A Comarca da Sertã nº293 30-04-1942

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Dr.

 

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
= Dr. Angelo Henriques Vidigal — |

Ee António Barata e Silva ——
José Barata Corrêa e, Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O | [DigeeTôr Enitor.f PR ÓPRIETARIO rata RE
a Coluanoo-Panata da Lilua Comia TI, PORTELA FENÃO
Ol) REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO 4 CASTELO
a, RUA SERPA PINTO-SERTÃA IB; RAN o
aa SERES ES TELEFONE
«|| PUBLICA-SE AS QUINTAS: FEIRAS. 112
eee f e TDi E! s :
ANO VE 4 Hebiomadário regionalista; indepétidente, defensor dos interêsses da comarca da-Sertã: concelhos de Sertã | pas Rd LI
“Nº 293: | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de’Rei; é freguesias de Amêndoa e Cardigos. (do concelho de: Mação) | 1942

Notas …

JANGO

(0) nosso estimado confrade

«Jornal de Abrantes» pur
blica um substancioso e crite-
rioso editorial em 19 do cor-
rente sob o título «Estrada

para Aljerrarede»; em que; des

pois de se referir ao man estas
do daquela importantíssima
via de comunicação, diz :

«Outro inverno passon pcr
ela; mais e-mais se arruinou,
e o «Diúriosdo Govêrno», que
não se importa com isso, foi
publicando um decreto man-
dando procedérao estudo: da
E. N. nº 54-2.º, trôgo compre-
endido entre Cardi£os – Sertã
por Pêso com um ramal para
Vila de Rei. O leitor está a ver
o traçado desta estrada e im-
portância queela tem para o
concelho-de- Abrantes, ama vez
que a estrada que nos liga
âquêle vizinho concelho, e que
é ia municipal de S, Domingoôs,
esteja: em boas condições de
trânsito Como ela está, sabe-
A está, à vista! Tôdas as

úmaras de Abrantes têm de-
dicado essa estrada o melhor
dbs sens “coli

– À sua|

consiração foi um sonho de
muitos anos, um pouco difícil

de realizar porque naquêle:)

ta de educação, desconhecendo as van-

tagena sociais, pensa que a Africa não
é uma segunda Pátria onde.se deve fixar,
senão uma terra onde se ganha um pouco
de ouro à maneira do Brasil. à

O nosso colono, de resto, ainda não
pensava na Á’frica e já o seduzia o Brasil.
“Às colónias são, para êle, apenas uma vas-
ta sementeira. Na verdade, o que é para o
lavrador a-seara é para o colôno Angola.
Nas colónias estão os campos, na Metrópo-
le o celeiro. Angola, de facto, só serve para
o colono lançar’as sementes de uma-seara:
a criar, A Metrópole;/é a casa onde passará
o inverno da vida, môrmente quando cá
deixa a família e vai fazer experiência de
colonização.

— Não.é-preoiso subtileza-para averiguar
as causas que determinam a relutância que;
Os portugueses sentem de imigrar; pará’as
colónias, Para alguns que recoberam a edu:

tempo “não havia” as receitas! cação da cidade, afeitos, portanto, aos có

quehá agora; não havia-cormm-

participações, fúndos’de de.
semprêgo, de melhoramentos
rnrais, ctc., mas realizou-se
a-pesar-de tôdas as dificalda-
des. E realizou-se porque a
inteligência e visão clara dos
administradores dos dinheiros
municipaisvimediatamente me-
din o seusalcance, quese tra-
duzin logo no trájego de Vi;

de Rei se passar a fazer pela
estação de Alferraredee as re
lações entre aquêle concelho
e o nosso se intensificarem e
estreitarem. Claro que só quem
não quere ver não pensará que
deve haver sempre o maior in-

terêsse em conservar “a nossa

estrada: municipal de S. Do-
mingos, que é a que-sai da
Ferraria, e ali ao David, cor-

ta para à Chainça, cnidadosa-

mente reparada, solicitamente
arranjada,
tratada de forma que os car-
rinhos. desVila de Bei, os que
venham a-vir de Sertã, e das
quelas paragens, sintam o ape-

titede se dirigir a Alferrate-‘

de; a Abrantes, às suas, esta-

ções de caminho de ,ferro,. ao:

que a cidade lhes oferece para
arranjo da sua, vida, da sua
saúde, da sua economia, desli-
zando poressa estrada, pela
estráda: dê S. Damingos, pela
estradarda Perraria com rapi:
dez, segurança e comodidades.

Este número foi visado pela
“Comissão de Censura,
— e Castelo Branco

escrupulosamente;

“modos da vida, opõe: se-lhe uma terra onde
|escasseiam as distrações, oude falta tudo o
“que é necessário. pata viver.

«Nos seu livro-de educação moral, dizia
Agostinho de Campos:

| «Rapazes da nossa burguesia quei partem
para as’ colónias, e ali’se instalam em barracas
ide madeira’e zinco, na privação de todos os có
modos da vida passam uma existência insalu-
| bre, monótona, embrutecedora; contando janáio-
samente os dias quefaltam para regresso defini=
tivo ou temporário e poupando em meses; e anos
de miséria quás bestial o dinheino que depois;,
ao saltarem bruscamente do degredo para a Cis
vilização, vêm gastar aquiem poucas semanas
ide ‘pândega exagerada-e febrilw,

* De faeto, quando já a idéia da rique-
za não forma’êsteio no’seu viver! monótos
iuo, então: começam = sentir a inanidade,
‘dessa vida tôda feita-de sacrifício, até’que:
um dia vêm derivando para;a Metrópole,
quando não para o Congo ou para.o Bra-
8il, onde, a par do dinheiro que se ganha
do: mesmo modo, açresce uma vida social
cheia; de atractivos duma Nação que tem
ao lado do trabalho a compensação do en-
| cantamento que todos precisam para viver.
| Um: dos maiores obstáculos, senão o
maior, ique’ tem obstado a que a:ncssa co»
lonização: vingue, tém sido a falta de emi-
| gração feminina, Como a célula fundamen-
tal da sociedade é a família e não o indivi-
duo, a maivr parte da população que é sol-
teirá, tende a regressar. Sim, porque a mu-
Iher portuguesa não emigra, acompanhan-
“do os seus maridos ou pessoas.de família,
quando, como bem notou Agostinho de,
| Campos, «pela sua presença à sob a sua-aoção

m Colonização presente

ET – Colonização passada

por Mário Rebelo. Fespanha

IL
(Continuação do n.º 208)

CEE=ma=—
feno caps colono, por’fal- | doméstica rapidamente se transjormariam. os

(o “em cidades definitivas», ao passo que

as colônias em que ela se conserva ausente
mantem o seu aspecto provisório, inhóspi-
to insalubre e são na verdade simples apea-
dejros, onde o branco desaparelhado desce
um instante para ganhar à pressa um pou-
code; dinheiro e para se escapar de novo
sem deixar vestígio.

