agravou-se. Há covas e há las
mas. Bom seria que a Junta de Fre-
guesia, composta de pessoas que cre-
mos patrioticas, se interessassem no
assunto, promovendo sem delongas o
grande melhoramento, e não permitin-
do uma possibilidade do seu anulamen-
to. Se tal sucedesse (o que não acre-
ditamos) seria um crime de lesa-patria,
que nunca Cardigos lhe poderia per=
doar.

— Passaram as vindimas. Colheitas
escassas. Todo o vinho a consumir,
terá que ser importado. Preços caris=
simos. O futuro apresenta-se de mau
aspecto para o pobre. As videiras, de=
vido — umas à velhice, outras ao de-
pauperamento das terras, outras à fal-
ta de adubos, ainda outras às doenças
e deficiencia dos tratamentos estão
decaindo, não produzindo, e ameaçan-
‘ do extinguir-se em breve praso. E os
preços dos géneros agravam-se, na
região não há o necessário para sus-
‘ tento da população. E para miseria

nem trabalho para o pobre!

 

Cardigos e S. Antonio do Marmeleiro,
dando assim alimento ao pobre, e con-
tribuindo para que essa mancha—a fal-
ta do abrimento de estrada — desapa-
retesse – e o trajecto entre o norte e
o sul do pais, pelo eentro, pelo coração
de Portugal se inaugurasse em breve,
como é de justiça |
Ah! que bom seria |
E.
Ad

Festa a N, Sr.* do Rosário de
Fátima em Vila de Rei

VILA DE REI, 16 — Adquiriu-se para
esta freguesia uma imagem de N. Sr.à
do Rosário de Fátima, em honra da
qual se realizaram aqui solenes festas.

No dia 12 organizou-se a procissão
-das velas e às 21 horas saiu da sua
capela a imagem de N. Sr.2 da Guia,
que acompanhada de bastante povo,
entoando canticos religiosos, se dirigiu
à igreja matriz, onde se rezou a la-
daínha de N. Sr.2, houve bênção do
S. S. eo Rev.º Pároco fez uma alocu-
ção alusiva ao acto,

No dia 13 missa cantada, finda a qual
se organizou uma procissão, recondu-

Que bom seria, se a previdencia vies- , zindo-se a imagem de N. Sr.2 da Guia

se de encontro a esta dolorosa situa- |

ção, e o Governo, a Junta Autónoma
das Estradas, ou quem compete, abris=
se trabalhos na Estrada 54-2,º, entre

para a sua capela; aqui encontrava-se
já no seu andor a imagem de N. Sr.2
de Fátima, que, também acompanhada

 

de myito povo, foi conduzida à matria

COLÉGIO -« VAZ SERRA» –

A Direcção do Colégio «Vaz
Serra» no comêço de undécimo –
ano da sua modesta existência,
tem o prazer de fornecer, a quem
interessar, os seguintes esclare-
cimentos.

No ano lectivo de 1941-32,
frequentaram o nosso curso do.
6.º ano sete alunos. são

Dêstes, apresentamos a exame
cinco, porque dois, embora ha-
bilitados, principalmente, um dê |
les, não puderam ser admitidos
pelo atraso de inscrição no liceu
e não terem, ainda, atingido os
18 anos.

Dos cinco alunos levados a
exame, quatro concluiram o cute
so, tendo sido reprovado, em
Inglês e Mat., apenas um aluno,
ex-seminarista que pretendeu,
num só ano, abranger todo o 2.º
ciclo.

Não obstante as nossas «defi.
ciências» conseguimos êste, bem
consolador resultado. :

Sim, conseguimos tudo isto
perdão, conseguimos… só isto

Confronte-o, quem quiser, com
o resultado dos exames de oti=
tros colégios e até mesmo dos ,
Liceus… ra

Não receamos tal confronto; .
antes o desejamos para se des=
fazerem certas emiopias»,

Em Julho prox. passado, fize.
ram exame do 6.º ano no liceu
de C. Branco 180 e tal rapazes, |
sendo aprovados, em tôdas as
disciplinas, apenas 181 fa

Em Mat. só passaram 44!!! .

Não sabiam ? 1!….

