A Comarca da Sertã nº280 29-01-1942

@@@ 1 @@@

 

– FUNDADORES –
== Dr. José Carlos Ehrhardt =
= Dr: Angéio Herriques Vidigar=”
ma António Barata o Silva. FE sh
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

À a Tebdomadário goiás ts pendenio defensor dos interêsses da comarca k Sertá: concelhos de en |
| Oleiros, Proença-a»Jlova-e Nila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) |

tada dosidaciã

l PUBLICA-SE As

DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO == |
1 nem SERPA PINTO- SERTÃ

erre eme

QUINTAS FEIRAS

À incidente de Timor

Pela Presidência do Conse-
lho foi fornecida à Imprensa
a seguinio comunicação que

os diários da capital publica- |.

ram na 6.º feira:

«Bm seguimento das
conversações havidas com
o Govêrno de Sua Mages-
tade Briiânica, foram
mandadas partir de Lot-
renço Marques com des
tino a Timor, as fôrças

já preparadas, para se,

encarregarem da deiesa
da parte portuguesa da

U transporte «João Be-
lo» será comboiado por
am navio de guerra».

Podia. verdadeiramente

“Satisícitos por ter chegado a

ão honrosa o inci-

profundamente, os brios dos

portugueses. Após a declara-

ção do Senhor Presidente do

Conselho, na Assembléia Na-

ciohal, pela qual o País foi
esclarecido açcérca dos factos
ocorridos naquela nossa pos-
sessão, convencemo-nos de
que 5. Ex,”, pelo seu patrio-
tismo e altas qualidades de
estadista, haveria de encon»
trar uma fórmula em que a-
cabariam por triunfar, sain.-
do incólumes, o Direito, a ka-
zão e a Justiça que assistiam
a Portugal. |

“Não nos enganámos. A In.

glaterra deu-nos a reparação
moral que nus era devida,
pelos princípios que proclama
e defende; mas, além disso,
um outro motivo se impunha :
a amizade que une as duas
velhas Nações, que tantas e

tantas vezes combateram jun-.

tas pela mesma Causa.

Notas , Eos

cargo demasiado para ser suportado, exclu-
sivamente, pelo Tesouro Público ?,

 

0 primoroso poeta odã de

Deus, a gu em a Instração
Pública do Pais deve um dos
mais: sublimes métodos de lei-
tara-—-a Cartilha Maternal -—
em. que Se patenteia. -inercedt.

vel amor pelos pequeninos, vai

têr, brevemente, um monumen-
to em Lisboa, preparando- “se,
para essa ocasião, ama gran-
diosa homenagem à memória
do grande lírico e educador,

O monumento ficará na Es-
trela.

Atrapeag

Nos iniha portos bacaliioeto

Roi Ru Monte ‘um ano inteiro, para reduzir o lavrador à

miséria, albergando no seu espírito o desá-|

do País começaram os prepa-
rativos para a safra do baca-
lhau nos mares da Terra Nos
va.e Groenlândia.
“Como, para a pesca dêste
ato, se luta com grande falta

de sal, alguns armadores irão:
o Rmipha fornecer se dêste |
–tmos do peixe, mantendo-seçi retalho,

pra a onmor, que magoou,

A defesa da pro a cum

Nacional 05 deputados srs. dr. An-

dores e bandoleiros, que tudo roubam, cau-
sando sérios prejuízus à lavoura e o conti-

nuo desassossôgo ao lavrador, que, na

maior parte dos casos, não dispõe dos meios
necessários para prover a uma guarda efi-
caz, nem tem possibilidade de a organizar.

Se os encargos que assoberbam a la-
voura são tam avultados, se os rendimen-
tos roçam, geralmente, pela mediocridade,
raras Vezes compensando os gastos da ex-
ploração e o esfôrço titânico do braço, eo-

mo pode o lavrador cuidar a valer da defe-
sa dos seus bens, de forma à evitar à pilha-
gem e o assalto às hortas, aos pomares, às |
adegas, aos celeiros e ao mais que: arreca-
da e abriga nas suas casas ?

Já por mais de uma vez aqui debate-

mos o caso, que reputamos de excepcional
importância, lembrando que, em nossa mo-.

desta e mais que desvaliosa opinião, a cria-

ção dum corpo eficiente de Polícia Rural,

eficiente pelo número e qualidade dos seus |. providos, apenas, de uma simples arma

componentes, satisfaria plenamente a agri- Ide defesa? Resultava, daqui, uma econo-

cultura, livrando-a do roubo e garantindo

a tranquilidade e confiança que é mister |
para que ela produza ao máximo, sobretu-
do, agora, em que a necessidade, que é lei,

determina o conveniente as rrenan

do solo.
“E os portugueses devem ter percas» |

nbntemento presente na idéia que, nesta |
emergência, só devem contar consigo, que
ra nossa escassa marinha mercante não po-

de garantir o transporte de muitos produ-

tos alimentícios que se acumulam nos por» |

tos de além-mar.
e Seria a criação da Polícia Rural en-

Perante uma resposta afirmativa — a

que nada temos que opor — estamos con-
vencidos de que os lavradores aceitariam
‘de bom grado o pagamento de uma peque-
na quota parte da despesa, aplicada pro-
porcionalmente às contribuições sôbre a
[propriedade rústica. Seria, isto, de facto, |

mais um gacrifício a juntar a tantos outros

que, actualmente, o sobrecarregam, mas

sacrifício útil e proveitoso porque o livra-|
ria da pilhagem desenfreada, pondo-o a co-
berto de prejuízos incalculáveis e quãsi

sempre irreparáveis. Um assalto basta para

tornar infrutifero o trabalho e canseiras de

nimo e absoluto desinterêsse pela vida sã

E aula é ás dx É

TO! suspensa à aplicação contudo,

NS últimas sessões da Assembléia:

tunes Guimaráis e Melo Machado’
focuparam-se, desenvolvida e proficiente-
mente, do magno problema da defesa da
propriedade rústica, apontando a evidente
e imediata necessidade de evitar que ela
continue a ser campo de manobras de saltea-

uma fiscalização, priedade rústica

que escolhera e a que se lançara com tanta
coragem, entusiasmo e confiança.

A Polícia Rural poderiam, talvez, ser
estabelecidos postos nos centros rurais,
graduando-se o efectivo consoante a exten-
ção é importância da área a fiscalizar.

