A Comarca da Sertã nº253 17-07-1941

@@@ 1 @@@

= FUNDADORES SRA
— Pr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
e António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

| Eduardo Barata da Silva Corrêa

O DIRECTOR, EDITOR E RODA i cio a
o Eduardo Barata da Filve Coreia TIP. PORTELA FELÃO
du |—— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CCR
w||RUA SERPA PINTO-SERTA Ea

E 7 E | | TELE PONE
«< PRC AS QUINTAS FEIRAS 112

NO VI E Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | y dir o
Nº 253| Oleiros, Proença-a- ova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação ) 1941
ER Es ae

Notas a y

O digno Presidente da Junta

de Freguesia da Faunda-
da (concelho de Vila de Rei),
no seu depoimento, que hoje
publicamos em logar de hon-
ra, como merece, lembra, muti-

– to judiciosamente — pelo que

lhe damos o nosso apoio in-

condicional e voto de inteira |.

solidariedade — que as Câma-
ras Municipais de Sertãe Vila
de Rei se deviam consertar
para uma acção comum. tra-
tar, sem perda de tempo da

“reparação da ponte da Várzea

Carreira, sóbre a ribeira da
Isna, que liga os dois conce-
MOS.

Já em tempos fizemos eco da

necessidade imperiosa de pro-
ceder à aludida reparação e as
nossas palavras… levou-as o
rentod

A ponte, como diz o ilustre

“Presidente da Junta, veneran-
* do professo

da Cumiada, apo
ntes anos, en-
s danificada,

“ameaçando desmoronar-se se

não lhe acuairem quanto an

“tes E a dar-se tal desabamen-
– to, ficarão privados de comu-
— nicarem, entre si, os povos dos
“dois concelhos vizinhos — Ser.

tã e Vila de Rei.

— Como os interêsses dos po-
“vos da comarca nos merecem

especial predilecção, agui rei-
teramos o pedido do sr. Ma-
noel Luiz da Silva, que, pela
sua idade e posição social,
tem inegável antoridade para
o fazer,
Befegh pp

PROSSEGUEM as obras de

embelezamento do parque

“da Carvalha, inteligentemente

encetadas pela actual Câmara.

Agora está a proceder-se à
pintura do caramanchão e co-
locação de azulejos nos ban
cos, azulejos que, pela varie
dade de côres, virão a prodne
Zir um belo efeito.

DIDI

O Equador envolveu-se à ta-
pona com o Perú, mas

três ou quatro países da Amé-
rica logo ofereceram seus bons
ofícios para pôr termo à con»
tenda. Assim, é de supor que
um e outro façam as pazes,
ambos perdamio alguma coisa
para, no fim, ganharem tudo…
1 A guerra nà Europa, onde
os acórdos servem aos mais
fortes, apenas, como compas-
sos de espera, deve oferecer-
“lhes um bom exemplo de que
tóda a prudência é necessária
e que mais vale a pior combi-
nação que a melhor demanda…

Lutar um perú com o egua-
dor (coisa irreal, inventada
pelos geógrafos), parece ser

“absolutamente impossível!

Este número foi visado pela
“Comissão de Censura
– Me Gastelo Branco

atrair lira Freguesia da Fundada

Sôbre a matéria do nosso inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca da Sertã, aberto
em Outubro do ano transacto, depõe hoje o sr. Manuel Luiz da Silva; digno Presidente
da Junta de Freguesia da Fundada (Concelho de Vila de Rei).

Ae GINO| mento da povoação de Silveira, sede desta

+ Sr. Eduardo Barata Dig.”’ Director
do periódico «A Comarca da Sertã»

Respondendo ao inquérito que V….
solicitou em circular datada de Outubro
próximo passado, que acuso ter recebido,
cumpre me dar a seguinte resposta, ainda
que tardiamente, devido à falta de saúde:

A acção da Junta desta freguesia, por fal-.

ta de receita, tem sido quási nula; pois a
sua receita era formada, exclusivamente,
com um fôro de 140 litros de trigo perten-

cente à confraria de Santa Margarida, ora-
go da freguesia, » que tem estado sob a
administração da Junta desde a promuiga- | à. q
ção da lei da separação e que hoje lhe foi |.

entregue pela Concordata, e com o impos-
to de covagem, que tem regulado por 50A
anuais. é

Desde 1988 que tem recebido como

subsídio da Câmara uma quantia incerta,
proveniente dos 25 por cento do produto
dos adicionais lançados sôbre as contribui-
ções do Estado; mas, a-pesar-da talta de
receita, alguns melhoramentos se teem fei-
to por meio de subscrição e comparticipa
ções:

Em 1927, por iniciativa do falecido
Joaquim Aparício, João Xavier, Casimiro
Luiz da Silva, ha pouco falecido, e Antó-
nio Mendes Laranjeira, constituídos em
Comissão, iniciou-se a terraplanagem de
uma estrada de ligação da freguesia da
Fundada à sede do seu concelho de Vila
de Rei. Para isso abriram uma subscrição
entre os paroquianos desta freguesia é os
filhos desta terra que andam moirejando a

vida por longes terras e principalmente na

Capital, subscrevendc-se também com
9 040800 os Srs. D. Mateus Xavier, patriar
ca da Jadia e Monsenhor P * Sebastião Xa
vier, seu secretário e irmão, filhos adopti-
vos desta freguesia, ambos já falecidos,
dando também a Câmara de Vila do Rai,
ao tempo presidida pelo Sr, Jcaquim Mar
tins Rolo, um subsídio no valor de Escu.
dos 13.521950.

A estrada como O seu estudo não toi
confiado a um técnico, sendo feito por en-
genheiros amadores, ficou de acesso muito
dificil, devido à forma acidentada do ter-
ren», tendo já sido últimamente melhora-
da am alguns pontos.

Em 1932 foi mandada edificar a casa
da escola do sexo masculino por Monse-
nhor P. Sebastião Xavier, dirigindo os
trabalhos seu irmão João Xavier, então
presidente da Junta.

Em 1933, sendo então presidente da
Junta João Xavier,. fez-se por meio de
comparticipação concedida pelo Estado
Novo a exploração da água para abasteci-

freguesia, sendo a água canalizada e dis-
tribuída para um chafariz de duas bicas e
para um marco fontenário, gastando-se
13 000800.

“Em 1935 foi ampliado o Cemitério
desta freguesia por meio de subscrição do
povo e comparticipação de Monsenhor Xa-
vier, no qual se gastaram 8 180300.

Em 1938 adquiria-se com receita da
Junta uma pequena casa, que foi demoli
da para alinhamento de. r

um subsídio da Câmara Municipal da Sertã,

no valor de 250800.

Em 1989 foram também reparadas
com pavimentos novos as pontes do lugar
da Ribeira e Lagar Velho, ambas sobre a
ribeira do Vilar, que banha o centro da
freguesia,

No mesmo ano, por meio de compar-
ticipação de Monsenhor Xavier e por subs:
crição do povo desta freguesia e por ini-
ciativa da Comissão Cultual foi a telha da
cobertura da igreja substituída por telha
de Marselha, em cujo melhoramento se
gastaram 6 000800.

Em 1989 e 1940 foram pavimentadas
4 ruas da povoação de Silveira e largos da
escola e igreja, por comparticipação do
Estado Novo auxiliada por receita da

“Junta e serviço braçal do povo.

Em 1940 foi reparada a ponte do Cun-
queiro, sobre a ribeira do Vilar, ponte que
serve uma das povoações mais populosas
da freguesia.

No mesao ano foi reparado o Adro
por Monsenhor Xavier, no qual gastou
1.50093800.

