A Comarca da Sertã nº302 02-07-1942

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DIRECTOR, EDITO.

mam eouilo ste!
RE PROPRIETARIO

= – “-|1— FUNDADOR ES =
— . Dr. José Carlos Ehrhardt ——

— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
— António Barata e Silva —
Dr. Jos6 Barata Corrêa e silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa

Composto & frpreso
1 “ep! O Ss ge x A s
3 “Eduardo Simnata da Silva Cometa ps TE: so FEÃO
= —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO nas 4 ç AR CASTELO)
m|| RUA SERPA PINTO-SERTA PR
>||— qnt > a é TELEFONE
«| | PUBLICA-SE ÁS TERCAS FEIRAS – E LAR 112
gil + sat z

2NO VII | Hebjomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos de Sertã | ES

Nº 302 Oleiros, Proença-a=fova e Wila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) | 1942

Notas …

POR virtude da alteraçao da
carreira de camionetas en-
tre Gastelo Branco e Sertã, ês-
te semanário passa a publi
car-se à 3º feira,
“ Pelo mesmo motivo o núme-
ro anterior sai com dois dias
de atrazo,

tao

NO mercado de sábado pas-

sado, na Sertã, não hon-
ve milho à venda, ao contrário
do que tem sucedido nos álfi-
mos de Sernache, em que se ve-
rificon grande abandância ;
parece isto provar que muitos
lavradores, não tendo até ago»
ra, conseguido a venda pelo
preço que exigiam particular=
mente—e muito superior ao da
tabela camarária — pretend:
quanto antes, desfazer-se das
quantidades que ainda pos-
suem, ante o receio da baixa
originada pela proximidade da
nova colheita. :

PROSSE GUEM: activamente
as obras–de- construção
das-residências dos Magistra,,
dos da cômarça: edifício que,
pela, sna grandeza e arqui
tectura; muito, virá contribuir
para o futuro embelezamento
– da Rua Gonçalo Rodrigues

Caldeira, ,

S exercícios anti – aéreos

efectuados na capital, em

gue colahoron tóda a povula-

são, tomo não podia deixar

de Ser, decorreram ge forma

satisfatória à evi-
dência, a ca aque, ilitar e
espirito de sacrifício da «Le:

gido», que merece todo o nos-
q respeito, admiração e sim-
patia tão certo é que não tem
ouirã força a impulsioná-la,
nem outro entusiasmo a ani-
má-la além dam grande e alto
amor patriótico. |.

DO) Arade,
Nô sabado não recebemos cor-

“Feio. Muita gente ‘sentin
a’ falta de jornais, mas, por
fint, respirou fundo : sentia-se
livré’do narcótito venenoso das
notícias da’ gherral E pare
cendo que não, foi nm bem:
deiton se mais trangiltia é dor-
mimmelhor q noite!
APARECEU agora uma doen»

gava atacar os pinheiros?

Assim no-lo dizem alguns
habitantes da Codeceira e Car-
napete, afirmando darem-se
casós,-para aqueles lados, de]
haver pinheiros, até então vi-
gosos e pajantes, que secam da
raiz à copa dum momento pa-
ra oatro, sem que ninguem
saiba atinar com a causa.

Mais um estado a que os sil-
vicultores se virão a dedicar se
o mal vier a tomar grandes
proporções. A “doença ataca,
indiferentemente, pinheiros
gangrados e não sangrados,

SALAZAR FAL

26 último sob o tema «Defesa eco-

nómica—Defesa moral—Defesa po-
lítica», oração brilhantíssima que galvani-
zoua alma portuguesa pela beleza do esti-
lo, pela verdade e clareza das afirmações
e pela dignidade que só a elevação ou gran-
deza moral, a honra e a consciência do pró-
prio valor podem infundir.

Há no discurso um somatório de con-
ceitos, tão fortes e ricos de expressão e
uma tal harmonia, compenetra-ge de tal
modo com. às nossas idéias é sentimentos
que, ão ouví-lo, nós tivemos a sensação ni-
tida de ouvir a própria voz da Pátria eati-
gmatizando egoismos, mesquinhos interês-
des, fraquezas ejfalta de espírito cívico de
que. enfermamos “e que nos inferiorizam,
para, depois, com calma, chamar os portu-
gueses à razão, ao caminho da honra, à
prática das virtudes, despertando a cons-
ciôncia de um povo quo foi grande no pas:
sado e-précisa dê se’ehcontrar a si próprio,
marcando, no-concerto das nações, o logar
E re ‘plefiamente e a que tem

ireito pélé eua Hitória.

Ag palavras de Salazar ecoam aos nos-
sos“ouvidos como conselho e lição, que de
vemos escutar é atender tom prudência e.
acatar confiadamente para que suportemos

om firmeza à ressaca dêste férvido tumul-
to que-se apresta a despedaçar 05 vigamen-
tos do mundo actual, E mais crescem, e
dé avolumam àb nossas responsabilidades,
“passada que seja a tempestade e vinda a
Bonança, pela, parte activa, que hemos dv
tomar, súbordinada a incontáveis sacrit
civs de ‘tóda’a éipécio, na reconstrução de
um novo mundo, onde caibám as mais sa-
gran e justas aspirações dos povos, Nes-
‘du, reconstrução só podem colabvrar e só

OU A NAÇÃO

— NG ——
So do ali falou à Nação na nóite de |

podem. ser ouvidos — ocupando logar con-
digno —os povos que nas horas trágicas
provaram a sua coragem, o amor à sua
História e tradições, a vontade resoluta de
defender os seus direitos e um heroísmo
que não desfaleceu, antes redobrou, inten-
Bo, nus momentos da mais brutal adversi-
dade.

Conduzamos os nossos passos de mo-
do-a-conservar a neutralidade digna em
que nos temos mantido, mercê da Provi-
dência, da sabedoria do Govêrno e, possl-
velmente, também, até agora, da posição
geográfica que ocupamos; mas não deixe-
mos amolecer os nervos na doce miragem
de que assim nos poderemos manter até o
fim.

Alheemo-nos de partidos, para sermos
só portugueses. Guardemos, em nós mes-
mos, a simpátia que porventura nutramos
por qualquer. beligerante ou grupo, pois
que a exteriorização intempesuva divide-
nos, sÓ é prejudicial a nós próprios, que
tanto é dizer’à Nação, Para nós, mais do
que vs interôsses alheios, valem os da Pá-
tria e esta tem o direito de exigir que nos
comportemos com brio e honradez.

