A Comarca da Sertã nº277 08-01-1942

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FUNDADORES “
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
António Barata e Silva —=

Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva: Gorrêa,:)’

ETs CREME er Es
O | | pIRRCTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO á Composta e Impressa |
x NA
ç Edluanola Sonata da Tilva Canneia TA. PORTELA FEÃO
e => REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — , f CASTELO
DIPRUA SERPA PINTO-SERTA aa
AR RR E Si , TELE FONE
«< | PU BLICA-SE: AS RT E FEIRAS E – – 12
| Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | A Ra ER
Oleiros, Re -a=fNova é Vila de-Rei; e da de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) | 1942

Õ piano de assistência, para

1942, apresentado a 5.

Er“ o Senhor Ministro do In:

. terior, pela nossa. Janta de

Prosbncia, é nim valioso docu-

é mento pela sãa expressão sin-
tetiva e ciareza de conceitos,

Não estamos muito habuna-

dos a ver empregada, emPex-

posições desta natureza, ama

Jruscologia de tam fácil enten

dimento, com afirmações tam

obicetivas e erpontáneas como

a de quevimos falando.

Fraduzem-se, nela, quást
; immopinadamente, os sentimen-
? tos de «edicação e amor da
S Jusiiça devidos ao povo ha-
mulde, que vive da terra e para
q terru, drubulhando esofre-
do, calmamente, cresigrada-
mente, de sorriso na bôca, À
espora – ue melhores dias…
que nunca chegam!

djfumuse na exposição, en
tre muitus outras coisas de
incontestavel importância, que
<A verdude nua ecroa é que
comida q beneficência diséri-
ral, cum o cortrapêso da mu
nicipul é paroquial as nossas
populações rurais não. têm
praáticamente assistência, nem
ne doença, nem no desemprê
go, nem nu velhice. Nada»,

– dVdo há dúvida que isto é às-
sim. Di-lo quem tem antorida-
de pura O fuzer, preconizando
O meio vrulico é viável de re-
solver um problema a que es
id qusirito O desenvolvimento
juluro Ju lavoura, nacional,
dem u sua suluçdo perder-se-d,
a pouco e pouco, de ano para
, É ánv, Uunur que liga O traba-

 

thudor à erra; desalentado,
vendo nu velhice à condenação
formal d mistriu ubsoluta,
porque Ju geira não obtém pe
de meiw que se veja, prochra
ME nus erundes meios a satisfa-
gdo dus suas ambições, cor-
= vendo todos us riscos € a per-
da da-suude para alcançar um
fuiuro qurantido, interramen-
te livre de pesâdeios e afhi-
pÕes. Ea
= A ussistência às populações
alindis, uu dvença, AU desc.

purecet que s estudada e
resolvido, mui hidro ndo lon-
giniguo, pelo Govêrno da Na:
fuoy vum O mesmo “empenho e
interesse “e muros outros de
—* euracter sucial e que, da mes-
“md foruiu, afectavum à vida €
siluaçau de diversas “classes
“trabuthudoras, » que; pela sua
aciviuúde, sdo inúispensávers
Ro Progresso da Nag:

rue
E uio»
É estaão um frio TUR

4 sumbra, para mãos é pês
regelarem, cundo-se numa
puu que nos jaz afugentar

0 “trubalho “a ponto de-o]:

dt ed ate parece que se em-
o raciocínio | 8

9-0. 0;

Prégo e mu vol Erin quero nos |

ustu estur uma hora para-|

UMA VALIOSA

ELE

Castelo Branco, 25 do Novembro de
1941,

Excelência :

Senhor Ministro do Interior

Junta de Província da Beira Baixa,
E, em harmonia com o disposto no ar-
! tigo 314º do Código Administrati-
vo; tem a honra de apresentar a V. Ez.º o
seu plano de assistência para 0 ano de 1942,
pedindo a sua aprovaçau, se 0 alto critério
de V. Ex. o julgar em harmonia com a lei
e instruções reguladoras dôste ramo da pú-
blica administração,

Em boa verdade, antes mesmo da pu-
blicação do Código Administrativo, e.por
is80 mesmo, antes da publicação das di-
rectrizos marcadas para o ordenamento das
diferentes modalidades de assistência, já a
Junia de Província da Beira-Baixa procu-
rava covrdenar a sua actividade com ou-
bros Organismos adminisbrativOs & InICIatI-
vas particulares da Província, em ordem
a uma melhor obra de bem fazer. .

E” com certo desvanecimentu que que-
remos lembrar que a Junta de Provincia
da Beira Baixa toi O primeito organismo
administrativo do País que encarou as

resulução do magno problema da assistôn-
cia médica às nossas populações rurais,
propugaando a sua difusão na Província
como organismos vivos a desentranhar-se
em beneticios palpáveis,

Vinte e duas «Casas do Povo» tem
hoje a nossa Provincia, e outras é mais ge-

de Província dotou e dotará com Postos Médi-
cos apetrechados com a aparelhagem necessária
para casos de urgência cungica é ainda com 08
medicamentos de uso corrente no exercício da
medicina,

Ja em 1936 o Presidente da Junta de,
Província sustentava a douvrina (1)=«O
estatuto orgânico das «Casas do Povos
atribue à iniciativa da sua Criação aus par-
uculares, às Juntas de Freguesia, ou a
qualquer autoridade administrativa a cuja
jurisdição esteja submetida a ireguesia ru-
ral onde se pretende a criação da «Casa
do Povon, Fica-so a gente a pensar porque

|eo não deu a mesma iniciauva às Juntas

Gerais, que porlerôm atribuição de-—criar
estabelecimentos distritais de beneticên-
cia—e que para ôsse eteitu-estão auturiza-
das à lançar a percentagem de 6º), sôbre
a contribuição predial rústica é Ur banã, é

as Chmuáras Municipais que também por

iei têm à missão de criar e subsidiar esta-
belecimentos de beneticôncia, estando au-
| torizadas a lançar fortes percentagens BO-

«Casas do Povo» como tulcro elicaz para a |

rão em breve realidade, é todas elas a Junta.

EXPOSIÇÃO

Funta de Província da Beira Baixa apresenta a
S. Ex“ o Senhor. Ministro do Interior, o seu
plano de assistência para o corrente ano.

Edi

bre as contribuições gerais do Estado, to-
das de alear o mais valente contribuinte,

Reiúnir os fundos que estas corpora-
ções destinam a beneticência e englobá-los
na obra de assistência que as «Uasas do
Povo» são chamadas a realizar, seria fazer
obra proveitcsa,

De outra forma, não.