Cremos que a eficiência da protecção
e defesa da propriedade rústica só se piode-
rão garantir com uma fórça destinada ex-
clusivamente a essa missão, de carácter
Semi-militar,

À E’ certo que muitas sedes de concelho
possuem postos da G. N. R., mas o número
hmitado de praças e as múltiplas atribui-
ções que lhe competém não permitem que
ela desempenhe satisfatóriamente a protec-
ção da propriedade rústica. Podia, sim,
exercer um útil papel nesse sentido se fôs-

odelada a Pi rg: e ea actua

ria pd o diana ste sistema de

| defesa? Ou, por outra, ião se tornaria mais
| viável preparar uma Polícia Rural com ele-

‘mentos de escasssa instrução militar, exer-
“cendo a função na própria freguesia em que
residem e bem conhecedores dos hábitos e
tradições da população agrícola, sem en-
cargos inúteis de fardamento é équipamen-

mia apreciável porque esses homens, vi-
vendo no seu próprio meio.e podendo fora
dos dias de serviço público, dedicar-se à
sua profissão civil, contentar-se-iam com
uma remuneração modesta.

A Polícia Rural constituíria uma mi-
lícia especial, sem que à sua formação re-
presentasse prejuízos para a agricultura ou
para qualquer outra actividade porque o
número de braços não sofreria restrições,

De que não resta dúvida alguma é que
os lavradores nãó podem continuar à mer-
cê das quadrilhas que infestam as suas pro-
priedades, nem dos exploradores de miné-
rio, que as invadem, revolvendo o solo a
ponto de converter em: estéreis os terrenos

larápios, nem o fruto dos pomares, nem as

tadas, nem qualquer outra coisa que repre-
senta o resultado do trabalho extenuante
daquêles que vivem da terra e para a terra,
dando seu esfôrço valioso é mais que apre-
ciável para o desenvolvimento económico
da Nação, procure-se salvaguardá-los do
flagelo, busque-se 6 modo prático de pôr a
agricultura à coberto do maior mal que
actualmente a aflige o que; de dia para dia,
vem tomando porporções temerosas e cada
vez mais assustadoras.

EDUARDO BARATA

did pa
si Bstê número foi visado pela

da tabela dos preço máti. muito rigorosa na venda à | Comissão de Censura de

Castelo Branco

até então produtivos; e, se nada escapa aos

uvas, nem os batatais, nem o ferro das la-

Composto & Impresso
NA

TIP. PORTELA FENÃO

CASTELO
BRANCO,

TELEFONE
112…. a lápis

“ PRODUZIR e poupar*éa

ordem do dia. Incita-se
à criação de coelhos e gali=
nhas, que representam am vas
lor apreciável na economia do-
méstica pela saborosa carne
que nos fornecem, dando-nos,
além disso, os primeiros, as
peles, de grande utilidade na
indústria e as segundas, os
ovos, alimento natritivo da
mais alta importância.

Se a alimentação dêstes ani«
mais, é relativamente económi-
ca, à galinha é indispensáves
o milho e o farelo para conve-
niente nutrição e posthra, pro=
dutos que, agora, nã nossa
região, só se obtêm por preço
excessivo. s

-gotefpapage
ilustre Governador Civil do
distrito, para que os tra».

Tbalhos agrícolas não sejam
| prejudicados pela falta de bra.
Iços que, nalguns concelhos, se

ocupavam exclusivamente na
extracção de minério, que po-
de proporcionar salários mui
to mais vantajosos, pós em
execução uma medida de lara
go alcance que beneficia a las
vonra e não prejudica os pes.
qguisadores de volfrâmio nem
os trabalhos das minas: ors –
ganizaram-se grupos de ria
rais para a agricultura e os
exploradores de minérios ficam
obrigados a constituir um fans
do de reserva, nas Casas do
Povo ou junto das autoria
dades administrativas, pagans
do, para o referido fando, por
cada homem empregado, de 7
a 10 escudos e, por cada ma-
lher, de 3 a 9 escudos. Além
disso, os proprietários dos
terrerios onde se façam pesqui»
sas ou explorações, terão de
pagar 10º/o da receita arreca«
dadas,

Pretendeu S. Ex.º, e muito
bem, assegurar à agricultura
o número necessário de bra-
ços, estabelecendo salários
iguais para a lavonra e para
o minério e isto foi possível
com a organização de grupos

que se aividem para as duas

modalidades de trabalho.
of ag

NUMA povoação próxima de

Condeixa houve uma bos
da e em seguida um lauto ban»
quete, em que noivos, famílias.
e cêrca de 500 convidados cons
sumiram o melhor de uma vas

ca, sete carneiros, duasj ca-

bras, trinta galinhas, trinta
arrôbas de pão, vinte cabritos,
trinta almudes de vinho, vinte:
e cinco quilos de arroz doce,
cinco caixas de macarrão e
trezentos e sessenta charutos .

Que tal, heinl.ce

Isto, ainda assim, não é mui
to! Se lá têm ido o Pedro de
Oliveira eo Monteiro, os maios
res gastrónomos cá da terra,
a coisa havia de ser faladas.as.

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

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LISBOA

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Castelo Branco : 9.15
Sobreira Formosa . 11-00 11-10

-a-Nova . 11-30 11-40
Sertã. . . << 12:30 15-00
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das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld.º.

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S
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+”
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JOÃO FERREIRA: PINHO-
TELEFONE N.º 118

“e produtos da sua indústria ?

É | da Sertã»,

COREL

“CURA

DAS

ANUNCIO

(2.º Publiccção)

Secção da an Judicial,
nos autos de execução que o Mi |
nistério Público move contra
João Marques, também conhe
cido por João Marques * arpin
teiro. sulteiro maior. morador
no logar do Casal Novo, fre
guesia de Vila de Rei. correm
éditus de vinte dias a contar da .
segunda e última publicação
dêste anúncio, citando os crt-.

dores desconhecidos daquêle exe | |

cutado, para no prazo de déz
dias, findos que sejam os é ritos,
deduzirem os seus direitos na
mesma execução.

Sertã, 14 de Janeiro de 1942 |
— Verifiquei:
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chete de Secção,
José Nunes

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ANUNGIO

“as Pablicação)

Por ôste se anuncia que no die
vinte e ug de Fevereiro por d a.
nora: á porta do Tribunai Ju-
úlgial désta cumuroa, se hacde
proceder á arrematação em hasta
pública dos prédios a seguir de
signados e pelo maior preço que
fór vfereoido acima dos valures

respectivamente indicados.

