A Comarca da Sertã nº252 10-07-1941
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-—- FUNDADORES —
| — Dr. José Carlos Elhrhardt —
—— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Hareta da Silva Corrêa
— Dr Angelo Henriques Vidigal = |»…
O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO ga
a Cuando Parata da TFilva Coreia TIP. PORTELLA FEUÃO
= —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— nie
| [RUA SERPA PINTO-SERTÃ ao
>’| ( E A E = TELEFONE
< RNA Care RR AS QUINTAS FEIRAS 112
ANO VI Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos de Sertã 3 a O
N.º 252 Oleiros, Proença-a-Nova e Yila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação )N
Notas …calor continua a apertar, q
fazer sentir-se com gran-
de violência,
Ou não estivéssemos em ple-
na estação calmosa |
Nos últimos dias da sema-
na e primeiros desta o céu apa-
receu nublado, carrancudo,
pairando, por vezes, fortes tro«
— ‘voadas acompanhadas de leves
aguaceiros; porém, a fresqui-
dão que se sentiu foi de pou
ca dura.
HO se
G ‘OMO as filarmónicas não
podem tomar parte nas
* festas religiosas da nossa Dio-
“cese e porque, também, foi
— proibido o lançamento de fogo
– de artifício, prêso e do ar,
“elas perderam parte da sua
* £raça e as romarias deixaram
“de ter o encanto que sempre
as caracterizou.
“povo, na sua simplicida-
“de, não compreende que as so-
lenidades do culto sejam in-
— compatíveis com as festas pa-
* £ãàs, que o flagelo da guerra,
“que atormenta grande parte
“das nações do mundo, impeça
os folguedos ingénuos que as
romarias proporcionavam nes-
– ta época e tam arreigados es-
tavam nas suas tradições.
Perante a vida dura e as
preocupações que a atormen-
tam, a gente dos campos en-
contrava nas festas, depois de
assistir aos actos religiosos,
um pretexto para rir e folgar,
a natural diversão e expansão
psicológica de quem encara a
vida com o optimismo que lhe
deve ser peculiar.
Sem querermos bordar con-
sideração, que muitos podem
julgar inoportunas, apenas
queremos salientar queasprois
bições prejudicam a indústria
pirotécnica, que dava traba-
lho a bastantes trabalhadores
durante o ano e; por conse-
guinte, se reflete nestes, fican-
do privados de adquirir deze-
nas de escudos os componen-
tes: das filarmónicas; pobres
chefes de família.na sua maior
parte, que nelas se inscreviam
e a elas se dedicavam mais
para ganhar alguma coisa do
que por amor à arte. Os pró-
prios vendedores ambulantes
vêem cerceada a:sua melhor re:
ceita porque quem vai a gual=-
quer dessas festividades não
precisa de se demorar senão
o tempo necessário para assis-
tir às funções do culto e cum-
piso as promessas
e por mais es uma vez nx
mos dito que não publica-
mos quaisquer escritos, prosa
ou verso, sem conhecermos os
autores.
Ultimamente têm vindo aqui
parar algumas coisas—verda-‘
de seja, de ponco interêsse—a
gue não damos guarida pela
razão apontada.
— Queo público não conheçaos
auforas, está bem, Agora NÓS 1941Pier pe
Bombeiros Voluntários da Sertã
so encontra na posse da nova viatura
A prestimosa Corporação já
OR côrca de meio dia de 4º feira,
2 do corrente, chegou à Sertã o
pronto-socôrro encomendado para
a nossa Corporação de Bsmbei-
ros, que a actual Direcção havia mandado
construir, há meses, à firma A Paredes
Granja, Suc., Ld.º de Vila Nova de Gaia
A viatura foi entregue naquela locali-
dade ao Secretário da Direcção, que era
acompanhado palo 1º e 2.º Comandante,
motorista, chefe de máquina e alguns bom-
beiros.
“O novo carro vem satisfazer cabal
mente, por certo, a aspiração de todos os
sertanenses que dedicam à colectividade o
maior carinho e transformou, radicalmen=
te, as condições de existência da Corpora-
ção, que agora se encontra. apta a prestar
eficiente concurso na debelação de quais-
quer incêndios, alargando a sua acção a
tôdas as povoações do concelho servidas
por estradas vu não distantes “elas é ain-
da aos concelhos limitrufes, como impõe o
Código Administrativo.
Está, pois, a nossa terra de parabens
e podem confessar-se satisfeitos todos a-
quêles que se esforçaram pela aquisição da
viatura, o que constitue, iniludivelmente,
um grande melhorament» para a Sertã,
honrando as suas tradições e marcando
mais um passo no caminho de seu pro-
grosso.
Foram: veficidai grandes dificuldades
e bom é saber que ainda faltam alguvus mi-
lhares de escudos para pagar a viatura.
Por certo não faltará a melhor boa vonta-
de dos sertanenses e de todos 08 amigos da
Sertã para esta grande obra humanitária,
“que muito tem de grandiosa; com a sua
‘costumada colaboração e arreigados senti-
mentos bairristas virão ao encontro da Di-
recção, dando a sua apreciável cota-parte
para pagamento rápido do material.
Dadas as actuais condições, em que u
preço dos materiais de fabrico-atingiu um
preço elevadissimo, seria contraproducen-
te que, não havendo todos os necessários
fundos para a compra, se aguardasso a sua
obtenção, o que seria muito difícil dentro
de dois ou três anos, além de que, então, a
compra teria de ser feita por preço quási
incomportável ou dela era forçoso desistir,
De resto, tendo a Ex.””* Inspecção de
Seguros oferecido a importância precisa
para a compra do grupo moto-bomba, se-
ria inadmissível rejeitá-la; por outro lado,
a aceitação implicava a compra do «chas
sis» e conseqliante carrossamento..
Dentro em pouco deve realizar-se um
peditório, para ubter fundos, na Sertã, po-
voações mais importantes do concelho e
nalguns concelhos vizinhos.
À viatura esteve exposta ao público,
no dia da chegada, na Praça da Repúbli
ca. Nesse mesmo dia e imediato fizeram se
experiências, com o grupo moto-bomba,
na à Alameda da Carvalho.
As caracteristicas do pronto-socôrro
são as seguintes:
Sôbre o capot do motor tem as dE
em metal amarelo, «B. V. Sertã» um novo
coup vent em chapa e sôbre ôste a base on:
de estão as calhas e colunas em bronze
polidas formando V e 2 vidros em cristal
formando o pára-brises. Do lado do condu
tor está montada uma coluna em aço ma-
cio, torneada, e um projector eléctrico de
longo alcance, móvel e giratório. Do lado
oposto tem uma outra coluna, onde está
montada uma sineta em bronze campanil,
polida e de timbre especial para o fim a
que se destina Sôbre o chassis está mon-
tado um sólido estrado, em madeira nacio
nal, seleccionada e bem | sêce, formando ||
uma só peça. Sôbre o estrado, a principiar
do tablier do coup vent, tetu ur» banco sofá
para acomodação do chaufteur, chete de
máquina e graduado; ôste banco, como os
restantes, é construido em chapa de ferro,
“batida, guarnecido na rectaguarda por va
retas de meia cana em bronze, polidas é
com 2 azas laterais do mesmo metal, sendo
estofado nas costas e assento a pergamoi-
de de primeira qualidade; na parte inferior.
do banco está o depósito para o combusti
vel do motor e ainda espaço para as ferra-
mentas do carro. Na retaguarda daquêle
banco tem um outro para acomodação de
4 bombeiros, sendo a caixa interior feita
em cofre para arrecadação da várias fer
ramentas Em cada um dos lados estão 2
cadeiras com pernas exterivres em bronze
polido é pelo interior apertadas para os
barramentos de ferro, das escadas e as per
nas exteriores apertadas para o estrado.