A entrada principal do Adro também

jteve de ser ampliada em virtude da esca

vaçãc para a terraplanagem do largo pú
blico cbriga: a acrescentar alguns degraus
à escadaria. Aos lados da escadaria, eo:
forma de triângulo, ficaram uns terraços
à altura do patim para ajardinar, tendo s«
no lado direito erigido, em fino mármore
o Cruzeiro da Independência, e no lad:
esquerdo, sôbre um pedestal feivo de alve
naria e cimentc, uma lápide com um lind:
quadro estampado sôbre azulejo, represen
tando a Padroeira Nacional, Imaculada
Conceição de Maria. A escadaria é ladea
da por duas paredes, ao fundo das quais se
levantam duas pirâmides encimadas por
dois lindos globos formando todo o con-
junto uma eatrada elegante.

(Continua na 4.2 página)

E : met Te Ot
| le sentimento de piedade e «
“Ii lruísmo capaz de produzir ale.
Igriae consolação tanto a quem

“cc d lápis.

O «Diário de Notícias» encera

rou com 1.791.656820 a
subscrição nacional a favor
das vítimas do ciclone, tendo
a Comissão Nacional recebido
directamente 2.255.6024823.
Juntou-se, assim, a imporiâne
cia apreciável de 4.045 280843
para socorrer muitas centenas :
de famílias, que, de pobres,
ficaram rednzidas a extrema
miséria em consegiência do
terrível furacão e ama quan-
tidade inúmera de pescadores
viram-se privados de ganhar .
o pão nosso de cada dia pela .
perda de suas embarcações e .
material de pesca. ‘

Talvez a soma realizada não .

cubra a totalidade dos prejaí- .

zos sofridos pelos trabalha-

dores humildes de terra e do ‘
L Imar; em todo o cas

O; O êxto. :

piedade e al

dá como a quem recebe. As ma»
nifestações afectivas, no âmbi-
to da sua expontaneidade, são
a pedra basilar sôbre que as-
senta todo amor terno e comes
passivo das almas simples vo-
tadas ao Bem. r

E que repercussões O sinis-
tro teve lá fora !

A colónia vortuguesa do
Brasil, constante e invariável
no seu amor pátrio, impulsioa
nada pela magnanimidade que
sempre a tem imposto à consi=
deração e estima dos concida-
dãos do Império, não se fur-
tou ao dever de solidariedade,
poiscontribuia com 118.990800.

Além disso, de outros pon.
tos do estrangeiro, por inter-
médio da Cruz Vermelha Pora
tuguesa, vieram 307.900835,
incluindo 249.300800 da Cruz
Vermelha America; de entida-
desalemãs, 27 445800.

Mas a contribuição que mais
impressionou foi a recebida
de Londres: 398.1138801

Quê?! Pode lá compreen-
der-se que Londres, a cidade
mártir, a braços com a maior
destruição que jamais afligia
qualquer outra metrópole, fuss
tigaia inerorâvelmente por
torrentes devastadoras de me-
tralha, dilacerada por milhões
de feridas, esvaindo-se em san=
gue, ainda tivesse ânimo para:
acudir ao país amigo, dando»
“lhe um pouco de confório,
prodigalizando – lhe alguma
consolação ?

Sim, compreende-se. E’ que
os povos são como os indivi-
duos: quando a desgraça, o
sofrimento e mil horrores lhe
batem à porta é que pode ava-
liar-se, conscienciosamente, .O
martírio que a outros aflige
por igual,

Os londrinos não se esquece-
ram dos portugueses, como ês=
tes, gozando a felicidade que

(continua na 4.º página)página)

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

CASCELO BRANCO-COIMBRA

A Companhia de Viação de Sernache, Ld.? estabeleceu a liga
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
grande vantagem e comodidaae para o público.

A’S 2.4, 4,28 E 6,ºº FEIRAS

Oheg. Part.
11-50
14 25

Combia
Figueiró dos Vinhos 14

Sernache do Bomjar-

dim E – 15-03 15-10
dedos 4 cc o-s0 19 90
Proença-a-Nova . 16-25 16-35

Sobreira Formosa . 16-55 17-05

Castelo Branco 18550.
Castelo Branco — Coimbra
5.º E SABADOS
Cheg. Part.

9.15

11-10

A’S 8,

Castelo Branco :
Sobreira Formosa , 11-00

Proença-a-Nova . 11-30 11 40
Sertã. 0, & 12:30, 15-00
Sernache do Bomjar-

dim… 4135201335

Figueiró dos Vinhos 14.15 14.25

Coimbra – .- . 16-35
sr o Esc. 40450
ida e volta . » 72850

Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira

Aceitam-se encomendas para o POR1 O, RÉGUA, S. JOAO
DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tôdas as localidades servi-
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld.,

SONETO

Dedicado ás gentis meninas da Sertã

Tens um olhar tão puro e virginal

Que é espelho da tua alma alabastrina
– Beleza cativante e peregrina

À quem eu rendo um hino triunfal.

0s cabelos negros não ficam mal

Ormando a tua fronte purpurina; à
“Ea tua voz vibrante é cristalina :
Faz-me lembrar um tiro elestia. És

Previneinise os proprietários
dos prédios devolutos, com es-
critos e sem mobília, que, nos
termos do art.º 2.º do Decreto
20.549, de 25 de Novembro de
1931, devem entregar as suas
participações, até ao fim do cor-
rente mês, nas respectivas repar-
tições de finanças, afim de po-
derem, em Janeiro próximo, re-
querer em papel selado a anula-
ção da contribuição predial rela-
tiva às casas que tenham fechadas.

Transporte de mercadorias

A? firma Manoel Martins & Se-
bastião Martins, Ld.?, com sede
em E’vora, foi concedida autori-
zação para explorar a catreira re-
gular de mercadorias. em camio-
neta, entre Orvalho e Castelo

Pranço,
efa Bopp

DESASTRE

| No passado domingo saíram

E Lisboa, em automóvel, com

estino a Castelo Branco, o nos
sô prezado assinante e amigo sr.
Amâncio Quental, acompanhado

sua espôsa, sr.* D. Cacilda
erra Quental e de sua filha Ma-
a Eulália- Serra Quental e de
dm casal belga, A oito quilóme-
tros de Evora, na estrada de
Montemór-o-Novo, numa curva,
o veículo embateu contra um pi-
lão, situado na estrada, de que
resultou ficarem grávemente feri-
“dos todos os passageiros. Foram
transportados para o hospital da
Misericórdia de E’vora por um
carro que, casualmente, passou no
local alguns momentos depois do
desastre.

Desejamos, sinceramente, o
pronto restabelecimento dos si-
nistrados, designadamente do sr.
a Quental, sua espôsa €

, contribuições

+» DE SEARA ALHEIA
O AMOR E O TEMPO

Tudo curta o tempo, tudo faz esque-
cer, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
ba. Atreve-se o tempo a colunas de
mármore, quanto mais a corações de
cera! São as afeições como as vidas,
que não há mais certo sinal de haverem
de durar pouco que terem durado mui-
to. São como as linhas que partem do
centro para a circunferencia, que, quan-
to mais continuadas, tanto menos uni-
das. Por isso os antigos sabiamente
pintaram o amor menino; porque não
há amor tam robusto que chegue a ser
velho. De todos os instrumentos com
que o armou a natireza o desarma o
tempo, Afrouxa-lhe o arco, com que já
não tira; embota-lhe as setas, com que

| já não fere; abre-lhe os olhes, com que

ê que não Via; e faz-lhe crescer. as
sas E E

to, prêgado em Lisboa no Hospi-

CASO QUÊ URGE RESOLIER

A Administração Geral dos Correios,
Telégrafos e Telefones informou a
Imprênsa ter sido concluído há pouco
um acôrdo entre os Govêrnos portu-

guês e britânico que se espera resolva:

satisfatoriamente quanto o permitam
as circunstâncias do momento, o pro-
blema das ligações postais portuguesas
com as ilhas at’ânticas e as colónias de
Africa Ocidental e Oriental com ex
cepção da Guiné, estando ainda em dú-
vida o regime acordado quanto a 5.
Tomé e Príncipe.

