A Comarca da Sertã nº268 06-11-1941
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– FUNDADORES +.
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal E
Dr. José Barata Corrêa e Silvã
Eduardo Barata da Silva Corrêa .
-—— António Barata 6 Silva >. “a
O | | brrecroR, EDITOR E PROPRIETARIO Fogo gs à
E Cuando Panata da Silva Coreia TI. PORTEHA FEIO |
Gi REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
z BRANCO
> E – TELEFONE
« PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS E 112
22 IN > WI | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | TA an
“Nº 268 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) 1944
Notas no PUBLICAMOS em logar de
honra o relato da reiinião,
realizada na saia das sessões
da < âmara Municipal de Olei-
ros em que peto ilustre Pre-
sidente da câmara e grande
benemérito duquêle concelho,
sr. dr. Francisco Rebêlo de
Albuguergue foi exposta —
com desassombro digno de re-
gisto — a situação miserável
a que ch«gou a Misericórdia
eo Hospital dela dependente,
fanzado por um dedicado ami-
go dos pobres e doentes do
concelho, o dr. Barata Relvas,
cuja memória deve considerar»
-se afrontada pelo desprêzo a
que foi votada a sua grandio-
sa obra de filantropia, obra
que outros por desleixo ou
incompetência, não quiseram
ou não souberam continuar,
Tamanha ing atidã
o coração daquêles que sentem
te-nura pelos pobrezinhos e
desventurados da sorte, por:
que são êstes sem dúvida, que
sentem,
tensão, o egoísmo ea falta de
caridade dos que vivem apa-
rentados com a Fortuna, dos
que não desceram à penúria e
ertrema miséria de mendigar
uma negra e dnra côdea de
pão e um farrapo para cobrir
a vele nua, tisnada pelo sol
on arroxeada do frio flagela-
dor e inclemente.
Há uns poucos de anos que
o Hospital Barata Relvas não
recolhe doentes e cremos que
nem simples curativos ali se
têm feito. Prâticamente, era
como se não existisse :
O próprio edifício hospita-
lar, segundo uma vez nos dis
seram, está muito próximo da
ruína.
E tudo isto por culpa de
quem ?
De muitos, certamente, que
não só daguêles a quem foram
confiadas as funções adminis
trativas da Misericórdia e Hos-
pital E evidente que se bas-
tantes pessoas. a quem cabe o
mando e direcção de casas de
assistência, pecam por negli-
Sência e comodismo, a verda-
de, também, é que muito con-
“tribue, para isso, O vácuo que
essas pessvas sentem à sua
volta, se não oposição absolu-
ta, pelo menos um pouco de
má vontade, indiferença e in-
teiro desinterêsse,
E’ vulgar. é caso corrente
encontrar indivíduos anima-
dos das melhores intenções
para realizar uma obra de ati-
lidade colectiva ou tendente a
prestar socôrro ou auxílio aos
desgraçados. Posta a obra de
pé à custa de grandes esfor-
ços e canseirus, nos primeiros
tempos tudo parece ccrrer às
mil maravilhas, para, pouco
depois, cristalizar e morrer
inglôriamente. porque lhe fal-
: fou o amparo geral; sossobrou
em tôda a sua ex-|
Misericórdia de Oleiros
convite do sr. Presidente da Câm sra
o: Municipal realizou-se no passado
dia 18 pelas 20 horas, uma reiintão
a Sala das Sessões da Câmara Mu
nicipal para efeitos da eleição dos nomes que
hão-de ser propostos a Sua Ex.* o Governador
Civil do Distrito para constituírem a Comissão
Administrativa da Misericórdia de Oleiros.
Nessa reiúnião foi focada a situação angus
tiosa da Misericó dia, e dado conhecimento das
tentativas encetadas para evitar o seu encerra
mento O sr Presidente da Câmar s pronunciou
um discurso, no qual ciâramente e icalmente
mostrou o seu pensamento, e que por achurmos
v-rdadeiramente notável pelo desassombro com
que fal.u, passamos q reproduzir.
«Meus Senhores: |
jão. g
Estou, porém, certo de que serei desc
E se fui coagido a incomodar V. Ex * é
porque também motivos vários me incomodam
presentemente, dentre os quais destaco o da situa-
ção criada à Misericórdia de Oleiros.
Nã: é meu hábito incri: inar quem quer que
seja, nem discutir publicamente êste ou aquele acto,
esta ou aquela atitude. Nenhum de nós é perfeito.
Todos temos o seu «quê», que forçosamente agrada
a uns para desagradar a outros. Não há possibili-
dase, por mais perfeitos e imparciais que sejamos,
de agr dar a todos. Não há possibilidade de con-
quistar sempre a simpatia e a gratidão daqueles
a quem procuramos fazer qualquer bem.
Foi sempre assim, e será sempre assim.
Mas que nos importa a nós que os outros
nos condenem quando a consciencia não nos acu-
sa? | «Fazer bem sem olhar a quem» é rifão an-
tizo e bem conhecido. Procuremos, pois, fazer
bem o Bem sem olhar a quem.
E? natural que V. Ex. conheçam tão bem
como eu a situação a que chegou a Misericórdia
de Oleiros. E? natural que V. Ex.” desejem tanto
como eu que essa situsção se modifique, elevando
a Misericórdia de Oleiros ao nível a que tem jus:
to direito. E?, pois; natural que V. Ex ** não me
neguem a colaboração necessária para que isso se
con-iga.
Todos nós conhecemos o nome de um ho-
mem que não esqueceu os pobres e os doentes de
Oleiros — O Dr Barata Relvas!
Todos nós, creio eu, respeitamos a sua me
mória, assim como devemos respeitar os seus úl-
timos desejos Foi a êle que se ficou devendo a
construção «o Hospital – que em homenagem sin
cera, — ostenta o seu nome. E” certo que mo:reu
o seu criador, mas que não morra a sua Obra!
E” por essa obra, que tem sido administrada pela
Misericórdia de Oleiros, que eu peço a V. Ex.”
tôda a colaboração, todo o carinho; tudo enfim
que possais dar ! Vamos procurar dar-lhe vida, mas
uma vida que dê vida aos pobres e dentes de
Oleiros. Vamos procurar fazer renascer uma Obra
que aos poucos tem decaido, e que quási chegou
a estar moribunda. Não a deixemos morrer. Seria
para todos nós motivo de vergonha, prova de
incapacidade, se tal sucedesse.
Que dirism do Concelho de Oleiros !?
Eu sei que por vezes se comenta a atitude
desta ou daqu-la entidade. Eu sei que uma ou ou
tra atitude mais enérgica, fere por veze , a sensi-
bilidade de um ou outro. Mas sei também, que
pessoas há. bem sensíveis, bem incapazes de per-
seguir ou atacar quem quer que scj , que se vêem
obrigadas em : bediência ao respeito, à di ciplina
e à dignidade, a tomar atiiudes enérgicas bem
contrárias ao seu temperamento Essas castigam
com a mão, mas perdoam com o coração! E é
fe—não se procuraram esses recursos.
bem preferível que assi
o contrário,
Quando há a noção exacta do dever a cum-
prir; quando há a cerieza de que se serve a cole-
ctividade e não o indivíduo; quando há a cons-
ciência de que se é justo e cumpridor; o homem
sente-se forte, pois pu a principal e a melhor
arma. Quando se é digno; quando se é sincero;
quando se é leal, nada se tem a temer. Eu por
mim poderei ter defeitos — e tenho-os certamen-
te — mas não procuro ser injusto ou desleal. Por
seja, do que verificar-se
“isso posso dizer — que eu, a Mesa demissionária
da Misericórdia, V. Ex ºº todos, temos responsa-
bilidades na situação criada à Misericórdia de
Oleiros. Eu, porque já devia ter agido e não o
“fiz; a Mesa demissionária da Misericórdia porque,
com justificação e sem ela, deixou lamentâvelmen
te cair a obra que lhe estava entregue; V. Ex.’*
porque nunca procuraram evitar essa queda. Po-
deriam V. Ex.’* ter pensado faze-lo, mas o mal
só se remediaria com obras e não com palavras
Ecur is 0go
Se me preguntarem sea Misericórdia era
bem ou mal administrada, eu não hesito um mo
mento sequer em dizer que era mal administrada.
