A Comarca da Sertã nº311 17-09-1942

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-—— REDACÇÃO E

RUA SERPA PINTO-SERTA

ADMINISTRAÇÃO” ——

AVENÇADO

‘PUBLICA-SE’ ÀS

QUINTAS FEIRAS:

— Dr. José Carlos Ehrhardt — |
a Dr. Angero:Hênriques Vidigal —

“=> Amtónio-Barata e Silva jd
“Dr. José Barata Corrêa” E SRa,
Eduardo» Barata-da-Silva- Comba:

ANO VII
N. 311

Notas . . .|A- MARGEM DA GUERRA

JOÃO Carlos Margues, Con:
* servador do Palácio Na-
cional da Pena, aposentado, re-
sidente em Lisboa, aquele sim-
pático ancião que aqui esteve
de visita o verão passado, res.
peitável nas suas câs longas e
alvíssimas, fazendo-se acempa-
nhar da espôsa e que tão bem
soube apreciar as belezas na-
turais da Sertã e a hospitali-
dade dos seus habitantes, em
postal que acabamos de rece-
ber— e de que se transcreve o
principal—diz nos da sua má.
goapornão poder, agora, eeten-
deropasseioaitéestas paragens.
O signatário revela, exuberan

temente, o’seu cerinho por iu.

do que é nosso e esse facto é
de molde a satisfazer o bair-
rismo dos sertanenses, razão
Dor que não queremos deixar
de reproduzir algumas das
suas palavras que têm acen-
tnado cunho de sinceridade.

«Tão encantados ficâmos
com as belezas da Sertã e fa-
vores e atenções dos seus habi
tantes, que fizemos tenção de
êste ano de passar aí uma par-
te das nossas férias; porém, a
doença grave — bronco-pneu-
monia dupla — de minha mu-
lher, a impede de grandes via-
gens».

E termina por dizer que pro-
fandamente magoa a sua sen-
sibilidade só de serecordar que
as árvores da Carvalha estão
“condenadas ao desaparecimen-

to total. .

O gre muito sentimos é a
falta da sua visita e os moti-
vos que a impediram; mas con-
tamos vêlo cá para o ano,
acompanhado da consorte, am»
bos rijos, satisfeitos e bem dis»
postos. –

goto epego-

ARAS vezes; agora recebe

mos o correio de Lisboa
antes das 21 horas.

Costumámo nos a isto om,
antes, costumaram-nos e já não
estranhamos!

Tôda na genteaceitaos factos
como êles são, dentro dá reali-
dade, com inteira concordân-
cia, sabendo que é inútil re.
agir .

«No fim – quem sabe PL—tal-
vez muitos preferissem-que als
gumas cartas ficassem pelo ca-

minho. «» E nós que o digamos! |, sideti És; Sacrotario é Tas

— GrOe
NESTAS noites amenas de
estio vai animado cantorio
poressas eiras, que agora en-
tregamese as moças à alegre)
faina das debulhas do milho,

das maçarocas, em que o grão:

luzidio, côr de.oiro, se adensa.
E “depois é posto ao sol, até
que bem-sêco, ê recolhido na
arca, garantindo. o pão ao la-
vrador. que durante algans
meses dispendeu trabalho in-
sano paraque o milhito vinga:
se: sementeiras; sachas e regas
constantes, feitas de madruga- ‘
da, quando ainda mal se adi-
vinhava o grrenoh

repetição constante de envenena-
A mentos que de há um tempo a esta

parte se verifica nalguns grandes
centros populacionais do País, pela inges-
tão de carnes ensacadas, mostra, em tôda a
hediondez, de quão é capaz a maldade hu-
mana, a que vis e monstrunvsas abjecções
pode descer o traficante quando aferrado à
idéia da rapina, da ânsia desaustinada é
louca de obter a riqueza a todo o custo,
numa contumácia que denota absoluta per-
versão de sentimentos.

Almas pútridas, encharcadas no lodo
pestilento e fétido, de que desapareceram
os últimos resquícios da moral, porventura
imbuíidos no alvor da existência, ao con-
tacto do peito das mãis…

RISE
escala dos crimes, porque àle age com tô-
das as cautelas, na aparência honesta de
quem exerce um direito reconhecido e uma
função autorizada à face da lei, não como

cam as vítimas de frente, correndo o risco

= O envenenador público tem on. 1 na.

o ladrão ou o assassino vulgares quecata,

Envenenadores. “publgos
Eee mais graves penalidades em voga. conse-
guem fazer arripiar caminho a esses qua-
drilheiros de má morte, que as circunstân-
cias excepcionais da época fizeram surgir
e vão medrando, enquanto o castigo infle-
xível e exemplar não substituir tolerâncias
e branduras a que somos atreitos por mal
dos nossos pecados !

Todos os dias se cita o aparecimento
de mais um matadouro clandestino, onde
se abatem reses doentes, que;as:gentes vão

consumindo, talvez, com:-certo regalo e

sob as mais diversas formas, mas de que
depois sentem os efeitos: o envenenamea-
to, a rulna física, os mais atrozes. “BOfri-
mentos,

Para que viva à tripa fôrra,. obstinado |

no seu-feroz egoísmo, mantém-se meió mun. |

do em permanente desatino, entregue à ta-
tea torpe de aniquilar O outro meio, ..

– & opinião pública reclama, para. del.

côro próprio, que os envenenadores sejam

banidos inexoravelmente da sociedade -e:|

entregues: a trabalhos forçados – por. tôda

duma desafronta fatal!

Inauguração da-sede da
Casa do Pouo do Pêso

Pêso, 14— O povo desta
freguesia viveu ontem um
dos sens dias de mais inten-
sofervor patriótico pela inau-
guração da sede da Casa do
Povo, edifício magnifico nas
suas linhas sóbrias, moder-
no, que dispõe de amplas
instalações, incluindo as des-
tinadas aos PRRIÇOE públi-
cos.

O sr. Governador Civil,
acompanhado do seu secres«scontra o impossível !ptário e do sr. Delegado do

. N.-T, P. na Covilhã che-
gou aqui às 13 horas, assis“
tindo à recepção os srs. Pre-

reiro da Casa do Povo, au-

tantes da Câmara Municipal
de Vila de Rei, pessoas da
mais alta representação da
freguesia, bastantes senho-
ras, director do semanário da
região, «A. Comarca da Ser-
tã» e muito povo; lançaram
-so dezenas de morteiros e
foguetes e a Filarmónica
| Vilaregonse executou o Hino
| Nacional. O cortejo, forma-
do logo após a recepção, di
“tigiu-se à Qasa do Povo,

Nem o rigor das fiscalizações, nem as =

toridades locais, represen- vida.

procedendo o sr. Governa-
dor Civil à inauguração das
instalações; muitas meninas
lançaram-lhe nuvens’de pé-
talas.e a multidão..não. se

cançava de vitoriar os srs.’

Presidente da República é

do Conselho, Estado Novo,.

Governador Civil, etc..