Tem havido também algumas dificulx
dades da parte da Marinha Mercante,
que o Govêrno vai remover.

Oxalá que o assunto encontre a me-
lhor e mais rápida solução, condicio-

nada; como é Óbvio, à anormalidade da

época, que profundamente afecta a vida
do nosso País.

Por certo devem existir em Lisboa
quantidades enormes de cartas aguar-
dando o momento de seguirem para os
nossos territórios de além-mar e, inver-
samente, o mesmo acontece nos portos
daquêles territórios; pode bem avaliar-
se os prejuízos: de tôda a ordem que
isto acarreta : famílias inteiras privadas
de notícias, importâncias necessárias,
para o sustento de muitas famílias na
Metrópole, que não é possível chega-
rem ao destino, afora a paralização de
imensos negócios.

Se determinados barcos da nossa
Marinha Mercante, que fazem as car-
reiras entre as colónias e Lisboa, são
obrigados a transportar a correspon-
dência, é evidente que as companhias
preferem pagar as multas inerentes aos
contratos a sujeitar-se a demoras de-
masiádas.nos portos onde é feita a cen-
sura postal pelas autoridades britâni-

cas,
«SI pe

CONSELHO MUNICIPAL

Sob a presidência do ilustre
Presidente da Câmara, sr. dr.
Carlos Martins, reiiniu-se, no sá-
bado passado, o Conselho Muni-
cipal do nosso concelho, tendo
aprovado as bases do primeiro
orçamento suplementar para o
corrente ano.

Na mesma relinião também fo-
ram aprovadas várias alterações
às posturas municipais, das quais
publicaremos o respectivo edital
no número próximo,

nista

Seta nes em: 1643). o AVI,

Colónia Balnent Inlantil E

Damos nota das crianças do conce- |
lho da Sertã a quem ioram passados |

boletins médicos com destino à Coló-
nia Balnear Infantil em 1941:

Maria Madalena, filha de José Go»
mes Marques, Cabeçudo; Maria de
Loardes de Jesas Albino, filha de Dom
mingos Albino, Sertã; António dos
Santos Salvador, filho de Albano dos
Santos, Giesteira, Sertã; Marílio e Ma-
rino Matias da Silva, filho de Mário
Matias da Silva, Sertã; Belmira de Jem
sus, fiiha de José Dias da Silva, Outeim
ro da Lagoa, Sertã; Maria Amélia da
Conceição Leitão, filha de João Janaá-
rio Leitão, Sertã; Ana Maria de Jesas
Caldeira, filha de Laíza de jesus Cal»
deira; Diamantino Dias Lopes, filho
de Joaquim Dias Lopes, Castanheira
Cimeira, Ermida; Maria do Carmo Fas
rinha, filha de Abílio Farinha Neves,
Vale da Horta, Ermida; Manoel Antó-
nio, filho de Manoel António MModeo,
Troviscal; Maria de Jesas Martins, fin
lha de Manoel Martins, Sesmarias,
Várzea dos Cavaleiros; Libânio Farin
nha Martins, filho de Manoel Martins,
Póvoa, Várzea dos Cavaleiros; Casin
imiro Farinha, filho de Sebastião Fari-
nha, Sipote, Ermida; Maria Angela da
Conceição, filha de Albertina da Con»
ceição, serta; José Corrêa dos Santos,
filho de José Antunes dos Santos. Ser-
tã; Maria Helena do Carmo, filha de
Maria do Carmo, Sertã; António Nu-
nes da Silva, filho de Eleatério Nanes.
Mata Velha, Sertã; Deolinda da Con-
ceição Patrício, filho de Manoel Fran»
cisco, Cascabaço, Sernache do Bom»
jardim; Ambrosina: Corrêa da Silva,
filha de Manoel da Silva, Couceiros,
idem; Conceição da Silva Farinha, fim
lha de David dos Santos Farinha, Nes=
peral; Maria da Piedade Silva Roque,
filha de João Tomé Roque, Molhapão,
Nesperal; Preciusa dos Reis, filha de
Maria dos Reis, Sernache do Bomjar=
dim; Carlos Alves Alcobia, filho de
Marcelino. Alcobia, idem; Aarélio da
Silva Carvalho, filho de Francelina do
Carmo Silva, idem; Clemente da Silva
Mendes, filho de José Adriano Mendes,
Couceiros, idem; António Costa, filho
de António Costa Júnior, Carpinteiro,
Cabeçudo: Joaquim da Silva, filho de
José da Silva, Couceiros, Sernache do
Bomjardim. :

Além das 28 erianças mencionadas,
devem tomar parte na Colónia Bal-
near mais 5, uma das quais pensio-

guns a que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar aigumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades:

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro.

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.

«Vida por Vida» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim !

légio TAL SEMA

e
insirução Primária.

SERNACHE DO BOMUAADIM

Oficina de Chapelaria
12 DE —

João Martins Pinheiro

Venda e fabrico de chapéas
Conserto, transiormação, lavagem: e
tintos em chapéus usados
Sempre à venda os últimos e mais mom
dernos modêlos de
chapéus em tôdas as côres

Perfeição e economia
PREÇOS SEM COMPETÊNCIA

Fes da República — Sertã

Die com atas: da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacçã

Colecção de 7 postais — 7300

aquisição do pronto. Sodorio de

Depósito Central em Tomar

JOÃO FERREIRA PINHO
TELEPONE N.º 118

Grando reino em Snnlarési
dos antigos alunos do
Liceu Sá da Bandeira ec Es-

cola de Regentes Agricolas
em 27 de Julho de 1941

À Comissão Executiva, para
bom conhecimento de todos co-
munica: que, no dia 27 do mês
de Julho próximo, se realiza em
Santarém uma reiúnião em cons
fraternização dos Antigos Alu-

Nos, que como internos ou exter=

nos, freqientaram ou lizeram
exames naquel s dois estabele-
cimentos de ensino, desde a
abertura destes até ao ano de
1950, inclusivé. Para que êsse

dia seja o mais alegre possível e |:

a finalidade desta reiinião tenha
o verdadeiro cunho de simp.tia
resolvido foi levar a efe to o
seguinte :

PROG R A MA
A*s 10 horas—Missa na Igreja

S | do Seminário por alma dos pros
fessores, alunas e alunos já fale.
IÍcidos, E

ASI horas — Concentração Ga
gaia, inscrita

de todas as alunas é alunos anti-
gos no Largo Sá da Bandeira e
seguidamente desfile para cum-
primentos às autoridades locais,
sendo as ruas embandeiradas e
as janelas engalanadas.

A*s 13 horas — Almoço de con=
fraternização.

A?s 16 horas —Desfilará pelas
ruas da Cidade o tradicional
bando Tauromáquico constituido
pelos elementos componentes da
corrida, bandas, alguns jogos de
cabrêstos, seguidos de cavalei-
tos com trajos regionais, amazo-
nas e outros cavaleiros carros
de parelha e charretes, etc., etc.

A’s 17 e 30 — Grandiosa cor»
rída de toiros com elementos de
maior dintinção e aficcion; a
proporcionar a mais completa e
deslumbrante corrida de toiros.

A’s 22 horas — Grande e va.
riado festival nocturno.

Também haverá na madruga-
da dêste dia, pela 1 hora, a tradi-
cional passagem de toiros «à sca
labitana» com fados, guitarra-
das, etc., recordando assim uma
das mais bravas festas da região.

O produto líquido destes números festivos rever-
terá em benefício das casas de caridade

A todas as Alunase Alunos
antigos lembramos a sua inscri-
ção até ao dia 10 de Julho pró-
ximo, na importância de 40300,
a enviar ao tesoureiro da Co:
missão Executiva Ex “º Sr, José
Mota de Carvalho.

