A Comarca da Sertã nº312 24-09-1942

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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO

REDACÇÃO. É ADMINISTRAÇÃO

= FUNDADORES ração
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
“J7E Dr. Angelo, Henriques Midigaia= * +
EA António, Barata e Silva, E
a José, Barata Corrêa: e: Silva:
Eduardo Barata la Silva Corrêa

RUA SERPA PINDO- “SBRTA Eae

A | TELEFONE
ANO VII Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses dae comárca da Sestã: concelhos de Sertã | o é E a
N.º 312 | Oleiros, Proença=a-=ova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) || 41942

Notas

nosso País concorreu à 10º

Exposição Internacional de
Filmes em Veneza — a cidade
lindíssima da Itália edificada
no meio de lagoas, bem cara
cterística pelas poéticas gôn-
dolas—e teve a sorte de ver o
filme «Ala-Arriba» receber a
taça «Prémio Bienal», na mes:
ma categoria de «Goyescas> e
«Sangue de Viena», obtendo-o
nono logar entre trinta gran:
des filmes e classificando se
em. quinto logar entre treze
nações concorrentes,

O prêmio Mussolini para o
melhor filme estrangeiro fot
conferido ao filme alemão «Der
o Koenig» (O Grande

ei

Tudo leva a supor que a
classificação fôsse bem dife-
rente se, além da Alemanha.
hobvessem entrado no concur-

so os países produtores de

grandes pelícalas cinematográ-
ficas, tais como a América do
Norte à França e « Rússia.
Pelo parte que nos tota, de-
vemo-nos sentir, se não orga-
lhosos–o que não seria justt-
ficável – ao menos algo satis
feitos, porquanto segando se

erpressa o enviado especial,

dum diário da capital que as
siístiz ao certame—<o filme por-
toguês que fora Veneza repre-
senta os primeiros passos, tí-
midos e pobres. do cinema
portogrês no Mundo», e que
«basta que se saiba em Porta-
gal gue centenas de jornalis-
tas exigentes, técnicos, drtis-
tas e amadores de- cinema es-
tiveram durante hora e meia a
contemplá lo e acabaram por
aplaudí-lo».

E” ainda o mesmo jornalista
que afirma que algans filmes
passaram por lá sob uma gé-
lida indiferença! Quere dizer
que o filme dos poveiros man-

feve se e desperton certa cu

riosidade. E não admira: a
faina do mar, curiosíssima nos

seus motivos e nos costames

simples dos valentes e audazes
pescadores, em desafio perma-
nente aos vagalhões imensos,
traz atractivos e encantos ir-
resistíveis aos povos que sa-
bem perscrutar os segrêdos do
OCEANO. «o a

Que ao menos o prémio con.
ferido ao filme nacional sirva
de incentivo aos nossos cine-
matografistas para que, de fa
taro, consigam mais e cada

vez melhores produções. Salvo

uma ou outra bem rara exce.
pção. o cinema português é
pobríssimo: feltam-lhe os re»
cursos financeiros, os verda-
deiros realizadores e os ar-
tistas de talento e nem sempre
têm sido felizes os motivos
escolhidos.

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

A FREGUESIA DO PÊSO PROGRIDE

Desponta, no horizonte, o Sol ra-
dioso, querendo afagar, com vo-
lúpia, a linda aldeia do Pêso, como que a
associar-se, em indefinível ternura, à sua
grande festa, à comemoração dum acto so-
lene que ficará, para sempre, a marcar 0
triunfo duma terra beiroa, de gente labos
riosa e hospitaleira, da melhor estirpe, por-
tuguesa de lei, que no seu coração, tal re-
licário precioso, conserva o culto idolatra-
d> da Pátria e as virtudes austeras, puras
e inconfundíveis da Raça. –
E’ esse o seu brazão, nem outro quere
essa gente boa e simples do Pôso, que nas-

1 DE SETEMBRO DE 1942!

ceu para o trabalho honrado, para lutar e.
se engrandecer, Ali, explorando o solo po-

e tenazmente ao trabalho, na ânsia, bem

legítima, de alcançar uma vida indepen-.

dente e de contribuirem para a prosperi-
dade do torrão natal, a pequenina aldeia
que êles amam com êxtase, com arroubo
quási místico …

Assim se explica que a odanais te-

nha progredido extraordináriamente nas

duas últimas décadas, conseguindo-se me-
lhoramentos tão valiosos que fazem inveja
aterras de mais elevada categoria; da se-
de desapareceram, quási por completo, as
ruas de mato e agora vêmo-las bem calça-
das, de piso suave; muitos dos velhos e
negros pardieiros deram logar a palacetes
elegantes e confortáveis, sôbre que se re-
clinam preguiçosas trepadeiras, numa bi-

garria de côres que encanta os olhos, pon-

do uma nota de rara gracilidade; e os jar-
dins, na frente dalgumas moradias, mos-
tram que existe ali uv sentimento do belo,

No capítulo de obras, prôpriamente, de
interôsse público, teríamos bastante que
dizer, mas, para não fatigar O leitor, basta
citar algumas realizadas de há meia dúzia
de anos a esta parte, como a ponte sôbre

|DEGORRERAM BRILHANTISSIMAS AS FESTAS DE INAUGURAÇÃO DA SUA: GASA DO POVO

o Bostelim, a construção da escola femini-
na e a captação e canalização de águas.

O Pêso é hoje uma aldeia interessante,
digna de ser visitada; domina-a a alta tôr-
re da igreja matriz, que se avista ao redor
de muitas léguas, tôda vranquinha…

e 9%

A construção dum edifício próprio pa-
ra sede da Casa do Povo é a plena afirma-
ção do espírito de iniciativa dos habitantes
do Pêso e a demonstração de que o seu
povo está absoluta e incontestâvelmente
integrado nas doutrinas do Estado Novo
Corporativo e delas pretende obter, com

acerto é inteligência, todos os direitos e os

mais altos benefícios materiais e morais;

bríssimo, tem, as-
ou not «im, & nÍ-
centros tida €
comer- palpável
ciais im- visão das
portan- realida-
tes, conde des por-
a vida se que, pa-
agita em triota
torveli- como é,
nho ou, quiere
ainda, acompa-
nas pla- 4 nhar o
gasadus-: País na
tas de “profun-
A’frica e. da renc-
Brasil, vação
os filhos ‘ que se
do Pêso ‘ opera
entre» ER de dd em. todo
gam-se VISTA PARCIAL DO PÊSO ‘ a edifício
resoluta. social. e

cujos alicerces assentam, precisamente, na
satisfação dos direitos das aiandos traba-
lhadoras.

A sede da Casa do Povo é sumptuosa
e elegante, dispondo, no primeiro andar,
dum amplo e magnífico salão, gabinete da
Direcção. e biblioteca, onde se ostenta uma
estante votada à memória do sr. Manoel
Joaquim Farinha, oferecida por seu filho
sr. Artur Farinha da Silva, activo indus-

trial residente em Lisboa e-que encerra já
côrca de 200 volumes; as fachadas princi-
pal e posterior dispõem de amplas varan-
das; no rés-do-chão ficam o posto médico
e as divisões necessárias para instalação

“da Junta de Freguesia, Regedoria, Posto

do Registo Civil e Correio. À construção
importou em 79 contos, para que contri-
buiram: Fundo Comum das Casas do Po-
vo, 17.0004; Junta Provincial da Beira
Baixa, 4.5008; Fundo da Casa do Povo do

Pêso, 18.5008; Comparticipação do Estado, |:

22.5004 e contribuintes particulares,
16.5008.

Continua na 8, página
pág

ETA lápis

Nor TICIÂMOS no iltâno nú»

mero, por informação da-
da pelo nosso estimado Cora
respondente de Sobreira For=
mosa, que naquela vila e sen:
termo catram, em Ii do correns.
te, dia em que por ali pairom
fortíssima trovoado, pedras

Comp as E

i CASTE ELO +

granizo maiores que ovos aa

galinha!