“PRÉDIOS

“Um prazo ano -Im-nte foreito
o Doauwr Aib o Lurnço de
Silv», morador na Quinta das
Aguias, em quinze litros duzeDe

tos trinta e sete mililitros de tri-

go e uma galinha constituido por
uma terra de enlturs com vliveis
ras e muto, na Ribeira Casada,
limites dos Faleiros, freguesia do
Cabeçudo. Vae pela primeira vez
é praça, no valôr de quarenta e
oito escudos e quarenta centas
vos, 48940,

O Direito e acção a um vinte
e cinco avos de uma propriadi.
de, que conste de caca que ser.
viu de residencia, curiass, quin-
tel com oliveiras e mato, no iões
gar dos Falsiros, freguasla do

Cabeçudo. Vas pela primeira vez.

á preça, no valôr de setenta é
quatro esoudos e oitenta centa
vos e desaritos respeotivamente
na Conservatória desta comarca
sob os números 28.712 e 28.713,

Penhorados na execução que
o Ministério Público move con-
tra Sabsstião Farinha, solteiro,
maior, morador na cidade de Lis

“boa; na Avenida Almirante Reis,

número setenta e um — Réz do
Chão.

São por ôste oitados qualaquer
crédores incertos para assistirem
à arrematação neste annnciada.

Sertã, 19 de Janeiro de 1944,

Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Qhefo da 1,2 Sacgão
José Nunes

Postais com vistas da Sertã

“EDIÇÃO FRIMOROSA) |
Vendem se nesta Redacção.
Colecção de 7 postais — 7800

ANUNCIO

(ul publicação) —

Por este se anuncia que no dia –
vinte e um de Fevereiro próximo
por doze horas, à porta do Tribu.. |
nal Judicial desta comarca. se há-
de proceder à arrematação em hase
ta pública dos prédios a seguir de-
signados e pelo maior preço que

fôr oferecido acima dos valores rese |

pectivamente indicados,

PRÉDIOS

1º—Uma terra de cultura, for-
mando diversos botareus nº» sítio

da Ribeira da Amieira freguesia
de Carvalhal, inscrita na matriz |

respectiva sob o artigo 735, 2/3 é
descrita na Conservatória sub 0 n.º
28.961 Vai pela primeira vez á
praça no valor de 3,520500. :

2º — Uma terri de cultura ‘com

oliveiras, no sítio da Fonte do Ses. |

mo, freguesia de Carvalhal, inse
crito na matriz respectiva sob’ o

artigo 576 e descrito na Consera
vatória desta comarca sob o núme. |

ro 28.962. Vai pela primeira ves
á praça, no vulor de 112800,

— Uma terra de cultura, mato

e ua e uma casa, sita no li
mite do Seamo, inscrita na matriz
respectiva sob o artigo 93,2/3 e .
descrita na Conservatória “sob o
número 28.963, Var pela primeira
vez á praça, no valor de 88500,

Penhorados na execução que o
Ministério Público move contra
José Pires e mulher Beatriz do.
Carmo, moradores no logar do Vals
da Macieira, freguesia de Carva-
lhal.

São por êste citados quaisquer
credores incertos para assistirem
à arrematação neste anunciada, |

Sertã, 19 de Janeiro de 1 942.
Veriliquei—O Juiz de Di:
reito, Armando Torres Paulo.

O) Chefe da d.* RROÇÃO, à José
Nunes Eº amigo dedicado da
sua terra ?
Indique-nos, -como assinantes, o
todos os p trícios e amigos que
and: o não são.
O valre obm nome da sua

| terra dependem em grande par-

te, da. propaganda que. dela a E
fizer nêste semanário,

 

@@@ 1 @@@

 

“Produzir .

Gomo-pode “obter-se e onde a
batata para semente

A Direcção Geral dos Serviços
Agrícolas do Ministério da Eco-
nomia, enviou aos organismos
técnicos regionais dela dependen-
tes a seguinte circular :

«Para resolver o problema da
batata-semente garantida, que es-

casseia no mercado, está resol-.

vido que seja possível ao comér-
cio grossista transaccionar «<Ba-.
tata Nacional Escolhida», ensa .
cada em taras de 50, 20. e 10 qui-
los. Essa batata devidamente ca-
librada e proveniente de zonas
indicadas pela Repartição de Ser=
viço. Fitopatológicos, será isenta
de necroses e sem mistura de va-
riedades e os sacos autenticados
por sélo de cartão, indicativo da
Junta Nacional das Frutas. |

Oscomerciantes que transaccio-
nam a batata referida são os sé-

uintes, todos inscritos na Junta

acional das Frutas: em Lisboa,
H Campos Ferreira, Ld.º, largo
do Terreiro do Trigo, 11, 1.º Dt.;
Sociedade de Adubos Reis, Ld.*,
Rossio, 102, 1.º; José Ferreira
Botelho, rua do jardim do Taba-
co, 29-31; Benito & Benito, Ir-
mãos, avenida 24 de Julho, 78;
rua dos Sapateiros, 115, 1.º Dt.;
e Araújo Sanches & C.º, calçada
do Carsial, 1.º; no Pôrto, na rua
Mousinho da Silveira, 140, 1.º;
Ernesto F, de Oliveira, rua Mou-
sinho da Silva, 195, 1.º.

Os interessados na aquisição
de batata cuja sementeira possa
ser aconselhada na falta da bata-
ta-semente, devem dirigir-se a
qualquer dos comerciantes referi-
dos, os quais, dentro de dias estão
aptos a satisfazer encomendas de
«Batata Nacional Escolhida». Os
Grémios da Lavoura de Chaves
e Bragança estão também habili-
no a satisfazer qualquer pedi-
2 02, ES E : E
Comércio

-. e mercadorias

O «Diário do Govêrno> de 20
do corrente inseriu a seguinte
portaria : Rs

1.º E’ obrigatória a inscrição
no Grémio dos Retalhistas de
Mercesria das respectivas áreas
de tôdas as entidades que se
abastecem directamente dos ar-
mazenistas, compreendendo neste
número os vendedores ambulan-
tes de. géneros de mercearia, Os
estabelecimentos e similares e as
instituições de beneficência.

2.º A falta de inscrição é cir-
cunstância impeditiva do forneci-
mento através dos armazenistas.