Às Alunas e Alunos antigos do Liceu devem tras
zer na lapela um laço de-fitas verdes p
os da Escola Agricola, um laço de
fitas verdes e brancas

Todos os “interessados que de.
sejem que lhes seja reservado
bilhetes para a corrida de toiros,
devem fazer os seus pedidos à
Comissão.

No caso de necessitarem de
alojamentos particulares, é favor
indicarem no acto da inscrição,

ria do Registo Predial sob

niatério Público

ANUNCIO

(2.º Publiceção)

O Dr, Armando Torres Paulo,
Juiz de Direito da Comarca da
Sertã :

Faz saber que no dia 26 dn
ccrrente mez de Julho, pelas 12
horas, no Tribun-| Judicial desta
comarca se há-de proceder á sra
rematação em hasta pública dos
imóveis e móveis & seguir desi-

-gnados e pelo maior preço ofate=

oido acima dos valores indicados :
“IMOVEIS

Nº 1 — Casa de habitação n9
povo dos Csrregais, insorita nu

respectiva matriz sob o art.º 861, 5 Ee
e descrita na Conservatória do :

Registo Predi-l deats ? 100MArG0,

sob o n.º 28,640, Vai pela pri. . :
meira vez á praça no valor de
quatrocentos vinte es

30.266, e dodonia

28,641, vai pela primeira.
praça “pelo “valor de duzentos.
sessenta e quatro escudos.

Nº 3-— Uma terra de cultivo,
no sitio da Sobreira do Cabo, li

mise dito, inscrita na matriz sob |
O ert,º 30.504, e descrita na Con.

peivatória do Registo Predial sob

o n.º 28,642, que vai pela primei E a

ra vez á praça pslo valor de trins
ta e:cinco escudos e vinte cen=
tavos, 4

N.º 4 ai terra de cultivo,
no sitio da Sobreira da Cova, ho
mite dito, insorita na matriz sob
o art.º 31.044, e descrita na Cons
servatória do Registo Predisl ecb
o n.º 28,643, e vai pela primeira

vez á praça pelo valor de qui-

nhentos e vinte oito escudos,

MÓVEIS

Uma cama de madeira compl.
ta com quatro mantas e dois len-
çóls, arcas de madeira de pinho
duas, mesa ume, duas cadeira
de palhe, uma talha de ;barre,
uma maceira e um tabcleira, vai
tudo pala primeira vez à praça
pelo valor de duzentos escudos,

Penhorados na execução per.
custes em que é exequente 0 Mie
e execntado :
Francisco Lourenço da Silva, es-
sado, negociante, casado, residena
te nos Carregate, freguesia dos
Montes da Sonhora, cuja execu-
ção corre seus ternos pela 1.2
secção da Secretsria Judicial da
oomargs da Covilhã, donde fci
extraída ao mpetente gartn pro»
G tória pera arremati ção,

Sertã, 1 de Julho de 1941,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
– Angelo Sonres Bastos e da 2.º Secção,

 

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

 

ÁRVORES DO:
PARQUE DA CARVALHA

Vota o sr. Dr. José Carlos
Ehrhardl

Sertã, 12 de Julho de 1941

Ex.”º Sr. Dr. Carlos Martins—
Dig.”’ Presidente da Câma-
ra Municipal da Sertã e
Ex.Ӽ* Srs. Vereadores

No n.º 150 de «A Comarca da
– Sertã» vem comunicado que V.

V. Ex. gentilmente gostariam
de ouvir a opinião dos que se
interessam pela antiga Carvalha,
hoje alameda Salazar.

Embora invaliosa, seja-me per-
mitido expor a minha opinião
que é = a de que essa Alameda
deve conservar-se como tal não
só porque é b:lo o seu conjunto,
como ainda porque todo ele é
necessário para a realização das
feiras trimestrais e mercados men-
sais que, de longa data, nela se
vem realizando e não sei de ou-
tro local que o possa substituir e
porque a transformação em par.
que da parte daquela Alameda
obrigaria a despêsa de conserva-
ção e de pessoal idóneo.

Mas, se subsistir a idéia de
transformação, permitam-me sub-
meter à douta apreciação de V.
V. Ex.ºs a ideia de construir um
muro de suporte de terras desde
o encontro da ponte velha ao
matadouro, — a arborização do
actual campo do futebol ea aqui-
sição, para jogos desportivos, da
parte da cêrca do convento com-
preendida entre o converito e o
moinho da Rôla. E perdôem V.
V. Ex.’s a ousadia.

Com a mais subida considera-
ção me subscrevo

De V. V. Ex.
At.º e Ven.”

José Carlos Erhardt

= QD gd Ê

al da Sertó

lospit

—* Subscrição aberta pela «Co-

“missão dos Amigos do Hos-

* pital da Sertã», em Lisbca,

para a compra de material
* cirúrgico:.

Do nosso patrício e amigo sr,
Amílcar Francisco de Oliveira,
residente em Lisboa, recebemos
a importância de Esc. 10800 para
esta subscrição, o que muito agra-
decemos.

Transporte, 6.790800.

Ex.”‘s Srs. António da Costa,
600800; José de Oliveira e D.
Júlia Martins Lopes, 50800 cada;
Jacinto Marçal da Silva, 20800;
Amílcar Francisco de Oliveira,
10800. Soma, 730800.

A transportar, 7.520800. –

CASAMENTO

Na igreja paroquial do Carvas

lhal efectuou-se, na pretérita 2.º

feira, o enlace matrimonial da
sr.* D. Maria do Carmo Alves,
gentil filha da sr.º D. Adelina
Alves, de Lisboa, com o sr. An-
tónio José Grandela, proprietário,
filho do nosso amigo e importan-
te industrial dos Ramalhos, sr.
José António Grandela e da sr.?
D. Umbelina da Silva.

Foram padrinhos, por parte da
noiva, sua mãi e o st. Bernardino
Vicente, digno funcionário das
Alfândegas da colónia de Moçam-
bique, residente em Quelimane,
representado pelo. sr. dr. Albano
Lourenço da Silva, da Quinta das
A’guias (Sernache do Bomjar-
dim) e, por parte do noivo, a sr.?
D. Albertina Alves Simões e ma-
rido, sr. José Simões, da Derrea-
da Cimeira, Pedrógão Grande.

Aos nubentes, que ficam a re-
sidir nos Ramalhos, desejamos,
muito sinceramente, tôdas as fe-
licidades,

Através da Comarca

EXAMES

PEDROGAÃO PEQUENO, 5 — Nos
dias 3 e 4 realizaram-se nesta vila os
exames do ensino primário elementar.

O júri era composto dos professores
António Alves Lopes Manso e D, Ma-
ria do Céu, respectivamente presidente
e vogal.

O professor Rodrigues propôs 10 alu-
nos, a professora D. Maria do Céu Lo-
pes de Sousa, 3 alunas, e as regentes
da escola mixta do Bravo e do posto
escolar do Vale da Galega, respectivas
mente 5 e 4, todos aprovados conforme
lista que segue: É

Sexo masculino de Pedrógão Peque
no: António do Espirito Santo Ricardo,”
António Fernandes Freire, António Si-
mões Henriques, João Antunes Alface,
Joaquim Fernandes, José António Lou-
renço, José Duarte Caetano, José Fer-
nandes, Manuel Ferreira dos Santos e
Manuel Martins.

Sexo feminino: Arminda Fernandes,
Guilhermina do Espirito Santo Barata
e Maria Maximina.

Escola Mixta do Bravo: Maria do
Carmo, António Gomes, Angelo Alves,
José Simões Barata e Joaquim Gomes.

Pôósto Escolar do Vale da Galega:
Angela de Jesus, Maria Angela, José
Martins Marques e José Barata Duarte.