Tem, em suportes próprios, e de cada lado,
um sarilho para a capacidade de 100 me-
tros de. mangueira 45 /”, sendo fixos por
fechos. de segurança em bronze, polidos.
terior das cadeiras estão mon
mentos, em viga, onde assen
tam 4 lances de escadas À portuense, c m
3 m. cada. Tem 2 escadas de ganchos, tip»
«Crochet», calhes em vigas de ferro onde
está instalada a moto-bombo portátil e para
receber a bomba braçal, com fechos de se
gurança independentes. Na retaguarda do
2º banco da frente está levantado um es
queleto em vigamentos de ferro que supor-
ta um torpedo em chapa de ferro com tam-
pos de metal polidos e respectivos fechos
de segurança. Pela parte inf rior dêste tor»
pedo estão os fechos para as 2 agulhetas
da moto bomba, Tem uma caixa-ambulãa”
cia, portátil e uma grade para arrecada-
ção de 6 lanços de mangueira molhada.
Nos laterais interiores das cadeiras estão
montados, em suportes de bronze polidos,
2 croques, 2 desforradeiras e 2 tridentes
com cabos envernizados do comprimento
de 3 metros cada. No final da carrosseria
e pela parte inferior do estrado estão mon-
(Continua na 4º página)
“.. a lápis
ACERCA do possível arran-
que das árvores da Ala-
meda da Carvalha, disse, há
dias, nma pessoa de fora, que
visitou o local:
—Se a Câmara pretende fa-
zer um parque está natural.
mente indicado que se deve li.
mitar a tirar as poucas árvo-
res velhas e inestéticas ; mas
se o sea plano é ajardinar,
então terá que sacrificar Um
maior número, o que não gue-
re dizer que, em qualquer dos
casos deire, depois, de plans
tar muitas árvores de boa
sombra e de diversa qualidade,
porque a beleza essencial da .
Carvalha consiste, precisa-
mente, em possuir frondosa
arborização.
Um voto que não conta, mas
uma opinião como quaiguer
outra.
O visitante esquecen-se,: DOo-
rém, de que as árvores que
Vierem a ser plantadas não se
podem desenvolver desde que,
perto delas, existam as velhas.
ese ,
FRUTUOSO PIRES, ne ver
dadeiro bairrista, afirma-
-nos, em carta que recebemos
há dias, onde exterioriza a
sua inalterável boa disposição
e aquêle optimismo próprio de
uma radiosa mocidade, que
muitos novos não logram:
«Por êstes dias von reiinir
alguns patrícios para se pro-
mover uma grande assembléia,
possivelmente na Casa das
Beiras, a-fim-de se tratar, de
vez, da Romaria da Saiidade
ao nosso concelho. Depois vos
direi o que se passar para se
fazer a convocação dos patri-
cios, espalhados por esse Por-
tugal fora, na «Comarca da
Sertã». Suponho que deve ser
uma Romaria interessante».
E será interessante, a revi-
ver todo um passado de es-
túrdia e de alegria, na idade
em que tudo são sonhos de
côr de rosa, se os tomeiros, es»
guecidos por momentos dos
abrolhos da vida, recordarem,
com tôda a efusão da sua al-
ma, os belos tempos em que
na Sertã praticaram mil tra=
vessurass.
Tenham éles a índole afável
e expansiva do nosso patrício
Frutuoso Pires e o caso há de
ser contado… em verso he-
róico !
«ED dg
OS lavradores da região en-
contram-se satisfeitos com
o magnífico aspecto das olis
veiras. Deus permita que o.
tempo lhes corra propício até
a apanha.
pao pag
FOI! de movimento extraordi-
nário o mercado de gado
que se efecluou no pretérito
sábado, tendo-se feito impor=
tantes transacções da espécie
bovina,
fabado, tendo-se feito impor=
tantes transacções da espécie
bovina,
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| A Comarca da Sertã
Depósito Central em Tomar
JOÃO FERREIRA PINHO
TELEFONE N. 113
ANUNCIO
(1.º Publicação)
O Dr. Armando Torres Paulo,
Juiz de Direito da Comarca da
Sertã:
Faz saber que no dia 26 do
corrente mez de Julho, pelas 12
horas, no Tribunal Judicial desta:
comarca se hásde proceder á ar=
rematação em hasta pública dos
imóveis e móveis a seguir desi-
gnados e pelo maior preço ofere-
oido acima dos valores indicados :
IMOVEIS
N.º 1 — Casa de habitação no
povo dos Carregais, inscrita na
“ respeotiva matriz sob o art.º 351,
“e descrita na Conservatória do
Registo Predial desta comarca,
sob o n.º 28.640, Vai pela prix
quatrocentos e vinte escudos.
“N.º 2 — Uma terra de cultivo
com oliveiras e testadas, no eítio
“dos Linhares, limite dos Carre-
gais, inscrita na matriz sob o art.º
30.266, e descrita na Conservatós
ria do Registo Predial sob o n.º
28,641, vai pela primeira vez á
praça pelo valor de duzentos e
sessenta e quatro escudos.
N.º 3 — Uma terra de cultivo,
no sitio da Sobreira do Cako, lia
mise dito, inscrite ná matriz sob
o art.º 30,504, e descrita na Con-
servatória do Registo Predial sob
o n.º 28,642, que vai pela primei=-
ra vez à praça pelo valor de trin=
ta encinco escudos e vinte cen
tavos,
N.º 4 — Uma terra de cultivo,
no sitio da Sobreira da Cova, li-
mite dito, inscrita na matriz sob
o art.º 31.044, é descrita na Con=
servatória do Registo Predial sob
o n.º 28,643, e vai pela primeira
vez à praça pelo valor de qui-
nhentos e vinte oito escudos.
MÓVEIS.
Uma cama de madeira comple-
ta com quatro mantas e dois len-
çóis, arcas de madeira de pinho
duas, mesa uma, duas cadeiras
de palha, uma talha de gbarro,
uma maceira e um taboleiro, vai
tudo pela primeira vez á praça
pelo valor de duzentos escudos,
Penhorados na execução por
custas em que é exequente o Mis
nistério Público e executado :
Francisco Lourenço da Silva, ca-
sado, negociante, casado, residen=
te nos Carregais, freguesia dos
Montes da Senhora, cnja execu-
ção corre seus termos pela 1.2
secção da Secretaria Judicial da
comarca da Covilhã, donde foi
extraída a competente carta pre-
catória para arrematação.
Sertã, 1 de Julho de 1941,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
” Angelo Soares Bastos
ANUNCIO
(2.º publicação)
Faz se saber que no dia doze do
mês de Julho pelas 12 horas, nesta
Vila de Sertã e à porta do Tribus
nal Judicial desta Comarca, se há
de proceder à venda em hasta pis
blica dos bens abaixo designados,
e pelo maior preço oferecido acima
do valor indicado.
1.º—Casa de habitação no sítio
do Carvalhal Cimeiro, inscrito na
Matriz urbana da freguesia do Trou
viscal sob o n.º 235, e não se en:
contra descrita na Conservatória
do Registo Predial desta Comarca.
Vai pela segunda vez à praça
pelo valor de 200800,
2,º— O direito ao arrendamento
pelo praso de noventa e nove anos
que incide sobre o prédio seguinte:
Umm courela de terra inculta
se — |com uma cereieira e testada de |
– meira vez á praça no valor de
mato do lado barroco no sitio da
Ervedosa, limites do Carvalhal cuja
renda é constituida por cinco quar=
tas de centeio e uma franga,
Este arrendamento teve inicio em
26 de Agosto de 1926, inscrito na
Matriz rústica da freguesia do
Troviscal sob o n.º 14.165 e não
se encontra descrita na Conservas
tória desta Comarca. .
Vai pela segunda vez à praça
pelo valor de 175410.