Não significa isto que houvesse deshonesti-
dade na sua administação, estou certo que não,
mas é certo que havia negligência e indiferença.
Ora com negligência e indiferença não pode ha-
ver boa administração. Se tal não sucedesse, ain-
da que a sua acção fosse humilde, não teria desa-
parecido como desapareceu. V Ex.’* bem o sabem,
Mas o motivo porque incomodei V. Ex.”
convidando os para esta reiinião, seria resumido
em duas palavras, se eu não tivesse o desejo de,
claramente, sinceramenté e lealmente, dizer aquilo
que sinto.
Que me perdoem, pois, por dizer o que jul.
go a verdade. Vou, em seguida, pôr V. Ex.º* ao
facto do que se passa.
Em 26 de Agosto último a Mesa da Miseri
córdia, dada a impossibilidade de reiúnir a Assem-
bléia Geral dos Irmãos, que havia sido convuca-
da, fez-me entrega de todos os seus valores, apre-
sentando consequentemente o seu pedido de de-
missão. Em cumprimento da Lei imediatamente
informei o Ex,Ӽ Senhor Governador Civil do Dis
trito, teado-me Sua Ex.º encarregado de indicar os
nome das pessoas que hão constituir a Comis-ão
Administrativa a nomear Garantiu-me Sua Ex.º o
apoio para essa Comissão, informando-me do pla-
no de assistência a estabelecer — e para melhor
elucidação de V. Ex.º* passo a ler o ofício em que
m’o comunica. Posteriormente informou me de
que o Sub Secretariado de Assistência não nega-
rá o auxílio material necessário para a eficácia da
obra, tanto mais que Sua Ex.º o Sub-Secretário
havia já tomado conhecimento da situação em que
se encontrava a Misericórdia de Oleiros. Como
V. Ex.” vêem não tenho descurado tão delicado
caso. Preciso ag’ra que V. Ex.”*, colaborem co-
migo, neste momento, e no futuro, para que os
meus passos não tenham sido dados em vão.
” Convido pois V. Ex. a indicar-me, já, os
nomes que devo propor para a constiiuíção da
Comissão Administrativa da Misericórdia de
Oleiros.
Para isso sugestiono que se proceda à vo
tação por escrutínio secreto, caso V. Ex.º* assim
concordem Aqui têm uma urna para êsse fim.
Resta-me pedir aos eleitos que aceitem. co
laborando numa Obra que os dignificará, e que
dignificará o Concelho de Oleiros.
Mosiremos que somos alguem e que vale
mos alguma coisa. Só me resta agradecer a V.
Ex ºº a pentileza de haverem comparecido a esta
reúnião,
(Continua na 4º página)
“e ad lápi
tudo, pois até os da iniciati=
va—que se julgou auspiciosa-
—desfalecem na sua coragem,
no sen ardor e brio pessoal,
perante a falta de apoio mate
rial e moral de murtos,-que,
nas primeiras horas, tudo pros
meteram e naua deram ou des.
ram tam pouco e de tam má *
vontade que mais valia nada
haverem prometido.
A avareza ec egoísmo tor-:
nam os homens abomináveis,
impedindo a existência de
grandes obras de solidarieda –
de humana. Por esta razão pos
dem apontar se, a dedo, ague-
las que se conseguem manter
sem auxílio oficial,
A Misericórdia de Oleiros.
vai entrar em bom caminh
mas, para tal conseguir, tor
O
“Se pro: por
águas pés, algumas de
p
ladar delicioso. –
Ainda não vimos castanhas .
à venda e elas têm sabor espe-
cial com a água-pé e vinho
novo. No mercado de sábado,
dia de: Todos os Santos, nem
uma castanha apareceu para
amostra, o que nos parece
nunca haver shcedido nos om»
tros anos. – É pan
tb) ag
11 de Novembro. Dia de S.
Martinho, que o é, por .
igual, dos devotos de Baco,
dos apreciadores da. boa pin-
2a, que dá jôrça aos jracos e
coragem e ânimo aos timora-
tos para melhor suportarem
as agruras da vidal ss
rd:
NO dia 11 de Novembro co-
memora-se o 23.º aniver-
sário do armistício que pôs.
termo à Grande Guerra.
Que horas de louca alegria
viveram os povos dilacerados
por esse cataclismo ao soar a
hora da Paz, que veio a ser.
assinada em 28 de Julho do
ano imediato !
E houve quem alimentasse a
ilusão de que essa guerra se=
riaa últina! Quem confiasse
na generosidade e na justiça
dos homens, no-seu amor à
Paz, em anos calmos de tra-:
balhos, de alegria, de confôrio
e de riqueza !
Tado isso ruiu como frágil
castelo de cartas!
Os povos que, pela sua in=
teligência, sabedoria e enge-
nho, souberam prodigalizar à
Humanidade alguns anos de
aparente ventura, enconirams
se apostados em destruir tado
que gerações infindas edificas
ram à custa de enormes sacri=
fícios, lágrimas e dores.
Dos homens apossou se a
loucura que os há-de, fatal-
mente, conduzir à catástrofe
irremediável, ao sofrimento
crudelíssimo da geração pre
sente e das vindouras.o sofrimento
crudelíssimo da geração pre
sente e das vindouras.
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A Comarca da Sertã
Companhia de Viação de Sernache, Limituda
Concessionária da carreira de passageiros entre
FIGUEIRO DOS VINHOS-SERTÃ
Comunica ao público que, a partir de 25 de Agosto corrente, en=
tram em vigôr os seguintes horários:
A B o D E |
Cheg. | Part, | Cheg. | Part. | Cheg. | Part. Cheg. | Part. | Cheg. | Part.
Figueiró dos Vinhos (Largo Sertã (L. Ferreira Ribeiro)) — | 6,50] — |13,00
do Município) . — |14,25] — |18,30 = | 19,50] Sernache-do Ecnjicn | Tio! 7,13]13,20/ 13,33
Aldeia Cimeira «| 14,37] 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02]| Aldeia Cimeira. À 7,43| 7,43] 14,03] 14,02
Sernache do Bonjardim «| 15,07/ 15,10] 19,12] 19,15] 20,32] 20,35]] Figueiró dos Vinhos (Lar-
Sertã (L. Ferreira Ribeiro) .) 15,30] — 119,35] — |20,55| — go do Município) . 17,55| — [14,15] —
B= »
CG >
D= »
A, = Electuam-se às 2.2, 4,8 e 6.29, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,
de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3.as feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 cair ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50.
de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.45 feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 cair ao Domin.
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.
às 3,28 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-
terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C).
às 3.8 e 5,28 feiras e Sábados. Procede de Castelo Branco e segue a Coimbra.
Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras Castelo Br nco — Coimbra, e vice
versa, não sofrem alteração com os presentes ho ários
Amargem da quema
“Uma mulher nos cimos
| do Himalaia
Diz-nos a crónica das mulhe-
res célebres, que Mme. Bulock-
Workman, intrépida exploradora
americana, fez há 30 anos, uma |1
excursão ao Himalaia, onde pas-
sou seis meses, à procura de pi-.
cos inexplorados.
