A Comarca da Sertã nº313 01-10-1942

@@@ 1 @@@

| PIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO

Estuanets Panata ta Fla Copia

——— | REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO =
RUA BERPA PINTO-BERTA

T
pe

as

| | RI LIGA-SE ÁS

eras

QUINTAS FEIRAS

— Armtério Barata é Silva
Dr. José Barata Corrêa e Giles

Eduardo Barata da Eva Corrêa

Enmunçto m immracea)
NA
Ti, PORRA FEUÃO

miNc> WII Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos

| Oleiros, Proença-a-Mova e Vila de Rei; é Irequesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho: de Mação )

513

ceteimeos

ET DE da

A guerta e os grandes ilusoes da

Notas …

STA! prestes a iniciar se o

novo ano lectivo, abrindo
as escolas primárias e demais
estabelecimentos de ensino no
próximo dia 7.

Verifica-se que q fregiiên-
cia, sobretado no ensino eles
mentar, aumenta de ano para
ano;éa prova incontestável do
desejo de saber, de adquirir,
do menos, vm pegrento grou
de culfara. que permita enfreno
tar as derezas da vida com
menos diicaldades, levando
de vencida os escolhos que se
deparam coniandmente.

Heje que q existência É di
ficilima q fnstrupão é arrimo

Mis OM menos seguro, é a

“estrêl. polar que, no firmamen-
to da vito, norteia o homem
em dasca dom faturo melhor.

A Instroção não é am luxo,
cômo ainda não hd muitos
“ Emos se considerave entre gi

—gomas comadas sociais do
Pals, mas uma premente e ii
diseutivel necessidade e adquia
rélo é nm dever clvico de to-
dos os cidadãos, homens e mas
lheres, ricos e pobres, porque
só dsstm êles podem ser úteis
à colectividade e à Pátria.

O ognaltabeto, se, em certos
Casos partieores e excepeionas
Hssimos é prestdvei à comuni
dade, geralmente a son crise
tência € condicionada qo ser
vilismo deprimente, é nm ser
obscoro é desprezado pelo sua
rodeza c quantas vezes des-
prezível, porque à ignorância
crassa, não lhe permitindo res
frear os mas tendências, O
dprorima dos irracionais,

Com razão dizia o P.º Ane
tónio Vieira, do escrever sóbre
a «Persererança do missionte
rio», noguela sua linguagem
colorida, que é mina inexanrio
vel onde o filão de oiro se não
guedra nem escola: .

«Arranca o estatadrio uma
pedra dessas montanhas, fot.

Cd, OPRIS. dire, informe, E des

pois que desbastos o mais
Erosso, foma O mapo € o cif=
gel na mdo, e começa é formar
em homem, primeiro membro
a membro, e depois feição por
feição, cté a mais miúda: on-
deia-tão os enbelos, alisa lhe
atesta, rasgalhe os olhos,

le-lhe o nariz; abrelhe q
boca, avelta-lhe a faces, tor-
nelalhe o pescoço, estende lhe
os braços, espalma- lhe as
mãos, divide-lhe os dedos, lan
ca-lhe os vestidos ; agur des-
prega aii arruga, acold reca-

mas; e fica um! homem perfeito,

e talvez um santo, que se pode
pór no altar.

Eis o mister do professor
primário, que bem se pode
comparar go do missionário:
aplicar o cinzel um-dia é on»
tro dia, dar oma marielada é
outra martelada até transfors
mar a’pe ira toscae informe não
só nam homem, mas angra Crise
tão e pode ser gue nam santo,

E a pedea tosca e informe é
e ente analfabeto…

Haca e fôrca — igualdade & liberdade
EL

por JOSE ALVES PEREIRA

(Gortinuagão do nº 300)

Ap ja

AS hã mais: hn
ualquer povo, considerado re-
lativramente sos vários agrupa-

mentos de que se compõe, forma um ver-

[dadeiro todo orgânico.

Eév próprio meio fisico que determina
esses vários agrupamentos—a província, q
distrito, o concelho—a formarem rerdadei-
ros órgãos dentro dum território nacional,

Ora, em todo o &br vrganizado, A nã-
turoza estabeleceu, como princípio de sua
maior perfeição, a divisão do trabalho.

A divisão do trabalho produz a especia-

liaação de fanções, esta implica ama maior

independência dos órgãos encarregados das
diferentes tunções, Em tndo o que rire,
do ser mais simples ao mais complicado,
am ovo donde deriva qualquer ser, & prin-
cípio, indeferenciado, parecendo homegé-
neo, vai-se sucessivamente desenvolvendo
em células, grupoa de células, cada vez
mais diferenciadas e totuando formas, ee-
tructuras & disposições espécials, Colmia-
iência e propriedades que vêm, por lim, a
dar vs diferentes tecidos e éstes os Órgâãus
que sustentam qualquer ser vivo.

Os povos, aé nações formam-as de
idêntica maneira. A marcha das células —
famílias, assuciações, agrupamentos regio-
nais,—e, por esta lei brlógica indiscutível,
dirigida para uma mesma diferenciação e
independência finais. Mas a unidade, e só
ela, é Calsa de equilíbrio, vrdem e de har-
monia, Nqs seres vivos Naturais, OU nos dé-
res vivos livres e naturais quê são as BOGIe-
dades hamanas, à unidade é sempre asse-
gurada, 008 primeiros, por simples fórçãa
plásticas, naturais, instintivas, Dos segua-
dus, por princípios naturais é livres = 08
princípios da antoridade e da íôrga que são
a verdadeira alma das sociedades.

Pois o orbs, o mundo inteiro, com as
snas diversas regiões, tão diterentes, e in-
cuBfondíveis, forma, da mesma sorte, aum
grande todo orgânico,

Este todo foi-se organizando lenta 6
sucessivamente e só pur acções inevitáveis
da natureza e dos meios, A ordem e marcha
desta organização é tão necessária & certa
como a ordem é marcha que oa astros têm
seguido há milhares de sécnlva. Pois uma
simples altpração na marcha e posição do
sol teria feito um mundo e uma distribui-
ção da vida bem diferente desta que obser-
vamos, nO planeta que habitamos.

Be assim É, mais DOS parece luuca à
pretensão humana de emendar o que é fir-
me 3 assente na eternidade, com u gesto &
aceno dum fugaz momento, meditar em
conseguir altos fine, começando por des-
truir todos 08 meios que bão de permiticlo,
enfim, pretender ter destrudo o próprio sul,
o mar é modificado o mundo, só porque se

oriou ligeira nuvem que nio permite obger-
rá-lus constantemente.

