A Comarca da Sertã nº249 19-06-1941

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– FUNDADORES –
— Dr, José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal — +
——. António Barata e Silva; dE
Dr. José rate: Cortes e Silva

Eduardo Béréta da Silva Corrêa :

WIPSg crio.

DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO en
Eduardo Barata da Filva Concia TIP. PORTELA PEÃO
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— Da
RUA SERPA PINTO-SERTÃ Ra
Fr Ef qria TELE FONE
PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
pç pad mem ——— sem

o Nº 249

epaRaRE| JENDO O Govêrno Português,

cem nota de 30 de Maio,
” mostrado aos Estados Unidos
sua estranheza pelas refe-

“Verde e Açôres feitas
iscarso do Presidente Roo-
vell, o que se prestou a vá-
ias interpretações, tanto mais
“que essas referências eram
esacompinhadas de qual-
quer menção expressa de res-
to pela soberania plena e
isecular de Portugal só-
esses territórioso, o Go-
da República NortesAme-
a — em sua resposta de
Junho — «declarou cate-.
mente que não alimenta
aisquer intenções agressivas
contra a soberania ou integri
dade territorial de qualquer

asileira fez
campanha

esidente |

de Cabo

omando uma |

sito a nobilita,
tugal.

al— como os países
ericanos — tem sabi-
ina- neutralidade
Ber suspeita no
europeu. Nesta sua

eza da sua segaran-
+» pois, a tese de
ster ocuparem-se os
ipélagos centenários?

mos estão sob a ameaçu de
terceiros ? Mas Portugal já
declarou, alto e bom som, que,
até agora, nem por um mo-
mento o chão lasitano esteve
ameaçado por nenhum dos be-
ligerantes! Ora, temos de con.
vir que, em matéria de segu-
rança da Pátria portuguesa,
ninguém mais autorizado para
falar do que o próprio Govêr-
no de Lisboa. Não temos pro-
curação para defender Portu-
gal, nem Portugal precisa de
guem o defenda, mas: como
povo americano, como povo
que tem como norte supremo
o respeito dos direitos das
gentes, não poderemos apro.
ams doutrina que tanto
” se distancia dos postnlados
de Monroe. Para nós, brasi-
leiros, tam cara e sagrada é
a dignidade das gentes ameri-
canas como de Portugal, nos
sa mãi Pátria»,
E’ a voz do sangue a cla-
mar pela Justiça e pelo res.
peito devidos a um irmão!
São os sentimentos afectivos,
que brotam erpontâneos do
a coração, a vincular, a tornar
E mais fortes os laços de frater-
nal amizade que unem Portu-
gal e Brasil, paladinos da
Paz, estrênuos defensores de
uma Civilização que se dilas
tou: pelos continentes, propa-
gando a igualdade das raças,
a liberdade dos povos e o q»

DO aa ee eee

cias directas às ilhas de.

firmações da «Gas .

se alicerça a mes | |

peterto de que os mes-| |

ODOS os Municípios do país pres-
taram há dias a sua homenagem
de gratidão ao Senhor Ministro
das Obras Públicas e Comunica-

ções. As medidas acertadas por sua exce-
lôncia tomadas em muitos concelhos, após
o ciclone de 15 de Fevereiro, foram o mo-
tivo determinante da grande manifestação
de simpatia e aprêço, mas é fora de dúvi-
da que o pensamento que fêz congregar
todos os municípios à vclta da idéia de ho-
menagear o ilustre homem público, é an-
terior à tragédia de Fevereiro. |

A ninguém passa despercebida a gran-
mao aa de transíor=

mação que
está a ser
operada em

cantos de
Portugal,
dos grandes
centros ur-
banos às
mais modes-
tas aldeias e

voados, e se
é certo que

mento de
progresso
Es e não pode ser
ENGENHEIRO DUARTE PACHECO trabalho de
“um só ho-
mem, ou mesmo de um Govêrno, mas a
obra de uma Revolução, também não é
menos verdade que as grandes realizações,
sem um pulso firme a impulsioná-la, a
maior parte das vezes não teriam passado
da esfera das meras possibilidades e as-
pirações.
Sob êste aspecto a Revolução Nacio-
nal soube sempre procurar e escolher o
Hrmem que as circunstâncias exigiam.
Paras ó falarem nomes que têm estado em
maior evidência, e sem menosprêzo pelos
serviços de tantos, na hora própria chamou
Salazar para salvar as finanças nacionais
e ser o prudente e atilado orientador da
política internacional núma época de deli-
cada gravidade, para teformar os serviços
da Justiça foi buscar o, professor Dr. Ma
nuel Rodrigues, e no Engenheiro Duarte
Pacheco soube descobrir a energia e acti-
vidade que eram necessárias para animar
o progresso das terras de Portugal