3.º O direito ao arrendamento
pelo praso de cem anos, a contar
de nove de Março de mil novecen-
tos é treze, cujo arrendamento in=
cide sobre o prédio seguinte:
Uma courela de terra de semea-
dura, árvores de fruto, testada de
mato no sitio do Rodeio limites do
Carvalhal, pela renda anual de
quatro alqueires de centeio e uma
galinha, inscrita na Matriz rústica
da freguesia do Troviscal 80b o n.º
14,011 e não se encontra descrita
na Conservatória do Registo Pres
dial desta Comarca, –
Vai pela segunda vez à praça
pelo valor de 1,1475320.
Os referidos bens, constituem o
activo da herança insolventemaber-
ta por óbito de João Mateus que
foi do logar do Carvalhal Cimeiro,
freguesia do Trovscal, concelho
da Sertã cujo processo corre pela
Terceira Secção da Secretaria Ju-
dicial desta Comarca,
A sisa fica por inteiro a cargo
do arrematante,
Sertã, 6 de Julho de 1941,
O Administrador da Insolvencia
—Annib:l Diniz Carvalho.
Verifiquei a exactidão: —O Sin-
dico—Ruben Anjos de Carvalho,
EEE
Colégio VAL SER
Curso dos Liceus
instrução Primária
ISERNACHE DO BOMIARDIM
EDITAL,
Lúcio Amaral Marques, Se-
cretário de Finanças de 3.º
classe e Chefe da Secção
de Finanças do Concelho
de Sertã:
Faço saber que nos térmos do
art. 18º do Decreto-lei n.º 26,338,
de 5 de Fevereiro de 1936, todos
os proprietários, usufrutuários ou
possuidores por qualquer título,
de prédios urbanos são obriga-
dos a entregar durante o mês de
Julho, na Secção de Finanças
dêste Concelho, uma relação, em
duplicado, por cada prédio, com
os nomes dos inquilinos e ime
portâncias das rendas anuais pa-
gas por cada um.
Os proprietários, usufrutuários
ou possuidores, por qualquer ti-
tulo de prédios urbanos que não
apresentem a citada relação, in
correm na multa de 2 por cento
sôbre o valor locativo do prédio,
a qual não pode ser inferior a
10400 (S 2º do art. 18.º do De
creto n.º 26.338).
A relação só é de apresentar
quando haja modificação nos ele-
mentos constantes da relação já
apresentada ou quando ainda não
tenha sido apresentada relação
alguma em relação ao prédio.
E para constar, se passou o
presente e outios de igual teor,
que se mandaram afixar nos lu-
gares públicos dêste concelho,
Secção de Finanças do conce-
lho de Sertã 25 de Junho de 1941.
O Chefe da Secção de Finanças,
Lúcio Amaral Marques
EDITAL
Lúcio Amaral Marques, Che-
fe da Secção de Finanças
do Concelho de Sertã: |
Faço saber que, de harmonia
com o artigo 5.º do Decreto n.º
25.300, de 6 de Maio de 1935,
todos os contribuintes, sujeitos a
contribuição industrial, Grupo A
e G e impostos profissional-pro-
fissões liberais e empregados por
conta de outrem, devem renovar
durante o mês de Julho-do cora
rente ano na Secção de Finanças
dêste concelho as suas declaras
ções, dos modelos anexos aos de-
cretos 16.731, de 13 de Abril de
1929 e 24.916, de 10 de Janeiro
de 1935, desde que as respecti-
vas actividades tenham sofrido
alterações.
– No mesmo mês, as entidades
ou pessoas, que tenham ao seu
serviço, empregados sujeitos a
imposto profissional, devem reno-
var as relações nos termos do ar
tigo 67 do decreto 16.731, desde
que as, ultimamente entregues,
tenham também sofrido qualquer
alteração.
E para constar e chegue ao
conhecimento dos interessados se
passou êste e outros de igual teor,
que vão ser afixados nos lugares
de estilo.
Secção de Finanças do Conces
lho de Sertã 25 de Junho de 1941.
O Chefe da Secção,
Lúcio Amaral Marques
Norberto Pereira
Cardim
SOLICITADOR ENCARTADO
RNA
Rua Aurea, 139 2.º D.
TELEFONE 27111
LISBOA
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
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Proença-a-Nova . 16-25 16-35
Sobreira Formosa . 16-55 17-05
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Castelo Branco — Coimbra
» »ida e volta . »
Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira
Aceitam-se encomendas para o POR10, RÉGUA, S. JOAO
DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tôdas as localidades servi-
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld.º,
CASTELO BRARCO-COIMBRA
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A Companhia de Viação de Sernache, Ld.º estabeleceu a liga-
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
grande vantagem e comodidade para o público.
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Castelo Branco . 9.15
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Sertã. . + . 12-30 13.00
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eu naus
asos mo cnnuuso”
ANUNCIO
O Doutor Armando Torres
Paulo, Juiz de Direito da
comarca da Sertã:
Faz saber que no dia 12 do
próximo mês de Julho, pelas 12
horas, nesta vila da Sertã e à
porta do Tribunal Judicial desta
comarca, se há-de proceder à ar
rematação em hasta pública do
imóvel a seguir designada e pelo
maior preço oferecido acima do
valor indicado.
IMÓVEL
Onze dezasseis avos no direi.
to e acção a uma nona perte do
arrendamento e respectivas bena
feitorias em uma propriedade que
se compõe de terrá de cultura,
oliveiras, castanheiros e testada
de mato, sita ao Vale da Estras
dinha, freguesia do Castelo, cor-
respondente à nona parte do art.º
bDb rústico da respectiva matriz
e do art.º n.º 173 urbano da mese
ma matriz e desorito na Conser=
vatória desta comarca sob o nl
mero 28.555, O arrendamento é
pela renda anual de onze alquei-
res de trigo e uma galinha e fal=
tam ainda quarenta anos para o
seu fim, E” senhorio enfiteuta o
doutor Bernardo Ferreira de Ma-
tos. Vai pela segunda vez à prêe
ça pelo valor de mil cento oitens
ta e dois escud:s e cincoenta cena
tavos. (1,1828550).
Penhorado na execução por
custas e selos em que é exequene
te o Ministério Público e execu- .
tada Guiomar da Conceição, por
si e como representante de seus. E
filhos menores de nomes Ramis
res dos Santos, Auzenda da Con-
ceição e Augusto Carlos Santos, .
cuja execução corre seus termos .
pela 1.º secção da Secretaria Ju
dicial da comarca de Vila Fran-.
ca de Xira, donde foi extraída a
competente carta precatória para
arrematação.
Sertã, 30 de Junho de 1941,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos
Olficina de Chapelaria
DE
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Sempre à venda os últimos e mais mo»
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LUTA PELA VIDA
por E. VENTURA REIMÃO
No dia seguinte pela manhã
Clarice levantou-se mais cedo do
que era costume e procurou o
paÃ, quando êste se apresentava
para descer à loja.
— O? paizinho, disse ela, que-
ria pedir-lhe uma coisa.
— Dize lá o que é, porque se
estiver na minha mão estás ser-
vida…
— Bº? que durante a noite, co-
mo o sono tardava, pensei mui-
“to na situação do Terêncio e vai
daà lembrei me que o paizinho
podia ficar com êle ao nosso
serviço, como marçano. Parece
ser rapaz esperto e decidido.
Além disso mete-me pena, por-
que não tem quem olhe por êle,
a não ser a tal tia que lhe dá
mais pancada do que comer..
— O†filha, mas isso é um
disparate. Eu sei lá quem é o
rapaz !
Para cuidados já me bastam
tu e o teu irmão…
— Deixe lá, paizinho, faça-me
a vontade. Manda-se uma carta
à tia a dizer-lhe o que se passa
e fica assim tudo arranjado. Pos
de ficar no lugar do António da
Rosa, que foi despedido na se-
mana passada por não ser certo
em contas.