De tarde efectuou: sonia!

sessão solene no amplo salão
do novo edifício, presidida
pelo er. Governador Civil.
Os diversos oradores puse-
ram em destaque a alta fi
nalidade social e patriótica
das Casas do Povo, como
uma das belas criações do

Estado Corporativo e o es-
fôrço desenvolvido pelo gran-
de benemérito sr. Manoel
Farinha Portela para que a
sua terra — que êle ama en-
tranhadamente—fôsse dota-
da com tão importante me-
lhoramento, de que a inau-
guração do novo e sumptuo-
so edificio marca uma etapa
feliz,

O sr; Delegado do IL. N.
T. P. fez uma eloquente ex-
posição do importante papel
social das Casas do Povo
nos meios-rurais e fechou os
discursos o sr. Governador
Civil, que saiúdou cálorosa-

mente:o sr, Farinha Portela À.

EDUARDO BARATA:

pela sua acção patriótica em.

prol da freguesia do Pôso,
que àltamente prestigia as

doutrinas do Estado Novo..

Nesta sessão foram descer-|

tados, por entre: longas; e
vibrantes aclamações de fé.
nacionalista, 08 retratos de
8. Ex.” os srs. General Car-
mona e Dr. Oliveira Salazar,

O belo edifício foi visitado:

durante o resto. do dia por
grande multidão:

E. B,
tg

CINEMA

«(O filho do Condo de
Monte Cristo»

Realiza-se hoje, pelas 21
horas, na Esplanada do Cas-
telo ôste interessante filme,

| verdadeiramente arrebata-

dor e comovente, apresen-

tado pelo Cine-Sonoro da

Beira, de Castelo Branco.
Os bilhetes são do. preço

único de 2400, revertendo!

parte da receita a favor do
cofre da Associação dos
Bombeiros Voluntários. |

Este número foi visado pela

Comissão de Censura
de Castelo Branco. |

| ebiomadário regionalista, independente; defensor dos interêsses dae comarca da Sestãiconcelhos de Sertã
polos Eis pg e-Yila de a e qo de Amêndoa e pa ( do concelho k Mação ) |

tão raro na História do Mi

Antena RO
Jada

e e e a lápis

CERTO regedors uripador
—— pelas-suas funções, Q pas
sar um. atestado. de- óbito: de.
um nado-morto, fê-lo assim:
<«Atesto que recebi pessoalmeri=
te-o óbito dum inocente-do-sexo
feminino a quemfoi: postosg 9

nome. de-nado-mortos.
O inocente está-mesmo: ama

tar; mas-o nome de nadomorto

excede, tndo quarito: a antiga
musa canta… “E-se êle acres»
centa a idade,. ficava docameris
to primoroso: e elúcidativo! ao
máximo! Por essas aldeolas
perdem-se verdadeiros génios..
A

«N ÓS podemos dizer que no
continente, ilhas.e cólô=
tias estamos na confiuência-e
nos pontos de reponso ou Ses
gurança das grandes estradas
marítimas. Nem de óatra fôra
ma se poderia: conceber facto

do-atravês de séculos 1 ma
se intacta uma “aliânça;s É
Inglaterra nem nós madámos.
de casa e os interêsses comuns

“| são ainda Como no princípio»,

– Oliveira Salazar (Discurso, de GER

petagp ag
PREPA RAM-SE os tonéis, as
pipas, as .dornas e ióda à.
espécie de vasilhas e apeires
chos necessários para AS. Vitis:

Ídimas que estão à porta e que

êste ano se resumem a ponco.
mais de nada, pois o míldio, o’
o oídio e outros males, nerds?
vados pelas cacimbas de Maio,»
destruíram grande purte da
prodnção, que parecer antn=
ciar-se sofrível. . e
‘ Para êste fracasso contfti=:
buin muito a deficiente aplica-
ção: de-caldas nas épocas mais
convenientes e propícias. por
faita dos produtos químicos.
Pode, pois, dizer-se que na»
nossa região não há vinhaêses
te ano e-gue teremos de contis .
nuar a pagar; pelo. de-fora; 3
escudos.olitrol’ Até ver; está:
claro. E assim nos manteres »
mos, nesta incompreensível sim:
tuação, enquanto, para tôda
esta extensa zona, não for res:

vogada a proibição: do Apre

da vinha, jo
LO
S marinheiros portugueses,
sobretudo nos últimos me:
ses, têm salvo muitas e
de vidas de nánfragos de b
cos afandados, arrisca:
zes sem número, as sh
prias.

A sua atitnde hmm ro
essencialmente filantró
têmlhes grangeado a adm
ção-e gratidão sinceras de:i

do o mundo civilizado e. sobres. 2
Iiado da população dos países.

a que pertencem as vítimas.
Eis o heroísmo posto ao sera
viço-da Paz e da Humanidade.

Se outros não viesse praticans :
do em benefício de todos, sem.

excepção, que. sofrem os..hore
rores da guerra, êste bastaria.

para mais engrandecer e-sublis .
mar Portugal, impondo-o ao: .

respeito das nações que se bas
tem pelos seus’ destinos.-

 

 

@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã

“otário dm Dardoira

do Pidanpoitos êntre Tomar – Est.-o Sertã

“A Ri S ; + Concessionário: “Companhia de Viação de Sernache, Ld
RS z É Es ee ri do aee ti am
va li Bol | e dão | Bi
Cheg. | Pat | log. | Pt) Che. | Part. | Che | Part
|||: Tomar — Estação é : | — | 730] — |15,50]| Sertã — Largo Ferreira Ribeiro — | 805) — [17,45
|| Tomar: = «| 7,35] 7,40/1555] 16,05 8,25| 8,45) 18,05] 18,20

|! Sernache do Bonjardim”
Sertã — — Largo Ferreira Ribeiro .l10,

Ferreira do Púiere É ENE
Bésteiras º e . º

8,20
8,50
9,35

Sernache do Bonjardim
Bésteiras . .
Ferreira do Zézere

8,35) 16,45] 17,00 9,25| 9,30] 19,00| 19,05
8,55) 17,15] 17,20
“9,50/18,00/ 18,10

lo, — [1836] — |

«| 9,45) 10,00] 19,20] 19,35
Tomar . 1 + | 10.40] 10,50] 20,15/ 20,20
Tomaf — Eitação 110,55 — 120,25) — |

A — Efectuam se diáriamente. |

B — Efectuam-se aos Domingos |

ANUNCIO |;

“(1.º Publicação)

“No dia 3 do próximo mez de |
Outubro, pelus 12 horas, no Tribunal Judicial desta comarca de Sertã, em virtude da carta precas
tória vinda da 72º Vara da cos

marea de Lisboa e extraída dos!

autos – de execução por custas con-
tra. D, “Rosa Xavier Tavares da
Mata e outros cuja execução corre
os seus termos pela 4.º Secção da
7,5. Vara da referida comarca de

Lisboa, hão-de ser postos pela pri

meira ves em praça, para serem
arrematados pelo. maior lanço ofes
recido, superior aos valôres que
adiunte se “indicam, os seguintes
prédios. pertencentes aos executados
Manuel e Luiza; menores, filhos da

“executada Rosa Xavier Tavares da

Mata do logar da Relva, Poentao
do, Vila de Rei, a saber :

Nº L- Uma casa que serve de
palibisE na Amendoa, registada
na Conservatória do concelho de
Mação sob o n.º 7, 278, e inscrita
na mutris respectiva sob o art,
157, Vai á praça no valor de

1 80800,

N.; 2-— Uma casa para habitas

“ção, no. sitio da Amendoa, regista-

da na conservatómia do concelho de

“Mação, sob o nºº 7,279 e inscrita

na respéctiva matriz sob o art.º
163, Vai à praça no vador de

“ATOBOROO,

Nº 3—Uma terra com Diria
na Tapada do Casal, freguesia de
Amendoa, registada na Counserva-
tória do concelho de Mação sob o

nº 7,280, 6 inscrita na respectiva
matriz sob os art. 140, 1/4 141,
143. Vai á praça no qvalor de
3. 56 1940,

Nº 4 Um terreno inculto, ter».

ra de mato, pinheiros e eucaliptos,

“« Vale Escusa, freguesia da
Dtioa, registada na Conserva-
tória do concelho de Mação sob o
n.º 7.281, e inscrito na respectiva
matria sob o art.º 197. Vai á pra-
ga no valor de 470880.