ção, teve o prazer de descobrir
is uma geleira centre as de
É a 9 CRM A
“escala e baptizou-a «Biafo His-
par- Watershed Peak», Enquanto
procedia a essas diversas torma-
lidades, uma – borrasca se decla-
rava e o reu marido, que ficara
mais abaixo observava que uma
nuvem «formava uma coroa :Ô
bre a cabeça ve sua mulher», Sem
perder tempo, fotografou o fenó-
meno, conseguindo um retrato
de Mme. Bullock-Workman como
“jâmais nos será dado alcançar.
é
Quadros portugueses de
um notável piutor inglês
j. Amshewitz, nascido em In-
glaterra, é um notável pintor do
nosso tempo.
O sr. Haskcl, de Joanesburgo,
encomendou lhe quatro painéis
comemorando os navegadores
portugueses, que êle pintou admi-
ráavelmente, Dos quatro painéis,
três foram ofereciãos à «South
Africa House», em Londres, e o
uárto à biblioteca aa Universi-
ade de Witwatersand, em Joa-
nesburgo.
o
Um episódio contado por
s Churchill
| O sr. Winston Churchill relata
num. artigo publicado em 21 de
Setembro de 1924 no «Weekly
Dispatch», que um amigo de sua
“famila, o sr. Timmins, que desa-
parecera num naufrágio em Junho
de 1914, fôra encontrado são e
salvo, em pleno Pacífico, numa
pequena ilha de coral da qual era
o único habitante. O novo Ro-
binson vivera durante dez anos
de peixe, que apanhava e de al-
gumas ervas.
Um vapor, que passava ao lar-
go da ilha, percebeu os sinais do
náufrago e recolheu-o. Timmins
toi, então inteirado dus diversos
acontecimentos desenrolados des-
de 1914 a 1924. Ignorava por
com, leto que uma enorme guer-
ra tinha ensangiintado o mundo.
SBritanova Features Service)
— Durante a sua última explora-
ar e Biafo, perto do T
lispar € Biafo, perto do Tur
Nolasa lápis
(Continuação)
4º quem suponha que o
facto de a camioneta da
carreira de Castelo Branco
chegar tarde à Sertã se deve u
negligência do pessoal que ne:
a se emprega. Em abono da
verdade deve esclarecer-se que
a camioneta não pode partir
daquela cidade sem chegar o
combóio com que tem ligação;
e esse combóio, salvo raríssi-
mos dias, chega depois da hn-
Hospital da Sertã
Subscrição aberta pela «Co:
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã-, em Lisbca,
para a compra de material
cirúrgico:
Transporte
10.909850.
Recebemos, da srº D. Maria
Cristina F. Caldeira Ribeiro, a
importância de Esc 50300.
À transportar, 10. 959850.
“rg
AGRADECIMENTO
À família de Maria da Pieda-
de Farinha de Oliveira, na im-
possibili :ade de o fazer pessoal-
mente, como desejava, vem por
êste meio, apresentar os seus
sinceros agradecimentos a tôdas
as pessoas que se dignar«m acom=
panhar a extinta à última jazida,
A tôdas, a sua inolvidável
gratidão.
Sertã, 25 de Outubro de 1941.
(do nº 265)
Faça a expedição das suas
encomendas
por intermédio da COM-
PANHIA DE VIAÇÃO DE
SERNACHE Lº, que lhe
garante a modicidade de
preços, segurança e rapidez
e a certeza de que elas che-
gam ao seu destino sem o
mais leve dano.
Consulte o nosso escritó-
rio em Sernache do Bumjar
dim e qualquer dos nos-os
agentes do percurso de Lis
ba à Sertã, om Proença-a
N-va, Olciree, Alvaro e Pe
d óvã. Pequeno
Tifme. nº, Sra 5
varéu, 200 Lisbua, 45D08,
ira marcada porque é movido
q lennuc nao wu carvaus
S ruaih ,4; Toma, 70;San ;
ANUNCIO
(1º PUBLI. AÇÃO)
No dia 22 do próximo mêz de
Novembro, pelus 12 horas no Tri
bunul Judectul desta comarca du
Sertã em v rtude da cxecução pur
custas que o Mimetério fúbuco
móve contra Jusé Dumingos, sulter
ro maror, jurnaleiro e proprietário.
morudur ua vila de tedrógam Pe
queno, a cuju execução corre seus
termos pelu 2 à secção desta comar
ca hd de ser postos pela primei
Ta vez em proça, para serem urre
mutados pelus muzores lunços ofes
recidus superivres aos vulores que
prémios pertencentes uo rejeridu
executado, a saber é à
P. édios a arrematar
1.º Um quintal, com algumas
obwerras, no tugar Jo Fenedo, fre
guesia de Pedrógum Pequeno, wus:
crito na respectiva matriz gud us
artigos 1909 o 1.965 é deserto
na Conservaiória do Kegistu «re
diul desta com reu sobu n.” 28 885
Vai á praga no vulor de 211920,
2 me Uma pequena horta au Fun
“do do Ribeiro Tinto, freguesiu de
; Pedrógum Pequeno, anscria na
Mutruz respectiva sub o art.” 551
é descrito na Conservatória dv ke
gtsto Predrul destu comarcu 8ub vu
nº 28886 Va á praçu nv vulor
de 176500
3 iiàs “9 4 O tubr: t+ 1941,
Vert quel,
O Ju.z de Diceitu,
Armando Torres Paulo
O Quete ga 2.º Socção,
Angelo Soares Bastos
ANUNCIO
(1º PUBLICAÇÃO)
Faço saber que correm éditos de
30 dias cuntadus da 2.º e últimu
públicução dêste anúncio, ctundo
08 legais representuntes dus fulte
cidus Jusé Lius Bernardo e An,
tónio Nunes de Hegueiredo, que fi
geram purte das gerencias du Câ-
mara Municip .b do concelho du
Sertã, pura. nos autos de anula-
ção dos acórdãos proferidos no
julgamento das contus de gerência
relutivss aos anvs económicos de
1934, 1935, 1936 e 1937, alegas
rem perante o Tribunal de Contus
e apresentarem as provas que pose
suam dentro do prazo de noventa
dias posteriores aos dos éditos, nos
termos do $ 3.º do art.” 6º du De
creto ter n.º 29 144 de 24 de No-
vembro de 1938.
Sertã O de Setembro de 1941
Verifiquer
O Tuz 2º Subst tuto
Albano Lourenço da Silva
| O * h-fe doe Secção.
à José Botelho aa Silva Mourão
AVENIDA ALMIRANTE REIS,
ds inisims AZÉEITES
losamente
= da região de E
SERTÃ E sERMACHE DO
são vendidos no máximo da pureza,
por serem seleccionados escrupus
da produção própria
‘ Às boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa
LIBANIO VAZ SERRA
62:H: TELEFONE 45608
BOMJARDIM
Fadiunte Se indicam 08 seguintes
C:NALIS* CÕES-TELHADOS-TETOS
O
JOÃO FERREIRA PINHO
TELEFONE N.º 13
Depósito Central em Tomar
ques enaaananas
fgomesanacanes sononnnanmo
UDNEaSBSEsosenasscertana
be VEADOE DEE SDIBHANSwna a
DSsaGaSBSSHE BSNBDSDREAS”
s
Os mais brilhantes tesultados nos Exames oficiais com uma
média de 92 “jo de aprovações mos seus nove anos de existencia
i | i Instalações exemplares, obedecendo a todos
EO: os requisitos da higiene e da pedagogia
Laboratórios completos de Física, Química, Bio-
lógicas e Geológicas, Gimnásio e campo de Jogos
Instrução Primária, Admissão ao Liceu — Curso completo do Liceu
(1.º e 2º ciclos) Admissão & Universidade
COLÉGIO DE NUN’ALUARES
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«DBUGBBSSSS COGAGURBASAA.