Pode dizer-se afuitamente que não há
heje cidade, vila ou aldeia, que não tenha
recebido do Ministério das Obras Públicas
um hálito de vida e engrandecimento; mais
ainda, muitos lugarêtes que pelas idades fo-
ra talvez nunca tivessem recebido cinco réis
do Estado ou dos Corpos Administrativos,
vôom hoje interessantes fontenários onde
salta a linfa pura e vivificadora, têm regune
Re

mor entre oshomens!

ares vias de comunicação, e olham com

“todos os re-

simples pc-

tal movi-.

| ANOVI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã
, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (

enternecido carinho branquinhas casas on-
de é ministrado o ensino aos gaiatos d’
lugar, que, em outras eras, ou ficavam pri-

vados das luzes da instrução ou tinham de

calcurriar extensos pedregais para irem à
vila escutar as lições do Mestre Escola ou
da Mestra Régia.

À alma e a vida de tôdas estas reali-
zações é a Revolução Nacional, mas quem
as corporiza e lhes dá forma e estrutura
sólida, é o Homem enérgico que no Minis:

tório das Obras Públicas prepara as suas |
condições de viabilidade, por meio dos:

subsídios ou comparticipações do Estado,
admirável criação que a tôda a parte faz
chegar as benemerências do Poder.

Este concelho, se bem que não é dos
mais favorecidos, tem ainda assim razões
incontestáveis para mostrar a sua gratidão

ao Estado Novo, e ao ilustre titular da pas-

ta das Obras Públicas, por motivo das di-
versas obras aqui realizadas pela Câmara
depois de 1926, e que não teriam sido pos-
síveis sem c auxílio do Estado.

Passando as em sucinta revista, pela

ordem cronológica, há a destacar : as obras

na cadeia; a reparação da estrada do Ca-
sal (Ovelheiro; a ponte sôbre a ribeira da
Atamolha; a estrada da Várzea dos Cava-
leiros; reparações nas escolas da Passaria,
Conde Ferreira, Convento da Carvalha,
Santo António, Adro, Codeceira e Ermida;
calçadas no Pampilhal; pontões do Pôrto
do Troviscal, da Azenha, da Codiceirinha,
Venestal e Eirinha; estrada do Outeiro;
rêde de esgotos na Sertã; escola de 4 lu-
gares na mesma vila; comitério de Palhais;
chafarizes em Nesperal e Felgaria, Várzea
dos Cavaleiros, Póvoa, Vale Godinho, Sor-
vel Fundeiro, Feiteira, Bravo, Troviscal,
Marinha de Vale Carvalho, Alcobia, Car-
napete, Calvos, Naves, Ramalhos, Amei-

xoeira, Arrifana; estrada da Senhora dos

Remédios. A’s juntas de freguesia foram
ainda concedidas comparticipações para a
pesquisa de águas em Sernache, estradas
da Quintã e Cruz do Fundão, e escolas em
Troviscal e Maxial..

Fora das comparticipações a entida-
des administrativas ainda o Estado au
xiliou as obras na igreja matriz da Sertã
e dotov as do seminário de Ssrnache, e fêz

a pavimentação a paralelipípedos na Rua.

Cândido dos Reis, desta vila.

Finalmente, há poucos dias, foi con.
cedida à Câmara Municipal a compartici
pação de 85:000800 para a construção das
Casas dus Magistrados.

Por todas estas razões a Câmara Mu
nicipal da Sertã não podia alhear-se da
manifestação grandiosa levada a efeito em
Lisboa, em homenagem ao ilustre Ministro
das Obras Públicas.

0 Peinianio da iara

do concelho de Mação) |

sardinha continna a ven

der-se por cinco escudos

o quarteirão, ou seja a duas
lecas cada uma! É

Se ao menos fósse boa ! Mas

não, não presta para nada,

dificilmente sé pode comer !