À natureza edificon as montanhas,
Custribuity 08 mares, separou os vales, foz
-GOTrer 08 Fivs é cobriu à terra de seres su-
periores à nossa vontade; O homem, fundou
AA pátrias, canton a vida, fizou-a nas obras
eternas do génio levantou munamentos,can-
tou a grandeza, magnificência a ordem de
tôdas as coiase do mundo, fubdando aoeie-
dades, algando-se ava divinos ideais da jus-
tiça, da moral, da fratermidade e do amour;
Was DS MATes, as muntanhas, Of rios, O ca
lot du sol só existem porque tôm um corpo
“QUE 08 SUBLOnLA, Um todo que vs guarda é
vuneorva; e os ideais bumanys aquêles que
são fruto dos séculos do labutar e Intas
cunstantes, só iôm as pátrias que lhes dão
guardaçe sÓ vivem prêsos âs raizes donde
haurem a seiva que os feg nascer & iratili-
car. Às pátrias são órgãos dum todo com-
pleto—a humanidade, Dessrwr uma só é
uulraquecer, mubilar esse grande ser vivo
—a Famíha Humana, Enfraguecer o Gran-
de Todo— à Família Humana é, — ipso ta-
cru — destruir, redugir tôda a actividade
dus sous Órgãos isto é das pátrias,

e s$

Afirmar que o mundo é um grande ser
organizado, é já afirmar que êle é compos-
io de paries heterugóneas, diferentea, de-
siguals em sua estrutura, organização o
tunções, e, tudaria, ligadas, solidárias, har=
mónicas em realizar um im comum que é
sustentar e desenvolver 0 grande ser a que
pertencem,

Esta desigualdade e diferenciação dos
poros, criada pelos diferentes meios, acu-
mulações hereditárias e acção dos agentes
meteóricos, nada tem que possa impedir ou
contrariar o próprio desenvolvimento um
capacidade vital dêsses mesmos povos, ou,
também, a maior capacidade de desenvol-
vimento e progresso do Grande Ber que é
tôda a família humana,

E’ lei univeraal da nathreza, é lei da
vida, fundamento de todo o progrosso €
movimento, a desigualdade, é, sem ela coi-
aa alguma podia dar ainsi de sua existõn-
ola, vida, ou individualidade própria,

“Luz & movimento, calor é electricida-
de, magnetismo, som, coesão e afindade,
atracção vu repulsão, qualquer fórça, 4 vi-
da, O punsamento, tudo, enfim, o que, no
mundu, conhecemos, vil supomos ser causa
do maravilhoso espectáculo que presencia-
mos, na desigualdade se funda.

Que tôdas estas fórças da nainreaa
sejam apenas diferentes vibrações da ma-
tória ponderável, tranemitidas em ondula-
ções etéreas, também diferentes, é, ainda,

afirmar que, detrás destas variedades de

| brio ser.

CASTELO
BRANÇO
TE LE FONE
Ii 2
interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã i

1943

CHOVEU sôbre a nossa mesa

-— colaboração variada é pres
ciosa u ilodos os titulos, mas
& tirania do espaço impde ama
Parcimónia que não se coado-
na dem coma profiridado dos
diversos prosadores E poetas
EMigOS REM COM O nosso ver-
dadeiro empenho de q todos
SELMOS prestáveis.

Enchem-se as gavetas da se
creidria de lingaudos de pros
sa de diverso gênero, âmons
loqm-se de mês peru mês €,
guiçã, de gro para ano, belas
Pprudnções fiterárias, esperaria
do a vez de sair à luz da pos
blicidade e servir de pasto d
coriosidade de centenas de leis
tores da «Comarca», que q.es
peram tódas us SEMANAS, RO
Continente, na Africa E nas
Américas — isto não é basó-
fial–comalvorôpomulcontidol

Mas o semanário é pequeno,
mal chega para as necéssidas
des cabeiras, isto é, para dar
conta do que se pussa na re-
gido, de forma que, tudo q
que não perde peia demora,
inserir-SEd E PORCO E pomco,
gradualmente estabelecendo-se
o paralelismo entre o ablicide

rio corrente e ams nacos de:

saborosa iieralara..-

Que todos os colaboradores –

fenfum am posco de paciên-
viu aié que as condições nos
permitam fuzer um hebuioma-
diário múior, como é nosso
desejo,

movimentos vibratórios, há rea=

lidades estáveis, permanentes,

substançiais, também desiguais,

diferentes, que lhes dão origem, |

Se admitimos certa heterogenei-
dade do atomo, formando um
mundo pequenissimo com centro,
ou núcleu; camadas periféricas,
órbitas de verdadeiros astros, tes

nuissimos, girando a desigual –

distância do centro, teremos gin-
da maior variedade tal qual a
energia e luz do sol que, atras
vessandó as camadas atmosfério

cãs, as aquece diferentemente, –

indo encontrar, na superfície ter
restre, a variedade das montas
nhas, as concavidades, vales pros
tundos ou terrenos lisos cobertos
de areia megta, ou encostas de:
frondosas « frescas vepetações,
US. mares, 05 rios, às Tlorestas,
os lagos, e produz aquela varie-
dade de correntes e movimentos
que fazem da terra um império
de vida, e testro de belezasj-as-
sim a energia circulante, peie-
trando, prendendo, abraçando tô»
das as substâncias, fá-las movis
mentar, combinar, variar inlini-
tamente! mas nunca voltar go
caos informe, inerte, igual ‘s mus
do que signilica tôda a negação
da vida, do movimento é do prós

(Continta)

Este número fai visado peia
Comissão da Censura

de Castelo Branco .

oe,
—. FUNDADOR EIS —
-—— Dr, José Carlos Ebrhardt —
= Dr. Angéio Henriques Vidigal —

OUTUBRO

 

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É ee mi coca FL cio O :

A comarca da Sertã

Emissões dos ESTADOS UNIDOS
EM LINGUA PORTUGUESA
“(Recorte esta Tabela para referência futura)

Horas . Estações Dias Ondas curtos
8165 WDJ Todos os dias….. 39,7 m( 7,565 mo/a)
8,15 WROA 3º feiraa Domingo 81,02 m( 967 mc/9)
815 WNBI Só 2º feiras…» 25, 28 m 11,89 mc/s)
9, 30 WROCA 3.º feira a Sábado., 8102m( 967 mo/s)
9 30 WNBI Só 2.º feira cc… 25,28 m (11:89 mo/:)
19 30 WDO :« Todosos dias,..,. 20,7 m(14,47 mo/4)
20,80 WRCA Todososdias….. 198 mí(15,15 moe/s)
20,45 -WGEA 2.ºfeira a Sábado,, 19,56.m (1538 mo/s)
2230 – WGEA Todososdias….. 1956m (15,83 mo/)
22,30 WDO Todos os dias ….. 20,7 m (14,47 a
AMERICAem MARCHA
Pc “a,

PENSÃO BRANGO

(ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA)

A preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi-
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GR

é GRV…… 2492m. (12,04 m c/s)
13,15 — Noticiário “GRAZ: 13,86 m. (21,64 m c/s)
E; E GRU. 31,15 m. (9,45 m c/s)
3 13,30 — Actualidades GRV…… 24,92 m. (12,04 m c/s)
i 22,00 (*) Noticiário GRX.. 30,96 m. (6,96 m c/s)
E É 6sB.. a55m. (9,5 m c/s)

22,15 (*) Actualidades GRI. …. 41,96 m. (7,15 mc/s)
& (+) Êste período de Noticiário e Actualidades ouve-se tam
3 bém em ONDAS MÉDIAS de 261,1 metros (1,149 k c/s)
: ONDAS COMPRIDAS de 1.500 metros (200 k cj). |
e

Vendem-se.

