A Comarca da Sertã nº255 31-07-1941
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– FUNDADORES –
= Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
| —— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva
| Eduardo Barata da Silva Corrêa
E CG Comte Impriso |
Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA
a Eduardo Barata da fila Coreia TP, PORTELA PRO
Q – 7 : CASTELO]
= —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO BRANCO
my | |RUA SERPÃ PINTO-SERTÃ pit
DI | es Eca TELEFONE
< | | PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
ANO VI | Hebdomadário regionalista, iidepeddint, defensor dos interêsses da comarea da Sextã: Sonia de Senta | SU &
N.º 255 | Oleiros, Proença-a-Nova é Vila de Rei; e fieguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação ) | º 4944
EEE «sereno
Notas A
MOMEN TOS de intenso fer
vor patriótico está viven-
do a população dos Açóres)
pela visita do Senhor Presi-
dente da República.
Os portugueses de todo o
Império acompanham, com jú-
* bilo e alvorôço, numa comoção
de indizível patriotismo, a via-
gem trinnfal do Senhor Gene-
ral Carmona, porque ela não
é um facto banal da nossa
História, antes sintetizaaunião
indissolúvel dum Povo, a So-
lidez dos laços afectivos que
ligam a Mãi-Pátria às Ilhas e
“às Colónias e o profundo res-
peito e admiração votados ao
“Chefe da Nação, que todos
endemos a amar pelas ex-
7 e O exornam,
admiráveis xemplos de
sas|os seus primeiros esforços na edticação |
– | cristã dos filhos e outros jovens da aristo-| (e).
|cracia conguesa, que desejava servissem
E E ao partir pará os
Açõres, sabia que a sua pre-
sença era ali indispensável
neste momento: os habitantes
do arquipélago ansiavam pelo
confórto dos seus corações de
bons portugueses, necessita-
vam de Alguém, que, pela sua
estirpe e vida impoluta, pro-
digalizasse o bálsamo conso-
lador e ardente de puro pa-
– triotismo que as suas almas
pediam sofregamente.
A visita tem uma projecção
incomensurável na História de
nossos dias e surge, no tabla-
do dramático da politica inter
nacional, como acontecimento
da mais alta e significativa
importância.
A tefpag
UMA formiddveltempestade—
trovoada, chuva, granizo
e vento ciclónico — assolou o
norte do Pais na pretérita 9.º
feira, causando avultadíssi-
mos prejuízos,
Na Sertã registou-se uma
ventania assás violenta, trove-
jou e choveu, mas parece não
ter havido danos de monta.
Chegaram a estar interrom-
pidas as comunicações tele-
gráficas e telefónicas com|8
Castelo Branco.
Ape ag—
IZ-NOS o nosso bom amigo
e dedicado colaborador
sr. José de Oliveira Tavares,
de Cardigos, a propósito dos
melhoramentos planeados na
Carvalha :
«Leio sempre com muito in-
terêsse a «Comarca» e princi-
palmente quando trata do em»
belezamento da Sertã; e tenho
pena de não poder ir vê-la nas
suas transformações».
«Conhecia a Carvalha, ape-
nas com a velha árvore a des-
fazer se em ruínas e assisti à
plantação de tantas, que hoje,
velhas como en, estão à espera
“fo golpe de misericórdia, ..»,
mais notável rei africano da Mistória Co-
Im doi do don, cu e II)
“ESDE o descobrimento do Cungo,
em 1483, até a morte do rei
indígena, Dom João, ocorrida
ai por 1505, depararam se à
missão civilizadora de Portugal, naquele
reino, enormes dificuldades, sobressaindo
entre elas a inesperada apostasia do mes-
mo rei, que fora o primeiro potentad> con-
guês a receber o baptismo. Sucedeu-lhe,
porém, um filho, Dom Afonso, dotado de
predicados incomparâvelmente superiores,
que deu melhor rumo à política do reino,
facilitando a nossa acção. E’ sem dúvida o
lonial Portuguesa.
“De posse do Trono, coneentraranicas
de modelos ao povo inculto e pagão. Mis-
sionários portugueses, entregues ao munus
da evangelização no Congo desde o cre
púsculo do século XV, cooperaram nessa
prestimosa tarefa, auxiliados por catequis-
tas nativos.
O Vigário Geral do Congo, padre Rui
de Aguiar, ao relatar o incremento da fé
no interior do reino, informava de 8, Sal-
vador em 1516 que D»m Afonso «não tra-
gia o sentido se não em Nosso Senhor e
em suas pêgadas» e que conhecia «melhor
os Profetas e Evangelhos… do que nós
outros sabemos» (a) No ano seguinte
(1517), além das igrejas da Capital do rei-
no, estavam doze abertas ao culto no ser-
tão conguês. Eram bastantes sem dúvida;
todavia em número inferior às que o rei
católico ambicionava. Tanto isto é certo
que em 1526 solicitava de Dom João HI o
envio de 5Q sacerdotes para o seu reino,
que destinava à ocupação religiosa de to-
dos os seus dominios, nos quais projecta-
va, de início, estabelecer as missões cen-
trais de Súndi, Huembo, Panga e Bata.
Por escassez de sacerdotes, umas ve-
ze8, O por vccação missionária, outras, Dão
hesitou Dom Afonso em fazer se, êle pró-
prio, arauto da verdade sobrenatural, prê
ando públicamente a doutrina cristã aos
seus súbditos «com muito amor e com mui-
ta caridade, rogando-lhes e pedindo-lhes,
pelo amor de Nosso Senhor, se convertes-
sem e tornassem para Deus, de maneira
que os seus (súbditos) se espantavam 6 nós
outros muito mais da sua virtude» (b). Con-
seguiu, assim, com a sua palavra é também
com o exemplo, levar a aristocracia do rei
no para a vida cristã constituindo muitos
dêles familia católica e abandonando a
idolatria.