N.º 5-— Uma terra de mato,. pi-
nhsiros e eucaliptos no mesmo sitio
e: freguesia, registada na Conser-
vatória «do concelho de Mação sob
o n.º 7.282 e inscrita na respecti-
va: matriz sob o art.º 204, Vai á
praça .no valor de 488540,

Nº 6-—Umu terra com vinha,

terra de “semeadura com oliveiras
e outras arvores de fruto, no Ine
fésto, freguesia da Amendoa, res
gistada no Conservatória do con-
celho ‘de Mação sob o n.º 7.283, e
inscritana respectiva matriz sob
os artigos 209 6 210. Vai á- ra
no: valor de 14 1628580, E

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R iudassa da

N.º 7—Uma terra com sobreis
ros, na Tojeira, freguesia de Amen-
doa, registada na donsarvatória do
concelho de Mação sob o n.º 7.284,
e inscrito na respectiva matriz sob
o art.º 5,292, Vai á praça no vas
lor de 908580,

N.º 8— Uma terra com oliveiras
e mato, na Córgu, freguesta de
Amendoa, registada na Conservas
tória do concelho de Mação sob o
n.º 7.285 e inscrita na respectiva
matriz sob o art.º 6.200 e 6.2]4,
Vai á praça no valor de 193960,

N.º 9— Uma terra com oliveiras
e mato, no Vale Marianos fregue-
sia de Amendoa, registada na Con-
servatória do concelho de Mação
sob o n.º 7.286, e inscrita na res:
pectiva matriz sub 08 art.º 6.283
e 6,289. vai à praça no valor de
382880, | Ã

N.º.10—Uma terra de mato é
pinheiros no Vale Troviscoso, fre

Conservatória do concelho de Mas
ção sob o n.º 7.287, e inscrita na
respectiva matriz sob o art.º 6,806,
1/6. Vai à praça no valor de
1.391860.

N.º 11—Uma terra de mato e
pinheiros no Vule Feio, freguesia
de Amendou, registada na Conser=
vatória do concelho de Mação sob
o n.º 7.288 € inscrita na respéctis
va matriz sob o art.º 5,845, Vai
á praça no valor de 998580.

N.º 12 Uma terra de mato e
pinheiros no Vale da Carreira,
freguesia: de Amendoa, registada
na. Conservatória. do concelho de
Mação sob om. 7.289 é inscrita
na respectiva matriz sob o art.º
2.225. Vai á praga no valor de

| 224540.

guesia de – Amendoa, registada na.

Nº 13— Uma terra de mato, no
Infésto, freguesia de Amendoa,
registada na conservatória do con-
celho de Mação sob o n.º 7 290 é
inscrita na respectiva matriz sob o
art.º 208, Vai à praça no valor de
919860,

N.º 14-— Uma terra de mato,
nos Cabecetros, freguesia de Amene
doa, registada na Conservatória
do: concelho de Mação sob om.
7191, e inscrita na; respectiva
matriz sob o art.º 6.441, 1/2, Vai
á praça no valor de 39260.

N.º 15— Uma terra de mato no
mesmo sítio e freguesia, registada
na Conservatória do concelho de
Mação sob o n.º 7.292 é inscrita
na respectiva matriz sob o art.º
6.459, 1/2, Va á praga no valor
de 101520,

N. 16– Uma terra de mato, no
Bom Jesus, fraguesia da Amendoa,
registada na Conservatória do con:
celho de Mação sob o n,º 7.293 e
inscrita na respectiva matriz sob o
arte 5,435. Vai á praça no valor
de 101820,

Nº 17-—Uma terra de mato e
pinheiros, no Vale da Horia fres
guesia da Amendoa, registada na
conservatória do concelho de Ma-
ção sob o n.º 7.294 e inscrita na
respectiva matriz sob o art.º 5.586.
Vai á praça no valor de “2500.

Sertã, 31 de Julho de 1942,.

Verifiquei :,

O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe de 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos

SS e

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Ties! a Ohieg: Part. | Oheg. Part. Oheg. | Part. | Cheg. | Part.
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Ferreira do Zezere . +. 910 |] 9,15| 14,25 | 1430 | Cartaxo . A – À 840 | 845/1210] 12,15
Calçadas . + . + “| 9451 945] 15,001 15,00 | Santarém j « «| 915] 9,20] 12,45 | 13,05
Tomar . “+. +. +. «| 955| 1005/1510] 15,25| Pernes . Ê «| 10,00 | 10,00: 13,45 | 13,45
Tóôrres Novas +. . . 410,50] 10,55] 16,10/ 16,15| Tôrres Novas. à «1 1035 | 10,38. | 14,20 | 14,25
Pernes: «Cs + | 11,30 | 11,30 | 16,50 | 16,56. | Tomar «| 11,20 | 11,30 | 15,10 | 15.20
Santarém” . . 4, « 1210/1250) 17,30 | 17,40 | Caiçadas. «| 11,40 | 11,40 | 15,30 | 15,30
Cartaxo 1.00, «| 13,00 | 13,05 | 18,10 | 18,15 | Ferreira do ear” | 12,10 | 12,25 | 16,00 | 16,10
Vila Franca +. +. .| 14,05 | 14, ia 19,15 asa Sernache do Bonjardim . +.| 13,20 | 13,35 | 17,058 | 17,25 ;
Lisboa (Av. Alm, Reis, 62-H). 15,15 20,25 Sertã (Rua do Vale) É 113,55) — 117,45

“Bfectuam-se; poa rua ds 2.28 fuiras Electuam-se : dos domingos Tg 24,48 ne

A Sd DE LONDRES

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go GRU…… Sm (945 me/)

a | GRI. ….. 2492m. (12,04 Mm c/s)

13,15 — Noticiário GRZ…… 13,86m. (21,64 m 6/s)

GRU… .: 31,15 m. “9,45 m c/s)

13,30 — Actualidades GRV…… 24,92 m. (12,04 m c/s)
22,00 (*) Noticiário EnLss . 30,96 m. (6,9 me/s)

GS: 31,55-m. ( 9,5] m c/s)

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O barman -Blegante nº 1
Sempre dum fado p’ró uiro
volia e meia põe-se ao fresco !

Do Negresco p’ro Vork
do York p’ró Megresco!