Ensino Doméstico: Maria da Luz
Freire da Costa Fernandes, E

ALVARO, 8 — A-fim-de a todos pro-
porcionar um pouco de alegria moral,
promoveu aj. A. C. F., em formação,
nesta vila, uma récita com a colabora-
ção das crianças das escolas, em 29 de-
Junho passado.

Pelas 9 horas da manhã, houve co-
munhão solene, e, às 12, Missa cantada,
sob a hábil regência do Rev.º St, Prior
da Madeirã e Sobral.

Horas depois, inaugurou-se uma lá»
pide em honra de Nossa Senhora da
Conceição, procedendo à sua bênção o
nosso Rev:º Pároco que convidou a for-
mar a Mêsa a Exm.2 Sr.º D. Maria
Aurora Neves, secretariada pela Exm,?
Sr.2 D. Maria do Carmo Garcia, Exm.º
Sr. Professor António Forsado Correia
e Rev.º P.e Manuel Heitor. Expôs ao
povo o significado desta inauguração o
Sr. Professor Forsado Correia, apre-
sentado pelo nosso vigário. Mostrou
S. Ex.º? a protecção da Virgem Nossa
Senhora dispensada à nossa querida
Pátria, desde os seus primeiros anos,
e, desde então, até agora, relembrando

História Nacional.

Concluiu-se com o veemente «Salvé
Nobre Padroeira», precedido do côro
falado que impressionou agradâvelmen-
te, Seguiunse a esperada récita, antes
da qual se cantou o Hino da J. C. F.
Dignou-se S. Ex.2, a Exm.2 Senhora
D. Maria Aurora Neves, como Presi-
dente da J. A.C F. diocesana, falar
com vida à alma de quantos a escuta-
ram sôbre a necessidade urgente da A.
Católica, a bem da Igreja e da Pátria,
num mundo revôlto e, quantas vezes,
esquecido dos seus primeiros deveres
morais e sociais. Em tamanha degra-
dação importa caminhar àvante, sal-
vando-nos, e a trabalhar, a convite da
Santa Igreja, nos quadros da A. Cató-
lica organizada. Nesta santa cruzada
todos têm de se empenhar a valer. Di-
rigindo-se, principalmente, aos pais e
raparigas disse-lhes que a sua glória
maior é a de dar Cristo às almas e as
almas a Cristo. Calaram bem as suas
palavras de Apóstola, e, oxalá, come-
cem a dar o seu fruto benéfico. Uma
vibrante ovação coroou: a sua oração.
Bem haja S. Ex.? por toda ela,

Instrutivas foram também lições co-
lhidas dos números da récita que agra-
dou plenamente. Tanto as poesias co-
mo os cânticos e dansas surpreenderam
pela novidade e encanto. Digno dos
nossos agradecimentos e parabens são
a Exm.2 Sr.= D. Maria do Carmo Gat-
cia e Exm.º Marido que, graças a Deus,
não conhecem desânimos, onde uma
missão mais alta se impõe. Afinal é
esta a razão da nossa vida. *CASAMENTO

PÊSO, 12— Na capelinha privativa
do Rev.º Sr. P.e Artur Mendes de
Moura, em Sesmarias, desta freguesia,
realizou-se na passada 3,2 feira, o ca-

Cobrança de assinaturas

Enviámos para o correio, à cos
; Drança, os recibos relativos aos
nossos assinantes de Lisboa e
dentro em breve enviaremos os
da Província, entregando, aos
respectivos cobradores, os que
dizem respeito aos nossos assi-
nantes residentes na Comarca.
De todos solicitamos a melhor
boa vontade na liquidação dos
recibos, pois só a sua cobrança
– garante a existência déste sema-

tantas das gloriosas páginas da nossa

(Noticiário dos nossos correspondentes)

Alberto Batista de Oliveira, sócio da
importante e conceituada firma Olivei-
ra & Oliveira, da praça de Benguela
(Africa Ocidental Portuguesa), filho da
Sr.2 D. Felicidade Batista e do Sr. José
dê Oliveira, já falecido, com sua prima,
a Sr. D, Maria Fernandes Baptista, fi–
lha da Sr.? D. Lucina Baptista e do Sr.
Francisco Fernandes, também já fale-
cido. O acto revestiu-se da maior inti-
midade dado o luto dos noivos. Foram
padrinhos por parte do noivo o sr. Al-
berto Luiz e a Exm.2 Sr.2 D, Conceição
Baptista, antiga professora, aposentada,
da Sertã, e por parte da noiva, seu
tio Rev.º P.e José Baptista e a menina
lida de Oliveira Moura. Aos noivos,
que gozam de geral estima na nossa
freguesia e que seguiram para a Capi-
tal após a cerimónia, onde vão fixar
residência temporariamente, desejamos
muito sinceramente um futuro ventu-
roso.

— No passado dia 8 esteve de visita
à nossa aldeia o Rev.º Sr. P.e António
Martins Manso, Prior da freguesia de
Amêndoa.

— De regresso de Sernache do Bom-
jardim encontra-se já, em goso de fé-
rias, na povoação de Sesmarias, desta
freguesia, o Rev.“ P.e Artur Mendes
de Moura, ilustre Director do Colégio
Vaz Serra.

— Para Lisboa, partiu o nosso ami-
go sr. Manoel Farinha Portela acom-
panhado de sua Exm.? espôsa, srt.2 D.
Zulmira Gil Portela.

— Encontram-se acometidas de sa-
rampo a maior parte das crianças des-
ta freguesia, Pela maneira como está
alastrando tudo indica que tôdas serão
vítimas de semelhante doença

SOBREIRA FORMOSA, 13 — Man-
dada dizer por sua Espôsa, a sr.? D.
Lucinda de Almeida Ribeiro de Matos,

Lino Ferreira de Matos

rezou-se ontem, na Igreja Paroquial
desta freguesia, comemorando o 30.º
dia do seu falecimento, uma missa por
alma do sr. Lino Ferreira de Matos.

Assistiram, além da família, numero-
sos amigos do falecido, enchendo-se
quási por completo a Igreja.

+
Exames de Instrução Prima
“ria Elementar

CASTELO, 12 — Realizaram-se na
escola da sede da freguesia, no dia 9
do corrente, tendo comparecido e fica-
do aprovados os seguintes alunos :

Da escola do Mourisco, 5; da escola
do Castelo (sexo feminino), 8; da esco-
la do Castelo (sexo masculino), 1.

— De visita a sua familia esteve na
Salada, acompanhado de sua Espôsa e
filha, o nosso amigo sr. Jaime Antunes
Amaro, conceituado comerciante em
Lisboa, e que ali já regressou.

 

Gasos e coisas da nossa terra

VILA DE REI, 12—Pretendo relatá-
los com toda a veracidade, mas sobrex
vem=me 0 dilema :

Não digo a verdade condenam=me,
digo-a com toda a sua nudez, condem
nado serei,

Procurar conciliação entre estas
incompatibilidades será o mesmo que
procurar uma gota de água num
deserto.

Encontro uma solação que não me
Satisfaz, por isso terei de arcar com o
discordar de opiniões, cuja discordânnário, que, além de meia dúzia
de anúncios, não tem quaisquer
outras receitas. |

Os nossos prezados assinan-
tes que habitualmente não per-
manecem em casa durante o dia
1 farão a fineza de encarregar al-

do-nos lembrar-lhes que a de-
volução dos recibos nos causa
grandes transtôrnos, implicando,
ainda uma despesa desnecessão
ria.

A todos que, devotadamente,

nos contingam prestando o seu

samento do nosso querido amigo Sr. :

guém do pagamento, permitin- !

cia, deve talvez ter contribuido pata
o estado em que Vila de Rei se en-
contra.

