A Comarca da Sertã nº264 09-10-1941

@@@ 1 @@@

— FUNDADORES -—
— | Dr. José Carlos Ehrhardt —

RCE:
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Angelo Henriques, Vidigal —

Composto a Impresso

 

O | | DrrEcTOR, EDITOR E PROPRIETARIO : SA
E Loluardo Panata da fita Coneia amo | ra
ç —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
G| |RUA SERPA PINTO -SERTA BRA a O
> E TELEFONE
<L PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 112
t ] CRE
42INCO WI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos de Sertã | SU o Eão

N.º 264

Notas …

«SE é certo, como a experiên-

cia dos sécnios nos ensi=
na, que as instituições valem
não tanto pelas leis que as de
finem como pelo espírito dos
que as servem, façamos do Mu-
nicípio uma instituição ade-
quada aos nossos tempos, à
altura do espírito e das exi-
gências da época e da evola-
ção social em marcha.

Ésse deve ser o princípio
que deve presidir à eleição
administrativa, E se esta por
incompreensão, inadvertência
ou falta de espírito local, on
por qualquer outro motivo
(quiçá derivado das novas cons
dições económicas e do novo
conceito do Estado centraliza
dor), não condnuzisse ao fim
que se deseja, não seria de es-
tranhar nova revisão da me-
cânica administrativa. 4? ses
melhança do que snceden em
certo período da Monarquia
absoluta — embora por outras
causas — os Municípios pas-
sariam a desempenhar papel
de menos vulto; muitas das
suas atribuições seriam, nesse
caso, assumidas pelo próprio
Estado. E assistir-se-la pos-
sivelmente, « uma nova ada-
ptação do Município à vida e
exigências do século em que
vivemos».

Palavras do sr. Ministro do Interior
Oo

PRINCIPIOU a demolição da
casa que pertenceu ao fa-
tecido Eusébio do Rosário,
onde serão edificadas as resi
dências dos Magistrados,

ra

A Câmara de Lisboa proibiu
o ruim e indecoroso hábito
de cuspir para o chão, tendo-
-se começado logo a aplicar
multas aos contraventores.
De facto, não fazia sentido
que na capital de um país ci-
vilizado, de mais a mais tam
fregilentada por estrangeiros,
se tolerasse o costume porco
de salivar para a via pública,
uma autêntica e verdadeira
vergonha que nos inferioriza,

para não falarmos nos graves
inconvenientes gs ressaltam
para a saúde pública, .

E bom seria adoptar a mesma
proibição nos ontros centros
do país, acabando-se com as
cobras cuspideiras que populam ‘
por tôda a parte e nos enno»
jam a cada passo!

era

O avô para a neta:

— Não aprovo nada esta |
moda das malheres se pinta-,
rem, Vale mais o natural do,
que o artificial,

— Não estou de acôrdo, avó»
sinho. Que seria do avô sem
os seus dentes postiços ? |

Este número foi visado pela
– Comissão de Censura
” Vo Casífelo Branço !

IA a dia, em crescendo continuc e
D avassalador, vaiaumentando o cus-
to da vida, que os ricos e remedia-
dos suportam sem queixume de maior, mas
que para as classes pobres, designadamen-
te para o operário ou humilde cavador da
terra, constitue uma preocupação constan-
tee gravo a presagiar horas aflitivas, apre-
sentando-se ao seu espírito, em visão me-
lodramática, o espectro negro da fome.

Já os artigos indispensáveis ao ves-
tuário atingiram, de há muito, preços im-
comportáveis, consequência da guerra, que
veio dificultar a importação de matérias pri-
mas necessárias ao seu fabrico.

Isto, porém, seria o menos importante
se se mantivessem os preços dos géneros
precisos à alimentação, os mais triviais no
consumo vulgar, que ninguém pode dispen-
sar à sua manutenção.

E’ certó, e temos de o reconhecer como
um axioma, que o nosso Govêrno, através
dos organismos competentes, vem enfren-
tando o problema do abastecimento geral
do Pais com a energia que se impôs desde
à primeira hora, Assim, não se tem despre-
zado a mais insignificante medida para
evitar desmandos e perturbações de qual-
quer ordem, garantindo se o normal poder
de compra de maneira a não faltar pão no
lar mais modesto, buscando-se, tanto quan-
to possível, manter a devida tranquilidade
nos espíritos, a compreensão do momento
anormal em que vivemos, pois só assim se
poderá evitar o pânico, que fatalmente nos
arrastária para um beco sem saída –

Torna se evidente que há muita gente
disposta a aproveitar a época presente para
formar saltos de trampolim, sugando, por
tôdas as formas e feitios, o sangue do pró-
xitdo, recorrendo a tôda a espécie de em-
bustes para se encher, numa maquiavólica
e intompestiva orgia de rápina, que o de-
mónio do ouro açula o espicaça com uma
terocidade brutal,

Prendem-se e multam-so 08 vampiros
que do comércio e da indústria fazom arma

Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) |

retido D

=== sia

A VIDA

de extorsão, locupletando-se com lucros
fantásticos, mas, dementados pela conquis-
ta da fortuna fácil, logo que se vôem livres
de peias estão dispostos a repetir a proeza,
que já dera tam bons resultados com o mi
nimo de inconvenientes.

Éles sabem que o desgraçado consu-
midor não pode dispensar os géneros es-
senciais à alimentação; por conseguinte
tem de os pagar por bom preço para não
morrer de fome.

Rareia determinado artigo nos merca-
dos? Vende-se a pêso de ouro o pouco que
resta ou açambarca se até que, a falta quá
si absoluta, justifique a exigência do preço
excessivo.

Há muitos comerciantes e industriais
honesto e ôstes, felizmente, constituem a
grande maioria, Mal de nós se assim não
fôsse, Contudo, êsse fact) determina que
se destrince o trigo do joio, Os deshones-
tos, não só devem ser relegados aos Tribu
nais competentes, mas ficarem, para sem-
pre, privados de exorcer a sua profissão,
que é útil, conveniente e indispensável
quando obedece aos ditames da consciência.

A hora actual é de sacrifícics, mas não
deve ser só v consumidor a suportá-los; é
preciso que o vendedor ganhe sômente o
legítimo à façe da lei e da moral, pagando
o público, única e simplesmente, a mais
aquilo que lhe compete e é determinado
por várias causas imperativas, que nin-
guém pode evitar porque são o reflexo di
recto do conflito que atormenta o Mundo,

Se o momento actual é de sacrifícios,
torna-se necessário que todos nós, portu
gueses, suportemos, com coragem e resi-
gnação, os que nos forem exigidos, auxi-
liando o Govêrno nesta emergência da
vida nacional, Mas tornar-se-ia intolerável
que a prosperidade da minoria assentasse
no maltestar o sofrimento da grande maic=
ria, que a misória e ruína de muitos fósse
originada pela megalomania de poucos,

Eduardo Barata

CASAMENTO

Corrêa, administrador do conce-
[lho de Dande (Angols) e, por | AMIGOS!

Num. ambiente da maior inti-
midade efectuou-se najresidência
do pai da noiva, negta Vila, o
enlace matrimonial dh sr.” D.
Maria Margarida Martins Farinha
Carvalho, filha da sr.” D. Maria
da Conceição Farinha Carvalho,
á falecida, e do sr. Demétrio dá

ilva Carvalho, com o nosso

amigo sr. Jonquim Ferreira Mon» |’

teiro, informador fiscal dêste con-

| celho, filho do sr. José Braz
Matei funcionário da Direcs |:

ção da
de Lisboa.