Com o auxílio de Nosso Ses
nhor e a boa vontade dos pais:
que continuam a confiar-nos a
educação dos seus filhos, eis-nos
entrados em novo ano lectivo,
enfrentando, firmes, as «depres.
ciações malévolas e ingratas», as |
«irregularidades de viação» ea.
«timidez e hesitações dos dema-
siado crédulos», sem recorrer
mos á «caça» gananciosa e des=
leal de alunos, sem lançarmos
mão do «engôdo» de meias men-.
salidades, sem fazermos estrales
jar egirândolas» estonteadoras,
sem espalharmos «reclames» fan».
tasmogóricos, sem oferecermos
«gato por lebre» e sem poderem,
de verdade, atirar-nos o motejo
—por fora, cordas de viola, mas,
por dentro, pão bolorento…

A bon entendeur salut ! ..

‘ Colégio «Vaz Serra», em Ser=
nache do Bonjardim, 13 de Ou-
tubro de 1942.

Pela Direcção,
P, Artar Mendes de Moura

 

 

Papel para embrulho
Vende-se nesta Redacção.

 

 

desta freguesia, onde fica a venerar-se, ;

Houve também a bênção dê um pal-
nel da imagem da Imaculada, colocado:
na frontaria da igreja da Misericórdia.

— Num lamentavel acidente de via- .
ção, próximo da povoação dé Amorei-.
ras, concelho de Abrantes, foi vitinia
Joaquim Ventura, casado, NÉ nte no
lugar das Pareides, distante desta Vila
dois quilómetros. Er

Todos que o conheciam lanientam
tal facto, porque era geralmênte esti-
mado. Bad :

— Encontra-se na capital, ofide se
sejeitou a uma operação, o benquisto
comerciante desta Vila sr. António:
Henriques Nunes. 5

Fazemos votos por que tudo lhe
corra como deseja.

— Em visita a seu itmão, o nosso
prestavel amigo sr. Joaquim Nunes
Campino, encontra-se aqui, acompa-
nhado de sua Exm.? espôsa, O st. Afim
! gelico Nunes Campino*

— Os vinicultores encontram-se de-
sanimados por verem inúteis todos os
seus esforços com a fraca produção. e
alguns houve que nem a lagar foram.

C.

 

«A Comarca da Sertã» faz sinceros
votos pelo restabelecimento imediato
| do seu prezado amigo e assinante sr,
| António Henriques Nunes,

 

@@@ 1 @@@

 

+ Neecrologial
eg seems
Nodé da Giuz Dawid e Silus

Faleceu no dia 1Z do corrente,
o sr. João da Cruz David,e Sil-
va, natural desta vila de Pedró-
gão Pequeno, de 78 anos, pro-
prietário, antigo comerciante e
industrial em Lisboa, morador
na Quinta do Alperce ao Alto do

 

Pina.

Pertencia à mais generosa e a;
uma das mais ilustres famílias de |

Pedrógão Pequeno, dotando-

com o magnífi of
edifício escolar;
para ambos O
sexos, as cap
las de Santa Ma
ria Madalena
de Nossa Senho
ra da Confiança, &
bem. como a es-4
trada que vai def
vila para esta
capela, não con:
tando um sem |.

número doutras quantias para os
pobres.

O saiidoso extinto que era
querido e estimado na sua terra
natal, rara era a vez que aqui
vinha que não oferecesse alguma
coisa para engrandecimento da
sua terra que lhe serviu de ber-
co. Ofereceu 100800 e a maquete
para a restauração do Pelourinho
de Pedrógão Pequeno e era só-
cio benemérito da Caixa Escolar.

Era pai do sr. Mário da Cruz
de Matos e Silva e das sr.“ D.
Ema de Matos e Silva, D. Alda
Matos e Silva Matinha e da es-
critora D. Fernanda Matos e Sil-
va, tio e sogro do sr. Francisco
David e Silva, sócio da Fábrica
de Santa Clara, de Lisboa, so-
gro do sr. Dr. Lino Pinto Mari-
nha, advogado na capital, tio do
sr. Fausto Santana, Inspector de
Seguros e da sr.º* D. Ilda David
e Silva. |
– Apresentamos à ilustre família
enlutada os nossos mais sentidos
pêsames. a

Pedrógão Pequeno, 15 X 942.

/. N. R.

João da Cruz D. e
Silva

A ilustre família enlutada apre-
senta «<A Comarca da Sertã» sen
tidas condolências.