Dom Afonso, verificando com mágoa
que de Portugal não embarcavam para o
seu reino tantos sacerdotes quantos eram
necessários, fêz todos os anos seguir para
Lisboa jovens fidalgos do Congo, incluin=
do um filho e um irmão, com o fim de se
ordenarem, se para tanto fôssem idôneos,
suas terras,
e voltarem depois como missionários às
suas terras. Uma das maiores levas de ra-
pazes foi a de 1513, composta de «vinte e
tantos moços, netcs é sobrinhos e parentes
nossoa, 08 mais aptos para aprenderem o
serviço de Deus», conforme se expressou
em carta a Dom João III, de 25 de março
de 1589. Nem todos estes jovens se apro-
| voitaram para o sacerdócio, naturalmente;
mas, entre os pretos africanos, eram os
congueses os de maior aptidão para a vida
eclesiástica naquele tempo, No estudo do
latim sobressaiam até mesmo entre os
asiáticos, internados nos conventos lisbo-
nenses, 6 «muitos sairam letrados e dêles
tais que, dent fizeram 1 to
P Pp
onigde filho de Dom Afonso IT que deu :
excelentes provas como estudante, teve 8s-
pecial proteeção de Dom Manuel I que se
interessou por êle junto do Sumo Pontifi-
ce, no intuito de o elevar ao episcopado e
converter a Vigararia de S. Salvador do
Congo em Diocese, separada do bispado
do Funchal. Pretendia, por então, uma
simples diocese no reino; mas os seus pla-
nos eram mais grandiosos: — criar mais
tarde arcebispados, sendo o filho Dom Hen-
rique «o primeiro e mais principal e comê
ço de todos os outros arcebispos e bispos
que nêle houver» (d),
Sua Santidade concordou, com efeito,
em promoger o padre Henrique a bispo ti-
tular de Utica em 1518; tinha, porém, pou-
ca idade, apenas 23 anos e, por isto mes-
mo, o Sumo; Pontífice houve por bem que
a sua sagração só se realizasse decorirdos
mais três anos, depois da qual, em 1521,
embarcou para o Congo. Pouca saúde, po-
rém, ali logrou durante os sete ou oito
anos em que viveu, pelo que não pôde a
sua acção ser tão frutuosa como seu pai e
Dom Manuel I desejavam,
Dom Afonso, homem ilustrado e estu-
dioso «que não fazia Outra cousa que es-
tudar» (e), e não se limitou à fundação de
missões religiosas pa:a levantar o nível mo-
ral do povo; lançou mão dos melhores
meios ao seu alcance, entre êles as esco-
las primárias, das quais uma já existia na
capital do Congo em 1491, A ela faz refe-
rência Garcia de Rezende, que também nos
intorma .ser dirigida por um nativo, possi
velmente um dos que vieram para Lisboa
na segunda viagem de Diogo Cão; mas em
1512 já em 8. Salvador leccionava um pros
fessor metropolitano e, dois anos volvi-
dos, em 1514, funcionavam quatro escolas
em pleno serão africano, nos senhorios de
Bata e Pungo, além de outras nas missões
religiosas. .
Não satisfeito com estes estabeleci-
mentos educativos, promoveu ainda Dom
(Continua na 4º página).-. d lápis
COM verdadeiro . desvaneci-
mento, dando-lhe o relêvo
que merece e o logar que, por
honra, lhe compete, publicas
mos hoje mais uma explêndi-
da narrativa histórica do nosso
prezado patrício e amigo Rev.
António Lourenço Farinha, um
mestre na arte de dizer.
Eº mais uma obra erudita a
juntar a tantas outras que
têm feito a delícia de muitos
dos nossos leitores, para quem.
a boa leitura constitui indiss
pensável aprazimento e o me-
lhor recreio espiritual, am re=
fúgio, talvez, para aquêles que
sentem o cérebro aturdido com
os comunicados de guerra e
com o estendal pavoroso de
misérias. que os grandes jor-
aa, não se cansam de espa-
muito, ama posição de alto co-
turno entres os historiadores.
e com êles enfileira na plana
da vanguarda. Note-se, porém,
que não tem o defeito de mui-
tos dêles: as suas descrições
não são áridas nem insípidas;
pelo contrário, encantam e
prendem de princípio ao fim,
brilham, como paro cristal,
em variegado colorido, numa
sucessão deleitável, as cenas e
imagens, todo o conjanto de
figuras que têm o dom de ca-
tivar fortemente a atenção do
leitor, ainda mesmo quando
êle sente pouca inclinação pas
ra a narrativa histórica.
«Um Rei do Congo, culto e
empreendedor» obteve o 3.º
prêmio no concurso «Letras e
Artes», organizado, há poucos
meses, pelo diário «Novida-
des», que lhe sonbe dar o ga-
lardão merecido, publicando-a
na integra.
Sentimos pena que o ilastre
autor não nos honre com uma
colaboração assídua. Seria,
para si, por certo, trabalho
demasiado, mas, em compens
sação, os nossos leitores te-
riam a inefável alegria de ler
uns pedaços de prosa, que
constituem verdadeiras pres
ciosidades literárias,
ro LA
nosso patrício Amilcar
Francisco de Oliveira,
residente em Lisboa, numa
amável carta que nos escrevea,
sugere a interessante idéia de
se organizar, na capital, uma
excursão à Sertã por ocasião
das festas em benefício da
Corporação dos Bombeiros. E?
claro que nela tomariam pars
te sertanenses ali residentes
em número suficiente para
ocupar uma camioneta, pelo
menos.
Pensamento feliz de quem,
no bulício de uma grande mes
(continua na 4,º página)
satro ventos, na.
O Rev.º Antónia: e o
Farinha conquiston, de hátónia: e o
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«EM SEARA ALHEIA
Retrato de Tibério
No seio do mar de Nápoles, e de-
fronte das costas da Campania, erguia-
se Capréa, prisão por fóra e asilo de
delícias por dentro. Na corõa do seu
alcantilado rochedo descobriam-se os
tetos e eirados das doze casas de re-
creio construídas por Tibério em me-
mótia dos doze deuses superiores do
Olimpo, Belos edifícios termais, aque-
dutos e arcarias ligavam os vales com
a montanha.
Neste recanto aprazível, resguarda-
dos pelo mar dos tumultos do conti-
nente, e cobertos dos rigores das esta=
ções pela grande muralha do monte
Solaro, buscaram silêncio = tranquili-
dade alguns dos senhores do mundo :
Augusto habitôu-o quatro anos, O filho
de Lívia escolheu-o para a cidadela das
suas crueldades. Nero não se esquecia
de o visitar frequentes vezes.
A sensualidade romana era hábil em
acomodar as formosuras da natureza
aos seus deleites, Nero cavou os seus
banhos na famosa gruta, que os viajan-
tes admiram em Capréa, fazendo entrar
as águas salgadas por condutos subter-
râneos,
No tempo de Tibério escarpadas ro-
chas fechavam o acesso da ilha por tô-
da a parte; e no único sítio, aonde se
desembarcava, sentinelas vigilantes to-
mavam o passo, não deixando que nin-
guém se aproximasse da residencia do
príncipe, sem licença.
Cosas corcucaras.. cscosaa ccsceso.so “e
Luiz Augusto Rebêlo da Silva,
Fastos da Igreja (Século XIX)
Exames de instrução primária
no concelho de Oleiros
Apresentaram-se, ao exame elemen-
tar, 129 candidatos, sendo : 15 de Alva-
ro, 22 do Estreito, 7 da Isna, 10 da
Amieira, 18 da Madeirã, 14 do Mostei-
ro, 21 de Oleiros, 19 do Orvalho, todos
das escolas oficiais, e 1 de ensino do-
méstico, obtendo aprovação 127 e fi- |.
cando 2 adiados, 1 da Isna e 1 da Ma-
deiráã.