3.º A inscrição deve efectuar-
se no prazo máximo de dez dias,
a contar desta data, para as en-
tidades que exerçam já a activi-
dade respectiva.

CrOIO

câmara Municipal de Oleiros

Extrato da reiinião ordinária de
26 de Janeiro de 1942.

Tomou conhecimento de diver.
so expediente ao qual foi dado o
evido andamento.

Deliberações:

—PFoi deliberado abrir concur-
so para o provimento do lugar
de médico do 2.º partdo Munici-
pal dêste Concelho, com sede no
lugar do Roqueiro, da Freguesia
do Estreito;

—Foi deliberado abrir consul-
ta de preços para a execução de
um balcão divisório para a Secção
de Finanças dêste concelho;

—Foi deliberado deferir re-!

querimento» para a execução de
obras;

págamen tos, —Poram autorizados diversos:
j “A permanece no seu Isolamentos

– À comarca da Sertã

PÊSO, 12 —A Casa do Povo
procedeu ontem à eleição dos
seus membros directivos para o

triénio de 1942/44, cujo resulta-

do foi o seguinte: Manoel Fari-
nha Portela, Presidente; Abilio
José de Moura, Secretário, Al»
bano Domingos de Oliveira, Te-
soureiro. À

Para fazerem parte da Assem-

bléla Geral foram eleitos os srs.
Rev.º P.º Sebastião de Oliveira

Cardoso, Aberto Luiz, Ernesto

Dias, respectivamente Presiden-

te é Vogais.

— De visita a pessoas das suas:

relações estiveram nesta locali-
dade os Ex.”‘S Srs: Dr; Alves

Martins, de Santarém, seu irmão –

sr. Sebastião Alves Martins, An-
tónio Viegas Tavares, distinto
professor oficial em Cardigos, e
seu filho, Fernando Viegas Ta-
vares, estudante.
— A passar a quadra do Natal
esteve nas Sesmarias, em com-
panhia de sua família o nosso
amigo sr. Alberto Baptista de
Oliveira e sua Ex “º espôsa D.
Lucina Fernandes Baptista, resi-
dentes na Capital. ‘
” — Partiu para Sernache do
Bomjardim o nosso querido ami-
go e Rev.º P.º Artur Mendes de
Moura, Dig.” Director do Colé-
gio Vaz Serra,
— De regresso de Lisboa, on
de foi passar algum tempo, che-
gou ao Pêso o nosso amigo sr.
Manoel. Farinha Portela, acom-

panhado de sua Ex,”* espõsa sr.”

D. Zulmira Gil Portela.

— Também regressou da ca-
pital, onde foi passar a quadra
festiva do” Natal, a Ex,”* profes-
sora oficial desta localidade, D.
Maria Joaquina Boavista.

— À longa estiagem e as gran-
des camadas de geada muito teem

prejudicado a agricultura. Feliz-

mente que já principiou a cho
ver. O tempo tornou-se mais
amoroso.

— Encontra-se bastante doen- |

te, € retida no leito há já algum
tempo, a Ex.”* Sr.º D. Ermelin
da de Oliveira Braz. Fazemus
votos sinceros pelo seu pronto
restabelecimento.

— Tendo-se .como necessário
e muito útil o abastecimento de
água canalizada à Casa do Po-
vo, a sua Ex.”* Direcção parece
ter chegado a uma solução sa-
tisfatória para o conseguir.
* — Os lagares de azeite, movi-
dos a água, continuam paraliza-
dos por falta desta, porém, as
instalações da Emprêsa do Vale
da Maia, Ld.º, nesta localidade,
movidas a motor, estão em franca
laboração, e ali se tem obtido
azeite finíssimo cuja graduação

raro excede um grau, extraindo-

se até já, com um só décimo de
acidez !

— Há grande escassez de mi-
lho nesta Ireguesia, e constituin=’

do êste um alimento indispensá-
vel à maioria dêste povo, con-
frange ver a aflição de muita
gente, que em vão procura, mess
mo em lugares distantes, o ape-
tecido cereal.

A quem de direito pedimos
urgentes providências. .

Estrada Distrital 59.2,2

MADEIRÃ, 16— Volta nova
mente a agitar-se o movimento
em prol desta malfadada estrada,
há tantos anos estudada, classi-
ficada, dotada e nunca constituí-
da, Como tôda a gente sabe, o
lanço estudado entre o Alto da
Cava e as proximidades da Ma-
deirã não obieve aprovação do
Conselho Superior “e Obras Pú
blicas, por ser caro.

As modificações mandadas fa-

zer a êste projecto, para bara-
fear a sua construção, nunca se
fizeram e a estrada continua pre-

terida eternamente e a freguesia

pática e merecedora dos nossos

certamente é a entidade que me-

-guesia há muito reclamou.

nhado de. vinhos.

Através da Comarca

(Noticiário dos nossos correspond entes)

E’ certo que o baratedmento ;
que hoje se exige não trará van-
tagem económica na sua cons-
trução porque, com o movimen-
to crescente da viação, principal-
mente quando fôr ligada ja Pe-
drógão Pequeno —de onde nunca
devia ter sido desviado o pros-
seguimento desta estrada — teria
que se proceder ao alargamento
de curvas, o que daria maior dis-
pêndio do que se faria agora
pelo projecto feito, –

Desanimados, os habitantes e
naturais desta freguesia resolves
ram iniciar uma subscrição para
com os próprios recursos fazer
um caminho por onde pudessem
transitar viaturas automóveis, es=
tando já em curso essa subscri-
ção e a que oportunamente fare-
mos referência especial.

Sendo esta idéia deveras sim-

aplausos, não devemos desistir
de púgnar pela construção da
estrada projectada, a única que:
dará vantagem para todos, pela
sua comodidade para todo o gé-
nero de veiculos e pela sua per.
marea conservação pelo Esta-

Até lá, teremos que nos sacrie
ficar todos para levar a efeito o
caminho que em breve se inis
ciará,

Apelamos mais uma vez para
as entidades que superintendem
na construção da estrada e faze-
mos votos para que o nosso apê-
lo chegue ao conhecimento des-
sas entiuades, para que possamos
atingir o fim por que todos an«
ciamos.

“A Sua Ex,* o Senhor Director
das Estradas dêste distrito, es-
pecialmente ligado a êste assun-
to, lançamos o nosso apêlo, pois

lhor pode resolver tão magno
assunto.