é

João António Henriques Serra

Na sua quinta da Chapuceira.
em Tôrres Vedras, faleceu na
pretérita 5.º feira, o nosso presa-
do amigo e assinante sr. João
Antônio Henriques Serra, de 75
anos de idade, natural de Pedró-
gão Pequeno, casado com a sr.”
– D. Maria Emília Santos Serra,
pai dos srs. Artur, José e João
dos Santos, comerciantes, de
Lisboa e irmão do sr. Alfredo
António Henriques Serra, comer=
ciante, desta vila.

Importante comerciante da pra-
ça da capital, o extinto era sócio
gerente das firmas Sociedade Vi-
nícóla do Sul de Portugal, Ld.?,
Sociedade dos Vinhos do Pôrto
Serra, Ld.º, Sociedade Vinícola
Comercial Chapuceira, Ld? e J.
Serra & Sons, Ld.º.

O corpo do extinto foi trasla-
dado; no dia imediato, da quinta
acima indicada para a capela do
cemitério do Alto de S. João, on-
de sé celebrou missa de corpo
presehte, ficando o cadáver de-
positado em jazigo de família no
mesmo cemitério.

-A tôda a família dorida apre-
sentamos os nossos sentidos pê-
sames. .

 

Festa de Cristo Rei

“No próximo domingo, dia da
“Acção Católica, celebrar-se á,
nesta vila, com tôda a solenidade,
a festa de Cristo Rei. Aº’s 11 ho-
ras, missa cantada e comunhão
geral; às 15, sessão solene de
proprsanda na Escola Conde de

erreira com a colaboração das
escolas; às 17, Exposição do Sen-
tíssimo Sacramento; e às 18,30,

está certo e por isso achamos

 

terço e bênção,

Os condutores destes grandes tanques de 28 tcneladas iniciam as provas levantando os polesares ao alto — em sinal de
Vitória. Estas provas decorrem na pista de Chrysler Detroit, coração da industria Americana

 

Gêneros alimentígios

Muita gente da Sertã se admi- |
ra que no mercado local não apa-
reça pão cozido à venda, enquan
to que no de Sernache Ele nunca |
faltou, atribuindo o facto a uma.
rigorosa e excepcional fiscaliza- |
ção. Ora, é apenas proibido o.
fabrico particular de pão de trigo ,
puro, mas não o de milho ou o
dêste misturado com trigo, a que
vulgarmente se chama Zrigasmi-

tha.
& ‘

‘ Suspenso c racionamento, em
Setembro e Outubro, de arroz e
açucar, a partir da segunda se-
mana daquêle mês que não se
encontram à venda, nos estabe-
lecimentos locais, os referidos
géneros. E” evidente que, não ha-
vendo limite de consumo, abas-
tecem se das quantidades máxi-
mas todos que o podem fazer, fi-
cando desprovidas dêsses géne-
ros esssenciais as famílias de
poucos recursos, Ora isto não

 

preferível o racionamento, que
já defendiamos antes de a Câma-
ta o pôr em execução. E” prefe-
rível que todos—ricos e pobres
—tenham um pouco de tudo, a
que uns muito e outros nada |
Informaram-nos, há dias, que
as senhas, de açucar e arroz, pa
ra os comerciantes deviam che-
gar no princípio desta semana,
sendo de calcular que a venda
recomeçaria por êste próximos

dias.
da

Hospital da Sertã

 

Francisco Mateas Mendes; do

 

Subserição aberta pela «Go=.
missão dos Amigos do Hos»
pital da Sertã,» em Lisboa,
para a compra de material
eirúugico :

Transporte (do n.º 311), 15.815840

Ex.” Snrs. Jorge Galamba
Marques, 30%; dr. António Cal-
deira Firmino, 25%; Joaquim Fer
reira Monteiro. 20$; João Nunes
e Silva, Abílio Ribeiro Lopes, D.
Matilde da Silva e José Mourão,
10$ cada. Soma, 115800. |

A transportar, 15.930840.
gre

BAPTIZADO

| ano jubilar das aparições de Fá-.
tima com imponente e solene;

 

Na igreja matriz baptizou-se,

“no dia 13, a filhinha do nosso

amigo sr. António Barata e Silva,
secretário de Finanças, aposenta
do, e de sua espôsa, sr? D. AÍ
bertina da Silva Barata, desta vi-
la. Da neófita, que recebeu o no
me de Maria Emília, foram padri-
nhos sua tia paterna sr.º D. Emi-
lia das Dores Barata e seu primo
sr, Eduardo Barata, da Sertã.