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pateiro, usadas,

Tratar com Amaro Vaz
Martins — Sertã.

Dog “iz Serra”

(PARA AMBOS OS SEXOS)

Ourso dos licouss.

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Vende se nesta Redacção,

e e e : X eo
Horário- da Carreira de Passageiros entre Tomar – Est. e Sertã
Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, Ld.*

SEE e E

[ A A B .

um Cho | Par Cho. | Part. | Chog. | Part.
Tomar — Estação — | 730] — | 15,50]| Sertã — Largo Ferreira Ribeiro .| — 805) — 17,45
Tomar 7.35] 7.40) 15.55] 16.05|| Sernache do Bonjardim | 8.25] 8,45] 18,05] 18,20]
Ferreira do 2 e 8.20) 8.35] 16.45| 17,00], Bésteiras . E 9.25] 9,30) 19,00] 19,05
Bésteiras É 8.50! 8,55) 17.15| 17.20]| Ferreira do Zézere | 9.45) 10,00] 19,20 19,35
Sernache do Bonini; | 9.35] 9.50/ 18.00] 18.10]| Tomar É «| 10.40) 10,50] 20,15 20,20,
Sertã — Largo Ferreira Ribeiro .|lo,lo) — [1830] — || Tomar — Estação [10,55] — |20,25] —

À — Efectuam se diariamente.

B — Efectuam se sos Domingos

Es
emma
Ata re

che, Ld.º

Concessionária las carreiras
de passageiros entre

COIMBRA e CASTELO BRANCO

TES HORARIOS, por motivo de
várias reclamações oficiais e par-
ticulares, baseadas no facto de
em Castelo Branco se perder
quási sempre o comboio correio,

– Chegada Partida

Coimbra continua como até aqui,
saindo da 1.º localidade às 9 ho-

Também não hã alteração
quanto aos dias em que as car-
reiras se electuam em qualquer
dos sêntidos.

EDITAL

Carios Martins, Conservador
do Registo Prediale Comer
cial e Presidente da Câmas
ra Manicipal da Sertã:

FAÇO SABER, nos termos
do disposto no S 1.º do Art.
18.º do Decreto n.º 14.974, de
30 de Janeiro de 1928, que :ão
por êste meio citados os herdei-
ros, crêdures, e quaisquer inte-
ressados no espólio deixado pot
António Farinha Calvário, na-
tural de Mosteiro Fundeiro, da
freguesia de Varzea dos Cava-
leiros, filho de António Farinha
Calvário e de Maria Luisa, resi-
dente que foi em Buco- Zan, co-
marca do Zaíre, Colónia de An-
gola, falecido em 6 de anca
de 1941, para no prazo de trinta
dias a contar da data da alixa-
ção dêste Edital, se apresen’arem

deduzir qualquer impugnação no
processo de habilitação que está
correndo seus termos nesta Cà
mara Municipal.

E para constar se lavraram ês
te Edital e outros de igual teor
que vão ser afixados n s lugares
do estilo.

E eu, António Caldeira Fir-
mino, chefe da Secretaria, 0
subscrevi.

Sertã, 20 de Setembro de 1942
O Presidente da Câmara
Carlos Martins

Gardim

Rua Aureã, 139 2.º – D.
Telefone 27111
LISBOA.

Avisa o público de que foi for- |
cada a estabelecer OS SEGUIN-

ras echegando à segunda às 16,40.

Coimbra…….. 11,40

Figueiró…….. 14,00 14,25

Sentia cre. 19,90: 16,00]
Proença……… 16,45 16,56

Sobreira…….. 17,20 17,30

C. Branco…… 19,30

O horário Castelo Branco—|

por si ou seus procuradores, a |

Companhia Viação de Serna- Horário da Carreira de Passageiros enfre Oleiros e Sertã

Companhia de Viação de Sernache, Ld.

Part,

— |1850
19,25]20, 0
20,25

Concessioná-io :
SO SS E
Cheg. | Part.

Oleiros—Praça da República 6,00

Alto do Caval) .|6,35/6,40 |
Sertã — Largo Feriia Ribeiro, 7,35 | — |

Sertã — Largo Ferreira Ribeiro
Alto do Cavalos
Oleiro : — Praça da República

Efectuam-se diáriamente

EEE
Ee

[ASS

PEDRO D’OLIVEIRA
DOURADOR E PINTOR
SER TA

Ê – | -qp todos os trabalhos concernentes à

Donram pu: pintam 56 arte religiosa. Douramento em al-.

tares, a ouro fino, prata e douradura. Mordentes e brunidos.

TODA A OBKA DE TALHA — Tribunas, altares, case

tiçais, tocheiros, banquetas, cadeiras pacquiais, estantes

Reis a, cadeiras, guardaventos, etc., etc.. FINGIDOS: a
todos os mármores e madeiras.

Pinturas : . Bandeiras em séda com artísticas pinturas para ir
DOT” mandades; Imitação a damascos a côres próprias e
“escolhidas. Pinturas em Tabuletas em Vidro, Madeira ou Pedra.
Pinturas e retoques em imagens com esmerada acabamento,

“Pessoal habilitado que se desloca a qualquer ponto do Pais

“Auto-pintura à Pistola, pintura e reparação em autos e mobi

lias. Trabalhos à prova no distrito de Castelo Branco, Santas

rém. Coimbra, Guarda. Trabalhos na Exp sição do Mund>

Português e na Nau Portugal. Executam se todos os trabalhos
que respeitam a arte religiosa,

Horário da Carreira de Passageiros entre SERTÃ e ALVARO ‘
Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, Ld.’
Cheg. | Part.