‘ Gabine telefónica |

Acaba de ser instalada na es-
tação desta localidade uma cabi-
ne pública, melhoramento im-
portante e que a Junta de Fre

Escusado será inaltecer tão
importante melhoramento que
nos coloca em contacto perma-
nente com todo o País. .

À Administração Geral dos
Correios, Telégrafos e Telefo:
nes, mais uma vez atendeu, co»
mo sempre tem atendido, as
nossas justas aspirações, tanto
em serviço de correios como de
rápidas comunicações.

O problema da Longevidade…

CARDIGOS, 31 — Cardigos
dista do Pêso (Vila de Rei) cêr-‘
ca de 7-km. Lá fomos encontrar
o sr. Francisco Marques Reis,
com 81 anos de idade, mas ainda
robusto e forte, o que nos causou
admiração.

Contou-nos o seu modo de vi-
ver, qne achamos digno de pu-
blicidade, porque de algum mo-
do dá elementos para o problema
da longevidade.

Vive, depois que enviuvou, há
30 anos, num ermo, a 2 km do
Pêso (V. de Rei) completamente
só. Por companhia tem um cão e
um galo. A” disiância de 2 km
não há qualquer moradia.

Nasceu a 18 de Nov. de 1860,
contando portanto 81 anos, Vai à
caça por desporto. Deita-se ao
pôr do Sol e levanta-se ao alvo-
recer, ao cantar do galo que é o
seu relógio.

De manhã, o «pegueno almo
ço» consta de 2 dl de vinho..

Ao meio dia come a sua única
refeição que consta de bacalhau
cozido com batatas, alhos e um.
ovo cozido… Mais tarde, come
apenas pão com queijo, acompa-

Era sargento da guarda fiscal
estando reformado há muitos anos.
RS E

Não toma nem café, nem chá,
nem gemadas. Frutas ao acaso.
Hortaliça. é raro comer. Nunca
come sopa! mas o bacalhau, quan-
do o compra, é às arrôbas!…

De saúde sempre rijo, quei-
xando-se apenas, lá de longe em

longe, de reumatismo. Outras

doenças não tem tido. |
Inda pega na espingarda, indo
várias vezes à caça.

Foi 10 anos presidente da Jun-
ta de Pêo, onde o fomos encon-
trar. Quiz ter a gentileza de nos
conceder esta entrevista e de nos
proporcionar uma visita à sua mo-
radia, perdida entre pinhais e oli-
vêdos,

Ali achamos curiosa a sua

‘ «Adega Militar» onde cada vasi-

lha tinha o seu letreiro correspon-

-dente à qualidade da «pinga»

Soldado; cabo; furriel ete….
até General, Este último é claro,
corresponaia, como não podia
deixar de ser, à sua melhor re-
Serva…

Teve a delicadeza de nos ofe=
recer a sua fotografia,
: &

O Pêso tem progredido muito

nestes últimos anos, pois foi do-
tado com importantes verbas do

Estado Novo para calçadas, fon-

tes, Casa do Povo, etc sendo
ponto obrigatório de passagem
da estrada <42.º interrompida en-
tre esta vila e Sertã

Apraz-nos registar estes pro-
gressos. Além disso é terra hos-
pitaleira que se dignou receber o
nosso grupo de Cardiguenses com
as melhores gentilezas pelo que

aqui queremos deixar gravada a |

nossa gratidão.
(De «O Concelho de Mação»)
ão 7.

Sr? Gertrudes David

‘PEDRÓGÃO PEQUENO, —
Faleceu em Pedrógão Pequeno,
no dia 12 do corrente, a Sr.º Ger-
trudes David, viúva, de 75 anos
de idade.

A extinta era mãi dos srs. An
gelo Ambrósio David, comercian
te nesta vila e João Ambrósio
David, de Lisboa, e sogra da
Sr.* Angela Henriqueta Ambrósio
David, desta vila.

D. Marta da Gonceição Silva
Barbosa :

Faleceu no dia 19 do corrente,

após uma melindrosa operação
cirúrgica, a Sr.* D. marta da

Conceição Silva Barbosa, que era
natural de Pedrógão Pequeno,
casada com o sr. Américo Au-
gusto Barbosa, comerciante em
Lisboa, |
Era irmã dos srs. João Baptis-

ta da Silva, Américo do Sacra.

mento e Silva e Nuno Conceição
e Silva, residentes em Lisboa e
mãi do sr. Américo Barbosa e
Silva e sogra da sr? D. Alzira
PN Barbosa e Silva, de Lisboa.

‘ Donativos recebidos para as
escolas desta vila, dos srs. Fer-
nando Antunes Duarte, de Lis-
boa, 5 litros de óleo de figado
de bacalhau; Izidro Ferreira, de
Lisboa, 3 litros do referido óleo;
Firmino Lourenço da Silva, da
Arrochela, 10800; Manuel Ferhan-
des, do Vale da Galega, 5800;
Manuel Martins, de Lisboa, 50800;
António Lourenço da Silva, de
Pedrógão Pequeno, 10$00; José
Antunes Amáro, da Várzea Fun-
deira, 10800; e joão da Cruz Da-
vid e Silva, de Lisboa, 50800.

À todos os nossos melhores
agradecimentos.

Com sua espôsa saiu para
Lisboa, o nosso amigo sr. Faus-
to Santana, Câmara Municipal da Sertã. .

Principais deliberações to=
madas em sessão ordinária de
21 de Janeiro de 1942:

Tomar conhecimento de divers
sa correspondência;

— Atender um pedido da Sec-
ção de Finanças relativo ao for-
necimento de duas estantes para
aquela repartição;

— Auxiliar a obra de terrepla-
nagem da estrada de Pedrógão
Pequeno ao Bravo, que está sena .
do feita por uma comissão de
habitantes das povoações de
Bravo, Vale da Galega e Arro-
chela; so
— Tomar a responsabilidade
pelo pagamento de metade da
andade do telefone do Tribu-
nal;

— Nomear o Vogal Sr. Dr.
Francisco Nunes Correia para
Presidente da Comissão Regulas
dora do Comércio Local, que
será constituída pelos Srs. Joa-
quim Pires Mendes, como re-
presentante do comércio local,
‘ Vereador do último quadriénio,
! António Barata e Silva, proprie-
«tário e antigo Presidente da Cãe
mara e António da Costa, pro-
prietário e Presidente do extin=
to Sindicato Agrícola; :

— Autorizar diversos pagas
mentos;

— Delerir diversos requerie
mentos.