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E as
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Dolo VAL SERRA
Gurso dos Licous
8
Instrução Primária
SERRACHE do BOMIARDIM
cURSO LIQEAL
Professor diplomado lee-
Íciona o 1.º ciclo ds liceus
(1.º, 2.º e 3º classes), apre
: ntando a exame,
Nesta Redacção se infor-
ma.
PROFESSOR
Ensina instrução primária, 1.º
e 2.º ano “os liceus, contabilida-
de e faz preparação cuidadosa
para os exames de regente» de
postos escolares e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as
férias actuais. à
Informa-se nesta Redacção,
QUINTA
Na Sertã, Cao
190 contos,
Tem moradias de Senho .
rio e de caseiro, 80 hectares,
chival pinhal, terra de se-
meadura e deh rta, muita.
agua e gado»,
Companhia Carruagena R |
D. Pedro V, 115 Tel. 23147
—LISBUA.
EI eme
Norberto Pereira
Gardim |
SOLICITADOR ENCARTADO |
EEN,
Rua Aurea, 189 2.º-.Dº .
TELEFONE 27111:
LISBOA
Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos-da sua indústria ?
Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca da Sertã
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A Comarca da Sertã
O preço do azeite não será
alterado
Foi oficialmente fornecida à
imprensa a seguinte comunicação:
«Iniciando-se, em breve, a cam-
panha oleicola e convindo, por-
tanto, esclarecer os interessados
na produção e comércio de azei-
te quanto à orientação superior-
mente aprovada sôbre preços
porque pode ser transaccionado
no novo ano aquele produto, a
Junta Nacional do Azeite torna
público o seguinte:
Depois de examinadas as con-
divões económicas em que vai
decorrer a próxima colheita, re-
conheceu-se que os preços lixa
dos para o azeite não carecem
de ser alterados para cobrir al
guns aumentos sufridos pelos ele
mentos que concorrem para a
produção, visto que a colheita
promcte ser abundante e de boa
– qualidade, permitindo assim ao
olivicultor obter um maior ren-
dimento pelo melhor preço mé-
dio dos seus azeites. Competindo
a esta Junta estabelecer o justo
valor do azeite de forma a equi-
lib:ar os interesses da produção,
do comércio e do consumo, foi
superiormente resolvido manter
para todo o País a actual tabela
de preços que é a seguinte:
Tipos de azeite — «Extra (1
grau de acidez): preço de venda
do produtor «o armazenista, 6830;
preço de venda do armazenista
ao retalhista, 6880; e preço de
venda do retalhista ao consumi-
dor, 7840; — fino (2,5 graus de
acidez): 6300, 6845 e 7800, res-
Pectivamente; «consumo» (5
graus): 6800 e 6850, respectiva-
mente.
Mais foi determinado que &
exportação de azeite tanto para
as culórias como para o Brasil,
único país estrangeiro para Oo
qual é permitida uma pequena
exportação, não será superior á
“autorizada a.é agora, para asim
se conseguir que o mercado in-
terno seja suficientemente abas-
“tecido de azeite aos preços esta-
belevidos.
A junta espera da boa com-
preensão de tudos lhe seja facili-
taua à sua missão.»
«dp
Vacinação anti – rábica dos cáis
Do concelho da Sertã
‘ Tendo sido estabelecida a « bri-
gatoriedade da vacinação anti rá-
bica dos caninos no concelho
da Sertã, os donos ou responsa
veis pelos câis, com a idade su-
perior a 4 meses devem apre-
sentá-los no local, dia e hora
abaixo mencionados, a fim=de
serem vacinados As transgrese
sões serão punidas com a multa
de 30300 a 100$00, acrescida do
adicional de 25º/, nos termos do
decreto n.º 31.173.
Esclarece-se que a vacinação
obrigatória é, apenas, uma Vez
por ano e em dias determinados;
fora dos prazos fixados no edi-
tal, o Veter:nário Municipa! não
é obrigado a vacinar us canídeos.
$
Passamos a indicar as fregue-
sias, locais de vacinação e dias
e horas’ em que a mesma se
efectua no corrente mês de No
vembro : ;
Sertã (matadouro municipal),
nos dias 3,5€e 7, das 13.às 16
horas; Sernache do Bomjardim
(matadoúro municipal), 4, das
14 às 17, 6, das 10 às 17; Cabe-
cudo, 4, das 10 às 13; Palhais
9, das 11 às 15; Castelo, 10, das
IO às 14; Nesperal, 11, das 10
às 13; Varzea dos Cavaleiros, 12,
das 10 às 13; Troviscal, 13, das
IO às 13; Cumiada, 14, das 12
às 14, Pedrógão Pequeno, 16,
das 10 às 13; Carvalhil, 16, das
14 às 17; Marmeleiro, 17, das
10 às 13; Figueiredo e Ermida
(no Figueiredo), 18, cas 10 às
16 horas.
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO FRIMOROSA)
Vendem sc nesta Redacção
“Colecção de 7 postais — 7$00
Através da Comarca .
Padre Manuel Heitor
MADEIRA, 20–0 Revd.º Padre Ma-
nuel Heitor que há dois anos“paroquia-
va esta freguesia, com muito zêlo e a
contento dos seus paroquianos, vai den=
tro de brevzs dias deixar esta freguen
sia, por ter sido colocado em: Sobral
do-Campo.
O motivo desta retirada, foi a insu-
ficiência de presentes que recebia das
duas freguesias — Madeirã e Sobral,
pois não davam para o seu sustento,
embora levando uma vida o mais mo-
desta possivel.
Várias vezes fizemos ver aos habi-
tantes desta freguesia que, se deseja-
riam ter um pároco, tinha que pesar o
sacrificio sobre todos. ,
Não fomos ouvidos e varios dissabo-
res recebemos por êste motivo.
se será ou não maior esse sacrificio se
quisermos um novo pároco, do que
aquele que agora podiam fazer.
O Revd.º pároco fez hontem as suas
despedidas e leu à hora da missa, as
contas de todos os rendimentos do
culto, durante a sua gerência, mostran-
do mais uma vez a sua honestidade e
inteligência. Ê
— À Comissão promotora da festa
em honra do Senhor Jesus do Vale Ter-
reiro, em t940, Senhores Acácio Bara-
ta Ribeiro e Isidro Dias Garcia, foi en-
tregue à Comissão do Cuito, a quantia
de 460880. saldo da referida festa,
Também no corrente ano, não fol
utilizado o subsidio de 200$00 com que
a Junta de Freguesia contribui anual-
mente, em cumprimento de disposições
testamentárias de um legado, sendo es-
ta quantia igualmente entregue à Co-
missão do Culto.
Destinam-se estas importâncias, jun=
taimente com o producto de uma subs»
cr ção aberta, a custear as despesas com
os estudos técnicos para a elaboração
da planta e orçamento para as obras
de reparação de que muito carece a
nossa igreja.
— Foi votada uma unica lista apre-
sentada ao sufragio, para constituir a
uova Junta de Freguesia, para o pró-
ximo quadrienio, que consta dos se-
guintes nomes :
EFECTIVOS = Isidro Dias Garcia,
osé de Almeida e Silva e João Louren-
ço da Silva. :
– SUBSTITUTOS — Amadeu Barata
Salgueiro, Alberto Alves Barata e Au-
gusto Alves Pirão Sequeira, ..