Chega ao balcão, faz . misturas
Bd gente chama-lhe um figo !
“Cada cliente um cock-tail,

E por isso, quem quizer
horas alegres passar,
Já sabe] — Vai ao Negresco,
ou vai ao York-bar |

(De «Os Ridiculos») — sao

Da pia ls

ESSES

«Solidariedade moral»

Aludindo ao editorial que, com
aquela epígrafe, foi publicado no
n.º 309, diz-nos o nosso amigo e
prezadíssimo colaborador sr, Te-

-nente José Alves Pereira, da Cas-
tanheira, em carta que recebemos
há dias:

«O seu último artigo de fundo
sôbre o Brasil tirou-me a pala-
vra, pois pensava no mesmo ca-
so e, até, a doutrina que expõe
eram os meus pontos de vista;
assenta côbre doutrina certa e
justa. O seu artigo está magní-
fico e bem talhado.

E” pena não haver, certamente,
mais interêsse pela leitura. O
materialismo intenso avassala um
pouco as almas desviando-as do
i-eal e de certo culto do bem e
va justiça. Mas vai se acendendo
essa fogueira sempre, para os
que ainda não se vend:ram, de
todo, à matéria pôdre! E, vol-
tando ao assunto do Brasil, repito: |
o cas: é sltamente emocionante,
Lá vemos vibrar a alma e a voz
portuguesa. Daria assunto a um
poema, ao menos uns versos.
Portugal vê prolongar, na sua
taça, talvez mais uma epopeia.

À humanidade, certamente, não
poerá viver sem, êsse ideal de
justiça e fidelidade a tôda a pa-
lavra e respeito pelos princípios
eternos da ordem e harmonia
univ.rsais. E” preciso, pois, que
OS povos que não querem mor-
ter, se batam pelo futuro, pelo
estabelecimento dessa harmonia,
fundada no direito à vida e não
na fôrça».

Aparte o elogio imerecido, diz
muito bem o nosso amigo sr.
Tenente Alves Pereira, que na-
quela s lidão da Castanheira
procura, através da leitura, pôr-
-Se em contacto com o mundo
exterior, deliciando-se, também,
em escrever nara esse mesmo
mundo, cada vez mais aturdido
com as | róprias loucuras.

: Eduardo Afonso Salavisa

«tra
Necrologi

“Faleceu em ‘Castelo Branco, o
sri Eduardo Afonso Salavisa, de
61 anos, proprietário, casado com
asrº’D, Hermínia da Conceição
Rodrigucs, pai da sr.? D. lida
Salaviza Salazar e dos srs. Ma-
noel Rodrigues Salaviza, funcio-
nário do Ministério da Justiça e
Eduardo Rodrigues Salaviza, alu-
no da-Escola do Exército e irmão
dos srs. dr. António Afonso Sa-
laviza antigo governador civil
do distrito, Chefe da 1.º Secção
do Ministé.io da Justiça e do sr.
João Afonso Salaviza, industrial,

A tôda a família enlutada, e
em especial ao nosso amigo sr.
dr. António Afonso Salaviza,
apresentamos as nossas sentidas
gondolências.

Notas a lápis

(Continuação)

ESTAMOS na segunda quin
zena de Setembro, o que
equivale a dizer que o verão es-
tá por um fiol Com o seu termo
cessamas férias da gente feliz
que as pôde gozar nas praias
em doce e deleitável convívio
com o mar, nas montanhas, em
contacto com a Natureza pró-
diga de dons e primícias ou
nas termas acolhedoras, onde,
mais do que alívio para males
físicos, as pessoas endinheira
das buscam o sosségo apeteci-
do e novas convivências, que-
brando, um pouco, a melanco-
lia que as tortnra na aldeia,
sempre entregues à mesma fais
na, onde a vida corre plácida,
serena, munótona, pachorren-
ta, despida de sensações…
Ão dealbar do Ontono vol
tam tndo e todos à vida habi-
tual, às suas ocupações, um
tanto abulados de finanças, gue
gualguer diversão custa os
olhos da cara, mas dando por
bem empregue todo o dinheiro
gusto, visto que a sua função
é girar… girar sempre!
Ao fim, todos lamentam que
as férias tenham sido tão cur:

tas !
etapa

hos nossos prezados assi-
nantes residentes fora do País

De S$.- Tomé, Congo Beiga,
Congo Francês e Fernando Pó
pedimos o favor de nos enviarem
directamente a importância das
suas assinaturas ou encarregarem
alguém de efectuar o pagamento,
dada a impossibilidade de po-
dermos fazer a cobrança pelo
correio ou por intermédio de
qualquer casa bancária.

Os do Brasil, não podendo
ou não querendo fazer a remessa
de Íundos a esta Administração,
deverão enviá-los ao st. Adelino
Ferreira-R. João do Rêgo,
213 229 — Recife (Pernamba-

Ico), que lhes passará recibo.

A todos, agradecemos, desde
já, a melhor atenção para o nos-
so pedido.

A Administração
: CO
Cobrança de assinaturas

Estamos a proceder à cobrança
de assinaturas na área da Provína
cia e localidades da Comarca
onde é possível fazé-la pelo
correio, esperando de todos os
nossos amigos a atenção de lie
quidarem os recibos logo que
lhes sejam apresentados, visto
que qualquer devolução só nos
traz prejuizos e origina a impos-
sibilidade de uma segunda co-
brança imediata pelo aumento
extraordinário que sofreram as
taxas. a

A Administração

A Gomarca da Sertã

-sabsidiada pela Câmara Manicipal da

“Setembro, pelas 3 horas da tarde. A’

iai da Conara
E iii dos mossos Lais

Estrada de Pedrógão Pequeno
Ea à Hrrochela

PEDRÓGÃO PEQUENO, 8—-Já não
é novidade dizer que está aberta aa
trânsito a estrada que vai de Pedrógão
Pequeno à Arrochela, visto que no úl=
timo número dêste jornal se dava es«
sa notícia.

Porém, hoje, cabe a vez de fazer
justiça a quem trabalhou para que es«
sa estrada se realizasse.

Em tempos—fizeram-se vários estu
dos para que se abrisse ama estrada
de Pedrógão Pequeno à Madeirá e ve-
ríamos então a maioria dos povos des-
tas freguesias contentes e satisfeitos.

Mas os estados não passaram do pa«
pel… e os homens que nasceram nos
lagarejos que ficam para nordeste da
fila de Pedrógão Pequeno, tinham de ,
calearriar por caminhos péssimos,
ama hora ou hora e meia, consoante
o lugar onde vivem, para chegarem
agai, a-fim-de tomarem a camionete
ou algam automóvel.

Os produtos agrícolas: cortiças,

azeites, resinas, madeiras, lenhas e
carvões, eram na sua maioria trazi«
dos à cabeça de mulheres e em car-
ros de bois, que pouco podiam carre-
gar, visto o acidentado do solo e a má
construção e conservação dos cami-
nhos. S
‘* Foi então que, por iniciativa do nos=
so amigo e sr. Firmino Lourenço da
Silva Júnior, da Arrochela, se consti=
tuia uma comissão para colher donas
tivos e dar início à obra, em Janeiro
de 1941.

Dessa comissão, além do já mens
cionado fazem parte os srs. Manael
Martins, da Póvoa da Alegria, Januá-
rio Simões Barata, do Bravo, Mandel
Fernandes, do Vale da Galega e Dax
niel Fernandes, da Arrochela.

A esta se deve a grande obra de in=
terêsse geral e económico que foi rea»
lizada com pouco mais duma dúzia de
milhares de escudos, dados por am
sem número de amigos desta região e

 

Sertã e Janta de Freguesia de Pedrós
gão Pequeno e que muito justamente
aqai foi já publicado o nome dos sabs-
critores para taliim.

