A Comarca da Sertã nº263 02-10-1941

@@@ 1 @@@

—- FUNDADORES —
— Dr. José Carlos Ehrhardt —

— Dr, oe Henriques Vidigal

omarca .

Eduardo Barata da Silva Corrêa

— António Barata e Silva, ——

José Barata Corrêa e Silva

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO E
a Coluando Ponta da Silva Coreia TIP. PORTELA FESÃO
e REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
à | |RUA SERPA PINTO-SERTA A
> TELEFONE
4 PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS UaaDo 12
4.INo MI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | SU er E
Nº 263 Oleiros, Proença-a-Nova e Wila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) | 1944

Notas … 0 pavoroso incêndio ocorrido na Ermida, que destrain
centenas e centenas de árvores
em pleno rendimento e mato
numa extensão enormíssima,
prova eruberantemente, que
temos razão ao afirmarmos,
repetidas vezes, que existe
absoluta necessidade de criar
um corpo de polícia rnral des-
tinado, exclusivamente, a de-
fender as propriedades de fo-
gos e da pilhagem, que nal-
guns pontos do nosso conce-
lho, vem tomando vulto inquie-
tante, quási sempre a coberto
da impunidade,

E? intolerável que a proprie-
dade particalar esteja sujeita
ao ronbo e aos mais graves in-
cêndios provocados, imprudens»
te on maldosamente, por quem
se lembre de fazer carvão em
qualquer encosta on vale, onde,
raras vezes, passa viva alma.

Qualquer proprietário paga-
ria de bom grado nma pegue-

na percentagem sôbre as con-.

tribuições destinada a manter
a polícia rnral, que preservas:
se o que é sen da rapina e do
incêndio. Além disso, torna se
forçoso proteger as nossas flo-
restas, que constituem uma ex-
traordinária riqueza econó-
mica.

A propósito, diz «A Beira
Baixa»: «Em 1937 o nossa

Junta Provincial pôs o proble-)

ma florestal dos concelhos da
serra, que veio a marrar no
obstáculo de não haver pará:
grafo na lei que autorize o
dispêndio com a sua guarda
florestal. E no entanto a Beira
Baixa ocnpa no mapa da pro»
dução da resina o quarto lo-
gar com 3 627 586 pinheiros
com feridas na ilharga a des-
tilar resina, que rendem aos
proprietários 3 047.880840,
Três milhões de escudos é ser-
ra de dinheirama mesmo para
gualguer feliz resineiro com
assento legal em rendoso mo-
nopólio, quanto mais para a
pobre gente serrana que tem
na resina achega para não
morrer de fome. Do pinhal
dos concelhos da serra arde:
ram êste ano milhares, âmas
nhã e depois irão os mais, até
gue o manto da miséria amor»
talhe as suas populações».
Sra
APARECE gente no nosso
mercado — de fora quási

tôda, como é evidente que dá |

todo o dinheiro que lhe pedem
pela coisa mats simples e cos
mezinha, desde um molho de
conves «o galinácio sêco de
carnes só abundante em penas,
candidato à tuberculose !
Como tem bago com fartura,
essa gente paga sem regatear,
deixando a ver navios os com-
pradores mais modestos, que
vivem em permanente regine
de compressão orçamental,
dando mil voltas ao miolo pa-
ra fazer face ao indispensável
encargo da vrincadeira. Esses,
coitados, têm de pagar indo

HERÓIS DO MAR
-EE—— gi —— 3

célebre jornal inglês «Times» re-
O foriu se, hã dias, em têrmos elo

giosos á acção da marinha mer-
cante portuguesa no salvamento de nãu-
fragos de navios terpedeados. Aquêle diário
londrino: destaca o caso do vapor «Sai la-
des», e d» seu capitão Joaquim Raínho
que, pela sua iniciativa e generosidade
contribuiu, de maneira decisiva, para sal-
var dezasseis dos náufragos que correram
os mais sórios riscos quando do afunda-
mento, no Atlântico, do navio inglôs «Hol
msid»,

De facto, merece especial referência
a tragédia dos náufragos inglêses — pelo
que revela de heroísmo, resistência e tena-
cidade — o o procedimento do comandante
e tripulação do vapôr português que cum-
priu, com abnegação e galhardia, o dever
de solidariedade entre marinheiros anglo
lusos, de bá muito comprovada.

Relatemos, em largos traços, a tra-
gédia que vitimou o «Holmsid» : Êste bar-
co fazia parto dum grande combuio que
se dividiu, seguindo alguns vapores para
Africa e outros para Gibraltar. O «Hel-
msid», foi atingido por dois torpedos que
o cortaram a meia-nau, sem que a tripula-
ção, que era de 37 homens, tivesse tempo
de arrear as balieiras: Em breve o navio
foi-engulido pelas ondas.

E começou então a heróica odisseia.
Apenas 16 homens ecnscguiram agarrar
as jangadas, que boiavam perto, Os res-
tantes 21 pereceram, O imediato do «Hol-
msid» nadou durante oito horas para al-
cançar uma das jangadas, num esfôrço de
titan que confirma o espírito valoroso dos
inglêses,

Durante cinco dias vogaram sôbre as
ondas, sem nada de comer nem de beber.
Quando a sôde os atormentava mais, mo-
lhavam os lábios com água salgada. Em
seu redor, de quando em quando, divisavam
o dorso escuro dos tursarões que 08 escol-
tavam teimosamente, No entanto, com resi-
gnação e serenidade, alimentavam ainda
uma esperança. E essa esperança súrgiu-
lhes com o aparecimento do «Saiidades»,
quando já pouco mais poderiam resistir.

Navegava êste barco com rumo à ilha
de 8, Tiago, Cabo Verde, quando avistou,
a muitas milhas, uma luz branca com a
qual faziam repetidos sinais. Não era, po-

rém, possível entender o significado daquê
les devido à grande distância a que o
«Saiidades» se encontrava, A-pesar-disso
o comandante Rainho fez rumo para ali
com o pressentimento de que se tratava de
náufragos. Decorreram três quartos de
hora até que o «Saiidades» se apercebeu
do que se tratava, Os sinais brancos eram
acompanhados por uma luz vermelha, in
dicativa de socorro. E então, no meio da
escuridão do fim do dia, a tripulação do
barco; português avistou 3 jangadas liga
das umas às outras e nas quais jaziam 16
náufragos.

Procedeu-se ao sen salvamento e a
maioria dôles não deu por iaso, tão exaus
sos estavam O estado dos marinheiros in-
glôses, que tinham andado cinco dias no
mar, numa prova verdadeiramente heróica
de resistência e tenacidade, era indiscutível.