Serviram’ de padrinhos, por

ontabilidade Pública,

parte da noiva, sua irmã e cu,

nhado, sr * D. Fernanda. Martins
Carvalho Rebordão Corrêa e mas
rido sr Américo Vaz Rebordão

parte do noivo, sua madrasta, «,, À Corporação dos Bombeiros

sr” D, Palmira da Conceição
Santos Monteiro e seu pai. Foi
celebrante o Rev.º Alfedo Cor-
rela Lima, pároco de S. Facundo
(Abrantes).

hos noivos desejamos, muito
sinceramente, tôdas as felicida
des que merecem,

! rose
‘COBRADOR EM LISBOA

Aceitamos cobrador para tôda
sa Area da cidade de Lisboa, que
deverá, principalmente, ocupar
se-do recebimento de tôdas as
assinaturas,

A quem o assunto interesse

deverá lilglccae nos sem demos
ra, para explicarmos as condições.

oluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que varecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi=
lidades,

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro,

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.

«Vida por vida» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim |

19441

«e. à lápis

POR especulação e açambar-
camento continuam a ser
prêsos muitos indivíduos, que
acabam por pagar com lingua,
de palmo, as indecorosas rom
balheiras cometidas,

As autoridades não perdem
de vista a súcia que juron ar-
rancar a pele ao cidadão pa-
cífico.

Os jornais trazem todos os
dias copiosos pormenores sô=
bre a acção nefasta e revol-
tante dessas aves de rapina!

Ainda não ha muito que em
Alcobaça se descobriu a acti-
vidade de certos agentes de
compras,gueadgniriam cereais
e legumes por todo o preço,
provocando maior carestia dos
géneros e até o seu desapares
cimento dos mercados, Essa
quadrilha chegou a pagar um
alqueire de feijão por 50800 e
muito mais pagaria se fôsse
preciso, conforme declarou!

Soma e segue…

Ferrar com êsses cavalheiros
na costa de Africa meia dú-
zia de anos talvez desse re-
sultado!

Se
DIZEM que a chava pelo S.
Miguel faz gafar a azei-
tona.

De facto choven bastante no
dia de 29 de Setembro. Se se
confirma o adúgio estamos
mal e de mais a mais Este ano
em que a colheita da azeitona
se apresenta prometedora.

ro

CHAMAMOS a atenção do

público para os Editais da
Câmara Municipal, publicados
nontro logar, sôbre os preços

preços máximos pela venda de
carne de porco e manifesto de
grão de bico, milho e feijão.
rose
CONTINUA a Imprensa de
todo o País a clamar inh-
tilmente contra o agravamen-
to das taxas postais ; o pior,
porém, é no que se refere aos
titulos de cobrança, cajo en-
cargo excede Os limites razod-
veis, tornando-a, práticamente,
impossível. A

Seos grandes jornais po-
dem fazer frente aos aumentos
verificados, porque dispõem de
apreciáveis recursos, outro
tanto não sucede com a «Pe-
quena Imprensa», que nunca
viveu em maré de rosas e ago-
ra, para singrar, tem de re-
correr ao favor do público, à
assinatura e ao anúncio come-
zinho.

O agravamento das taxas
juntou-se ao aumento extraora
dinário do custo do papel pa-
ra ferir de morte a Imprensa
Regionalista.

rg

IMPOSTO DE TRABALHO!

Até 31 do corrente efectua-se,

 

na Tesouraria da Fazenda Pú-
blica, o pagamento do imposto

| de trabalho,

máximos do milho, tabela de –

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã E di

BM CASTELO BRANCO

NTO ANTÔNIO = Telefone 95

coli *MSTUTO DE

Aulas e explicações o

Alvará n.º 259 — Sexo Masculino

INTERNATO E EXTERNATO
CURSO PRIMÁRIO

ADMISSÃO AOS LICEUS
CURSO LICEAL

u Salas de Estudo para os alu-

nos que fregiientam o Liceu Nun’Álvares
EDUCAÇÃO CATÓLICA

termina

Direcção do Dr.

O prazo da inscrição liceal dos alunos do ensino particular

em 10 de Outubro

Victor dos Santos Pinto

ANUNCIO

1.º PUBLICAÇÃO

* No dia 25 do corrente mez de
Outubro, pelas 12 horas, á porta
do Tribunal Judicial desta co-
marca da Sertã, em virtude da
execução hipotecária que O exe
quente Manuel Martins Brótes,
casado, agricultor e proprietário,
morador no lugar da Fonte Lon-

a, froguesia de Santo André das

ojeiras, concelho de Castelo
Branco, promove pela 2.º secção
desta comarca, contra os execu-
tados, Franoísco Lourenço Dias
e mulher Maria Izabel Ribeiro,
agricultores, moradores no lugar
de Carregais, freguesia dos Mon-
tes da Senhora, desta comarca da
Sertã, hão-de ser postos pela pri»
meira vez em praça, para serem
arrematados pelo maior lanço ofe-
reoido, superior aos valores que
– adiante se indicam, os seguintes
prédios pertencentes os referi=
dos executados, a saber:

PRÉDIOS A ARREMATAR

N.º 1—Uma terra de mato de-

nominada Brazina, no sítio da
Brazina, límites de Curreguis,
inscrita na matriz respectiva sob
o art.º 28.908, 3/4, e descrita na
Conservatória do Registo Predisl
desta comarca sob o n.º 28,790,
Vai á praça no valor de cento e
sessenta e dois esoudos e sessens
ta e dois centavos. 162/62,
N.º 2— Uma terra com 2 oli=
veiras no eíiio do Vale de Sala
gueiro, limite de Carregais, ins-
orita na respetiva matriz sob o
De 28.860, e descrita na Con-
servatória do Registo Predial
respectiva, sob o n.º 28,791, Vai
á praça mo valor de duzentos é
quarenta e sels escudos e quaren=
ta centavos, 246/40,

N.º 3—Uma terra com oliveis
-ras no sítio do Lagar Velho, lie
mites de Carregais, inscrita na
matriz respeotiva sob o art.º
28,390, e desorita na Conservas
tória do Registo Predial reapeoti-
va sob o n.º 28,792, Vai á preça
no. valor de vinte e quatro esou-
dos e sessenta e quatro centavos.

 

N.º 4— Uma terra com olivei-
ras no sítio da Badaneira, Beda-
meira ou Bonadeira, limites de
Carrogais, inscrita na respectiva
matriz sob o art.º 30.407, e deu=
orita na Conservatória do Regis-
to Predial, sob o n.º 28,798, Vai
á praça no valor da dezanove es-
oudos e sessenta o um centavos,
19861,

N.º 5— Uma terra com olivei-
ras no sítio da Sobreira da Cova,
limites de Carregaie, Inscrita na,
respeotiva matriz sob art, 31,088
e descrita na Conservatória do
Registo Predial sob o nºº 28,794,
Vai á praça no valor de quinhen-
tos e noventa e um escudos e
trinta e selo centavor, 091486,

N.º 6—Uma terra com duas
oliveiras no eítio das Gólas, li
mitos de Carrégals, inscrita ma
respectiva matriz sob o art,”
30,986, e descrita na Conservas
tória do Registo Predial respeoti-
va, sob o n.º 28,79, Vai á pras
qa no valor de duzentos e noven-

8 e cinco esoudos e sessenta e
Sito centavos, 295468,.

N.º 7—Uma horta com duas
oliveiras no sítio do Vele do Cor=
tiço, inscrita na respectiva matriz
sob o art.º 29,276 e descrita na
Conservatória do Registo Pre-
dial respectiva sob o n.º 28,796.
Vai á praça no valor de seisoen=
tos e quarenta escudos e sessen-
ta e quatro centavos, 640564,

N.º 8-—Uma terra com duas
oliveiras no sítio da Barroca dos
Castanheiros, limites de Carre-
gais, insorita na respectiva matr z
sob o art.º 29,757, 1/2 e descrita
na respectiva Conservatória do
Registo Predial sob o n.º 28,797,
Vai á praça no valor de quatro-
cent;s e noventa e sete escudos
e setenta e dois centavos, 497572.