Este estado de coisas força a que vi-
vam disseminados pelas cidades e interior
um sem-número de crianças de côr, nasci-
das dôsses-acasos, vivendo uma vida mise-
rável, porque os pais, vexados da sua con-
dição espúria ou obedecendo, a condições
de ordem moral, abandonam-os: quando
não os entregam a asilos para 0s educar.
Além disso, êste aumento de população
mestiça foi sempre contrário à idéia de
uma: Nação, porque não fcrmando o tipo
social da A’frica, que viria naturalmente
da colonização, rouba às colónias as fei-
ções caracteristicamente europeias que elas
poderiam adquirir, Não raro 08 usos e cos-
tumes, as creanças, a alma, enfim, das ra-
ças, forma nuances, adquire fisionomias quo
contrariam o aflorar de uma furtura Nação

E porque não oterecem as colónias ga-
rantias aquêles que, ao deslocarem-se de
Portugal, procuram de qualquer modo
exercer uma agtividade compatível com a
sua posição. social ? Porque, naturalmente,
tôdas as actividades de Angola se acha-
varh) reduzidas a uma função mínima de
trabalho com o qual esgotavam todos 08
recursos, * i

‘Por“virtude da falta de capitais-e dum
crédito bancário, a maior parte das em-
‘prôsas, quélquer que fôsse a sua função
“criadora, limitavam ajsua acção/a um quan-
titativo de trabalho dentro do qual não
havia logar)para mais colonos, –

! Quem no Pais assistiu au embarque,
‘pelo: tempo da primeiro Alto Comissário,
de tantos colonos, cuidou de-certo que es-
sa, colonização iria breve intensificar as
culturas novas, mas: a verdade; é que, a
maior parte, fui criar repartições, porque,
a-pesar-do aumento das importações e ex-
“portações, a capacidade comercial, indus-
trial o agrícola foi, senão igual aos anos
[transactos, ao menos com leve diferença,
E, essa diferença de importação e ex-
|portação, pela qual se podia então aventar
a criação de novas energias, podia resu-
mir-so em dois traços, mais ou menos feli-
zes, consoante o critério estabelecido pelas
estatínticas: aumento de trabalho indígena
com 3 criação de novos impostos, logo a
exportação, avolumando-se, sobretudo nos

(Continua na 4.º página)

«.«. à lápis

ALUDINDO à necessidade da

Imprensa de Província
procurar resolver, com afinço
e decisão, os graves problemas
que se prendem com a snavi-
da económica — o que só pode
ser conseguido pela realização
dum Congresso geral — o nos«
so estimado colaborador Ro-
drigues Laranjeira não desas
parece da liça, mantendo acas
lorada campanha a-fim-de a
conduzir ao caminho que lhe
compete na defesa de direitos,
interêsses e regalias que de
fôrma alguma podem ser posa
tergados, salvo se se pretender
que muitos pegrenos grandes
órgãos regionalistas sossos
brem ante a avalanche de ens
cargos e inumeráveis dificalx
dades.

Rodrigues Larangeira não
precisa de elogios, a que é
avêsso, porque combate com o
ardor dimanado de quem de=
fende nma idéia justa sem
gque- note-se bem—esteja aço=
bertada por qualgner interês-
sede. ordem material. Esta
circunstância ennobrece a sua
aturada campanha, lârgamen=
te disseminada em muitos, pe-
riódicos da Província. Alguns
deles — e não são pontos— in-
cluem o nosso extenso comen=
tário ao esplêndido artigo de
R. Laranjeira, que há.tempo
pablicámos em fundo. Não é
câso pura ‘nos envaidecermos,
mas a verdade é que as afir-
mações nêle contidas mereces
ram alguma consideração: por
parte daqguêéle jornalista e de
diversos colegas que, também,
Por sua vez, sôbre ele teceram
valiosas apreciações,

ros

POR mais que aqui protes-
temos contra o mau hábi-

to de se sacadirem os tapetes
ea própria roupa. para a via
pública, não há maneira: das
sopeirase até algumas donas
de casa o evitarem, não consi-
derando, certamente por igno-
rância, que tal costume é ama
intolerável porcaria e pode
trazer sérios prejuízos à saú-
de quem absorve as poeiras,

Além disso o espectácnlo é
vergonhoso para uma terra
que se presa.

Também achamos inconve-
niente que muita gente ostente
roupas de cama à janela.

A falta de alimentos, na Grés

cia, atingin tal gravidade
que mil pessoas perecem did-
riamente de miséria e apenas
sobrevivem dez por cento dos
recém-nascidos! Quere isto di-
zer que tôda a população da
heróica Grécia está condenada
a morrer à fome.

Horroroso, simplesmente
horroroso, êste quadro, que
nos confrange e desespera co-
mo homens, como portugueses
e, sobretudo, como cristãos, como portugueses

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A Comarca da Sertã

 

CONTRA A
PRISÃO DE VENTRE
PARA

Preço — 6800

ADULTOS B CREANÇAS

PURGA

DMA

LURTEL

J.
Farmacentico pela Universidade de Lisboa

Farmácia Gortcz
R.S. Nicolau, 93 — LISBDA

Fernandes Pestana

Monografia Vii= Vinícola ca região

Relatório sôbre a campanha de assis-
fencia fécnica nos ci hos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rel,
pelo técnico Joaquim de Moura Portugal

(Conclusão)

Falta de acidez — A correcção de
acidez torna-se ama prática enológi=
ca que nos deve merecer especial aten=
ção pois ela constitae a pedra anga=
lar sôbre a qual gira tôda a vinifica=
ção no sentido da sanidade dos vinhos,
Foi esta uma das práticas por mim
mais cuidados, pois us môstos desta
região são paupérrimos em acidez e,
portanto, necessário se tornava dedi-
car especiais culdados a êste assanto.

Foi-me saperiormente determinado
as Chefe da Secção de Assistência

‘écnica da Janta Nacional do Vinho,
usar 0 ácido tartárico nas correcções,
assim como consegair as tabelas de
correcção de môstos do Engenheiro
Agrónomo Mário Pato,

Depuis da doseada a acidez total
tartática dum determinado môsto, en-
tra-se com o número representativo
dessa acidez na tabela mais baixa oq
sejaa n,º 1 e ela indica=nos a quanti=
dade de ácido tartárico que devemos
juntar a esse môsto por cada hecto=
litro No caso de se verificar no de=
correr da fermentação ama elevação
de temperatara, já nao abrangida pela
tabela n.º 1, mas sim pur outra mais
elevada, de igaal modo se entra com
o número representativo da acidez na
tabela correspondente e vê-se a quan=
tidade de ácido que devemos jantar
por hectolitro, à qual temos de deda-
zir a quantidade já empregada.