A bordo do «Saiidades» foram trata-
dos com o carinho e camaradagem que são
apanágio dos marítimos portugueses.

Alimentados, vestidos com as roupas
que todos es tripulantes, desde vu próprio
comandante, lhes cederam, e tratados dos
ferimentos que haviam recebido, chegaram
finalmente a Lisboa,

E agora, para finalizar, o último epi-
sódio desta epopeia marítima que o «Diá-
rio de Lisboa» de 1 de Agosto passado re-
latou :

O cônsul inglês, om Lisboa, e o co-
mandante da «Holmsids — a quem o co-
mandante Baínho havia cedido um dos
seus fardamentos — preguntaram quanto
lhes deviam pelos géneros, roupas e taba-
co fornecidos aos náufragos. late com a
nobreza sóbria da gente do mar, respon
deu:

— Nada me devem! Eu é que me con-
sitero bastante feliz por ter pago na mes-
ma moeda o que devia aos inglôses desde
a outra guerra.

E, então, recordou que no conflito
mundial o seu barco fôra também torpe-
deado, e que andara, igualmente, perdido
no mar, até que foi salvo pela tripulação
dum navio inglês

Irmãos na mesma tragédia, da mesma
odisséia e do mesmo hercísmo,

Prova de reconhecimento e de solida-
riedade,

SERTA- ALAMEDA DA CARVALHA

Minha ORRET meu passeio diário
Que saúilades tenho de passados dias

* Meu Senhor do Cenvento, do Bemfin,,
Eu vou-me embora, lembra-te de mim,

Luiz da Silva Dias

“.«. d lápis

quanto lhes pedem ou vêm-se
compelidos a sair do mercado
com as mãos a abanar !

Que se paguem as coisas
necessárias à alimentação por
preço razodvel, está bem; o
contrário é impradência, dis-
parate e esbanjamento, que as
próprias pessoas endinheira-
das devem evitar porque é uma
afronta aos pobres.

De resto é habituar mal os
vendedores, que caem no ruim
costame da extorsão !

<eo ao

D’!ZEM-NOS gue ali para os

lados da Ermida se pra-
tica o man costume de não en-
terrar ou de enterrar à super-
fície da terra os animais do-
mésticos que morrem nas po-
voações, como ovelhas, porcos,
etc.. Dagui resulta que os ca-
aáveres estão sujeitos à vora-
cidade dos càis e exalam um
cheiro pestilencial, pondo em
perigo a saúde pública.

d Custaria muito fazer as
inumações com a devida pro-
fundidade? Não. Eº um rela-
xamento que pode sair caro e
que muitos, na sua lamentável
ignorância das mais radimen-
tares regras de higiene, não
compreendem, só se lembrando
de Santa Bárbara quando faz
trovoada…

oro
ESTÃO as vindimas à porta,
esperando-se nma sofrível
produção de vinho na nossa
região,

Por muito boa que ela fósse,
já sabemos que mal chegaria
para o consumo durante a ter
ga parte do ano, porque a, vi-
nha, entre nós, é de fraco
rendimento atendendo à pobre-
za do solo para esta cultura.
As restrições impostas ao plan-
tio, vierum, por certo, tornar
mais escassa a produção per-
manecendo improdutivos lar-
gos tratos de terreno que não
têm qualquer outra utilidade.
Há que solncionar êste pro-
blema, porque aqui não se po
de usar da proibição imposta
a-ontras regiões, onde a terra
magnifica para vinha, se apre-
senta basta de bacelo, criando
uma crise de abundância e,
consegilentemente, a desvalo«
rização do vinho, talvez pior,
nos sens efeitos, que a carêns
cia acentuada,

A verdade é que os vinhos
regionais, de tipo clarete tos
dos êles são muito bem apala-
dados e, aparentemente fracos,
trepam que é um consôlo!

HO

À pobre França, martirizada
pela guerra, vê-se agora
apavorada com o terrível fla-
gelo da tnbercnlose, que cor-
roe impiedosamente tôdas as
camudas da população em con-
segliêncio da falta de alimen-
tos Contrange a sua sitr ação,

triste e quási sem remédio;
numa agonia lenta e crudelts-
sima, .-

@@@ 1 @@@

 

Haviamos noticiado que, na
4.º leira, 24 de Setembro, se de-
via exibir no Adro de S, João o
sensacional filme «Feitiço do Im»
pério>, por que muitos cinéfilos
ansiavam.

Boas contas deita o preto…

De véspera chove um pouco
e o céu apresentava-se de mau
cariz; na 4.º feira choveu bas-
tante de tarde, mas ao anoitecer
o mau tempo cessara e o firma-
mento, como por encanto, apa-
recia estrelado, liberto de nuvens.

O homem -do-cinema, perma-
necendo aqui-enquanto houve
chuva, achou melhor prosseguir
viagem ante a perspectiva de o
tempo não mudar.

Quem tal adivinharia! Incon-
venientes do cinema ao ar livre.

Oo

“NASCIMENTO

Na
dio

Õ

A Comarca da Sertã

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Português, tomada emrecentereii-
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obrigatório : = — (LºeZociclos) Admissão à Universidade — =

«Pai nosso, que estais no céu. | =
1 Santiticado seja o Vosso nome,
2 Venha a nós o Vosso reino.
3 Seja feita a Vossa vontade, as-
sim na terra como no céu. 4 O
pão nosso de cada dia nos dai
hoje. 5 Perdoai-nos as nossas

doamos a quem nos tem ofendi-
do. 6 E não nos deixeis cair em

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mal, Amen». E % des Rabacinas, inscrita ne matriz
A fórmula apelativa passou do A N U N CI O li sob o art,? 15.325, e

singular para o plural, de-certo
por ter em português expressão
mais respeitosa.

ro

Marco Postal

(2.º publicação)

Faz-se saber que no dia quatro
do próximo mês de Outubro, (pe-
las doze horas, à porta do Tribu-
nal Judicial desta comarca, se
há-de proceder à arrematação em

 

Exm.º Sr. Amilcar E. de Oliveira — | busta pública dos prédios w se=
Lisboa — Muito obrigado pelas explên- | guir indicados, penhorados na
didas fotografias que enviou, tendo pe- execução por custas em que

ADLER Cent DRA ana exequente o Ministério Público e
Exm.º Sr. Alfredo Delgado — Lisboa | executados Domingos Osrgaleiro