— Não pode ser, minha filha,
porque é uma grande responsa-
bilidade. Teria que o considerar
como se fôsse da famÃlia e a
gente não sabe o que o futuro
nos reserva, disse o tio Manuel,
já meio abalado.
— Atenda ao meu pedido pai-
zinho, que Deus ha-de ajudar-
nos.
— O†menina, não me tentes.
Ora, para O que te havia de dar!
Nem mesmo a mãi havia de
— — Lã por isso não epa a dú:
“vida, porque antes de falar con-
“sigo já eu tinha falado com ela.
“A mãi não se importa. O que o
paizinho fizer está bem feito.
-— Bem, pois faça-se a tua vot-
tade, mas olha que se isso der
trapalhada, eu lavo daà as mi-
nhas mãos.
Obrigada, paizinho, disse Cla-
rice pendurando-se-lhe ao pes-
coço e beijando-o na testa, verá
que tudo se ha-de arranjar pelo
melhor.
*
” Raminhos escreveu efectiva-
mente à tia de Terêncio a co-
munÃcar-lhe que êste se encon-
trava em sua casa e que ali fica-
ria ao seu serviço se ela não
visse nisso inconveniente. Ana
Moleira, pouco apressada, res-
pondeu um mês depois dizendo
que se o sobrinho estava bem
se deixasse estar, porque o pão
lá em casa já era pouco e uma
bôca a mais sempre fazia di.
ferença…
4º *
Passaram-se sete anos.
Terêncio desenvolvera se de
corpo e de espÃrito. Por inicia-
tiva própria, fregientara a esco»
la noturna da Academia dos
Artistas, conseguindo obter uma ;
distinção no exame de instrução
primária. Zeloso e diligente no
serviço, passata a ser o braço
direito do tio Manuel Raminhos,
que a falta de vista ia tornando
gradualmente inhábil para o tra-
balho.
Jorge cursava o último ano do
liceu na capital do Norte. Vivia
em casa dê um tio a trôco de
mesada compensadora, só pas-
sando na companhia dos pais as
épocas das férias.
A tia Joana continuava diri-
gindo com mão firme a nau ca-
seira, revendo-se na filha queri-.
da e contando sempre com an-
siedade os dias que faltavam
para que o menino se acolhesse
ao lar paterno a descansar das
fadigas escolares.
De Clarice, que dizer.? Fian-
do do bom juizo da gente da
aldeia, não havia nas redondezas
cachopa mais desenxovalhada
do que ela.
Quanto a seriedade, tambem
nenhuma outra lhe levava a pal-
ma. Bastos pretendentes se lhe
haviam atravessado no caminho
implorando, debalde, a esmola
de um sorriso ou a graça de uma
promessa de amor. Esta atitude,
em boa verdade, causava bas-
tante estranheza, tanto aos pais
como às pessoas da terra, não
faltando, como é de supor, quem
se perdesse em conjecturas para
atinar com a causa de tam insó-
lito procedimento, sabido como
é que o pecado de amor nos foi
legado, sem possibilidade de re-
núncia, pelos nossos avózinhos
Adão e Eva..
A Terêncio tambem se lhe não
conheciam aventuras sentimen-
tais, a pesar de não faltarem ra-
parigas cuja felicidade máxima
consistiria em o ter por conver-
sado, Considerado em casa do
patrão como pessoa da famÃlia,
crescera ao lado de Clarice e
| com ela sempre tratara como se
fossem irmãos de sangue.
Simplesmente… não o eram,
e nesta circunstância se filiava a
estranha atitude de ambos em
tal matéria.
Terêncio, que viera a saber
que fôra devido aos esforços da
filha que o tio Manuel Rami-
nhos se decidira a conservá-lo
ao seu serviço, afeiçoara-se a
Clarice de todo o seu coração.
A afeição, puramente fraternal,
que a princÃpio lhe dedicava e
a doce amisade com que Clarice
lhe correspondia, acabaram por
se transformar em amor, senti-
mento êste tâm puro e desinte-
ressado que qualquer deles sa-
crificaria pelo outro a própria
vida, se dêsse sacrifÃcio depen-
genes a felicidade do ente queri-
0.
A inclinação mútua que ambos
experimentavam albergava-se po-
rém no âmago dos seus corações.
Não se traduzia por palavras. Não
se exprimira, até então, por qual=
quer forma de linguagem.
Eram duas almas formadas pe-
lo Criador para vibrar sincroni-
camente. :
Terêncio não se atrevera ainda
a declarar o seu amor a Clarice
porque, tendo sujeitado a ques-
tão ao exame da sua consciência,
reconhecera que não chegara ain-
da a ocasião de o fazer: tinha
apenas vinte anos, os seus ven
cimentos eram muito limitados e
o seu pecúlio — a pesar de ser
muito económico, — não lhe per-
mitia encarar a sério, por enquan-
to, a hipótese de uma mudança
de estado.
Uma ocorrência trágica preci-
pitou porém os acontecimentos.
a
Manuel Raminhos, que rara-
mente saÃa sózinho, por causa
da falta de vista, lembrara-se um
dia, Ã tardinha, de dar um pas
seio mais largo ao longo da es-
trada que atravessava a povoa-
ção, guiado apenas pelo seu in-
separável varapau.
Fazia calor, o que convidava
a passear à sombra do tunel for-
mado pela ramagem espessa das
árvores que ornavam o caminho.
Do pinhal que ladeava a estra-
da evolava-se o aroma caracte-
rÃstico, forte e saiidavel, das ár-
vores em plena florescência.
Passarinhos chilreavam nas
copas do arvoredo. Das nascen=
tes próximas brotavam fios de
água cristalina e cantante. A na-
tureza naquele fim de dia, esta-
va, por assim dizer, em festa.
“Raminhos, agradavelmente im-
pressionado, foi andando, andan-
do, até se aperceber que o disco
vermelho do Sol se Ãa esconden.
do lentamente na linha do hori-
zonte. Decidiu então voltar para
casa, alargando o passo quanto
‘ pudesse.
Ouviam-se já, ao lónge, na
A Comarca da Sertã
BENEFICENCIA
Com destino aos pobres prote-
gidos pela «Comarca» enviou nos
10500 o nosso prezado assinan-
te sr. Manoel Marçal, de Lisboa,
o que muito agradecemos.
—A sr.º D. Maria Amélia Cotr-
rêa Valente, residente em Ama-
dota, viúva do nosso saiidoso
patrÃcio sr. Amadeu Valente,
mandou entregar 100300 ao Hos-
pital da Misericórdia e igual
quantia para ser distribuÃda pe-
las famÃlias mais necessitadas
desta Vila.
tp isa
Abasfecimento de milho
A Câmara Municipal do nosso
concelho tem estado a proceder
à venda do 2.º vagão de 10 to-
neladas de milho colonial, que
encomendou para abastecimento
do população do concelho.
igreja da aldeia, os sinos tangen-
do as avé-marias.
Subitamente, ao dobrar um
curva da estrada, um automóver
que vinha no mesmo sentido mas
animado de grande velocidade,
fez uma derrapagem brusca e
atingiu-o violentamente no baixo-
«ventre com o guarda-lamas das
rodas trazeiras, projectando-o de
encontro a uma árvore do talude.
Indiferente ao mal praticado, o
automóvel prosseguiu a marcha
e o pobre Manuel Raminhos pa-
ra ali ficou caÃdo, esvaindo-se
em sangue. –
Trabalhadores que regressa-
vam das suas obrigações depa-
raram com o triste espectáculo.
Reconhecendo o ferido, improvi-
saram uma padiola com troncos
e ramagens, deitaram-no nela e
assim o levaram para casa.
Acudiu o médico que, com a
ajuda do farmaceutico, lhe pres-
tou os primeiros socorros, acon-
selhando a que o transportassem
urgentemente ao Pôrto, a fim de
ali se tentar uma transfusão de
sangue.