Exemplo: — Temos um môsto com
a acidez total tartárica de 6 gramas.
Entrando com esse número na tabela
n.º 1, vemos que temos a juntar 25
gramas de ácido tartárico por hectom
litro de môsto. Entretanto com o de=
correr da fermentação a temperatara
sobe para 28.º. Encontramo-nos já no
caso abrangido pela tabela n.º 2. En=
trando com 0 número representativo
de acidez, nesta última tabela, vemos.
que temos a adicionar ao referido
môsto 35 gramas de ácido tartárico,
por hectolitro, mas, como já lhe adix
clonámos 25 só temos a necessidade
de lhe juntar mais 10 gramas.

Nota :—A aplicação do ácido tartá»
rico faz-se dissolvendo êste em môsto
frio, em vasilha vidrada, de madeira,
etc., (nanca de metal) encorporando-
»se em seguida o môsto que desejamos

corrigir.
“+

Material de que me servi para as do-
sagens de acidez: — Para o doseam
mento da acidez total dispunha do sem
galnte material que me fol fornecido

elo Janta Nacional do Vinho: uma

areta gradaada em décimas de cen»
tímetros cúbicos ; um copo de ensalo ;
ama pipeta de 10 centímetros cúbicos;
am frasco com licor de soda cáustica
deci«normal (N/10); am frasco com
tintara de fenolítaleina a 29/6.

Sempre que se pretendia analizar
um determinado môsto, procedia da
seguinte forma : lançava, com 0 aaxi«
Ho da plpeta, 10 centímetros cúbicos
de môsto no copo de ensaio, ao qual
Bdiclionava 3 a 4 gotas de reagente
indicador de fenolitaleina. Em segal»
da deixava calr gota a gota sôbre q
môsto, licor de soda cáastica, tendo o
caidado de ir sempre agitando o copo
até neatralizar a acidez.

Dava por finda a operação quando
obtinha a viragem de coloração para
côr de rosa, em môstos brancos e pax
ra uma côr avermelhada, depois de
ennegrecido, em môstos tintos, Depois
deneatralizar a acidez fazia a leitura
na bareta (por baixo do menisco) do
número de centimetros cúbicos de so»
da cáaslica N/10 gastos, maltiplicando,
esse número, pelo coeficiente do ácido
Brico dsio € 075 € assim encons
» neidez UM al do mósto em gra-

t em ácido tarm

AS! au

ron

E amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os paíricios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário,

O Imperalismo comunista

O problema do comunismo
como forma imperalista que urge
combater por todos os meios foi
posto em evidência de maneira
clara e insofismável na palestra
que o dr. Domingos Mascarenhas
realizou ao microfone da Emis-
sora Nacional dentro da série
<A Legião e o Comunismo» pro-
movida pela L. P.

O facto do comunismo russo
não corresponder já em muitos
pontos ás ideas primitivas dos
seus criadores no que diz res-
peito á aplicação prática que se
fez na URSS não diminui, com
efeito, o perigo vermelho; os
principios que, mesmo na Rússia,
possam ter sido postos de parte
continuam a existir, no entanto,
como criminosa bagagem de um
imperalismo que lisongeia todos
os baixos sentimentos e explora
tôdas as inferioridades para sub-
meter o mundo a um sonho dia-
bólico de tirania sanguinária e
bárbara.

Por isso, a necessidade per-
manente de combate firme e se-
guro. sem imprudências nem
desfalecimentos, que o autor da
palestra sintelizou na sua con-
clusão: «Não se pode correr o
menor risco, não se pode dar ao
inimigo uma só probabilidade de
vitória—porque a sua vitória re-
presentaria a realização do sonho
mau que as ideias absurdas de
um judeu da Renânia e a mór-
bido e bárbaro complexo da al-
ma russa fizeram germinar nos
cérebr.s dos novos senhores do
Kremlin : a União Soviética Uni-
versal que transformaria a huma-
nidade num grande rebanho de
seres que teriam perdido o direi
to de se chamarem homens.»

Do Correio da Estremadura.
erga

RECIIFIGAÇÃO

Rectificam-se as gralhas que
abusivamente ponsaram na no-
tícia publicada no número ante-
tior sob a epígrafe «<A lesta es-
colar do concelho foi prejudica-
da pelo tempo»: «destacava-se»
em vez de «destacam-se»; «algu-
mas com bandeiras nacionais»
em vez de «alguns com bandei-
ras nacionais»; «Lamentou que o
tempo tivesse impedido que esta
festa, preparada sob tão bons
auspícios, decorrer-se com o bri-
lho que era de esperar» em vez
de «Lamentou que o tempo tives-
se impedido que esta festa, pre-
parada sob tão bons auspícios,
decorresse com o brilho que era
de esperar»,

rovo—

Grémio da bapoura de Ser-
fã e Vila de Rei

AVISO

São por êste meio avisados to-
dos os interessados de que até
ao dia 11 do próximo mês de
Maio se aceitam propostas para:

1.º— Arrendamento de uma’ca-
sa para instalação do Grémio da
Lavoura;

2º- Contrato de um Gerente;

3.º—Contrato de um guarda
livros.

As propostas deverão ser acom-
panhadas de todos os elementos
que possam elucidar a Direcção
do Grémio convenientemente na
escolha a fazer.

Os vencimentos do gerente e
guarda-livros serão de importân-
cias a combinar.

Sertã, 27 de Abril de 1942,
O Presidente do Grémio,
Gualdim de Queiroz

Distribuição de Sulfato de Co-
bre aos Viticultores do
Concelho

A Agência concelhia da J. N.
V. da Sertã avisa os viticultores
do concelho que começa a ser
distribuído no dia 2 de Maio o
2.º escalão da distribuição da
percentagem que pertence a cada
viticultor que manifestou os seus
vinhos nos últimos três anos,
sendo essa percentagem de 20″
na proporção do que lhes. foi
distribuído pela J. N. V.

A distribuição aos viticultores
das freguesias de Sertã, Trovis-
cal, Figueiredo, Ermida, Várzea
dos Cavaleiros, Marmeleiro e
Cumiada .é feita, na sede da
Agência, às 2.5, 3.º5, 4,8, 6.º e
sábados; aos das freguesias de
Sernache do Bomjardim, Nespe:
ral, Cabeçudo, Palhais e Caste-
lo, na sede da Casa do Povo de
Sernache, às 5.º e domingos; e
aos das freguesias de Pedrógão
Pequeno e Carvalhal, na casa
comercial do sr. Custódio da
Cruz, naquela vila, no 2.º do-
mingo de cada mês.

Vendem-se as seguin-
tes propriedades:

Casa conhecida pela
«Quinta das Camélias» R/C
e 1.º andar, jardim e quintal.

—Casa de R/C e 1.º an-
dar, sita na rua da Boavis-
ta. Antiga casa Chico Tei-
xeira,

— Casa em Milheirós, cem
água corrente e horta toda
murada, Antiga casa de Ma-
nuel dos Santos Antunes,

— Propriedade A” estrada
da Quintã, conhecida pelo
Canado. Tudo terreno de
cultivo. Oliveiras, Vinha e
Arvores de fruto,

— Vende-se: Um carro de
parelha e respectivosarreios.