A verdade nua e crua é que com tôda a
beneficência distrital com o contrapêso da
municipal e paroquial, as nossas popula-
ções ruLals Dão Lôm práticamente assistôn-
cia, nem na doença; nem nov desemprêgo,
nem na velhice, Nada,

A miséria das misérias, a vergonha
das vergonhas!

E no entanto, se juntarmos as porcen-
tagens lançadas pelas Juntas Greraie, Ud-
waras e Freguesias, 6 as somarmos com 08
adicionais que o Estado englobou nas con-
tribuições, e directamente cobra, nós Lomos
munvanha de escudos à beneticência des-
tinados.

Somente a montanha pulveriza-se, e
ao povo só chega poeira incapaz de se cor-
porizar em obras de eficácia social»,

Chamado arorientar a actividade da
Junia de Província, não podia nem devia
ele esquecer a doutrina que publicamente
havia apostolizado, e teve a boa surte de
ver pertilhado o seu modo de pensar pelos
seus dedicados colaboradores,

Assim foi possivel, com o «apoiu da Au-
toridade superior do distrito, iniciar e de-
senvolvor uma obra de assistência médica
ás classes rurais, em colaboração cem a
benemérita instituição dus «Casas do Po-
vo», que mereceu público louvor do Sub-
Secretária das Corporações e Pevidência
Social, e é O orgulho da mossa Província,

Esta obra a que temos consagrado ca-
rinho e amor, a queremos conunuar até
estar compleia a rôde dos Postos Médicos,
ou seja a rede das «Casas do Povo», de
maneira a ser realidade a assistência mé-
dica às classes pobres, em toda a Beira

Baixa.
vo +

Em matéria de asaistôncia médica ás
classes pobres regionais a Junia de Pro-
víncia não podia nem, devia confinar a sua
actividade na criação de Postos Médicos,

Mais além tinha de ir, enfrentando o
grave problema da hospitalização dos doen-

tes, por imperativo de justiça sucial,

Não vamos gastar palavras em pura
perda na apreciação do ordenamento dos

elserviços hospitalares que o Estado man-

téóm em regimen de centralização em Lis-
bua, Porto e Coimbra,

as. &

(Continua na 4.º páginana)

DIZEM-NOS que para os la-

dos de Sobreira Formosa:

os lagares de azeite permanes
cem em fraca laboração por
falta de água. Consegiiência
da prolongada estiagem que
tem feito, é claro.

Os olivicaltores estão afli-
tos para moer a sua azeitona,
sem que encontrem maneira
de dar solnção ao caso.

Bom seria que agora viesse
chuva à farta. Os lagares pas-
sariam a trabalhar em cheio,
a temperatura amenizava, a-
proveitando-se alguma horta-
liça e pastos para os animais,
que estão a atravessar uma
época difícil. Da falta de pas-
tos resulta, por conseguinte,
lutar se com enorme falta de
leste, alimento precioso e abso-
letamente imprescindível às
crianças e doentes.

O

JOMO se sabe, a safra da
azeitona, na região, não
foi má de todo, mas, evidente-
mente, esperava se por ama
boa produção, que, de algam
modo, contrabalançasse as co
lheitas escassas dos anos ans
teriores.

Foram os olivais da perife-
ria da Sertã que mais sofres
ram com as geadas intempes-
tivas; e, conquanto no Couto
enoutros terrenos suburbanos,
a azeitona tivesse bom aspe:
cto, a verdade é que a fanda,
de um modo geral, é fraca, não
sabendo; muita gente, a que
atribnir tamanho desconsêrio.

Os lagares da Sertã e das
cercanias continuam moendo
em cheio, prevendo-se que os
trabalhos de extracção se pro-
longuem por muitos dias.

Na generalidade, o azeite é
finíssimo.

ro

QUE aa nos traz O
ano de 1942?

Vergado ao pêso da herans
ça que lhe legon o sen antes
cessor, por sinal bem desgra-
cada, 1942 resmanga, com um
sorriso sarcástico, palavras
ininteligíveis, como a dar-nos
a entender que a Humanidade
não deve alimentar, por ora,
esperança em melhores. dias.
Antes, jpelo contrário, a guer-
ra redobrará de violência e
brutalidade, alargando-se o
cenário de devastações, de rui-
nas e de dores. Aumentará a
miséria e a fome, como resal-
tado do descalabro económico
em tôdas as Nações.

Mas será isto o que 1942
presagiou ?

Teria êle auscnltado bem os
sentimentos dos homens ?

Estarão êles dispostos a con=
tintar a matança em fiolocanse
to às suas monstruosas e int-
quas ambições?

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

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A comarca da Sertã

Oleiros, Proença
pelo técnico Joaquim de Moura Portugal

VII
(Continuação do n.º 275)

Conservação de vasilhas que se des-
pejam em bom estado — Logo que se
despeje uma vasilha contendo vinho,
deve-se tirar a borra, lavá-la interior
mente com água e deixá-la escorrer
de um dia para o oatro. Se tiver sar=
ro em quantidade aproveitável deve=
se dessarrar, pois o sarro, ao contrá-
rio do que algans julgam, não con=
vém ser conservado nas vasilhas. Em
seguida salfara-se queimando nama
tigela 50 gramas de enxoire por cada
pipa de capacidade, postigando-se e
batocando-se depois cuidadosamente
a vasilha. Desde que a vasilha se con=
serve vasia deve-se renovar a salfa=
ração de mês a mês. Antes de a en=
cher nôvamente de vinho tem-se o
cuidado de retirar a tigela de dentro

* da vasilha

Material vinário de madeira — Tom
dos os objectos de madeira que vão
usar-se na vindima devem ser prêvia-
mente lavados com uma solação a
8º/o de carbonato de sódio. Em se-
guida devem ser lavados com água
limpa e depois devem pôr-se a secar.

Material vinário de terro — A-tim-
de evitar que os vinhos adquiram a
casse férrica, convém que todo o ma=
terlal em ferro que contacte com o
môsto ou com o vinho, seja isolado
dêste, por meio de verniz de goma-
laca em 60 gramas de álcool. A apli-
cação laz-se sôbre o metal depois de
bem limpo, com um pincel em daas
demãos, $

Processo usual no fabrico do vinho
na região

Quanto a fabríco de vinho na re-
glãv o processo usual é o mais radi=
mentar que se pode imaginar Tanto
os vinhos tintos como os brancos são
fabricados de igual modo, sendo cor-
rentemente asado o processo de bica
aberta.