Aos novos eleitos, pessoas honestas
e novos, apresentamos os nossos cum-
primentos desejando-lhes as maiores
felicidades no exercício das suas fun-
ções,
As Juntas de Freguesia, têm muitos
e importantes serviços a desempenhar,
pata o bem colectivo e lembramos que
todos temos o dever de os auxiliar na
sua espinhosa missão. E
Muitas vezes, por pessoas sem cate-
goria moral—são-lhes feitas injustifica-
das censuras.
Para esses, O nosso desprêzo.
o
Padre João Esteves Ribeiro
OLEIROS, 29 — Faleceu no dia 22
do corrente mês na freguesia de Amiei-
ra, dêste concelho, o Revd.º Padre
1 loão Esteves Ribeiro, que paroguiou
esta freguesia durante os últimos 40
anos com um interregno, apenas, de 2
anos (1908 e 1909), em que exerceu o
cargo de ecónomo no Colégio das Mis=
sões Ultramarinas, de Sernache de
Bomjardim.
Os seus funerais, a que assistiram
quási todos os sacerdotes do Arcipres=
tado, realizaram-se no dia seguinte com
entrem
MANIFESTO
Até 30 do corrente deve pro-
ceder-se ao manifesto da batata,
feijão e milho cultivados de re-
gadio.
Os impressos, para esse fim,
encontram-se nas reged rias, on-
de devem ser entregues depois
de devidamente preenchidos e
assinados pelos responsáveis.
As transgressões estão sujeitas
a pesadas multas.
PB
+ Neecrologia
Na Madeirá, onde residia, fa-
leceu, no pretérito dia 30. com
a idade de 82 anos, asr.* D.
Maria Barata viúva do st. An-
tónio Lourenço da Silva, mai de-
dicadíssima e extremosa dos srs.
Firmino Lourenço da Silva. da
Arrochela (Pedrógão Pequeno),
António Lourenço da Silva, da
D. Maria Barata
O resultado aí está, e, o futuro dirá
(Noticiário dos nossos correspondentes)
enorme concorrência de povo das fre-
guesias limitrofes, A Câmara Munici-
pal, de que fazia parte, conservou has-
teada, a meia adriça a bandeira do
município durante esse dia, fez-se re-
resentar nos funerais pelo vereador
adre Francisco Durão e mandou exa-
rar na acta um voto de sentimento pela
sua morte.
Era um grande amigo dêste Concelho
e sempre pugnou pelo seu resurgimen-
to, tendo conseguido o estudo da es-
trada da Cruz do Casal Novo ao alto
da Amieira e diversos melhoramentos
rurais nesta freguesia.
Nasceu no lugar do Vale da Cuba,
da freguesia da Isna, dêste Concelho,
em 13 de Janeiro de 1872 tendo portan-
to 70 anos completos; e era filho de
Manuel Esteves e de Maria Ribeiro.
Fez os seus primeiros estudos em Olei-
ros com o Revd.º Joaquim Reis e em
seguida frequentou o Seminário das
Missões Ultramarinas, onde tirou o
curso teológico e foi ordenado. Em
1895 partiu para a Guiné, sendo logo
nomeado pároco de Nossa Senhora da
Graça de Farim e em 1897 foi transfe-
rido para a freguesia de Nossa Sênhora
da Candelaria de Bissau, que apenas
paroquiou até 1899 — ano em que, por
motivo de doença grave, regresssou à
metrópole e foi dado por incapaz para
o serviço do Ultramar. Em 1901 foi no-
meado pároco da freguesia de Amieira,
onde agora terminaram seus dias.
A sua Exm.? sobrinha, D. Maria Es-
teves e seus sobrinhos, nossos amigos;
srs. Tenente Joaquim Nunes, José Este-
ves, Elmano Esteves, João Esteves e
Francisco Esteves, apresentamos a ex-
pressão sentida do nosso pesar,
NESPERAL, 22 — Já está preenchido
o lugar da Escola Primária desde o
início do ano lectivo com a Professora
do Quadro dos Agregados Provisórios,
Exm.2 sr.? D. Emília Barreiros Esteves.
Felizmente que a fregiiencia de alunos
é bastante elevada já, o que satisfaz
bastante a Exm,? Professora.
Apresentamos Os nossos cumprimen-
“vasto templo, A” missa das 12 horas,
tos a esta Senhora, desejando-lhe o
melhor progresso, e óptimos resulta- |
dos dos seus trabalhos, pondo-nos ao :
seu dispor para o que necessitar,
— Foi com mágoa que vimos ser a
nossa freguesia, de entre as 14 existen-
tes, a única que não apresentou a sua |
lista para as eleições que se efectua- :
ram no passado dia 19, :
Não sabemos ainda o porquê, deno- –
tando apenas o desleixo de quem de :
direito. Se há freguesias que necessitam ;
de alguém por meio do bom funciôna-
en da Junta de Freguesia, é o Nes-
peral. :
Nada tem que positivamente propor-
cione comodidade ou progresso ao po-
vo. Para a Estrada que liga Nesperal a
Sernache do Bomjardim a não ser o po-
vo que se lastima, não sabemos de ne-
nhum esfôrço nem pedido, A escola
vê-mo-la desprovida da maior parte de
material de ensino, e com a janela (fun-
deira) partida em consegiiência dos
efeitos do ciclone de 15 de Fevereiro,
e assim tantas e tantas coisas, que de-
vemos em parte ao pouco esfôrço da
Junta, pois não nos consta que tenham
falado em qualquer das necessidades
que expusemos,
Apenas o desleixo, repetimos, fez
com que não fôsse apresentada a lista
dos Candidatos, e assim a organização
da Junta de Freguesia, que não tem
desculpa desta falta de atenção para
com o povo.
4 a
+
Festa de Gristo-Rei
CARDIGOS, 26 — Hoje dia da Acção
Vinha Velha (Madeira) dr. Al-
bano Lourenço da Silva, advo-
gado é Conservador do Registo
Civil dêste concelho, José Lou-
renço da Silva, da Madeirã, dr.
Afonso Lourenço da Silva, advo-
gado e Conservador do Registo
Civil em Silves, Armindo Lou-
renço da Silva de Sintra e João
Lourenço da Silva, da Madeirã e
das sr.’* D. Maria do Carmo Sil-
va Garcia esposa do sr. dr. José
Dias Garcia, notário em Alcoba-
ça. D. Amélia da Conceição Pita,
esposa do st. dr. Pedro Pita,
Conservador do Registo Predial
em Lisboa, D. Adelaide Salguei-
ro Silva e D. Maria Rosa Sal.
gueiro Silva, da Madeirã.
Possuídora de raros predica-
dos morais, extremamente bon-
dosa e caritativa, a extinta era
verdadeiramente estimada pelo
povo da Madeirã e por tôdas as
pessoas que, com ela, tiveram a –
ventura de privar, causando a sua
morte profunda impressão.
O iuneral, em que tomaram i
-jornaleiro, desta vila, estando êste au-
– passavam junto da casa, deram o alar-
– por uma pequena quantia estão ao
: abrigo de contingências materiais como
Católica, em que se comemora em todo
o País e por todo o Mundo Católico,
a festa da Realeza de Cristo, também
na igreja matriz desta vila, constituiu
uma verdadeira manifestação de-Fé e
Glória, a festa a Cristo-Rei. Principiou
às 8 horas com uma Hora de Adoração,
com exposição e bênção do Santissimo,
e pelas 9 horas houve missa cantada
com sermão pelo zeloso pároco desta
freguesia, Revd.” Padre Manuel Felipe
Laranjeira, que dissertou lârgamente
sôbre a realeza de Cristo-Rei.