Não ajuize o leitor do cronista al»
guma capacidade intelectual que em
rendilhadas bordadaras vá nas asas
da fantasia

Não. Falho dêsse predicado proca-
rarei concisamente focar esses — Cam
sos e Coisas — fazendo eco dos co-
mentários, sendo o porta-voz dos deu
sejos dêste povo e tendo sempre em
conta a defesa dos interêsses da terra
onde nasci; isto sem facciosismo 0a
má vontade, embora aquêle, possa
colocar-me em situação pouco pri
vativa. SAO

Mandoa a actual vereação elaborar
um projecto de arruamento, com o
fim de obter locais para novas cons-
truções, contrariado pelo sr. Laiz
Francisco da Silva, membro da mes»
ma vereação, por o julgar inoportano
e desnecessário.

Diz-se que a lembrança dêste pro-
jecto é «extra» camarário, vendo tom
dos que não há falta de terreno para
edificações, nem grande possibilidade
de se fazerem, pela falta do material
mais necessário, a não ser que algum
benemérito queira mandar construir
algum bairro, mas para quê, se é cer=
to que existem aqui bastantes casas
devolatas.

Constoa que a abertura dessa artéria

seria uma das primeiras obras a rea
lizar pela actual vereação, o que so»
bressaltou os espíritos bairristas- por
verem assim prostergadas e protelam
das as obras de maior necessidade e
urgência nesta terra.

Fervilham os comentários não dim
vergindo as opiniões naum perfeito
acôrdo contrário a tal projecto, por
todos reconhecerem a inutilidade da
feitoria para a comanidade.,

Que tendo sido demolida uma casa
por ficar no tôpo da rua principal o
que implorava obliquação para a esm
querda na sua saída, obstando ao sem
guimento em linha da citada rua, o
mesmo sucederá na projectada para
a direita, com a agravante de nanca
ter possível seguimento.

Por êstes e outros, sabe-se que a
população desta terra não acolhe de
bom grado tal feitoria.

Se a necessidade dessa artéria fosm
se um facto, estariamos abertamente
em sua deiesa, como estamos sempre

mento para a noss
caso somos solidá
pela razão mui

acharmos vantagem alguma em qual-

quer campo.

Porém por entic
cia nem tão depressa se fará, o que
torna o projecto extemporâneo pois
pode maito bem não se acomodar às
exigencias do lataro.

Também pelas mesmas foi dito que
em breve começariam as obras de
alargamento da rua que parte da E.
N. 62-2.º e nos conduz ao centro da
terra, sua principal entrada e que per
las suas características o deverá ser
sempre.

Maito bem, é inadiável esta obra
que encontra em todos os Vilarregen=
ses!o melhor dos acolhimentos,porque
todos, todos, desde o mais grado ao
mais humilde, vêem que suprimindo-
“se uma necessidade se alinda a nos-
sa terra.

Os nossos sinceros aplausos a esta
obra, lembrando caso seja viável o
alinhamento da igreja da misericórdia,
lado sal com o quarteirão respectivo,
o que pouco prejudicaria o templo e
daria um alargamento bastante sen-
sípel à rãa. .

Foi também dito que presentemente
seriam atendíveis os pedidos referen-
tes às pias de comunicação, porque
até que se não altimem os estados da
E. N. 54-22 não é possível a variante
que nos conduza á sede da comarca e
inoportuna a petição ao mesmo tem=
po de duas vias a servir o mesmo
objectivo, isto referente a ligação-Ser=
nache-Vila de Rei.

A Janta de freguesia de que fazem
parte pessoas de tôda a minha estima,
sendo uma delas o mea maior amigo,
apenas uma vez deu acôrdo de si.

Bom é que desperte do seu letargo,
tomando como exemplo a sua colega
de Sobreira Formosa, mostrando
quando mais não seja que tem boa
vontade.

FE reseseemesre

precioso auxílio, reiteramos o
protêsto da nossa maior consi
deração e apresentamos-lhes,
mais uma vez, sinceros agrade
cimentos.

À Administração

nte fa

ABASTECIMENTO DE MILHO

Por êstes dias deve chegar à
Sertã um novo vagão de 10 tone-
ladas de milho colonial para abas-
tecimento da população do con-
celho,

apresentam 10
com tudo onde divisamos engrandeci- | |

da

dades competentes |
foi dito que tal obra não é de urgên= |

Bombeiros Voluntários da
Sertá

“A Direcção da Associação dos
Bombeiros Voluntários da Sertã,
em sessão de 10 do corrente, re-
solveu :

Efectuar um peditório, desti-
nado a colher fundos para com-
pletar o pagamento do pronto-
socôrro e adquirir 100 metros de
mangueira, na Vila da Sertã, nal-
gumas locslidades do nosso con-
celho e aínda nos concelhos vi=
zinhos de Oleiros e Proença-a-
Nova; ;

Com o mesmo fim, promover
em Agosto próximo, em dias a
designar, um festival no adro de
S João, cujo programa será opor-
tunamente traçado, mas de que
fará parte a inauguração oficial,
bênção e baptismo da viatura e
uma parada geral do corpo activo;

Dirigir circulares a todos os
sertanenses residentes fora da
Vila e amigos da Sertã, solicitan-
do fundos para o destino indica-
do; e

Contratar um técnico para mi-
nistrar uma mais completa ins-
trução ao corpo activo.

e

Na mesma reiinião elaborou-se
a lista das pessoas que serão con-
vidadas a tomar parte na comis-
são das festas,

4d

Para auxiliar a Corporação re»

cebemos do nosso amigo sr. P.

Manoel Martins, digno pároco do

Troviscal, a quantia de Esc. 508,
que muito agradecemos.

Pega
Exames do 2.º Grau

Principiaram na 3.º feira as
provas escritas dos exames “do |
20 grau neste concelho, a que se
candidatos, 76

0 sexo masculi

Ferreira,
culino,

arvalh

Saiu para Oleiros, onde foi
presidir aos exames do 2.º grau
naquêle concelho, o Delegado
Escolar do concelho da Sertã,
nosso amigo sr. António A. Lo-
pes Manso.

HOLA
a Ed es es Pd Ve
ra
e

0 PO SU FY Co MP,
a a a L fa + fa Ed

ss as ua
* “og E e, E a

fas? Pas?
Com suas espôsas encon-
tram-se: no Gerez, o sr. Amé-
rico V. Rebordão Corrêa, da
Sertãe nas Caldas da Rainha,
o sr. Angusto Dias Lourenço,
da Madeirã.

— De Coimbra, onde esteve.
em tratamento, regressou q
Oleiros, com sua espôsa e fi-
lhinha, o sr. Rui dos Santos
Madeira, digno chefe da se-
cretaria da Câmara Manici-
pal.

— Encontram-se: nos Ra-
malhos, a srº D. Adelina Al-
ves, em Oleiros, o sr. João
Domingues e, na Sertã, a sr.º
D. Guilhermina L. de Porta-
gal Durão de Lisboa.

— De visita a sua família
encontra-se na Sertã, com
suas filhas Maria Edite e Ma-
ria Helena, a srº D. Alice Va-
lente Nunes, de Lisboa.

— Regressaram à Sertã, com
suas espôsas, os srs. drs. Ros
gério Lucas e Pedro de Matos

Neves.
SO dp

Rectificação

O sub-título da carta do sr.
Eugénio Leitão, que publicámos
no passado número, deve ler-se
evrta» e não «fala», como saiu
por lapso tipográfico.