N.º 9-—Uma terra de cultura
com oliveiras no síiio da Malha-
dinhe, limites de Carregais, ina-
orita na matriz respective sob o
arte? 29,809 e descrita na Con-
servatória do Registo Predial
respectiva sob o n.º 28.798, Vai
é praça no velor de dozentos e
quarenta e seis esondos e queren-
ta centavos, 246540,

N.º 10—Uma terra com oli=
veiras no sítio do Covão Feito
s0, limites de Carregais, inscrita
na respectiva matriz sob’o art,
30.766 e desorita na Uonserva-
tória do Registo Predial respecti=
va sob o n.º 28.798, Vai é praça
no valor de setecentos e trinta é
quatro escudos e vinte sete cen-
tavos. 734927,

N.º 11—Uma terra com olivei.
ras no sítio do Covão das Pon-
chanas, limite dos Carregais, ins=
orita na respectiva matriz sob o
artº 31,374, e desorita na rege
pectiva Conservatória do Ragia-
to Predisl sob o n.º 28.800, Vai
á praça no valor de cento e de=
zolto esoudos e vinte sete centas
vos, 1185927,

N.º 12 Uma terra de mato
com uma oliveira no sítio da Bras
zina, inscrita na matriz respeoti=
va sob o artº 28,889 e 28.895,
e descrita na Conservatória do
Registo Predial respeotiva, sob o
n.º 28,801, Vai á praça no valor
de cento e sessenta e sete esone
dos e cinooenta e quatro centavos,
167504,

N.º 13-—Uma terra aom olivei-
ras no sitio da Azinheira da Pres
guiço, insorita na matriz respega
tiva ob o art.º 81,401 e descrita
na respeotiva Qonservatória do
Registo Predial sob o n.º 28.802,
Vai á praça no valor de dois mil
quatrocentos noventa e oito es
oudos e quarenta e nove ventas
vos, 2,4985649,

N.º 14-—Uma terra do mato no
sítio da Brazina, inscrita na rege
pectiva matriz sob o art,º 28,917,
e descrita na Conservatória do
Ragisto Predial sob o n,º 28,808,
Vai á praça no valor de quarenta
e nove esoudos e vinte e oito
centavos, 49528,

N.º 16.—Uma terra com um
opstanheiro no sitio do Sobral

tiva matriz sob o art,” 30,452 e
desorlta na Conservatória do Ra.
glsto Predial respectiva sob o n,º
28,804. Va pela primeira vez á
praça no valor de cento e noven=
ta e sete osoudos e doze centãs
vos. L9TH1Z,

N.º 16—Uma terra com ollvei=
ras e uma figuelra no aitio do
Avravil, inscrita na matrim vonpeo-

 

das Feiteiras, inscrita na respeçe |

“rita na Conservatória do Rgisto
Predial respeouva sob o n.º
28,805, Vai á praça no valor de
cento e quarenta e sete escudos
e oitenta e quetro centavos,
147984. E

N,º 17—Uma terra com olivei-
ras no sitio do Covão das Pou=
chanar, inscrita na matriz tespeo-
tiva sob o art? 81,87] e descrita
na respectiva Oonservató:j do
Regi-to Predial sob o n.º 28,806
Vei á preça no valor de dezunove
esoudos e setenta e dois centa-
vor, 19572

N.º 18—Uma terra com olivai-
ras no sítio do Sobreiro da Cova,
inscrita na matriz sob o art.º
31,043 e descrita na Conservató-
ria do Registo Predisl respectiva
sob o n.º 28,807. Vei é praçe no
valor de quatrocentos e quarenta
e três escudos e cincoenta e dois
centavos, 443952.

N.º 19—Ume terra com olivel-
ras no eitio do Sobreiro da Cove,
inacrita ma matriz sob o art.º
31.045 e desarita na Conserva-
tória do Registo Predial respsc-
tiva sob o n’º 28,808, Vai á pra-
ça mo valor de quatrocentos e
quarenta e três escudos e cin-
coenta e dois centavos, 443552,

N.º 20— Uma terra com « lipei=
ras no sítio do Sobreiro da Cova
inscrita na matriz sob 5 art.º
31.047 e descrita na Conservató.
ria do Registo Predial respectiva
sob o n.º 28,809, Vai á praça no
valor da cento e quarenta e sete
escudos e oitenta e quatro csntes
vos. 147584,

N.º 21—Uma terra com olivei.
ras no sitio da Veleir», inscritn
na matriz sob o art.º 30.205 e
descrita na Conservatória do R«-
gisto Predial respectiva sob o
De 28,810, Vai á prsça no valor
de trinta e nove escndos e ques
renta e trôs centavos, 39543,

N.º 22— Uma tara com cinco
oliveiras no sitio da Maceirs, in«-
crita na matriz sob o art,” 31,286
e descrita na Conservatória d
Registo Predial respectiva sob «
0.º 28.811, Vai á praça no valor
de cincoenta e nove ésoudus É
ostorza centavos. 59514

N.º 23—Ums terra com oliv ie
ras no sitio do Covão das Pou
chanas, jascrita na matriz sob
art.º 31374 e desorita na Conser.
vatória do Registo Pradial res-
pectiva sob o n.º 28,812. Vai á
praça no valor de cento e qua-
renta e sete esoudos é oitenta e
quatro centavos, 147584,

N.º 24-—Uma terra com oli-
veiras no sitio do Freix, inscrito
na matriz sob o artº 31 DDT s
desorita na Conservatória do R:-
gisto Predial respeotiva sob o
n.º 28,818, Vai á praça no valor
de dezanove escudos 6 setenta e
dois centavos. 19572,

N.º 25— Um» terra de mato no
sítio da Horta da Serra, in or ta
na matriz sob o art.º 29,976 e
desorita na Conservatória do Res
gisto Predial respeoliva sob o n,º
28,814, Vel á praça no valor de
trinta e nove esondos e quarenta
e três centavos, 39948,

N.º 26—Metade de ums terru
com oliveiras, uma figueira e pi-
nheiros, no sitio do Oós dav Ber-
ras, Ínsorita na matriz sob o art,?
28.818, 1/2, e desorita na Con-
servatória do Registo Predial res-
peotiva sob o n,º 28,815, Vai á
praça no velor de seisgentos e sê.
tenta e sete escudos e sessenta
centavos,

N.º 27—A terça parte de uma
terra com oliveiras e uma figusi-
ra, formando hoje um prédio dia=
tinto no sítio do Cós das Barras,
insorita na matriz sob o art,º
28,834 e desorita na Oonserva-
tória do Reginto Predial respeo-
tiva sob o n.º 28.816, Val á pra-
ça no valor de tresentos é sessen=
ta e sels escudos e quarenta e
sete centavos. 306947,

Todos êstes prédios ficam si-
tuados na freguesia dos Montes
da Ssnhora, concelho de Proen-
qua Nova,

Sertã, 3 de Outnbro de 1941.