Ac contrário do que muita
gente pôde supor, não há era
gêro algum nesta informação,
pois uma pessoa de tôda a
respeitabilidade afirmou – nos
que diversos indivídaos, atin-
gidos pelas pedras, ficaram.
muito magoados e algans bas-
tante: feridos, estando a. rece
ber tratamento!

Livra! Que tal era a iolêma
cia dos pedregulhos, heint ‘

Deve ser facto inédito nesta –
Egas

os e Ra da Cu. : :
miada e Marmeleiro de-::

vem agora sentir certo alívio.
por se verem livres, pelo mes
nos durante bastante tempo, :
dos coelhos e das lebres, mal-.
ditos roedores, que lhes dizis

mavam, sem dó nem piedade,

hortas. e vinhedos, tratados .

com tanto cuidado -eà casta :

de incalculáveis sacrifícios. E?
que naquelas freguesias estão
sendo feitas grandes batidas ..

desde o dia 15, em que se ini”

ciou a caça.

Se às entidades competentes. ni
tivessem merecido a necessária

atenção as reclamações dêsses

agricaltores, de que agui fi-

zemos eco por mais duma vez,
já há muito teria desapareci-
do o amargo e duro pesadêlo de
quem se vota todo inteiro ao

labor da terra, nama inta por. .

tada, tenaz e quiçá heróica, o

Yue basta para merecer todo o |

nosso respeito e. admiração.
Mas, enfim, não há bem’ que

sempre dure e mal que não .’

acabe… a

centemente falecido em Lisboa,
visitou a Sertã há anos, ocn-

-pando então, ao que parece, o
posto de tenente-coronel. Veio –

com outros oficiais fazer qual-
guer estudo na região e agri
se demorou nns dias, hospe-

dando-se no extinto Hotel Cen. =.
trad.
Tão encantado ficon com as

belezas naturais da nossa ter.
ra que nunca se cansava de as
avregoar sempre que se ofere-

a

sr. General João Carlos “*
Pires Ferreira Chaves, res

cia ensejo. Da Sertã teve seme

pre as melhores lembranças,
que uma rápida passagem “e

os anos volvidos não conse-

guiram desvanecer,

Já que muitos sertanenses.
têm em pouco aprêço as ex
celências da sua terra, sirva
ao menos de consolação o fas

cto de os estranhos Seritireima,

E por ela, a merecida simpatia, simpatia

 

@@@ 1 @@@

 

5 DA PANE
Japira Catra mam à
ao ELSE snes io ea np
Ns S ER

em er OA CT da dá

:
E:

af

No piano “go obras.de águaa

e saneamento para 1945. nas
quais serão despendidos 20.327
contos de comparticipações, en-
contra-se abrangido o abasteci-
mento de águas a Sobreira For-
tosa, concelho de Proença-a-No- |
va e a Vila de Rei.
“Pelo «Fundo de Melhoramen-
tos Rurais» foram concedidas |
comparticipações para as seguin-
tes’ spas a e no próximo
ano :

A’ Câmara Municipal de Vila
de Rei, para abastecimento de
água à povoação da Ribeira, 2.º
fase, 5.765800; concelho de -Olei-
ros: construção da estrada muni
cipal que liga a estrada nacional
59:22, Cassl Novo ao Alto da
Am ieira, e abastecimento de água
a Sar adas de S. Simão, Subral
de Cima e Madeira; concelho de
Proença-a-Nova; pavimentação
da estrada municipal de Sobreira
Formosa à estrada: nacional” n.º

fito Regionais |

12-1,3; construção: do -caminho-
vicinal de Maxiais a Sobral Fer-
mando e aba’tecimento de água
& Cimadas Fundeiras e Monti-
, nho; concelho da Sertã: constru-
gão de estradas municipais de
ernache do Bomjardim. a Vila
de Rei, da estrada. nacional n.º
12-1.º a Vale do Pereiro e Cruz
do Seixo e sede .do concelho a

ge A Comarca da Sertã

DEEP A

Prancisco Marques Camas é

mulher, saindo Amanhã para Lis.
boa e- embarcando para Lourenço
Marques, com Sua iilhinha, no
vapor do mésimo” úome, em 30
do cortente, vêm, por este meio,
e tha impossibilidade de o fazer

pessoalmente apresentar as des |

p didas a tôdas as pessoas das
suas relações e amizade, vlere
“cendo-lhes os-seus préstimos na
capital da Colónia de apRamb-
que

Sernache do Bomjardim, 2i
de Setembro de 1942.

Cumiada e Palhais; construção
do ramal” da estrada naci nal
59.2.º ao limite do concelho;
cunstrução da ponte do Ribeiro
se Larnapete e respectivos acess
sos; reparação da es:rada de Ser-
nache do Bomjardim a Nesperal;
e abastecimento de água a Naves
e Vale Gudinho, Castanheiro

Grande, Casal do Calvo, Rama. :

lhos e Sesm:; concelho de Vila –

de Rei; abastecimento de água a –

Casal Novo «e Milreu; concelho ,
de Mação : construção dos cami-
nhos vicinais Casas da Ribeira
é Vale da Mua a Envendos e
abastecimento de águas a Casas
da Ribeira, Arg-nil, Casais de S.
Bento, Pracana e Monte Reco-
me e construção da rua Cândido
dos Reis em Amêndoa,

fr Obrigações dos contribalites

Detante O corrente mês, de-
vem ser apresentados os reque-
rimentos, em papel selado, pe-
“dindo o pagamento da contribui-
ção de 1943 em quatro prestações,
para as colecias de : contribuição
predial superior a 20800; -contri
buição industrial súperior a
400800; imposto profissional (pro-
fissões liberais) superior a 400400;
e imposto complementar superior
a 400800. As pres’ações em que os
conhecimentos – venham a ser di-
vididos, são venciveis em janeiro,

Abril julho e Out.bro

O requerimento pedindo essa
divisã-, poderá ser formulado nos
seguintes termos :

Exm.º sr. chete da secção de finan-
ças do “concelho de.. 3 —F…, morax
dor em (e com Estobe lecimento
de. – Ireguesia de.. ) vem requerer a
v ex” que a sua e niribaição (od im-
posto) do próximo an) de . , seja di»
vidida em quatro prestações trimes=
trais: r

—Pede deferimento

(Data e assinatara, que não carece
de ser reconhecida).

Postais com vistas da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)

Vendem se nesta Redacção ‘
Colecção de 7 postais — 7800

“ANUNCIO

TOR (2º Paiblicação)

“No dia 3 do. próximo mez de
Outubro, elas ,12 horas, no Tri.
bunal Judicial “desta comarca de
“Sertã, em virtude da carta prêcas
tória vinda da 7º Vara da co
marea de: Lisboa e extraída dos

aitos de execução por custas con-‘

tra D. Rosa Xavier Tavares da
Mata e outros cuja execução corre
os seus termos pela 4.º Secção da
72 Vara da referida comarca de
Lisboa, hão=de3ser postos pela pri
meira ves em praça, para serem
arrematados pelo maior. lanço ofes
– recido, superior aos valôres que

“adiante se indicam, os seguintes

– prédios pertenicentes aos executados
Manuel e Euiza, menores, filhos da
executada Rosa Xavier Tavares da
“Mata do logar da Relva, freguesia
dd Vila de Rei, a suber :

C Nº i-Uma casa que serve de
“pelado, na Amendoa, registada
na Conservatória do concelho de
Mação sob o n,º 7.278, e inscrita
na mutriz respectiva. sob o arte?
157. Vai á praça no “valor de
– 180500, do
N.º QmUma casa pará habita.
“ção, no sitio da Amendoa, regista-
ida na conservatória do concelho de
Mação, sob o nºº 7,279, e inscrita
na respectiva matriz sob .o art.
163. Vai à praça, no valor de
4. 080800,

Nº 8 Uma terra com oliveiras
na Tapada do Casal, freguesia de
“Amendoa, registada na Conserva
tória do concelho de Mação sob o
nº 7,280, 6 inscrita na respectiva
matriz sob os art.º 140, 1/4, 141,
143, Vai à, praça; no qvalor de