Falta agora conclair um pequeno
ramal que deve sair jdas proximida»
des da +óvoa da Alegria para o Bram
vo—o lagar mais populacional da
freguesia e o mais distante, esperanm
do que dentro em breve isso se reau
lize, para, então se inaugurar como
merece e é de justiça, tão útil melho
ramento, que ficará a atestar pela
vida fora a iniciativa e bôa vontade
da reierida comissão, postas ao dis»
por de uma caasa comum — orpros
gresso da sua terra tão cheia ce ar
paro dos pinhais, com paisagens lin
das e de encantar.

— Realizou-se ontem o arraial e
hoje a festa religiosa na Capela de
Nossa Senhora da Confiança que,
a-pesar=da grande falta de meios de
transporte e das restrições que so-
ireu últimamente, ainda teve bastan-
te iregiiência de povo dos arredores
e da iregaesia.

ESTREITO, 10 — Precedida de triu
dao, realizou-se nesta freguesia, no
primeiro domingo de Setembro, a fes=
ta em honra do Sagrado Coração de
Jesus a qual pelo invalgar esplendor
e brilhantismo de que se revestia,
deixou na alma de todos os que a ela
assistiram, doces e inolvidáveis recor=
dações.

Foi prêgador o Revd º Padre Antóx
nio Martins Gama, S. J., natural da
quási vizinha iregaesia de Bogas de
Baixo. Sua Revd.ma chegou à nossa
terra, vindo de Lisboa, no dia-3 de

entrada da povoação era aguardado
pelas crianças da catequese, que eiu=
siva e alegremente o saiidaram, dan»
do vivas repletas de entusiasmo infan»
til e sádio, a Sua Revd.ma e ao Revd.º.
Padre Darôões, que de Oleiros o acoms=
panhava, e rematando o côro de saiix
dações, com um hino vibrante a Cris=
to, rei imortal dos sécalos.

O Rerd.” Padre Gama, cujo zêlo,
acendrado da maior glória de Deus e
salvação das almas, tanto edificou os
que dêle se acercaram, contribaia em
larga escala para e-bom êxito da fes=
ta ao Divino Coração e, forçoso é dem
clará-lo, deixou entre nós as mais
gratas-impressões = desejo sincero de
tornar a ouvinlo.

“Coadjavaram também o nosso
Revd º Pároco no trabalho das con-
fissões, durante os dias do trídao, os
Revd os Padres Francisco Daróões,
Joaquim da Graça e Ernesto Martins
Salgaeiro.

No dia da festa houve, pelas 7 e
meia horas, missa de alva, celebrada
pelo Revd.º Padre Darões e à qual se
abeirou da sagrada mesa grande núx
mero de fiéis. Pelas 9 horas teve lux
gar a missa das crianças, com prátim
ca feita pelo Revd.º Padre Gama. Ao
meio dia foi celebrada missa solene
pelo nosso Revd º Pároco, que tinha

diácono o Revd.º Padre Durões e
a subdiácono o seminarista João Gon
çalves Cecílio. filho honrado e prestim
moso da nossa terra.

Pelas 3 horas da tarde realizou-se
solene procissão com q S, S, Sacra-

mento, O qual foi levado em triunfo pe-

O TEMPO

. Durante a semana passada sen-
timos um calor verdadeiramente

tropical. Na noite de 5.º para 6.º,

feira e nêste dia pairou sôbre a
região uma forte trovoada, mas
a chuva foi escassa, tão pouca
que mal borrifou a terra sequiosa

e quási não amenizou a tempe-
ratura. Não consta que a trovoada

tenha causado prejuízos.
Que pena não vir agora água

que farte, que as couves bem a

precisam e é tempo de semear
nabos com abundância, tanto
mais que os animais nada têm
que comer, Re
Diz-nos o nosso estimado Cor-
respondente de Sobreira For
mosa, por informação dada no

‘ Sábado: «Ontem, pelas três ho-

ras da madrugada, a trovoada
aqui foi tremenda, chegando a
cair pedras ae granizo maiores
que ovos de galinha e deixando
as hortas e as árvores, princi-
palmente as oliveiras, tudo moí-
do. As oliveiras largaram quási
tôda a azeitona».

A vila de Sobreira Formosa e
seu termo foram vítimas de uma
autêntica calamidade.

SrBIO

Subscrição para a constru a
iMarco Postal

ção: da estrada Madei-
rã-Alto da Cana

T;ansporte da lista n.º 4, 7.4408;

D. Ermelinda Costa, Lisboa,
20800; Eduardo Mendes Batista,
Lisboa, 20$00; José Antunes Ve.
rau, Lisboa, 20$00; Manuel Gai-
vota, Lisboa, 20800; António
Mendes Barata, Lisboa, 20$00;
Manuel Rodrigues Barata, Lis-
boa, 20$00; Mário Mendes Alves,
Lisboa, 20800; Diniz Lopes Mar

melo, Lisboa, 20300; D. Ilda

Gomes, Lisboa, 20800 e D. Gui-
lhermina ds Santos; Lisboa,
20800. – –
A transportar……..7.64:3$00,
Pela Comissão,
José da Silva

: Sr
Interêsses regionais

O srt. Ministro das Obras Pú
blicas aprovou o platio das obras
a executar em 1943, e a compar-
ticipar, num total de escudos
13.500.000800, por intermédio
da secção de arruamentos da
Junta Autónoma das Estradas,

Nesse plano estão incluídas as
seguintes obras: alargamento da
rua do Castelo em Orvalho, con-
celho de Oleiros; pavimentação
de ruas e largos na sede do con-
celho de Vila de Rei e constru-
ção de calçadas na freguesia de
Cardigos, concelho de Mação.

las ruas principais da nossa aldeia, vis»
tosa e festivamente engalanadas com
arcos, colchas e colgaduras.

A parte coral, quer no triduo, quer
no dia da festa esteve a cargo da
«Schola» da freguesia, que, com exau
ctidão e proficiência, dignas de aprêço
e elogio, executou trechos da mais ge-
guina inspiração religiosa e artística,
Vo &, O Panis Angelicis de Casciolini
eo O Sacrum Convivium deiRavane-
lo, cujo êxito espiendoroso-se deve à
habil e mestral regência do seminatis-
ta nosso conterrâneo, Eugénio dos San-
tos Ramos, verdadeiro e brilhante gé-
nio, e incansável ensaiador: Acompa-
nhou a harmónio a menina Maria Fer-
nanda da Silva Baltazar. ;

Durante o dia da festa, no adro da
Igreja paroquial, achou-se instalado
um deslumbrante e magnifico bazar,
cuja receita reverteu em favor da fes-
ta, chegando para satisfazer cabalmen-
te tôdas as despêsas.