RACGIONAMENTO DE GASOLINA

Encontram-se em distribuição,
devendo ser levantadas até o fim
do corrente mês, as cadernetas
de racionamento de gasolina dos
proprietários que as não recebe-
ram durante o mês de Dezem-
bro, por deficiências no preenchi=
mento dos verbetes ou por qual.
quer outro motivo,

As cadernetas não reclamadas
dentro dêste prazo serão devol-
vidas ao Instituto Português de
Combustíveis,

«PrEse
| Casas do Povo

Por determinação do sr. sub=
«secretário de Estado das Corpo-
rações foram concedidos, às Cas
sas do Povo, diversos subsídios
para as auxiliar na realização dos
fins de previdência a seu cargo.

A’s Casas do Povo de Sernas
che do Bomjardim, Orvalho, Pê.
so e Sobreira Formosa couberam,
3.500$00 à primeira e 5.000$00
a cada uma das últimas,

BAILE

Promovido por um grupo de |
sócios, realizou-se, no passado
domingo, um baile nos salões
do Club Sertaginense, por moti=
vo do 54.º aniversário da sua
fundação.

Dançou-se animadamente até
às 3 horas, tendo sido oferecido
um chá pouco depois da meias
«noite.

DOENTE

Tem passado bastante incomo-
dada de saúde a sr. D. Noémia
Caldeira Ribeiro de Matos Ne- .
ves, dedicada espôsa do nosso
amigo sr. dr. Pedro de Matos
Neves.

Desejamos, sinceramente, o.
seu rápido restabelecimento.

gago

Eleição da Junta de Freguesia
do Nesperal

Procedeu-se, no passado dos
mingo, à eleição da Junta de
Freguesia do Nesperal, que deu
o seguinte resultado: Efectivos —
Joaquim da Silva Mendes, José
Martins e Isidro de Matos Go-
mes; Sabstitratos — João Nunes
da Silva, Salvador Leitão e José
Joaquim.

: Votaram 80%, dos eleitores,

 

@@@ 1 @@@

 

Numacesso de Joncura, Uma ma-‘

lher assassina à machadada
ama imã

Em 18 do corrente, domingo,
por volta das 23 horas, deu-se
um horroroso crime no logar da
Estradinha, freguesia do Castelo,
dêste concelho, que prolunda-
mente impressionou os morado-
res da povoação e todos os ha-
bitantes daquela freguesia.

Ali viviam, em comum, Amé-
lia das Dores, mulher alta e pos-
sante, de 45 anos e sua irmã Ma-
ria das Dores, de 60 anos, ambas
solteiras, dedicando-se aos arran-
jos domésticos e cultivo das pe-
quenas propriedades que pos-
suiíam.

Salvo um ou outro dia, em que
a Amélia mostrava uma certa
irascibilidade, por palavras ou
actos mais ou menos violentos, a
vida das duas irmãs decorria apa-

– rentemente calma, sem que cou-
sa alguma fizesse prever a tra-
gédia, que-se revestiu de uma fe-
rocidade inaudita e subordinada
às- características de uma grave
loucura, dum irrefreável deses-
pêro, provocado por qualquer
persistente idéia de vingança.

Ninguém da povoação, nem a
própria víctima, por certo, ante-
viu o facto, tanto mais que, na
véspera, as duas tinham ido, sos
segadamente, confessar-se e co-
mungar à sede de freguesia, apro-
veitando a estada ali de um mis
sionário.

Que se saiba a cena de sangue
tem a justilicá-la algumas pertur-
bações mentais, mais ou menos
graves, manifestadas pela Amé-
lia desde há uns oito anos: uma
vez entrou numa pensão de Ser-
nache e despedaçou louças, pra-
ticando outros distúrbios; e hã
uns quatro anos teve um período
de manifesta perseguição.

Ignoram-se as causas imedia-
tas ou remotas da agressão, mas
no próprio dia em que ela se deu
alguns vizinhos notaram que a.
Amélia dera mostras de grande
agitação, dizendo que andava
morta de sêde e que não podia
engulir a água porque esta esta-
va tôda suja e envenenada.

A’s 23 horas do dia referido
estavam as duas irmãs na cozi-
nha, quando a Amélia, empu-
nhando uma machado, descarre-
gou vários golpes violentos na
cabeça da Maria, que caiu logo
morta,

Até à idade em que foi pela
Primeira vez atacada de loucura,

“a Amélia foi serviçal em diversas
casas e consta ter sido diligente
e fiel, Excluindo as épocas em
que se verificavam os maiores
acessos, tratava normalmente da
vida de casa e trabalhava no
campo, ainda que manifestasse
um feitio irritável perante qual-
quer contrariedade, chufa ou pa-
lavra menos agradável.

Ambas eram tidas como de
porte irrepreensível e muito cum-
pridoras dos seus deveres reli-
giosos.

A Amélia deu entrada na ca-
deia desta comarca e o cadáver
da Maria foi removido para o ce-
mitério municipal, onde, no dia
20, se efectuou a autópsia.

INSTRUÇÃO

Foram providos nas escolas:
feminina, de Alvaro, a sr? D.
Maria Adelaide, do quadro de
agregados de Lisboa e masculi-
na, do Troviscal, o sr. José Dio-
go da Conceição, da escola de
Sortelha, Sabugal.

Foram transteridos: da escola
de Valadas, Vila de Rei, para a
de Erada, Covilhã, a sr. D. Ilda
de Moura Ribeiro; e da de Otva-

A Comarca da Sertã

O Cagatbundo.

Poeta não é só aquêle que canta

O amor e a saúdade e a beleza;

As outonais tardinhas de tristeza,

Qu o mar que nos deslumbra e nos encanta.

Poeta não é só o que alevanta

Em poemas divinais a natureza, .
A brisa que sussurra na deveza,
Ou olhar de nostalgia duma santa.

Poeta é também aquele vádio,
O pária, o desherdado, que a tragédia

[Lançou para o abismo em desvario…

Chama-lhe a sociedade o vagabundo… .
— É o poeta da universal comédia
Que ri da própria dor, um rir jocundo!
Porto Adriano Gaspar Isidoro’

Lembras-te, amor ? 1

Para mim, valiam um tesog-

Lro. Tiraste-las da lapela, para
| mas dar, e en pa-las junto do
I coração.