3.564640,

Nº dm Um fernêno inculto, ter-

ra de “Mato, pinheiros e eucaliptos, |

Vale Escusa, freguesia da

1, do concelho de Mação sob o
9:4,281, e inscrito na respectiva
je sob o art.º 197. Vai á pra-
Ho valor de 470580:
à N.º 58-—Uma terra de mato. pi
a aipado ie eucaliptos no mesmo: sítio
e freguesia, registada na Conser-
catária dosconceiho de Mação sob
on. 7.282 e inscrita na respecti-
va matriz sob o vrt.º 204, Vai á
praça no valor de 488540.
= Nº 6—Uma terra com vinha,
terra de semeadura com oliveiras
e outras arvores de.fruto, no Ino
fésto, freguesia da: Amendoa | res
gistada no Conservitória do con
– celho de Mação sob o 1.º:7.288, e
inscrita na respectiva matriz: sob
os artigos 209 e 210, Vai à praça
no valor de 14,528880,

0a, registada na Conserva-:

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Curso de Admissão

N.º 7— Uma terra com sobreis
ros, na Tojera, freguesa de Amen-
doa. registada na conservatória do
concelho de Mação sob o n.º 7.284,
e inscrito na respectiva matriz sob
o art.º 5,292, Vai á praça nofjvas
lor de 908880.

N.º 8&— Uma terra com oliveiras
e muto, na Córga, freguesia de
Amendoa, registada na Conserva-
tória do concelho de Mação sob o

Vai á’ praça no valor de 193960,

N.º 9— Uma terra com oliveiras
e mato, no Vale Marianos fregue-
sia de Amendoa, registada na Con-
servatória do concelho de Mação
80d o nº 4.286, e inscrita na res-
pectiva matriz s0b os art.” 6.283
e 6.289, vai à praça no quo de
382880, gi

No. 10-=Uma terra’ de ida é
pinheiros, no Vale Troviscoso, fre-
quesidíade Amendoa, registada na
Conservatória do concelho de Mas
ção sob o n.º 7 287, e ingerita na
respectiva matriz 06. ourt 6.306,
1 Soto,

N.º 11-=Uma terra de mato e
pinheiros no Vule Feio, freguesia
de Amendoa. registada na Consera
vatória do concelho de Mação sob
ón.º 7,288 e inscrita na respecti=
va matriz sob o art.º 5.845. Vai
á praça no valor de 998580.

“Nº 12 Uma ‘terra de mato e
pinheiros no Vale“ da Carreira,
freguessa de Amendoa, registada
na Conservatóris do concelho de
Mação sob o n.º 7.289 e inscrita
na : respectiva matriz sob o art.º

2,225. Vai á praça no valor de
BBaBÃO,

n.º 7.285 é inscrita na respectiva
E matriz sob o art.º 6,200 e 6.214,

46. Vai à praça no valor de).

N.º 18– Uma terra de mato, no
Infésto freguesia de Amendou
registada na conservatória do con-
celho de Mação sob o neº 7.290 é
inscrita na respectiva matriz sob o
| art.º 208, Vai à praça no valor de
919860,

Nº 14-— Uma terra de mato,
nos Cabecerros, treguesia de Amen.
doa, registada na Conservatória
do concelho de Mução sob on.

matriz s0b.0 arti:GLd4Í, 1)2, Vai
á praça no valor de 39560.

N.º 15— Uma terra de mato no
mesmo sítio é freguesia, registada
na Conservatória do’ concelho de
Mação sob o n.º 7,292 e insorita
na respectiva matriz s0b o art.º
6.459, 1/2, Vai á irrga no valor
de 101520, E

Bom Jesus, freguesia da Amendoa,
gegistada:na Consérvatória do con
celhovde. Mução s0b 0 n.º 1.293 e
inscrita na respectiva matrizgsob, 0
arte 5,035. Vai á raças tea valor
de 101520,

Nº 17— Uma” terra “de mato 6
pinheiros, no Vule da Horta, fre-
guesia | da; Amendoa, registada na
conservutória . do, concelho de Ma-
ção sobon.º 7.294 e inscrita na
respectiva matriz sub o arte d.986.
Vu: à praça no valor de 2500.

Sertã, 31 de Julho de 1942:
: Verifiquei :
“O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe de 2.º Secção,

Angelo Soares Bastos

7.191, e inscrita na respectiva

N.º 16— Uma terra de mato, nô |.

Emissões is ESTADOS UNIDOS

Es EM LINGUA-PORTUGUESA
“(Recorte esta Tabela para referência futura)
Horas Estações Dias Ondas curtos
815 WDJ Todos os dias,…. 897 w( 7565 mc/:)
8,15 WROCA 3º feira à Domingo 31,02 m( 967 mc.)
= 815 WNBI Só 2.º teira…….. 25,23 m (1189 m:/)
E 30 WROA 8.º tesra à Sábados, 3102a( 967 mc/)
930 WNBI Só 2.º feira ce. …0 + 2023 m (1169 me/.)
1930 WDO Todos os disse ,…. 207 m(1447 me/s)
2030 -: WRCA Todos os-dias,…. 198 m(1516 mc/:)
20,45 WGEA 2.ºfeira a Sábado.. 1956m (1555 m:/)
2230 WGEA Todos os dias,,… – 1956m (1538 mo/.)
22:80 WDO Todos os dias ,…. 20,7 m (14,47 wo/:)

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“AVI CAMPANHA DO VINHO

A Junta Nacional do Vinho co-
munica à tuuus us viniculiorea da
sua área de influencia que, à
exemplo dos anos anterivres, man-
iém uisiribuidous por tuuo o país
técnicos especialisados em Eno-
logia encarregados de lhes pres-
tarem assiiência técnica efectiva
durante o periodo das: vindimas.

« Atendengo, poiém, à escassez
€ elevado cusio aciual dos meius
de transporte, não pouerão Os
técnicos, comu O taziam anierior-
mente, ir às própiias auégas aos
vinicultores oferecer Os seus piés-
timos.

Deverão, por isso, todos os
ViniCuiiOiEs Interessados requisi
tar OS Seus serviços por intcrmé-
dio das: Delegações e Agencias
Concelhias aa Junta Naciunal do
:Vinho ou dos; Grémios de Lavoura,

— Estês nossos técnicos enton-
tram-se “aptos a prestar todos os
‘esclarecimentos’ pedidos, quer sô-

quer ainga sôbre todas as práti-

cas conducentes a uma bôa vinis

ficação. –

No próprio interesse dos vini-
cultores e | no interesse superior
da Economia Nacional, não se
uevem deixar qe utilizar Os ser
viçus que graiuilamente, são pos
tus à disposição ua vinicultura.

Junta Nacional do Vinho.
«Q; Presidente,
José-Penha Garcia

| Papel para embrulho
| Vende-se nesta Redacção,

bre desintecção de vásiihame,;
Quer sÓvie correções de mosio,;

Companhia Viação de Serna-
nache, Leda

Concessionária das carreiras
de passageiros entre,

COIMBRA E CASTELO4
BRANCO

& Avisa o, público, de que foi fore
çada a estabelecer OS SEGUINe
TES HORARIOS, por motivo de
várias icclam. ções vfíciais e pare
uCulaies, Dastauas no factu qe
em tCasicio Branco se perder
quási sempre o combuio curreio,

Chegada Partida

Coimbra… cce 11,40
PIBUCIHO Sc osço 14,00 14,25.
derãocoseo soco 15,30 1600
Froença….0… 16,45 1656
Sobreira… 17,20 17,30:

C. Branco… eco; 41930 :

O horário Castelo; Branco— :
Coimbra continua: como: até aqui,
saindo da 1.º localidade às 9 ho-

ras e chegando à segunda às/16,40,

– Também não hã altetução
quanto aos dias em que as Cara
reiras se efectuam em qualquer
dos sentidos.

Ci “az Sra

Curso-dos liceus.

Admissão aos liceus

e Instituto Comercial
e Industrial.