Oxalá o amantíssimo Coração de Je-
sus, em cuja honra se promoveu e rea-
lizou esta pomposa festividade, cumule
de bençãos todos os que a ela assisti-
ram ou por ela trabalharam, e realize
magnificamente na’nossa terra as suas
divinas e fascinadoras promessas de
vitória.

es: Eu

Confas das Fesias a H. Sr.
da riedade em 1940
iteceitas Arraial, quermesse s

barracas, 5 729830; restos da
quermesse, 96800. Soma, 5.825$30..
Despesa: Pessoal, 337870; ma-
teriais, 181$35; iluminação do
arraial, 230850; impressos, 175800;
papel e diversos, 178880; bebie
das, 806$10; saldo, 5840; repara-

| ções na igreja matriz, 2.810800;

importância em poder do Rev.*
P.º Hipólito, 530835, Soma,
Sade apam =! a RE O
Cabeçudo, Julho de 1942:
O Presidente da Comissão das
Festas, = /osé António-Martins.
oo

Hospital da Sertã

Subserição aberta pela «Go»
missão dos Amigos do Hos»
pital da Sertã,» em Lisboa,

“para a compra de material
cirúrgico : a

Transporte (do n.º 301), 15.630$40
Ex.” Srs, Lúcio Amaral Mat-

ques, 1008; Olímpio Craveiro,

308; Joaquim de Moura Portugal

e dr. Rúben Anjos de Carvalho,

208; cada; dr. João do Carmo

Corrêa Botelho, 15%. Soma, 185%.

À transportar, 15.815$40.

Exm.º Sr. Dr. João do Carmo .Cor-
rêa Botelho — Lisboa: Concordamos
plenamente com o pedido nas condi-
ções expostas e só a falta de espaço
tem obstado à satisfação dos seus dem
sejos. Como vê, não há qualquer má
vontade da nossa parte.

Exm.º Sr. João Fernandes Baptista
—Lobito (Angola): Com referência à
sua prezada carta de 16 de Agosto,
recebida em 8 do corrente, escusado
será dizer que o Amigo tem tôda a
razão e pedimos que nos releve a
falta, cometida, como compreende, in«
volantáriamente, O recibo foi expex
dido antes do último pagamento e.
quando voltou às nossas mãos devol=
vido pelo Banco, deveriamos ter “cons
saltado o verbete antes de fazer ares
lação a que alude. Assim não sacedea, |
o que deveras nos contrarioa. Tenha “
paciência e-desculpe. Coisas que sas
cedem ao mais pintadoe a quem é
obrigado, como nós, a tratar de máix
tos assuntos em reduzido espaço de
tempo. Errare humanum est! Rati«
fica-se que a sua assinatara está pan
ga até o nº 319. io

Exm.º Sr. Tenente José Alves Perei-
ra—Castanheira : Não vale a pena ins
sistir : dissemos-lhe que o estudo e a
crítica, da saa autoria, serão pablica=

[dos na integra e nada nos dêmove à

seguir norma diferente. A tirania do
espaço é que prejudica e contraria-as
nossas melhores intenções; mas dem
mos tempo ao tempo e tenhamos tos
dos um poaco de paciência. Apreciám
mos muito a sua última carta, a quê
faço especial menção no número de
hoje. Maito obrigados pelas suas pas
lavras, que são de amigo, mas injasjas.

Prof, Dr, David Lopes

– À família do ilustre extinto, o
célebre arabista sr. Prof. David
Lopes, a quem recentemente foi
prestada significativa homenagem
em Arzila,—por ocasião da visie
ta, a Marrocos, dos cadetes por=
tugueses — descerrando-se uma
lápida com o seu nome numa
das melhores ruas da cidade, tes:

Ivea gentileza de nos oferecer,

como prova de gratidão, uma
esplêndida fotografia do grande,
sábio português, o
Confessâmo-nos recanhêcidos
pela lembrança, que Melua
mente nos sensibilizou, Sentindo
que a nossa Redacção Seja mo…
désia de mais para ostenta a fo-.
tografia do insigne homem de
Letras, que honrou a sua “Pátria.
com o seu extraordinário talento,

e eo… ir,
“Mário Bernardo Cardoso

Deu-nos o prazer da sua visi
ta o nosso patrício e amigo sr.
Mário Bernardo Cardoso, activo
comerciante na capital, que se
encontra na Tapada a passar
umas pequenas férias. 2

Teve a bondade de nos entre-
gar: 108 para auxílio a êste se-
manário, 5$ para os pobres nos»
sos protegidos e S$ para a Sopa |
dos Pobres. a SNB
Agradecemos, muito reconhecidos.

 

@@@ 1 @@@


“4

ER
REA

Ga E”: êste- 0: título: dum notável

livro que acaba- de publicar o;

ilustre professor do licew de Cas-
telo Branco, sr. dr. José Lopes.
Dias. Obra dum tríplice e alto
interêsse,- pois visa a resgatar,
das- sombras: do esquecimento e
do passado, uma alta figura da
ciência e cultura, mundiais;.tor-
; nar-possível 6 conhecimento dum
“valor importantíssimo da Renas-
– cença portuguesa, e, principal-
“mente, rehabilitar entre. beirões
da; Beira Baixa um sábio e no-
: brê varão. que honrou e fez co-
“nhecer nos maiores centros cien-
tíficos do mundo, na sua época

“ asterta que lhe-foi berço— Caste-

lo’Branco.

Abre êste importante trabalho
com: à «explicação prévia» onde
O ilustre–autor mostra: e justifica
osaltos fins do seu trabalho: —
«exibir e divulgar junto dos: bei-
rões-da -Beira Baixa um dos seus
maiores nomes do passado de
forma a justificar-lhe um monu-
mento na cidadede Castelo Bran,
COS ice
eteSooncagos coco toco ct coa tcosos

– associar ao desejo das autorida-
“des e marcantes | valores regio-
«nais, indicados: para erguer esse

Cc. .voO «coeso sogra ço»*

monumento, a claboração do

Congresso de História da activi-
aa e. cientifica portuguesa, de
-1940; congresso: que é — «consa-
grado ao: balanço histórico da
actividade científica portuguesa,
em especial sôbre os temas :—in-
trodução, e criação de métodos
resultado da: investigação e eli

midiação’de erros »

Afirma ainda, o autor nesta
parte,

“a grande dificuldade em
reconstituir com tôda a verdade
“e “justiça, o vulto de Amato Lu

‘Sitaio, colocando o no verdadei-
ro. pedestal, da sua glória — que
-são as obras: — por serem os do-

cumentos científicos até ao Re-

nascimento escritos, em latim, ára-
be e: grego; ser pouco cultivada
a:história ‘da medicina naquêles
tempos, e, tornar se precisa uma
grande. erudição médica, e uma

profunda bagagem de humanida-

des,: para» traduzir, interpretar,

explicar ‘ e divulgar as obras de

Amato Lusitano, escritas tôdas,
em. primoroso latim clássico. En-
tretanto, julga ter -vislumbrado,
com suficiente nitidez, o famoso
cientista do século de quinhen-
tos, para poder assentar o seu
juizo critiços vos si 4
Assim é, realmente, e, se al-
gum defeito pode apontar-se tam-
bém no seu trabalho é Este —de
não poder, talvez, ser lido e
compreendido por tôda a gente
que só possa fazer uma leitura
ligeira, ou careça dos conheci-
mentos indispensáveis para ligar
a-devida atenção aos assuntos de
que trata o seu importante tra-
: Isto bio ondpcs de rest), pre.

vista, pelo autor, sendo. possível, |
todavia; com auxílio de valiosis- ,
símas notas, (em número de 79).
infertas no fim da obra alcançar .

certa familiaridade e compreen-
são na, leitufa da cbra. Destas
ofas, à última, é o célebre jura-

MATO LVS
mtor João Rodrigues de: Castelo Branco

pelo dr. José Lopes Dias
(Critica de J. A. Pereira)

riadores e biógrafos: que com

tanto: luzimento -spreciaram e re-

tre o século brilhantissimo de
quinhentos».

da botânica, de todos os témpos,

tum» de João Bauhino, onde se:
vê ao lado de Guilandinus e de
Matiolus, abaixo de Teofrasto e
de Plínio e, á esquerda de Dios-
corides, Galeno, Fuchsio, Ges-
“nero e outros. a
Também figura entre os maio-
res da medicina portuguesa, de
“todos os tempos, como se vê no’
painel de Veloso Salgado. na Sa-
la dos Actos Grandes da Facul-
dade de Lisboa, onde representa
a medicina portuguesa, ao lado
de António ce Almeida, Manuel
Constâncio, Ribriro Sanches, Gar-
cia d’Horta Zacuto Ambrósio
Nunes, Manuel Bento; Câmara
Pestana, Sousa Martins, António
‘de Almeida (do Porto) e José

conheceram no seu Autor, à gló-:
tia incuntroversa e definitiva-en !