Trata-se om Sernache :
Nos Escritórios de Libânio
Vaz Serra.

Mobília de casa de jantar

Compra-se, nova ou em 2.º
mão, completa, em muito bom
estado,

Informa-se nesta Redacção,

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Faça a expedição das suas
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SERNACHE L.”, que lhe
garante a modicidade de
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e a certeza de que elas che-
gam ao seu destino sem q
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dim e qualquer dos nossos
agentes do percurso de Lis-
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Nova, Oleiros, Alvaro e Pe-
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CALLING», semanário ilustrado
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Sertã, – 15 30 15 30
Proença-a-Nova |, 16-25 16 35
Sobreira Formosa , 16-55 17.05
Castelo Branco , . 18-50

Castelo Branco — Coimbra
» ,

A’S 3.º, 5,1 E SABADOS

: Dheg. PAM.

Castelo Branto 9.15
Sobreira Formosa ..’ 11-00:11 10
Proença-a Nova *, 11-30 11-40
BentAsi o 12 30 13-00
Sernache do Bomjar

dim . . , 13.20 1333
Figueiró dos Vinhos 14.15 14.25
Coimbra . . «16-35

Esc, 40450
ida e volta . » 72850

Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira

Aceitam se encomendas para o PORTO, RÉGUA, S. JOAO
DA MADEIRA, VILA REAL VISEU e todas as localidades servi-
das pelas carreitas de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld,º

 

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A comarca da Sertã

Palavras duma Portuguesa.

«Enquanto o planeta arde num
regresso a um dêsses cataclismos
cósmicos, consideremos o incên-
dio e os seus aspectos catastrófi-
cos, sem partidarismo, com um
esfôrçogde inteligência a frio para
tirarmos ilacções desapaixona-
das. Vemos os mares minados
de explosivos desde os gêlos da
Islândia e da Noruega até ao es-
brazear do sol calcinante da Ma-
lásia. Os céus. fuzilando chamas
e semeando fogo. As costas do
mar do Norte em fogo, Os dois
litorais aa França em fogo. O
norte de Africa, em fogo, Os
litorais e as ilhas do Mediterrã-
neo em fogo. A estepe gelada da
Rússia, em sangue. O Próximo
Oriente a saque, Tôda a Europa
com fome. Três ou quatro ou
cinco gerações mutiladas. A raça
amarela ameaçando. Tôdas as
raças sonolentas da Ásia a des-
pertar. As comunicações a para-
lizarem-se. Mil milhões de tones
ladas de materiais, de produtos,
de víveres, de matérias primas,
de abastecimentos e de tôdas as
necessidades urgentes alundadas
ou destruídas. O aniquilamento
sucessivo do esfôrço humano,
que durou séculos, pulverizado
em horas».

.. de. adere ns tata rarado a

Genoveva Ulrich
Ho

O TEMPO

Choveu torrencialmente no do-
mingo e de tarde pairou sôbre a
vila uma violentíssima trovoada,
ouvindo-se medonhas descargas,
que sobressaltaram os habitantes.
As ruas, sobretudo a Cândido
dos Reis, pareciam autênticas
ribeiras caudalosas, que ninguém
podia atravessar.

As águas das ribeiras subiram
muito de nível e as hortas mar-
ginais, fartamente abeberadas,
transformaram se em charcos
Na 2.º feira também choveu in-
cessantemente; as chuvas dilu-
vianas que caiem sôbre a região
causam grandes prejuízos à la-
voura, sobretudo aos batatais,

dd

“*JORNAL DE ABRANTES”

Recebémos a visita dêste nos-
so estimado colega, que se pu-
blica na progressiva cidade de
que tem o nome, inteli
dirigido pelo sr. Armando Mou
ra Neves.

Agradecemos a deferência e
muito nos apraz estabelecer a
permuta.

Nota lápis

(Continuação)

UMA regente escolar do con-

celho, a quem remetemos
a «Comarca» pela primeira
vez, teve a frangueza de nos
dizer num postal; «Devolvi há
dias o vosso jornal, não por
não ter simpatia por êle, an
tes, pelo contrário, tenho mai
ta simpatia e gostava imenso
de ser assinante, mas já asst-
no dois da classe e o men ven-
cimento é tão insignificante
que não me permite assinar
mais qualguer outro».

Realmente o ordenado das
regentes não autoriza o luxo
de assinar qualguer publica-
£ão, por mais módico que seja
o preço, aindu mesmo que a
profissão imponha a necessi-
dade de ler e consaltar um
certo número de revistas e jor-
nais que de certo modo podem
contriburr para o desenvolvi-
mento intelectual e para o es-
tudo de matérias que se pren-
dem com o ensino. Isto já não
falando em livros, que custam
os olhos da cara, cujo preço
se fornon proibitivo; são pon-
cos os que os podem adquirir
e esses podem considerar-se
felizes.

As Feiras do Livro nanca
mais abriram, foi chão que
den uvas, talvez porque o sis-
tema não satisfez a ganância
de muitos livreiros que querem
ganhar à farta a dois carrinhos:
na compra das edições aos an-
tores e na venda ao público!
Eº por isso que os livros, por
melhores que sejam, ainda
mesmo quando os antores ha-
jam conguistado a consagra-
ção do público, atingem uma
venda pouco menos que dimi
nuta! Se topa a casa do mi-
lheiro é caso para deitar fo-
guetes!

O tempo continua incerto, na

escala de nma temperatura
demasiadamante fresca para a
época,

Dir-se à que estamos em Fe-
vereiro | Há frio. dias ennevoa-
dos e chava de vez em quando.
Na tarde do dia 21 cain gra-
nizo com bastante intensidad,

A Primavera tarda em ale-
grar nos com o seu solesplen
dorosc e criador, com as suas
tardes e deleit

NO presente ano, em tôda a
região, plantou-se muito
“maior quantidade de batata

Cobrança de Assinafuras
na Província

Estamos a proceder à cobran-
ça das assinaturas na Província
e em tôdas as terras da Comarca
onde é possível fazê-lo pelo cor-
relo, querendo ficar a dever a
todos o favor de liquídarem
prontamente os recibos, porquan-
to, se a cobrança já por si é
muito dispendiosa, a devolução
causa prejuízos e transtôrnos in-
calculáveis.

O ideal seria que todos os nos-
sos assinantes mandassem directa-
mente o dinheiro das assinaturas.
Verifica-se, porém, que muitos
não se lembram de o fazer e
grande número procura furtar-se

a maçadas,

Solicitando o pagamento no
acto da apresentação dos recibos. |
não imploramos um favor, in-
vocando apenas um direito, E
note-se que não vimos para aqui
carpir nos pelas grandes dificul-
dades que hoje nos assoberbam,
entre as quais figuram, como de
maior vulto, os aumentos relati-
vos a taxas postais e ao custo do
papel e impressão, que são tre-
mendos.

Esperamos, pois, que todos,
– de um modo geral, se compene-

trem de que não estamos em con-
| dições de enviar o jornal de bor-
t Ta a ninguém.