SERNAÇHE DO BOMJARDIM

 

@@@ 1 @@@

 

“ devoção fiel às doutrinas do Es-

– representante

– nica Vilbregense

A Qomarca da Sertã

A FREGUESIA DO PÊSO PROGRIDE

“(Continuação da 1,2 página) –

Dos contribuintes particulares
há a destacar, pelo valor dos
donativos, os nomes dos sis.
Mário M:ndes de Oliveira, Al-
fredo Farinha Portela, Guilher-
mino Ferinha Portela, Januário
Nunes, Artur Farinha dá Silva,
Ernesto Dias e P.º ] sé Caetano
Farinha e muita gente do pevo
ofereceu quási tôdas as madeiras
empregadas na con trução.

Fica sem menção nesta lista o
nome do st. Manoel Farinha
Portela e compreende se: é que
êstes elementos foram extraídos
do seu discurso pronunciado na
sessão solene e o grande bene-
mérito peça por excessiva mo-.
déstia .

C be equi dizer duas palavras
sôbre êste filho do Pêso, que
soube conquistar o afecto dos
seus patrícios e a admiração do
povo do concelho de Vila de
Rei pela sua, b;ndade, espírito
de iniciativa e in:xcedível amor
à sua terra, a par-de uma ener
gia férrea posta ao serviço das.
aspirações locais e sem a qual o
Pêso não alcançaria a posição
de destaque que hoje desfruta e
que o volver dos anos há de tor-
nar mais elevada Tem tido ma-
gníficos cooperadores, sem dú-
vida, p.rque a obra realizada
era excessiva para as fôrças de
um só homem, mas Farinha Por.
tela é a alma de todos os me-
lhoramentos públicos da sua fre-
guesia op:rados ns últimos
anos: sem o seu bairrismo, de-
dicação p-las classes pobres e

tado Novo Corporativo não seria
possível construir o edifício da
Casa do Povo, para que contri-
buiu nã: só com importantes so
mas mas com o seu esfôrço te:
naz e firme propósito de vencer.

Tendo passado em Angola o
melhor temps da mocidade e
onde, pela sua invulgar activida-
de. conseguiu fortuna, era bem
natural que, ao regressar à Me
trópole, buscasse o mereci o re-
pouso. limitando-se a usufruir as
comdidade: que o dinheiro pro
porciona, crredando-se de fadi
gas, aburrecimentos e ingrati-
dões que não lhe dão interêsse
nem proveito! Preferiu lançar se
na luta extenuante em benefício
da sua terra a recolher-se ao
eguís o, como quási tod’s os
homens nas suas cond ções; mar
cou a directriz d: sua vida p los
princípics inflexívei do bem co-
mum, inlif.rente a invejas e até
a rancores daquêles que são ia-
“capazes de mover uma pedra em
prol do s>melhante…

General Carmona, Dr. Oliveira
Salazar, Governador Civil, De-
legado do 1. N. T.e P. e Dice-
ção da Casa Povo, secundados
vibrantemente, pela multidão pos-
tada no largo; algumas gentis
aldeãs lançavam sôbre os visi-
tantes nuvens de pétalas.

O sr. Governador Civil rece-
be, numa salva de prata, a te-
soura que lhe é entregue pela

pequenita Maria Luíza, interes

sante filhinha do sr Manoel da
Silva Proes, da Boafarinha, e
corta as fitas que simbôlicamen-
te vedam a entrada principal ea
porta de ingresso ao posto de
socorros, inaugurando, assim, a
sede da Casa do Povo. As ma-
nifestações atingem então, Oo
delírio Depois de uma visita a
tôdas as dependências, o st. Go:
vernador Civil e comitiva seguem
para a residência do sr. Manoel
Farinha Portel:, onde lhes é ofe-

recido o almôco.

De tarde realizou-se a sessão

Solene comemorativa da inaugu-|

ração. Preside o magistrado su-
perior do distrito, ladeado pelas
entidades que o acomparam des-
de Castelo Brancô, pelos vogais
da C. M. de Vila de Rei srs.
José Lucas Martins e José Ber-
nirdo, pároco e pelo sr. Mário
de Oliveira Tavares, que repre-
senta a C, M de Mação e a J.
de F. de Cardigos.

Usaram da palavra os srs Ma
noel Farinha Portela, que rela-

ta o papel desenvrlvido pela.

Casa do Povo do Pêso, d-sde
1935, amo em que se fun lou, e
xterioriza tôda a sua alegria da
sua alma pelo grande aconteci-
mento que se comemora; Artur
Farinha da Silva, que tece um
hino-ao Estado Novo pela reali-
zação das gran ies aspirações na-
cionais e a Salazar, obreiro má-
ximo -da ‘ Revolução Nacional,
congratulando-se por verificar
que o seu torrão natal está abso
lutamente integrado nos sãos
princípios nacionalistas; Albino
Pires Santana e José Lucas Mar
tins, que jubil isamente se asso
ciam ao legítimo e bem com
preensível orgulho do povo da
freguesia do Pêso pela consecu
ção dum melhoramento que re-
presenta uma gr nde conquista
social; o sr. Delegado do 1. N.
T. e-P. descreve atrçis lar.
gos, a função das Casas do Po-
vo e o seu p:p:l benéfico nos
meios rurais, fazendo votos por
que as duas restantes freguesias
do esncelho, Vila de Rci e Fun-
dada, se esforcem por ,criar as

Extremamente modesto Fari-
nha Portela não quere elogios
nem homenagens Basta s-ntir-se
intimam: nte satisfeito por contri- ‘

buir para a Í licidade do seu:

torrão netal,
dd
“r

Eram 13 horas quando che-
gu aos límites da povosção o
sr. Governador Civil do Distrito, ‘
acompantado do secretário geral
e do sr. Del-gado do Instituto
Nacional de Trabalho e Previ
dência na Covilhã Os visitantes |
eram ansivsam:nte esperados pe-
las. auto idades Incais, membros
da Dire ção da Casa do Povo,
da € ânara Múni-
cipal de Vila de Rei, pároco da
freguesia Rev.” Sebastião – de
Oliveira Cardoso, dr. Eduardo
de Castro, cem substituição do
facultativo municipal. e médico;
da Casa vo Povo, sr. dr. Pon-
ces de Curvalho pessoas gradas
da fregu sia e «director de «A
Comarca da Sertã», que lhes

apresentaram cumprimentos de |

boas vin la, «o mesmo tempo
que estralejovam dezenas de fo-
guetes e mortiros ea Pilarmó-
executava O
Hino Nacion 1. Pormou-se logo
após um cortejo que se dirigiu
à Casa do Pove; durante o curto
trajecto soltaram-se calorosos vi-
vas ao Estado Novo e aos srs,

suas Casas do Povo o mais
de-pressa. possível. Encerra a
sessão 0 sr. Governador Civil,

“que saúda calorosamente o sr.

Parinha Portela pela sua acção
patriótica em prol da freguesia

‘do Pêso, mostrando o seu rego-

sijo pela feliz realização que re-
presenta a existência da Casa do
Povo.

Por entre entusiásticas acla-
mações são descerrados os retra-
tos de S. Ex** os srs. Presiden-
tes da República e do Conselho.

A” noite, promovida pela pro-

fessora sr”. D Maria Joaquina
Boavista, realizou-se, no largo
fronteiro à escola Masculina uma
interessante récita, a que assistia
ram centenas dê pessozs. .
Durante & dia houve extraot-
dinária animação. Nas janelas

viam-se lindas colgiduras e as.

ruas ap esentavam-se muito bem
ornamentadas de bandeiras e
verduras e, à entrada das princi-
pais dísticos nacionalistas.

Dada a importância dos dis.
cursos dos srs Parinha Portela
e Farinha da Silva reservamos a
publicação de algumas passagens
para o próximo número em vir-
tude da f Ita de espaço não no
-lo permitir fazer h je.

Eauardo Barata

NOTÁS DA SOCIBO ADE

– No Santuário de Fátima, realle
Zou-se, no dia 15 do corrente, O
enlace matrimonial da sr* D.
Ema de San ie Marinha Guima-

rãis, da Sertã, filha da sr D.