– Apresentaram-se ao exame do 2,º
grau 45 candidatos, distribuídos pelos
professores srs. : João Nunes, 11; An-
tónio Benjamim Mendes, 10; D. Adélia.
Lopes Amoreira Serra, 8; Jos in-
“gos Rodrigues, 5;D. Maria
3; António Forsado |
– do Carmo Garcia,
“da Silva, 1; D. Emíli
E aa a ira AZ A
do Amador, 2; ensino doméstico, 1. |
“Ficaram aprovados 39 e foramex-|
“”.
cluídos 6: 2 do primeiro professor, 1
do segundo, 1 do quarto e 2 do quinto. |
O júri era constituído pelos srs pro-
fessores António A, Lopes Manso, pre-
sidente, D. Adélia L. Amoreira Serra
e Eduardo António de Caires, vogais.
JOGOS FLORAIS DA FIGUEIRA DA FOZ
Como já aqui dissémos, têm lugar
em Agosto próximo os Jogos Florais
da Figueira da Foz, aos quais podem
concorrer poetas e prosadores, com as
seguintes produções: Em poesia —:
histórica, lírica, soneto e quadra. Em
prosa: conto, novela desportiva e nar-=
rativa — reportagem,
Serão concedidas 1.28, 2,as e 3.28 me-
dalhas-placas, e ainda as Mensões Hon-
Tosas que O Júri julgar merecidas.
– Todos os trabalhos devem dar en-
trada, o mais tardar, até ao dia 6 de
Agosto, devendo ser dirigidos, regista-
dos, à Comissão Organizadora dos Jo-
gos Florais da Figueira da Foz — Co-
missão Municipal de Turismo,
Tôdas as produções, em qualquer dos
géneros citados, têm de se referir à Fi-
gueira da Foz, condição essencial para
serem aceites ao torneio,
FE,
PROFESSOR.
Ensina instrução primária, 1.º
e 2.º ano dos liceus, contabilida-
de e faz preparação cuidadosa
para os exames de regentes de
postos escolares e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as
férias actuais,
Informa-se nesta Redacção.
Oficina de Chapelaria
CDE e
João Martins Pinheiro
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Conserto, transformação, lavagem e
tintos em chapéus usados
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dernos modêlos de
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Ás 2.º, 4.º e 6.º A’s 3.º, 5.º e sábados
Oheg. Part, Vem de G Branco
Coimbra Do was o 11-50 E Oheg, ‘Partd.
Figueiró dos Vh.S 14-00 14-25 | sema
cocos sc. 7 13-00
Sernache Bom.º” 15.03 15-10 a f . :
Sertã. ce. 15-20 Sernache Bom. “7 13-20 13-33
Figueiró dos Vh.º 14-15 14.25
Segue a &. Branco Coimbra …….. 16-35
AS leres foiros o dias 23 de cado mês |
salvo se o dia 25 fôr domingo, pois neste caso
efectua-se ao sábado
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5-15 | Coimbra. ……. 16-00
5-35 5-38| Figueiró dos Vh.º 18-25 18-30
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Sernache do Bomjardim 4805 18.20 | Besteiras 850 8.55
Besteiras 19.00 19.05 | Sernache do Bomjabdim 935 9.50
Ferreira do Zezere 19,20 19.35 | Sertã 4040 10,25
Tomar 2045 20.20 | Alto Cavalo 1130 1135
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todos os dias excepto aos domingos.
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LISBOA
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Domheiros
Na 6.º feira ficou constituÃda a
comissão organizadora das fes
tas, que, no próximo mês de Se.
tembro, em domingos a designar,
se levam a efeito em benefÃcio
da humanitária Corporação, des-
tinando-se as receitas ao paga-
mento dos encargos existentes
resultantes da aquisição do pron
to-socôrro e outro material a en-
comendar.
A comissão ficou composta
das sr.ºs D. D. Isabel Marinha
Mendes (Presidente), Maria
Margarida Branco Farinha, Noé
mia Carneiro de Moura, Irene
Carneiro de Moura, Maria Fer-
nanda Barata, Maria Helena Fer-
reira, Maria Amélia Lourenço,
Maria EmÃlia Barata, LÃdia Bap-
tista Manso, Lucila Baptista
Manso, Maria da Luz Milheiro,
Capitolina Marinha Lopes, Maria
Margarida Carvalho, Clarisse
Caldeira Ribeiro, Miquelina San-
tos e Maria Helena Craveiro e
dos srs. António Barata e Silva
(Presidente), José Ferreira Júnior
(Tesoureiro), António Lopes (Se-
cretário), dr. Pedro de Matos
Neves, Armando António, Eduar-
do Barata, Joaquim Ferreira Mon-
teiro e Manoel António.
Além da bênção e baptismo da
viatura, parada e exercÃcio geral
do corpo activo, efectua-se um
festival no adro de S. João (ao
Castelo), onde se instalarão bar-
racas de chá, refrigerantes, pe-
tiscos, tômbola e argolas, orga
nizando-se ceias à americana e
quermesse; haverá fogo de arti
fÃcio do ar, iluminzção à vene-
“ziana, venda de flores e emble
mas, bailes e leilão de bonecas
de fantasia confeccionadas pelas
“senhoras da comissão.
” Pensa-se em instalar, naquêle
ecinto, um cinema, exibindo-se
au aÃs filmes de atracção e
ê e
I que na Alameda
fectuem algumas cor-
gos populares, que vi-
pertar sensação e hila-
– trãoa des
As entradas, em qualquer dos
locais, serão pagas.
“Conta se com a valiosa e in-
dispensável colaboração da Fi.
lármónica «União Sertaginense»
e do seu jazz-band.
Oportunamente se publicará o
programa definitivo e, entretanto,
vai-se dando conta dos princi-
pais objectivos da comissão.
Serão enviadas circulares a to-
dos os sertaginenses e amigos da
Toluntários da Seriá
Sertã solicitando donativos e
prendas para a quermesse,
9
A Direcção contratou o sr.
Celestino Garcia Lopes, digno
comandante e Instrutor dos Bom-
beiros Voluntários de Castelo
Branco, que é, também, Delega-
do Dis’rital da Liga dos Bom-
beiros Portugueses, para vit Ã
Sertã completar a instrução do
corpo activo, devendo o primei-
ro exercÃcio efectuar-se no pró
ximo domingo.
o
«Um Padre do concelho, resi-
dente fora dêle», bom amigo nos-
so e da Sertã, teve a gentileza de
nos remeter 100$00 com destino
à Corporação dos Bombeiros,
gest’ que muito nos penhorou.
Aqui lhe deixamos expressos
sinceros agradecimentos
o
A Direcção, por intermédio da
Ex.”* Câmara Municipal da Ser-
tã, remeteu à Ex.â€* Inspecção de
Seguros o memorial que adian-
te transcrevemos e uma cópia ao
ilustre Governador Civil do Dis-
trito.