‘ A Administração
| rg

Rn

Gasimiro Teixeira

Faleceu em Chaves, em 22 do
corrente, o sr. Casimiro Teixei-
ra, de 79 anos de idade, viúvo,
antigo comerciante, pai da sr.º
D. Adriana Corrêa Teixeira da
Silva Mourão, espôsa do nosso
amigo sr. José Botelho da Silva |
Mourão, escrivão de Direito des-
ta comarca, a quem apresenta-
mos sentidos pêsames,

que nos anos anteriores, sinal
de previdência que é digna de
louvar Para êste aumento po-
dem, em certos casos, ter-se
sacrificado largos tratos de
terreno dantes destinados a
outras calturas, mas não resta
dúvida de que foram aprovei-
tados. em grande escala, mui-
tos que até agora permaneciam
desprezados.

Vendo bem, entre nós, a ba-
tata é um dos produtos agri-
“colas de mais alta compensa-

ção, se não o maior,

A carência do.
sulfato de cobre

Sob o titulo que nos serve de
epígrafe, publicou o «Notícias
Agricola», de 9do correnie, uma
local dum seu assinante, em que
apresenta duas receitas em subs-
tituíção do Sulfato de Cobre, que
aqui transcrevemos para conhe-
cimento dos interessados :

Temos no sulfato de ferro um
bom fungicida; temos o ácido
sulfurico que é a alma do sulfato
de cobre e estes dois elementos
empregados com a greda decer-
to resultará um produto que nos
poderá defender as vinhas na fal
ta do sulfato de cobre.

O que precisamos é saber do-
seá-los; ainda não tivemos oca
sião de o fazer: nunca espera-
mos ter de falar desta experien-
cia,

Faça uso desta calda quem não
tiver outro recurso; como expe-
riencia aconselhamos a que a em-
preguem.

O seu custo é bem pequeno.

Para 100 litros 200 grs. de sul-
fato de ferro, 15 centavos; 150
grs. de ácido sulfurico, 20 cen-
tavos; greda, 2 quilos, 20 cen-
tavos.

Ainda podemos fazer outra
tentativa: substituindo o ácido
sulfurico por meio litro de amo-
niaco.

Oro

Grémio da Lavoura de Sertã
e Vila de Rei

Tomou posse no dia 18 a Di-
recção do Grémio da Lavoura
de Sertã e Vila de Rei no Gabi-
nete do Sr. Presidente da Câmara,

A Direcção na sua primeira
reiúnião, efectuada após s posse,
procedeu à distribuição dos car-
gos directivos que foi feita pela
forma seguinte :

Efectivos: Presidente: Dr.
Gualdim António de Queiroz e
Melo; Secretário: José Farinha
Tavares; Tesonúreiro: António
da Costa.

Substitutos: Presidente: Joa-
quim Pires Mendes; Secretário;
Manuel Milheiro Duarte; Tesoa-
reiro: Dr. José de Olíveira Xa-
vier.

oo
OS AMIGOS DA «COMARCA»

O nosso prezado amigo sr.
José Gonçalves Ribeiro, de Lis-
boa, teve a gentileza de indicar
para assinante da «Comarca» o
sr. Augusto Mateus Farinha, da
mesma cidade.

Agradecemos.

ATRAVES DA COMARCA

PALHAIS, 19 — No passado dia 12
teve logar a festa escolar desta fregue-
sia, em que tomaram parte, além da
escola da sede, os postos dé Valongo
e Trízio. A’s 9 horas relinicam-se tôdas
as crianças no recinto da escola, se-
guindo, em cortejo, em direcção à igre-
ja matriz, onde ouviram missa e co-
mungaram; no cortejo tomou parte a
Filarmónica, União Sertaginense, que
edi stou grande brilho à festa, De-
pois foi distribuído um esplêndido lan-
che aos alunos. A’s ll horas fez-se um
pequeno, mãs interessante recital : poe=
Bias e canto, assistindo o sr, Delegado
Escolar e muito povo, especialmente
os pais das Criânças, que ficaram muito
bem impressionados com o desempe-
nho, não se cansando de aplaudir os
pequeninos actores; não esconderam a
sua satisfação ao verificarem que os
miúdos se npresentadam óptimamente
ensaiados. sr. Delegado Escolar,
usando da palavra, agradeceu a com=
quenila de grande parte da população

festa e 03 esforços empregados pelas
8r.às regentes para que ela obtivesse o
melhor êxito, À regente sr.” D. Pra-
zeres Albino, por sua vez agradeceu
os diversos donativos recebidos em be-
nefício da calxa escolar e todo o au-
xílio que lh» dispensaram na organiza-
gão de uma festa que estava no espíri-

o do bom povo da freguesia de Pa-
lhais. Foram largamente vitoriados o
Estado Novo e o sr. Dr, Oliveira Sa-
lazar. Seguiram-se diversos números
ne gimnástica a quermesse e a exposi-
ção de trabalhos escolares na sala de
qular

A sessão solene foi presidida pelo
sr, Delegado Escolar, ladeado pelos
grs, P,º Vicente Mendes da Silva, pre-

tes membros, regedor e sr, José Fafi-
nha Tavares, da Sertã, que honrou a
nossa festa com a sua agradável pre-
sença, a

— Por ter sido substituída, deixou a.
regência da nossa escola a sr.º D, Pra-
zeres Albino, da Sertã, que nesta fregue-
sia conquistou grandes simpatias; as
crianças sentem grandes salidades com
a sua ausência, E

Racionamento

PROENÇA A NOVA, 22 — Fala-se
com insistência que teremos para bre-
ve o racionamento dos géneros de prl-
meira necessidade pela população desta
vila, notícia que a ser verdade, muito
beneficiará o consumidor.

O racionamento de alguns géneros,
como o açúcar, bacalhau, etc., evita a
especulação dos mesmos géneros, me-
dida que alguns concelhos já puzeram
em prática e que tem dado excelentes
resultados.

— Com feliz sucesso, deu à luz uma
robusta criancinha do sexo feminina, a

sr.” D. Maria José Soares, esposa do
sr, Vasco Soares, ilustre chefe da sec-
ção de finanças deste concelho,

Festa escolar do concelho
Nos dias 9 e 10 de Mato próximo

sidente da Junta de Freguesia, restan=

Eta ea a Pa Ne Ns

» AGENDA £,
at a e Ca a E a

Vimos na Sertã os srs. José
A. de Oliveira Pires e Mário
de Oliveira Tavares, de Car-
digos, Abílio José de Moura e
José Farinha, do Pêso, Mário
Rebêlo Hespanha, de Cacém
de Cima e José Nunes da Cos-
ta, do Dafando.

— De visita a sua família
encontra-se na Sertã a sr.º D.
Celeste N. Vaz Martins, de
Lisboa.