O Ohete da 2.º secção, — Ange-
lo Soares Bastos,

Verifiquei

O Juiz de Direito, — Armando

Torrda Paulo, |

tiva sob o art 30.400, e dos | a
E

»,
aDSsancannacosasaDarsas

£ PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA POSSIVEL E SEM QUAISQUER EXTRAORDINARIOS

ga
º

COLÉGIO DE NUN’ALVARES

EO IVA ER
O MELHOR OOLÉQGIO DA PROVÍNOIA

Os mais brilhantes resultados nos Exames oficiais com uma
média de 92“/, de aprovações nos seus nove anos de existencia

Instalações exemplares, obedecendo a todos
os requisitos da higiene e da pedagogia

Laboratórios completos de Física, Química, Bio-
lógicas e Geológicas, Gimnásio e Campo de Jogos

Instrução Primária, Admissão ao Liceu — Curso completo do Liceu
(1.º e 2º ciclos) Admissão é Universidade = =

F”INTERNATO E EXTERNATO
PEÇA O NOSSO EEGULAMENTO ILUSTRADO

A tudo canna é

EDITAL

Carlos Martins, Conservador
do Registo Predial e Comer-
cial e Presidente da Câmara
Manicipal do concelho de
Sertã,

Faço saber que Sua Ex.º o
Governador Civil do Distrito de
Castelo Branco, no uso de po-
deres conferidos pela lei, estabe-
leceu a seguinte tabela de preços
para a carne de porco no conce-
lhe da Sertã:

Tabela de preços máximos

Venda pelo lavrador. + . Arriba 120500
VENDA A RETALHO
Combo RR 12800
Febra ú 11$00

Toucinho . ; : 9300

Costeletas. + 10500
Ricador o 1OSUO
Ossos ERR Ma 4 SU)
Chouriço de febra . . 163500
Chouriço de lombo (paio) 1880
Farinheira. . . + 10300
MoxcelaBNEDa Ro SE LOS00:
Banha Do as = = 9800
Lacão a ADO Re RR TR OU,

Para geral gconhecimento se
passou êste e outros de igual
teôr, que vão ser afixados nos
lugares do estilo.

Sertã e Gabinete da Presidên-
cia da Câmara, 30 de Setembro
de 1941.

O Presidente da Câmara,
(a) Carlos Martins

EDITAL

Carlos Martins, Conservador
do Registo Predial e Comer-
cial e Presidente da Câmara
Municipal do concelho de
Sertã;

Faço saber que Sua Ex.* o Sr.
Governador Civil do Distrito de
Castelo Branco, no uso de po-
deres conferidos pela lei, esta-
beleceu o seguinte preço para &
venda do milho da actual co-
lheita neste concelho :

Em casa do Javrador :
Preços máximos. álitro. . . <S
Alqueire de 13, 1544 12820

Não é permitida a saída de
milho do concelho sem que os
interessados requisitem na Sec-
ção Policial da Câmara a com-
petente guia de trânsito; também
não é permitido o assambarca-
mento dêste cereal, nem. a es-
peculação com o seu preço, fi-
cando os transgressores sujeitos
à apreensão das quantidades que
lhes forem encontradas, e às pe-
nas estabelecidas no Decreto-Lei
N.º 29.964.

Todos os comerciantes, por
grosso, de milho são obrigados
A inscrever-se na Inspecção Ges

ral das Indústrias e Comércio
Agrícolas, sob pena de serem
considerados assambarcadores,

Para geral conhecimento se
passou êste e outros de igual
tcôr, que vão ser afixados nos
lugares vo estilo.

sertã e Gabinete da Presidên-
cia da Câmara, 30 de setembro
de 1941.

O Presidente da Câmara,
(a) Carlos Martins

Carlos Martins, Conservador
do Registo Predial é Comer-
cial e Presidente da Câmara

Municipal do concelho de
Sertã:

Faço saber que nos têrmos do
Decreto n.º 31.509, de 29 de 3e-
tembro últimu, foram estabeleci-
dos os seguintes prazos para o
manifesto do milho, icijao e grão
de bico:

1.º — Até 15 de Outubro para
o grão de bico, muho e iejão
de sequeiro;

2.º — Até 30 de Novembro
para o milho e feijão cultivados
de regadio.

Os manifestantes devem diri
gir-se às Regedoiias onde lhes
Serão fornecidos os competentes
impressos, e preenchêlos com 1n-
teira exactidão, absolutamente
necessária em vista da situação
anormal criada pelo estado de
guerra na Europa,

Os transgressores serão julga-
dos pelo tribunal especial a que
se relere 0 decreto n.º 20,282.

Para geral conhecimento se
passou êste e outros de igual
teôr, que vão ser afixados nos
lugares do estilo.

“Sertã e Gabinete da Presidên=
cia da Câmara, 1 de Outubro
de 1941,

O Presidente da Câmara,

(a) Carlos Martins

GARVÃO

Vendem-se em grandes
q“antidades, ervideiros, azi-
nheiras e cepas para fabrico
de carvão,

Tratar com Lourenço An-
tunes da Silva, — Sobral =

|Madeirã (Beira Baixa).

QUINTA

Na Sertã, vende-se por
190 contos, ;

Tem moradias de Senho-
rio e de caseiro, 30 hectares,
olival, pinhal, terra de se-
meadura e de horta, muita
agua e gado.

Companhia Gurruagens, R.
D. Pedro V, 115 Tel, 23147
—LISBUA,€”LISBUA,

 

 

@@@ 1 @@@

 

CARTA D

E FERIAS

Pedrógam Pequeno
Querida Luzia,

Estou a escrever-te no cimo
de um monte, sentada num ro-
chedo e encostada ao tronco de
sobreiro frondoso que me faz
uma sombra deliciosa.

A? minha volta, sôbre a espla-
nada circular que deve medir uns
duzentos metros de diâmetro,
entremeiam-se rochedos graníti-
cos de formas caprichosas, com
sobreiras mais ou menos corpu-
lentas e enramadas.

A um lado, na parte mais alta
e plana—tam lisinha que se pode
ali jogar o croguet—a capela de
«Nossa Senhora da Confiança».

Que linda invocação que eu
desconhecia! e como sabe tam
bem nestes tempos de dúvidas e
desassossêgos poder confiar — e
então em Quem?!

Não entrei na capela que só
se abre em ocasiões de romaria,
mas pude vê-la bem através do
grajeado de ferro que forma a
parte superior da porta principal.

E” vulgar, no estilo clássico
das nossas aldeias, mas não sei
que beleza maior lhe encontro
aqui, que me apetece mais rezar,
com dobrado fervor e devoção.
E pessoas e intenções vão des-
filando em lenta procissão na
saudosa lembrança logo projecta-
da em prece devota aos pés da
Senhora.

Quem te diria, Amiga, que a
estas horas o teu nome era lem-
brado à Mãe do Céu numa cape-
linha aldeã da Beira serrana?!…

O ambiente ajuda a piedade,
neste silêncio e isolamento que
nos aparta do mundo e aproxima
de Deus |

Abeirando-me da borda do
planalto, para o lado oposto à
encosta que lhe dá acesso, acho-
me debruçada sôbre uma descida
abrupta, quási inacessível, que,
de socalco em socalco, através
de rochedos e sobreiras, vai dar
lá abaixo, ao vale apertado e
pedregoso onde o Zézere corre,
num kosito de água empoçada
aqui e além,

Do lado de lá uma encosta
igualmente escarpada, vestida de
pinheiros; e ao cimo, a uma al-
titude aproximada desta, a tôrre
da igreja rodeada de casario
branco, formando povoação im-
portante. E assim, do distrito de
Castelo Branco, por cima de rio
e vale, ireus olhos vão em visi-
ta ao distrito de Leiria,

Ao longe, no fundo do hori
zonte e cercando-o em tôda a
volta, uma linha de serras que,
vistas daqui parecem ligadas por
montes sucessivos: a da Louzã,
para norte, mais para sudeste a
de Alveolos — salvo êrro ou
omissão dos meus fracos conhe-
cimentos de geografia aplicada
ao terreno…

Mais interessante, muito mais
do que os nomes, é para mim o
aspecto das serras, com suas
cambiantes de tons, azul ferrete
aqui, anilado além, a fugir para
vermelho de onde a onde, con-
forme a incidência da luz ea
espessura das nuvens que andam
grossas e baixas, a ameaçar tem=
pestade, ua

Respiro fundo é consola-me
êste ar embalsamado pela resina
e por umas ervas rasteirinhas
que rescendem | De quando em
quando lufadas de ar fresco tra-
zem ondas de perfume agreste e
adocicado, que faz lembrar mel
e incenso…

A? minha roda, no intervalo
dos rochedos graníticos, forman=
do terreirinhos em volta dos
troncos das sobreiras, tapetes de
feno amarelinho, tufos de giestas
e moitos duma planta resinosa de
flor sêca como a das perpétuas,

Sinto-me creança aqui… Ape-
tece-me deitar-me nestas camas
de-feno tam macio, apanhar mãos
gheias de folhedo sêço das s0»

 

breiras (tam bom para a cama
dos animais…) entretecer tape-
tinhos com as hastes esguias das
giestas.,.