Durante a missa, houve comunhão
geral, na qual tomaram parte as crian-
ças da Cruzada Eucaristica, Associa-
dos do Apostolado da Oração e algu-
mas centenas de fiéis que enchiam o
além de varios cânticos, recitação do
terço etc., também houve sermão, prê-
gado pelo mesmo orador.
— Em acatamento às determinações
de Sua Santidade Pio Xil, houve pedi-
tório às missas, para auxiliar Os presos |
da Guerra.
E.
O aproveitamento hidro-elé-
etrico do Zêzere no
Gabril — Pedrógão Pequeno
PEDRÓGÃO PEQUENO, 26 — Este-
ve no Cabiil, o eng. Léon Maret, Prof.
da Faculdade de Ciências de Grenoble,
que examinou os estudos que uma bri-
gada de engenheiros portugueses fize-
ram por conta do Estado.
Por tal motivo estão já a proceder à
primeira sondagem na margem esquer-
da do Zêzere, ao norte da Capela da
Carta a uma Serlangnse
Minha boa amiga :
Avalio a tua preocupação e mágoa -*
ao tumar conta da condenação irres .
vogável que us teus conterrâneos lanm
cgaram às árvores da Carvalha. Ao
ler a sentença de tantos polegares vi»
rados para baixo, lembrei-me de ti,
com muita estima. Se às árvores na
generalidade votas imensa aleição,
quanto não pesará em taa-alma sabem
res que vão desaparecer exactamente
aquelas que aos passos da taa vida mais
ligadas andam! A’ sombra delas, fizes=
te garotices e tropelias sem conto; dei»
xaste correr lugaz a descuidada ado»
lescência; ioi, ainda, no recolhimento
da sua ironde que despertaram teus
belos sonhos e ilusões de amor e, por
lim, de incipientes idéias surgiram as
directrizes da taa vida. Quanto não
irás sentir a faita delas, no desejo de
a elas te aculher é re nimar o espiri-
to ao calor dus recordações de um
passado que, embora próximo, comen
ça a parecer longínquo | Recordo a
tua delicada sensibilidade e compreen=
do que, no altar, cheio de tesoiros, do
tea coração, a salidade irá, para sem»
pre, florir.
Perguntas se o actual arvoredo da
“| Carvalha tem qualidades que o impor
nham e por elas é de tentar apelam
ção Pi… Não, anjo da bondade, a
Carvalha, a=pesar-das paliusas qualis
dades que possai, está bem condenam
da, embura haja que manter ama pes
quena reserna ao radicalismo da
maioria. :
A Carvalha, tal como está, tem, às
parte o respeito que merece 0 cari
nho, maior ou menor, que lhe dedi=
cam todos, grande qualidade de ordem
sentimental que acarreta o estado ins=
tintivo e rotineiro, em lagar do estado
de espírito progressivo e renovador
que a questau pede, outra, paliosíssi»
ma, como elemento de paisagem. Den=
Srt.“ da Confiança.
Esta sondagem já atingiu a profun-
didade de 8 m., devendo continuar até
aos 40, bem como tôdas as outras que
lhe sucederão,
Depois dos trabalhos terminados na
margem esquerda passarão as máqui-
nas e respectivo material para a mar-
gem direita — Pedrógão Grande — ha-
vendo esperanças que as obras se ini-
ciem logo que estejam concluidos todos
os trabalhos de sondagem, visto tra-
tar-se do melhor local de barragem a
construir no rio Zêzere e um dos me-
lhores do país.
A quem venha visitar o Cabril e de-
seje ver os trabalhos de sondagem,
basta seguir para montante do rio pelo
caminho regularizado no leito aberto
para a antiga levada, tendo ocasião de
observar uma das meihores paisagens
do vale do Zêzere,
Ineêndio
Hoje, cêrca das 17 horas manifestou-
se incêndio numa cozinha de madeira
anexa à casa de José Francisco Arnauth,
sente e a mulher, deixando um filho de
3 anos que brincando com o lume ori-
ginou o incêndio.
Algumas pessoas que casualmente
me acorrendo muito povo que salvando
a criança, extinguindo o incêndio na
cozinha que ardeu tôda, mas evitando
que comunicasse à casa.
A-pesar-disso o prejuizo em milho,
géneros alimentícios e utensílios de
cozinha e ferramentas foi bastante para
o pobre casal que é pobre e tem 4 fi-
lhos menores, –
Mais uma vez e sempre é de aconse-
lhar um seguro contra incêndios que
em casos dêstes
— Esteve nesta vila o nosso presado
amigo e sr. Veríssimo Antunes Xavier,
de Lisboa. e
parte imensas pessoas de tôdas
as categorias sociais, da fregue-
sia de Madeirã e circunvizinhas,
efectuou-se no dia imediato para
o cemitério paroqui-l.
À” ilustre família enlutada apre-
senta «A Comarca da Sertã» sen-|
tidas condolências. |
Bege
Movimento demográic em [40
Foi publicado o Anuário De-
mográfico do Instituto Nacional
de Estatística, referente ao ano
de 1940.
Dos seus números verifica-se:
que nasceram vivos: 187.892 in
divíduos, nasceram mortos 18.847;
fizeram-se 46.618 casamentos e
deram-se 120.436 óbitos.
Comparando êstes números
com os de 1939, verifica-se um
aumento de 4.411 Óbitos, um
abatimento de 1918 casamenios.
Daqui conclui-se que desceu a
natalidade em Portugal, o núme-
ro de casamentos e aumentou o
tro da tonalidade verde bronze do pi»
nheiro, que por iôdo o horizonte emols
dura a vila e, pelo norte, com a côr
de igual tom de aigans talos de eucam
lipros, mesmo a ela se arrima; e O
verde-cinzento das oliveiras que por
todos os lados a rodeiam e por ela
entram; e, ainda, a mancha verdesmes
tálico da azinheira a sudeste, a qual
faz lembrar o clima abrasador das
planícies interiores do Alentejo, dese.
taca-se a mimosa pincelada de verdes
tenro e viçuso da Carvalha, o qual,
ao contrário, nos dá ideia de amena e
suave irescura.
– Para quem demanda a vila pela esm.
trada das Cameadas, actaalmenie em
consiração, oq pela de Castelo Brane.
aum contraste extremamente agradám
vel à vista já cansada do tom esearo
do verde da ilora da região, no qual o
perde pujante da culiara arvense dos
reduzidos vales, onde, herdicamente,
o agricultor beirão moirela, raramens»-
te aparece para dar uma nota de ames
nidade. A quem, do Hinhal e mais nos
tâvelmente do Amial, se dirija à vila .
é grato o eleito encantadur que a ela
dá o arvuredó da Carvalha.
E, vê tu, boa amiga, esta preciosa
pirtade é, justamente, o que mais iorm.
cosamente pede a restauração da Cer=
valha e conseqiicnte eliminação das
árvores arruinadas, inielizmente a Sua
mór parte!
Sim, presada amiga, no dia em que
a estrada 54-2,.º, em construção, ligar
a rêde do sai à do norte e ticar intes
grada na Estrada do Centro de Por
tugal, o piajante do sul chegará à
Sertã pela sua mais bela entrada. Pen
lo nyrte, este oq poente dá-se pela vim.
la quando nela já nus encontramos.
Pelo sal, não, à estrada é magnítica
é, na verdade, ama estrada nobre!