RED um a de ortéio, dele mulher Luiza Gonçalves, do

1 cando a assinatura paga afé ao É

n.º 280, Agradecemos a atenção e quan- domo dao gia DE

do puder, queira indicar-nos novos as- | 408 Montes Ga Senhora, desta

sinantes, comarca,

PRÉDIOS :
QUINTA 1.º—Terra de pão, no sítio das
4 Brazinas, limite das Rabacinas,
Na Sertã, vende-so por | inscrita na matriz prediul sob o
190 contos. art? o datos ts
“ ta na onservatória so OD,
: Tem moradias de Senho- 28,202, Vai pela primeira vez à
rio e de caseiro, 30 hectares, praça no valôr de cento e sessens
olival, pinhal, terra de se-[ts e dois esculcs o citenta cen-
meadura e de horta, muita | tavos.— 162580.
agua é gado. 2,º—Terra de cultivo com oli-

 

descrita ma Qonservatória sob o
n.º 28.203, V6i pela primeira vez.
à praça no velôr de mil quinhen-
tos e dezoito esoudos,—1,518500,

3º— Terra de oultivo com oli=
velras, no sítio da Sarnadinhe,
límite das Rabacinas, inscrita n+
matriz respectiva sob o art.
17.005, e desorita na Conserva-

4) tória sob o n.º 28,204, Vai pel»

primeira vez à praça no valôr de
clnooenta e dois esgudos e olten=
ta centavos. —b2580,

4,—Terra de cultivo, no eítio
da Fonte, limite das Rabacinas,
insorita na matriz sob o art.
15.529, e descrita na Conserva»
tória sob o n.º 28,205. Vai pela
primeira vez à praça no velôr de
dols mi! quinhentos é oi b
e seja esoudos e quarenta contas
vos.—2 656540.

Sertã, 30 de Julho de 1941,

Verifiquei—O Juiz de Di-
reito, Armando Torres Paulo.

f) Chefe da 3.º Secção, int.?,

Companhia Carruagens, R. veiras, no sítio do Barro, limite

Armando António da Silva,

— LISBOA

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É termina em 10 de Outubro

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Garlos Martins, Conservador
do Registo Prediale CGomer-
cial e Presidente da Câma-
ra [Municipal do Goneelho ‘
de Sertã,

Contribuição Industrial

EDITAL

Lúcio Amaral Marques, Che-
fe da Secção de Finanças

Ú do Concelho de Sertã,
Usando da competência que me

é conferida pelo S 1,º do art.º 230] Fuz público que, ds harmonia
do Código Administrativo, faço sa- | com o disposto no artigo 7.º do
ber que se há-de proceder no ter-| Decreto Lei n.º 24.916, de 10 de
ceiro domingo de Outubro do ano | Janeiro de 1935, e dentro do pra.
corrente, pelas 9 horas da manhã, |zo de 15 dias que se começam a
à eleição das Juntas de Freguesia | contar da data do presents edital
dêste concelho pela forma prescrita | podem os contribuintes das Fregues
no Código referido, sias do concelho de Sertã sujeitos

Só podem ser votadas as listas | à Contribuição Industrial Grupo
apr das ao Presidente da Ga-| O, tomar conhecimento das impora
mara até 12 dias antes do designa- | tâncias do rendimento tributável
do para a eleição, Jivado pela Comissão respectiva é

Cada lista deverá conter 6 no=| apresentar no mesmo prazo quais«
mes, sendo 3 para efectivos e 3 pa=| quer reclamações para a mesma
ra substitutos, é no acto da apre- | Comissão, sôbre as importâncias
sentação uo Premdente da Câmara | fivadas.
cada lista deverá ser acompanha As reclamações lavradas em pa-
da de uma declaração assinada por | pel selado devem ser ossinadas pe=
ô eleitores inscritos no recensea- | lo interessado, ou a seu rôgo dada
mento eleitoral da respectiva fre« | perante Notário quando não souber
guesia. escrever,

Para constar se passou êstea| E para que chegue ao conhecia
outros de igual ter que serdo afi- | mento de todos, se pass.u o pres
mados nos lugares do estilo e pu- | sente edital a outros de igual teur
blicudos no jornal local. que vão ser afixados nos lugares

Sertã e Gabinete da Presidên- | de estilo.
cia da Câmura, 23 de Setembro de Secção da Finanças do concelho
1941, de Sertã, 22 de Setembro de 1941.

O Presidente da Câmaro, O Chefe da Secção de Finanças,
(a) Cerlos Martins E
Lúcio Amaral Marques

io ra e Cheg.| Part. Cheg. | Part.
SERNACHE do BONUARDIM | EA E
eee | Pedrógão Pequeno.) — | 630 |Sertã. . . . |) — 118,00 GARY O
” |Ramalhos. . . .|6,50/655 || Póvoa R. Cerdeira .|18,20/18 25
CURSO LICbAL Póvoa R. Cerdeira .| 7,10] 7 15 |Ramalhos. . |. 18,40 18,45) Vendem se cm grandes
Professor diplomado lee-[Sertã. . . . 730] — | Pedrógão Pequeno [19,00] — | quantidades, ervideiros, azi-

ciona o 1.º ciclo dos liceus) a 4 do Jalho 2:30 de Outubro, efetia-so

(1º, 2º e 8º classes), apre- | fodos os dias excepto aos domingos.

sentando a exame, Je 1 de Movembro a 30 de Junho, efeciua-se
Nesta Redacção se infur- | às 2.º, 9.º a sábados,

ma, |

ERES ie 7

De 4 de Julho a 30 de Outubro, efectma-sa
fodos os dias excepto aos domingos.

De 1 de Novembro a 30 de Junho, otectua-sa
às ds, 6º q sábados,

Este horário anula todos os anteriormente aprovados

oe ri

Norberto Pereira
Gardíim
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@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã

Sernache do Bomjardim

Colégio «Vaz Sera». — Ins-
pector do Ensino Particular.

De passagem, na sua. visita
oficial a vários estabelecimentos
de ensino, esteve nesta localida-
de o Sr. Dr. Carlos Moreira,
ilustre Inspector do Ensino Par-
ticular.

Honrou também S. Ex.º, com
rápida, mas atenta visita, o Co-
légio «Vaz Serra», cuja esplên-
dida localização e adequadas ins-
talações, em magnifico e espaço-
so euifício, cremos terem deixa-
do ao distinto funcionário exce-
lente impressão, pois são, disse,
dos melhores que tem encontrado.

E? de registar a tão expontânea

quanto, para esta linda aldeia, ‘

grata e autorizada apreciação do
Ex.=º Inspector do Ensino Par-
ticular, cujas palavras, em breve
troca de impressões, vieram con-
firmar a nossa já anterior convic-

ção de que S. Ex.” junta à sua,

alta competência o bem patente
empenho de elevar o nível e pro-
mover a valorização do ensino
particular prestando, assim, com
superior e eticiente acção directi-
va, inapreciável serviço a está
importante e já imprescindível
modalidade do ensino público.