: A paz em que vivemos não tolera nem
admite da nossa parte a menor falta de di-
gnidade quando a nossa causa e 0s nossos
inalienáveis direitos forem molestados por
outrem; quere dizer que a paz poderá ser
mantida enquanto a honra da Nação não
for enxovalhada. Por isso conservemo-nos
atentos e vigilantes, em absoluta coesão de
almas, corações ao alto, cerrando fileiras h,
volta do Govêrno, pensando, sômente, úni-
camente, em defender os sagrados interês
ses de Portugal. É

Eduardo Barata

| DURANTE a última semana

surgiram, na’nossa re-
gião, algumas nianhas de den:
So nevobiro, que graves pre.
Julzos causaram às vinhas €
dos trigais,

OS folguedos nas noites de
| 8, João e S, Pedro tive-
ram, na Serta, fraquíssima
ani resummindorse à bai-
ricos nalguns largos públi-
cos: A falta de entusiasmo
mais qhea de dinheiro, vai
abolindo as, um interessantes
diversões popalares, que nou-
tros tempos eéra areias
ara: osiquais não. havia difi-
llades de qualquer espécie.
| Era ontra gente, doutro pen-
sar, alegre, amiga de se diver-
tir, sem a presanição e toleima
que ora por aí se vê!

Sem música e foguetes, mo-

ços e moças, não é possível fa
ger’festa, fal L H

Estrada-Madeira =Alto da Gava

A Comissão de Lisboa encar=
regada de angariar donativos
para a construção da estrada Ma-
deira-Alto da Cava, na sua últi-
ma relinião tomou conhecimento
da marcha dos trabalhos de cons
trução, os quais, como temos di-
to, prosseguem com grande in-
tensidade,

Verificou, também, em face das
listas recolhidas e das quais co-
meçamos agora a dar publicida-
de, existir ainda um grande nú-
mero, de conterrâneos que ainda
se não pronunciáram quanto à
sua contribuição para tão útil me-
lhoramento, que constitue, € fa-
cto, a aspiração dominante de
todos os madeiranenses e povos
limítrofes. :

Esperamos, contudo, que essas
contribuições não se façam es-
perar, porá que, a nóssa obra,

que é obra de nós todos, termi

ne no fim.

E” óbvio frisar que já temos
construída mais de metade da
estrada, e esta razão dar-nos à
a todós o maior prazer para con-
tribuírmos com tudo que esteja
na possibilidade de cada um,
pois só assim — repetimos, — al-
cançaremos o desejado êxito,

Chamamos também a atenção
daquêles que já se inscreveram,
mas-que ainda: não entregaram
as respectivas importâncias, o fa-
vor qe o fazerem quanto antes
para que os trabalhos não so-
fram qualquer interrupção,

Nos dois últimos números da
«Comarca» vêm publicados, em
correspondências da Madeirã, os
nomes de todos os subscritores
que já entregaram importâncias
para a construção da nossa es-
trada, cujo montante se eleva a
Esc, 5850800.

João Antunes Gaspar.

«c«. alápis

HySTE ano tem havido boas
-.. fratasnaregião e em quan-
tidade apreciável, o que não
saceden o uno passado porgre
o ciclone arrazon muitas ár
vores frutíferas e destrua os
rebentos das que resistiram à
fúria do vento. Pena é que, gex
ralmente, ela seja vendida cas
ríssima, a ponto de só as pes-
soas endinheiradas lhe pode-
rem chegar, A fruta não devia
faltar tanto na mesa do rico
como do pobre, pois, se não
serve de sustento, é uma delt-
cia, regala pelo sabor e con=
tém óÓptimas vitaminas que
tanto bem fazem ao organis=
mo, sobretado ao das crianças,
em plena formação.

No sábado apareceram na
praça os primeiros pêssegos
da temporada, . sumarentos,
deliciosos—nm torrão de ação
carl—a $20 cada, que desapa-
receram nam abrir e fechar de
olhos; e havia cerejas rubras,
bicais, a 850 a tigela. Como

não há bela sem senão, alga-.

mas laranjas, talvez por se:
rem poucas e estar findaa sua
época, que por lá surgiram,
venderam-se a um escado ca-
de! Disseram-nos que vidtiam
dos lados de Vila de Rei, con-
celhc privilegiado na prodi-
ção de laranjas, a rivalizarem
com as de Setúbal, as melho=
res do País. Mas a fama não
justifica tão alto preço, mesmo
que se apresentasse certificado
de origem!
rose

POR quási tôda a parte se
— está fazendo a apanha da
batata, o famoso tubércalo,
crja plantação, êste ano, mer-
cê da conveniente e patriótica
propaganda do ministério da
Economia, em obediência aos
princípios de «Produzir e Pon
par», mereceu aos nossos la-
vradores o melhor acolhimens
to; e tanto assim que não só q
leira, mas todo o palmo de
terra susceptível de amanho e
até então incalto foi surribado,
lavrado ou cavado para a plan-
tação, com inteligência e cri-
tério, todos convencidos de que
mais vale prevenir que remediar
e dequea fartura não faz mal
a ninguém, antes pelo cons
trário !

Em todo o caso, a produção
não compensou satisfatórias
mente tantos esforços e despe-
sas, Já pela carência e subida
vertiginosa do preço dos ada-
bos, já porque nem sempre o
tempo correu favorávél, –

Não vale a pena desanimar!
Para o ano é seguir o mesmo
processo de plantar ao mázi-
mo, E no gne toca a adubos,
o Grémio da Lavoura que se
previna a tempo e horas para
que nenhum lavrador, por mais
modesto, fique sem o quinhão
que lhe cabe

Este número fol visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

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A Comarca da Sertã

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EDITAL

Lucio Hmaral Marques, Che»
fe da Secção de Finanças
do Goncelho de Sertã.

Faço saber que; de harmonia
com o artigo 5.º do Decreto n,º
25.300, de 6 de Maio de 1935, to=
dos os contribuintes, aujsitos a cons
tribuição industrial, Grupo A e G
e impostos profissional-profissões
liberais e empregados por conta de
outrem, devem renovar durante o
mês ds Julho do corrente ano na
Secção de Finanças dêste concelho
as suas declarações, dos modelos
anexos aos decretos 16,731, da 13
de Abril de 1929 e 24,916, de 10
de Janeiro de 1935, desde que as
respectivas actividades tenham sos
frido alterações.