Como elas tinham sido ofe-

Arevidas por ti, guardei-as no
| meu livro de orações, e, sem
lpre que rezava, beijava as,
|mea amor |

Pois se foste tu que mas

Depois .. as pobresinhas

| secaram: mas tiveram o con-
| dão deemprestar o seu lindo

perfume ao men livro de ora
ções.

” As violetas secaram. e. co
elas. o teu amor também ter-
minogl….

” «csEendeitei fora as pobres

Aquêle ramo de violetas que
me deste, numa tarde de pri:
mavera eram lindas, como o.
| são tódas as flôres1

queridas, que me deste, numa
Itarde de primavera tl

E nenem

Bonsbeiros Voluntários le -Serdã

Donativos recebidos pela Comissão:
promotora das festas em benefi-
cio da Associação dos Bombeiros
Voluntários. da Sertã, etectudas
em Setembro findo :

Transporte, 2844800.

Ex,”* Snrs D, Margarida Lo-
“pes da Silva Ramalhos, 108; Da-
niel B. de Carvalho Lisboa, 108;

“co 10$ Excursicni tas “e Lisbos,
287850; Dr. Flávio R. e Muura,
Sertã 5/8; Manocl Lepes [*, 5.
Domingos de Carmões 208; João
Lourenço, Lisboa 100%; Augus.
to C. Santos, Pintado, 208; José
ijo-€ Antunes Lisboa, 208; Jão
‘B. dos Santos, Vila de Rei 108;
iJosé N. S. Costa, Sertã, 78; Dr.
‘ Matias Farinha, Vila Frnca do
| Campo, ng 208; Dr. Mário
|M. da Silva, Lisboa, 258; Anó
“mimo, Lisboa 508; Manoél M.

Cardoso. Belas, 208 Domingos

| C. da silva Lisboa, 258; D. Isau

ira Bento, Lisboa, 58; D Alice |

Ferraz, Lisboa, 58%; D. Beatriz,
Lisboa, 58; D. Guilhermina Mar=

Carlos Mesquia, Castelo Bran .

NVolasa lápis
e otiliuiádo) Sp

NAS regiões onde abunda o

volfrâmio registam-se
constantemente mortes, umas
originadas por acidentes ca-
suais e outras por crimes per
petrados por ambiciosos, que
sempre se julgam com direito:
à parte de leão.

Salvo êstes inconvenientes,
meros episódios duma sofre-
guidão demoniaca pela rigue-
za que se estadeia tentadcra,
o volfrâmio trouxe a muitas
regiões do País uma granie
prosperidade, dando um certo
bem-estar e desafôgo económi
co a muitos que pouco mais
tinham do que o dia e a noite…

veitar das favoráveis condições
que a abundância de dinheiro
pode proporcionar, pratican-
do actos de verdadeira louca-
ra como se tivessem em sen
poder um filão de auro inex-
gotável, mas ontros saberão
tirar todo o partido da rigue-
Za que os veio favorecer ines=

peradamente, pensando que não:
há mal gre sempre dure e que:

a miséria impõe uma vida de-
gradante, fazendo da sua víti
ma um pária e um indesejável.

O sub-solo desentranha-se
em precioso caudal de onro.
dando ao comércio e à indús-
tria espantosa actividade, ess
tabelecendo sólidas condições
de vida e criando novas fontes
de trabalho e aumento senst-
vel de progresso.

A ambição imoderada gera
perturbações e complicações
na economia geral, porque a
sêde de dinheiro é irrefreável,
mas, com o tempo, voltará o
sosségo aos espíritos, entran-
do-se num período de calma
que é indispensável,

Os trabalhadores do minério
terão a parte que por direito
lhes cabe nessa exploração,
sem necessidade de se prejudi-

terrenos que não lhes perten-
cem. ‘

Depois da tempestade…
LUSA DE MEL

Lua-de-Mel é uma frase que
deriva dio antigo idioma teutóui-
co. Significa beber, 30 aias de-
pois da bôda, agua-mel, ou.hi-
dromel, mistura de água e mel
de abelhas.

Atila, o «Açoite de Deus» palho para a de Proença-a-Velha,
o sr. José Domingos Rodrigues. |

A prof.ssora do Vale da Urra,.
Vila dc Rei, sr.? D. Gracinda do
Carmo silva Nunes toi autoriza. |
da a contrair matrimónio com o
Br Manoel Alves Brancos

rece que morreu, na própria noi-

te do seu casamento, duma apo-.

plexia causada por uma grande

segundo o, uso.
Presentemente chama-se «Luar
-de-Mel» ao periodo de 30 dias

| depois ala cerimónia matrimonial, 1 à povoação de Foz-ds Isna,

Nem todos se saberão apro-

car uns qos ontros ou assaltar

“DIA E DIA…

Um proprietário duma fábrica
de refinação de açucar de Lis-,
boa, por especulação e acambar-
camento, resp n.eu no Tribunal
Militar Especial, sendo condena-
do a pagar a multa de 84 contos,
ao destêrro para a vila de Mafra
por seis meses,
mêses no local do destêrro, in-
terdição por seis mese» do exer-
cício da indústria de relinação

de açúcar e a sua eliminação de’

todo e qualquer organismo cor-
porativo.

E” uma conta calada e uma:

pena dura, mas, a-final de con
tas, andou com sorte por não q
mandarem para a Guiné… pen-

tear macacos! Com a multa po: |
de êle bem e talvez não achasse:

muito porque os grandes negó

cios dão bem para «as diferensas!

Assim como se recomendou, | /

por ocasião da, passagem do
ano, que se evitassem quaisquer
manifestações festivas, tradicio-

n-Imente usadas, atendendo à, por que en vos quero !

gravidade do momento e ao.hor-

roroso sofrimento de quási todos |
os povos do Mundo, o mesmo

se recomenda para a próxima
quadra carnavalesca. Cremos que

a pobalação No Joais Esta DARCI: ‘sigais que ele volte a amar-me.

tamente de acôrdo com o pedido.

que se identifica com os seus |

sentimentos. O contrário seria
uma insensatez imperdoável.
Nós, evidentemente, não nos
podemos alhear dos males que a
outros afligem, E
é
Um diário intormava, há dias,
que faleceu n> Manicómio Mi-

guel Bombada uma mulher com |

a idade de 24 anos, que ali se
encontrava há 27…

O caso não é para graças,
mas, em todo o caso, fazendo a
conta, a mulher deu entrada no
Manicómio 3 anos antes deter
nascido |

BISPO. DE PORTALEGRE

Esteve na Sertã, em visita pas-
toral, nos dias 22 e 23, S. Rev,”*
o Senhor Bispo de Portalegre,
D. Domingos Maria Frutuoso,

“que, no último dia presidiu a |
uma reúnião do: clero do, Arci- |

prestado.