Maria : Olimpia de Sande Mari-
aha Guimarãis e do sr. dr. Aq-
tonio Nunes -de Figueiredo Gui-

sr, Ricardo Moreira dos Reis, de
2.º classe da 9.º Vara Judicial

noiva, sua irmã sr.* D. Judite de
Sande Marinha Guimarais, desta
vila e o Rev.º P.º Guilherme
Nunes Marinha, da Póvoa da
Ribeira Sardeira e, do noivo,
sua irmã, sr* D. Iria Morcira dos
Reis, de Penafiél e o Rev.º Aba-
de de Novelas, sendo .celebrante
o Rev.” P.º Eduardo Filipe Fer-
| nandes, digno pároco desta fre-
guesia. CA dio fiat ani
| Aus. noivos, que-.ficam a resi-
“dir na: capital, desejamos tôdas
as venturas que merecem pelos
– primorosos dotes de coração que
| OS Exornam..

Francisco Pires de Mura, escri-
vão notário, aposentado, desta
comarca e sua espôsa, srt.” D
| Inácia Maria Tavares de Moura
foi pedida em casamento, para o
“sr. Eduardo Costa Cardim, filho
do nosso patrício e amigo sr.
Norberto Pereira Cardim, distin-

D.- Júlia Costa Cardim, de Lis-
boa, a mão de Mademoiselle
Maria Justina Belchior Rossi, fi-
lha do sr. Augusto Justino Ros-
si, solicitador forense e da sr.?
D. Aipertina Belchior Rossi, da
Sertã.

O enlace deve electuar-se em
princípios do próximo ano.

En Tomar, onde se encontra-
va acidentalmente. teve o seu
feliz sucesso em 15 do corrente,
dando à luz uma menina, a sr.?
D. Floripes Curado Glória An.
tunes, dedicada espôsa do nosso
amigo st. Francisco Antunes, di-

nanças dêste concelho.
Mai é filha encontram-se bem.

4.

Pelo engenheiro-geógralo sr.
dr. Alexandre António Veiga da
– Gama Vieira, de Coimbra, foi
| pedida em casamento, no dia 12
ido corrente, Mademoiselle Lu-
cla Baptista Manso, filha do
nosso amigo sr. António A. Lo-
pes Manso, Delegado Escolar, e
da’sr.? D. Virgínia Bapti-ta Man
so, professora oficial, da Sertã..

o l
Deu à luz um rapazinho, no
pretérito sábado, a sr.º D, Maria
| Alice Belo Figueira Lima da Sil-
iva, dedicida espôsa do nosso
: patrício e- amigo sr. Raúl Lima
da Silva, quintanista da Faculda-
de de Medicina da Universidade
de Lisboa.
A parturiente e o recém nas.
cido encontram-se de saúde,
PN
Td ‘ x
Também, nº: passada 2.º feira,
deu à luz uma robusta: menina,
a sr.* D: Judite Vidigal Marinha
dos. Re’s e Moura, dedicada eso

 

vio dos Reis e Moura, advogado
e- notário. da Sertã. -«
: Mai.e filha estão bem.

rose omsae E
FESTA DO CRUZEIRO
Em 13 do corrénte, domingo,

houve. uma singela e enternece

| dora festa na S-nhora dos Remé-

dios, em que colaboraram o
Rev º pároco desta freguesia, P *
Eduardo F. Fernandes meninas
da Juventude Católica e cri ngas
da Cruzida, Eucarística. Estas
depuseram flores na base do
Cruzeiro da, Independência. ali
erecto, r citaram poesias alu ivas
ao acto, entoando, no final, hi-
nos religiosos perante a assis-
| tência de muitos fiéis.

maráis, advigado, e hotário, já |
falecidos, com 0. nosso:-amigo:

Penafiel, “digno “escriturário de:

de Lisboa. Foram padrinhos da:

Em 13 do corrente, pelo sr.

to solic’tador encartado e da sr.?,

gno aspirante da Secção de Fi-

Recibos devolvidos

Dos fecibos enviados, última-
mente, à cobrança, a diversos
assinantes da Província e locali-
dades da comarca servidas por
estações postais, voltaram alguns
devolvidos e quási todos com a
indicação de que os destinatários

do se impraticável, na generali-
idade, proceder já a uma segun-
da cobrança, pelos encargos que
representa, e causando nos trans-
tôrnos a falta de recebimento das
importâncias com que contáva-
mos de ante-mão, tanto mais que
elas se referem a números publi-

os nossos estimados assinantes,
a que nos referimos, nos enviem,
sem dilação, as quantias de tais
recibos e que constam dos avisos
que oportunamente receberam
das respectivas estações.

Temos uma série de despesas
constantes a satisiazer, encargos
a que não podemos faltar e por
isso é de esperar que seja toma-
do na devida conta o nosso pe
dido.

Para êle agradecemos, pois, a
melhor atenção.

A Administração
rose

Vai acabar a falta de trocos

falta de trocos, O que traz gran-
des prejuízos e arrelias ao públi-
co e sobretudo ao comércio.

Para a atender, foi permitida
à Casa da Moeda a emissão de
mais um milhão de moedas de
20 centavos e de-meio milhão de
um escudo; assim, serão lança-
dos em breve em circulação 200
contos das primeiras e 500 con-
tos das segundas,

Varias vezes temos ouvido di-
zer que as moedas de cupro ní-
quel (20, 10 e 5 centavos) vêm

“| sendo criminosamente caçadas

para as fundições |! Acrediâmo-
lo, porque a ganancia não tem
limites e a dureza da lei raras
vezes lhe serve de travão!

esa

A aldeia do Pêso precisa dum
– Telefone púbiico
À aldeia do Pêso, no concelho

de Vila de Rei, que já conta ho-
je um comércio de vulto e tão

 

pôsa do-nosso amigo sr. dr. Flá.:

importante que muitos morado-
tres das freguesias de Marmelei-
“ro e Cumiada, do nosso conce-
ho, vão ali abastecer se com re-
| gularidade, precisa, quanto an-
ptes, ser ligada à réde telefônica
geral e para o assunto chamamos
a atenção da Câmara Municipal
do respectivo concelho e do sr.
Director dos C. T, T. do distrito.
Outras terras de igual catego-
ria, mas de menor imporiância,
o possuem de há muito. O Pêso
verá, assim, realizada uma das
suas mais instantes aspirações,
de que nos fazemos eco, tão cer=
to é que nos limitamos a inter-
.pretar Os desejos legítimos e jus-
tos dos seus habitantes e sobre-
tudo do comércio local, que ago
ra, mais do que nunca, vem soe
frendo graves prejuíz.s coma
irregularidade das correspondên
cias, que não recebe nem expe-
de todos os dias. 8
– O telefone, atenuando essa des.
vantagem, proporcicnaria a rá-
pida ligação .com: todo o: País..

Vida municipal

Em.8 do corrente teve o Con-
selho Municipal do concelho da
Sertã a Sua reúnião ordinária,
resolvendo : alterar algumas ta-
xas de impostos indirectos, fixar
a nova t.bela de precos de alu-
guer de automóveis e manter,
para o próximo ano, as mesmas
percentagens sôbre as contribui-
ções do Estado que vigoraram
durante o corrente.

Em substituição do Presidente.
da Câmara, sr dr. Carlos Mar-
tins. assumiu a presidência o Vi-

ce Presidente, sr, dr. Francisco
Nunes Corrêa,

se encontram ausentes. Tornan

cados, agradecemos que todos

Cada vez se acentua mais a |

‘reira, de Santarém.

Notase lápis

(Continuação)

«À VOZ» de 13 do corrente
inseria uma gravura que
horrorizava, quadro tétrico da
Europa faminta, sujeita ao
duro martírio da guerra: um
grupo de crianças recolhidas
vela Comissão lInternacionai
da Cruz Vermelha nas raas
duma cidade grega, infelizes
seres vítimas da mais horrível
monstraosidade humana; ess
gueléticas, a ponto de se sas
lientarem os ossos do rosto e
do tórar, caras maceradas pe-
lo mais cruel sofrimento, de
olhar vago e indefinido, cober=
tas de andrajos, braços e per»
nas mirrados, essas crianças
são o testemunho expressivo &
elogiiente da miséria dos nose
sos dias, um lampejo da mais
inaudita brutalidade. do
E quem sabe lá se tôdas elas
não serão filhas dêsses heróis
cos soldados que deram o sem
sangue pela defesa da pátria e
que todo o Mundo admirou
pela sua extraordinária vas
lentia ! eu
Que irrisão!