No mesmo mês, as entidades ou
pessoas, que tenham ao seu servi=
go, emprégudos sujeitos a imposto

ofisstonal, devem renovar as res
E ões nos termos do artigo 67 do
ento 16,731, desde que as, ultte
mamente entregues, tenham também
sofrido qualquer alteração,

E para constar é chegue ao cos
nhecimento dos interessados se pas-
sou êste e outros de igual teor, que
vão ser afivados nos lugares de
estilo,

Secção de Finanças do Concelho
de Sertã, 22 de Junho de 1942,

O Chefe da Secção,

Lúcio Amaral Marques

Oheg. | Part. | Ohog. | Part. Obeg. | Part. | Ohog. | Part.
Sertã (Rua do Vale) +. +. | — 7,45) — | 12,50 | Lisboa (Av. Alm, Reis, 62-H).) — 6,30] — | 10,00
Sernache do Ena – «| 805] 8,1513410] 13,30 | Vila Franca A «| 7,35] 7,40 11,05 | 11,10
Ferreira do Zezere «| 910] 9,15 | 14,25 | 14,30 | Cartaxo . à «| 840] 8,45] 12,10 | 12,15
“Calçadas + + +. «| 9451 945/1500] 15,00 | Santarém a «| 915) 9,20] 12,45 | 13,05
Tomar . . + | 9,55] 10,05] 15,10 | 15,25] Pernes . , «| 10,00 | 10,00) 13,45 | 13,45
Tôrres Novas . . . | 10,550) 10,55] 16,10] 16,15; Tôrres Novas. a «| 10.35 | 10,35 | 14,20 | 14,25
Peres . ww» + «| 11,30] 11,30] 1650] 1650] Tomar . 4 «| 11,20 | 11,30 | 15,10 | 15,20
Santarém . «4 +| 12/10/1230] 17,30 | 17,40 | Calçadas, . «| 11,40 | 11,40) 15,30 | 15,30
Catas ido ni «| 13,00 | 13,05 | 18,10 | 18,15 | Ferreira do esto ê o «| 12,10 | 12,25 | 16,00 | 16,10
Vila Franca . a 14,05 | 14,10 | 19,15 | 19,20 | Sernache do Bonjardim »| 13,20 | 13,35 | 17,08 | 17,25
Lisboa (Av. Alm, Reis, 62H). 15,15 20,25] — | Sertã (Rua do Vale) E [13,55] — [1745] —
Efectuam-se : are o dy 2 fis Electuam-se ; am donloga Jg ata a

Faça a expedição das suas

encomendas

por intermédio da COM-
PANHIA DE VIAÇÃO DE
SERNACHE L.*, que lhe
garante a modicidade de
preços, segurança e rapidez
e a certeza dó que elus che-
gam ao seu destino sem o
mais leve dano.

Qonsulte o noaso gscritó-

EDITAL

Lúcio Amaral Marques, Se.
cretário de Finanças de 3.º
classe e Chefe da Secção de
Finanças do Concelho de
Sertã,

Faço saber que nos têrmos do
art 18.º do DecretosLei n.º 26 338,
de 5 de Fevereiro de 1936, todos
os proprietários usufrutuários ou
possuidi res por qualquer título, da
prédios urbanos são obrigados a
entregar durante o mês de «Julho,
na Secção de Finanças dâsta Con-=
colho, uma relação, em duplicado,
por cuda prédio, com os nomes dos
inquilinos e importâncias das ren
das anuais pagas por cada um.

Os proprietários, usufrutuários
ou possuidores, por qualquer título
ds prédios urbanos que não apre-
sentem a citada relação, incorrem
na multa de 2 por cento sôbre o
valor locativo do prédio a qual não –
pode ser inferior a 10500 (S 2.º
do art. 18,º do Decreto n.º 26,338),

4 relação só é apresentada quan –
do haja modificação nos elementos
oonstuntes da relação já apresen.
tada» ou. quando ainda não tenha
sido apresentada relação alguma
em relação ao prédio,

E para constar, se Massou o pre
sente 6 outros de igual: teor, que
ss mandaram afixar nos lugares
mais público dêste concelhos

Secção de Finanças do Concelho
de Sertã, 22 de Junho de 1942,

O Chefe da Secgão,
Lúcio Amaral Marques

rio em Sernache do Bomjar-
dim e qualquer dos nossos
agentes do percurso de Lis-
boa à Sertã, em Proença-a:
Nova, Oleiros, Alvaro e Pe-
drógão Pequeno.

Telefones n.º, Sertã, D;
S:rnache, 4; Tomar, 70; San-
tarém, 200 Lisboa, 45h08,45h08,

 

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Continyam-os habitartês de
Pedrógão Pequeno a queixar-se
da demora no recebimento do
correio, que desde há bastante
tempo é feito, únicamente, por
Pedrógão Grande.

Além de muitas outras con-
trariedades que o facto acarreta
e prejuízos sem conta que origi-
na, dá-se a circunstância de a
correspondência proveniente da
Sertã, sede do concelho e da
comarca, chegar àquela vila com
grande demora, por vezes de
mais de três dias |

Para as populações servidas
pela área do correio de Pedró-
gão Pequeno, que, com frequên-
cia, se têm de deslocar à Sertã
para tratar de assuntos urgentes
nas repartições públicas e de que
só podem ter conhecimento pelos
avisos recebidos e quantas vezes,
também, em cumprimento de in-
timações oficiais, em que há pra-
zos a respeitar e formalidades a
observar, isto sem já nos refe-
rirmos a negócios e casos de in
terêsse particular, podem bem
avaliar se os prejuízos, dissabo-
res e arrelias a que estão sujei-

tas.

Já aqui falámos mais duma
vez, e de Pedrógão Pequeno te-
mos publicado várias correspon-
dências nesse sentido, que, no
ss diz respeito ao correio entre

ertã e aquela vila, as malas po-
deriam ser conduzidas dos Ra
malhos para Pedrógão por um
estafeta, visto que o correio para
os Ramalhos é transportado diá-
riamente por um outro. |

Duma solução que se apresen-
ta tão simples e prática faz-se
um: bicho de sete cabeças | Por-
que não terá êste assunto sido
já arrumado a bem da população
da vila e Ireguesia de Pedrógão
Pequeno? Acaso não são res-
peitáveis, tanto como quaisquer
outros, os seus direitos ?

– Que encargo pode êste peque-
no serviço representar para a
Administração dos C. T. T?
Uma insignificância, além de que
desapareceu a despesa do trans-
porte de malas por camioneta
quando as carreiras deixaram de
ser diárias entre a Sertã e Pe-
drógão Pequeno ‘

“Mais uma vez chamamos a
atenção do ilustre Director dos
Correios do Distrito para êste
caso que demanda pronta solução.

a: re,
1 «O Método Integral –

“E? uma nova e importante obra
de José Pequito Rebêlo que se
ocupa de problemas de carácter
económico. Têmo la à venda na
nossa Redacção.

rue

Um sacrilégio no Cemitério da
“o Freguesia do Castelo

Chams-se, a atenção, a quem
de direito, competir pela forma
sacrilega como se está proceden-
do ao: serviço de enterramentos
no cemitério da freguesia do Cas-
telo. Serviço sem nexo nem or
-dem, chegando-se a fazer covas
para proceder a enterramentos à
luz da candeia. E pior ainda o
que recentemente se acaba de dar,
para-enterrar um cadáver chega-
.se à violar duas covas de enter-
ramentos feitos ainda de há pou-
co. ‘ Parece que não há ali quem
se interesse pelo respeito do lo-
1, gar onde repousam as cinzas dos
* seus, queridos mortos! Porque
não têm ali um coveiro nomeado
coma resp bilidade e orien-
tação do serviço. . Não admira
porque a humanidade engolfada
no sida da vida terrena,
se chegam a esquecer até de si
próprio, e da missão que lhes é
dado trilhar em benefício e gôzo
da alma .. e da decepção que
Os espera ao transpor os umbrais
da vida do Além. Seria justo que
as autori lades: competentes cha-
massem’ a atenção os responsá-
veis por tão grave falta que de-
certo se não daria num país de

o para Pedrógão Pequeno:

Ivagens. –

“= 4 Incêndios”

O Comando dos Bombeiros
Voluntários da Sertã pro-
cura constituí-lo, convi-
dando, para esse efeito, to-
“dos os individuos nas devi-
“das condições,

O sr. Comandante, interino,
dos Bombeiros Voluntários locais
recebeu uma circular do sr. Ins-
pector do «Serviço de Incêndios
da Zona Sul» em que comunica
haver conveniência em intensifl-
car a instrução do pessoal da
nossa Corp ração e, ao mesmo
tempo, alargar a sua acção a to-
dos .os indivíduos que com ela
se prestem a colaborar e difun-
dindo mesmo o mais lârgamente
possível os conhecimentos gerais
à população, se possível for.

Torna-se, pois, indispensável
aumentar o número de pessoas a
quem seja ministrada instrução
completa de todo o material de
socorro, promovendo à inscrição
de indivíduos fora da idade mi-
litar que não fiçam parte das
Organizações patrióticas «Legião
Portuguesa» e «Mocidade Portu=
guesa», (dos 18 aos 20 anos e
além dos 10). Paralelamente ao
Corpo activo poderá ser criado
um Corpo auxiliar no qual se
compreendam os indivíduos me-
nos robustos e aquêles que, por
fôrça das suas ocupações, não
possam Irequentar assiduamente
as instruções, ministrando lhes os
conhecimentos elementares se-
guintes ; material de socôrro, no-
menclatura e utilização; estabe-
lecimentos de mangueiras e tra-
balho com agulhetas; engates e
arvoramento de escadas; conhe.
cimentos dos métodos de salva-
mento; meios de extinção de ia
cêndios, a água, a areia e os ex-
tintores; transporte de feridos
com ou sem maca; respiração ar-
tilicial; socorros de urgência—
cuidados especiais a observar.

– Nesta conformidade, o Coman-
do dos Bombeiros Voluntários
da Sertã faz, por êste meio, con-
vite a todos os indivíduos, que
puderem aceitá lo, a inscrever-
se, O mais rápidamente possível,
na lista patente na Redacção de
<A ‘ Comarca da Sertã» e, opor-
tunamente, por aviso pessoal,
indicará o dia, hora e I»cal da
primeira instrução.

Exames de Instrução Primária

Os exames de 3.º classe prin-
cipiaram no dia 1.º do corrente
e devem estar terminados em 14;
os de 4º classe principiam no
dia 15, prolongando se até 31.

rose
«Clube da Sertã»

Entre as recentes alterações aos
estatutos do «Grémio Sertaginen-
se», aprovadas em Assembléia
Geral, foi modificada a sua de-
nominação para «Clube da Ser-
tã», visto não poder continuar a
existir o termo grémio em às-
sociações recreativas.

Os Corpos Gerentes passaram
a ser eleitos por dois anos, com
recondução por igual período.

raso
Pagamento de Assinaturas

Dignou-se remeter 25800 para
pag; da sua assi a at
o n,º 350 o nosso amigo sr, José
Lopes Ribeiro Tavares, de Lisboa,
Agradecemos. «: –

Ore
OS AMIGOS DA .«COMARCA«

Tiveram a gentileza, que mui-
to agradecemos, de indicar no-
vos assinantes, 0 sr. Comissário
José Gonçalves, o sr Adelino
Ferreira Leitão e o sr. Jaime
Henriques, os srs. Manoel Antó-
nio de Vasconcelos e José Fer-
reira, da Silva, todos de Lisboa,

Gofgjo -Ausiliar “para Combate
(doticirto dos nossos Comespondaitos)

Um louco perigoso

MADEIRÁÃ, 22 — António Rodrigues,
um simpático rapaz de 18 anos, filho
de António Rodrigues, residente: na
Corregancha, desta freguesia, foi sibi-
tamente acometido de um ataque de
loucura e partiu da sua residência, nu-
ma vertiginosa correria, em direcção à
Vinha Velha. Sua mãe, no intuito de
acalmar a fúria do filho,’segulu atrás
dêle, mas, ao transpor o portão de en-
trada do sr. António Lourenço Silva,
pegou num pau e malhou desalmada-
mente na pobre mãe, causando-lhe pro-
fundos golpes na cabeça e várias con-
tusões pelo corpo, sendo gravíssimo o
seu estado. Valeu-lhe uma filha do sr,
Lourenço Silva, pois de contrário teria
morto a mãe, de quem era muito ami-

O. Já duas vezes foi conduzido a casa
os pais, mas passados momentos apa-
rece logo em casa do regedor.

E” de tôda a conveniência que êste
infeliz szja pelas autoridades mandado
internar num manicómio, pois além de
ser susceptível de cura, pode evitar-se
mais alguma agressão de trágicas cons
seqiiências.

A pobre mãe, quási no delírio, pede
constantemente que lhe vão buscar o
seu rico filho para junto dela.

CARDIGOS, 22 — Ontem, domingo,
um alegre bando de criancinhas, não
menos de 400, alunas das escolas € fre-
quentadoras da catequese, reiiniram-se
à tardinha no edificio das escolas para
uma merenda fraternal e ruidosa, sob
a égide do rev.º Vigário, alguns pro-
fessores € outras pessoas amigas das
criancinhas.

O repasto constou de belo pão alvo,
mel e fruta, tudo com abundancia e re-
glonal. O mel foi extraído de uma col-
meia móvel, propriedade da escola, e
que serve para O digno professor ins-
truir teórica e práticamente os seus
alunos na remuneradora e bela ciência
de agricultura. A sobremesa era com-
posta de cerejas, vermelhas e tentado-
ras, que alegram as interessantes pai-
sagens que circundam a vila.

Depois de satisfeitas as criancinhas,
arregimentadas em duas alas, com dois
tambores rufando à frente, deram volta
às ruas da terra, debandando alegres
para os seus lares.

— Foi a Santarém tomar posse da
escola naquela cidade para que pediu
a transferência, o professor oficial de
Cardigos, sr. Antônio d’Oliveira Vie-
gas Tavares.