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Pod e
5 sa Ea, UI) 8, sm
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Encontram-se: em Monforti-*
nho, o sr. José Pereira Rei, de
Oleiros ; e no Carvoeiro, o-sr.
dr Pedro de Matos Neves e
família.

—Retiraram : de S. Torcato
(Guimarãis) para Lisboa, o sr.
Manoel! Ramos; de Lisboa pa
ra Coimbra, o sr. Engenheiro

Cabeçudo para Lisboa, o sr.
Hilário Costa; da Sertã para
Lisboa, o sr. Reinalto Alves
Costa; e de Alvaro para Lis:
boa, o sr. José Lonrenço, Sar-
gento-Enfermeiro dos Pupilos
do Exército e seu filho José
Hipólito Ribeiro Lourenço,
aluno do Instituto dos Paupi-
los do Exército.

—Do Seminário das Missões
de Sernache do Bomjardim
para o de Cucnjâis saiu há
dias o Rev.º P.* António Mar-
tins da Costa e Silva.

oii GD eua
Desastres mortais

Em Alvaro, Maria Benedita
Henriques, viúva, deu uma queda
tão desastrosa na sua propríeda
de do Ribeiro do Colmeal, que
fracturóu o crâneo, do que lhe
resultou morte instantânea. A fa-
mília, notando a sua falta, diri-
giu-se horas depois para o local,
onde encontrou o cadáver.

o

Na tarde de 10 do corrente, no
sítio do Vale da Pereira, limite
das Pombas, José Farinha, ca.

 

sado, das Pombas, quando atava
o mato posto sôbre um carro de
bois, desequilibrou-se e caíu
fracturando a espinha dorsal pe-.
lo que veio a falecer no dia ime-
diato.

Store
O Papa falará aos portugueses
em português

No fim deste mês encerra-se o

pontifical rezado pelo Cardeal
Patriarca na Sé de Lisboa. Nes-

 

te dia, Sua Santidade falará aos.
portugueses, em português, sen- |
do a alocução rádiodifundida pela

estação Rádio Vaticano.

Ê

HORA DE INVERNO |

De 24 para 25 do corrente os |

|

relógios atrazam de 60 minu-|
tos, entrando-se, assim, na hora
de Inverno,

Subscrição para a consfru-
cão da estrada Madei:
rã-flto da Cana

T.ansporte da lista n.º 6, 7.8158;

António Martins, Lisboa, 108;
Celestino Barata Dias, Lisboa,
108%; D. Maria José Fernandes,
Lisboá, 10500; D. Maria dos
Santos Rodrigues, Lisboa, 5800;
João Antunes qa Silva, Lisboa,
10800; Rafael Barata Salgueiro,
Lisboa, 5800; Angelo Antunes
da Silva, Lisboa, 5800; D Lu
cinda Dias Gomes, Lisboa, 2850;.
D. Maria Améli, Barata, Lisboa,
2850; D Purificação Lopes San-
tos, Lisboa, 2850. ; e

A transportar…. 7 877850.

Pela Comissão, |
fosé da Silva

gongo Ego
Casos da rua

Alguém nos veio dizer, justa-,
mente indignado, que certa taber-
neira de Santo António possue a
língua mais danada e viperina
que é possível conceber, expau
dindo-se, não com certo recato e
pudor, mas em alta grita, fazen-
do corar quem a ouve e sem o
minimo respeito por quem quer
que seja que passe nas proximi
dades da locanda, que tanto faz
ser pessoa de respeitabilidade co-
mo criança inocente. Essa mu-
lher teve há dias zanga com uma
outra e o diálogo brilhou pelas
expressões mais torpes e infames,
confundindo-se, ambas, com epi-
tetos obscenos.

Os moradores do local, a re-
petir-se o caso, que tem sido fre-
quente, devem apresentar queixa
à autoridade; e ela agirá, de pron
to, para acabar com a indecência.

O
DOENTES

Em 9 do corrente, deu entrada
na «Maternidade Dr. Alfredo Cos
ta>, de Lisboa, sendo imediata
mente operada pelo hábil cirur-
gião de ginecologia sr. dr. Fran-
cisco Cabral Sacadura, a sr.? D.
Lucília Freire Barata Lourenço,
dedicada espôsa do nosso assi-
nante sr. Martinho Lourenço, in-
dustrial, de Alvaro e cunhado
do, também, nosso assinante e
amigo sr. José Lourenço, sargen-
to-enfermeiro dos Pupilos do
Exército, de Lisboa. À operação
decorreu bem.