E, sobretudo, apetecia-me brin-
car por êstes recantos da pene-
dia, quartos e salas naturais, sem
necessidade de divisórias ficti-
cias : E

— «Aqui é a minha sala… ali
é a tua cozinha… daqui a pou-
co vens-me visitar…» — como
quando eu era pequenita e brin-
cava com as minhas irmês. Sen-
ti, retrospectivamente, a falta
dêstes rochedos de maravilha,
com as suas saliências para bor-
dos de prateleiras, as suas covas
para armários da louça e os seus
jardins de musgos e líquenes !

Que riqueza teriam sido para
as nossas casas de bonecas |

E que saiidades eu sinto dos
nossos brinquedos de outros
tempos! daquela felicidade sim-
ples e sem artifícios criada por
nós com os tesouros que a natu-
reza nos oferecia, daquela rique-
za de imaginação que nos fazia
achar tesouros num prato par-
tido, no caco de um alguidar, na
fôlha redonda ou espalmada de
uma erva, no grão de arroz de
telhado ou de alpista!,..

As crianças de agora são mui-
to mais complicadas, porque nas-
ceram numa época em que tudo
está mecanizado, artificializado,
civilizado… e não as contenta-
riam estas ingénuas criações in-
fantis do nosso tempo…

Resta saber se com tantos pro-
gressos — quanto se tem dito e
escrito a respeito de métodos e
processos novos de alimentar o
corpo e o espírito das crian-
ças!… —elas são tam felizes
como nós fomos…

Cá estou, pela primeira vez,
em terras da Beira, E, confesso-
-te que, a-pesar-das dificuldades
com que se luta às vezes para
alcançar certos géneros indis-
pensáveis aos nossos hábitos de
citadinas e aos nossos organis-
mos debilitados e combalidos,
trocava, de boamente, a minha
vida de lisboeta, por esta, aldeã,
compesina, rude, agreste,

E não me digas que é o pra-
zer da novidade e que em breve
me cansaria! Ah! não !

Vê lá: não ouvir buzinas de
automóveis, campaínhas de ele-
ctricos, pregões de todos os fei-
tios… Não escutar, a tôda a
hora do dia e da noite tados e
tangos generosos e estridente-
mente ministrados pelas telefo-
nias da visinhança…

Interrompi-me um instante a
prescrutar os ruídos… Ouvi o
rumorejar do Zêzere, lá em baixo,
quási confundido-se com o ci-
ciar das fôlhas das sobreiras. ..

A cegarrega das cigarras es-
tonteadas de calor .. Ao longe,
muito ao longe quási indistinta,
uma voz de mulher chamando
um filho, ou o marido… Ali,
na encosta, o chocalhar das cam-
paínhas de um rebanho de ove-
lhas que pastam entre os roche
dos . Lá mais adiante risos de
crianças que juntam o folhedo
para encher grandes sacos…

E do outro lado do vale o
sino da tôrre que bateu cinco
badaladas…

Continuo a escutar… Há mo-
mentos em que tudo se cala…
Parece que os sons se suspen-
dem .. e só os olhos vivem,
intensamente, gulosamente, que-
rendo entesoirar provisões de
beleza natural, beleza sã, viva,
verdadeira, para a reviver, re-
cordando, mais tarde, quando
acabarem as férias e o dever nos
levar, outra vez, à vida artificial
da cidade…

Ah! querida Amiga! Que re-
fúgio será para mim, perante os
lábios pintados, as sobrancelhas
rapadas, as unhas sangrentas, os
amarelos de vários tons dos ca-
belos, a exibição de pernas, bra-
ços e clavículas nuas, em franco
estendal de misérias físicas e mo-

A Jomarca da Sertã

 

Através da Comarca |

ERMIDA, 24 — (continuação)

Agora, para Os lados da Amieirinha
e Amieira—Cova, vales ligados ao Pi-
côto, surgia enorme clarão. No silên-
cio da noite, tudo se destaca assom-
brosamente, Urros, rugidos, estoiros,
clarões fumiflamantes, indicavam novo.
espectáculo, mas agora dum raro e as-
sombroso belo horrendo 1… Os ven-
tos quási que se enfureceram, pela noi-
te, fazendo descer o fogo a todas as
encostas dos vales secundários. Mais :
fazendo saltar 0 fogo entre as encostas
príncipais e entre as secundárias e,
dentro destas encostas atingindo vários
pontos ao mesmo tempo e formando
várias figuras poligonais, circulares e
das formas mais variadas !,., O espec-
táculo variava de minuto a minuto, A’s
vezes parecia ver-se uma fantástica ci-
dade, com lagos, jardins, ruas, monu-
mentos tudo desenhado a fogo amare-
lo-claro, vivíssimo, dum brilhante dôce
e encantador para a vista. As ruas
eram os pequenos vales perpendicula-
res á nossa frente e às cumiadas prin-
cipais que desciam do Picôto, tendo o
fogo chegado ás calvas das árvores,
formando duas linhas de chama, para-
lelas, ao longo das árvores.

Grandes pinheiros incendiados nas
suas ramas, davam por vezes a impres-
são de grandes árvores floridas dis-
pondo-se o fogo por camadas coloridas,
desde o vermelho puro, ao roxo, cor de
laranja € violeta. As chamas variadas
semelhavam verdadeiras plantas de fo-
go, apresentando côres variadas que se
ligavam pelos fumos, ténues e cerrados,
produzindo esbatidos duma suavidade
e perfeição ideal. Os terrenos circun-
jacentes, a partir do Picoto, formando
um enorme círculo de diâmetro, 5 qui-
lómetros, apresentavam fogueiras, le-
nhas € troncos de árvores que ficaram
ardendo. Enfim, nos ares tremeluziam
imensas luzes que caiam aqui e além e
voavam até grandes distâncias, pondo
cuidados, trazendo a postos todos
quantos nas povoações eram vivos de
10 anos para cima.

O fogo durou até de manhã. Ali, em
frente àquele maravilhoso espectáculo,
a maior parte das gentes viram raiar
a aurora. Eu que pretendi, três vezes
regressar a casa, à procura de certo
repouso, três vezes tive de voltar ao
alto dos cabeços e aí deixei amanhecer,
dando-me à meditação dos imensos fa-
vores da Providência Divina que nos
traz cá por êste mundo, e nos dá a luz,
a graça, O pão e o sol, a-pesar-das
imensas asneiras que todos os dias fa-
zemos.