Ex.ma Inspecção de Seguros
Em 14 de Junho do ano findo pregun-
tou a Ex.ma Inspecção de Seguros, pot
intermédio da Exma Câmara Municipal
da Sertã, se a Corporação dos Bombei-
ros Voluntários da Sertã estava na dis-
posição de adquirir uma viatura-auto-
móvel, para o que concederia um subsi-
dio de Esc. 9,200800.
A Direcção, compreendendo que a
deficiência do material existente—uma
simples e antiquada carreta manual com
bomba braçal, duas mangueiras em mau
uso, escadas e alguma ferramenta—es-
tava muito longe de corresponder à s
necessidades do meio, tanto mais que o
concelho da Sertã é de área bastante
extensa e as Corporações de Bombei-
ros mais próximas estão a 50 quilóme-.
tros (Tomar) e 72 quilómetros (Castem
lo Branco), sendo, por isso, forçoso do-.
tar, quanto antes, a Corporação do ape-
trechamento preciso para cumprir devi-
damente a sua missão, respondeu logo
que aceitava o referido subsÃdio e, nes»
te sentido, apressou-se a colher elemen-
tos junto das casas da especialidade
para a construção de um pronto-socôr-
ro, acabando por fechar contrato com a
firma A, Paredes Granja, Suc,, Limita-
da, de Vila Nova de Gaia,
Entretanto adquiria-se um «chassis»
em 2,2 mão e remetia-se à dita firma a
importância de Esc, 9.200800 para a
compra imediata do grupo moto-bomba.
Para que a Ex,ma Inspecção de Segu-
ros fique devidamente esciarecida, jul-
go mais simples apresentar um mapa
resumindo as despesas resultantes da
adquisição do pronto-socôrro e acessó-
pos e pagamentos efectuados até esta
ata;
a) Carrossamento do pronto-=socôrro e fera
ramentas .
b) Acessórios extra para aplicação do grapo
aderincêndios Sie os
c) Grapo moto-bomba . …
a) ieChassisa Vitis
e) Reparação do «chassis» . .
Pago até 31 de Dezembro de 1940.
22,500800
2. 545800
9. 200300
9.500$00
3.687850
a SP, 24 200800
49432850
Pago em 18 de Jalho findo (correspondente ao
subsÃdio recebido da Exm.? Câmara Manicin
pal da Sertã para aquisição do prontos
SOCONMO)E Sa! ar qe so
Importância em dÃvida, Esc. . .
Tem esta Corporação a receber, ainda
da Ex.ma Câmara Municipal da Sertã,
a quantia de Esc. 1,50/800, respeitante
ao subsÃdio ordinário de 1941, Por ou-
tro lado, para efectuar o pagamento de
31 de Dezembro de 1940, retirou-se dos
fundos da Associação a importância de
Esc. 3.273495, que faz parte da verba
de Esc. 9 194895, destinada exclusiva-
mente à aquisição ou construção da se-
de social e estação, o que foi autoriza-
do em reiinião da Assembléia Geral de
2 de Julho de 1940,
Por conseguinte, para liquidação do
saldo em dÃvida, resultante da aquisi-
ção do pronto-socôrro e para aquela
reposição, a Associação necessita, com
a máxima urgência, de Esc. 22 006.45,
“Não pode a Direcção deixar de sa-
lientar, também, que é de toda a van-
tagem adquirir já 100 metros de man=
gueira, cujo custo actual—atendendo Ã
dificuldade de importação de matéria
prima—deve orçar por Esc. 3.500800.
Com que recursos conta a Direcção
para fazer face a êstes encargos ?
Eis o problema, para o qual não se
encontra uma solução fácil,
Iniciou-se no concelho da Sertã um
peditório e vai apelar-se para o bair-
rismo dos naturais do concelho. A eter»
na subscrição pública / Mas, tudo isto,
não rende mais do que umas escassas
centenas de Escudos |
tontando, de ante-mão, com Este re»
e dE
Rs 5.000300 29.200$00
20.252$850
sultado, ousa a Direcção dos Bombei-
ros Voluntários da Sertã apelar, humil-
demente, para o auxÃlio da Ex.ms Ins-
pecção de Seguros, certa de que será
atendida, convicta de que os esforços
empregados no sentido de tornar a Cor-=
poração eficiente alcançaram o melhor
êxito.
Esse auxÃlio será considerado um va-
lioso estÃmulo para esta Corporação,
que jámais se furtará a todos os sacri-
fÃcios para cumprir cabalmente o seu
dever.
Dentro das suas possibilidades e do
raio de acção em que pode agir, o seu
corpo activo arriscará a vida para sal-
var as vidas e haveres dos seus seme-
lhantes. Êste magnÃfico espÃrito de isen-
ção e coragem precisa, contudo, de ser
robustecido e animado por todos os
meios.
Só assim se atingirá o nobilÃssimo
ideal que tem por lema «Vida por Vi-
da», que todo o bombeiro digno deve
seguir sem vacilar,
O pronto-socôrro chegou à Sertã no
dia 2 do mês corrente e a sua descri-
ção minuciosa consta do n.º 252 do se-
manário local «A Comarca da Sertã»,
de que se junta um exemplar,
Sertã, 25 de Julho de 1941,
OQ Presidente da Direcção,
a) Pedro de Matos Neves,
A Qomarca da Sertã
Alravás da Comarça
BE
(Noficiário dos nossos Correspondentes)
CARDIGOS, 20 — Realizou-se um en
contro de futebol no Campo do Moinho
de Vento entre o grupo dos Valenses
Futebol Clube e os Galitos Futebol
Club, vencendo os «Galitos» pelo score
máximo de 8 a 1. Marcaram os «goals»
do vencedor Chico 1, 5; Luiz, 1; Fari-
nha, 2.
O guarda-redes Tavares esteve ópti-
mo, merecendo elogio em todo o en-
contro, Chico, muito bom; Farinha tam-
bém não desmanchou o conjunto da
equipe; Luiz na 1.2 parte, em avançado,
produziu pouco rendimento à equipe;
na 2.2 parte, Ã defesa, esteve muito
bom.