Após a chegada das uvas á adega.
pr d ao operam
ção que tem por fim rasgar a pelícala
do bago e permitir a saída do lígaido
açucarado que contém Esta operação
faz-se em lagares de pedra ou cimen-
fo depois de bem preparados e lavam

os.

Nesta região asa-se ainda o antigo
sistema de esmagamento, chamado
pisa. A pisa tem o inconveniente de
ser muito dispendiosa e de embaraçar,
numa adega, a boa organização dos
serviços pelo inúmero pessval que se
torna necessário empregar. Além dis-
so, muitos vinicaltores supõem, erra»
damente, que sem a pisa não se are-
jam os môstos, tam sacarinos como
aquêles, esquecendo que, fazendo o
esmagamento alto, isto é, deixando
caír o môsto de am ponto elevado o
arejamento é muito mais perfeito e
auxilia a operação de cartimenta com
Outra eficácia
– Maitos há ainda que insistem em
adaptar êste sistema de esmagamento
visto ser o processo asan! e aquéle
que perdara em tôdas as regiões do
nosso País, como sendo o mais viável

aro chegar no resaltado desejado.

odavia, expostos com clareza os in-
convenientes que de tal prática podem
advir, pois, acontece que nanca são
segaldos à risca os preceitos de higie-
ne que a operação requere.

Uma vez esmagados as avas, O
môsto resaltante corre nataralmente
para dornas 00 para balseiros, sendo
doí transportados, em segalda, por
melo de cântaros de lata para os rex
cipientes de fermentação — os tonéis,

Após o esmagamento, procede-se,
regra geral, à espremedara por meio
de .prensos muito radimentares na
malor parte dos casos.

Vem em segalda o desengaço, opes
ração que consiste em separar O en-
gaço da outro parte da ava.

Desengaçadores mecânicos não tim
peocaslão de observar, sendo o de=
sengace electando em desengaçadores
mangals, mais conhecidos pelo nome
de clrandas. Estes são formados por
um taboleiro de madeira, assente sô=
bre quatro pés, o qual é formado por
ume série de ripas dispost.s paralela«
mente com pequenos intervalos Ho-
mens ou mulheres eslregam os mas»

“ses (engaça, película, etc.) contra es=
ses tabuleiros, ndo com que tôdas
os partes do cacho, com excepção dos
êngaços, se escapem pelo ripado. As
p de os di gaçadores separa»
rem grande parte do engaço assim
como O trabalho dos ancinhos antes
das das uvas passarem por aquéles,
nunca chega a ser completa esta ope-
ração Escapam-se sempre pelo ripas
do pequenas partes do engaço, que
fermentado com tôdas as outras par=
tes do cacho vêm con ribair para que
as temperaturas de fermentação se-
Jam mais elevadas. assim cmo as
teorins do Engenheiro-Agrónomo Má
rio Pato, maito contribaem para a di=
minuição do P H dos môstos em que
são maitos pobres nesta região.

(Continua)

CASTELO BRANCO-COIMBRA

A Companhia de Viação de Sernache, Ld.º estabeleceu a liga-
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
grande vantagem e comodidade para o público.

NS 2.º, 4 E 6,%º FEIRAS A’S 3.º, 5.º E SABADOS

Oheg. Part. Oheg. Part.

Coimbra . … 11-50 | Castelo Branco 9-15
Figueiró dos Vinhos 14 14 25| Sobreira Formosa . 11-00 11 10
Sernache do Bomjar- Proença-a Nova . 11-30 11-40
dim 2 15-03 15-]0)Serlas 2 = 12:30 13-00

Sertã, « 15-30 15 30] Sernache do Bomjar
Proença a-Nova . 16-25 1635] dim . . .,13-201333
Sobreira Formosa . 16-55 17.05 | Figueiró dos Vinhos 14-15 14.25
Castelo Branco . 18-50 Coimbra . . . 16.35 |
Castelo Branco — Coimbra . . . Esc. 40850

> » ida e volta . » 72850

Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira

Aceitam se encomendas para o PORTO, RÉGUA, 8. JOAO
DA MADEIRA VILA REAL VISEU e tôdas as localidades servi
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira Lad,

SEntónio da Bilva Pourengo

acaba de abrir uma

SECÇÃO DE OURIVYESARIA

JOIAS, OURO E PRATA

Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes

Compra ce vende ouro ce prata cm segunda mão

RUA CANDIDO DOS REIS— Ss E BT À

CANALISAÇÕES-TELHADOS-TETOS

EDITAL

António Caldeira Firmino, Chefe da Secretaria da
Câmara Municipal e Recenseador Eleitoral
do Concelho da Sertã.

FAÇO SABER, nos termos e para os efeitos
do n.º 1.º do art.º 8,º do Decreto-lei n.º 23.406, de
27 de Dezembro de 1933, que no próximo dia 2
de Janeiro têm início as operações para organi-
zação do recenseamento político do próximo

ano.

Março.

1.º— São eleitores da Assemblea
Nacional e do Presidente da Re-
pública :

1 Os cidadãos portugueses do
sexo masculino, marores ou emana
cipados, que saibam ler e escrever
domiciliados no há mais
de seis meses ou nele exercendo
funções públicas no dia 2 de Ja
neiro anterior à eleição;

11— Os cidadãos portugueses do
sexo masculino, maiores ou eman-
cipados, domiciliados no concelho
há mais de seis meses que, embora
não saibam ler é escrever, paguem
ao Estado e corpos administrativos,
a um ou a outros, quantia não in
ferior 100500 por todos por algum
ou alguns dos seguintes impostos :
contribuição industrial imposto

profissional, imposto sôbre aplica-
| ção de capitais

NOTA — A qualidade de contri-
buinta prova-se pela inclusão no
mapa enviado dus Repartições de
Pinanças ou pela exibição dos co:

JOÃO FERREIRA PINHO
TELEFONE N.º 113

AVENIDA ALMIRANTE REIS, 62-H- TELEFONE 40608

Is inisgims AZEITES

da roglão do
SERTÃ E sERNACHE DO BOMJARDIM
são vendidos no máximo da pureza,
por serem solecolonados esorupu-
losamento da produção própria
As boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa

LIBANIO VAZ SERRA

Barragem do Zêzere

nhecimentos que a comissão eleito
| ral da freguesia averbará no pro
cesso ou verbete do interessado,
(| JI-—Os cidadãos portugueses do
| sexo feminino, maiores ou emanci
pados, com curso especial, secun
dário ou superior, comprovado pelo
diploma respectivo, domiciliados no
concelho há mais de seis meses ou
nele exercendo funções públic.s no
dia 2 de Janeiro anterior à eleição
NOTA— Estay hublituções pro
vam=se pela exib’ção do diploma do
curso, da certidão ou da pública-
forma respectiva psrante a comia.
! são referida,
A prova de saber ler e escrever
“fas se;

a)— Pela emibição de diploma de
qualquer exume público, feita pa
rante a citada comissão;

b)—Por requerimento esorito é
assinado pelo próprio, com reco
nhecimento notarial da letra e as
sinatura;

c)— Por requerimento escrito,
lido e assinado pelo próprio peran
te a comissão aludida ou algum dos
seus membros desde que assim seja
atestado no requerimento e autenti
cado com o sêlo branco ou a tinta
de óleo do Junta,

NOTA—A inclusão dos indivi.
duos nas relações dos chefes das
repartições ou serviços públicos ci=
vis militares ou militarizados, com
indicação de saberem ler e escrever,
é prova bastante para efeitos de
recenseamento,

2º— Não podem ser inscritos :

1-Os que receberem algum, sus

Assim, pelo presente, convido os indivíduos
de ambos os sexos com capacidade eleitoral
nos termos do referido Decreto, a inscreverem-
se como eleitores, desde 2 de Janeiro a 15 de

Para a inscrição deve-se ter em vista 0s seguintes preceitos

bsédio da assistência pública ou du
beneficência particular e especial.
“mente os que estenderem a mão à
caridade;

IRL Os pronunciados por qual-
quer crime com trânsito em julgad ;

JHI–Os interditos da adminis.
tração de sua pessõa e bens, pur
| sentença com trânsito em julgado,
os falidos não rehabilitados e em
geral, todos os que não estiverem
no gôzo dos seus direitos cvuis 8
políticos;

IV— Os notóriamenta reconheci.
dos como dementes, embora não es
tejam interditos por sentença,

3º As relações dos eleitores a
inscrever são organizadas pelas
comissões eleitorars das freguesias,
compostas pelo Regedor presidenta
da Junta e por um delegado tu
autoridade administrativa do con
celho, e é perante elas que 08 ind).
víduos devem fazer a sua inscrição.

de — Até 10 de Abril, os cidu-
dios podem verificar em cada con.
celho ou barro se vão includos
nas relações referidas no número
anterior e reclamar perante a res
pectiva comissão do concelho do re-
censenmento, a sua inscrição como
eleitores,

NOTA —Para efeito de recla-
mação, os interessados, de Il a 18
de Maio, podem examinar as có-
pius dos recensean entos or-ginais
afixados à porta da Secretaria de
Câmara Municipal,

As reclamações que não podem
dizer respeito u mais do que um
cédaddo serão interpostas para os
auditores administrativos até ao dia
20 de Maio e terão» por objscto;

)— Eliminação no recenseamen
to dos cidadãos indevidamente ins
critos;

b)— Inscrição dus ciduddos que,
tendo requerido a sua inscrição ou
devendo ser inscritos oficiosamente,
deimarem de o ger,

59—0s diplomas, certidões e
públicas-formus e demais documen
tos necessários à inscrição dus ci-
dadãos nos cadernos eleitorais e à
instrução das reclamações serão
obrigatoria a gratuitamente passas
dos em pupel sem sêlo, dentro don
prazos marcados no citado Decreto
loi mediante pedido verbul doa
próprios interessados incorrendo
as entidades que demorarem ou
não entregarem tais documentos,
nas penalidades correspon lentes ao
crime de desobediência qualificada,

6º— Em tudo que não fôr ex
pressamente regulado no citado Des
oreto lei, vigorará, na purte aplicável, a legislação gente,

Na Secretaria da Câmara Municipal e nas

Estão dados por findos os tra-
balhos de sondagens relativas
aos encontros, resistência e ve-
dação dos terrenos para a cons:
trução da barragem em projecto,
na margem esqu: rda do Zêzere,
ao norte da Vila de Pedrógão
Pequeno. O último furo atingiu
40 metros de profundidade,

Norberto Pereira
Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO

Dm
Ru: Aurea, 189 2º D.*
TELEFONE 327111

LISBOsn

sedes das Juntas de Freguesia, onde funcionam
as Comissões Eleitorais, dão-se os esclareci-
mentos necessários e, para geral conhecimento,
publico o presente edital, que vai ser afixado nos
lugares públicos do costume,

Paços do Concelho, 20 de Dezembro de 1941]

Antônio Caldeira Firmino

 

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A Comarca da Sertã

R S. NICOLAU, 95
LISBOA

Preço 7$50

Farmácia Gortez

TOPICO

EL + FNE,

pela Universidade de Lisboa

Fernandes Pestana

Farmacentico

Como alguns amigos entra-
ram em 1942…

A passagem dos anos é, geral-
mente, festejxda. Cada qual pro-
cura assinalá-la com um acto es-
pecial, adequado, mais ou menos,
à sua psicologia, acto que, pelos
anos fóra, lhe traga qualquer re-
cordação.

Nem todos podem fazer, ale-
gremente a passagem do ano,
ou por falta de disposição ou
porque os seus afazeres lho não
permitem.

Por simples questão de curio-
sidade arquivamos, aqui, o de-
poimento de alguns amigos da
Sertã àcêrca do modo como fi-
zeram a sua entrada neste ano
da graça de 1942! A” pregunta,
que constitue um inquérito sumá-
rio como é evidente, responde-
ram nos:

António Barata; — Ao soa-
rem as 12 badaladas da meia-
noite na tôrre, estava eu a apu-
rar o provável rendimento do
meu azeite desta colheita! Boas
contas deita o preto! Maldita
geada! Pode calcular como fi-
quei desolado! Não tenho um
terço do que esperava | Paciência.
Este ano não vou à Figueira com
a família 1!

Costa : — Deus me tenha cal-
cado no céu se à passagem do
ano eu não estava pensando em
emprestar algumas dezenas de
contos nestes doze meses, co-
brando adiantado, o módico ju-
ro do costume! Até essa altura
estive a retocar um projecto da
minha autoria para que a Bléc-
trica pague, o mais depressa pos-
sível, um bom dividendo aos
seus accionistas, entre os quai
eu sou o maior sacraficado !

Milheiro : — Está de crer que
nessa noite tive de fazer serão.
Não dei pela passagem do ano!
Estava a passar pelo sono…

José Nanes:— A” meia noite
estava eu á lareira Idita sina!
— a afinar as cordas da rabeca!l

Celestino: — As 12 badaladas
a soarem e eu a limpar os mos
truários! Acredita ou não ai
deixei dv ser agente daC U. F.?