Es
SO

Sopa dos Pobre

Movimento de Março

DESPESA
Sopa diária a 40 indigen-
fest ras lot ostenta 14880
RECEIT
Cota mensal de (anóni
mo) . . . . . 10080
Cotas várias . – 191850
Cota de D. Guilhermina
Durão. . . . . 30800
Do Sr. José dos Santos
Dias (Olival)… . 20800
Do ExӼ Sr Couceiro
de Albuquerque . . 20800
(Anónimo) por intermé-
dio da «Comarca da
Sertã l. “04. + 20800
381$50
Movimento de Abril

DESPESA
Sopa diária a 40 indigen-
fes SA au da min Taotso

RECEITA

Cota de anónimo . .

>». » sócios. . . 188830

>» da Câmara – 100800
» de D Guilhermina

Durão, . . +. 30800

AISSIO

A Direcção agradece, muito

reconhecida, em nome dos po-
bresinhos.

100800

HD

AMIGOS!

A Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den:
tro do máximo das suas possibi-
Jidades,

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro.

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.

«Vida por vila» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim |

De
ATENÇÃO

A Administração dêste sema-
nário mediante pequena comis=
são, encarrega-se, na Vila e con-
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo
daquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, revistas ou
gutras publicações.

iAtravés da Comarca |

VILA DE REI, 21 — Em serviço do
Estado fui há uma boa quinzena a uma
das mais próximas povoações da sede

| da freguesia de Fundada, aproveitando
a oportunidade para uma visita a esta,

Chegámos ante-pôr do sol, uma bri-
sa amena predispunha-nos para o fim
desejado, ver e inquirir dos melhora-
mentos ali feitos.

Cumprimentámos alguns amigos e lo-
go a curiosidade do fim da nossa visita,

Dissemos, divisando contentamento,

| orgulhosos da oba para que todos com

boa vontade concorreram, despresan-
! do interêsses ou prejuízos com o fito
‘ na elevação e engrandecimento da sua
terra.

As ruasoutróra apertadas, mas Cheias
de socálcos lamacentos, outras servin-
do de estrumeiras hoje bem calcetadas
e ampliadas, assim como o largo fron-
teiro á matriz, espaçoso e em boa dis-
posição ; ao cimo uma ampla escadaria,
ladeada pelo cruzeiro dos centenários e
por um painel com a efígie da Imacula-
da, símbolos da fé e da Pátria, dois
motivos que o crente no seu acesso ao
1 templo, ali podera conjugar, consubs-
| tanciando-os nesta época de dolorosas

incertezas.

O adro novamente arborizado com
oliveiras, árvore simbólica da paz e

+ abundância, mostra-nos as cúmiadas

| distantes, divisando-se dali um extenso.
panorama que realça á vista pela gran-
deza do seu colorido.

A extensão da obra do Estado Novo
chega às aldeias mais recônditas, quan-
do os seus dirigentes num movimento

! de um por todos e todos por um, ape
lam, e nunca em vão, para o mesmo

Estado.

A obra merece encómios, não pela
sua grandiosidade, mas pelo seu signi-

cado.

Felicitamos a Junta de Freguesia e
as individualidades apontadas pelo seu

* presidente na resposta á inquirição fei=
ta por êste hebdomadário, pelos esfor-
ços dispendidos para tal realização.

Porém dizem-nos, que um extremo
bairrista, o Sr. Amilcar Cardiga, dedi-
cou a estas feitorias todo O seu carim
nho, num trabalho de direcção repre-
sentativo de algumas canseiras.

t esejamos pois, que a maior aspira-
ção daquêle povo, ligação directa Vila
de Rei — Sertã, passando por Fundada
seja tornada facto.

Anda em obras a matriz desta fregue-
sia, na sua simplicidade, bem caiada,
dá-nos a impressão mais agradável e
mais dê

Muito bem, Sr. Rvd º? Vigário,

—E! pRee a falta aqui de géneros
alimentícios, o qu bastante dificulta a
vida; adeus tabelas, quando vos torna-
remos a ver.

—Regressaram: De Nazaré os Ex.mos
Srs. Drs. José de Olivelra Xavier e
Abílio Francisco Gouveia.

—bDa sua casa de Benfica, o Sr. Dr.
Eduardo de Castro.

—Partiram
Sr. Dr. João Germano Neves da Silva,
assistente nos hospitais civis e Afonso
Barroso.

—lEncontra-se já aqui com sua Exm.2
espôsa o Sr. Joaquim Nunes Campino.

—Retirou da sua casa de Lagoa Ci-

| meira, Fundada, o distinto causídico Sr.
Dr. Virgílio Godinho. c

é

Uma grando queima nas
faldas do Cabaço
da Rainha

ERMIDA, 24 — No dia 13 do corrente,

5 DE OUTUBRO

Passa no próximo domingo, o
31.º aniversário da proclamação
da República Portuguesa, movi-
mento Paco organizado por
uma plêiade de valorosos e leais
portugueses, que não estavam
dispostos a suportar indefinida-
mente os vexames e vilipêndios
que oprimiam o País,

O esfôrço ingente dêsses ho-
mens redimiu êrros passados e
marcou o limiar de uma vida no-
va, consentânea com as idéias
de um povo que logo ao alvore-
cer da nacionalidade, intrêpida-
mente aprendeu a defender as
suas liberdades.

Se a acção dos homens do 5
de Outubro foi desvirtuada por
muitos, a História há de fazer
justiça a quem com abnegação e
heroísmo, tudo sacrificou pelo
bem da Pátria estr ida, sem
outro prémio que não lôsse a
satisfação do dever cumprido.

rasa
HORA LEGAL

No próximo domingo os reló-
” los atrazam GO minutos.

ara a Capital o Exm.º.

(Noticiário dos mossos correspondentes)

por 9,30 horas da manhã, espêssos e
grandes rôlos de fumo negro se eleva-
vam nos ares para os lados do Picoto.

Sobem os habitantes das próximas
povoações, Castanheiras e Pernas do
Galego, aos pontos mais altos que pu-
deram alcançar e tudo brada : um gran-
de incêndio ! um incêndio pavoroso pa-
rece devorar todos os campos que ro-
deiam o Picóto!…

Mas, um incêndio é já coisa tão vul-
gar nestes sítios que a maior parte da
gente continuou entregue aos seus tra-
balhos, esperando pelo que dessem os
acontecimentos |

é Poderá extinguir-se com há pouco
aconteceu na Ermida, povoação, e no
outro lado da ribeira, onde a-par-de
sobressaltos e tormentos se dominaram
dois incêndios ?

Enfim quantos incêndios já alastra-
ram pelos campos do Picôto? Lá se
extinguiram a-par-de todos os prejuí-
zos causados !.,.