Fala não podia ser! O que
vale é que o leitor corrige facil-
mente estas troças…

e 28 do femi- Rsemi- R

 

@@@ 1 @@@

 

4

Julgamento gua Tribugal Colectivo

Respondeu, na passada sexta-
feira, Manoel da Silva, de 36 anos,
casado, proprietário, natural da
Várzea Cimeira, freguesia do Pe.
drógão Pequeno e residente no
logar do Cavalinho, freguesia do
Mosteiro, concelho de Oleiros,
prêso nas cadeias desta comarca,
acusado, pelo Ministério Público
e por Nazaré de Jesus Martins,
de Lisboa, de, no dia 15 de Maio
do corrente ano, cêrca das 21
horas, na casa de residência de
seu sogro, com quem vivia, no
já referido logar do Cavalinho,
haver voluntáriamente matado
Maria de Jesus, vibrando-lhe,
com um canivete, dois golpes,
um que a atingiu no antebraço
esquerdo e outro na região supe-
rior e anterior do tórax, que pro-
duziu um ferimento profundo que
foi a causa necessária da morte
e pela prática dêsse facto foi ini-
ciado como autor do crime de
homicídio voluntário previsto e
punido pelo art º 349 com o con-
curso das agravantes dos n.º 14,
16, 28 e 29 do art.º 34.º do Có-

-. digo Penal. Condenado na pena

de oito anos de prisão maior, se-
guida de degredo por doze, ou,
em alternativa, na pena fixa de
degrêdo por vinte e cinco anos
em possessão de primeira classe,
dois mil escudos de-imposto de
Justiça com os legais acréscimos,
emolumentos devidos aos peritos,
mil escudos de procuradoria a
favor da parte acusadora, nos
termos do art.º 161 e alínea c) do
art.” 68, ambos do Código das
Custas, e na indemnização de
vinte mil escudos a favor dos
herdeiros da vítima,

A sala do Tribunal estava re-
pleta de assistentes, especialmen-
te pela fama dos advogados que

especialmente

– boa, onde foi alugada uma ca-
* mioneta para transporte próprio.

“José Gonçalves Ribeiro

Foi promovido a 1.º Oficial o
antigo e distinto funcionário dos
correios, que presta serviço na
Central Telegráfica de Lisboa,
nosso prezado assinante e amigo
sr. José. Gonçalves Ribeiro, na-
tural do Figueiredo, concelho da
Sertã.

Daqui lhe enviamos um grande
abraço de parabens, com os me-
lhores votos pela sua saúde e
prosperidades.

rtp
O TEMPO

Um pouco depois das 11 ho-
ras de 4.º feira da semana pre-
térita uma violentissima trovoa-
da pairou sôbre a Sertã e tôda
a região limítrofe, acompanhada
de pedras de granizo de grandes
dimensões, que caía com extraor-
dinária violência, ainda que não
fôsse demasiada quantidade.

|Uma faísca caiu no pára-raios
do hospital, produzindo enorme
estrépito, atemorizando os doen-
tes gue ali se encontravam; na
rêde telefónica registou-se ligei-
ra avaria, prontamente reparada.

Às oliveiras, videiras e searas
sofreram bastantes prejuízos. A
ribeira pequena aumentou de
caudal imediatamente, facto que
só se registou na grande dias
depois, concluindo se que no
concelho de Oleiros a chuva foi
mais intensa.

Depois disso, o tempo tem es-
tado variável, chovendo por ve-
zes e registando-se acentuada
baixa de temperatura.

Enfim, o tempo entrou com o
pé esquerdo neste ano da graça
de 1941, em que as estações têm
andado positivamente às ara-
nhas…

“intervieram na causa, srs. drs.
| E assim sucedera,

de fora, | Itmã.
| rente do concelho del“.
Oleiros, residentes ali e em Lis-

A Comarca da Sertã

LU TA PELAIV IDA, Freguesia da Fundada

por E. VENTURA REIMÃO

III

Passados três anos sôbre o fa-
lecimento do tio Raminhos, rea-
lizou-se o casamento de Clarice
com Terêncio, com grande satis-
fação da tia Joana e surda hos-
tilidade de Jorge, que ambicio-
nava para a irmã um casamento
de conveniência, baseado no in-
terêsse e não no amor, sentimen.
to que, em seu entender, deveria
sempre ser relegado para segun-
do plano. Amor sem aàinheiro,
dizia êle, é como mesa sem
pão. Em carta enviada a Clarice
dissera lhe mesmo textualmente:

— Olha, mana, faze o que
melhor te parecer, que en com
isso nada tenho.

Quem boa cama fizer nela
se deitará, lá diz o ditado. No
entanto sempre te direi que
fazes mal em casar com o Te-
rêncio, não porque êle seja
mau rapaz, mas é que não
passa de am pobretana; por
isso nunca poderá fazer te fe-
liz, como tu o mereces,

Se quizeres segair os meus
conselhos, liquida-se aí à lo-
ja, desligas-te de compromis-
sos e tu e a mãi vêm para o
Pôrto, que é uma grande cida-
qe onde te não faltarão pro:
postas dignas de ser tomadas
em aprêço e consideração…

Ciarice agradecera ao irmão o
interêsse que êste nutria pela
sua felicidade, mas declarara lhe
firmemente que satisfaria com
agrado aos desejos expressos
pelo pai à hora da morte, visto
que facto algum ocorrera, desde
então, que a fizesse mudar de
ideas, a tge embezerrara com.

As tertas foram vendidas e
tudo o mais inventariado, con-
tando-se entre os bens uns vinte
contos em títulos da Divida Pú-
blica, Apuraram-se assim uns
cem contos, incluindo sessenta
em que a mercadoria foi valori-
zada. |O estabelecimento. ficou
para Clarice, com todo o seu
activo e passivo e o restante para
Jorge, com a cláusula expressa
de que a mãi ficaria a cargo ex-
clusivo da filha,

so

Passaram-se anos.

Jorge conseguira a muito cus»
to, formar-se em direito. Poucas
causas advogara e nenhuma de-
las conseguira atrair sôbre o seu
nome as atenções do fôro ou do
público, não porque fosse des-
provido de inteligência ou de
conhecimentos mas porque era
estruturalmente indolente, Inca-
paz, por preguiça, de estudar a
fundo uma questão, não tirava
partido conveniente dos po me-
nores do processo submetido à
sua apreciação; deixava-se assim
bater, com relativa facilidade,
pelos adversários, melhor enfro-
nhados do que êle nas particu-
laridades da causa.

Elegante de físico e atrevido
de processos, contava porém no
seu activo grande número de vi-
tórias, obtidas nas batalhas cam-
pais travadas contra o belo sexo.
Sem grande dificuldade conse-
guira assim ajustar casamento
com a filha única de um rico
banqueiro do Pôrto, rapariga

«| do, Clarice enchera-se de cora-

elegante e desembaraçada, dada |
aos desportos, vencedora de al-:
guns campeonatos de natação no

Rio Douro, mas cujo passado |

amoroso, ao que diziam as más
lingnas não era isento de mácula.

&
Terêncio e Clarice eram agora

país de um casal de pimpolhos
de côres rosadas, “que eram 0 or»

gulho da avó e o enlêvo dos
progenitores.

A mercearia, que chegara a
atingir um grau de prosperidade
notável, começara porém a de-
caír. Não porque o tacto admi-
nistrativo de Terêncio fraquejas-
se mas por efeito da crise geral
que atormentava o Pais.

O desemprêgo, êsse flagelo
terrível legado pela Grande
Guerra, fizera-se sentir fortemen-
te na região. Sem dinheiro, os
trabalhadores não podiam pagar
regularmente as suas contas e
muitas vezes acabavam por não
as pagar. Terêncio, por seu lado,
não recusava o crédito àqueles
que mostravam empenho em a-
genciar a vida e que muitas ve-
zes nada tinham que dar a co-
mer à mulher e aos filhos.

Almas bem formadas — que
as há em toda a partie — aconse-
lharam-no por vezes a que se
mostrasse menos generoso. Te-
rêncio não lhes dava ouvidos,
não alterando por isso o seu
precedimento, sempre na espe-
rança de melhores dias que, afi-
nal, tardavam em vir.