Carlos Santos: — Que rica
noite! Comi um bocado de lom
bo catita, acompanhado de uma
pinga de estalo | Não sei se bebi
muito, se pouco; a medida não
estava aferida |

Dr. Firmino:— Ao dar da
meia-noite encontrava me eu a
garrado. com unhas e dentes, ao
C. A Que grande chatisse |

Xico Moura: — A’s O horas
estava eu a escriturar os juros
dos capitais mutuados ! Coisa de
nada…

Monteiro; — Ao dobrar da
meia-noite saboreava eu uma be-
la ceia que alguém caiu na as-
neira de me oferecer! Que ricos
pastéis de camarão e que bom
branquinho !..,

Tavares Monta: — A” meia-

– noite estava a cear uns grelos cozi=
dos com bacalhau, preocupadissi-
mo com tanto trabalho que tenho
entre-mãos! Palavra de honra,
isto é verdade, não sei para on-
de me hei de voltar. . Até no
fim do mês mando queimar a
aviadora!

Um pequeno pano de amostra!
Repórter Melro
tira
DOENTE
De Lisboa regressou à sua res
sidência, na Sertã, onde se en=
contra doente a sr.” D. Concei-
ção da Silva Baptista, cujas me-
lhoras sinceramente desejamos,

EUMOo E CINAA

Cinzas são ilusões

de quem não tenha j
O fumo, és tu… a ci

O fumo vai subindo lentamente

—Mansa espiral de curvas alongadas…
Feitas em pó, dispersas, torturadas,
vão as cinzas caindo tristemente…

O fumo é evolução dum sonho ardente
em formas cada instante renovadas…

já desfolnadas,

restos de um sonho – morto e ainda quente…
O fumo é fantasia encandescida
de quem espera tudo, inda, na Vida,
de quem da Vida ainda não descreu,..

Cinza, aroma das mortas ilusões

á aspirações…
nza morta, eu…

MARIA DA SOLEDADE

O problema de abastecimento
de milho

O milho, na posse dos produ-
tores, val ser requisitado pela
Federação dos Produtores de
Trigo por se considerar necessá-
rio restringir a liberdade do co-
mércio do milho e salvaguardar
as quantidades disponíveis para
serem repartidas, pelas popula-
ções, tam equitativamente quan-
to possível. Nestas circunstân-
cias, o sr. Ministro da Economia
assinou a seguinte portaria :

1.º—0 milho existente na posse dos
produtores considera-se desde já re-

is | quisitado pela E N. P, T., ao abrigo

do disposto nos referidos decretos
n.ºs 20.904 e 31.564

2.º—Para efeito do disposto no nu-
mero anterior, os produtores ficam
obrigados a fazer o manifesto das suas
existencias, perante as Camaras Muni-
cipals, no prazo de dez dias, a contar
da data dos respectivos editais. Nos

des necessárias para sementeira e con-
sumo das casas agricolas, as quais po-
dem ser limitadas pela F. N. P.T,
ao que fôr reputado indispensavel, se-
gundo o costume da região, ouvidos os
Grémios da Lavoura e as autoridades
locais, Os manifestos serão fmediata-
mente enviados P, T. para
verificação e apuramento,

3.º—A requisição produzirá os efei-
tos seguintes: a) imobilização na pos-
se dos produtores da parte do cereal
considerada disponivel para venda; b)
sua entrega à F. N. P. T, ou por or-
dem desta, ao preço da tabela e à me-
dida que fôr oferecido pelos produto-
res ou que lhes fôr pedido. A entrega
aos comerciantes inscritos nos termos
do artigo 1,º do decreto n.º 31.529, de
16 de Setembro de 1941 serão feitas,
mediante a apresentação de «autoriza-

ão de compras», passada pela F, N,
» T. para distribuição aos concelhos
deficitarios.

4.º — O milho existente na posse de
intermediários que não sejam comer-
ciantes inscritos nos termos do decreto
n.º 31,520, fica sujeito à aplicação das
regras estabelecidas nos numeros ante-
riores,

5.º—0 milho existente na posse dos
comerciantes inscritos pode ser vendi-
do por eles para concelhos deficitários
ficando porém, os referidos comercian-
tes obrigados a participar à F. N. P,
T. o seu destino à medida que fizerem
a sua expedição.

6.º Os preços do milho, de farinha
é de pão na venda ao publico, serão fi-
xados pelos governadores civis, com
base no preço ao produtor, ouvidas as
cominaves reguladoras do comercio lo-
cal.

7.º — Serão expedidas as instruções
que forem julgadas necessárias para a
realização dos fins previstos nesta por-
taria; as autoridades administrativas e
policiais prestarão o auxilio que fôr
necessário para a sua execução,instrução

Encontra-se vaga a escola de
ensino primário elementar, mixta,
de Amioso, Ireguesia da Sertã,

Vão ser criadas

comissões reguladoras
do comercio local

Pela pasta da Economia vai
ser publicada a seguinte porta-
ria:

«Nos termos do disposto no
artigo 1,º do decreto n.º 29.904,
de 7 de Setembro de 1939, man-
da o Govêrno da Republica Por-
tuguesa, pelo ministro da Econo-
mia o seguinte:

1.º— Enquanto durarem as cir-
cunstancias derivadas do estado
de guerra funcionarão, nos con-
celhos em que fôr julgado ne-
cessário, comissões reguladoras
do comercio local que tomarão
o nome do respectivo concelho.

2.º — As referidas comissões
serão compostas do presidente
da Câmara ou de um vogal, es
colhido por esta que servirá de
presidente, de um representante
do Grémio da Lavoura, outro do
Grémio concelhio do Comércio
e de dois homens bons, escolhi
dos pelo governador civil. Onde
não houver Grémio da Lavoura
e do Comércio o governador ci-
vil designará os representantes
da produção e do comércio.

3º — Compete ás issô
reguladoras concelhias: a) infor-
mar sôbre as existencias de pro-
dutos e sôbre as necessidades
das populações; 4) regular a sua
distribuição e consumo dentro
dos concelhos em conformidade
com as regras formuladas pelo
Ministerio da Economia, por in:
termedio dos governadores civis;
c) exercer quaisquer outras fun-
ções que lhes sejam cometidas
por determinação do Ministerio
da Economia, para assegurar a
regularidade possivel no abaste
cimento.