Paróquia da Sertã

Por virtude de continuar doen=
te o Rev.” Vigário José Ramiro
Gaspar, e impossibilitado de
exercer o manus sacerdotal, as-
sumiu as funções de pároco des-
ta freguesia o Rev.º P.º Eduare
do Fihpe Fernandes. E

A provisão foi lida à missa
conventual de domingo passado,

é

Muito sentimos que o Rev.”
Gaspar tenha deixado o seu cars.
go por falta de saúde e fazemos
os mais ardentes votos pelas suas’
melhoras Ao Rev.º P.º Fernane
des apresentamos 0S nússos res-
peitosos cumprimentos e fazemos
sinceros votos por que, no des
semp-nho das novas tunções, en- |
contre as maiores facilidades: e.
todo o auxílio vos seus paro-
quianos.

O sr. P.º José Ramiro Gaspar
saiu para casa de seus pais, na:
Ribeira (Fundada), no passado
domingo.

BENEFICÊNCIA.

Com destino aos nossos pôs .
bres teve a bondade de entregar
nesta Redacção a importância de
10$00 a sr.? D. Mariana do Cars
mo Blanco, de Lisboa.

Agtadecemos.. –
er

ea aa aa ea a” “
» AG ENDA Eq
es EA Ca % Ea Co af nd

Encontram-se : na Sertã, os
srs. general A. Couceiro de
Albuquerque e espôsa, Cons=
tantino da Craz Moreira e fas
mília, de Lisbvae capitão Raúl
Vidigate família da Pontinha;
na Póvoa da Ribeira Sardei-
ra, a sr.º D. Mariana do Car-
mo Blanco; nos Calvos, o sr.

Albano Antanes Costa e tamí-

lia; na Bernardia, o sr, Mar
nuel Pedro e no Cabegado, «os
srs. José Entório Martins” e
espôsa e Garlos Garcia e es-
pôsa, de Lisboa. É sbre

— Regressaram : da Figuei-
ra da Foz, o sr. dr. Armando
Tôrres Paulo e família e, de
Monfortinho, o-sr. dr. Carlos
Martins.

—Estiveram: na Cumíada, .
o sr. Jacinto Pedro e na Ser
tã, a srº D Maria da Pieda-
de Leitão Vidal, seu filho sr.
Manuel Vidale o sr. Levi Gon- .
calves, de Lisboa; na Passas
ria o sr. Joaquim Simões fere

— Com: sua familia retirom

para Lisboa o sr, dr. José Nunes da Silva

 

@@@ 1 @@@

Doutor João Rodrigues: de: Castelo-Branco:

(CONCLUSÃO)

Nêste: período: nascem: e vivem os:
maiores de tôda a. Nossa História em.
todos os campos de actividade. Os
Castros, os Gamas, os Pachecos, os
Albuquerques, os -Almeidas assombram
o mundo e dão leis aos mares. Os gran-
des.do pensamento e do sentimento não,
déixam que suas façanhas se d:sfaçam
como- as ondas várias e inconstantes,
dêsses mares que subjugaram. Ca-:
mões, Bernardim, Côrte-Real, Pereira.
Brandão, Sá de Miranda, Ferreira, Dio-
go Bernardes, Gil Vicente, Barros, Cou-.
to, Goes, Osório, Castanheda, e, quan-
tos“ outros ?! são-essa: pléiade enorme
que: leva o nome-de:Portugal a tôda a
parte, já pelos seus altos escritos, já:
pelas suas próprias pessoas, frequen-
tando os maiores centros de cultura do:
mundo, convivendo: com: os astros-de
primeira grandeza, da época, —- Eras-
mo, Lutero, Melanchthon, Bembo, San=
nazzaro, Trissino, Ariosto, Tasso, etc,,
— deambulando, enfim, pelos maiores
centros da-luz —Roma, Turim, Vene-:
za, Florença, etc. , etc.

A Oomarsa da Berta

pelo dt. José Lopes Dias
(Critica de J. A. Pereiro)

“destes tempos, correndo as suas obras,
“em numerosissimas edições e traduções:
o:mundo: inteiro,-e Amato-jaz nas som-.
bras do, esquecimento e, esquecido está:
também perante a História da Ciência,
em Portugal, durante muitos séculos.
Caprichos da sortel. Enquanto
Garcia d’Horta. vê as suas principais.
“obras — Os colloquios dos simplices e.
drogas — correrem. mundo traduzidas,
em várias línguas, logo apó: a sua pu-
blicação, em Goa, acomp2nhando ainda
o seu-nome, uma ode do-própio- Camões:

Aquele único exemplo o
De pobreza heróica e ousadia,

ccvece sc. posso Decos sos.

Amato Lusitano jaz-durante cerca de
400 anos debaixo duma enorme lousa
de ingratidões e esquecimentos por
quem dele só recebeu justo renome, al-
ta nomeada — a sua Pátria, a sua Ter-
ra Natal Eis o mais alto, merecimento,
do livro de Lopes Dias. No dia em que

Os próprios clássicos latinos, Vergi-
lio, Horácio, Plauto, Tito Lívio, se es-
curecem, ante os grandes clássicos, mo-
dernos, portugueses.

E” entre estes embaixadores da ciên-
cia e da arte que enfileira a nobre fi-
gura de-Amato Lusitano, e, assim, ve-
mos também esse extraordinário via-
jante, levar o nome português aos cen-
tros de maior intelectualidade: dessa
época: — Antuérpia, Ferrara, Ancona,
Ragusa, Roma-e Salónica.

“Durante esta longa peregrinação, o
grande português e honradíssimo e leal
Albicastrense, tem como clientes os
papas, Os príncipes, os grãos-duques e
é o médico de suas famílias; convive,
estuda e prelecciona com as: individua-
lidades de maior renome científico, da
epoca. =. – E á é de

E” estimado, respeitado e juloado
competentíssimo, em tôda a parte.
Prelecciona, como catedrático, na uni-
versidade de Ferrara, em companhia:
de Cafrani e outros ilustríssimos anató-

“micos, €, aqui faza sua importante des»
coberta (1547) sôbre a. existência das
válvulas das veias que devia logo re-
voluciôonar tôda a ciência médica, erra-
da neste ponto, desde 2 mil anos, an-
teriores a Amato Lusitano. Sofre a sua
descoberta um atraso de 72 anos se-
pultada pela força dos preconceitos
autoritários e tradicionalistas, pois só
em 1619, Harvey, de-certo, a utilizou,
por iniermédio de seu mestre, Fabricio
de Acquapendente que provou a ver-
dade..da descoberta de Amato, 6 anos
depois da sua morte.

Passando à parte 4.2, da obra do Dr.
Lopes. Dias, aí. vemos logo, talhada,
como se fosse em mármore ou. granito,
a bela definição da orientação geral da
cultura na Europa por motivo da Re-
nascença, definição feita pelo Dr. Lo-
pes Dias e respeit.nte ao período que
vai dos meados do século XV aos mea-
dos do século XVII.

— «Era à hora do triunfo da obser-
vação directa sobre a informação dog-

mática e da critica documentada sobre.

a repetição servil, numa ansia imodera-
da de revisão e de combate aberto ao
AULOTILATISMO:S eo rapa ias ias ari oia

Despertava uma atitude nova perante
o mundo físico, do respeito pela ver-:
dade objectiva, de desprêzo por tôdas
as superstições autorizadas ou tradi-
cionais. »

Diz Lopes Dias — «a Renascença as-
sinalava-se, também, pela observação
escrupulosa dos factos, de conteúdo
propriamente científico »

De facto, neste período, brilham os
grandes. génios : — Descartes, Malle-
branche, Pascal, Gallileo, Torricelli e
Bacon, grandes reformadores dos mé-
todos científicos, verdadeiros alicerces
das ciêticias modernas.