E não passamos da cepa
torta !- Gasta-se um dinheirão
e“come-se mal! Talvez isto
seja uma consolação para às
gue ganhando 36800 por se-
mana, não Se permitamo luto
de comer sardinhas. . «moídas,
ardidas e estuporadas !

ria

OS santinhos populares Sans

to António e S, João pa:
rece terem sido-esguecidos pe-
lo rapazio da Sertã, que, ou=
trora, os festejava alegremens

te. Formavam se grupos que

organizavam arraiais, cada
qual em seu bairro; e à compi-
ta, na ânsia de um superior e
maior deslumbramento, uns

procuravam arranjar mais di=

nheiro que os outros para a
compra de bombas, de fogue-
tes de três respostas e de cô-
res (de lágrimas e relâmpagos
havia-os com farturinha!), pas

ra armar as barracas com ver=

duras e bandeiras, onde se os«
tentavam oleografias dos pa-
tronos festejados, rodeados de
flores e mil enfeites e varias
díssimos objectos para rifar..

Nos recintos fazia-se a tra:
dicional fogueira e dançava-se
pela noite adiante por entre
descantes, ao som do harmós
nio. Nestes singelos festejos
populares exteriorizava-se a
boa alma da nossa:gente, que
hoje dá mostras de indiferen=
ça pelas diversões que dantes
lhe eram tam agtadáveis.

Mal dos tempos tristes e
cheios de preocupações . que
vamos atravessando !

—- Cro
PRINCIPIOU o calor, o ca-.
lor próprio da época, evi-.
dentemente.

Contudo há quem, admira-
do com a fartura, afirme que o
tempo não está seguro, que
isto, por enquanto, é sol de
pouca dura! Oxalá que esses
bordas de água baratos se en»
ganem, desta vez, nos seus vas
ticínios !

De chuva, frio e vento esta-
mos fartos atê demais!

De

A Câmara Municipal da Sera

tã, por razões bem legi-
timas e compreensíveis, e no
aso do seu pleno direito, tens
do convidado os lavradores do
concelho a manifestar todo o
milho existente nos celeiros,
apuroa a existência—segundo
tais declarações — de, apenas,
1.000 alqueires.

Achamos muito poaco, mess
mo veriticada a hipótese de
grande número de agricaltos
res ter já vendido parte dos
seus lotes. À produção de mis
lho tem sido sempre boa e,
em 1940, não foi inferior à dos
anos transactos,ior à dos

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A Comarca da Sertã

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[ANUNCIO

(1.º Publicação)

Pelo Tribunal Judicial do Jul.
gado Municipal de Oleiros, única
secção da Secretaria, e autos de
execução por custas e sêlos que o
exegiiente, Ministério Público, mos
ve contra o executado, Tomaz Pa-
trício, viúvo, proprietário, residen

te que foi nesta vila de Oleiros e.

presentemente em parte incerta,
correm éditos de vinte dias, a con
tar da segunda e última publicas
ção do presente anúncio, citando 08
crédores desconhecidos do referido
executado, para no prazo de dez
dias, depois de findo o dos éditos,
virem à execução deduzir 08 seus
direitos, indicando a natureza,
montante e origem dos seus crédio
tos e oferecendo logo as provas,

Oleiros, 2 de Junho de 1941,
O Chefe de secção,
João T-xugo de Sousa
Verifiquer,

O Juiz Municipal,
António Ferreira Pinto

“ANUNCIO.
(1.º publicação)

Pelo Juízo de Direito da co-
marcu da Sertã, 2* secção no
processo de execução por custas,
que o digno Agente do Minis:
tério Público promove contra
o executado. José Domingos,
solteiro, maior, proprietário,
morador na vila de Peds ógão
Pequeno, corrém éditos de 20
dias. contados da segunda pu-
blicação dêste anúncio, citando
os crédores desconhecidos da-
quêle executado, para no prazo
de 10 dias, posteriores ao dos
éditos, virem à dita execução
deduzir os seus direitos.

Sertã, Q de Junho de 1941,

Verifiquei,

O Juiz do Direito,
Armando Torres Paulo
O Cbefe da 2.º Secção,

Angelo Soares Bastos

Norberto Pereira

Cardim
SOLIGITADOR ENCARTADO

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Sertã 0000 209000 15-20

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salvo se o “dia 23 fôr domingo, pois neste caso
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Figueiró dos Vh.* 6-20 625| Sernache Bom. “” 1912 19. 15
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No mundo tudo ama; por mais duro
Que seja seu destino ou inimigo, ‘

Tudo-temo seu lar e seu abrigo,

Mesmo numa pedrinha ou trás dum muro.