4º — As referidas comissões
podem ter delegações nas fregue-
sias dirigidas pelo regedor ou
por um vogal da Junta de Fre-
guesia, para o exercício das fun-
ções que aquelas lhes confiarem>.

re
Boas Festas

A Filarmónica União Sertagi-
nense, acompanhada do seu di-
rector, sr. Aníbal Nunes Corrêa,
percorreu as ruas da Vila, no dia
de Ano Novo, para apresentar
cumprimentos de Boas Festas aos
seus sócios e amigos.

Durante o trajecto executou
algumas marchas, que muito
! agradaram ao público,

Contribuições e impostos

Pagamentos a efectuar no co-
meço do ano novo

Durante o mês de Janeiro en-
contram-se em pagamento nas
tesourarias da Fazenda Publica
dos concelhos e bairros, as se-
guintes contribuições e impostos:
Contribuição Predial (urbana e
rustica), Industrial (grupos À,
Be C); imposto profissional em-

regados e profissões liberais :
mposto sôbre aplicação de capi»
tais, (secção A) e complementar.

Os contribuintes que não pa-
garem, até o dia 30 de Janeiro, a
1.º prestação da Contribuição
Industrial e imposto profissional,
perdem o direito de poderem
pagar em prestações e ficam su-
jeitos, durante os 60 dias seguin-
tes, aos juros de móra sôbre a
totalidade da importancia do co-
nhecimento.

O relaxe efectua-se terminado
êste ultimo prazo.

O pagamento da taxa militar
realiza-se durante os meses de
Janeiro e Fevereiro, e durante o
mês de Março, a dobrar. O re-
laxe efectua-se depois do dia 15
de Abril.

O imposto sucessório referen-
te a anuidades, usufruto ou pen-
sões, paga-se no dia 2 de Janei-
ro, à bôca do cofre, e com juros
de móra nos 15 dias seguintes,
relaxando depois dêste ultimo
prazo.

Nos primeiros dias de Janeiro
devem ser renovadas as licenças
fiscais que hoje terminam a sua
validade,

HS

PRODUÇÃO DE BATATA

O imperativo da hora presente
é produzir muito, tanto quanto
possível, tanto quanto baste às
necessidades de consumo.

Semear cereais panificáveis e
legumes e plantar batatas, prin-
cipalmente, deve ser a preocupa-
ção de todos os lavradores geste
momento de dificuldades.

Se soubermos ser previdentes,
a ponto de não deixar por culti-
var a mais insignificante nesga
de terra aproveitável, afugenta-
remos a fome, que é má conse-
lheira, e cumpriremos o nosso
dever de bons portugueses, por-
que defend a la na-
cional.

A batata ocupa lugar prima-
cial na nossa alimentação e na
dos animais, Plantêmo-la em lar-
ga escala. O rendimento é mais
que remunerador, além de que a
Junta Nacional de Frutas garante
que o seu preço não será inferior
a 10800 por arroba.

Quem quizer ter garantida, o-
portunamente, a distribuição do
adubo e do sulfato de cobre para
o tratamento do míldio nos ba-
tatais, deverá inscrever-se, sem
demora, no respectivo Grémio e,
desejando quaisquer esclareci-
mentos sôbre a cultura, convém
dirigir-se á Direcção Geral dos
Serviços Agrícolas,

Sto

Dr. Rogério Marinha Lucas
SERTÃ

Eu abaixo assinado, venho
agradecer publicamente a V, Ex.º
a maneira atenciosa e amável,
como tratou minha espôsa e jo-
vem filhinha, porque, devido à
sua competência, carinho e zêlo
profissional, posso dizer com a
maior satisfação, que ambas”se

am l bem.

Sertã, 31/12/1941.
fosé Fernandes Lopes

Sertanense Foot-Ball Glub

Resultado das eleições da Me-
sa da Assembléia Geral e
Corpos Gerentes para
o corrente ano

ASSEMBLÉIA GERAL

Presidente — Dr. Angelo Hen-
riques Vidigal, Vice- Presiden-
te — José Ferreira Junior, 1.º Se-
cretário—Manuel António Junior,
2.º Secretário—Domingos Antó-
nio Francisco da Silva, 1.º Vo-
gal — Adelino Nunes Serra, 2.º
Vogal — Raúl Caldeira.

DIRECÇÃO

Presidente — João Lopes, Vi-
ce-Presicente — António Lopes,
1.º Secretário—José António Fa-
rinha 2.º Secretário — Assis Lo-
pes, Tesoureiro — Manuel Antó-
nio, 1.º Vogal — Angelo Lopes,
2.º Vogal — Joaquim Francisco
da Silva.

CONSELHO FISCAL

Presidente — António da Cos-
ta, Vice-Presidente— Alcino Mar-
tins Barata, Relactor — Aníbal
Nunes Correia, 1.º Vogal — An-
tónio Inácio Pereira Cardim, 2.º
Vogal — Luiz Nunes David.

Desastre de Automóvel

Na madrugada de domingo
saiu da Sertã, para Sernache,
conduzindo um automóvel per=
tencente ao sr. João Henriques
Candeias, de Poiares (Coimbra),
Maximiano Baptista Lourenço,
desta vila, seguindo no veículo
José Maria Delgado, filho do sr.
José António Delgado, também
desta vila; no regresso, ao pasa
sar no Vale Perocorvo, o carro
resvalou em consegiiência do
gêlo, embatendo contra um eus
calipto à margem da estrada.

O veículo sofreu avarias e O
José Maria ficou bastante ferido
na cabeça, recolhendo ao hospi-
tal focal, onde, horas depois, lhe
foi feita a operação de trépano.
Cremos que é satisfatório o es-
tado do ferido. O Maximiano
nada sofreu,

ros
ENCONTRADO MORTO

Na povoação do Ranhado
(Oleiros) apareceu morto, à por-
ta da sua residência, João Do-
mingues, casado, que vivia em
precárias circunstâncias,

ros

hos nossos prezados assi-
nantes residentes fera do País

A todos os nossos prezados
assinantes residentes lora do País,
que têm em atrazo o pagamento
das suas assinaturas, pedimos o
favor:

Aos de Angola — Para paga-
rem os recibos enviados por in-
termédio do Banco de Angola;
aos de Moçambique — Para pa-
garem os recibos que deverão
ser expedidos da estação dos
correios de Lourenço Marques;
aos de Macau e Timor — Para
pagarem os recibos enviados pe-
lo correio; aos de S. Tomé,
Congo Belga e Fernando Pó—
Para nos lazerem, directamente,
a remessa de fundos, atendendo
à impossibilidade de fazer as co-
branças pelo correio ou por in=
terposta pessoa; aos do Brasil —
Para pagarem, directamente, ao
Exmº Sr. Adelino Ferreira, R.
João do Rêgo, 213, 229 Recife,
Fer

Antecipadamente apresentamos,a todos os melhores agradecimentos,

@@@ 1 @@@

4

UMA VALIOSA EXPOSIÇÃO) 4 margem as

(Continuação

A necessidade da descentralização dêstes
serviços ninguem hoje a pode impugnar.