Raminhos, perfeitamente lúci-
do, pediu que não fizessem tal,
porque bem sentia aprorimar-
-sea hora derradeira em que
teria de prestar contas a Deus
dos seus actos.
Mandaram chamar o padre pa-
ra lhe dar a extrema-unção.
Decorrida cêrca de meia hora,
estando rodeado pela famÃlia e
amigos Ãntimos o moribundo,
com a voz a extinguir-se, cha-
mou pela filha e por Terêncio.
Aproximaram-se ambos. Tio Ra-
minhos pegou nas mãos dos dois
e uniu-as nas suas, Quiz dizer
qualquer coisa mas já não pôde.
O seu espÃrito voara a regiões
mais elevadas.
As lágrimas, mal contidas,
brotaram livremente dos olhos de
todos os assistentes da dolorosa
cena.
Terêncio, conservando ainda
entre as’suas as mãos de Clari-
ce, disse então a esta, em voz
baixa, só por ela entendida :
— Clarice, a ocasião não é pró-
pria para tratar de assuntos des-
ta natureza, mas o desejo de teu
pai, tam claramente manifestado,
força-me a dizer-te neste mo-
mento solene:
—Se quizeres ser a minha mu-
lher, companheira fiel da minha
vida, nada neste mundo nos de-
terá; seremos um do outro, para
todo-o sempre, na sorte e na des-
dita, Assim to juro:
Por resposta, Clarice apertou
com mais fôrça a mão de Terên-
cio; nos seus olhos nublados lia-
-se com clareza a resposta afir-
mativa, que os seus lábios eram,
então, incapazes de pronunciar.
Jorge eo tio, chamados por
telegrama, chegaram de auto-
móvel nessa mesma noite para
assistir ao funeral, que se reali-
zou no dia imediato, com a as-
sistência, em pêso, do povo da
aldeia.
Tendo Jorge de regressar ao
Porto para prosseguir os estu=
dos, assentou-se em que Terên-
cio ficaria encarregado da ge-
rência da casa.nomear
| tendo comungado à missa, deviam sen-
“aplauso de todos, que nesse dia se rea-
ravés da Comare
(Noticiário dos nossos Correspondentes)
PEDROGÃO PEQUENO, 30 — En-
contram-se já nesta vila, a Senhora D.
Maria Freire Ribeiro, que fez exame de
aptidão pedagógica em Castelo Branco
e ficou aprovada com 14 valores, e O
menino Amadeu Marinha David Rodri-
gues, aluno do liceu daquela cidade
que passou ao 2.º ano, pelo que os fe-
licitamos e desejamos umas férias fe-
lizes.
PIN
“rr
AMIOSO (SERTA), 30 — No dia 8
do corrente realizou-se nesta povoação
uma festa escolar, onde acorreu todo o
povo daquela área escolar, vendo-se a
aldeia engalanada e alegre. A’s 11 ho-
ras celebrou-se missa na capela da lo-
calidade e em seguida sermão, cele-
brando o sr. P.º Eduardo Fernandes,
Depois da missa foi servido um lanche
às crianças, bem merecido, pois elas
tir já necessidade de alimento. Seguiu-
se na escola, que estava ricamente or
namentada, uma sessão solene, presidi=
da pelo sr. António da Costa, digno
presidente da Junta, secretariado pelo
sr. P.e Eduardo Fernandes e pela sr.?
D. Margarida Silva, professora do Car
valhal, Depois do sr. presidente abrir
a sessão, falou o sr. Delegado Escolar
do concelho, que expôs o significado e
o fim da festa escolar, Falaram também
os sts. P.e Fernandes e a sr.? D. Cora
da Piedade Pais, que, com palavras en-
tusiásticas e vibrantes, disseram, ‘e
bem, como a Escola deve viver. Falou
em seguida o sr. Presidente da Junta,
que, como natural da localidade, e sen-
do grande amigo daquêle povo, fez ver
as obrigações de cada um, incitando-os
a fregiientar a escola com a regulari-
dade que é necessária. Encerrada a
sessão, foi servido um grande almôço
aos convidados, que regressaram Ã
Sertã bem impressionados e cheios de
alegria pela maneira como foram rece-
bidos na hospitaleira povoação de
Amioso, que já tem tradições,
+
NESPERAL, 3 — Faleceu em Las
Palmas, no dia 16 do passado mês, o
st. Raul Duarte, Era espõso da st.? D.
Maria Amélia Mendes Duarte e pai do
sr. engenheiro-electrotécnico, ao servi»
ço da Emissora Nacional, Raúl Lopes
Coelho Duarte.
«A Comarca da Sertã» apresenta
sentidos pêsames à famÃlia enlutada.
— Está fixada, para o próximo dia 13
uma festa no Nesperal; dois factos se
festejam naquêle dia: cantará a sua
primeira missa um sacerdote ordenado
no dia de S. Pedro e S. Paulo, natural
desta aldeia. Muito novo ainda, o sr.
P.e José Mendes está alistado no ser-
viço do Senhor, tendo de enfrentar um
sem-número de sacrifÃcios, que a vida
sacerdotal reclama. Todos nós, povo.
do Nesperal, sentimos pelo novo padre
o desejo de que saiba sempre cumprir
a sua missão, o que será para todos
motivo de grande contentamento. ;Para
dar maior brilho à Missa Nova, deter-
minou o sr. P.º António Bernardo, com
lise a festa da Primeira Comunhão das
crianças.
Estes dois factos ficarão, assim, pata
sempre gravados 2 recordados por to-
do o povo desta freguesia. Dar-se-há
a tôdas as solenidades o maior brilho
que possam ter em sua tocante simpli-
cidade. Seria do nosso agrado ver mui-
ta gente das terras próximas assistir
à s cerimónias, o que constituÃria, para
nós, grande honra e facto para nos ale-
grarmos.
Gi
dd
Ww
ALVARO, 5 — Estiveram em Alvaro
os srs. Alfredo de Mendonça David, de
Lisboa, dr. José Barata Corrêa e Silva,
de Tomar e Engenheiro Joaquim Bara-
ta Corrêa com sua espôsa e filhos An-
tónio e Joaquim, de Faro.
— Por iniciativa da professora desta
localidade, sr.2 D. Maria do Carmo
Garcia Corrêa, pessoa de muito saber
e que no nosso meio goza grandes sim-
patias, realizou-se no passado domin-
go, pela primeira vez, a festa da Juven-
tude Católica, a que assistiu a senhora
presidente da Juventude Agrária Cató-
lica de Sernache do Bomjardim. Houve
uma récita que foi muito apreciada por
todos que a ela asistiram e antes inau-
gurou-se, na frente principal da igreja
matriz, a imagem de N. S. da Concei-
ção. No fim dos actos religiosos dis-
cursou o professor desta Vila, sr. Antó-
nio Eduardo Forçado Corrêa, que des-
creveu alguns dos mais belos quadros
da nossa História. A Filarmônica Olei-
rense abrilhantou a festa.
— Esteve há dias nesta localidade o
cinema do Secretariado de Propaganda
Nacional, deixando tôda a gente encan-
tada. No écran desenrolaram-se filmes
de lindas paisagens de Portugal conti-
nental e ultramarino. À iniciativa cau-
sou enorme agrado, tanto mais que foi
esta a primeira visita daquêle impor-
tante organismo de propaganda e mui-
tos ainda não tinham tido o prazer de
ver cinema. :
— Faleceu, no dia 2 do corrente, iem
Sindinho de Santo Amaro, a sr.? Cle-,
mentina Mendes, espôsa do sr. Manoel ,
Barata, que, assim, fica vivo pela,
quarta vez. |
A tôda a famÃlia enlutada enviamos .
os nossos pêsames. ‘
Ee |
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é AGENDA -.