Ta, alma de artista, que de todos os
recantos tens, embevecida, disirutado
os múltiplos encanios da taa amada
terra, mantens vivo no espírito O esm
peciácalo surpreendente da Serta, pa»
ra quem a contempla da linha de cam
meadas que harmoniosamente a cirm
cundam do lado do meio dia. :
Marchando pela nova estrada, em
direcçao à vila, passada a Junceira e
chegado ao alto da Lomba do !ó, o
viajante que tenha percorrido os vales
ásperos da Isna e da Alamôlha, mes»
mo depois de estar chocado pela es
tranha beleza do Yale da Cortiçada,
há-de sentir-se profundamente im»
pressionado por esta pequena maras
vilha que subitamente a vista alcança
— a Sertã e a sua Baixa —.
Desde o cabeço do Boneiro, lomba
sangúinea pelo esiôrço hérealeo de, à
viva lórça, querer obrigar a ribeira,
que ora se vê ura se adivinha, a man
ter as suas ágaas na veiga léruil, es=
iende-se um rinção admirável onde a
oliveira, especialmente na Cha da
Fôrca, a videira, a azinheira e sobrei»
ro, mosiram bem estar em ssea som
lar». Encaixado entre colinas suaves
de cames arredondados, nem sequer
lhe falta para coroá-lo, como uma ex=
ceisa virtude romana, o Capitólio.
Reclinadã, em geito de cuidadosa a=
tenção para as riquesas a seus pés,
eixla, a linda vila, escutando sonha»
dora as águas murmarantes das daas
ribeiras. Bem patentes e destacados
seus notáveis edilicios : o hospital símx=
bolo de maito boa vontade e miseris
córdia; us paços do concelho, casa
importante de quem preza a bôa am
dministração; e, mais abaixo, a igreja
matriz, padrao da sua jé em Deus.
número de óbitos,
(Ciontnua) ALVILAS
co, aquela mancha ridenie olerece |e |
@@@ 1 @@@
4
Misericórdia de Oiros À margem
“AComarca da Sertã
O que me diz o mar
Quando o sol, mergulhando, na agonia,
doira os cimos distantes do arvoredo
e O mar murmura lânguido, em segrêdo,
doces canções, à praia
Ou se, rugindo forte
calma e fria…
a ventania,
vem quebrar-se com fúria no fraguedo
—e a praia vibra em convulsões de mêdo.., —
Sempre o mar me consola e alivia…
Em tardes mansas, limpidas, serenas,
parece-me que embala a
s minhas penas
com o seu brando e triste marulhar…
Quando ruge a procela 9 geme o vento
julgo ouvir lastimar o meu tormento ..
— E é comigo… e é por mim que chora o mar…
Maria da Soledade
Problemas graves da hora actual
que as autoridades procu-
tam solucionar
«. «Senhor Director do Jornal
«A Comarca da Sertã»
SERTÃ
Em alguns concelhos deste dis-
trito onde a cultur: das vinhas
tem marc:do importâscia e a ex-
ploração intensiva e desenfread-
de minério ameaçava prejudicar
ou impedir a ef..tivação . das
vindimas, foi pelo edital deste
Governo Civil de 11 de Setem-
bro último, pr:íbidos os traba-
lhos de minéração durante um
prazo que se julgou conveniente.
Às vindimas fizeram-se, os
braços não faltaram e concelhos
houve onde o defeso foi última-
mente aproveitado para um co-
meço de organisação em grupos
“do pessoal mineiro, com um che-
fe responsável, o que permitiu a
faina agrícola, que terá sempre a
primazia, se fizesse, paralela.
mente com a exploração de mi-
nério, embora esta em escala re-
duzida.
“Nessa altura enviei aos Ex.”º*
Vice – Presidentes das Câmaras
(Secções policiais) dos concelhos
abrangidos, as necessárias ins-
truções de que transcrevo alguns
períodos, por singular oportuni-
dade:
–«Com a mira de avultado e
facil ganho, os ir«balhadores ru
rais abandonam os campos ou
recusam o trabalho agrícola que
em certos momentos não admite
delongas sob pena de graves
prejuizos.
Independentemente das medi-
das e disposições policiais que o
interêsse local aconselha a V.
Ex.* dever tom’r, e que terão
todo o meu apoio, julgo indis-
pensável e urgente, que neste
momento de intenso trabalho
ag icola (vindimas) e como pri-
meiro passo para o período da ;
colheita do azeite que se aproxi-
ma, em que por maior período
os trabalhos de minéração a pico
e pá deverão ser suspensos — pu-
blicar o presente edital, cujo ‘
cumprimento peço « V. Ex.º eja
o mais rigoroso.
E? possível que os trabalhado-
res habituados a pouco esforço e
muito lucro se recusem a traba-
lhar nos campos, o que equivale
a uma greve, ainda que de bra-
ços caídos é ordeira.,
Não deixa por isso este proce-
dimento de ser considerado de-
líto, e delito grave, devendo os
seus principais responsáveis so-
frer as cons.quên iss do seu «cto
de perturbadores da economia
nacional e da or em pública
Convém por outro lado que da
parte dos proprictários haja a.
maior compre-nsão e que não
aproveitem as medidas agora to-.
madas para praticar abusos com
os selários, muito embora rão-
sejam comparáveis aos vo miné-
rios, nem aos loucamente exigi
dos, devem com tudo acompa-
nhar a alta existente na vida».
Dentro de uma ou duas sema
“nas será proíbido, sob penas!
muito severas e pelo tempo. jul-
gado necessário para que a co
lheita da azeitona se faça sem di-
ficuldades, os trabalhos de mi-
néração.
O edital a publicar para esse
efeito estabelecerá claramente as
penalidades que a imperiosa ne-
cessidade obriga a serem severas,
e que serão aplicadas sem hesi-
“tação.
Ao mesmo tempo, será exer-
cida uma rigorosa fiscalização
para o exacto e justo cumpri-
mento do edital. .
Para tanto se conta cum a co-
laboração de todus, pois é do
int.rêsse geral que se trata, por
este ser o da Nação.
Temos que contar com a in-
guns, porventura mesmo dos
mais interessados,—os trabalha-
dores, — que não pen am para na-
da servir : dinheiro, se nã. hou
ver que comer.
Alguns concessionários, regis-
tadores e a quasi totalidade «os
chamados candongueiros,tentarão
por todos os mcios que o iru-
tuoso negócio não tenha inter
rupção, vs a, anhistus com a mira
dos grandes ganhos que infcliz
mente em nada lhes aproveita se
não para adquirir habitos que
não podem manter é vícios de
que só tarde e muito dificilmen-
te se emendarão, levantarão pos-
sívelmente escusadas e inúteis
difculdades.
A uns e outros se lembra a
leitura atent: do edital que proí-
birá a minéração e a V. Ex. se
pede que p.r todos os meios ao
seu alcance, colabore nesta cru-
zada de elucidação de uns e ou
tros, prevenindo e recomendan-
do acatamento, obediência e dis-
ciplina tal como é seu interêsse
€ se exige.
Castelo Branco, 22 de Outu-
bro de 1941.
Ano XVI da R. N-cional
A Bem da Nação
O Governador Civil,
“António Maria Pinto
aMIGOS!
; À Corporação dos Bombeiros
| Voluntários, que ainda deve al-
‘ guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den:
tr do us aximo das suas possibi-
lidades.
Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im
prescingívei porque garante a
conscrvação da vossa vida e ha
vercs em caso de sinistro.
Prestai-lhe, poi, se: reservas,
o vosso apoiv incondicional
| «Vida por vi a» é o seu lema!
‘ Ele soa-aos nossos ouvidos como
| toque estridente de clarim |
compreensão e resistência de al-
— (Continuação da 1º página)
Ex.” que a Cã ara Municipal
prestará todo o auxílio material
e moral, que lhe sej’ possivel,
à Comissão Administrativa da
Misericórdia de Olciros para que
a sua obra seja aquilo a que to
dos nós aspirammos.