A relutância dos doentes pobres no interna
mento em hospital longinquo, tem sua raiz na bar
reira que a distância levanta a quebrar todos os
laços de assistência familiar. E

A necessidade da descentralização impõe-se,
qu mais não seja para evitar a acumulação de

oentes nos três hospitais que o Estado mantém.
+ +

O problema da hospitalização na Beira Baixa
tem de assentar no lulero dos hospitais de C Bran-
co e Covilhã, que por benemerência de particu-
lares em gerações sucessivas criaram condições de
bem servir os pobres dos respectivos concelhos.

Chamar os dois hospitais nara além da sua
órbita de acção, confiando-lhes a missão de »cu
dir aos doentes pobres dos concelhos limitrofes,
é obrigá-los a maiores despesas que os seus orça-
mentos não comportam.

Aqui nos parece que por fôrça do art.º 314.º
do Código Administrativo, o Estado terá de vir
em auxílio daquelas duas casas ve caridade, fa-
zendo de sua conta exclusiva as obras que ne-
cessitarem para bem se desempenharem da nova
missão que lhes vai ser confiada.

E dizemos de conta exclusiva do Estado
para vincar bem que pensamos ser função do Es-
tado o velar pela saúde pública, ordenando todo
o necessário para que nada fulte aos que nada têm.

Os institutos de bem-fazer são orgãos suple-
tivos -do Estado em matéria de assistência r ública,
e por isso estão numa categoria que foge da filei-
ra dos simples organismos administrativos que ao
Ministério das Obras Públicas solicitam comparti-
cipação para estrada ou caminho fonte ou ja’dim

Sujeitá-los à mesma disciplina em matéria de
obras necessárias para alargar a sua acção bene
ficente, é critério acanhado, desatento da verdade
real e tangível, pois todas as vezes que êsses ins-
titutos se vêem forçados a melhorar as suas insta-
lações materiais, mesmo com a comparticipação
do Estado, é sempre o património dos pobres que
sofre grave lesão.

Em colaboração com as Tâ naras Municipais,
a Junta de Província, de acôrdo com a Astorida-
de suprema do distrito, assentou em assegurar
mos hospitais de Castelo Branco e Covilhã hospi-
talização gratuita aos pobres dos concelhos limí-
trofes destas cidades.

Excelência :

Não queremos nem podemos deixar de con»
signar aqui o nosso pesar por não podermos co
laborar com os restantes hospitais concelhios na
obra de hospitalização dos seus doentes mas para
tal não tem ensanchas o orçamento da Junta,

À grave crise económica que o País atraves
sa tornou verdadeiramente angustiosa a situação
dêsses pequenos hospitais, forçados a limitar a
sua acção de bem-fazer, se o Estado não vier em
seu auxílio com os necessários suprimentos.

E” parecer de muito boa gente, e é também
O nosso, que no momento actual de crise aguda
alguma coisa há a fazer que transcende a política
maáteri«l dos melhoramentos rurais ou urbanos.

Na vervade, entre um caminho a mais e um

pão a menos na casa de um pobre ou na dispensa
de um hospital, não há que hesitar.
— . Ejá agora queremos chamar ainda a escla-
sida atenção de V. Exº para a casa que a gente
boa de Idanha-a Nova começou a construir desti-
nada a hospital daquele concelho, possivelmente
o maior em extensão em todo o País.

Foram as despesas para centenas de contos
mas ficaram as obras por concluir, porque até para
os ricos e remediados a vida nem sempre corre
fagueira.

Obra meritória seria que o Estado comple-
fasse o edifício e à caridade dos particulares o en-
tregasse, apetrechado do necessário para bem ser=
vir as necessidades do concelho,

e *

Da obra de Protecção à Infância nas mo-
dalidades de Lactário, Creche, Jardim Escola e
Colónias Marítimas e de Altitade, levada a
efeito pela Junta de Província em colaboração com
as Câmaras Municipais e particulares, falam os
números de verdade referidos nos relatórios des
tas instituições.

No nosso orçamento lhe consignamos ver-
bas para a sua vida normal, com a afirmação que
melhor dotação lhe consignariamos, se outras fôs-
sem as receitas da Junta,

e e +
– Na nossa Província existem umas termas de
águas minerais onde até há pouco tempo afluia
multidão de gente pobre à procura de lenitivo
para os seus vadecimentos.

Às águas adqui iram fama, e uma companhia
que obteve « sua concessão fez de Munfortinho
uma estância balnear de luxo.

É A exploração do rico expulsou, porém, o
pobre.

O Ex.”º Senhor Dr. José Gardete Martins e
sua Ex.”“ Espôsa, que às termas têm o seu nome
indissoluvelmente ligado por uma acção beneme-

A comarca da Sertã

da 1º página)

rente, que não é facil apagar, lizeram promessa à
Junta de Província do terreno para a construção
de uma casa e jardim onde os pobres possam ir
fazer a sua cura.

A” Junta de Província agrada esta modalida:
de de assistência por conhecer, por experiência, o
alto benefício que virá a prestar às classes pobres

Em colaboração com as Câmaras Municipais
e outros institutos de bem fazer, se propõe a Jun-
ta de Província organizar assistência aoscpobres
necessitados da cura termal em Monfortinho.

No orçamento do próximo ano só vai con |
signeda a verba a despender com o projecto do
edifício a construir, e se a iniciativa da Junta me:
recer a aprovação de V. Ex.”, em memória funda |
mentada se dirá como a Junta pensa em a dotar, |
por maneira a não vir prejudicar os outros servi-.
ços de assistência já a seu cargo.

1 4 PN |
) E NI “7

| Também no orçamento figura uma sence!
| verba de 1.500810, com a rubrica «Casas de Tra-|
+ balho» a funcionar em três freguesias. Escalos de |
| Baixo, Penha G reia e Medelim. |

«Casas de Trabalho» as desejariamos ver a

| funcionar em todas as nossas freguesias rurais.

Organizadas pela Junta, em colab ração com
as senhoras mais gradas de cada terra, a sua fi-
nalidade é a protecção e ensino da-mocidade fe-
minina em idade post-escolar, em ordem ao exer-
cício de assistência familiar às classes pobres.