E:
o
PEDRÓGÃO PEQUENO, 21 — Pro-
postos pelos professores desta vila fi-
zeram exame do 2.º grau na Sertã,
respectivamente 9 alunos e 3 alunas
todos aprovados conforme lista que
segue :
Sexo masculino — Américo Ferreira
dos Santos, Américo Nunes, António
Baptista Duarte, Artur da Costa Leitão,
Firmino da Cruz Barata, Januário Si-
mões Barata, José António Fernandes,
José Fernandes Grilo e Manuel Mar-
tins Júnior,
Sexo feminino — Angela da Piedade
Alves, Angelina da Conceição e Elvira
da Conceição,
— Estiveram nesta vila, de visita a
seus pais, os srs, António dos Anjos
Alves e Esposa, de Lisboa; e Claudino
dos Anjos Alves e Esposa, que recen-
temente chegaram de Angola e segui-
ram para as têrmas de Caldelas,
$
SOBREIRA FORMOSA, 26 — Quan-
do no sábado 19 do corrente tratava
uma sua muar foi atingido com coices
o sr. Francisco Ribeiro Verganista,
Vo, de 70 anos, proprietário nesta
ila,
Devido à gravidade dos ferimentos
recebidos faleceu anteontem pelas 23
horas. Muito trabalhador e honesto
foi sempre um bom chefe de famÃlia,
sendo por isso a sua morte muito sen-
tida. O seu funeral que se realizou
ontem de tarde foi muito concorrido
constituindo uma sentida manifestação
de pesar. Ruan
A” famÃlia enlutada e especialmente
a seu filho o sr. Manuel Ribeiro Ver-
ganista, apresentamos os nossos sen-
tidos pezâmes. É so
— No próximo Domingo, 3 de Agos-
to realiza-se nesta localidade a feira
anual de Agosto que costuma ser uma
das mais concorridas da região princi-
palmente em gado bovino.
O GRIME DO GAVALINHO
Com o pedido de inserção re-
cebemos a seguinte carta :
+. «St. Director do jornal «A
Comarca da Sertã»
Venho mui reconhecidamente teste-
munhar a V… o meu reconhecimento,
ela forma esclarecida e precisa, como
oi feito o relato do julgamento e sen-
tença, do assassino de Maria de Jesus.
Sentença que deve ser conhecida por
tôda a gente por se tratar dum assas-
sinato que apaixonou tôdas as pessoas
que déle tiveram conhecimento, e tam-
bém por se tratar de reprimir e casti-
gar um crime monstruoso praticado
com todos os requintes de malvadez,
por pessoa a quem não se pode classi-
ficar, como se pretende, de alienado
mental, pois êsse crime repugnante foi
praticado com premeditação e portan-
to com perfeita lucidez, sem que para
tal houvesse quaisquer altercações no
momento que desse motivo à prática
do crime.
Muito reconhecido, sou
De V… etc.
joão Pedro Alves
Lisboa, 22 de Julho de 1941.
pega) pag
Domingos Carlos da Silva
Por concurso recentemente rea-
lizado, em que obteve a classifi-
cação de 14,7 valores, foi pro-
movido a chefe de 2.º classe da
C. P., o nosso prezado patrÃcio
e amigo sr. Domingos Carlos da
Silva, que actualmente presta ser-
viço na estação do Rossio, em
Lisboa.
Eº de notar que há menos de
4 anos havia sido promovido a
chefe de 3.º classe.
Ao distinto funcionário ferro-
viário. que, pela sua inteligência
e qualidades de carácter, conse-
guiu uma posição de destaque na
C. P. e soube grangear râpida-
mente a estima dos seus superio-
res e colegas, enviamos um
grande abraço de sinceras felicie
tações,
amigo sr. joão Albino, antigo
Exames de Instrução Primária
Resultado dos exames de 4.2 classe
efectuados na sede do concelho
Aprovados — Palhais: josé Simões
(2 exclaidos); Carvalhal : Adelino José
da Silva e un Fernandes (1 ex
claÃdo); Sernache do Bomjardim : Joa»
uim Nanes da Silya Mata (ens. part.);
árzea dos Cavaleiros: António A.
Fernandes, Armando M. Bernardo e
Constantino D. Nunes; Codeceira : Beu
larmino Pires (2 excluÃdos); Sertã:
Acácio C. Costa, Albino António, Ale«
xandre da Silva, Armindo L. de Alba-
querque, António A. Gaspar, Angelo
C. da Silva, António Joaquim S. Barau
ta, Carlos D. Bernardo da Silva, Er=
nesto de Oliveira Barata, Helder A.
A. Pedro, Joaquim Martins, José Nam
nes, José Ramiro L. da Craz, Manoel
Lopes Jánior e VirgÃnio da Silva (2
exclaÃdos); alunas da professora sr.2
D. Joagaina Lopes: Maria Amélia C.
Leitão, Maria Delfina S. Barata, Mas
ria EmÃlia M. Ferreira (d), Maria Hex
lena, Maria Madalena, Piedade da
Conceição Pires (além de Iolanda M.
M. Tavares Moita mencionada no ná-
mero anterior); alunas da professora
sr.º D. Leopoldina Rocha: Elia dos
Santos Luiz, Gertrudes da Conceição
P. Alves, Maria EmÃlia, Maria Suzana
S. David; Marmeleiro: António Lopes,
José Martins, Luiz Alves Farinha (1
excluÃdo); Outeiro da Lagoa: Arménio
dos Santos, Alberto P. Farinha, Carx
los3A. Fernandes; Portela dos Bezer-
rins: Angelo Martins e Carlos Antóx
nio; Sernache do Bomjardim: António
Lopes, Armando da Silva Goaveia,
Fernando de Deus N. Garcia, Firmino
C. Loureiro, Joaguim Caetano, Juam
quim F, Corrêa, José de Assunção Oli=
veira e Luiz da Silva; Cabeçudo : José
da Silva, Manoel dos Santos e Mário
Dias Vitorino; Passaria: Angelo Ja»
cinto, António Francisco, Joaquim EF.
Costa, Jaime M, Silva Pires e José
Laiz S. Roupiço. (1 excluÃdo).
Nota : (d)=aprovado com distinção.
Ema
OS AMIGOS DA «COMARCA»
«Um Padre do concelho, resi-
dente fora dêle», cuja amizade
muito prezamos, teve a gentileza
de nos enviar 100800 para «com-
pensação da carestia do papel de
«A Comarca da Sertã» e dos ca-
lotes dos maus assinantes».
O nosso estimado patrÃcio e
chele de estação da C. P., resi.
dente em Moura, enviou nos
25800 «como auxÃlio ao jornal».
«Para as despesas do jornal»
teve a bondade de nos remeter
50800 o nosso estimado assinan-
te sr. João Pedro Alves, digno
Construtor Civil em Lisboa, que,
além disso, nos indicou, para as=
sinantes, os seguintes srs. : Do-
mingos Martins e Domingos Ser-
ra, da Jancosa, Domingos Pedro
Alves, do Carregado, José Fari-
nha, Alexandre Ferreira, Manoel
da Costa, António Ferreira Gon-
calves e D Soledade Alves, de
Lisboa.
À todos os nossos amigos apre-
sentamos sinceros agradecimen-
tos.
SHrBI
FESTAS DE VERÃO NA
FIGUEIRA DA FOZ
A Comissão Municipal de Turismo
vai, nesta época, oferecer aos banhis-
tas um programa de distrações varia-
das, que decerto há-de despertar o in-
terêsse da Colónia Balnear que prefere,
para seu veraneio, a lindÃssima Praia
da Claridade.