Cheg. | Part. é
Sertã (Rua Cândido dos o – |425|| Alvaro (estrada ai: o 11,00
Maxeal . . 14,40 /14,40 || Cesteiro. . 10/11,10
Alto do Cavalo . “5, 20 /15,20 || Alto do Cavalo dt 20 li, “20
Cesteirol. – E 1530 15,30 || Maxeal, «112,00 112,00

Sertã Rua Cândido dos Reis) 12,15! —
” Efectua-se às 2.º feiras

Alvaro (esttada camarária) . 115,40.
Efectua-se aos domingos

E SES SE DEaÃ
A

Pagani doido cr

.0
EO
fa

légio de Nun’Álvares

SBEDSDRSDHHE SDELIEHHEHSS 8,
“e

Di nsbuênia SE O M A R coninanoai
ALVARÁ N.º 42

Secções masculina e feminina em edifícios”
independentes e afastados, tendo cada
uma o seu internato .

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ao Liceu — Ensino Liceal completo

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confortável e salutar

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SOLICITADOR ENCARTADO.

Enviam-se regulamentos com todas as informações a quem as solicitar

E’ amigo dedicado da ainda o não são. .
sua terra ? O valor e o bom nome da suà
terra dependem, em grande pat-
Indique-nos, como assinantes, | te, da propaganda que dela.se
todos os patrícios e amigos que fizer nêste semanário,

 

@@@ 1 @@@

 

Notas a ápis

 

(Continuação)

VERGILIO GODINHO, laa-

reado escritor, que ocupa
um logar de incontestávelrelêvo
na moderna literatura, vai ter
a honra de ver traduzido em
espanhol, francês e italiano o

canhar do Mando», cuja 2.º
edição está quási esgotada.
Pela pablicação desta obra,
Vergílio Godinho pode classi-
ficar-se, sem favor, um clássi-
co do pensamento português.

A erítica, que não peca por,

generosa, teceu os mais rasga-
dos encómios àquele romance.

Ão acaso, citamos aqui ama
Deguena passagem extraída do
nº 13, de «Viagem»: «…um
livro de granae personaliaade
literária, em que c dom da ca-
ricatura se iguala a um largo
poder de dramatização. O ca-
pítulo em que Vergílio Godi-
nho mais se mostra e afirma
na plenitude da expressão li-
terária é o que se intitala His-
tória dum crime. Há que saiidar
em V. Godinho um novo ro-
mancista que só por si basta-
ria para o impor e dignificar
a sua geração literária.

SED

NÃ noite de 4.º feira da se-
mana finda mais uma vez
tivemos o prazer de ouvir al
gumas esplêndidas execuções
do agrupamento musical dirt-
gido por Angelo Mendes, sim»
pático rapazinho com antênti-
ca vocação para a sublime ar»
te e que de quando em vez tem
patenteado às gentes da sua
terra os dons do afortunado
engenho que Deus lhe deu.
Bem agradecidos lhe estão
por isso e só lamentam que a
aproximação do frio abra um
longo compasso de espera nes-
sas serenatas deliciosas, sem-
pre aguardadas com intenso
“alvorôço, a ponto de obrigar
a saltar do leito morno, atrain-
do-as à janela, muitas da-
mas… em fralda de camisa!
a noite, a que nos referimos,
* apresentava-se lindissima: o
luar refalgia com raro encan-
to, em magia estranha, produ-
zindo, por entre os acordes
musicais, uma sensação de
volúpia…

“SO

O tempo refrescon bastante,
sinal evidente de que já
estamos no Outono.

Não tarda que as árvores se
dispam de folhas, que as lu-
fadas nórdicas soprem violen-
tas e o frio comevea torturar=
“nos. Mas o Outono e o Invera
no também têm belezas e ine-
fáveis encantos! Entretanto
virá o verão de S. Martinho,
com as habituais provas de
água-pé de mistura com cas:
tanhas assadas, tentação e de.
lícia mesmo para os que não
são devotos de Baco…

— DD

POR agui: já a maior parte!

* dos lavradores fizeram as
vindimas. o
» Salvo am ou contro, que se
pode considerar feliz, na ge-
neralidade êles deploram os
enormes prejuízos sofridos nas
vinhas, lamentando gue o pres
cioso sumo da uva seja tão
escasso gue não compense, se-
quer, as despesas de amanho
e tratamento.

CD

MAGISTRA:URA JUDICIAL

Foi transferido para Pôrto de

Moz o sr. dr. Armando Tôrres
Paulo, que excrceu, nesta co-
marca, v Cargo de Juiz de Di
reito e nomeado para o mesmo
logar o Delegado de 1.º classe,
servindo na 2º Vara de Lisboa,
sr. dr. Eduardo Marques Corrêa
Simões,

à DÊ OUTUBRO

Comemora-se em todo o País,

rio que teve mais como finalida-
de congregar os esforços dos
patriotas para inocular à Noção

regime já caduco e que os maus
| monárquicos haviam deslustrado
e envilecido, cegos pela cobiça
do mando.

Na luta violenta dos partidos,
por entre o tumultuar das paixões,
nem o próprio Rei, que estava
racima de tôdas as suspeitas, es-
| capou às invectivas!

Herdou a República muitos
êrros da Monarquia, não por cul-
pa, evidentemente, daquêles que,
paladinos de uma causa sagrada,
tudo sacrificaram em holocausto
à redenção da Pátria, mas dos
farsantes que viram no novo re-
gime o melhor esteio para a prá-
tica de vinditas eo mrio seguro
de satisfazer, à custa do orça-
mento, o irrefreável apetite que
os dominava…

O 28 de Maio pôs fim aos
desmandos e resgatou o País
de iniquidades cometidas. Portu-
gal, mercê do génio de Salazar,
o estadista eminente, impõe-se,
hoje pela sua honesta adminis-
tração Enanceira amor ao traba-
lho, respeito pelos tratados inter-
nacionais e altas virtudes patrió-
ticas.

Inferêsses regionais

No plano de melhoramentos
urbanos a executar em 1943,
acham-se compreendidas a repa-
ração da igreja matriz da Madei-
rã, a construção de um mercado
municipal em Oleiros e a cons-
trução -da igreja de Vila de Rei.

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E E) SE O) Ss
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é so “eu” a Vai a a

* AGENDA é

e A “a É “o Ed Ca “a É a É

Encontram-se: em Serna-
che, o sr. Hermínio de Oliveira
Guerra, de Lisboa; em Pedró-
g£ão Pequeno, o sr. dr. J. de
Barros Morais Cabral e fami-
lia, de Leiria e na Estradi-
nha, o sr. dr. Bernardo Fer-
reira de Matos e família, de
Lisboa.

— Da Praia da Granja re
gressou à Sertã, com sua es-
pôsa, o sr. dr. José Carlos
Enrhardt.

— Da Catraia regressou a

Lisboa, com sua família, o sr.
Raúl Martins.