“as EA es EA “a, Ea “e f es Ê
RoSP é
“Acompanhado de sua espôsa
e filhos António e Joaquim,
esteve na Sertã o sr. Engenheis
ro Barata Corrêa, director das .
Estradas do distrito de Faro.
— Retirou para Lisboa, com
sua espôsa, o sr. Vitorino
Martins da Silva, que esteve
em Carnapete (Sertã) de visita
a sua famÃlia.
-—Acompanhados de suas
espôsas encontram-se na capi-
tal os srs. drs. Rogério Lucas
e Pedro de Matos Neves.
Aniversários natalÃcios:
3, M.iº Maria Emilia da
Mata Pestana, Bailão; 6, Adêé-
lia da Conceição Casimiro; 9,
menina Maria Manuela, filha
do sr. IsaÃas Campino; 13, dr.
Angelo Henriques Vidigal, 14,
menino António Joaguim, fi-
‘Jho do sr. António Barata e
Silva; 15, dr. João do Carmo
C. Botelho, Lisboa; 16, Antó-
nio Dias, Outeiro da Lagoa.
Parabens
te Sopa
Espiração
Eu quizera sonhar um sonho lindo
onde houvesse carinhos de bondade,
amor e flores de perfume infindo
e Suave dulçor de alacridade.
Sim, eu quizera adormecer sorrindo,
e os meus olhos cerrat, em claridade,
e nas nuvens cerúleas ir subindo
e encontrar-me por fim na eternidade.
Quizera… e junto à Virgem Imaculada
prosseguir a visão… eternizada
nos Céos de delÃcias sem igual… —
E acordar !… —Realidade inexprimÃvel
de alegtia, de glória — inconcebÃvel
sob o Manto da Mãi Celestial !…
Cardigos
1941
Maio
Oliveira Tavares Júnior
pi E
“Definição exacta
– —O amor, dizia o poeta, é uma
influição mÃstica; é uma mensa-
gem e uma resposta que se trans-
mitem com a velocidade do pen-
samento. Conquista o tempo e a
distância e a sua correspondên-
cia não requisita meio algum de
transmissão.
— Isso, meu amigo, não é
amor — objectou o homem prá-
tico — o sr. de que está falando
é da telegrafia sem fios!
a
«e DE SEARA ALHEIA
Garrett avista-se com a som»
bra do Marquês de Pombal
O mais notável, e não sei se diga’
se continaarei ao menos a dizer, O
mais indescalpável defeito que até
aqui esgravataram crÃticos e zoilos
na IlÃada dos poros modernos, os
imortais LusÃadas, é sem dúvida a
heterogénea e heterodoxa mistura da
teologia com a mitologia, do maranvi= |
lhoso alegórico do paganismo com os
graves simbolos do cristianismo. A
falar a verdade, e por mais figas que .
a gente queira fazer ao padre José
Agostinho — ainda assim! ver O pa-
dre Baco revestido in pontificalibus
diante dum retábulo, não me lembra
de que santo, dizendo o sea dominus
vobiscum, provavelmente a algam acóm
fito bacante ou coribante, que lhe res=
ponde o et cum spiritu tuo… não se
pode; é uma que realmente… E em
tão aquêle famoso conceito com que
êle acaba, digno da Fénis Renascida :
O falso Deus adora o verdadeiro 1
Desde que entendo, que leio, que
admiro os LusÃadas, enterneço-me,
choro, ensoberbeço=me com a maior
obra de engenho que ainda apareceu
no mando, desde a Divina Comédia
até ao Fausto…
O italiano tinha fé em Deas, O alem
mão no cepticismo, o português na
sua pátria. E’ preciso crer em algam
ma coisa para ser grande — não só
poeta — grande, seja no que for. Uma
BrÃzida velha que eu tive, quando era
pequeno, era famosa cronista de his»
tórias da carochinha, porque sincera-
mente cria em bruxas. Napoleão cria
na sua estrêla, Lafayette creu na re
pública-rei de Laiz Filipe; e, para que
ousemos também celebrare domestica
tacta, todos os nossos grandes ho-
mens ainda hoje crêm, am na Junta
do Crédito, outro nas classes inacti-
vas, outro no mestre Adonirão, outro
finalmente na beleza e realidade do
| sistema constitucional que felizmente
os rege.
A É Garrett. — «Viagens na mis
nha terra», — Ségulo SlÃs©gulo SlÃs
@@@ 1 @@@
O Chefe do Estado vai visitar
08 Áçúres
Por solicitação das autorida-
des, associações e fôrças vivas
dos Açóres Vai o venerando Che-
fe do Estado visitar, dentro em
breve, aquêle arquipélago.
Acontecimento de grande pro-
jecção nacional constitue a visi
ta do sr. General Carmona âque-
la famosa parcela do nosso Im-
pério, onde vivem e trabalham
tantos e tam bons portugueses,
desejosos de exprimir, por entre
os alvorôços do seu coração, os
inquebrantáveis sentimentos de
amor pátrio, a sua lialíssima de-
dicação ao Chefe da Nação, por-
que S. Ex.”, pelo seu nobre ca-
rácter e profundo amor à Pátria,
encarna as excelsas virtudes da
nossa Raça.
Melhor ocasião que esta não
podia ser escolhida: é que ago-
ra, quando a cobiça dos fortes
surge irrefreável e os arquipéla-
gos dos Açôres e Cabo Verde
foram objecto de referências in-
toleráveis, torna-se preciso de-
monstrar a todo o Mundo que
os portugueses continuam velan-
do pela herança sagrada de seus
maiores, que o território nacio-
nal é uno e indivisível e só as-
pira a viver em paz honrosa sob
a bendita bandeira das Quinas.
Mas, se essa paz lhes for nega-
da, os portugueses estão dispos-.
tos—como em tôdas as horas de
perigo — a lutar com decisão e
energia pela integridade do seu
território, sejam quais forem os
sacrifícios exigidos.
Os portugueses dos Açôres,
comungando nas indelectíveis as-
pirações de solidariedade nacíio-
nal, exultam de alegria pela vi-
sita próxima do i’ustre Chefe do
Estado, a quem tributarão as
suas respeitosas homenagensze
os seus sentimentos de inalterás
vel dedicação e amor a Portugal,
de que orgulhosamente fazem
parte. o
Cobrança de assinaturas
– Enviámos pata o correio, à co-
brança, os recibos relativos aos
nossos assinantes de Lisboa e
dentro em breve enviaremos os
da Província, entregando, aos
respectivos cobradores, os que
dizem respeito aos nossos assi-|
nantes residentes na Comarca.
De todos solicitamos a melhor
boa vontade na liquidação dos
recibos, pois só a sua cobrança
garante a existência dêste sema-
nário, que, além de meia dúzia
de anúncios, não tem quaisquer
outras receitas.
Os nossos prezados assinan-
tes que habitualmente não per-
manecem em casa durante o dia
farão a fineza de encarregar al-
guém do pagamento, -permitin-
do-nos lembrar-lhes que a de-
volução dos recibos nos causa
grandes transtôrnos, implicando,
ainda, uma despesa desnecessá-
tia.
A todos que, devotadamente,
nos continuam prestando o seu
precioso auxílio, reiteramos o
protêsto da nossa maior consi-
deração e apresentamos – lhes,
mais uma vez, sinceros agrade-
cimentos.