Quem lançou o fogo ao mato ?

De positivo nada se sabe,

Diz-se que dois irmãos, carvoeiros,
tinham a sua carvoeira acesa alguns
quilómetros abaixo do Picôto, e, en-
quanto um foi buscar uma bilha de
água ao ribeiro, o outro ficou junto da
carvoeira, voltou o primeiro com a
água e encontrou o irmão com grandes
ramalhos a pretender apagar o lume
que alastrava pelo mato. Mais se diz
que um outro carvoeiro, uns dois qui-
lómetros abaixo deste ponto, lançara,
quási ao mesmo tempo, O fogo ao ma-
to ou o deixára fugir para o mato, pon-
tos êstes que não se esclarecem ou
provam.

Seguindo as cumiadas dos vales prin-
cipais que do Picôta descem, o lume
atingiu, após algumas horas, as alturas
dos Picôto, onde essas cumiadas se li-
gam em vasta superfície cónica, fecha-
da, ao longo do Ponto trigonométrico.
Os ventos sopravam um pouco branda-
mente, na primeira parte do dia, Pela
tarde se tornaram mais fortes. Encon-
trando-se o lume em campo aberto, li-
vre, sem vales numa grande vastidão
de matos, espessos, acamados, à roda
do Picôto, ei-lo em marcha cerrada,
veloz, para o oriente, para o ocidente,
estrugindo, estoirando, lançando amea-
çadoras labarêdas para todos os lados,
como se fôsse o mais feroz e terrível
dos gigantes que por ali passasse e pre-
tendesse aniquilar tudo |

Irresistível e assombroso gigante !

Debalde a natureza, ali, lhe opôs
grandes fossos, grandes trincheiras,
cobertas camoufladas das mais irescas
e verdes ramagens, abertas, ligadas
como se concertassem entre si um gran-
de plano defensivo contra êste voraz
invasor! Ele tudo venceu, tudo reduziu
a um silêncio triste de negrume e mor-
te, aquilo que há’pouco era vida, côr,
alegria resplendente e viva do sol,

cantando nas dôces e verdes folhagens. !
Os seus caminhos eram desembara- ;

gados, tanto quanto difíceis seriam a
outro viajante por mais assombrosa
que fôsse a sua força. Aplanou-lhe as
vias um outro Blgante ue por ali pas-
sou, parente próximo do maior aliado
que agora o levou a tão assombrosas
façanhas, Esse aliado foi o vento; seu
parente próximo foi o ciclone que ali
colocou montões de armas tão fulmi-
nantes e destruídoras como as mais
perfeitas e decisivas armas do maior
engenho humano, Essas armas foram

“Livro único”

Como início da remodelação
que está a ser feita no ensino
primário elementar, adopta-se já
no corrente ano lectivo o «livro
único da primeira classe», que
representa, pelos preceitos peda-
gógicos observados e pelas dou-
trinas expendidas, um enorme
proprio na didáctica do nosso
ensino primário.

O mesmo sistema será estabe-
lecido para as restantes classes,
criando-se, assim, a uniformida-
de que se impõe.

-enD4o
FESTAS DOS BOMBEIROS

Sendo necessário encerrar as
contas das festas, o tesoureiro da
Comissão solicita que lhe sejam
apr das a pag; devi-
damente descriminadas, as factu-

ras em débito.

Algumas meninas da Comis-
são distribuíram, pelos doentes
do Hospital, no dia 23, diversas
porções de bolos, açúcar e café,
que cresceram das festas, imensos pinheiros sôbre a terra, sêcos,
cobertos de suas ramas, tão leves e
incendiárias como os mais finos mate-
rials que os homens pudessem inventar
Estes materiais poderão derrubar, tri-
turar, reduzir á morte, à inércia o que
era vida e movimento ; porém êstes ou-
tros materiais, utilizados por êste gi-
gante destruidor, reduzem os seus pró-
prios obstáculos, maiores que sejam a
pó, cinza e nada.

Alcançados terrenos dum vasto e es-
pêsso matagal, compacto, ligado a fren-
te dofogo é de mais de 4 quilómetros, em
recta, com rumo a ocidente. Temos esta
linha de fogo à vista das povoações
das Castanheiras e Pernas do Galego,
respectivamente a uns quatro e três
quilómetros. Línguas de fogo sobem à
altura dos mais altos pinheiros; des-
prendem-se do chão parecendo querer
voar, soltas, pelos ares fora. Há ho-
mens velhos que choram como crian-

as, lançando a vista entre a espessa
umarada a quererem adivinhar o que
irá por lá, por léguas de distância,
onde tinham os seus arvoredos, os
seus matos, os seus medronheiros, e
nada mais veem que fumos, cinzas e
brazeiros!..»

Mulheres gritam, espavoridas ; ofe-
recem missas, sermões vários promes-
sas a todos os santos, clamando mise-
ricórdia. O fogo, providencialmente,
por uns matos fortes que haviam sido
roçados nos terrenos das Castanheiras
separa-se dêstes terrenos e segue de-
vastador para os Pernas do (Galego.
Está a 200 metros da povoação. Cho-
ra-se, grita-se e foi então que o abas-
tado lavrador, Fernandes da Costa, en-
trou na sua capela particular, diz êle,
ajoelhando aos pés da Virgem lhe di-
rigiu as suas orações, parecendo-lhe
ver logo os ventos mudar ao sul levan-
do a tempestade de fogo a caminho da
Relvas, povoação a uns 4 quilómetros,
onde chegou pela noite e detendo-se
aqui por encontrar a ribeira da Atamô-
lha e não ter mais obstáculos a vencer,
ou seja, matos a devorar.

 

Caiu a noite. O céu parecia mais es-
trelado, mas muitas estrêlas moviam-
-se rápidamente para ocidente, mos-
trando um brilho trémulo, avermelhado,
vivo, parecendo sumirem-se no chão,
lá a léguas de distância. Luzes peque-
nas, muito vivas, pareciam chover do
céu, constantemente, inundando vales,
cabeços, alguns pinhais e matos que
escaparam da assombrosa catástrofe, e
foi então que gritos agudos, vibrantes,
terríficos ecoaram entre a Castanheira
de Baixo, e a Castanheira de Cima…
Acudam!… acudam!… ai Jesus! ..
ai Nossa Senhora !… ai que é o fim do
mundo a Castanheira Fundeira a
arder !… acudam!… peçam todos a
Nossa Senhora .. ai Jesusl.,. isto é
um castigo de Deus…