— Retirou para Lisboa, com

sua espôsa, o sr. Joaquim dos
Santos,

na próxima 2.º feira, o 32.º ani. ;
versário da implantação da Re.
pública, movimento revolucioná-

a seiva de que carecia para pros-.
seguir a sua missão civilizadora ,

sem magnífico romance «Cal. ,€ gloriosa do que derrubar um |

A comarca da Sertã

Ars da Gomarta
| (Hoticiário dos nossos Correspondente

PROENÇA-A-NOVA, 19 — Por es
cassez de água para consamo da po»
pulação desta vila, tem vindo a t â=
mara Manicipal há já algum tempo
tratando de resolver o abastecimento
condígno das mesmas águas, quer ex»
plorando as nascentes já existentes e
que abastecem esta vila, quer estam

‘ dando a canalização das águas do Yale

das Ovelhas, que am dia despejará nos
respectivos depósitos água abandante
e cristalina.

Bom é que a ilustre edilidade mani=
cipal prossiga na sua árdua tareia de
zelar pelos interêsses dos seus maní=
cipes, principiando pelos desta vila,
tanto mais que na questão de águas
temos no concelho lagares e mesmo
freguesias maito bem abastecidas de
águas para consumo público, não oie»
recendo no estio o triste aspecto das
zaragatas do malherio que espera a
sua vez junto dos marcos fontenários
da vila, com o sea cantarosinho.

Quando regressava da feira de ga-
dos que se realizou no dia 8 do cor»
rente mês em Sobreira Formosa, e ao
passar no lagar de Yale de Urso, dea
uma queda que lhe originoa a morte,
o Sr. Domingos Pedro Alves, viávo,
de 70 anos de idade, natural e resi=
dente no lugar de Casais Fandeiros,
desta ireguesia. O extinto era pai do
or. Domingos Alves, conceituado cor
merciante em Castelo Branco.

—Com 70 anos de idade, faleceu no
dia 15, deste mês, .o Sr. José da Silx
va Carvalho, casado e residente nes=
ta vila. U falecido era irmão dos Srs.
Anibal e Diométrio da Silva Carvam
lho, residentes na vizinha vila da Sern
tã, a quem apresentamos sentidos
pêsames. É

ta
w
“MADEIRÁ, 23-No passado Domin
go pôs termo á existência Guilherme
Comes, de 20 anos, casado com Améx
lia das Neves, de 19 anos, natural e
residentes nesta iregesia.

Deixou um filho de meses. Ignoram»
-se as cadsas que motivaram este
drama, pois no sea lar reinava har»
monia.

SOBREIRA FORMOSA

DECLARAÇÃO

Tendo chegado ao meu conhe
cimento que algumas pessoas
mal intencionadas, inconscientes
e de maus instintos de Sobreira
Formosa, propagaram o falso
boato de que eu tinha falecido,
venho expor o seguinte:

Que estive 60 dias internado
no Hospital em tratamento ao
reumatismo tendo saído do mes-
mo em 20 de Agosto p. p.. Eq.
coniro-me, agora em via de rese

tabelecimento. e
Assim, Deus ainda não quiz

atender os desejos dêsses igno»
rantes e boateiros que tanto se
preocupam com a vida alheia.

Lisboa, 12 de Setembro de 1942

Sergio Gonçalves da Conceição

LUIZ DA GRUZ

Na Praia do Ribatejo faleceu,

na pretérita 6.º feira, o impor:
tante industrial sr. Luiz da Cruz,
sócio gerente da firma Tomaz da
Cruz & Filhos, Ld.º, muito co-
nhecido na Sertã e em tôda esta
região porque aqui veio, durante
muitos anos, tratar dos seus ne-
gócios e onde era estimado pela
sua honradez e qualidades de
carácter.
– Era casado com a sr.º D. El.
vira Nunes Corrêa da Cruz e
cunhado dos nossos amigos srs.
Aníbal Nunes Corrêa, aspirante
da Secretaria da Câmara Muni-
cipal e dr. Francisco Nunes Core
rêa, médico, da Sertã, a quem,
bem como à restante família en=
lutada, apresentamos os nossos
sentidos pêsames.

at ii
BENEFICÊNCIA

Com destino ao Hospital, re-
cebemos 50800 do sr. dr. Vergi-
lio Godinho, de Castelo Branco
e 20800 do sr. Mário Bernardo
Cardoso, de Lisboa.

tp
BAPTIZADO

Na igreja matriz da Sertã
baptizou-se, no último domingo,
a filhinha do sr. dr. Flávio dos
Reis e Moura, advogado e notá
rio desta comarca, e de sua ese
pôsa, sr? D. Judite Vidigal Ma-
rinha dos Reis e Moura.

Foram padrinhos da neófita,
de nome Maria Paula, sua tia
materna sr.” D. Aida Vidigal Ma-

rinha, de Pedrógão Pequeno e

seu primo, o estudante da Facul-

idade de Letras, sr, José Henri-

ques Ferreira Vidigal, da Ponti.
nha (Carnide).

rose
PIRATARIA

Mais um ataque traiçoeiro os
piratas do mar levaram a efeito
contra um pequeno barco de pes-
ca português ao aproximar-se
das nossas costas, de regresso
da Terra Nova. Trazia bacalhau
para consumo do País, da popu
lação portuguesa e talvez para
alimentar, também, — quem sa-
be?! –alguns compatriotas da-
quêles que praticaram a façanha
indigna e brutal, na sombra, sem
qualquer risco e, por isso, de
uma cobardia revoltante.

À proeza produziu profunda
indignação no País, que pede
providências eficazes contra os
desmandos dos piratas.

Aspecto do ataque, em, plenoijdia, de uma formação de bombardeiros britânicos
As oficinas perto de Paris, que trabalham para o exército alemão

A MARGEM DA GUERRA

JNecrologia) INSTRUÇÃO

| Foram colocados, em Oleiros,
o professor sr. José Dias Urbano
de Mendonça e, em Sernache do
Bomjardim, o professor sr. José
Nunes de Matos.

-— Foi transferido, do posto
escolar de Rabacinas, freguesia
de Montes da Senhora, para o
de S. Salvador, concelho de Peu
namacor, o regente sr, António
Ribeiro.

er

DOENTES.

Continua gravemente doente nas
Ribeiras (Fundada), tendo, segando
nos consta, piorado bastante nos úlm
timos dias, o Rev.º Padre Jusé Ra«
miro Gaspar.

— Também tem estado maito doen»
te a sr.? D. Silvéria da Cunha Valens
te, espôsa do nosso amigo sr. Jacinw
to A. da Canha Valente, da Sertã..

Fazemos sinceros votôs pelo restas
belecimento dos eniêrmos. :

“GA ibes—

Estrada Coimbra — Castelo
Branco

A grande estrada inter-províncial
de Coimbra a Castelo Branco, antis
quíssima aspiração dos povos da re
gião da Serra e que, no iaturo, virá a
ter benéfica inflaência no progresso e
bem-estar de tantas povoações, até.
há panco em absolato isolamento, vai
agora ser empedrada até ao limite do
distrito de Coimbra, do lado de Casn
telo Branco, e está sendo aberta na
parte que falta fazer do lado de Coims

i bra até ao limite do nosso distrito.