— Vindo de Vila Franca
(Açõres) encontra-se na Sertã
o gr. dr, Matias Farinha.

ros
Melhoramentos regionais

Foram concedidas compartici-
pações: à Câmara Municipal de
Vila de Rei, para abastecimento
de águas às povoações de Portela
dos Colos e Estalagem, 2.536800;
à Comissão de Melhoramentos
da freguesia de Amieira (Oleiros),
para construção da estrada mu-
nicipal 5, lanço da E. N. 59-2,º,
proximidades de Casal Novo ao
alto da Amieira, 35.000800; e de
Aldeia da Cava (Oleiros), para
construção dum caminho vicinal
de Aldeia da Cava à E. N.59 2.º,
38.794800,

tro
INSTRUÇÃO

Exames do 2.º grau

Por despacho ministerial de 8
do corrente, publicado na fôlha
oficial de 16, a idade mínima de
admissão a exame do 2.º grau
passa a ser a mesma que está es=
tabelecida para o de admissão ao
liceu — 10 anos até 31 de De-
zembro do ano em quê se reali-
za O exame,

o

Foi colocada na escolade Amio-
so, freguesia da Sertã, a profes=
sora sr.* D. Angela Miranda Gra-
nada,

Do posto escolar de Catraia
Cimeira, freguesia de Montes da
Senhora, foi transferida para o
de Póvoa Palhaça, freguesia de
Vale de Prazeres (Fundão) a re=
gente sr.” D. Silvandira Gomes
Nunes.

Hs
Papcl para embrulho

Vende-se nesta Redacção,

(Noticiário dos nossos correspondentes)

lho. O programa é o seguinte 1
DIA 9, às 12 horas, formatura de um
«Castelo» de lusitos, Salidação à au-

sorado do concelho; às 14 horas, con
ferências pedagógicas por alguns pro-
fessores do concelho; às 21 horas, ré-
cita infantil,

DIA 10, às 9 horas, salidação à ban-

lebrada por S. Ex.” Revm.? sr, Bispo

fessores e alunos; às 11 horas, lanche

às crianças das escolas; às 12 horas,

inauguração do grandioso edificio es-

colar com a presença de S, Ex as os

srs. Governador Civil do Distrito, Di-

rector do Distrito Escolar é outras in=

dividualidades em destaque, parada de

ginástica, exposição de trabalhos esco- |
lares e abertura do bazar; às 21 horas,

récita infantil,

PROGRAMA DA RÉCITA — Apre-
sentação e Hino da Mocidade, | parte,
Serenata (peça em 2 actos); II parte,
bailados, poesias, etc.; III parte, Amor
à terra (opereta em 1 acto); Viva
Proença a Nova | (canção).

Os amigos da Gasa do Povo

PÊSO, 23 — O nosso querido amigo

y Flo da Sapataria Pelicardo, em Lisboa,

deira; às 9,30 horas, missa campal, ce- ;

de Bela, com comunhão geral de pro- |

nossa Casa do Povo uma explêndida
estante com o recheio de 220 vallosis-
simos livros de variados autores e mul-

toridade escolar do distrito é profes= Ltas ilustrações. A sua leitura constitui-

rá para os seus sócios um dos melho-

“res e mais agradáveis entretenimentos,

Ofereceu ainda, um lindo e interessan-
tíssimo quadro que representa o mila-
gre da epic dos pães. O va-
lor da sua oferta é calculada em cêrca
de 4.000$0U.

Também pelo se, Guilhermino Farl-
nha Portela, nosso presado conterrá-
neo e grande capitalista, residente em
Lisboa, foi-nos enviado com destino à
mesma instituição a bonita quantia de

«OO0$00.

A estes nossos amigos, que possuem
a mais alta noção do valor que repre-
senta para a nossa terra a existência
de tão útil e benemérita instituição vão
os nossos calorosos agradecimentos e
oxalá o seu nobilíssimo gesto, tão dig-
no de ser imitado, sirva de exemplo a
muitos que, apesar da sorte que os ba-
feja, teimam, ainda, em alhear-se aos
fins, além do mais, altamente benefi-
centes e caritativos das Casas do Po-
vo. Muitas vezes, e isso é o mais de-
plorável e criminoso ainda, não só as
não ajudam a cumprir a sua nobre e
altruista missão, como ainda procuram
por todos os meios — às vezes os mais
tôrpes, dificultar-lhe a sua acção, São

sr+ Artur Farinha da Silva, proprietá- | estes os filhos das trevas, os cegos de

espírito, são aquêles que, movidos por
l m todo o

já quem esta freg deve, | um , CO)
tantos têm sido 08 seus rasgos de ge= | seu desprezível Indiferentisino, pouco

realiga-se à festa escolar dêste conce- ! nerosidade, ofertou, à biblioteca da ou nada lhes importa o bem da comu-
| nidade. E como as Casas do Povo são

Instituições essencialmente humanitá-
rias, é da sua competência atenuar
quanto possível as misérias e sofrimen-
tos alheios dentro do meio em que ac-
tuam. Se assim não fôra não teria a
nossa pequenina freguesia experimen-
tado K os seus benéficos efeitos.

Bem hajam pois os dois benemeren-
tes amigos por suas preciosas dádivas
que bem traduzem seus nobilíssimos
sentimentos e o muito amor que consam
gram à sua terra,

A freguesia de Pêso val ser
abastecida de milho

Não é extranho que a dureza da vi-
da nos tempos que vão correndo a to=
dos impõe os mais pesados sacrifícios;
assim, O povo da nossa pequenina fre-
guesia, também vem arcando, como é
natural, com o seu quinhão. Entre as
inúmeras dificuldades que presentemen=
teimaiso afligem e torturam é sem dú-
vida a escassez do milho, Felizmente
que, e o facto muito nos regosija, o
Exm.º Sr, Governador Civil do nosso
Distrito, a pedido da nossa Casa do
Povo, dignou-se solucionar tão grave
e humanitário problema, adquirindo o:
tão apetecido cereal em quantidade su=
ficiente para o consumo desta freguem
sia até à próxima colheita, O referido
milho vem consignado à dita instituição
e será pela mesma distribuído aos seus
sócios,

 

@@@ 1 @@@

ANIMA MEA

Estava a Mort6 ali, em pé, diante;
Sim; diante de mim, como serpente

ue dormisse na estrada e de repente
Se erguesse sob os pés do caminhante.

Era de ver a fúnebre bacante |
Qué torvo olhar | que gésto demente |;

E eu disse-lhe :

Loba faminta, pelo mundo errante ?

—Naão temas, respondeu (o uma ironia
Sinistramente estranha, atroz e calma,
Lhe torceu cruelmente a bôca fria).

Eu não buscooteu corpo… Eraum troféu
Glorioso de mais… Busco a tua alma.—
A minha alma já morreu !.

Respondi-lhe :

A Gomaroa dacSerta

Que buscas, impudente,

* Antero de Quental

ANGOLA
(Continuação da 1.º página)

géneros mais peculiares à sua la-
voura, aumento de encargos de
despesa com o ingresso de colo»
lonos é daí o aumento de impor-
tação, ainda, que também para
isso: cuncorresse a montagem de
serviços e o prolongamento dos
caminhos de ferro.