Imaginavam-se já ruas de mato, pa-
lheiros, gados, gente, casas, tudo abra-
sado em fogo… quando ao chegar o
: povo a meia distância entre os dois ca-
| sais, gente que vinha dos trabalhos, ta-
: garelava descansadamente dirigindo-se
| ao casal de cima, — Então que foi isso
por lá 2 — Não foi nada — foi uma faiú-
lha que lançou fogo a uma pouca de
palha na eira e outra falilha a uma rua
do casal; mas tudo foi apagado, rápi-
damente |, Os ânimos sossegaram vol-
tando todos as suas casas a tratar das
suas celas,

(continua)

e ee

ERRATAS

No artigo intitulado «Um che«
fe militar», de autoria de I. F.,
que publicâmos no número 257,
houve um êrro tipográfico no
período final motivo por que o
publicamos agora com a verda-
deira redacção: «Eis, em rápi-
dos traços, alguns dados biográ-
ticos de Archibald Percival Wa-
vel, que o general alemão Keitel
definiu com a seguinte lrase.
«Wavel é o melhor general in-
glês, e é muito, muitíssimo bom»:

o

No último número, na 1.º
nota a lápis, deverá ler-se recta-
guarda por vanguarda.

-sroro
BENEFICÊNCIA

Para os pobres nossos prote-
gidos recebemos : 100800, da sr.”
D. Maria Emilia Alves Pereira
da Silva e 5800 do sr. Mário
Bernardo Cardoso, de Lisboa.

Agradecemos, muito reconhe-

at e De a Dea ai

Estiveram; na Sertã, com

sua espôsa, o sr. General A.
Couceiro de Albnguerque, de
Lisboa; nas Bêsteiras (Ferrei-
ra do Zêzere), com sua espô-
sa, o sr. Eurico César Pires,
de Lisboa; e no Moínho do
Cabo, com sua espôsa, o sr.
Limas Nunes, do Pórto.

— Acompanhado de sua es-
pôsa e filho regressou à Sertã
o sr. dr. Armando Tóôrres Pan
lo, meretíssimo Juiz de Direi-
to da comarca,

— Retiraram para Lisboa:
de Entre-a-Serra, o sr. Antó-
nio Dias; de Alvaro, com sua
espôsa, o sr. Joaguim Ferreira.

erre

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Como auxílio ao nosso sema-
nário foram-nos entregues as im-
portâncias de 25800 e 5$00, res-
pectivamente, pela sr.º D. Maria
Emília Alves Pereira da Silva e
pelo sr. Mário Bernardo Cardo-
so, de Lisboa.

O sr. Artur Antunes Morgado,
de Lisboa, indicou para assinan-
te, o sr. Manoel Francisco, da
mesma cidade,

A todos, agradecemos since=
ramente.

O e
Eleições Administrativas

A convite do Presidente da
Câmara reiiniram no dia 27 de
Setembro, no salão nobre dos
Paços do Concelho, todos os
Presidentes de Juntas de Fregue-
sia e alguns vereadores, a fim de
receberem indicações sôbre o
próximo acto cleitoral, marcado
para o dia 19 de Outubro.

Ficou assente promoverem reii
niões nas sedes das freguesias,
nas quais serão escolhidos os
nomes que hão-de constituir as
listas a apresentar ao sulrágio
popular.

Todos foram unânimes em
aceitar a indicação de que devem
ser escolhidos apenas bons na-
cionalistas, e entre êstes os me-
lhores, e os que mais garantias
possam dar de bem servir e ze-
losam:nte trabalhar em prol dos
interêsses da freguesia.

Ore E
Diversas nobíeias

Foi provida na escola da Cum
miada a professora sr.” D. Hen-
riqueta dos Prazeres Leal,

— À Junta Nacional do Vinho
tornou público que todos os vi-
nicultores são obrigados a ma-
nifestar até ao dia 31 de Outu-
bro, a sua produção, bem como
as rexistências de vinhos e deri-
vados de colheitas anteriores,

— Consta-nos que o novo edi-
fício da Casa do Povo do Pêso,
concelho de Vila de Rei, dispon –
do de amplas e óptimas instala-
ções, será inaugurado por todo
o mês corrente,

— A Câmara Municipal de Pie
gueiró dos Vinhos abriu concur-
so por trinta dias para os loga-
res de professores de francês e
inglês, matemática e desenho, e
ciências físico. químicas e naturais
da sua escola de Ensino Secun-

dário.
ra

IOÃO CARLOS MARQUES

Teve a gentileza de nos apre-
sentar os seus cumprimentos o
sr. João Carlos Marques, digno
Conservador do Palácio Nacio-
nal da Pena, aposentado, resi-
dente em Lisboa, que, acompa-
nhado de sua espõsa, veio visi=
tar a Sertã e alguns dos pontos
mais bonitos dos arredores, que
muito apreciou,

Muito gratos pela atenção,

 

@@@ 1 @@@

 

OCASO DE SILVARES

Anda a polícia numa dobadoi-
ra para ver se encontra o fio da-
quela meada que há de conduzir
à descoberta das causas da mor-
te do comerciante de Lisboa Emi-
lio Alonso Martinez, levado às
paragens do Fundão pelo faro
de um grande negócio da China,
que, tanto é agora a compra de
wolframio, minério de largo a-
proveitamento — dizem — na in-
dústria de guerra e que tem des-
pertado a solreguidão e cobiça
de todos os audaciosos que pre-
ferem, ao trabalho honrado e
trangiilo, lucros chorudos e vida
regalada, ainda que sujeita a
graves contingências… da For-
tuna!

A procura de minério tornou-
se uma autêntica loucura, a ponto
de se haverem organizado qua-
drilhas que saqueiam e apunha-
lam os incautos, amolecendo as
energias dos trabalhadores da
terra, que vêem agora uma ópti-
ma ocasião de se furtarem a can-
seiras, enchendo de ouro os baús
vazios, arrumados ao canto do
desconfortável casebre,

Tão grande é a cegueira que
já vai longo o capítulo das ex-
torsões violentas e dos assassi-
natos cometidos à sombra do
famoso minério.

A policia, instalada no Funão,
há longas semanas, não conse-
gaiu levantar ainda o véu do hor-
rível drama que vitimou o tal co-
merciante espanhol, mas, em
compensação, deitou a mão à
corja que há longos meses infes-
tava Silvares e redondezas, da
qual fazia parte um bandido, com
largas culpas no cartório, Antó-
nio Solipa, caçado, pelas auto
ridades locais em Amioso, po-
voação desta freguesia, onde há
mais de três anos -se acoifava,
vivendo de pucarinho com uma
rapariga do sítio, Maria de Jesus
Farinha, de quem tem três filhos,
infelizes crianças marcadas com
o ferrete da ignomínia, Certo é
que o Solipa, esquecendo se de
que o dinheiro tem um chocalho,
comprou um cavalo, alto como
uma tôrre e bem ajaezado, far-
tou-se de pagar boas-pingas aos
amigos e conhecidos no dia da
festa em Amioso e não ocultava
o invejado recheio da carteira,
pingue, sempre a transbordar de
notas de quilo! 1

O facto despertou suspeitas e,
no dia 23 do passado mês, dei-
taram-lhe a Iuva e mais à com-
parsa, vindo aqui a polícia para
o conduzir ao Fundão, onde terá
de cumprir os 15 anos de prisão
a que estava condenado, respon-
dendo, ainda, pelos assaltos à
mão armada, origem, certamente,
das grossas magauias extorqui-
das, restando saber se é autor
ou cúmplice da morte do co-
merciante.