Depois, para conclusão, falta a ponte
sôbre o Zêzere, obra de arte notável
orçada em mil e duzentos contos e
que já foi posta em arrematação.

CrOIO

AÇUCAR E ARROZ.

Exactamente como no mês an-.
terior, continua durante o core
rente a venda, em mercado livre,
de açúcar e arroz, à população
da freguesia da Sertã.

FEIRA DAS VARAS

Realiza-se em 15 do corrente,
nesta vila, a tradicional feira das |
Varas, q

erro

CASO CURIOSO

E” digna de nota a representa»:
ção do concelho de Proença-a-
Nova na vila da Sertã, tanto en-
tre o funcionalismo como no co-
mércio: assim, são naturais da.
quele concelho o Presidente, um
vogal (que também é comercian-
te) e um cobrador da Câmara,
o Pároco, o delegado da Junta –
Nacional do Vinho, o escrivão –
das Execuções Fiscais, o chefe
da Estação dos Correios, o De
legado Escolar e uma professos
ra, um guarda-fios e um outra
comerciante |

E
Aos editores livreiros

Iniciou êste semanário a publi-
cação duma secção de crítica li- -.
terária. Para ele se péde o can.
| curso dos senhores feditores li-
vreiros a-fim de nos ayxiliarem
a espalhar o gôstospela leitura

meste recanto beirão. . |

Os nossos críticos apreciarão
as obras sob os pontos de vista –
literário, moral e cultural, den-
tro dagimparcialidade honesta em
que sempre trabalhámos. Esta
iniciativa tem duplo objectivo : —
servir o público e orientálo para
os bons autores; e auxiliar os
editores na difusão das suas
obras.

testa

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio .
e produtos da sua ingústria ?

Gastando uma insigniicância,
pode anunciá-los na «Comarca

 

@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã

Pas

DO PRO DO E

Excertos do discurso proferido pelo
“* sr. Manoel Farinha Portela na sessão solene:

ooo cenreqeno rec -nerimasaris asse

Em 1934/5 esconiravam-se aqui de
visita à sua querida terra alguns dos
seus filhos que permaneceram muitos
anos em Africa e Basil. Nessa ocasião
puderam verificar e obsvar a falia
dos meiss mais elem-ntares, indispen-
sáveis à vida dos povos, sobretudo
nestes tempos em que com çimos à
sentir outras nec ssídades e em que a
natural ânsia do progresso se notava
por tôda a parte. Alguns casos bastan-
te impressionante. se lhes depiraram a
atestar essa falta de meios, e pecial-
mente a falta de assistência médica.
Como exemplo, cito um caso :um-chef
de familiz que nº seu rude mister d
afrancar pedra, é ferido nú dos
bros por uma pedia. Negi ne
deixa passar tempo precioso e, quando
chega o médico, verifica tratar-se dum
tétano. No concelho não havia sôro e,
quando êste chega, passados dias, já o
doente se encontrava moribundo. A
falta do sôro, a incúria e o desleixo
causaram a morte a êste honrado chefe
de família, que tanta falta faz à vitva
e aos filhos que deixou na orfandade.
Como é de calcular o caso foi muito
comentado e, enquanto êste e outros
casos de. miséria se desenrolavam aos
olhos dêsses conterrâneos, o stado
Novo, na pessoa do seu Chefe, o sr.
Dr. Oliveira Salazar, compreendendo
bem a situação das populações menos
protegidas da sorte, sentindo as suas
necessidades e a sua ânsia de melhores
dias, pelo decreto-lei n.º 25.051, cria
as Casas do Povo.

Como Salazar, também os filhos des-
ta terra compreenderam que o. papel.
que estava reservado às instituições

Casas do Povo, era dum elevado al-:

carce social, especialmente em meios,
como este, onde o povo moureja no
trabalho e no sofrimento, entregue a si
mesmo e às contingências duma vida
incerta e difícil. Sorriu-lhes, por isso,
a idéia da criação duma Casa do Povo,
cujos fins e essência bem sabiam adap-
tar-se ao seu meio, e muito contribui-
ria para minorar a sorte de tantos con-
terrâneos seus mais infelizes. Esses
fins, que abrangiam um vasto progra-
ma de assistência e previdência de me-
lhoramentos locais é de instrução, que
poda ser ministrada na sede, com bi-

lioteca e passa-tempos úteis para os

sócios, que assim se iriam afastando

das casas de bebidas e outros meios

perniciosos ou menos educativos, eram

razão e estímulo bastante pata passa-
“Fem das idéias aos factos.

Um dia fez-se o pedido da sua cria-
ção, que foi concedida por 5. Ex.º o
Subsecretário das Corporações por
despacho de 2 de Maio de 1935 sendo
eleitos os seus corpos dirigeutes em 22
de Setembro do mesmo ano. Inscreve-

. Fam-se nela, como sócios todos os che-
fes de- família, parecendo estarem to-
dos. compenetrados da necessidade e
do alcance da obra crescente.

Porque a nossa Ireguesia é relativa-
mente pequena e pobre de recursos, o
auxílio de todos não bastava para co-
meçar. a enfrentar desde logo o magno
problema da assistência médica e ou-
tros como se tornava mister. Limitou
por. isso a sua acção, nos primeiros
tempos; à: concessão de pequenos sub-
sídios. Decorrido algum tempo, passou
a prestar assistência médica aos sócios,
assistência que desde 1938 se tornou
extensiva’a suas famílias.

Hoje que a nossa Casa do Povo se
encontra em condições mais favorá-
veis, com orçamento próprio elaborado
em harmonia com os preceitos legais, a
sua “acção totnar-se-á mais efectiva e

êstender-se-á a outras modalidades de

assistência e previdência, previstas pe-
la legislação aplicável. Assim é que,
nos’capítulos «Função de Assistência e
Previdência»: está consignada para o
presente ano a já muito apreciável ver-

a de quási 10.009800 para ocorrer às
despesas previstas no dito orçamento
e que abrangem as seguintes rúbricas :
assistência médica, subsídio de doença,
subsídio de invalidez, subsídio por

Interêsses da Lavoura,

Encontra-se, presentemente, |

nesta vila, adido ao Grémio da
Lavoura da Sertã e Vila de Rei,
o regente agricola sr. José Teo-
dósio Bento, da Assistência Té-
enica da J. N. V, para, gratai-
tamente, prestar aos agriculto morte e sub ídio po: nascimento. Nes-
tas condições, com Os recursos de que
já dispomos hoje, não é de admirar que
as situações, como a atrás referida, te-
nham desaparecido, o que nos é grato
constatar sempre que ago. vemos 1Ô-
d. a gente eco re ao mé ico pa a o-
correr os seu d entes

te carácter cap:Z de prestar socorros
clínicos tão completos a sócios e suas
famílias pela módica quota de 1850

não haja dificuidades 4 remover, iacv=
nas a preenchr e tanto maiores que
ti é cer não ira mosà jovida

Bom povo treat
í A ID eng

à extensão. o fim altamente

cristão destas institu:ções ou para to-

mar inteira responsabilidade dos car-

social E

sar o confessamos, porque algumas
vezes os estatutos deixaram de ser ri-
gidamente observados.