O insecto no seu

buraco escuro,

Ro “| A fera no covil, sentemo p’rigo
– E não ha ser na vida que consigo
Seus cuidados não ponha ro futuro.

Os bichos mais cruéis por seus destinos
Que bruta, cega força, arrasta, oprime,
Suspendem seus instintos mais ferinos,

Ao vêr dum ninho

a graça tão sublimel…

“–Destruir inocentes pequeninos |?
–Só O homem pratica êste crime.

Ermida, 25-5- 941

A

DIVERSAS NOTÍCIAS

2a audiência de julgamento de Ma-
“noel da Silva, do Cavalinho, freguesia

do Mosteiro, concelho de Oleiros, prê-
so; nas- cadeias desta comara pelo as=
Sassínio de Maria de Jesus, do mesmo
logar (facto que relatámos circunstan-
ciadamente), está marcada para o pró-
ximo dia 26. A acusação particular está
a cargo do afamado causídico, um dos
mais ilustres ornamentos do fôro porta-
guês, sr. dr. Ramada Curto, de Lisboa
e a defesa ‘a cargo do sr. dr. Flávio

dos Reis e: Moura, distinto advogado

desta comarca. .
“Carolina de Jesus Passos, dest

“Vila, casada com Diogo Manoel de

“Passos, cauteleiro, na tarde de 13 do
– corrente deu pela falta de um grosso

cordão e dois crucifixos, tudo de ouro,

– que tinha arrecadados numa arca aber-

ta. Alguém, sabendo da existência da-
quêles objectos e do sítio onde se en
contravam, aproveitou o momento, em
que os moradores da casa estavam au-

“sentes, para nela penetrar, o que foi fá=

cil porque a porta estava aberta.
— A-fim-de efectuar a desinfecção

dos troncos do olival da sr.? D. Maria

“Cristina Caldeira Ribeiro, sito ao Pi-
– -nhal de Cima, esteve na Sertã o regen-

gricola

om sede em Castelo
abalho, como os dê pó-
temente feitos noum
a Vila, constituiu
“cnica e foi reali-
lomens habilitados com o
! dai odadores naquela campanha
as Beiras, com sede em
louvável gesto de solida-

jue muito a honra, realizou no

dia 2 Abril, com a colaboração de

— Mm grupo de senhoras beiroas, uma fes=
“ta em benefício das famílias mais ne-

— cessitadas e que mais sofreram com o

ciclone de Fevereiro. O produto Nqui-

= de toi enviado aos Go-
verna

rnadores Civis dos cinco distritos,
ou sejam 1.500$00 a cada um.

Feriado Municipal do Conce
= jho de Oleiros
O próximo dia 24 é o feriado

e municip.1 do concelho de Oleiros.

Cro

“+. Em seara alheia

“Não há, em Portugal, terra de
mais carácter que E’vora. Já pou-

‘ co Subsiste das suas vélhas muralhas; desapareceu uma água-
«forte que havia na praça Geral.
do, a funcionar de cadeia, duma
beleza rara; edifícios que eram
Pq da História, como o Pa
lácio de D. Manuel foram sacri-
ficados a. utilitarismos mesqui-

nhos, salvando-se um pequeno

trecho, que mal permitiria uma
reconstituição exata. As ruínas

“do Templo de Diana, onde já

estéve instalado um talho, são o
que eram há um século, um livro
mutilado, que ‘ se poderá recom-
por sem lhe faltar uma letra–se
uma tal monstruosidade ocorres-
se um dia a quem pudesse dar-
-lhe realização.

– À catedral, edificada aí pelo
Século treze com um enxérto, no
interior, das sumptuosidades frei-
ráticas, de D. João V, ainda não

“Sofreu os estragos do tempo nem
as brutalidades do Homem, sen-

do de lamentar que medíocres
construções anexas não a deixem
ostentar a sua grandeza e majes-

tade num completo isolamento.

o Brito Camacho

Ne
É endé Martins Romão, da.