Que o Solipa chegou a andar
munido de uma pistola metralha-
dora parece estar demonstrado.

E? de topete Este bicho !

As autoridades locais apenas
lhe apanharam seis contos, mas
é de presumir que êle tenha mui-
to mais a bom recato,

Enfim, o minério há de ser a
desgraça e morte de muita gente,

PREÇOS DO MILHO

Foram estabelecidos os preços
do milho de produção continen-
tal — amarelo e branco — para o
ano cerealífero de 1941 a 1942,
que são a o produtor, de 1815,
por quilo, até o fim de Dezem-
bro próximo, de 1$20, de Janei-
ro de 1942 até à futura colheita.

Na venda ao público, os pre-
ços máximos do milho, serão li-

Xados em relação a cada conce-.

lho; pelos governadores civis,
sob fnania das autoridades
concelhias, com base nos preços
no produtor e com o acréscimo
do custo médio do transporte e
de 805 por quilo, como lucro ifí-
qr do intermediário, adoptan-

O-se a mesma base para os pre-
ços máximos da farinha, tendo
em atenção, além disso, a taxa
de moagem, |

a Vomairca davser ta

À estrumeira das Regorisses |

Ao lado da travessa das Re-
gorisses há um olival que há uns
poucos de anos passou a ser va-
sadouro público de muita gente,
que ali lança tudo o que há de
inútil, com a sem-cerimônia pró:
pria de quem se julga senhor em
casa alheia |.

A montureéira, donde se exa-
lava um, cheiro fétido, foi cres-
cendo,. a ponto de provocar re-
clamações dum clínico que tem o
seu consultório próximo do sítio.
Removido o lixo diversas vezes
pelo dono do olival, que em va-
riadíssimas ocasiões pediu à Cã-
mara para ali levantar um muro
e chegou à oferecer terreno para
um mictório, depois de uma no-
va e rápida aglomeração de de-
tritos, foi o mesmo proprietário
recentemente intimado a limpar…
à sua custa, as estao que os,
outros sabem fazer com todo o
descaramento e sem inconvenien
tes.

Achamos um pouco duro que
o dono da propriedade, além de
ser prejudicado com as imundí-
cies nela lançadas, ainda tenha
de pagar as despêsas periódicas
de remoção, sabido que não-há
maneira de evilar o ruim costu-
men, salvo se no local fôsse co
locada uma sentinela !

Julgamos, por isso, mais acer-
tado que a Câmara mande levan
tar um muro, entre a propriedas
de é a travessa, com a altura ne-
cessária a impedir a continuação
da es’rumeira..

f ro+o
MANIFESTOS

Os produtores e-possuidores
de milho, feijão e grão de bico
ficam obrigados, segundo um re
cente decreto, a efectuar o mani-
festo das suas colheitas ou exis
tências: até 15 de Outubro para
o grão de bico, milho é feijão de
sequeiro; alé 30 de Novembro.
para o milho e-feijão cultivados
de regadio.

— Até ao dia do corre-te ‘mês
é obrigatório o manifesto de pe-
les e cortumes referente ao 3.º
trimestre, findo em 30 de Setem-
bro. Os impressos são fornecidos
pela Câmara Municipal.

COBRADOR EM LISBOA

Aceitamos cobrador para tôda
a àrea da cidade. de Lisboa, que
deverá, principalmente, ocupar-
se do recebimento de tôdas as
assinaturas,

A quem o assunto: interesse
deverá dirigir-se-nos sem demos
ra, para explicarmos as condições,

Um verdadeiro amigo da Ser je Necoro Lo gia

A . propósito das referências
elogiosas que aqui fizemos ao sr.
dr. José Carlos Ehrhardt por
ocasião do 50,” aniversário da
sua nomeação para o cargo de
médico municipal do concelho
da Sertã — palavras ditadas por
um elementar espírito de justiça
e gratidão, como Sertanenses que
somos—honrou-nos S. Ex.º com
um cativante cartão de agradeci
mento, do qual nos permitimos
reproduzir uma parte, o bastan-
te para mostrar o alto. aprêço
que o nosso querido Amigo tem
pela Sertã e pela sua gente, atir
mação insuspeita porque é dita-
da pelos sentimentos afectivos,
insofismávelmente.provados inú-
meras vezes :

«Completei efectivamente em
25 de Agosto último 50 anos de
residência na Sertã e continuo
confessando que vim aqui encon-
trar um convívio que, em bem
— estar nunca; poderia ser exce-
dido e por tal forma-me prendeu
e cativou que nunca me ocorreu
mudar, E tanto que ainda cá es-
tou… infelizmente como uma
unutilidade, mas ainda: com a
melhor vontade de lhe dedicar
tudo quanto resta de aproveitá-
vel», a

E? assim, carinhosamente, sin-
ceramente, que se exprime quem
sempre votou à Sertã tôda a sua
extraordinária energia e que o
nosso coração colocou na gale-
ria dos Sertanenses mais presti-
mosos dos últimos tempos.

Palavras de um verdadeiro
amigo desta terra, cuja dedica
ção raras vezes terá sido exce-
dida.

k euro
Ensino. Primário

Acha-se aberta e até 10 de

| Outubro a: matrícula no ensino

primário particular e doméstico.

A matrícula é feita na Direc-
ção Escolar ou nas suas Delega-
ções concelhias.

A propina é paga por meio de
estampilha fiscal de 10800 por
cada classe,

De 10 de Outubro-até 31 do
mesmo mês pode fazer-se ainda
a matrícula mediante a propina
paga também, por méio de es-
tampilha: fiscal; de 50800. por
cada classe,

 

Este número. foi visado pela
Comissão de Censura
e Castelo Branco

 

JOSÉ ESTEVES

Com 78 anos de idade faleceu
no logar de Vale da Cuba, frê-
guesia da Isna, o sr José Este-
ves, viúvo da’sr,* D, Maria Ba-
rata Dão Esteves, falecida há cêr-
ca de 5 anos. Era um dos maio-
res proprietários daquela frêgue-
sia é chefe duma numerosa famí-
lia, que muito o estimava e res-
peitava. Era o mais velho dos
seus 5 irmãos, dos quais apenas
um-lhe sobreviveu, o sr. Padre
João Esteves Ribeiro, pároco da
freguesia de Amieira, impossibi-
litado de exercer as re-pectivas
Iunções por falta de saúde, nos-
so assinante.