À Administração
CHrOIS—
PREÇOS DA MANTEIGA
Segundo uma nota dos servi-
ços de fiscalização da P. S.P.,
fornecida à Imprensa, os preços
da manteiga para a venda ao
público passaram a ser 23550,
22850 e 21850 o quilograma, res-
pectivamente, para o produto
sem sal, meio sal e com sal,
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
fe Castelo Branco
A Comarca da Sertã
Bombeiros Voluntários da
Sertá
(Continuação da 12 página)
tados com fechos de segurança
próprios, as seguintes ferramen-
tas: 2 enxadas, 2 gadanhas, 2
pás e, em cada um dos laterais,
uma picareta; dispõe ainda de 2
machados em aço, para córte,
uma alavanca e um pé de cabra,
em aço, torneados e polidos e
tubos de chapa zincada para ar-
recadação dos 4 tubos chupado-
res da moto-bomba. O revesti-
mento do estrado nas partes vi-
síveis é feito de chapa de altu-
mínio com guarnições de canto-
neira do mesmo metal. Dispõe
também de um pequeno sarilho
para cabos de fôrças, uma bom-
binha de mão, «apaga-chaminés»
completa com balde de 2,55m.
de mangueira de 25″/” e uma
agulheta e um extintor de soda
ácido.
À pintura é de vermelho-fogo
«Dulux» e foi feita à pistola.
As características do grupo
moto-bomba são as que seguem:
motor, de arrefecimento por ar,
44 H. P.—2′!/o, Pêso, 85
kem. Aspiração a 7 metros. Ele-
vação a 24 metros. Rendimento:
cêrca de 50.000 litros por hora.
Bomba em bronze, centrífuga. 2
saídas para manga de 45″/”,
Os acessórios extra abrangem:
4 tubos em borracha canelada,
para absorvos c/ 1,75 m. pot
furo de 70″/” e respectivas jun-
ções em metal, uma válvula de
retenção de 70 “/”, um ramal de
60 “= X 2 saídas com torneiras
de 45 “/”, um bocal em bronze
roscado para ligação do absor-
vo e 2 agulhetas de 45 M/”,
O echassis», já usado, é de
marca «Rego».
o
Por amabilidade do importan-
te capitalista da Praia do Riba-
se o carro recolhido na sua ga-
rage ao Cimo da Vila. no
Ântes da construção de uma
estação e sede próprias, em pon-
to central, terá de se obter uma
provisória, facto que continua
oferecendo bastantes dificuldades.
áá
+
Há necessidade urgente de
obter 100 metros de manguejra,
para O que são precisos cêrca de
4 contos, tam caro é agora êste
material pela dificuldade de o
importar.
EDUARDO BARATA
rd
Audiência
E” âmanhã, 6.º feira, pelas 12
horas, que se efectua a audiên-
cia de julgamento de Manosl da
Silva, do Cavalinho, freguesia
do- Mosteiro, concelho de Olei-
ros, prêso nas cadeias desta co-
marca pelo assassínio de Maria
| de Jesus, do mesmo logar.
Como dissemos, a acusação
particular está confiada ao sr.
dr. Remada Curto, de Lisboa e
a defesa ao sr. dr. César Abran-
ches, de Coimbra.
Quer pelas circunstâncias em
que ocorreu o crime, que produ-
ziu profunda emoção no conces
lho de Oleiros, quer pela cate-
goria dos advogados que tomam
| parte no julgamento, a audiência
está despertando grande interês-
se e é natural que âmanhã aqui
compareça muita gente de fora
e até mesmo de Lisboa.
toSD dd
Bombeiros Voluntários da
Seriã f
Com destino a esta Corpora-
ção foi-nos entregue, pelo nosso
amigo sr. António Ferreira Vidi-
gal, conceituado comerciante em
Belo Horisonte (Brasil), que ain-
da se encontra na Várzea Fun-
deira (Pedrógão Pequeno), a
importância de 50$00,
Agradecemos,
tejo, sr. Luiz da Cruz, encontra- |
MNolasa lápis
(Continuação)
BM Sobreira Formosa e ime-
diações pairou, na passa-
da semana, uma violenta tro-
voada, caindo pedras de gra-
nizo do tamanho de ovos de
perdiz. São incalculáveis os
prejuízos na agricultura, ten-
do, principalmente, sido afec-
tadas as oliveiras, vinhas e
searas.
«abate Bed
S guardas de ferro e os su=
portes dos candieiros do
Miradonro precisam de ser
pintados quanto antes.
Para o assunto chamamos a
atenção da Câmaras
—oteganpap
REFERINDO-SE à «nota»
publicada no último nú-
mero sôbre o monturo existen-
te próximo da travesa das Re
gorisses, diz nos o dono da
propriedade onde o edificaram
que desde 1984 vem empre
gando os melhores esforços
para acabar com «aquela ver-
gonha», além de que nunca lhe
deu interêsse algum, antes pe-
lo contrário, deitarem, no ter-=
reno, cacos, vidros, óleo quei-
mado dos automóveis, etc. Na
impossibilidade de evitar o
abuso, afirma, chegou a oferes
cer o terreno à Câmara para
nêle se construir um W. C.
Cr dd
Miradouro precisa de umas
camadas de areia para
que se evite a respiração de
poeira, sempre incomodativa e
prejudicial e precisa, também,
gue as roseiras sejam regadas
todos os dias.
o gd Do
Cónego Mancel Patrício
Mendes
Foi nomeado sároco da fre.
guesia de Sernache do Bomjar-
dim, donde é natural, o Rev.”
Cónego Manoel Patrício Men-
des, que, durante bastantes anos,
exerceu as altas funções de Deão
da Sé e Vigário Geral da Dio-
cese de Macau.
Com os votos pelas suas melho-
res prosperidades, apresentamos-
“lhe respeitosos cumprimentos,
SO O É
Tribunal Judicial
Movimento de J nho
Distribuição : — 5) Inventários oriam
nológicos por óbitos de: Manoel Fer»
nandes, Póvoa do Açôr, Madeirã; Ca»
rolina Joseia, Alverca, Oleiros, vindo
do J. M. de Oleiros; Carta precatória
para citação e penhora, extraída da
execação por custas, em que é exen
quente o Ministério Público e exex
cutado José Lopes André, Verdelhos,
Sertã; 0) Inventários orianológicos
por óbitos de: António Rodrigues Tom
mé, Sobreira Formosa; María da Pie
dade Ribeiro, Atalaia de Estêvão Vaz,
Sobreira Formosa; António Ribeiro,
Atalaia da Barroca, Sobreira Formox
sa; Maria da Assunção. A’lvaro, vin=
do do J. M : Oleiros; 12) Ludovina da
Silva Tavares, Vila de Rei; Manoel
António Alves, Tratas, Vila de Rei;
João Martins, Foz da Ribeira, Vila de
Rei; António João Rosa, Vilar da
Carga, Sertã; Margarida Farinha, Is=
na de S. Carlos, Várzea dos Cavaleim
ros; 16) Carta precatória para citam
ções e juramento a donatário, extraíx
da do inventário orianológico por
óbito de Manoel Farinha, Isna, vindo
do |. M. de Oleiros; 19) Inventário or»
fanológico por óbito de Manoeí Don
mingaes, Talvinheira, A’Ivaro, vindo
do J. M. de Oleiros; 23) Acção saman
ríssima em que são autor José Matias
Júnior, Muro, Troviscal e réu Manoel
Ribeiro e mulher, Castelo Branco e
Laiz Ribeiro Pedro, Catraia Cimeira;
Carta precatória para arrematação,
extraída da execução por custas que
o M.º P.“ move contra Francisco Lou
renço da Silva, Carzegaís, Montes da
Senhora. vinda da comarca da Conim
lhã; 26) Acção ordinária de investiga-
ção de paternidade ilegítima proposm
ta pelo Carador dos Menores janto
da Tutoria da Infância desta comarx
ca, como representante em Jaízo do
menor Manoel Francisco, contra Ma-
noel Francisco Lopes, Sardeiras de
Baixo, Oleiros; Inventários orfanoló=
gicos por óbitos de: Maria Joana An»
tunes, Amieira, vindo do J. M. de
Oleiros; Martinha Ribeira, Eirigo,
Oleiros, idem,
Festa do Sagrado Uo-
ração de Jesus
Como foi anunciado, realizou-
-se no passado domingo a festa
em honra do Sagrado Coração
de Jesus.