Começaram a surgir dificulda-
des, que Terêncio heroicamen-
te, fôra vencendo. Com sacrifício
mantivera os dois empregados

do estabelecimento; por fim um

deles deixara a casa para cum-

prir o dever militar e seguida
mente o outro arrajara coloca-
ção, se não mais rendosa, pelo
menos de melhor futuro, na mer-
cearia de um tio estabelecido em
Lisboa. Terêncio não promovera

a sua substituição. Clarice impu-.
zera-se então para que o marido

aceitasse os seus serviços ao
balcão da loja. E
– Aproximava-se porém a época

lem que teria de ser paga uma
iletra de vinte contos a vm co-,

jmerciante do Pôrto e Terêncio

oosta. À ocultas do mari-

gem e de esperança e escrevera.
ao irmão pedindo-lhe êsse “di-
nheiro emprestado.

A resposta não se fez espe-
tar !… que tinha muita pena
mas não podia servi la por-
que estava muito sobrecarre:
gado com as despesas do seu
prórimo casamento e que, |
além disso, tinha perdido ul.,
timamente, em operações infe-
lizes, avultadas quantias…
O que êle não dizia (nem tudo

lembra ..) é que as tais opera- |

ções infelizes não passavam de
lances fortes arriscados e perdi-
dos ao jôgo nos casinos de Es-
pinho e da Granja.
(Continua)
eta BD pag

icelhos. | Far
Com os melhores cumprimen-.

BATALHA DA RÚSSIA

Em «A Voz», de 8 do corren- |
te, diz o sr. tenente-coronel Lelo
Portela: |

i

«Se os russos dispuserem de reservas |
numerosas, e frescas e bem apetrecha- |
das e armadas, a guerra tenderá a es-
tabilizar-se, tanto mais que as dificul-
dades germânicas vão aumentando com |
a progressão através de grandes exten= ‘
sões devastadas, com as comunicações ,
desorganizadas – sistemáticamente na
retirada, e pelo fustigamento das reta-‘
guardas levado a efeito pelas grandes –
Unidades deixadas à retaouarda que |
conduzem a uma verdadeira guerra de ‘
guerrilhas.

Esta tática, obriga a um afrouxa-
mento da progressão para a frente, peu
la necessidade de limpar todos êstes
nícieos que se infiltram nas comunica-
ções como o caruncho em madeira ve-
lha.

x
e o:

Se a guerra se estabilizar perderá a –

Alemanha a sua maior vantagem até
agora, que era a da iniciativa, das ope-
rações terrestres. à
A Inglaterra passará a ter, além da |
conduta estratégica e económica da

‘ ções terrestres no continente.

| Ela terá então o tempo preciso para |.
‘ escolher o momento próprio da sua,

| acção ofensiva.

Enquanto os exércitos russos e ger-.

‘ manicos se enfraquecerão em guerra
: de desgaste o exército britanico pode-
irá organizar-se e armar-se a-fim-de
*arbitrar êste conflito mundial,

(Continuação da 1.2 página)

Esta obra foi feita por subscri-
ção do povo da freguesia.

E está já projectada, com plan-
ta e orçamento já feitos e já com-
participado pelo Estado, um edi-
fício público com os comparti-
mentos precisos para a instalação
do Registo Civil, Posto Médico,
sala de espera e sala para as
sessões da Junta da Freguesia.

Muitos mais melhoramentos é
preciso ir fazendo com urgência,
recomendados pela sanidade pú-
blica, como fontes de bica para
ir acabando com as fontes de
mergulho, “e o calcetamento de
algumas ruas de diversas povoa-
ções desta Íreguesia, que são
verdadeiros charcos no inverno.

A maior aspiração do povo
desta freguesia consiste na aber-
tura de uma estrada mácadami-
sada que, atravessando a parte
Central da Fundada, a ligue às
sedes do seu Concelho e Comar-
ca; pois a estrada n.º 54, Lou-
zã-Belver, embora ligue a sede
da Comarca à de Vila de Rei,
nada beneficia a freguesia da
Fundada, porque para se utilizar
dela teem de percorrer mais de
I2 quilómetros por caminhos
quási intransitáveis; tendo, por
isso, de se ir resignando com o
seu condenável e perpétuo iso-

lamento.

Como as Juntas de Freguesia
não teem receita própria, venho
por este meio. lembrar às Ex,m:s

| Câmaras da Sertã e Vila de Rei,

que há um melhoramento urgen-
te a fazer e que às duas Câma-

ras deve interessar, consistindo

na reparação da fonte da Várzea
Carreira, sôbre a Ribeira da Is-
na, que se encontra muito dani-
ficada na partie acima dos arcos,
ameaçando ruína, a qual servin-

| do os dois concelhos, deve de

ser reparada em comum acôrdo
das duas referidas Câmaras, para
evitar o seu próximo desaba-
mento, o que origina o corte de
comunicações entre os dois con-
lhos. a
tos me subscrevo
De V. … etc.

O Presidente da Junta de Fre-
guesia — Mannel Luiz da Silva

 

N. da R.— Há bastantes Juntas de
Fregaesia da Comarca, que se torna
inátil mencionar, que até hoje — já lá
vão passados 9 meses, tempo saficien=
te para um parto loboriosol — não
responderam ao nosso inquérito. .

Certamente não viram necessidade
de o fazer, ou, então, acham preferi-
vel continvar a gozar aquela benéfica
paz de alma que só é dada aos jus»
tos… Volasa lápis

(Continuação)

sóa Paz pode proporcionar,
volvem paraéles seusolhos tris-
tes, maguados, pelas desditas
que os afligem.

tr Op

ANDA por aí ama rapariga,
que sofre de alienação

mental, importunando tôda a
Sente com os seus pedidos de
esmola; e muitas pessoas a fa-
vorecem por comiseração e
porque a vêem com uma crian-
ça, que é sua filha. Mas não o
devem fazer; é que o pai pode
e quere sustentá-la, deseja-a
em casa, donde ela foge, e não
O consegue enquanto cá por
fora lhe derem dinheiro.

Como a rapariga é desegui-
librada, o pai não quere recor-
rer à fórça para a obrigar a
recolher-se ao lar, acabando
com situação que o envergo-
nha .

Aqui fica o aviso, que deve
ser tomado na consideração

merecida.
QUEM Iê dia a dia os comu-
nicados de guerra da fren-
te germano-russa há-de por
fórça compreender que não
consegue tirar uma conclusão
e que, quanto mais procura
embrenhar-se naquelas noti-
cias, que são um torvelinho
diabólico, cada vez parece
afastar-se mais da verdade.
Se um dos contendores afir-
ma fazer centenas de milhares
de prisioneiros e haver apres
endido muitos e muitos milha-
res de carros blindados, o que .
tudo se eleva a verdadeiras ci. .
fras astronômicas, logo o on»
tro que não quere ficar atrás,
procura suplantá-lo… em al-
garismos |
Têm, por certo, os russos |

 

Pego Desafio

do grande parte das conguis+

us alemães tem sido duríssi
ma e certamente muito mais di

lfícil do que imaginavam. Se ne
Os germanos não conseguem
vencer a resistência moscovita
até ao início do próximo inc |

verno, surgirão dificuldades

do-se em benefício

para a ln
glaterra,

LHS O

Foi promovido a 3.º oficial o
sr. Abílio Ribeiro Lopes, chefe
da Estação Telégrafo-Postal da
| Sertã,

À margem

guerra mundial, a iniciativa das opera- |

Nieto so tesao a ipa

 

de guerra

aC

“dade ci: cu

Engenharia inglêsa, Um aspecto da construção de uma ponte

apanhado por tabela e perdi.

tas conseguidas em maré jo.
| vorâvel, mas a campanha pa

talvez insuperáveis, traduzin-eis, traduzin-