Casamento

Na residência dos pais da noi-
va, € num ambiente da maior in-
timidade, realizou-se na 2.º feira
o enlace matrimonial da sr.º Dr.?
D. Maria Emília Belchior Rossi,
notária e advogada em Vila Flor,
filha da sr.* D. Albertina Bel-
chior Rossi e do sr. Augusto
Justino Rossi, chefe da Secreta-
ria da Câmara Municipal da Ser-
tã, aposentado, desta Vila, com o
sr. dr. Viriato Humberto Ferrei-
ra de Castro, Conservador do
Registo Civil em Murça, natural
de Vinhais, filho da sr.* D, Cân-
dida Albertina e do sr. Viriato
Constantino Ferreira de Castro.

Foram padrinhos, por parte da
noiva, seus pais e, por parte do
noivo, a sr.º D. Cândida Ferrei-
ra de Castro, e o st. António
Ferreira de Castro, sendo cele-
brante o Rev.,º Vigário José Ra-
miro Gaspar.

Findo o acto religioso, a que
assistiram, além das pessoas de
família, o sr. Assis Gonçalves,
Governador Civil de Vila Real,
serviu-se um finíssimo copo de
água. . e
– Aos noivos desejamos, muito
sinceramente, tôdas as felicida-
des de que são dignos.

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Pelos nossos amigos srs. An-
tónio da Silva Ribeiro, da Por-
tela do Outeiro, e João Fernan
des, de Lisboa, foram nos indi-
cados para assinantes os srs.
José Mendes André, da Lameira
da Lagoa, e Manoel João, de
Lisboa. Agradecemos, muito re-
conhecidos

EXÉQUIAS SOLENES |

O clero do nosso Arciprestado,
cumprindo a determinação que a
si próprio impôs sempre que, na
sua área, ocorre o falecimento de
qualquer sacerdote, o que traduz
uma louvável e profunda união
espiritual, celebrou, em 10 do
corrente, na igreja matriz desta
Vila, exéquias solenes por alma
do Rev.º Augusto António Ri
beiro, que foi prior da freguesia
de Sernache do Bomjardim e
missionário.

O piedoso acto foi muito con-
corrido e, além dé todo o clero
do Arciprestado, assis’iram dois
sacerdotes da Fundada,

Ainda-cada sacerdote festa
jurisdição rezará duas missas
com a mesma. intenção,

Procissão do Corpo de Deus

Realizou-se na quinta-feira pas-
sada, dia 12, a festa do Corpo
de Deus, na igreja paroquial.

Houve às 11 horas missa can-
tada e às 17,30 horas, procis-
são Levava de-baixo do pálio o
Santíssimo Sacramento o sr. P.
José Ramiro Gaspar, assistido

elcs srs. P, José Baptista e P.
osé Francisco. Seguia-se a Ir-
mandade–do S. S., Juventude,
Cruzada Eucarística e crianças
da Catequese, |- A Comarca da Sertã

Notas ao correr da pena

A PRIMAVERA

“Tenho lido nos jornais várias
opiniões àcêrca da primavera. Há
quem diga que êste ano vem
atrasada, outros que a primavera
é uma invenção dos poetas, que
não existe, e agora um amigo
meu, espírito lúcido e brilhante
conta-nos, numa das fulgurantes
notas do «Diário de Lisboa» que
uma senhora do tempo antigo
lhe preguntara: — Morreu a pri-
mavera ? Desapareceu o encanto
ao mez de Maio? —.e que êle
lhe respondera: Como estamos
em época de vandalismo, anar-
quisou-se o calendário. O vento
e a chuva dão cabo dos jardíns.
Os rouxínois calaram-se. Os ni-
nhos resguardam-se das fria.
gens. — E continuou a dizer que
acredita numa mudança próxima
a favor da tradição e acentuava
que Verlaine afirmava gue a pri-
mavera devia começar no nos-
so coração.

O que é inegável é que a pri-
mavera existe, E” como a sau-
dade. Nós não a vemos e no en-
tretanto sentimo-la no mais ínti-
mo das nossas almas, no mais
recôndito de nossos seios. A pri-
mavera não tem prasos fixos,
nem a leis que se subordine.
Preadivinha-se. Na maioria dos
casos aparece-nos de surpresa
no alegre cântico de um passari-
nho, no entreabrir de uma flôr
a irradiar o seu perfume, num
raio de sol a iriar fulgores na
gota de orvalho que oscila, como
uma lágrima de amor nas pétalas
de uma violeta humilde, no ca-
rinhoso olhar de uma mãi a em-
balar enlevada um anjo que lhe
sorri, prenda de Deus nas suas
núpcias de amor, no voltear de
borboleta alada e irrequieta como
uma ilusão, no olhar compassi-
vo e dôce da Virgem Imaculada
ao escutar à prece de uma alma
que a implora e se lhe entrega,
Há dias fomos encontrar uma
corda de. violetas entrelaçadas
entre as páginas de um livro
que parecia esquecido numa es-
tante. Sêcas, mirradas, sem o
perfume que as animava outrora,
elas rediviviam na minha recor-
dação. Foi uma primavera dis-
tante que acordou e ressurgiu
em minha alma e reverdeceu
uma saudade nas pobres viole
tas que pareciam mortas…