E tu, alto Cabeço da Rainha, amigo
e bom chefe de todas estas serras e
cabeços; amigo e bemfeitor de todos
êstes povos que ao teu seio vão buscar
tantos benefícios, hoje cobres o rôsto
dum triste manto escuro, e envergo-
nhado, te escondes ao rei da luz que lá
de tão longe te cumprimenta, antes
que erva ou planta, pedra ou cabeço,
verme ou qualquer ser dêstes arredo-
res O possa ver, perdoa aos malfeitores
que têm gosado as delícias do teu doce
mel, os saborosos frutos dos teus vales,
a bela caça dos teus matos, o delicioso
peixe e enguia dos teus ribeiros, a fal-
ta cometida, tu que vives quási só para
êles e és leal e virgem de vistas e co-
biças estranhas,

E agora uma pregunta: — Quanto
tempo demorarão a roçar 100m2 de ma-

rais, das elegantes lisboetas, a
recordação dêstes mêses de alí-
vio em que até encontro beleza
nas caritas ranhosas das miudi-
tas daqui, tam lindas e frescas
quando se lavam e pentelam |

E a verdade é que muitas me
esperam, já de cara lavada, na
volta do meu passeio, só para
se ouvirem chamar bonitas | —
Deus me perdõe se as faço vai. |
dusas ..

E agora, adeus, querida Ami-
ga. Visíteí Nossa Senhora, à che=
gada, mas quero ir visitá la ou-
tra vez e rezar lhe mais um Ter»
ço, ajoelhada ali no terreiro, em
frente da porta principal, à som-
bra da acácia «mimosa» que,
nesta paisagem, me faz o efeito
duma senhora da cidade ao pé
das sobreiras, suas irmãs cam-
ponesas, a olharem para ela, de
longe, com certo espanto…

Até breve, se Deus quizer, pa
ra a continuação dos louvores da
minha aldeia beiroa.

Maria da Soledade

P. S. — Acabo de saber que Pedró-
gão Pequeno é vila, uma vila pequeni-
na, que poderá vir a ser grande e Im-
portante quando os seus filhos se con-
vencerem de que «a união faz a fórça»,

mM 5

(Noticiário dos nossos correspondentes)

to, á mão, para se arrancarem as tor-
gas para carvão e, em quanto tempo fa-
rá o lume isso ? Resposta; —1 dia com
imenso trabalho e, 2 minutos sem qual-
qualquer trabalho.

J. A. Pereira

CAVA, | — A nossa festa não podia
ser melhor. Dos arredores e de Lisboa
veio imensa gente. No dia 21, pelas 6
horas da manhã chegou à Selada da
Cava uma camioneta de Lisboa com,
aproximadamente, 30 pessoas, sendo
recebidas com grandes manifestações
de alegria, queimando-se bastante mor-
teiros; na Cava eram esperados pelo
festeiro sr. Alberto Barata e pelos
mordomos, lançando-se, de novo, mui-.
tos morteiros e também se encontra-
vam presentes muitas pessoas de suas
famílias. A’s 9 horas chegou a Filar-
mónica Oleirense, que percorreu as
ruas, ao mesmo tempo que se deitavam
foguetes; o aspecto das ruas era so-
berbo com muitas colgaduras e bandei-
ras e grandes arcos de verdura com
balões. O arraial tinha uma explêndida
iluminação e a Filarmónica fez-se ou-
vir com geral agrado ; formaram-s> di-
versos bailaricos, que decorreram com
muita animação e sem qualquer inciden-
te, pois já se sabe que o povo daqui é
ordeiro e respeitador, aproveitando as
festas para se divertir e confraternizar,

Na 2.º feira, dia 22, houve alvorada
e à hora conveniente juntou-se tôda a
rapaziada, que, em diversos grupos, ia
comendo os seus farnéis, ao mesmo
tempo que a Filarmónica dava novo
concêrto. Esta despediu-se por cêrca
das 14 horas A’ noite houve baile, que
decorreu muito animado, em casa do
sr. Augusto Pirão Sequeira, que para
todos os seus hóspedes foi de grande
amabilidade,

Na 3.º feira principiou a debandada
gerale neste mesmo dia começou tam-
bém a sair muita gente para Lisboa,
vendo-se que todos iam satisfeitos com
as horas de alegria aqui passadas entre
as pessoas de família e amigos. E

e

Notícias diversas

PÊSO, 26 — Encontram-se quási con-
cluídos os trabalhos de construção da
Casa do Povo desta localidade, aguar-
dando-se com viva ansiedade, para o
próximo mês de Outubro, à inauguração
deste importante e prestimoso organis-
mo corporativo.

—Saiu para Sernache do Bonjardim,
a ocupar o lugar de Director do Colé-
gio «Vaz Serra» o nosso querido amigo
Revd.º P.e Artur Mendes de Moura,

—De visita a pessoas de família ti
vemos o agradável prazer de ver ontem
na nossa terra, O nosso bom amigo Sr.
Mário Bátista da Silva Alegria, distin-
to engenheiro-agrónomo, acompanhado
de sua espôsa, a Exm.à Sr à D. Maria
Júlia de Moura Silva Alegria, e de sua
extremosa mãi, avó e tia, respectiva-
mente Sr.is D. Maria de Jesus Bátista
de Alegria, D. Quitéria Silva Bátista
e D. Laura Silva Bátista.

—A notícia do falecimento do Sr.
Januário Joaquim Nunes, há dias ocor-
rido em Lisboa, foi vivamente sentida
nesta localidade, onde o extinto gosava
das maiores simpatias, Nascera no pe-

 

O nosso patrício Eurico
diz das suas…

Estive agora 15 dias nas Bês-
teiras e não tive o heroísmo ne-
cessário para ir até aí. Quando
me encontro nas Besteiras, sem
camisa e sem gravata, não há
fôrças humanas que me obriguem
a envergar as ditas… Além
disso, eu confesso-me um mau
patriota, um sertaínho de via
reduzida…

Tenho acompanhado a vota-
ção sôbre as árvores da Carva-
lha, vejo que os meus conterrá-
neos estão na sua maioria pos-
suídos de sentimentosarboricidas.
Se tivesse voto nesse areópago,
diria: Repem a Carvalha à es-
covinha, mas poupem-me a ba
gueira grande! Ou então diria
como o Zé David da Galeguia :
«Proponho que se faça o que
está feito e que não se impinhe
a Cambra!

Mofuo para azeitona aVERAGIo
todo em ferro. Vende harato

José André Ferreira «TOMAR

quenino lugar de Sesmarias desta fre-
guesla, por volta de 1859, e muito no-
vo ainda seguira para a Capital, onde
se dedicara á vida comercial, no seio
da qual, conseguiu e manteve, até aos
derradeiros dias da sua existência, um
lugar de merecido destaque, graças ás
suas perseverantes qualidades de tra-
balho e honradez, a par do seu bom
coração.

A freguesia do Pêso perdeu nêle um
grande e devotado amigo que a-pesar-
de viver há muitos anos afastado da
sua terra, a ela consagrara sempre
grande amor, tantas vezes traduzido
em actos de benemerência Muitos me-:
lhoramentos que há feitos nesta fre-
guesia receberam o influxo generoso do
seu valiosíssimo auxílio, pois encontrã-
mo-lo sempre pronto a contribuir com
o seu óbulo para todas as obras que
visassem ao engrandecimento e pros-
peridade da sua terra. Por isso 0 povo
desta freguesia jámais olvidará a sua
gratidão à memória dêste seu filho de-
dicado que a morte traiçoeira acaba de
levar-lhe.

A tôda a família dorida endereçamos
sentidas condolências.

o

PEDRÓGÃO PEQUENO, 5 — Entre
muitos pedroguenses que durante o mês
de Setembro estiveram de visita à sua
terra natal, esteve o nosso presado
amigo Sr. Angelo Pereira, proprietá-
rio do York Bar, em Lisboa.

Deu-nos a gentileza de nos vir cum-
primentar e recordar os seus tempos de
rapaz quando fregiiêntou a escola Vi-
sitou esta precisamente no dia em que
fazia 53 anos depois da sua inaugura-
ção.

Quiz a sua generosidade que oferem
cesse uma recordação para as escolas
da sua terra enviando-nos 5 escarra-
dores de louça com suportes de ferro,
Valiosa dádiva e de grande utilidade,
muito embora não pareça para algumas
possoas.