Tanto o tríduo preparatório
como o dia da festa tiveram êste
ano um cunho espécial com a
presença do venerando P.º Cruz.
Falou várias vezes ao povo
que o escutou ávidamente, por-
que o seu falar é bem o seu viver.
A cerimónia da Comunhão das
crianças teve lugar pelas 9 ho-
ras, tendo celebrado a missa o
Revd.º P. Cruz. A missa que
foi brevemente explicada ao po-
vo decorreu num ambiente de
verdadeira piedade.
O Revdº P.º Eduardo fala ás
crianças e o Revd.º P.º Cruz di-
rige-se em especial à filhinha do
Sr. Dr. Carlos Martins com pa-
lavras cheias de ternura
Dá a Sagrada Comunhão a al-
gumas crianças e entre elas á
menina Maria de la Salete.
A missa termina e as crianças,
jubilosas, cantam e rezam por
todos.
Segue-se O lanche antecipada-
mente preparado e generosamen-
te oferecido por pessoas de boa
vontade.
O Sr. Dr. Carlos Martins quis
ter a bondade de convidar nove
crianças das mais pobres e ofe-
recer-lhe, o almôço na sua casa.
Nem sequer comentamos tal ges-
to; aí fica para exemplo de todos.
Pelo meio dia começa a missa
da festa. O Revd.º Pároco sobe
ao púlpito e convida a todos a
consolarem o Coração de Jesus
por tantos que, ou por negligên-
cia ou por malícia, não o amam,
desprezando a sua Lei.
A” tarde fizeram-se as admis-
sões dos novos Cruzados da Eu-
caristia e várias pessoas recebe-
jram o escapulário de Nossa Se-
nhora do Carmo.
Em seguida organiza-se a pro-
| cissão. Debaixo do pálio o Revd.
Pároco leva o Santo Lenho e é
acolitado pelos Revd.’* P.º José
Francisco e Guilherme Marinha.
A festa termina e observa se
no rosto dos pais e das mãis a
alegria que lhe vem ao contem-
plarem os seus filhos risonhos e
belos ainda vestidos de branco
da festa da sua primeira comu-
nhão.
Na segunda feira fez-se a vi-
sita ao cemitério, sufragando as
almas dos que nos precederam
no sono da fé e que já passaram
os umbrais da eternidade.
Durante a sua breve estada na
Sertã o Revd.º P.º Cruz visitou
os doentes do Hospital e casas
particulares e os prêsos da ca-
deia, a todos prodigalizando pa-
lavras de consolação e ternura.
Um grupo de gentis meninas
colheu donativos para os pobres
e infelizes protegidos pelo sr.
P.º Cruz.
—ogegh gago
Um homem orgulhoso !
As meninas da Aldeia da Ri-
beira constituíram-se em comis-
são para arranjar recursos para
mandarem fazer uma bandeira da
Senhora de Fátima, o que leva
ram a efeito com as diligências
que empregaram.
A bandeira tem a legenda se-
guinte: «Aldeias, Casal e Casa-
linho».
Houve um homem que deu, de
sua expontânea vontade, 30 es-
-cudos, das suas bôrras. para a
ajuda do custo da bandeira; mas
como na dedicatória não figura-
va a sua Baiúca, deu por paus e
pedras e exigiu que a comissão
lhe entregasse a quantia que ti-
nha dado, sem delongas. A co
missão ficou aborrecida com o
procedimento do homenzinho,
mas, no entanto, desculpa-o por-
que êle não sabia que Baiúca si-
gnifica taberna, termo impróprio
para figurar numa bandeira, e
entregou-lhe a quantia exigida
para lhe acalmar o orgulho.
Desdizer-se é desacreditar-se.
Aldeia, 29-6-941.
Pela comissão, M, M,
3 CEATETEI o e sore
= ARVORES DO=
PARQUE DA CARVALHA
“Fala o Sr. Eugénio Leitão
«Sr. Redactor
No último número do seu acreditado
jornal li um convite feito pela Exm.?
Câmara Municipal desta vila aos seus
habitantes com o fim de emitirem a sua
opinião àcérca do embelezamento de
parte da Alameda da Carvalha, com
sacrifício de algumas ou tôdas as ár-
vores ali existentes. :
Como apaixonado que sou pelas ár-
vores, que são um dos mais belos dons
que a natureza facultou ao’ homem, con-
fesso que muito me magõa vê-las der-
rubar, mesmo que sejam desageitadas
e pouco tempo já lhes reste de vida.
Pelo facto de serem vetustas, não
acho, que seja razão convincente para
as condenar, porque elas dão prova de
vitalidade, com que resistiram à acção –
do tempo e aos maus tratos do homem
a quem prestam relevantes serviços.
Bem basta que não sejam poupadas
pela fúria indómita dos elementos que
na sua bruteza não respeitam as que
foram hoje plantadas e muito menos as
mais frondosas, com largos anos de
existência. Haja vista a devastação,
que há pouco sofreu o Buçaco uma das –
mais lamentáveis vítimas do ciclone.
” Entrando porém no assunto e pondo .
ponto a esta digressão, entendo, que,
no caso sujeito do embelezamento da
Carvalha, só devem ser condenadas a
pena última aquela árvores (pobrezi-
nhas!) que se reconheça terem uma ‘
existência já pouco duradoura ou sejam
defeituosas.
A maior parte porém é constituída
por belos exemplares que encantam a
vista e com a sua benéfica sombra nos |
livram dos ardores do sol.
Nas falhas, que já são bastantes, po-
derão ser plantadas árvores daquelas
espécies, que melhor se adaptem ao
clima e que mais depressa de desen-
volvam, como os plátanos por exemplo.
O facto de se verem num jardim ou
numa mata umas árvores grandes e ou-
tras pequenas não fará perder a beleza |
à parte ajardinada da Carvalha que, a
avaliar pelo que já está feito se há-de .
tornar um lindo passeio, tendo a gran-
de vantagem de estar ao lado de uma
corrente de água, que o torna mais .
aprazível ainda, mas não lhe tirem as
sombras ! e
Arvores grandes e pequenas, de vá-
rias espécies, umas de fôlha caduca, |. E
outras de folha persistente, deleitando |
os nossos sentidos com lindas e aromá-
ticas flôres, como magnólias, acácias,
olaias e muitas outras fazem o encanto –
dos jardins de Lisboa, para não falar
nos de muitas outras cidades,
Não querendo abusar da sua gentile-
za, roubando-lhe mais espaço, vou ter-
minar Sr. Redactor, concretizando-lhe .
a minha opinião de que bem andará a
C.m.
árvores que for possível, com o que
dará mais uma prova de bom gôsto e
desejo de alindar a nossa, até há pouco |
tão descurada terra.
Com muitos agradecimentos se subs-=
creve muito grato
O amigo certo e obrigado
Eugénio Leitão
Sertã, 30 de Junho de 1941, :
GO pg
Hospital da Sertã
Subscrição aberta pela «Co a
missão dos Amigos do Hos-.
pital da Sertã», em Lisbca,
para a compra de material
cirúrgico:
Transporte, 6 115800.
Ex.”º Sr.º D. Guilhermina
Leitão de Portugal Durão, 500800;
Mile Maria Tereza Cid Leitão,
100800; A Pernambucana, Ld.*
50800; Ex.”º Sr. António Mars
ques Gasparinho, 25800. Soma,
675800.
À transportar, 6.790800.
: topa
José Martins
A seu pedido foi transferido
da Figueira da Foz para Coim-
bra o nosso estimado patrício e
distinto secretário de Finanças
sr. José Martins.
Os nossos cumprimentos.
peter
Interêsses regionais
“A? Junta de freguesia de So-
breira Formosa foi concedida a
comparticipação de 45.306800
para a construção da estrada que |
liga aquela Vila à estrada nacio.
nal 121º, por Maxiais,
se polpar o maior número de.ro de