Inicia-se êsse programa, no dia 3 de
Agosto, com um ntimero de novidade,
que vai decerto causar singular sensa-
ção : o cortejo dos contrastes, em que
passarão tipos da Figueira antiga e as
correspondentes figuras da actualidade,
O dia 7 será dedicado às crianças,
que em tão elevado número afluem ao
areal doirado da Figueira, a colher os
benefÃcios do iodo e dos cloretos do
seu mar.
No domingo, 10, realizar-se-á magni=
fica toirada, com pessoal do melhor
que temos, capaz de deslocar gentes
afastadas do Ribatejo e das Beiras.
Segue-se, na semana seguinte, o Tor-
neio Oficial de Tennis, prova que reu-
ne sempre uma assistência selecta, e, a
fechá-la, uma Serenata de efeito, no rio
-‘ Mondego,
A semana que decorre de 18 a 24, é
preenchida eom o tradicional passeio
uvial dedicado à Colónia Balnear (a
18), festival no Mondego (a 23) e os
Jogos Florais da Figueira da Foz, no
Ramo dia, Ã noite, no Casino Penin-
sular.
A 24, outra corrida de toiros e, a 28,
Torneio de Tiro aos Pratos.
Encerrar-se-ã o núcleo de festas do
mês de Agosto com um grandioso cer
tamen da ranchos e, Ã noite, no Casino,
a festa ATÉ AO ANO, de reconheci-
mento € homenagem aos banhistas de
Agosto, que partem da cidade,
completo.
* E a cad Ca EM E e A ass oa
à AGENDA £,
Ceni aa es ea ad Vad
Vindo de Quelimane (Aºfris
ca Oriental) encontra-se em
Sobreira Formosa, com sua
espôsa e filhos, o nosso esti-
mado assinante sr, AbÃlio Dias,
a quem apresentamos campri-
mentos de boas-vindas. N
— Com sua espôsa e filhos
saiu para a Figaeira da Foz
o sr. António Barata e Silva.
— Tivemos o prazer de ver
na Sertã os srs. Adrião Mo.
rais David e espôsa, Reinaldo
Alves Costa e Hilário Costa,
de Lisboa.
— Esteve na Sertã, de visita
ao sr. dr. José C. Ehrhardt.e
espôsa, acompanhado de suas
netas, a srº D. EmÃlia Mari=
nho Moreira, do Póôrto.
— Acompanhado de sua es=
pôsa e nêtinho encontra-se na
Arnoia—Santa Rita o sr. João
dos Santos, de Lisboa.
ro
Festas aS Nuno e N.S
dos Remédios
No pitoresco sÃtio da Senhora
dos Remédios realizam-se, nos
próximos dÃas 14 e 15, as costu-
madas festas em honra de S.
Nuno e N. S. dos Remédios.
No dia 14 haverá missa reza-
da às 9 horas e, no dia 15 mis-
sa rezada à mesma hora, missa
cantada às 12 e procissão de
tarde.
&
A capelinha sofreu bastantes
prejuÃzos com o ciclone de Fe.
vereiro; por esse motivo está a
proceder se às necessárias repa-
rações, em vias de conclusão,
tais como substituição das vi.
draços do côro, que agora fica
com aspecto mais agradável e
assentamento do beirado, que
javia desaparecido quási por
Hospital da Sertã
Subscrição aberta pela «Co»
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisbca,
para a compra de material
cirúrgico:
Do nosso bom amigo e patrÃ-
cio sr. João Albino, de Moura,
digno chefe de estação da C. P,,
aposentado, recebemos a quantia
de Esc. 25800, o que muito agra-
decemos.
Transporte, 7.760800.
Ex.ººs Srs. Aurélio A, Barata,
50$; João Albino, 25%, Angelo
Pereira, 20850; Alfredo de Oli-
veira Pires, Engenheiro Francis
co Mateus Mendes e Manoel Mats
tins Cardoso, 20$ cada; Casa de
Lafões, ]. M. B. e dr. José Cons»
tantino Corrêa Rosa, 108 cada;
“Albano Lourenço, Fernando Coe-
lho Dias, D. Maria da Piedade e
José A. Alexandre Júnior, 58
cada; Frederico Augusto dos Sans
tos Leitão, Luiz Filipe de Aboim
Pereira e Martinho da Silva Ro-
drigues, 2850 cada. Soma, 2138.
À transportar, 7.973$00.
e
EXAMES
‘ Concluiu o 4.º ano de Manel
na, na Universidade de Lisboa,
o nosso patrÃcio e amigo sr. Raúl
Lima da Silva. É q
Completou o 2.º ciclo liceal
(6.º ano) o nosso estimado assi-
nante e amigo sr. Joaquim Fari-
nha Tavares.
Apresentamos-lhes as nossas
felicitações e fazemos votos por
seu êxitos futuros.
| msmo
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais = 7490£o de 7 postais = 7490
@@@ 1 @@@
‘A’ comarca da Sertã
ita
core
* (CONTINUAÇÃO
– Afonso a criação duma aula de
«Gramática» ou, como hoje se
diria, uma escola primária supe
rior, para a qual requisitou a El-
rei de Portugal-quatro professo-
-res competentes, aula que Ífun-
cionou por todo.o século XVI e
em que estudaram muitos filhos
dos «Grandes» do reino. Isto
pelo que respeita à educação do
sexo masculino; quanto à do
sexo feminino, não foi ela es
quecida. No alvorocer do sécu-
lo. XVI, quando em Lisboa ainda
rareavam senhoras que soubes-
sem escrever, já no Congo ha-
via pretas com êsse conhecimen-=
to e, mais que isso, funcionava
na côrte escola pública de me-
ninas fidalgas. Dirigia-a em 1516
uma irmã de D. Afonso I, preta
retinta, dos seus sessenta anos de
idade, e com tal competência
exercia o cargo que o referido
Vigário Geral, em carta dêsse
ano a Dom Manuel I, dizia que
Sua Alteza folgaria muito se a
visse no desempenho das suas
funções.
No reinado de Dom Afonso 1
tomara a escravatura enorme in-
cremento. Não eram apenas a
metrópole, desfalcada de homens
por motivo dos descobrimentos,
-e as Ilhas Adjacentes, despovoa-
das à exigir numerosos braços
negros; o mesmo se dava cóm
os vastíssimos territórios das
Américas, portuguesa e castelha-
na. A procura excessiva de pre-.
tos levara os negreiros de tôda
a Africa a abusos revoltantes,
” que se cometeram igualmente no
– Congo. O rei indigena, inteli-
e e de recta c
“sos fidalgos e vassalos e nossos |
parentes, porque os ladrões e
homens de má consciência… os
Íurtam e… nossa terra se des-
povoa tôda» (1). Era tanto o pe-
sar de Dom Afonso pelos exces-
sos dos traficantes de carne hu- |
mana que solicitou de El-rei de
Portugal a proibição do seu em
barque para o Congo; em vez
de escravistas, o rei do Congo
instava pela ida de bons missio-
nários, médicos, farmacêuticos,
cirurgiões e artistas.