Amato Lusitano figura entre)
os maiores sábios da medicina e.

como se vê num dos medalhões |.
da frontada’ da «Historia Planta-*-

No litoral inglês e devidamente camuflados, canhões e granadas aguardam a sua vez,

QUEM COM SERRO ATA…

“CRÓNICA DA ALDEIA

– por José Pinto Duarte (Serfório)

Lourenço da Luz.

Depois de fazer notar a falta de
notícias do mais ilustre-de todos
os Rodrigues que viveram e hon-
raram Castelo Branco, termina o
autor a primeira parte do seu
trabalho com a referência a Ama-
to Lusitano. de António Roxo
(Monografia “de Castelo Branco,
1890) e com acde Pinheiro Cha-

ambas. elas de pouco v:lor como
reisalta da obra do ur Lopes
Dias. = E

Na-2* parte da obra com o
tíulo de— ecronologia geográfi-
ca do Doutor Jcão Rodrigues,
em Portugal e Espanha,» —triça
o Dr. Lopes Dias num rápido,
mas brilhante quadro, a imensa
actividade dos portugueses nos:
princípios do século XVI, nas.
descobertas, conquistas, navega-
ções, abrindo. no. nosso. pensa-
mento, perspectivas vastas, atra
vés os variados campos da acti-
vidade portuguesa, na náutica,
nas letras, nas ciências, no co
mércio, geografia, materia social
e filantropia. | :

E’ o período aureo da Nossa
História e o pont: culminante de
tôda a Nossa Vida Nacional.

De 1500 a 1580, Portugal, os-
tenta e canta tôda a sua zrande-
za, e, satisfeito. saturado, ems

(Continua)
re

“Gazeta das Aldeias n.º 1906

– Da Gazeta das Aldeias, que
“se afirma uma revista de grande

categoria, acaba de publicar-se o
número referente à primeira quin-
zena de Agosto. Tráz 56 pági-
nas, repletas de óptima colabora-.,
“ção, ou sejam mais 24 do que as.
‘ publicadas normalmente. A
“A sug aquisição, nêste perio-
“do de grandes necessidades, tor-

ento de Hipócrates «considera-. na-se.. indispensável, tanto 20
do um dos dócumentos que mais; gtande como ao pequeno lavra:

honram a sabedoria antiga.»

A obra do Dr. Lopes Dias é
dividida em 7 partes com 10 gra-
vuras.

Na, primeira — Ingrata:. Patria
— lala o autor do nascimento de
Amato. Lusitano, em: Caslelo
Branco, no ano de 1511.

– Refere-se à grande injustiça do
seu esquecimento que dura há
400 -anos, tendo êle proclamado,
sempre, «em mais de um passo
das suas obras», o nome da ter-
ta que Íhe deu berço, e, apesar

da «selecta galeria de histo-.

tos são tratados. SOTLES

Entre outros artigos, todos de
grande importância, publica .

Riquezas latentes de Portugal.
— os matos moídos na adubação
da batata-—a luta contra a Lymans
tria dispar L.— Oídio —escôlha é
formação de” galinhas bôas poe- |
deiras — a costumada secção de
consultas, etc., etc…

Às assinaturas devem ser diri-
gidas ao publicista Motta Ferrei
ra, Redacção da Gazeta das Al-
«delas, Avenida dos Aliados, 66 —

dor, pela maneira como os assun-

gas (Diccionário Popular) mas .

briagado, começa, também, a.
cavar a sua decadência inevitável. .

ni

Porto, Ene

N.º 5º

O homen! mas que queres tu que eu
ste diga? :

— A gente não é má, segundo consta,
e, quanto à terra, é uma aldeia micros-
-cópica encravada no meio dumas serras
à margem do Zêzere. Dizem que no

mais. Depois… sabes bem… loira,
olhos azúis. . não é o meu tipo…

— Então 2…

«= Morena.. olhos pretos…

— Ah! sim! disse, rindo, Alberto Sil-
va — moreno era Cristo… já o dizia o
poeta — e os dois amigos, pegando nos
chapéus, saíram conversando para a

rua.
CAPITULO 1V

Seriam umas cinco horas da tarde,

“quando José Maria chegou ao Alto da

“verão é deliciosa de frescor e de ver-.

dura mas no inverno é um horror! E é
tudo quanto te posso dizer. Eu nunca
Já fulix a

— Dizes; então, que’no verão…
b— E” uma Sintra em ponto peque-
no… mas no inverno… livra-te! Que
-vais fazer ao Rio Fundeiro ?1

— Umas medições, uns nivelamentos, ‘

uns cálculos, uns estudos. Trabalho de ,
ombro, começou a descer pelo cami-

pouca monta, mas maçador e demorado.
— Ah! Bem sei! Ouvi falar duma

barragem… Po.
“=” — E” isso mesmo. Já lá estiveram

dois engenheiros dos serviços hidráu-

licos e sabes o que aquela gentinha

lhes fez ? Logo que perceberam do que |

se tratava, pegaram nêles e puzeram-
nos fóra da terra! t

Oh, com os demónios ! vê lá se te
sucede o mesmo ! a

— Não espero isso. Preveniram-me
em Castelo Branco e parece que os ho-
mens não se oporão aos estudos . O
que não querem é obras no rio. Devo
dizer-te que não espero também ser
muito bem recebido; mas… enfim, logo
se. vês. SAR OTASI

— Quve lá, Zé Maria; e se tu te fi-
zesses acompanhar por dois ou três
magalas da Guarda Republicana ?

— Estas doido, homem! Nem pensar | carnados; os nateiros sem vegetação e
gia terra calva e pedregosa lembravam
uma desoladora paisagem: lunar, a

nisso! aquela gente é ciosa dos seu
direitos e se me vissem aparecer em pé
de guerras seria deitar-pólvora no fo-
go! Depois… não é com vinagre que
sê apanham môscas:

— Tens razão… é com açúcar. Pois
não te felicito no capítulo respeitante
aos trabalhos da tia especialidade,
contudo… como vais para aldeia…
estás nas tuas sete quintas: Lindo… o
Sol a sumir-se na linha do horizonte…
as abelhas buscando mel… ao longe,

“ os chocalhos- dum rebanho… a flauta”

dum zagal… o canto das lavadeiras: ..
e ao ver assim no prado pachorrentos
bois lavrando… como dizia-o outro…

* Olha tu não-te apaixones por alguma!
“filha de Céres ou de Pomona’ e: venhas:

para aí de beiço caído! — e reclinando

a cabeça nas costas da cadeira almo- |
fadada, Alberto Silva’expelia para o ar’
colunas azuladas do seu charuto perfu-:

mado: ; afago.
“Homem — replicou o engenheiro —

tu também és da província e… =

“= e não trocava o soberbo panorama
destas serranias, o ar balsâmico destas
campinas, pela cheireta’a sardinhas as-
sadas da Rua do Arsenal ou pela fedo-

rentina a cebola podre da Rua dos Ba-=:

calhoeiros — e, pondo-se de pé, Alber-
to Silva aproximou-se do amigo.