Todavia, com a vontade: de acertar
que já se nota, com a fé que a muitos
anima, com a época de renovação que
atravessamos, cremos bem que a nossa
Casa do Povo, dentro do espírito para
que foi criada, dentro da disciplina que
o Estado Novo Corporativo impõe e
na qual se encontra integrada, contnua-
rá a sua marcha ascensional, lenta, mas
firmemente no caminho que a gente no-
va lhe há-de rasgar num futuro próxi-
mo, quando possuída de outras normas
de trabalho e de concepções novas sô-
bre o dever colectivo e o ideal supe-
rior da vida.

Pela minha parte, tenho bem viva
essa fé, tenho esperanças nesse futuro
breve, em que os novos me aliviarão
ou mesmo substituirão, tomando a sua
quota-parte nas reponsabilidades e na
defeza do que já realizâmos, lutando
por uma causa que era de todos e sa-
crificando-nos por aquilo que já hoje é
património comum do nosso bem ama-
do torrão natal,

cecrossorsos ccencbsocavo seco son 08

Quem não podemos olvidar também
nêste momento é V. Ex.2, sr. Gover-
nador Civil, à porta de quem nunca ba-
temos em vão, sempre que solicitámos
o auxílio, moral ou material, de V. Ex.2,
A acção de V. Ex.? em todo o distrito
de Castelo Branco e a defesa que tem
tomado pelos interêsses de todos, es-
pecialmente dos trabalhadores, dos hu-
mildes e pobres, são bem conhecidas.
Como exemplo, basta citar a atenção
e o carinho que litimamente mereceu a
V. Ex.? a situação aflitiva da pobre
gente desta freguesia, quando a falta
de pão provocava já a fome em muitos
lares. V, Ex.? providenciou imediata-
mente para que fôsse abastecido êste
-povo, que agora se julga na obrigação
de lhe fazer a devida justiça e de lhe
prestar as suas homenagens, muito sin-
ceras e agradecidas, com uma entusiás-
tica salva de palmas.

Coco DEDCosCoNEPOA COLADO oro CASO se

Se vivemos uma época de renovação
nacional, que nos trouxe a revolução
aos costumes e à administração, per-
mitindo-nos o ressurgimento do nosso
Pais e juntamente os benefícios incom-
paráveis da Paz, que há alguns anos
vimos desfrutando num mundo que se
destrói, na luta mais atróz, a esse al-
guém, que é o noso Chef: o devemos.
Embora haja dificuldades e perigos na
hora presente, e se pressinta que umas
e outros possam vir a aumentar, não
desanimemos e confiemos em Salazar,
porque êle, o timoneiro de fé inque-
brantável, de inteligência esclarecida e
de vontade decidida e firme, há de con-
duzir a porto seguro a barca que vem
comandando com tanto acerto e que os
profissionais da desordem e os prêéva-
dores de doutrinas dissolventes e der
rotistas desejariam ver submergir.

res interessados todos as escla-.

recimentos, quer sôbre desinfec-
ção, de vasilhame, quer sôbre
correcções de mosto, quer, ain
da sôbre tôdas as práticas con-
ducentes a uma boa vinificação.

No seu próprio interêsse e
também no da Economia Na-
cional todos os vinicuitores de-
vem utilizar os serviços do refe-
rido agente técnico, tanto mais

que êie é prestado inteiramente

grátis,

Prestemos-lhe, pois, também aqui as
nossas homenagens e o preito da nos=
sa profunda gratidão.

secos rao Casa gns seno roDe nao renan a ças

Subscrição para a constru=

ção da estrada Madei-
rã-Alto da Cana

cansporte da lista n.º 5, 7.6408;
D. Amélia Gaspar, Lisboa,

25800; D Alzira Je-us Ferreira,

Lisboa, 20800; D. Maria dos
Santos Jorge, Lisboa. 20$)0; D.
Amélia de v. Barata, Lisboa,
20$00; Adamastor Martins, Lis

“bo, 2080); António Rosa, Ma-

deirã, 2080 ; Leoprido Maciei-
ro, Viadeirã 2 ‘$00; Martins Coss
ta, Lisboa, 10300; Alberto Cos
t+, Lisboa, 10800; jaime Barata
de Almeida, Lisboa, 10800,

A transportar. … 7 815800

Pela Comissão,

José da Silva

Na verdade, qual é a instituição dês-

mensais ? Isto não significa, porém, q.e .

gos que lhe competem dentro da sua |
administração. Daí o motivo, com pe- |

me rr mr

eira E

Hiso

Eh

SERTÃ- Paços do Concelho

“Diário Popular”

Em 22 de Setembro principiou
a publicar-se na capital um novo
jornal, denominado «Diário Po
pular», e que pela contextura; se.
adapta perfeitamente ao título.

Dirige o, interinamente. o sr.
António Tinoco e tem a colabo-
tação de alguns dos mais impor-
tantes jornali tas de Lisboa. De
formato e aspecto gráfico agra-
dáveis, dispõe de diversas sec
ções, tôdes valiosas pelo interês-
se e oportunidade das informa
ções e linguagem cuidada e ex-
pressiva, em que se adivinha o
talento do escritor e a mestria do
verdadeiro jornalista.

Espiêndidas são as secções de
<Depois das nove», dedicada ao
teatro e cinema, «Comentário»,
em que se bordam assuntos le-

nina» e «Crónica Internacional».
Publica, cotidianamente, um con-
to, leve e bem urdido.

O novo jornal lê-se, de fio a
pavio, sem fadiga, antes com
grado e verdadeiro interêsse.
Com tais. predicados, o «Diário
Popular» conquistou já, por cere
to, a simpatia do público. que
não lhe regateará o auxílio de
que carece para se manter e pro-
gredir.