De Portugal enviaram-lhe de
tudo um pouco; e com,os pe-
dreiros e. carpinteiros metropoli-
tanos edificou igrejas, palácios e
escolas, em que bastantes lidal-
gos nativos, homens e mulheres,
se educaram, pondo de lado a
tanga para usar trajos portugue-
ses, uso que se prolongou por
muitos anos no reino (2). A al-
guns dos mesmos fidalgos doou
Dom Afonso terras dos seus do:
mínios, concedendo-lhes brazões |
e o Hábito de Cristo, à maneira
do que então se fazia na Europa;
e ainda na sua vida, segundo al-
guns autores, se dividiu o reino
do Congo em ducados, marque-
sados e condados (h). No Paço !
real de S. Salvador usou-se a.
etiqueta da Côrte de Lisboa, |
para o que lhe cedeu a nossa
rainha Dona Leonor um escudei-
ro da Casa Real, Jerónimo de
Leão, que serviu o rei do Congo
por sete anos muito a seu con-
tento. Esta ostentação de Dom
Afonso não era filha da vangló-
ria, mas apenas desejo ardente
de ascenção social e ânsia, bem
louvável, de imitar em tudo a
faustosa nação portuguesa, pela
qual nutria singular afecto e à
qual era sinceramente leal e re-
conhecido, «pelos muitos bene-
ficios espirituais e corporais re-
cebidos», conforme se exprime
em carta a Dom João III (i).
Depois da sua morte, ocorrida
em 1541 — completam-se agora
quatro séculos—nenhum dos su-
– gessores no Trono possuiu idêns
onsciência, de-
C Re
DA 1.º PAGINA).
ticos predicados; e, porque dêles
eram destituidos, jámais houve
paz e sossêégo no Congo, tra-
vando-se lutas fratricidas por
longos anos entre os reis e os
«Grandes» do país. Dêsses reis,
uns repeliram abertamente a men-.
sagem redentora que Portugal
lhe levara; outros combatetam-na
com Íria indiferença ou com in-
teiro apêgo ao cafrealismo cor-
tupto e corruptor Nenhum dê-
les modelou a vida de harmonia.
com a doutrina cristã; ao con-.
trário todos, mais ou menos, de=
moliram com perníciosos exem-
plos de poligamia, embriaguês
e extorsões. Votado ao abando-
no o povo conguês, antes de
bem enraizado. na vida evangé-.
»
do paganismo os defeitos dos
mestiços e dos maus brancos.
Por seu turno, os portugueses
— debilitados pela inércia, pros
veniente da escravatura (j) e da
riqueza obtida nas Descobertas;
e desmoralizados pela Reforma,
apesar de tôdas as precauções –
arrefeceram no zêlo evangeliza-
dor, deixando entregue aos seus
desatinos o famigerado reino do
Congo. E
Tentaram os missionários ca-
puchinhos, depois da aclamação
de Dom João IV, o restabeleci-
mento da paz e da lé cristã no
Congo; mas malograram-se
igualmente os seus esforços; só
em fins do século XIX teve o
histórico reino a dita de ressur-
gir na anarquia cafrial em que
jazia, mercê do intenso labor €
patriotismo do grande paure
Barroso, mais tarde elevado ao
piscopado pelas suas excelsas
pela sua magnifica
ntónio Lourenço Farinha
– a-— Crónica de-D. Manuel, de Dax
mião de Goes, P.:4,2, Cap. 5.º. –
b — Crónica citada de Damião de
Goes, P 4º, cap. 3.º, &
-c — Crónica citada de Damião de
Goes P. 4.2, cap. 76.º. as
d — «Aguns Docamentos do Arg.
N. da T. do Tombo», pag. 279 e seg.
e — Crónica citada de Damião de
Goes, P. 4 2, cip. 5.º: ;
t — Corpo Cronológico, P. 1.º, M.
34. Doc. 94.
g— Dinda em 1781 havia fidalgos
que vestiam à europeia e sabiam o
portugaés. ,
h — Em 11834 ainda um missionário
assistia ao juramento de 70 fidalgos
que ijoram armados cavaleiros de
Cristo. E S
ti — Corpo Cronológico, P. 1.5, M,.
34, doc 127. Ê
j — Nas cartas de Clenardo, do sé-
culo XVI, já se atribai aos escravos a
diminaição da actividade pirtugaesa
(«O Humanismo em Portugal» do
Em.º Cardial Patriarca.
k— Em tempo oportano tratarei
com maior desenvulvimento da vida
e época de Dom Aionso 1. o
| a aca
QUEDA DE BICICLETA
“Quando, no sábado, próximo
ao crepúsculo, regressava de Ser-
nache à Sertã, em bicicleta, ao
passar no aqueduto de quatro
bôcas, caiu, ficando bastante fe-
rido na cabeça e com escoriações
na face, o distribuidor rural sr,
Domingos Albino.
Recebeu tratamento no con:
sultório do sr. dr. Rogério Lucas.
e…
| BENEFICÊNCIA
A sr.* D. Emília Marinho Mo-
tã, onde, com suas netas, esteve
de visita e hospedada em casa do
sr. dr. José Carlos Ehrhardt, dei-
xou a quania de 100 escudos
para os pobres e famílias mais
necessitadas,
Daquela importância. foi-nos
entregue a quantia de 40 escudos,
20 para os pobres nossos prote-.
gidos. Ria
Os nossos melhores agradeci- à
mentos.
lica, acumulou sôbre. os vícios |
iria Amílcar de Oliveira p
la um comerciante da Baixa,
reira, do Pôrto, ao retirar da Ser- |.
sm
epa,
O irmão do Soberano Inglês visita um pôsto de defesa costeira, acompanhado do seu Estado Maior
dVotasal ápis
(Continuação)
trópole e apreensões constan-
tes do trabalho quotidiano,
não esquece a terra-mãi.
Seria uma manifestação de
bairrismo de redobrado valor
Isumamenteapreciada por quem
aqui vive, visto traduzir sim-
patia pela Corporação mais
útil da Sertã no momento em
que ela comemorará, com or-
gulho, um facto transcenden-
tal da saa vida: a aquisição
de um pronto socórro moder=
no, a que aspirava desde há
muitos anos. à ercursão re-
presentava um acto de apoio
e solariedade, muito de enal-
fecéra RR
– Pa
nosso patrício também, que
tomasse à sua conta a inseri.