— Sabes — disse êle, mudando de
tom — está cá a Madalena Fatia. Lem-

bras-te dela? a ps
— Muito bem — disse O engenheiro

-— é uma preteiisiosa, uma cabeça de

vento, uma… : a

— E” isso mesmo… e agora está
muito pior, mas tu dantes não lhe fa-
zias essas ausências | Creio mesmo que,
pelo contrário e pondoa mão sôbre

“9 ‘ombro’do amigo, Alberto Silva, pis-

cava os olhos maliciosamente. –
José Maria, sorrindo também, respon=
deu: sia 7
— Enganas-te.
entre fiós parecido com-um namõro,

Nunca houve nada

Serra. Alberto Silva tinha encontrado
na Sertã um homem da Foz da isna,
que se prontificou a acompanhar e ser-
vir de guia ao engenheiro até o Rio,
mediante o pacamento da sua passa-
gem no carro da carreira. | 1
Depois de ter dado instruções ao con- ‘
dutor, para deixar a sua bagagem nos
Vales, onde, no dia seguinte, a manda-
ria buscar, José Maria entregou ao guia
a mala de mão e um pequeno cesto com ‘
o farnel que em casa do Silva lhe ti- :
nham. preparado, e, pondo a-capa ao

nho que conduz ao Rio Fundeiro. Atrás
dêle, o homem ia dando explicações

“sôbre pormenores da paisagem.

Quando chegaram à aldeia, era quási
noite.

Passaram por três ou quatro casas
sem verem viva alma. Parecia que a
povoação estava deserta, contudo, se,
José’ Maria tivesse olhado para trás,
veria que em cada porta uma ou.mais
cabeças espreitavam a sta passagem
por ali. Í

Chegaram assim ao «Alquebre>. Um
porco iossando num lodaçal, duas gali-.
nhas esg avatando numa estrumeira €
um gato dormindo sob um alpendre ;
eram.os únicos seres vivos que por ali,
se viam. |

As árvores ainda despidas de folha- |
gem erguiam para o Céu osramos des-

sôbre a qual tivesse passado a maidi-
ção de Deus. ss |
“ — Vamos lá — murmurou o engenhei- |
ro encolhendo os ombros — isto está |
bem longe de ser uma pequena Sintra |
como o Alberto lhe chamou! — e vol- |
tando-se para o guia, disse em voz al- |
ta: »arece que não há gente na terra !.

O homem mascou-em-sêco, coçou
atrás da orelha e respondeu por tim :

— A modos que já é tarde para an-
darem ‘nos campos; espere-me aqui,
Vossa Senhoria, que eu vou ver se o:
taberneiro está em casa.

José Maria ergueu as mãos ao céu.
— Q, taberneiro ? ! então. há taberneiro..
na aldeia ? Mas se há taberneiro, é por-
que há taberna! e se há taberria, é uma
preciosidade nesta altura. E” um oásis
no meio do deserto, um raio de sol no
meio da têmpestade, uma táboa de sal-:
vação no méio de um naufrágio! Q?
abençoado! ó providencial! ó filantró-
pico. taberneiro |! se Robisson Crussué
tivesse encontrado uma taberna…

— A modos que isso agora é chalaça
— disse o homem da Foz da.lsna, que.
o tinha ouvido embasbacado — e cor-
rendo para a quelha próxima, sumiu-se
em breve atrás duma esquina…

“A Foz da -Isna, não dista do Rio Fun-
deiro mais de dois quilômetros,por is-‘
so. -o guia de José Maria era conhecido
em tôda a povoação

Mal êle tinha acabado de virar a es-
quina, viu-se logo cercado por quatro
homens, três mulheres e dois garotos.

— Quem. é aquêle casaca. que vem.
consigo, ó tio António ?

— Como se-chama ?

“— Donde vem ?

— Para onde vai ?

— Que vem êle cá fazer ?

O homenzinho, sentindo-se alvo da
curiosidade geral, tomou ares superio-
res e demorando a resposta para inten–

cial, ao que lhe ficava mais próximo

| mas de modo a ser ouvido por todos :

—’A modos que é o doutor que vem
cá medir o rio. ,
— Então, não é doutor, é maquinista
— disse de além o tio Francisco da
Cardiga, que tinha sido corneteiro do

15 de Infantaria e era muito entendido

em profissões liberais.

As fisionomias daquêles homens mu-
daram como por encanto.

— Ah! é êle? pois olha que pata à
minha casa é que não vai.

— nem para a minha.

— nem para a minha E

— eu nem pinfado o queria à porta —
disse lá de longe uma velhota muito
entendida em curar o mau-olhado

(Continua)

—GotoQ) te A
“NASCIMENTO

Teve o seu feliz sucesso no
pretérito sábado, dando à luz
uma interessante menina, a sr.
D. Noémia Leitão Caldeira Ri-
beiro de Matos Neves, dedicada
esposa do nosso amigo sr. dr.
Pedro de Matos Neves mévico-
«veterinário dêste concelho.

Tanto a parturiente como a re-
cém-nascida encontram-se de
óptima saúde.

dd) tap
Aos expedicionários,

naturais da região

Desde há meses que estamos
remetendo o jornal a bastantes
soldados expedicionários da re.
gião, que se encontram na Madeira;
Açôres e Cabo Verde. Na gene.
ralidade, a expedição é feita nas
condições que aqui apresentámos
antes do seu início, isto é, sem
encargo obrigatório para cs des:
tinatários. Sucede que daquelas.
paragens atlânticas vimos rece:
bendo muitos e novos pedidos
de jornais, que não é possível
atender por completo, visto que,
se concordamos em. enviar «os:
exemplares que sobram, não po-
demos aumentar a-tiragem, por-
que-isso, a que há’a adicionaras
franquias, nos traz uma maior
despesa, impossível de-suportar.
Além. daqueles pedidos, ainda.
muitos outros nos (êm sido apre .,
sentados por passoas de família.
dos expedicionários, a maiorii.
residentes na freguesia, da Sertã.

Devemos, pois, esclarecer que:
continuaremos a manter, com te-;
gularidade, a expedição do jor-.
nal aos expedici nários inicial-.
mente inscritos e, quanto aos de-
mais, faremos a remessa conisoan-:
te-as sobras de exemplares-e-pes:
la ordem de data. porque forem:
recebidos.os pedidos..

As «Cartas da Saudade» sefão |
publicadas: de: harmonia: com; 0
espaço de que formos dispondo. ..
Co: o vêem, não há a menor má
vontale da nossa parte, antes 0.
des: jo de servir todos dentro das

Simples galanteios Cerimoniosos € nada | sificar o efeito, disse, em tom contiden- | possibilidades que se apresentam,