Espero também que V Ex.
não lhe n guem o vosso auxílio.
Faremos assim bem; o Bem !>»
Em seguida proceteu se à
votação dos nomes que deu o
seguinte resultado :
Srs.
Silva, 80 vstos; Augusto Fer
nandes, 28 votos; Jisé Maria
de Moura, 11 votos; João Pe
reira. Rei, 8 votos; Professor
João Nunes, 6 votos.
O sr António Murtins da
“Silva, pedindo a p lavra es
clare: eu, para desfazer mal en
tendidos, e quaisquer ditos mes-
quinhos que o donativo de
20 00080) em tempo ofereci:
do à Misericórdia pelo Senhor
Dr Rbêlo de Albuquerque, se
encontrava depositado na Cat
ga Geral de Depósitos desde
1935,
Seguidamente o sr dr Acá
cio Burata Limas nu» brilhan
te improviso facituu Oleiros
pelo resulta to da eleção «a que
ucubava de se proceder, mos
trando se convicto de que uma
nova era nascia pura os pobres
e doen:es do cone lho, porquan
to a Misericór tia não poderia
ficur entregue em melhores
tável elevação com que estava
decurrendo a reiúmdo presente,
trminou por dar um viva à
nova Mesu da Misericórdia, o
qual for secundado por uma
prolongada sulva de pulmas
Finalmente o Senhor Prest-
dente da Câmura mais umu vz
ugradeceu a compurênia dos
presutes à reiinião, por st Con
vocada. ofiimunio u sua sutis
tução pela forma brilhunte e
elevada como haviu decorrido,
e que esperava que dela nasces
se umu ubra que prestigiasse u
Lonclho de Oleiros
Impressões dum jornalista ingi6s
SÓDIE O Nosso p.is
LONDRES, 24 — Champbell
Dixon, correspondente especial
«O «Daily Telegraph», chegado a
Lisboa depois de ter feito a via-
gem por via aérea, de Londres,
escreve:
«Os portugueses são alegres,
delicados e encantadores. Portu=
gal foi atingido pela guerra de
várias maneiras, mas Lisboa não
apresenta sinais de depressão,
ali tudo é pacífico, chegando
mesmo a ser monótono. Para
quem está acostumado à escuri
dão de Londres, as luzes de Lis-
boa parecem ainda vais brilhan-
tes é temo de perder o habito
de abaixar os estores antes de
acender as lúzes. A respeito de
comida – poderiamos nós algu-
ma vez comer o que em Li-boa
se. Serve numa r.feição nor
Mal Bresb, Jitste nimero foi isado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
“E finslmente eu garanto à ve
António Martins di:
Martins, 17 votos; Dr Serrão
mãos. Regosya do se pela n
guerra
«Pardal», aparelho de transporte da R. A F Tem uma tripulação de três ho-
– mens e três tormidáveis tôrres munidas de canhões
A voz da justiça e
da humanidade
A violencia de condenar à
morte dezenas de refens inocen-
tes como vindicta do assassínio
de cada oficial alemão suscitou
enérgico movimento e reprova
ção em todo o mundo cristão é
civilizado.
Voltavamos aos hrrores da
Grande Guerra e» que povoa-
ções belgas inteiras eram vítimas
de incendios e fuzilamentos por
serem falsamente acusadas de
res. Nessa oc sião em pleno Rei-
chstag, Erzeberger, o Lhcfe do
lhões de habitantes se j stilicava
se com ela se poupasse a vida
de um só soldado alemão.
A intimidação pelo terror cra
sistemâtic:mente usada pelas É r-
ças alemãs que tudo achavam le-
gitimo contra’os inimigos
E todavia os r gulamentos das
convenções de H ya de 1907,
no artigo 50º:
«Nenhuma pena colectiva pe:
cuntária ou outra poderá ser
imposta às populuções por mo-
tivo de jactos individuais de
que não podem ser considera-
aus solidâriamente responsá-
veis».
Como se pode conciliar a prá-
tica dês-e preceito absolutamente
justo e humanitário coin a ter –
cidade de uma vingança colecti-
va que arrebanha a esmo algu-
mas dezenas de pessoas para as
chacinas em fuzilamentos su á-
rios de prisionciros detidos sem
culpa e sujcitos aos caprichos da
força e da vingança?
Por isso a intervenção do Vi»
gário de Cristo.
E agura para desalrontar e con-
solar as consciências cristãs, er-
gue-se a voz bondosa do Vigário
de Cristo, interçe -endo:pelos pri-
s oneiros, estigmatizando a via-
dicta de antemão condenada pe-
la justiça.
O adiamento das execuções
mostra que a força moral e o a-
pêlo à lei da justiça e caridade
não são baldados.
J. Fernando de Souza
(De «A Voz»)
Deo .
ATENÇÃO
A Administr:ção dêste s ma-
nário mediante pequena comis-
são. encarrega-se, na Vila e con
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
, partições públicas « cobra ça de
quaisquer importâncias, mesmo
daquelus que digam r speito a
assinaturas de jornais, revistas ou
outras publicações.
darem guarida a francos atirado.
Centro proclamava que a estrui-
ção de Londres com os seus mi-,
universalmente aceites, estatutam |
– Cobrança de assinaturas em
Lisboa
À Administr:ção dêste sema-
nário contrst u um cobrador pa-
ra proceder ao recebiment» das
assina uras: m Lisboa. Roga, por
isso, a todos os prezidos assi
nantes, 0 ob équio de faze em a
liquidação após a apresentação
dos recibos; e contrário adyêm
grandes prejuízos para êste s =.
manário e perda apreciável de
tempo para o cobrador.
E” d tôdaa conveniência que,
aquêles dos nosses estimados |
assinantes, habitualmente fora de
casa, deixem nas suas residências
ordem para se efectuar O paga-
mento. .
Em v-z de 9850 como suce-:
dia nos últimos mes s em que a.
cobrança era pelo correio, os re-
cibos são de 10800 compreen-
ro dêse semanário. Isto quere
dize: qu: não houve aumento do
custo da assinatura, como à pri-
! meira vista se podia supor.
– Perante o aumento axtraordi.
nário do custo do pop:l de im-
pressão e enormes despe-as que
sobrecarrégam a publicação da
«Comarca», a sua Administração .
vê se forçada a insistir, com to-
dos os seus amigos. prra que
não criem dificuldades, tanto
mais que só as assinaturas podem
garantir a existência dêst – hebdo-
madário, que, sendo da região é
e tudos e para todes que nela
vivem cu dela são naturais.
Port dos os favores e atenções
se confe sa antecipadamente re-
co: hecida
A Administração
LO se
Colaboração
Temos muito original m car-
eira, que só a pouco e pouco
podemos public r. o
Os assuntos de interês é local
e regional, con preendendo as
correspondências tên a prefe-
rência ou primszia de public ção,
como iâilmente se compreende.
Não vejam alguns ilustres co-
laboradores. neste facto, a me-
nor desconsideração.
Lutamos com enorme faita de
espço e, pondo de parte inevi-
táveis despesas e muito maior
soma de trabalho, que isso acar=
reta estamos procurando: fazer
um acôr:o com a ncssa tipogra-
fia para aumentor de d as pági-
nas um número em cada mês.
Não nos falta boa vontade e
grande desejo de corresponder
às provas de amizade e dedica.
“ção dos nossos “migos, clém’ de
que, por outro: lado desejamos
tornar a eComsrca» o mais útle
interessante possível mas há cer:
tas dificuldades qu muito cus-
tem a remover e cujs solução não
depende, apenas, do factor . di-
| nheiro. dendo, pot iso, mais um número-