E” um pedroguense amigo da sua ter-
ra e da sua escola.

Muito grato pois, pela sua bela oferta

— Saíram para Leiria o Sr. Dr. João
de Barros Morais Cabral, espôsa e fi-
lhos; para Coimbra, Armindo Silva, alu-
no da Faculdade de Medicina; para
Castelo Branco, Januário e Luiz Simões
Barata e Amadeu Marinha David Ro-
drigues; para o Colégio de Nun’Alvares,
de Tomar, Adelino Vidigal Marinha;
para Lisboa, os Srs. João da Cruz Da-
vid e Silva e sua filha D. Fernanda
Matos e Silva; Francisca David e Silva,
espôsa e filhos,

SOBREIRA FORMOSA, 5 — Na po
voação de Atalaia do Ruivo, desta fre-
guesia, faleceu, no dia 27 de Setembro,
com 54 anos de idade, o Sr. Joaquim
Dias, casado, irmão dos Srs. P,e Ma-
nuel Vaz, pároco desta freguesia e An-
tónio Ribeiro Vaz, Chefe de Conserva-
ção de Estradas.

—Realiza-se hoje nesta localidade a
festa em louvor do Sagrado Coração
de Jesus, a qual costuma ser muito
concorrida,

Marco Postal

Ex””º Sr. P. José Agostinho
Rodrigues— Orvalho ; Recebe.
mos 15800, sendo 10800 para
pagamento da assinatura até o
n.º 275. Muito obrigados.

Marti. . — Caxias: A sua
poesia é interessante e por isso
desejamos publicá-la oportuna-
mente. Queira revelar-nos o seu
nome; compreende que não deve
fazer caixinha connosco.

Gaio
ATENÇÃO

A Administração dêste sema-
nário, mediante pequena comis=
são, encarrega-se, na Vila e con-
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo
daquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, revistas ou
outras publicações.

 

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)

Vendem se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7400

 

@@@ 1 @@@

 

 

UM GASO ANTIGO:

= yes

Naquêle tempo em que fregiien-
tava a Sertá com mais assidiii-
dade, tinha relações com uma fa
mília muito distinta. cujo chefe,
o Ivo Pedroso Barata dos Reis,
mais conhecido por Ivo da Mata,
desempenhou, por vezes, 0 cargo
de Presidente da Câmara. Um
de seus filhos, o Dr. Ivo do Car-
mo, foi médico municipal em
Mação. Devo-lhe a vida, pois que
tenho a convicção de que foi a
sua intervenção que me salvou
numa grave enfermidade que me
atacou aos vinte e dois anos. E
êle, que me deu a saúde e por
consequência a vida, perdeu a
sua pouco depois porque estava
já contaminado vela terrível tu=
berculose quando vinha visitar-
me,
Um outro filho; era, por esse
tempo, magistrado na Ilha da
Madeira. Acompanhei-o de uma
vez que êle tinha vindo à Metró-
pole, no carro que o transportava
de Sertã a Tomar. Afável, bisar-
ro e muito dado, abriu a mala,
e foi-nos mostrando alguns ar-
tefactos e peças de vestuário usa-
dos pelos Ilheus, Houve um ou-
tro que foi Escrivão de Fazenda
(ou Secretário de Finanças, como
hoje se diz) na Sertã. Só me res-
ta falar de uma irmã dêstes, cujo
nome ignoro, e que suponho ain-
da existir. Todos muito dignos,
muito ilustrados, que deram lus-
tre ao nome que os vinculava e
aos pergaminhos de família. que
os enobreciam.

– Se vou falar na irmã, é para
contar, um episódio da vida des-
ta senhora, em que intervim — o
que ela talvez ignore Se essa
senhora ler estas linhas, que a
não desvirtuam nem a deslustram,
é provável que tenha um sorriso
bondoso e de saiidade na recor-
dação de um tempo, já tão dis-
tanciado. ..

Já lá vai, talvez, mais de meio
século, depois do caso que vou
contar.

Essa senhora, que se destaca-
va pela sua seriedade e nobreza,
tinha o casamento combinado
com o Máximo Franco, já fale
cido, cavalheiro bem conhecido
na Sertã, onde foi comerciante.
Este” senhor era amicíssimo do
chefe da Estação Tel.” Postal da
Sertã, António Dias Tavares,
acompanhando-o nos seus pas-
seios das horas vagas, e fazen-
do-o confidente dos seus amores
e segrêdos.

Um dia, por um motivo qual-
quer que ignoro, as relações en-
tre o Máximo e a Senhora da
Mata, resfriaram, e por fim fali-

A Comarca da Sertã

 

ram. Suponho que ambos senti-
ram O golpe, porque se amavam.

O Máximo foi logo confiden-
ciar ao seu íntimo amigo o caso,
que lamentava do coração,

O telegrafista, que simpatizava
muito com a ex noiva do seu
amigo, exultou no íntimo, e sem
dar conhecimento a ninguém de
uma resolução que lhe brotava
expontânea no coração, escreveu
uma carta ardente a essa senho-
ra, apr do-lhe. prop
de casamento que esperava ela
deferisse em harmonia com os
seus desejos.

A senhora não demorou a res-
posta : — uma carta digna, séria,
pensada, onde se abria uma al-
ma a explodir num grito de dôr:

€.. «Que agradecia muito a
confissão e pretensão, mas que
depois de tanto ter amado o
Máximo, não podia amar mais
ninguém. o

O telegrafista, quê era meu
amigo também, veio desabafar
comigo a sua situação, e dar-me.
a carta a ler.

Eu compreendi, num relance,
o drama daquela alma que assim.
confessava o grande martírio que
a torturava, e dirigindo-me ao
telegrafista disse-lhe com inti-
mativa :

—Vais fazer-me um grande
favor, António…

—bDize…

— Vais, sem perda de tempo,
mostrar esta carta ao Máximo,
que é teu amigo…

—Nunca! Engulia-me ! Não,
não me peças tal… Não conhe-
ces o Máximo…

—Conheço… Vais, António,
e verás como depois, em lugar
de te recriminar, te agradecerá,
chorando e agradecendote!…

Ah! Eu conheço bem o cora
ção humano.

Passaram alguns dias.

Ao encontrar-me de novo com
o telegrafista, êle veio pressuroso
dizer-me :

—Sabes?… O Máximo rea-
tou as relações com a noiva. Ti
nhas razão. Abraçou me muito
comovido quando leu a carta ..

Passado algum tempo os noi-
vos matrimoniaram-se, Tenho a
convicção de que foram felizes.
Residiram algum tempo na Ser-
tã, depois emigraram para a Ma-
ta, e ali, naquele Eden, berço da
familia Barata dos Reis, conti-
nuaram o sonho, até que à morte
arrebatou o Máximo…

Cardigos, 1941.