— Foi operado a semana passada de
uma apendicite o sr. Alberto de Oli-
veira Tavares, na Casa de Saúde em
Abrantes. Foi operador o hábil médico
sr. Dr. Manuel Fernandes que se tem
notabilisado no ramo cirúrgico. O sr.
Alberto Tavares, encontra-se: já resta-
belecido ,

<A Comarca da Sertã» congratula-se
pelo êxito da operação a que toi sub-
metido o seu amigo e estimado assi-
nante sr, Alberto de Oliveira Tavares
e com muita satisfação noticia as suas
completas melhoras.

Aproveita a oportunidade de felicitar
o distinto cirurgião sr. Dr. Manuel
Fernandes por mais. êste rriunto, que
vem confirmar a fama de prestigio e
competência de que justamente goza a
Casa de Saúde de Abrantes, na qual
S. Ex.2, como seu digno Director e-
xerce a sua nobilissima profissão com
elevado talento.

Festa do S. Coração de Jesus

Caso não surja qualquer con-
tratempo, é no próximo dia 19
que se realizam as solenidades
em honra do S. Coração de Jesus
e, como de costume, a Primeira
Comunhão das crianças, que al-
gumas meninas da Juventude Cas
tólica estão preparando para o

acto,
raro

E benefício dos Bombeiros

Um. gentil grupo de meninas
da nossa primeira sociedade pres-
tou-se, amâvelmente, a fazer um
peditório, no dia 29, em benefíi-

é | cio da Corporação de Bombeiros

local. Percorreu a Alameda Sala
zar, onde nesse dia se realizava
a feira de S. Pedro, as reparti-
ções públicas e estabelecimentos,
recolhendo 484860,
O

A Direcção da Associação está
em negociações com uma emprê-
sa de Lisboa para a realização
de espectáculos cinematográficos,
na esplanada de S. João, ao Cas-
telo, durante a presente época;
como: é sabido, parte da receita

| Criadas modernas

Estando uma senhora com-fal
E de criada, bate a uma porta e
iz;
—V, Ex.” precisa de criada?
—Preciso e desejava que sou-
besse cozinhar e engomar. Esta
rá você neste caso ?
—Sim, minha sr.*; e qual é o
ordenado ?
— Duzentos escudos por mês
—Isso convém-me; a que ho
ras tenho de levantar me ?
—A?s 7 no inverno e às 6 no
verão.
—Durmo na água furtada ?
—Não; em baixo, no primeiro
andar.
—Tem esteira o meu quarto?
—De-certo.
—O galego é quem esfrega ?
— Está visto.
—Eº êle quem faz os recados?
— Também.
—Tenho café com leite ao al-
môço ?
— Pois então.
—V. Ex.* dá-me licença que eu
saia um dia por semana?
—Já se vê.
— Há alguém para lavar a loi-
ça e para os trabalhos grosseiros?
— [sso nem se pregunta,
— Quando posso vir para casa
de V. Ex.º?
— Amanhã, se quiser.
— Até âmanhã, minha senhora.
À criada pegou na sombrinha
e na mala de mão e ia a retirar-
-se, quando a senhora a chamou
e preguntou:
—Diga-me uma coisa: sabe
tocar piano ?
—Não, minha senhora.
— Então não me serve,

euro

«Quem canta…»

O «Diário de Coimbra» abriu,
recentemente, um interessante
concurso de quadras populares,
tendo já publicado aquelas que
têm direito aos prémios e men
ções honrosas estabelecidos.

Esta é muito bonita:

A” Senhora da Saúde
Um raminho hei de levar
Das rosas aa tua face
Atadas no meu olhar.

Carlos de Figueiredo Nunes
(Homem da Serra)- Coim-
bra,

epa

Grescel e multiplicai – vos !

Dizem de Madrid que a espô-
sa do tenente-coronel da Inten-
dência Naval, Gaspar Nunez Si-
mon, acaba de dar à luz três ro-
bustas crianças do sexo mascu-
lino, achando-se, tanto a mãi
como os recém-nascidos, de ex-
celente saúde.

Aparturiente conta, presentes
mente, 36 anos e deu já à luz 19
filhos, dos quais estão vivos 14,

rose
E aa a ea ea a

”, e
a d
* AGENDA *,

a a
gt a a ea ea E a

Com sua espôsa e filha encon-
tra-se na Sertã o sr. Eutíquio
Belmonte de Lemos, de Lisboa

—No próximo dia 8 embarca
no vapor «Lima» com destino ao
Funchal, para onde vai exercer
temporáriamente a sua activida-
de, o pintor da Sertã sr. Rodri-
go Quaresma de Oliveira, a quem
desejamos boa viagem e muita
sorte,

—Enrcontra-se em Coimbra a
sr.* D. Laura Mendes Nunes, do
Nesperal.

— Vindo de Lisboa encontra-se
na Várzea dos Cavaleiros o sr.
António Francisco Sardeira.

pra

DESPEDIDA

Henrique Baptista e espôsa,
tendo regressado a Fernando Pó
inesperadamente, sem ter tido
tempo de se despedir de tôdas as
pessoas das suas relações, fa-
zem-no por êste meio, e apresen
“tam lhes os seus cumprimentos.
Sernache do Bomjardim, 23

reverte a favor do seu cofre, ‘ de Junho, de 1942.

A morgem da queno –

Em plena natureza

* Existe em Inglaterra, numa
foresta, um carvalho extraordi-
nário. Esta árvore venerável cu-
ja idade é difícil de avsliar com
precisão, tem um tronco que me-
de 29 metros de circunferência
e 19 de altura O gigante da flo-
resta é ôco. Por isso o pastor da
Freguezia o utiliza como capela.

Na India Inglesa

Para que todos os: cidadãos
que não sabem lêr nem escrever
possam exercer o seu direito de
voto, as autoridades, na India,
recorrem ao seguinte processo:
as urnas exibem liguras, que ser
vem para que os eleitores votem
pelos candidatos de sua simpatia.

Cada candidato ou partido ado»
pta um símbolo: uma-mão, um
guarda-chuva, uma balança, etc.

A India conta 360 milhões e a
história da administração inglêsa
naquela península é o maior
exemplo de obra civilizadora que
jámais um povo levou a efeito
no mundo, É

Galeulistas prodigiosos

Em todos os tempos, à humas
nidade tem dado prodigiosos
calculistas, indivíduos que pos-
suem espontâneamente, e desde
a mais tenra idade, uma potência
calculadora quási inacreditável.
A História conserva os nomes
de crianças de cinco a seis anos
que achavam, com prontidão ma-
ravilhosa, os produtos de vários
números de cinco e seis algaris-
mos, e outros, que, como se es-
tivessem a brincar, extraíam raí-
zes quadradas e cúbicas de uma
dezena de algarismos.

Pensem um momento no si-
gnificado de um número de cin-
quenta algarismos : escrito sôbre
uma pedra ocupa metro e meio
de extensão Pois bem, o mate
mático inglês Wallis, que viveu
no século XVil, um dos tunda-
dores da Real Sociedade de Lon-=
dres, deitou-se, uma noite preos
cupado com uma raiz quadrada
que tinha de extrair de um nú-
mero de cinquenta algarismos, e,
no dia seguinte, sem se levan-
tar, e sem ter pegado numa cas
neta ou lápis, ditou-a ao seu se=
cretário, de memória.