Era homem sem letras, nem
tretas, mas possuía no mais clto
grau o culto da verd-de, que o
tornava um bomem de bem em
tôda a extensão da palavra, mui-
to querido e respeitado por todos
os que com êle conviviam de
perto ou de longe.

Deixa 5 filhos, 23 netos, sen-
do um já falecido, e 2 bisnetos,
sendo um também falecido. Os
filhos são os srs. José Esteves,
casado com D. Maria Vicencia
Esteves, da Castanheira, fregue-
sia da Ermida, D. Maria Eseves
Nunes, casada com o sr. tenente
reformado Joaquim Nunes, nos-
so assinante Elmano Esteves,
casado com D. Maria Farinha
Esteves, João Esteves, casado
com-D. Maria da Conceição Es-
teves, todos do Vale da Cuba,
freguesia da Isna, e Francisco
Esteves, casado com D. Maria
do Rosário Esteves, da Amieira.
A neta, mãi dos 2 bisnetos é a
sr.” D. Maria da Cruz Pereira,
casada com o sr. Joaquim Perei-
ra,- do Sipote, Irêguesia da Er-
mida.

No funeral, que se realizou no
dia 21 de Setembro, domingo,
em seguida à missa paroquial,
encorporou-se quási tôda a po-
pulação da freguesia. O ofício
do 7.º dia será no dia | de Ou-
tubro.

Paz à sua alma.

A tôda a família entutada apre-
sentamos sentidas condolências.

HS

Comerciantes. de. milho,
por grosso

Entrou já em vigor o decreto
que estabelece a obrigatoriedade
de os comerciantes de milho,
por grosso, se inscreverem para
exercer legalmente o seu comér-
cio, na Inspecção Geral das In-

d dústrias e Comércio Agrícolas,

tendo terminado no fim de Se-
tembro o praso para inscrição, repre im

A-MARGÉÊM DA GUERRA

veem amem tt

A bordo de um contra-torpedeiro inglês, que escolta um combóio marítimo, o cabo sinaleiro
2.08 seus homens entram em comunicação com os barcos mercantes
por meio de lâmpadas e bandeiras

O grande iicêndio na fre-
quesia da Ermida

Conforme notícia publicada no
último. número, o que se confir-
ma por correspondência da Er-
mida hoje inserta na respectiva
secção, atingiu proporções catas-
tróficas o incêndio ocorrido nas
faldas do Cabeço da Raínha en-
tre os dias 13 e 16 de Setembro.

De harmonia com as declara-
ções dos interessados, os pre-
juízos até agora apurados são os
seguintes: António Dias —5 000
pinheir. s, 40 castanheiros e 150
oliveiras; Manoel Custódio Dias
— 15000 pinheiros e dezenas de
castanheiros e oliveiras; An ónio
Farinha Alves — 200 pinheiros,
10 castanheiros e algumas olivei-
ras; José Fernandes da Costa —
50 pinheiros e mato no valor de
cinco mil escudos; também aquê
les tiveram elevados danos nos
matos; Libânio Lopes de Almei-
da e Sebastião Alves ficaram sem
muitas das suas melhores árvo
res de rendimento, pinheiros, cas
tanheiros e oliveiras e aínda ex-
tensas porções de matos. Os pri-
meiros quatro proprietários são
da Perna do Galego e os dois
restantes das Relvas.

Dos vales que-do alto do Pi-
coto descem para o sul, oté à ri-
beira da Isna, destaca-se o cha-
mado da Amieira-Cova, que de-
ve contar uns sete a oito quiló-
metros de comprimento. Metade
dêste vale, com matos, arvoredo
e medronheiros, pertence a An=
tónio Dias, da Perna do Galego;
pelo sul pertence à Castanheira
Fundeira. Foi êste o iprincipal
terreno atingido pelo fogo, quá-
si nada ficando dos seus matos
da ribeira ao Picoto. A leste fi-
ca o Vale do Mendo e a oeste da
Amieira Cova fica a Amieirinha,
vale que também ardeu, excepto
uma parte do lado poente e sul
(terrenos da Perna do Galego e
Castanheira Cimeira).

Os prprietários da Castanhei-
ra Pundeira, José Esteves, Antó
nio Alves, José Matias e José
Farinha e os da Castanheira Ci-
meira, Manoel António, M-noel
Domingos, David João, Sebas-
tião Pereira, José Dias, João Al-
ves e Manoel Nunes perderam
uma elevada soma de pinheiros
de sangria, alguns castanheiros
e muitos milhares de pinheiros
novos, de que desapareceram
courelas completas,

Mais próximos da ribeira da
Isna, ao fundo dos vales de
Amieira-Cova, Vale do Mendo e
Amieirinha, ficam os terrenos
pertencentes a Castanheira Fun-
deira, que, em grande parte,
também arderam e bem assim
alguns da, Castanheira Cimeira,
principalmente a norte e oeste
do Vale de Amieirínha (Cór da
Gaiola). Daqui, do cimo de
Amieirinha (Cór da Gaiola) para
ocidente, seguem-se terrenos da
Perna do Galego e Relvas, ar
dendo numa extensão de cêrca
de 6 quilómetros para oeste, nu-
ma faixa oscilando ente 2 e 4
quilómetros de largura, As dis-
tâncias para oeste do Picoto e
pera sul, formando os dois lados
dum ângulo recto com o vértice
no Picoto, vencidas pelo logo,
das 9 horas do dia 13 até à noi-
te dêsse dia, poderão somar na=
da menos de 12 quilómetros.

stes vales, que descem do
Picoto para sul, foram, nourtos
tempos, ricos em belos casta-
nhais, sendo, além disso, as en
costas e cumiadas que os for-
mam, ligadas numa grande coroa
à roda do Picoto, os terrenos
mais floridos e perfumados que
se poderiam encontrar em mai-
tas léguas à roda. A urze con-
servava-se ali viçosa até muiio
torde. Poi assim que a apicultu-
ra se cultivou all com certos re-
sultados, vindo quási a desapa

 

recer o cultivo desta b la indús-
tria polo desaparecimento da me-

“hor parte dos castanheiros cujas

Hores produziam liníssivo mel

ste incêndio, egundo as me
lhores informações não encon
trou no seu caminho mais de
100 colmeias, as quais, todavia
queimou