E? ver, de resto, os orçamen-
tos de Angola ns anos que me
deiam entre o advento do Alto
Comissário e a sua retirada e
notar-se-á logo que esse aumen-
to de população, oriunda natu-
ralmente da propaganda, corres-
pondia simplesmente ao alastra-
mentoidos serviços públicos Daí,
a conseqliência. de Angola ficar
burocratizada e com imensas leis,
porque então, à medida que se
organizavam os serviços que a
prática demonstrou serem desne-
cessários, acrescia a ânsia de le-
gislar, para esses funcionários,
serviços condizentes com os car-
gos que exerciam.

O certo é que o comércio, a
agricultura e a indústria viviam
dentro da mesma capacidade de
trabalho, e de esfôrço, pois além
de lhes faltarem os capitais e
créditos, viam-se a braçós com
a falta de mão de obra indígena,
depois que às leis promulgadas
sucederam as rebeldias do negro.

“Qual seria, nesse caso, a in-
tensificação dada à agricultura
se em logar de se frustar o ser=
viço de angariamento livre, se
decretasse um trabalho geral obri-
gatório em condições análogas
às da Europa, sem todavia lhes
dar as regalias que os europeus
disfrutam, p r diferir a sua vida
£ O seu modo de ser 2

Em .que podia pesar ao in-
dígena e à Humanidade a lei de
um trabalho geral obrigatório,

desde. is êle fôsse bem remu-
nerado
, (Continua)
rosa

Homem assassinado ?

No sábado apareceu morto, no
logar do Sesmo, Ireguesia do
Carvalhal, na loja duma casa que
serve de palheiro, José Vicente
Xavier Júnior, solteiro, de 31
anos de idade, filho de José Vi-
cente Xavier, já falecido e de
Maria do Carmo, do mesmo lo-
gar. O cadáver apresenta diver-
sas confusões e muitas pessoas
da povoação são de parecer que
a morte não foi casual, ainda
que paire um certo mistério sô-
bre a causa, Ansiosamente se es-
pera o resultado da autópsia.

O morto fôra, de véspera, a.

Pedrógão Pequeno comprar uns
bóis e à noite, já muito depois
do regresso ao Sesmo, várias,
pessoas o viram, sem que lhe
notassem a menor perturbação.
Vivia com a mãi e alguns ir-
mãos, todos eles mais novos;
mantinha relações com Elvira do
Carmo, a quem deixa três filhos
menores, que brevemente ten-
glonava perfilhar,

“JA transportar,

A Hospilaidde e folga dr
gente da Sertá posta em foco

Meu, presado amigo e Sr,
Eduardo Barata

Venho roubar lhe duas linhas
no vosso mui digno jornal, mas,
não padia ficar calado pelo acto
“de hospitalidade e carinho que
os meus olhos observaram no
domingo, 19 p. p., por ocasião
da festa escolar do concelho,
e, que o meu coração gravou em
letras de oiro na página da gra-
tidão,

Quero referir-me ao povo da
Sertã pela maneira gentil e-fi-
dalga como abriu as portas das
suas casas às criancinhas duran
te a chuva torrencial que caiu du-
rante o cortejo, tanto à saída da
missa como à ida para os Paços
do Concelho, carinho êste tribu |
tado aquelas pobres pombas
brancas que nesse momento se
encontravam longe do seu pom-
bal. :

Essa ternura foi tão extensa
que muitas casas além de abri-.
rem as suas portas ainda as con-
duziram para junto do fogão on-:
de enxugaram as suas roupinhas
molhadas, e tantas atenções lhes
dispensaram,

Este acto não me poderia pas-
sar sem o menor reparo, para
quem como eu adora a frasé su
blime de Jesus: «deixai vir a
mim os pequeninos».

Estou certo que todos os meus
colegas estarão comigo em espí-
rito neste voto de agradecimento
ao povo amigo e laborivso da
Sertã.

Agradecendo a publicação des-
tas linhas, vosso muito grato,
amigo e criado às ordens

Eduardo António de Caires

Outeiro da Lagoa, 25 de Abril
de 1942. :

N. da R, — Desvanece-nos’ publicar
esta carta pelas verdades que contém
e porque traduz O sincero reconheci-
mento de quem apreciou de perto a fi-
dalguia de muitas pessoas desta terra,
que acolheram, o melhor que puderam
e souberam, muitas dezenas de peque-
ninos, molhados, ate à medula, por vio-
lentíssima batega de dao, Há ocasião
em) E o cortejo desfilava pela Rua
Cândido dos Reis. Esse acto na sua
simplicidade, revelou grande carinho e
amor pelas crianças e um-alto espírito
de abnegação, muito de louvar e en-
grandecer, qAfol

Hospital da Sertó

Subscrição aberta pela «Go=
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã,» em Lisboa,
para a compra de material
eirúrgico :

Transporte (do n.º 290), 13.430840

– Ex,ººº Srs. Américo Rebordão,
5008; António. Barata e

Silva, |.

SeiradeS. Marcos,
Na-feira de S. Marcos, efeotuas

atingiram preços, fantásticos; in=
verosímeis, parecendo ter se apo;
derado dos vendedores uma cer-
ta loucura, numa-ânsia de obter
fortuna rápida, .. 3

Talvez, antes, tenha, havido
uma desorientação. perante a enorr
me procura de gados, sobretudo
dos bovinos,; muar; e- cavalar,
que sgora se acentua. por tôda a
‘parte, dada a necessidade impe

portes, visto que a-faltade-ga-
soling. forçou lavradores je.nego
ciantes a recorrer aos antigos
sistemas de tracção.

Muitos vendedores, autentica:

latando.o valor do dinheiro, quan
do se lhes preguntava o preço
das “juntas de bois ou das mua-
res, respondiam não saber quan
to deviam pedir, mas que aceita-
vam ofertas…

— Essa é boa, retorquia o
possivel. comprador, então você
é o dono do gado e não sabe
quanto quere por êle?!

Se muitos não venderam 0 ga-
do que trouxeram — e isso d:
ve-se, em parte, ao mau tempo,
que impediu muíta gente de vir
ao mercado — outros voltavam
para casa radiantes porque fize
ram pequenas fortunas, obtendo,
inesperadamente, e fora dos seus

notas de filo! q
Teve-se a impressão de que o!
dinheiro pouco qu «nada; valia, de
que uma inflação monetária sub-
jugavas todos os negócios. O fa
cto’: do gado. alcançar. preços
exorbitantes só se pode explicar
pela enorme, extraordinária, pros
cura que êle; vem tendorem tado
o País. A
| Dentro: de meses, prevenidos
e acautelados todos os que pre-
-cisam de animais, para transpor
tes e utilização-agrícola, as com-=[
“pras atingirão o necessário equi-
líbrio e nível normat. A falta
instantânea de gasolina provocou
esta: situação, mas quando voltar
o abastecimento regular —que,
de: facto, ninguém sabe quando
será — os» gados, principalmente
cavalar, ‘muar: ecasinino, hão de
pass:r ‘a ser vendidos por bai-
xo preçã e; mesmo assim, mui
tos dos seus possuidores: com
dificuldade sedesfarão dête.