Com a idade de oito anos, o
inglês Georges Bilder era um
calculista formidável, E quando,
mais tarde, foi eleito deputado
à Câmara dos Comuns, deixava
os seus colegas estupefactos,
descobrindo imediatamente os
êrros das contas do orçamento.

Também o inglês George Noa-
kes foi o fenómeno do comêço
do século XIX, Tinha cinco anos
quando desembaraçadamente deu
pronta resposta a estas pregun-
tas: Quanto são trinta e duas
mul vezes sete pence e meto >»
Quanto dão noventa e nove li-
bras, dezanove skillings, dois
pence e três quartos, maltipli.
cados por si mesmos ?

Enquanto calculava de cabe-
ça, não percebia as conversações
nem os ruídos produzidos em
redor, I

Uma construção cientifica

Em Montreal, Canadá, numa
fábrica de tabacos, os três anda-
res superiprês foram construídos
com tijolô de vidro não tendo,
por isso, janelas.

Os tijajod foram feitos de vi=
dro ordinário com uma parte ôca
no interior, e as paredes de’vi-
dro construídas com êstes tijolos
foram feitas de forma que não
são transparentes, mas sim trans-
lucentes, dando 85’/, mais luz
do que as janelas vulgares,

Os tijolos não são móveis,
sendo as divisões interiores vens
tíladas mecânicamente,

or
INnSTRUCÃO

Foram providas nas escolas de
Figueiredo (Sertã) e Valadas
(Vila de Rei), respectivamente, as
rofessoras sr.º D. Maria de
atos Abranches e D Licínia
Rosário Ramos,io Ramos,

 

@@@ 1 @@@

Ouvem-se gritos. Choros lancinantes,
Chavem granisos. Aguas em torrentes
escalavram as terras. Inclementes,
ferosy estrugem raios coruscantes…

= Tado.é pavor. Mas, calma.no sem ninho,
uma mãe aconchega com carinho
os-sens filhos que cobre com a asa..

Passa a tormenta

E ao innndar-se na laz que a embriagn.
a mai canta, chilreia o amor que a abrasa…

1942 — Junho

A MINHA MÃE

cp PEeRITBS…!
As.navens correm negras, ondalantes, ;
enoveladas, lúrbidas, frementes,

ribombam em clárões incandescentes,

fragorosas, em lata de gigantes…

eo solo ninho afaga…

O minha mai! Eu sinto te em

no mem sangue a pulsar ena saudade ..
Tu existes em mim. Na realidade
que son, senão tua alma a reviver ?

Mas um dia deirxámos de
pois Dens levon-te para a

Mas nos mistérios da maternidade
tem sangne cá ficou a renascer…

Vida da tna vida, ó minha mãi,
minha alma te contempla nesse Alem
prêsa do teu smave e bom sorriso…

Olha me sempre assim !,.. Sei bem que advogas

nossa causa, e qu

nos reana no Ceu—no Paraiso |…

da Cardigos-1942- Janho

Coisas fantásticas!

A notícia que publicamos n u-
tro logar e foi enviada por pes-
soa que nos merece tôda a con-
fiança — intitulada «Um sacrilé-
gio no cemitério da freguesia do
Castelo> — merece a repulsa de
tôda a gente de sentimentos por-
que é, inegavelmente, uma bai.
xesa prolanar sepulturas e, do
mesmo passo, uma afronta lança-
da às faces das famílias dos mor-
tos —

Diz-se-á que a freguesia do
Castelo é povoada de hotentotes,
que desapareceu de muita daque-
lagente o respeito pelos logares
sagrados, que os cadáveres hu-
manos são calcados e espesinta-
dos e andam em bolandas, como
se se tratasse de corsa abjecta,
que merece todo o desprêzo e O
maior sarcasmo ! Tristissimo es-
pectáculo que nivela a gente hu-
mana-com’ os irracionais |

Da Informação que recebemos
não alterâmos uma vírgula, nem
adoçúmos qualquer termo mais
duro; é que assim transmitimos,
intacta e fel, go público, uma
notícia colhida de impressões di-
rectas, ;

O facto indigna-nos e contris-
la-nos ao mesmo tempo, lamen-
tando, sinceramente, que não
tenham sido já tomadas provi-
dências, por quem de direito,
para Dm côbro aos desmandos,
que gão uma vergonha e um aten-
Edu, os mais sagrados e

violáveis prificípios a que to
dos ‘nos devemos subordinar,
quiento ‘mais não seja por decô-
ro, pelo respeito devido a nós
próprios, à pessoa humana,

Para o caso chamamos a aten=
ção da Junta de Freguesia e do
sr Regedor do C.stelo.

Os
Com uma, perna partida

No logar da Póvoa da Talvi-
nheiro, freguesia de Alvaro, um
filho do sr. José Lopes Almas
caiu e partiu uma perna; e como
tivera, uma «espinha ventosa»
nessa perna, o seu estado agra-
VOU-SE,

meu ser,

te ver,
eternidade…

e a Dens e á Virgem rogas

Oliveira Tavares Junior

PALAVRAS DE SALAZAR

«O interêsse nacional achou o
Govêrno que era bem defendido,
nas presentes circunstâncias, atra
vés da neutralidade, tanto mais

“que era possível mantê la, sem
prejuízo da aliança inglêsa—neu-
tralidade séria e digna, a única
que, sendo conforme à ética das
instituições, tinha algumas pro-
babilidades de ser respeitada e
produzir seus Irutos. Mas a ate-
nuada repercussã da guerra nas
condições de vida, a ausência de
restrições mais incómadas, ter-
mos sido poupados na nossa tens
ra -e ma nossa gente às maiores
tragédias dos tempos modernos
têm levado muitos de nós a con-

| fundir a paz que seria bem para
todos. os Estados e neutralidade
| que é apenas posição de alguns.
Importa corrigir o estado de es
pítito. que-a esta tenha dado va-
lor absoluto e deixado de reco-
p nhecer-lhe as desvantagens que

gue,
Oh! a deliciosa situação de
neutro em que não há atitude
| acabada de ti nem
| correcção impecável, nem servi-
ço reconhecido, nem Imparciali
| Jade bastante | Tôda a simpatia
é partido, tôda a crítica é ofensa,
| tôda restrição desinterêsse, toda
[à recusa hostilidade. Na: preocu-
| pação absorvente que domina ds
beligerantes e naturalmente rê-
duz o Mundo às perspectivas da
” sua vitória, o interêsse do neutro
| por. pouço, não existe, o seu di.
-reito é apenas tolerância, e, para
alguns exaltados, tão incompregn
sível e despida de valor a gua
existência como de párias entre
magníl’cas gentes da guerra Não
é cómoda a situação do neutro…
| Nem cômada nem económica,»