Abastecimento de água |

Pelo «Fundo de Melhoramen-.
tos Rurais» foram concedidas as

seguintes comparticipsções: de:

13.098$00, à « âmara Municipal

À ida ertã, para abasteciento de
oração de Hidromel que bebera :
-Vale Godinho; e de 9.805$00, à
Câmara : Municipal de Vila de

água às povoações de Naves e

Rei, para abastecimento de água

prisão de dois

saúdadel. «

|Sopa dos Pobres

O remorso que depois tive, :
por as não ter guardado sem»:
pre! Quereria guardá las. du- .
rante a vidu inteira, para que .
testemunhassem um amor pa- |
ro, O mem primeiro, e único.
amor |

E, quando mais tarde, já
muito vêlhinha, ainda as afa-:
garia, com am sorriso resi .
gnado, : a

As violetas ! .. têmacôr da’
paixão e da tristeza. . e foi
bem êsse o fim donosso amor.

“Aguêle ramo de violetas!

Tam simples e modestas!

Quando as vejo, o coração
bate mais apressado, e recor-
do o nosso belo amor !

“As violetas!

Desejava tê-las sempre,juns
to a mim e aspirá-las, meiga:
mente, e, num beijo prolonga
do, contar-lhe tôda a minha.

Queridas amigainhas, . vio-
etas |
diSabeisa razão porque êle
vos escolheu, parameofereger?
“+ Talvez. pelo mesmo motivo:

Boas violetas, senão vos en
‘vergonhais, sêde minhas inter
imediárias: contai-lhe que o não
esqueço, E

E. quem sabe? Talvez con-

Queridas amiguinhas, boas.
violetas! guero-vos tanto, que
pre, junto a mim

Maria
Movimento de Julho
Sopa diária a 40 indigentes,
88810.

RECEITA

Cota mensal de anónimo,
100800; Cota da Câmara, 100800;
Cotas Diversas, 192300; Cota de
D. Guilhermina D, 30300; Cota
de D. Emília Moreira, 2800. To
tal, 442400.

Géneros: — Três arrobas de
batatas do sr. António Barata e
Silva; Uma arroba de sal e três
queira de azeite de um anó-
nimo.

Movimento de Agosto
| DESPESA
Sopa diária É

RECEITA

* – Cota mensal, 100800; Cota da
Câmar», 100800; Cotas diversas,

398810

195850; Esmola de um visitante,

: 208; | A
bolais de Cima, 20%: Anibal S.

desejuria ter-vos sempre, sem |

tinho, Lisboa 5%; António :B.
Barata, Sertã 23; Anónim-. Lis-

boz 508; José Cardo o, Lsbos, –

58; José Leitão, Alcouiim. 108;
Dr José Bravo Serra, Arganil,
208; Dr. José Nunes da Silva,
Lisboa 100%; D. L ura M rtins,

| Coimbra, 108. Co-panhia de

Viação de Sernache, Ld? 5008;
Adelino ‘L.. Farinha, Pampilhal,
oaquim P, de Moura, Ce.

Herdade, Telhada (Figueiró dos
Vinhos). 20$; José Buthner, Lis-
boa, 203, JoséM M nso, Vár
zea dos Cavaleiros 508; Joaquim
Pestana dos San-os, Lisboa. 1008;
Manoel Radrigues, Casal da Ara

1008; João A. Henriques Serra,

| Preixofeira(TOrre: Vedras), 1508;

Tia, 208; Januário S. Barata, Bra»
vo. 208; Francisco A. dos Santas,

Barata e Silva Sertã, 50%; Dr.
‘Gualdim de Queiroz, Sernache,

Ramos, Lisboa, 1003; P. Hipóli-
to A Gonçalves, Castelo, 508;
João da Costa Angra do Herois.
mo-(Açõres) 208; Anónimo Olei-

tros 108; Manvel A Cabral, Sero

nache, 508; António F, Sardeira,
Lisboa, S0$. ira

Soma. 2.341050, A trarspore
tar, 3. 185850.

Croto-

JULGAMENTOS EM TRIBUNAL
COLECTIVO R

Acusados pelo Ministério Pú-
blico, responderam, no Tribual
Judicial desta comarca:

No dia 21 —-Francisço Fernans
des. de 23 anos, solteiro, do Ca:
salinho, freguesia do Sobral, Car-
los dos Santos, de 44 anos, do

teiro, João dos Santos, de 37

Ramos, também conhecido pelo
«Raposo», de 55 anos, do Ro-
queiro, freguesia do Estreito, ês-
tes casados, todos trabalhadores,
do concelho de Oleiros, da auto-

noite de 26 para 27 de Setembro
findo, haverem tomado parte die

de 250 quilogramas de volfrã-
a pertencente à firma |. Costa
visória na R. de S. Bento, n.º 51,
em Lisboa, no valor de cinquens
ta mil escudos e se encontrava
guardado num armazém que a

enncelho de Oleiros, desta. cos.
marca. Absolvidos.

No dia 22— Angelo da Cruz, de
31 anos, casato, jornaleiro, das
Barrocas, freguesia de Pedrógão
Pequeno. dêste concelho, do cri

1$00; Donat’vo da secção Poli-
“cial da ( âma:a, 277300; « ota. de –
D. Guilhermina, 30800. Total,

“703850.

Géneros: Hortuliça de um
anónimo ; De D tligénia Neves
C. e Silva, doze quilos de ba-.

me de ofensas corporais volut-
tárias nas pessoas de sua mãi,
sexagenária Maria Engrácia e de
sua | mã Maria Corol:na, produ.
zindo. a uma e outra. dez dias:
de doença com impo-sibilidade

– de trabalho nos primeiros três, .
– b tatas egito e meio-de cebolas, + Absolvido, aba és i

nha, 5%; Jo-é Alves, Cabeçudo, |

Pedrógão Pequeno 208; Antônio .

508; E. L., Lisboa, 208; Manoel

| Roqueirinho, freguesia do Mos- |
anos, do mesmo logar e António.

ria do crime de oubo, por. na.
recta na subtracção Iraudulenta .

artins, Ld., com sede pro. .

mesma firma possue no Cavalo, ..