Em S: Marcos venderam-se:as
juntas de bois sempre por quan-
“tias Superiores à:6 contos e uma
por 12 contos; mulas, registou-
se a venda de! uma por 8 e às
velhas compram-se,» lâcilmente,
por Se 6;.0s burros, pelo preço
médio de mil-escudos; 1 carnei-
ro, por 600 escudos e 1 chibo,
por 400; cabritos, média, 60 es-
cudos;. porcos“ de ,3 & 4 meses,
média, 250800; e leitões de 8
dias, entre. GO e .70. escudos.

“Apareceram” magníficos exem-
plares, lindas estampas, de mua-
res e bovinos; dêstes, alguns
altos como tôrres, nédios, cuída-
dosamente tratados, admiravam
pelo seu porte, honrando os dos
nos, À

deria ter havido se o tempo es-
tivesse: bom. ;Todo q dia choveu
e,por’vezes, torrencialmente, :

Veremos que tal se apresenta
o mercado do próximo sábado,
primeiro do: mês, mas é de. pre-
ver que os: preços não solram
grandes alterações; de resto). os
“vendedores já virão um povco
mais à vontade, de peíto feito,
para pedirem contos de réis,
como se o dinfreiro andassse por
aí aos pontapés e os comprado-
res fôssem felizardos’volframis-
tas! A, época é propícia a êstes
delírios…

CT OrOnNO—

iFelra de Santa Cruz em
Proença-a-Nova

1508; António Martins Vidigal
Salgado, Acácio Soares Ribeiro
D. Maria Cândida Barata, ‘505’
cada, Soma, 800800, E

vá: 230840″

Nos dias 2: 3 do próximo
mês de Maio realiza-se, na vila
de Proenca-a Nova a feira- anual.
de-Santa Cruz, que: costuma se
largamente concorrida, 1!

da nesta vila no sábado passado
as diversas espécies de: gado –

riosa de os adquirir para os trans- |

mente . desorientados, mal aqui- |

melhdres, planos, batgladas dê),

Muito maior concorrência po» |.

* À maorgem da guerra

A bravura dos Australianos dispensa publicidade. Todo o mundo

a conhece. Os aviadores australianos da R. A, F. são dos melho

res-do-mundo. À bordo de um bombardeiro nocturno «Wellington»
td assistimos a uns momentos de descanso,

Resumo das contos de 19H41

Saldo de 1940, 5.287899:
Receita ; Donativos para aqui-

equipamento de bombeiros,
:1.070800; Cotas mensais dos só
sCios protectores, 1.316$00; Com-
participação na percentagem a
“que se referem os parágrafos 2.º
e 3º doartigo 604º do Código
Administrativo 5 000800; Subsí-
dio da Câmara Municipal,
5. 000800; Bazares,
espectáculos e festas, 10, 14350);
Juros, e-rendimento de capitais,
| 358805. Soma, 28. 175804, ?

Despesa. Aluguer da sede so-
cial, 360800; Expediente da Se-
cretaria, 102$30; Conservação de

‘Beneliciação e conservação da
instalação eléctrica e iluminação,
20800; Aquisição de material,
19.776850; Aquisição: de -farda-
imento e equipamento de bom
beir s,
móveis e utensílios, 36800; Pré-
mios, recompensas e assistência

de de sinistros, 10$00; Desloca-
ção, hospedagem e gratificação
ao Instrutor do corpo activo,
914505. Soma, 21.187305

“Saldo para 1942, 4,935849,
– -ersro

“Saúdação

O sr. Abílio António Lopes,
digno Furriel. Miliciano da 4,

Pôrto Novo, S. Vicente-Cabo
| Verde, natural do Cabeço. das
‘Preçes, freguesia do Castelo,
‘salida, por nosso intermédio, to-
dos os Ex.”’º Professores e seus
ex-colegas do Colégio «Vaz Ser.
ra», de Sernache do Bomjardim,
terra onde estudou alguns anos
ie pela qual sente gratas recorda-
ções,

Dre
NASCIMENTO,

Teve o seu feliz sucesso, no
‘pretérito:dia 10, dando à luz um
robusto rapazinho, a sr.“’D. Au-
rora Maria Alves Viegas Tava-
Pres, dedicada espôsa do nosso
bom amigo sr. Mário de Olivei:
ra Tavares, importante industrial
na dade Cardigos, «so,

Mai e filho encontram-se, bem,

sição de material, fardamento e:

material e combustível, 1570820;

291300; Aquisição de.

aos bombeiros, 159850; : Deslo +
cação, do corpo activo por-virtu-

peditórios, .

C. do 1.º B. E. do R. 1,15, em |

Bombeitos Voluntários da Sortá | Etnografia da Beira

por Jaime Lopes Dias
ALMINHAS

Capelinhas modestas, quem as
não terá visto, na sua humildade
e na sua singeleza, à entrada das
povuações, à beira dos caminhos
ou no tôpo das pontes, a lombra-
rem ao viândante os que, no ou
tromundo, anseiam pela salvação?

Vulgare> em quasi tôda a Bei-
ra Baixa, nos concelhos de
Oleiros e da Sertã continuam a
ser levantadas no cumprimento
de promessas, é a scr alumiadas
pelo azáte das candeias que,
quási todos os dias, mãos devo-
tas, nelas colocam.

“Nas caixas das esmolas entram
moedas com que os donos dos
terrenos em que estão edificadas *
mandam dizer missas,

Do-respeito e especial carinho
pelas aliminhas e do escrupulosa
cuidado na aplicação do dinheiro
destinado às almas falam as qua-
dras que, no concelho da Sertã,
se cantam com as Janeiras:

Esmola, se a: dendes,

Não julgueis que a comemos ;
E p’ras henditas almas

Que todos nós lá as temos.

Dende «esmola, se a dendes
Com devoção, bem na dais ;
Lá tondos na: outra vida.
Vossas mais e vossos. pais,

Oo
“A Beira Baixa”

Com a publicação do n.º 261,
em 25 do corrente, enirou no
sexto ano da sua existência o.
nosso prezado colega «A Beira
Baixa», semanário que se publi-

| ca na sede dêste distrito ie pro= :
| víncia e que, inflexivelmente, tem ,
(seguido o lema que! traçou: a

defesa do Estado Novo e a pro; |
paganda da Beira Beixa.

Ao nosso simpático conlrade, .

“dirigido pelo sr. António Rodri

gues Cardoso e de que é admi–
nistrador o’sr. José Portela Fei»
jão, apresentamos sinceras eli. |
citações, com os melhores votos
de uma longa vida e tôdas as,
prosperidades, ‘