(Dio: discurso do 25 «do Junho da; 1942)
; :
PEIARAS

Durante êste mês, efectuam-se

Carreira desnnionns emóríeio

( Pevença-a Naa e-Sobabira Formosa
perante Um caso, grave

| «No dia25/de Janho, 5.º feira; fobsa-
primida; inesperadamente, à carreira
de camionetos depassageiroside Cas=
telóBranco-para-n -Sert& e; desde es-
tão ela-passoa abi-semanal, clectaan-
do-se-às-5,15 Jeiras-o sábados de Cas-
telo Branco paia a-Serth.g às 22º€
428 feiras da Sertã para Castelo Bean»
co. A Companhia: de-Viação de Ser=
nache, Ld:º, concessionária desta car=
reira, continaa latando: com enormes
dihcaldades;por falta de.combastíveis
lígaidos e, por-ontroslada; ainda; não
possae:! ro-suficiente-de -peícúlos
movidos: a «gasagéneo.-Não. é depé
para a mão que:w emprêsá-pode re-
moner;tantos:e tão graves obstáculos
queporalta de gasolina e gasoilsar-
giram ntaneamente, 08 mo»
tores existentes na maioria dos-car-
ros, senão em todos, tornam: quási
impratlcóvel-o;nso-do carção ea aqai-
sição imedinta de; gasogéneos: periel»
tosnão pode serorápida, dado que o
fabrico, neste momento, não corres-
ponde, nem podia corresponder,
enorme procara que éles vêm tendo
no mercado. Isto é a verdade temos
de, fazer justiça, às boas intenções-da
Companhia de Viação de Sernache,
ge não tem outro fim que não seja o
le manter-se, cumprindo, dentro du
possível, os seus contratos e servindo
o inferêsse público, razão fundamen-=
tal da sua existência
Como tempo tado se resolverá pelo
melhor e ningaém mais do que-a ge
rência da Companhia tem empenho
em remover os actuais obstácalos e
contrariedades, originados, não por
improvidência, mas pela jôrça das
circunstâncias. Estamos mesmo con-
vencidos de que a Companhia vem’fa-
zendo-larga soma de sacrifícios para
manter as carreiras actaais ‘e se não
fôsse a sãa probidade e: ampáro que
entender dever prestar ao sea pessoal,
evitando, a todo-o custo, lançá-lo no
desemprêgo e na miséria, elaide-bom
grado enve ria pela. suspensão de

Ea

atengasse a crise presente. Pode uma
ou outra carreira ser reduzida, veri=
ficar-se-á certa irregalaridade-nos ho=
rários, mas mais; além não vão as
(causas determinantes dafaltade coms

encontrando desprevenidas as mais
importantes emprêsas de serviço pú=
blico do País. 5
Quanto às ligações e õ
entre Castelo-Branco e Sertã sea
icarreira bi=semanal é defielente e, por
conseguinte, está muito longe ‘de sam
tisfazer os interêsses do público na

sageiros, que precisam, a’todo o mo»
mento, de .se deslocar, se as popala-

necessitam constantemente de receber
e expedir encomendas, serviço que
ainda não há muito a Companhia de
Viação de Sernache lhes garantia diá-
riamente, uma.ogtra dificaldade, maior
e mais séria, sargia,- visto que agora
Só, recebem oq ex; duas vezes
correio para, «por intermédio ou no
trajecto de Castelo Branco e oatras
tantos nas mesmas condições pela
Sertã.

Evidentemente queisto não podeser,
é maito pouco,- representa quási o
absoluto isolamento de Importantes
aglomerados popalacionais, deTlores+
conte: agricaltara e comércio, como;
E ER ProençasasNovh é Som

relra Formoso, do resto do Pals. As
imperlosas necessidades da vida mos!
derha não podem permitir que se cra=
Zzem os braços E se deixe correr o
mortim, Impõesse a resolação do pros
blema por parte: de quem o pode -e
deve fozer, mas jó, sem del en
Irentando=o com a energia que se re-
quere. Não hão de ser ns popalações
interessadas a mover-se, a agir, no
sentido de solacionar o caso ; nem Is=
so teria condições de vinbilidade, nem
alcançaria resaltados práticos. O
transporte de malas do co, relo é am
serviço público e só as entidades pás
blicas competentes podem manter a
sãa regularização convenlente e nes
cessória, de tal forma que as popala»
ções não solram prejuízos graves na
sua vida particalar e colectiva e na
sua economia.

As transacçõesentre 08 comerciank
| tes, ‘agricaltores e Indastrinfs daquela
longa faixa do distrito e dos oatros
centros: afastados não: podem decor
rer satisfatôrinmente: sem que lhes

aranta am serviço postal regalar.

sta é à verdade é daqui não há que
Tagir Bem bastam’os transtôrnos ori»
ginados pela falta; de ama carreira
assídas e económica de condação de
passagelros; contado, esta deficiência,
com maior 0a menor dificaldade, pom
de essn gente remediá-ln: se não tem
gasolina, recorre aos veículos de’tracs

Bo animal e o transporte lá se val
ozendo em maito oa pouco tempo;
com o correio, porém, já o caso mam
da de figara, :

Enquanto pois, sabsistirem ns
actanis dificaldndes, parece: aconses
lhável recorrer à fuparão animal pas
ra a condação de malas de correio
nos dias em que não hoja carreiras

as seguintes : dia 6, no aaa
19, em Montes da Senhora; 20
“em Vila de Ré; é 27, à des.

| Neutel, de gado, na Sertã,

de camionetos e contando com a car»
Feira d«emprêsa de Evora para o
irananorie de correspondência: entre
Castelo Bronco e Proença-a-Nova.

Assim s€ hormonizariom € respels

todos os seus seas serviços até que se;

bastível, que sarglram. de sarpreza/)

parte respeitante à condação de pas-‘

ções entre:as’daas terras do distrito!

– FLOR DO

Convocou o régulo o seu con
selde Pé Leve.

Desericontradas foram: as opi-
niões emitidas. Queriam uns que

se tentasse uma retirada, que-aho de guerra com a assistênciaescuridão da noite favorecia. Opis

navam outros que o melhor éra
o grosso do bando apróximarise
rastejando, dos sitiantes, à cos
berto’ das trevas da’noite, cain-
do lhes em cima de surpreza.

Dada a palavrá a Pé Leve,
disse êste que o mais prudente
era abrigarem-se em trincheiras
à moda dos melangos, e esperar
pelo raiar do dia. Tentar a tuga
era difícil porque a aldeia estava
cercada, Ninguém devia arrem:
sar as zogaias sem fazer boa pi
faria, para que nenhuma se per-
desse inutilmente.