O restabelecimento imediato da
enférma é o que sinceramente
desejamos.

+

Tem passado bastante incomo» |

dada de saúde a sr.’ D. Júlia de
Moura e Costa, espôsa do sr.
António da Costa.

Muito desejamos o seu pronto

rece haver uma tendência «
tada, para envenenar as popu
ções consumidoras. Contra esta |

roubalheira intolerável, agravada |
pelo envenenamento sistemático,

 

Ê
| restabelecimento.

Festa de N. S. da Graça

Realizou-se no dia 11 a festa
de N. S. da Graça, venerada na
capela da Senhora dos Remédios,
que revestiu bastante solenidade.

Houve missa às 9 horas abei
rando-se da Sagrada Mesa as
crianças da Santa Cruzada e de-
zenas de pessoas, que desejavam

alcançar as graças do jubileu.

concedido àquela capela por Pio
VI Ao meio-dia houve missa
solene, acompanhada « órgão e
vozes, notando-se sempre o maior
respeito e recolhida pie ‘ade, Ao
evangelho prêgou o Rev.º P.
José B ptista e antes da missa
subiu ao púlpito o Rvº Pº
Eduardo Fi’ipe Fernanies digno
péíroco da freguesia, prêgendo
um sermão votivo Em seguida
à missa organizou se a pro: issão,
encorporando se a Irmandade de
N, S. dos Remédios, as crianças
da Cruzada e as fogaças ofereci-
das pelo povo da capelania que
se esmerou no seu recheio e or-
namentação, que era, realmente,
magnífica.

Recolhida a procissão. houve
mais um sermão votivo. Termi-
nadas as funções da Igreja, pro-
cedeu-se ao leilão das fogaças.

(E.)

agr
Escola de Vales (Cardigos)

Foi autorizado o funcionamento
da escola masculina de Vales,
freguesia de Cardigos.

HO
Envenenadores públicos

As matanças clandestinas e as
vendas de carne imprópria para
consumo vêm tomando, nas últi.

“mas semanas, um aspecto de tal

forma endémico que, além da
ânsia desaustinada de lucro, pa-

 

 

crimes repugnantes já não bas-

tavam as penalidades em curso;

delibe. |

foi preciso agravá las. O delito

de matança será agora punido.

com prisão até seis meses e mul

ta de 5 000$00 a 50.000800. no

caso de, com conhecimento do
delinquente, as rezes abatidas se-
rem impróprias para o consumo,
aplicar-se-á a pena de prisão de
seis meses a um ano, se outra
mais grave lhe não couber, nos

termos da lei penal; em caso de |

reincidência, os delingientes se-
rão postos à disposição do Go-
vêrno; as penas de prisão não são
remíveis nem podem ser suspen-
sas.

Temos a impressão de que as
novas medidas repressivas não
farão cessar a actividade crimi-
nosa dessa cáfila Muitos escapa-
rão pelas malhas da lei! O ideal
seria a confiscação dos bens dos
delingiientes e o degrêdo para as
costas de Africa por uns tantos
anos com trabalhos forçados,

4

A propósito do artigo, da nos-
sa autoria, que, sob esta mesma
epígrafe, publicámos no n.º 311,
recebemos uma carta do nosso

estimado: assinane sr. Manuel –

José, do Caramulo, em que nos
diz: «Diz muito bem, sr. Director;
esses inimigos da humanidade
deviam ser condenados a traba-
fhos forçados por tôda a vida; só
assim o público se veria livre dês-
ses traficantes gananciosos e maus
poriugueses. Há quarenta dias
que me encontro de cama, bas-
tante doente, em consegiiência
da ingestão de alimentos deterio-
rados; muitos outros casos aqui
se têm verificado.In felizmente,
os envenenadores encontram se
por tôda a parte, mas estou certo
de que as autoridades, em virtu-
de da campanha no seu jornal e
noutros contra tais crimes, não
afrouxarão nos seus rigores con-
tra esses miseráveis. Bem haja,
sr. Director, por tão brilhante de-
fesa da saúde pública,

ae-
fesa da saúde pública,

a