Oliveira. Tavares Janior

firvores da Alameda Salazar

Comunica-nos o ilustre Presi-
dente da Câmara em seu ofício
de 1 do corrente :

<A Câmara deliberou por una-

nimidade lançar na acta um voto
de agradecimento a «A Comarca

da Sertã» pela forma acolhedora !
que deu à deliberação da mesma:

Câmara sôbre o plebiscito rela-

tivo às árvores da Alameda;Sa-

lazar e pelo desinterêsse, digno
de louvor, com que pôs as suas

colunas à disposição de tôdas as |

pessoas da Sertã que tivessem
real interêsse por obras naquêle
recinto. Mais resolveu que na
neta licasse exarado 0 seu agra-
decimento à quantos se digna-

bre um assunto de tam palpitante
actualidade e interêsse. A Câma-
ra tem o maior respeito e consi-
deração por tôdas as opiniões
manifestadas, as quais estão a
ser apreciadas com o devido cui-
dado e merecido interêsse. Deli-
berou ainda a Câmara mandar
vir um. técnico para dar parecer
sôbre o seu projecto, e oportuni-
dade e maneira mais prática de
p electivar, se fôr viávelo,

2 a o a Pra

a f
* AGENDA -.,
Ca ra e ea a a
Encontra se no Seminário
das Missões de Sernache do
Bomjardim o Rev.º António
Martins da Costa e Silva,

—De S. João de Vila Boa
retiron para Mezão Frio a sr?
D. Maria de Gusmão,

Estiveram; na Sertã, com
sua espôsa e filha, o sr, João
Ferreira; na Cava, o sr. David
| Alves e, em Pedrógão Peque

no, o sr. José Manoel Rebêlo
– de Sonsa, de Lisboa,

—Regressaram a Lisboa:
do Maxiatinho (Sertã), o sr,

Silva e do Rogneiro (Pedró-
gão Pegueno), com sua espô-
Sa, 0 sr. Artur Antunes Mor
gado, q

—De Carnapete (Sertã) re-
gressou a Amadora o sr. Ar-
mindo Brito.

= Vimos nua Sertã o sr. Md-
rio Fernandes, de Lisboa,

—Encontra-se em Lisboa o

| sr. Joaguim Farinha Tavares,

ram manifestar a sua opinião sô. Cónego António Martins dal,

VIDA MILITAR

Encorporação Ê

Relação dos mancebos que fo-
ram destinados ao 2.º turno de
encorporação dêste ano e que
deverão apresentar-se nas suas
unidades de 17 a 21 do corrente
mês de Outubro:

Freguesia do Cabeçudo —
R. Eng. 2— Lisboa: José Nunes;
filho de António Nunes e de Ma-
ximina da Conceição.

Freguesia do Castelo—2.
G. C. Subsistências — Lisboa:
António Alves, filho de Alexan-
dre Alves e de Maria de Jesus;
José Lopes, filho de António Lo

pes e Maria de Jesus,

Freguesia da Cumiada-R.
E. 2—Lisboa: Joaquim Pedro,
filho de José Pedro e Clementina
de Jesus; Manoel Nunes, filho de
José Nunes e Maria Luíza.

Freguesia do Figneiredo —
2.º G. C. Subsistências—Lisboa: |
Brilhaniino da Silva, filho de
Ambrósio Domingos da Silva e
Luíza Maria.

Fregnesia do Marmeleiro —
R. E. 2—Lisboa: Elias João Ma-
noel, filho de João Manoel e
Emília Cardoso.

Freguesia de Palhais—An-
tónio. Marçal, filho de António
Marçal e Carolina d&Jesus.

Freguesia de Sernache — R.
E. 2—Lisboa : António Coelho,
filho de Teotónio Coelho, fale-
cido e Maria Antunes Duarte;
2.º G, €, Subsistências—Lisboa:
António Nunes Mendes, filho de
Manoel Nunes Mendes e Virgínia
Maria de Jesus.

As guias são requis tadas na
Secretaria da Câmara Municipal
a partir do próximo dia 13, 2.º
feira.

Aviso

“O soldado n.º 308/38 do R,
C. 6, Augusto Martins, residente
em Vale da Galega (Adega),
freguesia de Pedrógão Pequeno,
deverá comparecer no Comando
da Polícia de Segurança Pública
de Lisboa, Esquadra de Santa
Marta, no dia 24 do corrente,
pelas 8 horas, a-lim-de ser sub
metido a exame para guarda pro-
visório, devendo ir munido do
Bilhete de Identidade ou cader-

neta militar,

AQUELA VOS…

(a F M.)

:-« Tinha na voz vibrante e aveludada
Inflexões simpáticas, suaves

Como o trinar das aves
Numa fonte de lenda ou de balada…

Cadências maviosas… maviosas…

Tal os acordes duma lira eólia,
Perfume de magnólia,

Brando setim de lirios e de rosas.

Meiga oração de arroio,
. estranha sedução

Mágico encanto.

cristalina,

Palpitante de unção,

Doce, rítmica, branda e

peregrina |

Aquela voz meu Deus | quanta magia |
Macia como beijos, como arminho,
A música dum ninho,

‘Os sons distantes duma Avé-Maria,..

Figueiró dos Vinhos, 1 de Setembro, 41.

Maria da Saiidade

Tenente-Coronel Pina Lopes

Foi condecorado com a meda-
lha militar de bons serviços o
sr. Tenente Coronel Pina Lopes,
beirão de fino quilate, que nutre
pela Beira Baixa inexcedível
carinho, defendendo, sempre, com
galhardia, as causas justas que
de perto se ligam ao seu pro-
gresso.

«A Comarca da Sertã> apre-
senta a S. Ex.º as suas felicita-
ções e respeitosos cumprimentos.

EAD a

Pesta de N. 8. da Graça

Na capela de N. S. dos Remé-
dios, subúrbios da Sertã, reali-
za-se no próximo domingo a
tradicional festividade em honra
de N. S. da Graça, com missa e
comunhão às 8 horas, missa can-
tada ao meio-dia e, em seguida,
procissão.

Os fiéis que visitarem a-cape-
la durante aquêle dia alcançam o
jubileu.

 

À margem

da guerra

Este pequeno barco inglês de 50 anos-de idade ocupa-se ago»

ra como caça-minas e pelos seus próprios meios
conseguiu resistir e repelir, avariando-os, três
bombardeiros inimigos, Dornier

Câmara Municipal da Sertã

Principais deliberações toma-
das em sessão de 1 do cor-
rente :

PARQUE DA CARVALHA

Lançar na acta um voto de
agradecimento à Direcção do se
manário local «A Comaica da
Sertã» pela prova acolhedora que
deu à deliberação da Câmara sô-
bre o plebiscito relativo às árvo-
res da Alameda Salazar, e pelo
desinterêsse, digno de louvor,
com que pôs as colunas do seú
jornal à disposição de tôdas as
pessoas da Sertã que tivessem
interêsse por obras naquele re-
cinto,

— Exarar na acta o seu agra-
decimento a tôdos os que se dig-
naram manifestar a sua opinião
sôbre o assunto.

— Mandar vir um técnico para
dar o seu parecer sôbre o seu
proj cto e oportunidade e manei-
ra mais prática de o efectivar se
fôr viavel,

OUTRAS DELIBERAÇÕES

— Agradecer à Academia Por-
tuguesa de História a oferta de
algumas das suas publicações.

— Mandar proceder a diversas
reparações no edifício do quartel
da G. N. R

— Mandar proceder a diversas
reparações na escola feminina de
Santo António.

— Delerir vários requerimentos
respeitantes a obras.

— Autorizar diversos paga-
mentos.

ae

+ Neecrologia
D. Maria da Piedade Farinha de Oliveira

Com a idade de 70 anos fale
ceu, na passada 5.º feira, nesta
Vila, donde era natur.!, a sr.’ D.
Maria da Piedade Farinha de
Oliveira, solteira, irmã do sr.
Luiz Farinha de Oliveira, fun
cionário da « âmara Municipal de
Coimbra, a quem apresentamos
as nossas sentidas condolências

Ore

Dr. Pedro de Matos Neves

Entrou no gôzo de licença por
trinta dias, tendo retirado para o
Carvoeiro (Mação) com sua es-
pôsa e filho, o nosso amigo sr.
dr Pedro de Matos Neves. dis-
tinto veterinário municipal dêste
concelho,

GRALHAS
Rectifiquem se as seguintes pa-

lavras no último número: trinca-

deira por brincadeira, na 2º
nota a lápis; e comborça por
comparsa nº «O caso de Silva»

TES,ES,