Preguntou Pé Leve ao régulo

Sooção titerbria |
irado 6

 

SERTÃO

por E. VENTURA RETMÍÃO –
(CONCLUSÃO) ;

lágrimas, nem as popileas aa
e do noivo haviam conseguido
abrandar tam endurecidos cora:
ções. Conhecedores: profundos
da mercadoria, bem sabiam cs
miseráveis hepréiros que era.a
joia mais váliosa que Jôra colhi-
da na pilhagem,.., ki

«Com a-confusão, Pé Leye con.
seguirailugir, levando consigo a
velha espingarda e um-derradei-
ro cartucho. Os prisioneiros fo-
ram divididos em pequenos. grus
pos e obrigados a marchar.para
um, ponto deserto do:litoral, on
de, embarcaram numa barca, ves
leiro redondo (!) de três mastros,
com a aparência de uma ,pací-
fica embarcação de comércio.
Qualquer entendido em coisas-de
navegação teria notado que.o
embarque se lizera na baía de
Inhambane e que o navio toma-
ra sensivelmente o rumo do Sul,

 

se havia no acampamento algu
ma arma de fogo. Descobriu-se
efectivamente uma velha espin-
garda e dez cartuchos, que o ré-
gulo não teve dúvida’em conliar
a Pé Leve, encarregando-o de
dirigir as operações,

Durante a noite nada se pas-
sou de notável, mas aos primei-
ros alvores da manhã recomeçou
a tusilaria por parte dos siflan-
tes, a que os sitiados’não res-
pondéram, conforme as ordens
Ique lhes tinham sido dadas.

Era já dia claro avançaram os,
sitiantes sôbre a aldeia, admiras
dos por. nada verém nem ouvi-
rem de suspeito. Porém, à dis=
tância, de. cingiienta metros, a
uma ordem de Pé Leve, voaram)
as zagaias sôbre êles. Um.tiro,
certeiro de Pé Leve atingiu em

cheio o preto que dirigia.o ase!

isslto, Estabeleceu-se o pânico
nas hostes inimigas, que foram
forçadas a retirar para os seus
abrigos, intensilicando o assédio,
A situação-era crítica para os si-
tiados, porque lhes faltava,a água,
e escasseavam os mantimentos,
Alguns pretos, pela calada da
noite fugiam a entregar-se à pros
tecção dos chefes brancos. O de-
sânimo foi se apoderando de to-
dos, porque a falta do precioso.
líquido aniquilava-lhes todas as
veleidades de resistência. Ao sé-
timo dia a ua novo assalto dos
sitiantes apenas se opuseram Pé
Leve, o régulo e pouco mais de
uma d:zena de pretos. Os res

tantes preferiram abandonsr as
armas fazendo gestos de submise
são,

“Entraram, na aldeia os chefes
brancos, armados de espingardas
e caval s marinhos e dirigiram-
se a parlamentar com o régulo,
impondo-lhe as suas dições :
a entrega de cem pretos dos mais
robustos e de cinquenta rapari-
gas. Em troca dar-lhe-iam vários
presentes de missanga e três pes
ças de zuarte. Eram duras as
condições, mas não havia ocasião
para as discutir.

Os pretos foram seleccionados
e ligados uns aos outros para
não poderem fugir. As pretas fo;
ram também escolhidas e apar
tadas, mas não amarradas. No
número delas contava-se a pobre
Flôr do Sertão, Nem as suas

tarlam interêsses e direitos adgairidos.
Além de fontras terras, as vilas dé |
Proença-a-Nova e Sobreira Formosa
esperam que, sem perda de, tempo,
seja remediado o actual estado dé col-
sas, tão prejudicial para a sua vida
económica e, por conseguinte, de mol-
de a causar sérias preocupações se não
for considerado em tôda à sua latitude
e arrumado com a devida prontidão,

se .
Uma iniciativa da «Casa
das Beiras»

A «Casa das Belras», desejan=
do tornar conhecido da popula
ção da Capital, a notável obra de

– assistência levada a efeito pela

Dobraram sem inconveniente, o
Cabo da Boa Esperança, Ao dé
cimo dia de viagem avistaçam na
linha do horizonte a silhuette-de
um barco de guerra, ao -qual,o,
veleiro se tornara suspeito. .Apro-
ximou-se o cruzador, do navio
negreiro a tôda a fôrça das suas
máquinas, intimando-o, por si=
nais, a que parasse, Como não.
fôsse obedecido, disparou-lhe us:
tiro tão certeiro que lhe desman-
telou o mastro da mezena. Agou-
tado; subitamente pelo vento, o
mar tornara-se, porém, furioso,
‘Grossas vagas se despedaçavam;
com fragor ue encontro aos cos+
tados dos dois navios. Desença-
deara se uma verdadeira procêla,
que atormentava terrivelmente
tanto o cruzador como o veleiro.

A tempestade aera-se 80 -Ca-
pricho “de intervir na comenda,
Mau árbitro êsse |; Impelida; pelo;
vento, a barca conseguira safar-
sel O destino tem, por v.2.s,
destas estravagâncias..

Os pobres escravos, ligados
com cadeias contidos a cavalos
marinho, maldiziam a sua triste
sorte. Muit s. foram -os que su.
cumbiram durante a longa tra-
vessia. Ao fim de dois meses e
meio chegaram, finalmente, aum
pôrto do Brasil, onde foram tro
cados por grossa: soma de di-
nheiro.

Flôr do Sertão não chegara
purém a embarcar, Um tiro pers
dido atingira-a em pleno cora-.
ção, a algumas milhas da sua
aldela natal.

Ninguém soube como o caso
se passara, mas tudo leva a crer
pie tora o último cartucho de

Leve que a poupara à supre-
ma injúria de ser vendida como
escrava ao primeiro miserável
endinheirado que se apresentas-
se ROS seus captores, tam brans
cos de pele quão negros de al-
ma… ,

(1) = Navio redondo é todo aquele
em que predominam asvelas redondas,
isto é, as que se envergam nas vêrgas,
dispostas na direcção deibombordo a
estibordo

Pertentem esta categoria a galera,

a barca, o lúgre-barca, o lugre-pata-
cho, o brigue & O patácho;, Ya

ral, val realizar no corrente mês
de Julho, não só na sua sede, mas
no salão da Sociedade Naciónil
de Belas Artes, uma exposição a
todos os. titulos interessante, ni
qual figuraão «maquetes» é fo-
togralias das instituições da as.
sistência espalhadas pela provin
cla da Beira Litoral, e grálizos
elucidativos do movimento dos
eliferentes serviços e da obra rea:
lizada nesta província,

Durante a exposição, que éde
um’ grande alcance social, e es»
tará patente: de 19 “31, devem
realizar-se algumas conferências:

Junta de Província da Beira Lito-

em dias a lixar oportunamente,