Um molho de rosas lindas,
lindas, lembrança de uma alma
que muito amo, ergue-se na mi.
nha secretária em frente de mim,
a sorrirem-me, a enfeitiçarem-me
espalhando aromas que, como
beijos embriagam.

Ah! a primavera! que me im-
porta que o vento sibíle lá fora,
que sacuda as flores que se es-
folham e tapetam de pétalas os
ato e que bátegas de chuvas
rias fustiguem as nossas casas,
se nos nossos corações os rouxi-
nois cantam melodias de sauda-
de, e se à lareira os troncos e os
ramos das árvores que cresce-
ram, floriram, e frutificaram nas
primaveras que se sucederam no
passado, nós recebemos o calor
que neles depositou o sol no seu
incessante giro atravez dos tem-
pos?…
Lembra-me um caso antigo:

Um elegante de outros tem-
pos, espírito cintilante de poeta,
apareceu na rua, num dia bor-
rascoso, frio, de invernia com
uma indumentária leve, clara,
imprópria, chapeu de palha e bo-
tão de rosa na lapela.

Um amigo, que se viu obrigas
do a sair de casa, mas envergan-
do um fato de inverno, sobretu-
do e mãos enluvadas, encontra-o
e diz lhe com espanto:

-—O quê?!… com um dia as-
sim e com essa farpela?…

— Então não sabes ?—respon-

| deu o interpelado—Começa hoje

a primavera. Eu cumpro o meu
dever, ela que cumprá o seu ..-—

-E seguiu o seu caminho trauteans

do uma área em voga.
Um maluco ?… E” possível,
Não me atrevo a afirmá-io O que margem da guerra

O JorgeV é o mais moderno € poderoso couraçado da .
Grã Bretanha. Na gravura, as tôrres quádruplas munidas de
canhões de 14 polegadas entram em acção.Egases us, O Ee ss 8
a) O Y 6 é,
+ ai Cau? RA fa? fa? %
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a

à AGENDA «

% Ea %, A a Ed % f e ó e É F

De Lisboa regressou à Ser-
rtã a srº D. Isabel Marinha
Mendes, espôsa do sr, Celes-
tino P, Mendes.

— De passagem para Olei-
ros esteve na Sertã o sr. dr.
João Serrão de Moura. ê

Aniversários natalícios:

Hoje, menina Rosa, filha do
sr. António Farinha Gomes,
Lisboa; 24, menina Edite, fi-
lha do sr. António Craveiro;
25, Virgilio Guilherme da
Costa, Inhantomba (Africa
Oriental),

Parabens

Notariado da Comarca

Em substituição do nosso ami-
go sr. dr. José Dias Garcia, que
pediu a sua transferência para o
logar de notário em Alcobaça,
foi nomeado notário do concelho
de Oleiros o sr. dr. João Serrão
de Moura,

O novo notário da comarca
tomou posse, na Secretaria Judi-
cial, na passada sexta-feira.

Odd

VivA RELIGIOSA

No dia 13 de Julho, domingo,
diz a sua primeira missa, na igre-
ja matriz do Nesperal, o Rev.º
José Antunes Mendes, natural da
Moita, freguesia do Nesperal, fi-
lho dos srs. José Mendes e Rosa
Antunes, da Moita, e sobrinho
do nosso amigo sr. Cónego Joa-
quim Mendes, residente no Vale
Junqueiro, da mesma freguesia,

O novo sacerdote completou
O curso, com uma alta classifica-
ção, no Seminário dos Olivais.

LOS

Marco Postal

Ex.”º Sr, José Luiz Nunes –
Lisboa: Muito obrigados pela
sua carta e remessa de 20800 pa-
ra pagamento da assinatura até
o n.º 268. Antecipadamente lhe
agradecemos a indicação de no-
vos assinantes e aqui ficamos ao
seu inteiro dispor.