Mostra Lopes Dias como os portu-
* gueses contribuiram para esta grande
revolução, já escrevendo, já viajando
pelos confins do mundo donde traziam
informações e estudos de valor — bo-
tânicos,. etnográficos, nauticos e geo-
| gráficos; aprendiam a observar em fa-
* ce das duras realidades das coisas,
afirmando como Duarte Pacheco: —«a
experiência é madre das coisas e por
ela soubemos radicalmente a verdade »

E” interessante o paralelo feito por
Lopes Dias entre Amato Lusitano e
Garcia d’Horta, o mais célebre médico
e botânico português dêstes tempos.
Amato .é um poliglota, versado no la-
tim, grego, hebraico e árabe, não fa-
lando nas principais línguas vivas da
Europa que conhecia: também. Horta
escrevia mal e era inferior em conheci-
mentos botânicos ou mesmo médicos, a
Amato Lusitano.

Amato, segundo Ricardo Jorge, «foi o
primeiro registador da história natural
em terra portuguesa. Deve ser consi-
derado o primeiro e mais autoriz:do
precursor dos estudos modernos da flo-
ra e da fauna indígenas.»

Entretanto Garcia d’Horta, brilha co-
mo primeira figura médica € cientista

200000 0 rocr00 censo norea

| portuense, Director da Faculdade de

o sol da justiça e .o alento da gratidão
‘ deixe de iluminar e animar os espíritos
‘e os mártires da ciência e do bem, ai
! da humanidade que rastejará numa noi-
te de trevas sem fim! :

Segue-se a 5 à parte do livro onde!
há referências importantes de historia-
dores, críticos, amigos-e tradutores de
Amato Lusitano, antigos, .contemposá-
neos, estrangeiros e portugueses.

Faz-se menção especial ao grande

Medicina do Porto, Maximiano de Le-
mos, trabalhador incansável, a quem os |
beirões já devem a exumação histórica
de Ribeiro Sanches, outro grande vulto
da Beira: Haixa, além de Amato Lusi-
tano. Finalmente expõº-se o célebre
juramento de Amato Lusitano, docur
mento dos mais cél-bres da humanida-
de, no seu género, talvez superior ao
de Hipócrates, glorioso pai da medicina
antiga. :

Que os sábios de hoje meditem nes-
se juramento e firmem na sua cons-
ciência que nunca será a profunda ciên-
cia, adquirida com as maiores cansei-
ras, mesmo com os maiores riscos, que
fará os homens imortais, admirados e,
“eternamente queridos da humanidade,
mas só quando essa ciência for posta
ao serviço do bem .e salvação dessa
mesma humanidade. Por isso, «se são
raras as estátuas, nas praças públicas
e nos. jardins da Europa que celebram
essa rara aliança do grande saber com
a grande caridade, aliança que segundo
diz — Paulo de Mantegazza — iorma
um dos caracteres mais altos que: pos-
sam honrar a natureza humana» — le-
vantem os beirões uma estátua dessas
na séde da sua provincia para mostrar.
que não se é só grande pelo muito sa-
ber mas, principalmente, pelo bom uso
que se faz desse sabe”, e que, se é do
coração que derivam os mais nobies
sentimentos que fazem a verdadeira
grandeza humana, também é daqui, do
coração de Portugal que partem esses
altos exemplos quê sustentam em bases
e a dignidade dos homens e das na-

es.

Resta-me dizer algumas palavras sô-
bre as últimas partes da obra que es-
tou estudando que são das mais inte-|
ressantes. São : — «A nota especial so-
bre as descobertas de Amato Lusitano
e outras anotações ao texto.

Uma referência ligeira

Amato Lusitano narra numa das suas
obras intitulada — «Primeira Centuria
“de Curas Medicinais» — o seguinte;
«em 1547, em Ferrára, fizemos disse-
car doze corpos de homens e de ani-
mais e reparámos, estando presentes
grande número de homens doutos, que
em todos acontecera o mesmo, como
aí tambem notava João Baptista Cana-
ni, anatômico digno de admiração» —
nam anno 1547 Ferraria duodecium
corpora humana et brutorum dissecare
fecimus, et in omnibus ita venisse, mag-
na doetorum hominum spectante con-
cione. vidimus, ut ibidem quoque adno-
tabat Joannes Baptista cananu-admi-
randus anatomicus.

O que é que acontecia ? Era que cor-
tando a veia cava na parte superior e
soprando para a inferior por meio du-
ma -canula introduzida no vaso, toda a
mesma veia se dilatava na parte infe-
rior juntamente com a veia sem par.

Porém, cortando a veia Azigos na
parte inferior e soprando com uma ca-
nula para a parte superior a veia cava
não se dilatava nem tornava túmida.

Nan si venam cavam in parte supe-
riori secueris et fistula in ea intromis-
sa versus prrtem interiorem sulfleve-
ris, tota .ipsa cava vena in parte infe-
riori simul cum vena sine pari injlabi-
tur…. – sedsivenan sine pari in par-
te infima secueris e immissa fistula,
ora ventum versum partem superiorem
impuleris.. .. vena cava non inflabi-
tu nem tumida evadit ,…crers couro

consvatosc ss, 0 condessa noso, 00

ds, pela 1,2 vez nas obras de Lusita-,
“mn

no €-só nas dele. í :
s29— São testemunhadas por Falo-
-pio, discípulo de. Canani que para sal-

var O. mestre chamava : criminoso 20 |
Amato Lusitano a quem dava as culpas |

-de espalhar” estas -doutrinas (julgadas
Talsas), ps
3.º — São: testemunhadas por Vesa-;

lara destas experiências, dava O caso,

ideias: tradicionalistas…

tro italiano — Capparoni — em escrin.
‘to-recente, que alierando a-tradução’
‘do’ texto de Lusitano-que diz: eres
parámos; estando-presentegrande nús:
ro de homens doatos que a todos
acontecera o mesmo, como aí tam»

ilio, que para salvar Canani que lhe fa- |’

“como: pura- brincadeira, gracejos -de-|:
“Amato e de-Cariani, tal era o peso dass|’

E’ maito notável a opinião dam qu

bém notava J. B. Canano… loi-ma-

tros
da descoberta partiu do italiano J. B

êle, era apenas ali cireanstante…
observador como-todos os. outros hos
mens: doutos. que assistiram à expe-
riência!…

Este italiano — Capparoni — já não
é-da opinião dos:Fal -pios e Vesalios
que. achavam deshonroso que o seu;
Canano espalhasse falsidades erimi=
nosas, atribaindo tôda a culpa a Ama»
to Lnsitano e aqui -está-bem provado
que quem: promoveu, provou e fezver;
pela: 1.2 vez. a existência das palvu=
las das. peias e emendoa «s erros da,
circalação do sangae, foi Amato La-.
sitano. A todos os que podem ver- al=
guma coisa para além da onda anó-
nima que se cobre das vestes da opor=
tanidade, da autoridade, da tradição
para repetir: o que já está feito e ema
bargar as invenções, alma do pro»
gresso que sirva êste exemplo, de luz
e encorajamento pois que todo o ho-
mem sábio não deve ceder a escár-
neos. dificaldades e só uma ideia no-
pa certa, documentada, pode valer
milhares de anos e de ideias tradicio»
nais.

Conclusão

Vinte e sete anos depois das expe-
riências de Amato Lasitano, em Fer»
rara e 6 anos depois da sua morte é
demonstrada a existência das valva=
las das v.las e provada a doutrina de
Amato Lusitano por am italiano —

[facto que durante os 27 anos anterio-
res a Acquapendente já o caso era
discatido, como erro “promovido por
“Amato Lusitano, entreitalianos e od=
ros.

2.º — Se, em 1574, Aequapendente,
descobriu as valvalas das veias, 4
“anos depois nascia Harvey, que foi
discípulo de Acquapendente, em Pá-
dua.