ção, mas, antes, consultaria
alguns amigos, assentando —
em comum -—no modus faciendi
da digressão: hora da saída,
demora na Sertã e hora de
regresso, crendo nós que o dia
melhor seria o primeiro da
festa, aquêle em que se realiza
o baptismo da vialira,
Após estas pequenas dili-
gências, o amigo Amílcar de
Oliveira transmilir-nos-ia as
suas impressões e por elas se
ficaria sabendo da posstbili-
dade ou impossibilidade da
excursão; naquêle caso, volta-
ríamos a falar no assunto, pa-
ra êle chamando a atenção dos
conterrâneos; os que se iínte-
ressassem pelo passeio dariam
sinal de vida.
A realização do projecto
subordina-se, inteiramente, à
boa vontade de uma trinten
de patrícios.
PLS IP É
+Necrologia
p. Olívia Vieira Sérgio Feijão
Em 20 do corrente faleceu, em
Castelo Branco, a sr.º D. Olívia
Vieira Sérgio Feijão, dedicada es-
pôsa do nosso bom amigo sr. Jo-
sé dos Santos Portela Feijão, pro-
prietário da Tipografia Portela
Feijão, onde é impresso êste heb-
domadário.
A extinta, pelos seus nobilis-
simos dotes de coração e excelsas.
virtudes, disfrutava as maiores
simpatias e as mais sinceras afei-
ções entre as pessoas que tiveram
a ventura do seu convívio.
20 para a «Sopa dos Pobres» e,
O funeral constituiu uma im-
pressionante e bem expressiva,
manifestação de pesar.
– Ao sr. Portela Feijão, bem co-
mo a tôda a família dorida, apre-
senta <A Comarca da Sertã» sen-
dos pêsames. Fc
À propósito da visita Presi-
“dencial aos Açóres |
Louvores da Inglaterra por
ver Portugal em guarda
Um artigo de fundo do «Sunday Tin
mes» diz:
«Por convite dos Governadores Ci-
vis dos Açõres Sua Excelência o Sen |
nhor General Carmona visitará bre
vemente aquelas Ilhas.
Como a guerra tem tendências para
se alastrar ao Atlântico, o mais antin
go de entre todos os impérios marítim
mos tem forçosamente de pensar na
situação geográfica que ocupa no
Mundo e entre os seus vastos domi-
nios zelar pela soberania dos Açõres
que hoje parecem estar numa situas
ção crítica em face da mesma guerra
oceânica. –
Os Açõres têm sido nos últimos qua»
tro séculos como que a pedra no meio:
de um regato onde pousamos o pé
| para atingir a outra margem, e se |*
“em tempo de paz assim tem sido hoje |
o perigo de se tornar essa pedra pem |
“rigosa pôs de guarda todos os inte-
ressados, mas muito especialme
Uma guarnição de iôrças portugues
sas está ali instalada e a visita do
General Carmona tem entre oatros
fins o de se certificar da eficácia da
defesa ali organizada.
Na Grã-Bretanha congratalamo-
nos por sabermos que êste posto
avançado estratégico está nas mãos
de um govêrno de ama potência ami»
ga e respeitada, e fazemos votos por=
que assim êle continue para todo o
sempre. :
O presidente dos Estados Unidos,
numa comanicação que iêz pela T.
S. F. declarou, em iínguagem bras»
ca, O interêsse directo que o seu país
tem em evitar qualquer perigo que
lhe pudesse advir de uma ocupação
daquelas ilhas pelo inimigo; de facto
falou com tal iranqueza que 0 Govêrn
no Portagaês ficou pertarbado e solim
citou de Washington que lhe fôsse as-
segurado que não havia intenção da
parte dos Estados Unidos de oiender
os direitos de. soberania portuguesa
sôbre aquelas ilhas. Esperamos que
a-resposta do Govêrno dos Estados
Cnidos tenha dado a desejada satis=
fação ao Govêrno Portaguês..
Nada poderia estar mais afastado
dos desejos dos Estados Unidos (oa, |
de facto, dos do Império Britânico)
que o menospreso da soberania. de
Portugal sôbre aquelas ilhas.
Pelo contrário a política dêstes dois
países é tendente a que se mantenha
essa mesma autoridade para todo o
sempre. O facto é que uma fórça
predatória está hoje espalhada por
todo o mundo, (haja vista 0 facto acons
tecido com um submarino não identix
ficado em águas portuguesas) e essa
fôrça não respeita as intenções pa»
cíficas nem a autoridade legalmente
constituída seja onde iôr.
A atitude dos Estados Unidos, onde,
numa possível emergência, jo Govêr=
no de Portugal poderá encontrar uma
comunidade de interesses, é prova de
que as palavras de Roosevelt não ion
ram mais do que am mal entendido,
tal como foram interpretadas em Por=
tagal. e
Desde que a integridade dos Açõres
sob a saa actual soberania é conside»
rada de primeira importância para a
Grã-Bretanha e para os Estados
Unidos, recebemos com satisiação as
notícias de visita que vai electuar-se
e que nos vem provar que tanto O
Presidente Carmona como as auto
ridades superiores das lihas mostram,
ter um grande cuidado com a vigia
lância que se está exercendo.
(Britanova Features Service)
Este número foi visado pela Co-
missão de Censura de Castelo
Branco. :
E é e a
| aqueles que legalmente têm a sobera» |
| nia daquelas llhas., ; o
o semanário lhes é dirig
a fineza de encarrega al
Cobrança de assinaturas.
Enviámos para o correio, à cos.
brança, os recibos relativos aos
nossos estimados assinantes de |
Lisboa e da Província e dentro:
em breve entregaremos, aos rese
pectivos cobradores, os dos nos=:
sos prezados assinante da Cos
marca. :
De todos solicitamos a melhor
boa vontade na liquidação dos
recibos, pois só a sua cobrança
garante a existência dêste sema-
nário, que, além de meia dúzia |
de anúncios, não tem quaisquer
outras receitas. | ne
Os assinantes que babitual
te não permanecem em casa d
rante o dia ou se encontram afa
tados das localidades par.
impli
manter pela indicação em tôdas
as oportunidades, de novos assi-
nantes, reiteramos O protêsto da |
nossa maior consideração e apre- |
sentamos.lhes mais uma vez, sin- |
ceros agradecimentos.
A Administração
per
A M
Voluntários, que ainda deve al.
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci=
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
Icos!
A Corporação dos Bombeiros . o
todos os Sertanenses e amigos.
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi=
lidades. E
Trata-se de uma. corporação
humanitária, cuja existência é ime
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha: .
veres em caso de sinistro.
Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.
«Vida por vida» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
togue estridente de clarim!
Orar
Colônias Balneares
As crianças inscritas nas Coló=
nias Balneares, das quais demos
nota no n.º 253, partiram ontem,
dia 30, para a Nazaré, regressans
do em 20 de Agosto. À concerne
tração fez-se, na Sertã, ao cimo
da Carvalha, às 9 horas e em Ser.
nache do Bomjardim, no largo
do Seminário, às 930.
Por cada criança inscrita pagam
a importância de 180800, divídi=
da em partes iguais, a Câmara
Municipal da Sertã e a Junta de
Província da Beira Baixa.