Aprende a mocidade feminina a angariar do- ‘
nativos para a aquisição do necessário para con-
feccionar por; sas mãos peçis de vestuário
que depois vão distribuir pelos seus visinhos mais
necessitados,

São um complemento da escola oficial, que,
em boa verdade, no nosso País ainda não tomou
boa feição prática adequada às. necessidades das
nos as populações rurais,

Ensinar a ler a mocidade feminina das nos-
sas ald-ias, boa coisa é, mas óptimo seria que se
não descurasse o ensino prático necessário às ne-
cessidades prementes da gente que tem de viver
da terra e para a terra.

Para terminar, queremos que V. Ex.º/ ajuize
das possibilidades financeiras da Junta de Provín-
cia, num resumo claro das suas receitas e despe-
sas para rápida compreensão da sua apoucada
acção em matéria de assistência.

RECEITAS. . |, 251.413820
DESPESAS, 251,413856
Os encargos da Junta de Província, serão

assim discriminados no orçamento ordinário do
ano de 1942: ; :

Pagamento de empréstimos e juros. ‘ 12.937820
Vencimentos do pessoal . – 52.8008 0
Obras na sala das sessões da Junta. 15.079839
Reparação do mobiliário e expediente 1.500800

DIVERSOS SERVIÇOS. DO ESTADO :
Presidência do Conselho-:

Renda da casa ocupada pe-
lo Tribunal do Traba-
lho, em Covilhã . . 12.000800

Aquisição e reparação no !
respectivo mobiliário . 4.0008500 16.000800

Ministério: do Interior +
Obras no edifício do Go=

vêrno Civil . . « 1.500300
Aquisição e reparação do
mobiliário . . – 1.500800
Obras no Comissariado
de Polícia de Castelo
Branco . + 2.000800 – 5.000800
Ministério das Finanças :
Renda da casa ocupada
pela Direcção de Finan-
Vea RODO À into ini AT d O ORI
Aquisição é reparação do –
mobiliário . . 5,0003800 12.496897
Ministério da Educação: Nacional;
Renda dacasa ocupada pe-
la Direcção do distrito
Escolar. ‘. < . 4.800800
Aquisição e reparação do
mobiliário . . . 1.500800 6.300800
Fomente e coordenação económica . 5. 160500
Cultmadã is dos es 9.000$00
Pagamento de serviços e diversos
encargos . . comiam «x nlh840800

Serviços de assistência :

Postos de Socorras mé-
Cos wo» . “. 20 000800.

Dispen ário de Puericultu- Hi

ra, Creche e Jardim Es- 1 r

Cola ndo mira! outra siim A 00D SOB
Hospitalizoção de doentes 15 000800 ..
Casas de Trabalho . 1.500$800
Colónia termal de Mon-

fortinho. . . «10000800

Colónias Marítimas: . 48,000800: 103:500800

251,413856 !

Mulheres inglêsas, formadas em /

atemál i estão

sendo utilizadas pelos serviços angl erra

nos Observatório

CASAMENTO

No dia 1.º do passado mês de
Dezembro efectuou-se, no 5
tuário de Fátima, o enlace ma-
trimonial do nosso amigo sr.
Artur Garcia, conceituado indus-
trial no Rossio de Abrantes, com
a sr* D. Clementina Ribeiro 31-
mão, de Chão de Codes (Mação).

Foram padrinhos, por parte da
noiva, sew’irmão sr, Adelino Ri
beiro pimão. e espôsa sr* D
maria de Lourdes Pereira Simão
e, por parte do noivo, sua irmã
srê D. Emília Garcia do Nasci-
mento e marido sr. Ernesto Pe
dro Carvalho do Nascimento.

Aôós’ simpáticos noivos énde-
reçimos, os nossos sinceros vo
tos de felicidades,

pede D sap
PAGAMENTO DE ASSINATURAS

Acedendo ao nosso pedido,
feito por circular enviada a todas
os prezados assinantes da Ero-
víncia, dignaram-se pagar as
suas assinaluras, até os números
que vão indicados, os srs. :

Armando . Campino, Casais
(Coimbra), 297, 208; Dr. Henri-
que Soares Craveiro’Feio, Vila
do Pôrio (Açõres), 310, 203; Dr.
Matias Farinha, Vila França do
Campo: (Açõres), 287, 105.

À tudos, os nossos agradeci-
mentos,

-tD o

Criança morta por um
carro de bois

No logar do Trízio, freguesia
de Palhais, um carro de bois,
que, um serviçal: do sr, Manoel
Marçal, proprietário, daquêle lu=
gar, estava a descarregar, recuou
e foi de encontro à uma casá,
colhendo um filho daquêle sr,
de nome António, de 5 anos de
idade, que teve morte instantânea,

– Não fazemos comentários, mas,
confessamos que fere a nossa
sensibilidade o ver cercesda a
acção da nossa assistência regio-
nal por motivo de serviços que 0
Estado: podia e devia instalar
convenientemente, não podendo
sequer alegar-se, nó momento
que passa a falta de recursos!

»E’ verdadeiramente colossal a
obra pública realizada pelo Es
tado Novo, não tendo justificação
plausível que se não tenham já
construido edifícios próprios pa-
ra instalação capaz dos uiferen
tes ramos do serviço público,
aliviando assim as linanças mu-
nicipais do pesado encargo quê
sôbre os Seus orçamentos incide,

A Bem da Nação.
O Presidente —a) José Ribei-
ro Cardoso,

(1)-=Vide «Saibam Quantos»==Pãg, 42,

Metereolós

problem
Sia, determ
milho na pé
TES,

e reguisitar o
-dos produto –

PODA DAR
vogius 2 4
encontrar

a falta de / o

tnenas
S, QUE se venm
um escudo, é

 

 

dem à ruza
inconteblvel

Algumas 3948 e, ROS
últimos dia

meia” WUZia

” ura
fazer Q salgal

à quer o
adquiriss com to custo,
a alguns – quilómetros da Ser
tã! .

Aleuém ave e tiéia de
que por vá há sal apambarca
do; esperando por nova isubi
dal ]

NUS; tamo , somos
capazes de ac

Que: pena não termos a cer
tezal.

À ]
A aliment
belhade

O sr. minister
nomeou uma
gada de orientar tudos €
demais. trabalh realizar para
que aos trabalh es rurais ds

diferentes provinoi
nente se oii
pazes de
assegurem
constitu
brio nutritivo

Dessa comi
profesor Sr. Al Vidig:
Neves e Castro; oriundo da Pampilhosa