3.0 — Harvey nasceu só 10 anos de=
pois da morte de Amato Lasitano e,
portanto podia conhecer com o seu
mesire Acquapendente, não só as
obras de Amato como as diseassões
havidas sôbre as suas experiências.

4.º — Portanto, o ponto de partida
para os estudos de Harvey, fixando,
definitivamente o maravilhoso meca=
nismo da circulação do sangue, só po»
dia ser os trabalhos de Amato Lasi-
tano, tanto mais quê us italianos an»
tesde Acquapendente eram demasiado
tradicion listas, como se provou.

Ermida, 8 de Agosto de 1942.
J. À. Pereira

: SBIA

Exames de aimissão à ma-
trícula nas Escolas do
Magistério Primário

“Os exames de admissão à ma-
trícula nas Escolas do Magisterio
Primá-io iniciam-se como já foi
anunciado, em 15 de Outubro
próximo. Os respect’iv s requeri-
mentos, acompanhados da docu-
mentação exigida no $ único do

o candid:to pretende fregiientar,

ções dos distritos escolares até

25 do corrente mês.

de concluir na próxima época de
Outubro o 2.º ciclo liceal podem
apresentar os Seus requeri ventos
de 8 a 13 de Outubro nas secre-
tarias das escolas. Nos termos
do 8 único do artigo 41.º do de-
creto-lei n.º 27.304, o certificado

apresentado até 5 dias depois
daquêle em que o Arquivo Ge-

cial passar êste documento,
gia

INTEFÊSSES LOCAIS:

mente os trabalhos de constru
ção e assentamento da tibagem,
em lusalite, da rêde de distr-bui
ção de águas aos domicílios nes»

“1.º vo Estas experiências vem narra

tá vila,

dado por Capparoni para… como aí,
notava ‘ anano e siazia notar aos 0a- |
para-fazer ver que a iniciativa |

Canano e não de Amato que, segando |

‘Fabrício de Acquapenden’e, quando é:

artigo 8.º do decreto-lei n.º32 243,
e com a indicação da escol: que.
devem ser entregues nas direc :

Os can ‘idatos em condigóds |

do registo criminal pode ser |.

ral do Registo Criminal e Poli. |

CASAMENTO POR PROCURAÇÃO DUM MILITAR ALEMÃO

E” com bem profunda mágoa:
que a população de Sernache. do
Bomjardim vê partir, quási ines-
peradamente para Lourenço Mar-
gres o distinto e zeloso médico
sr. dr. Francisco Marques Canas,
que soube conquistar a simpatia
de tôda a gente do concelho da
Sertã pelo seu saber e compe-
tência, pela firmeza de carácter
e extrema liald de com os cole-
gas, que admiravam o seu talen-
to e muito lhe queriam.

Osr dr. F. Marques Canas é
natural de Mação e concluiu a
sua formatura em 1937, na Uni
versi ade de Lisboa, sendo um

logo depois partiu para Serna-
che, onde fixou residência Os

foram de trabalho constante e

se poupando a fadigas nem sa-
crifícios para que os eus doen-
tes tivessem a conveni: nte assis-
tencia e sem, muitas vezes se
preocupar com a retribuição; tra
tava ricos e pobres com o mes-
mo desvêlo, o mesmo carinho e
igual interêsse. Assim, cada ha-
bitante d: Sernache er* um ami-

admirador sincero do dr Canas.
E tal era a sua actividade e
desejo de ser prestável que, du-
rante bastan’e tempo, prestou,
como médico, valiosos serviços
à Casa do Povo e as suas con»
vicções nacionalistas levaram-no
a dirigir o núcleo local da Legião
Portuguesa, de que foi coman-
dante pr stigioso e dedicado.
Homens da competencia e en-
verg dura moral do dr. Canas
fazem falta ao concelho da Ser
tã. Também êle aqui tinhs bons
amigos, que, com os de Serna
che, lamentam profun iamente a
sua partida nara a Africa onde,

nas marcará posição de relêvo.

Que tenha uma boa viagem e
tôdas as felicidades é o que de
coração lhe desejimos e muito
‘ agradecemos a gentileza de nos
apresentsr pessoslmente, as suas
despedidas.

ra

“Pagamento- de assinaturas

Dignaram-se pagar as suas ase
Sinaturas até os números que vão
indicados os srs. Maurício Lou-
renço Lisb a 108, 327. losé
Alexandre Peral, 208 324; e
– José Paulo. Lisboa, 308 260.
| Muito reconhecidos, agradece-

mos.
ore
EESINAS

No logar de Santo Estêvão
realizou se uma festa, em 12 do
corrente, que constou de arraial
e fogo de artifício. sendo abri-

| lhantada pela Filarmónica União |
a | Sertaginense.
Devem ser Iniciados breve-.

— No dia imediato realizou-se
a festa do S. €. de Jesus no Ca-
beçudo, com missa solene, ser-
mão e procissão, comungando
muitas crianças e algumas deze-

nas de fiéis,

idos melhores alunos do curso ::

cinco anos que ali permaneceu:

ver ‘adeiramente exaustivo, não:

go devotado e cada colega um:

por certo, o sr. dr. P. Marques Ca-

[Dr Francisco Marques (asd Ne cro logia

Joaquim Gurado

Em 22 do findo mês faleceu,
em Coimbra, na sua residência,
Largo da Feira, 28 o sr. joa
quim Curado, de 76 anos de
idade, natural de Alvaro fun io
nário aposentado do Gsvêrno Ci-
vil de Coimbra. Dotado de exce-
lentes qualidades de carácter :
exemplar no cumprimento dos
seus deveres, o extinto era mui.
to considerado por todos que o
conheciam e verdadeiramente es-
timado pelos seu: superiores,
que nêle encontraram sempre um
colaborador leal e inteligent:;
era, também um chefe de tamília
dedicadíssimo. pelo que a sui
morte foi muito sentida

Deix: viúva a sr? D. Maria
Barata Henriques Curado e ecra
ipai do sr. Henrique Joaquim Cu-
rado, de Coimbra, da sr* D.
Laura Maria Henriques Curado |
Ferreiro, professora oficial em
Pedrógão Grande e das D.
Perninda Mario Hesriques Cu
rado Mateus espôsa do sr. João
António Mateus, de Alcobaça é
avô dos srs. Raú! curado Dias
Ferreir:, de Pedrógão Grande e
António Henriques Curado, de
Coimbra e dos meninos Aida
Curado Dias Ferreira, de Pedró
gão Grande, Maria Fernanda e
António Curado Mateus, de Al-
cobaça.

Ad

José da Silva Garvalho

Faleceu em Proença a Nova,
donde era natural, em 17 do cor-
rente, o sr. José da Silva Carva-
lho, de 69 anos, proprictário,
casado com a sr. D. Maria Joa
“quina C rvalho, pai das sr** D.
“Maria dos Anjos da Silva Car
p Valho, da Sertã, D. Natividade,

D. Helena e D. Aurora da Silva .
Carvalho, de Lisboa e dos srs.
Fernando da Silva Carvalho, da
Amadora Aníbal da Silva Car-
valho, resident: na Guiné Espa-
nhola e António da silva Carva-
lho, residente em Santa Isab.l
“(Fernando Pó) e irmão dos srs.
‘ Demétrio da Silva Carvalho,
Aníbal Deniz Carvalho e .D.
Etelvina da Silva Carvalho, da
Sertã e D Cl tilde da Silva Car-
valho, de Lisboa.

O extinto era muito estimado
pelas suas qualid-des de cará-
cter, tendo o seu funerai sido
muito concorrido.

A*s famílias doridas apresen-
tamos os nossos sentid’ s pêsames.

rg
OS AMIGOS DA «COMARCA»

Pelos nosses amigos srs. An

“tónio Mateus Alves e Sérgio G.
da Conceição foram indicados,
respectivamente, para assinantes
-da «Comarca» o sr. Augusto Ri-
“beiro e a frma Vaz & Ribeiro,
de Lisboa.

| Muito obrigados. Lisboa.