São êstes os votos que formu
lamos, ao mesmo tempo que
agradecemos a sua amável visi-
ta. A” ilustre Redacção do novo
jornal dirigimos as nossas felici-
tações pela arrojada iniciativa a
que se abalançou, eriçada de di.
ficuldades, que. nos tempos a-
ctuais, representa qualquer publi-
cação periódica.

rg
Recibos devolvidos

– Dos recibos enviados, última-
mente à cobrança, a diversos
assinantes da Província e locali-
dadês da comarca servidas por
estações postais, voltaram alguns
devolvidos e quási todos com a

se encontram ausentes. Tornan-
do-se impraticável, na generali-
idade proceder já a uma segun-
da cobrança, pelos encargos que
| representa, e causando nos trans-
tôrnos a falta de recebimento das
importâncias com que contáva-
mos de ante-mão, tanto mais que
elas se referem a números publi-
cados, agradecemos que todos
tos nossos estimados assinantes,
a que nos referimos, nos enviem,
“sem dilação, as quantias de tais
recibos e que constam dos «visos
– que oportamente receberam das
– respectivas estações.

Temos uma série de despes’s
constantes a satisfazer, encargos
a que não podemos faltar e por
isso é de esperar que seja toma-
do na devida conta o nosso pe-
dido.

Para êle agradecemos, pois, a
“melhor atenção

| A Administração

INGÊNDIO

Na fabrica de destilação de re-
sina do nosso amigo sr. José
Martins Manso, sita no Vale Ma-
deiro (Várzea dos Cavaleiros),
manifestou-se um incêndio na
última 6.º feira, causado por faú-
lhas que da chaminé da fábrica
se propagaram a algumas barri-
cas de gems; nã: era possível
extinguir o fogo destas, ma- os
trabalhadores da fábrica. auxilia-
dos por Igumas dezenas de pes-
soas, que acorreram logo, agi-
ram com tal presteza e agilida
de — antevendo o perigo e a gra-
ve extensão que podia assumir

ves do dia a dia, «Página femi..

indicação de que os destinatários

o sinistro — que, passado pouco
tempo removiam para longe as
outras barricas de gema e de
pez e os bidons de água rás, em
número apreciável, enquanto ou-
tras pessoas lançavam grandes
porções de terra sôbre as barri-
cas incendiadas. Assim, O fogo
limitou-se a consumir as barricas

as faúlhas.

Algum tempo depois aparece-
ram os bombeiros com o res-
pectivo material que apenas pro-

nada ser preciso. Os prejuízos,
contudo, sobem a algumas deze-
nas de contos.

A necessidade de prestar so.
corros urgentes, quando de si-
“nistros, nas diversas povoações
do concelho servidas por estra
das, em que é fácil a deslocação
| do pronto-socôrro, mostra que é
de tôda a urgência ligar as sedes
de freguesia, que aínda a não
“possuem, e os centros industriais
| à Sertã por uma línha telefónica,
| despesa que, a nosso ver, podia
em parte ser suportada pelos
| próprios proprietários das fábri-
icas. Este complemento, para a
‘ prestação imediata de socorros,
– é indispensável.

tro
| Atingido por um tiro

Acompanhado pelo médico
municipal de Oleiros, sr dr.
Acácio Barata Lima, deu entra-
“da no hospital da Sertã, na 6.º
feira, João Antunes Nogueira,
‘de 17 anos, filho de João Antu-

nes Telhsda, de Alvaro, que, na
! manhã daquêle dia, seriam 8 ho-
‘ras, ao entrar na oficina do ser
ralheiro José Barata da Silva, foi
“atingido, involuntâriamente por
um tiro de arma caçadeira de
dois canos, de carregar pela bô-
ca, que o Barata acabara de co-
locar na forja a fim-de substituir
os piros; a «spingarda não per-
tence a» serralheiro que, com

de gema sôbre que tinham caído.

cederam ao rescalio, visto mais |.

é natural, desconhecia que um.

dos canos estivesse carregado

O rapazito recebeu a carga na
coxa e mão esquerdas. crendo-
se que o seu estado não é gt–
ve. Prestaram-lhe os tevidos so-
corros o sr. dr Barata Lima e o
director do huspital, sr. dr. An:

“gelo Vidigal,

Amizade peninsular

Ao dar conta da sua orienta-
ção política interna e externa,
numa recente «nota olíciosa», O
Govêrno de Espanha confirmou:
a inalterável amizade com Por-
tugal. E” evidente que as rela
ções entre os dois países não
podem ser mais estreitas, mas a
ratificação de uma sincera ce mú,
tua amizade, slém de robustecer
a confiança recíproca dos dois
Povos, tem pr jvcções benélizas
em todo o mundo, que c ntínua
a considerar a: Peninsula Ibérica.
em sólido bloco de Paz, um
oásis, digamos onde se podem
acolher as infelizes vítimas das
perseguições e torturas da guerra
nesta desv-irada Europa nutrin-
do a esperança de que Portug 1
e Espanha -erão seguros pilares
sôbre que se há-de firmar, no
futuro, a concórdia en:re as nas
ções h je desavindas :

O sr. dr. Oliveira Salazar, Pre-
sidente do Conselho e ministro
dos Negócios Estrangeiros, logo
depois de tomar conhecimento
da ueclaração aludida, telegrafou
ao ministro dos Assuntos Exte-
riores de Espanha, exprimindo
o quanto sensibilizou o Govêrno
e todos os portugueses «a con:
firmação feita com tão expressi-.
vo relêvo da. estreita. amizade:
com Portugal».

A união entre os dois países:
firma-se na afinidade moral e es=
piritual e na comunhão de inte-
têsses, que o conflito, com as
suas consegiientes repercussões, .
mais tem. estreitado,

«Sp Br
Ponte da Várgea carreira.

Continua em lamentável estado-de
abandono, a arrainar-se de ano para
ano, a ponte da Várzea Carreira, sô»
bre a ribeira da Isna, nas proximida-
des do Chão da Telha, a ánica-que:
faz a ligação dos concelhos de Sertã –
a Vila de Rei. A ágaa das chavas,..
caindo sôbre o pavimento em que não
existe escoante, prodazia já tão gran=:

Í des infiltrações que o taboleiro tem.

uma enorme barriga !

Se as duas Câmaras Municipais nah
se consertam para, lhe acadir, dentro
em breve a ponte ruirá, e as popula»
ções que a atilizam virão a sofrer
graves prejuízos nas suas transa
ções comérciais, hoje bastante impor-

Be

tantes, tanto mais que aquela ribeira
não tem vad! durante o inverno.

Já por ER de uma vez falâmos na:
absoluta nedessidade de proceder à
reparação desta ponte, fazendo eco
dos desejos das popalações interessa=

das. :

Anulação de comparticipa-

ções do Estado

Foram anuladas as compartici-
pações de 5.7868 e 1.9568 con-
cedidas pelo Estado, respectivas |
mente, às Câmaras Municipais
de Sertã e Vila de Rei, para .
abastecimento de água à povoa-
ção de Feiteira e à freguesia da
Fundada, por as obras não terem
sido executadas dentro de todos
os prazos, devendo os processos

| ser arquivados, -ados, –