é certo porém, é que ele no seu
íntimo sentia-se feliz, e levava
na alma uma primavera onde ha-
via so! a brilhar, flores perfuma-
das, sorrisos embriagantes e cân-
ticos de avesinhas a construirem
os seus ninhos de amor…

1841 — Maio.

Oliveira Tavares Junior

Necrologia
Lino Ferreira de Matos

Em Sobreira Formosa faleceu,
na pretérita sexta-feira, o sr. Li-
no Ferreira de Matos, de 49
anos de idade, sócio da concei-
tuada firma comercial Matos &
Matos. Deixa viúva a st.* D.
Lucinda de Almeida Ribeiro de
Matos e três filhos menores.

O extinto era muito conside-
rado pela sua bondade e, por
isso, a sua morte foi deveras

Isentida, constituindo o: funeral

uma grande manifestação de pe=
sar. as

«A Comarca da Sertã» apresen-
ta à família dorida sentidas con-
dolências.

CH OIO
Jogos florais da primavera

Nos Jogos Florais da Primas
vera obtiveram menções honro-
sas os nossos prezados amigos é
distintos colaboradores, residen-
tes na capital, srs. P, António
Lourenço Farinha, em «Narrati:
va histórica», e Luiz da Silva
Dias, em «Soneto».

O trabalho premiado do nos:
so ilustre patrício Rev.º António
Lourenço Farinha intitula-se «Mi-
lícias Portuguesas na Abissínia»
e publicá-lo-emos, em logar de
honra, no próximo número.

Sinceramente felicitamos os
ilustres autores por mais êste
grande triunfo da sua vida lite-
rária, a que nos associamos com
muito júbilo. A

Agradecimentos do Dr. Oli»
veira Salazar É

À «Sociedade Anglo» Portuguesa»
agrupamento com sede em Londres,
subscreveu e transferiu pára Lisboa a
importância de £ 4.000 a favor da

| «Comissão Nacional de Socorro às Vi-

timas do Ciclone» por cujo gesto S.
Excelência o Senhor Presidente do Con-
selho houve por bem mandar à referida
Sociedade os seus agradecimentos,

O Embaixador de Portugal em Lon-
dres, o Dr. Armindo Monteiro, disse
àquela Sociedade: «Não deixei de in-
formar 9 meu Govêrno da vossa deci-
são de abrir uma subscrição a favor
daquela Comissão. Foi com muito re-
conhecimento que essa minha informan
ção foi recebida e fui encarregado por
oua Excelência o Senhor Presidente do
Conselho e Ministro dos Estrangeiros
Dr. Oliveira Salazar de agradecer em
nome: do Govêrno Português esta de-
monstração prática e generosa de sim-
patia.»

Os antigos embaixadores de ingla-
terra em Lisboa têm sido os dirigentes
da Sociedade Anglo-Portuguesa; Sir
Charles Wingfield é o presidente da
Assembléia Geral e Sir Francis Lindley,
da Direcção; Sir Walford Selby faz a=
gora também parte da Direcção. A su=
bscrição partiu da iniciativa do Cor. J.
cross Brown, secretário e do tesoureim
ro Mr, F, G, Woodhead,dhead,

 

@@@ 1 @@@

 

“Pantidos médicos do conce-
lho de Proença-a-Nova

«ce Sr. Director; de «A
Comarca da Sertã»

Leitor que fui até há muito
póuco . tempo dêste hebdomadá
rio merecedor dos melhores elo-
gios pela inteligência e pondera-
ção que sempre faz presidir ao
esforço empenhado pelos interês-
ses desta região, felicito «A Co-
marca da Sertão nas pessoas
ilustres dos seus fundadores e
no seu digno Director actual
que com inegável impecabilida-
de tem continuado a obra do
bem que este semanário defende.

Temporáriamente, creio bem,
estou desprovido da sua leitura
de aprêço e utilidade, como tam-
bém estou de outros jornais, re-
vistas e livros que nestas para-
sei são .o único refugio cultue
ral.

Mas, não por mero acaso, mas
por pessoa amiga foi-me dado
o prazer de apreciar uma notí-
cia de Proença-a-Nova publica-
da na secção «Atravez da Co-
marca» no número do dia 29 do
corrente mês de Maio. .

Necessita de alguns reparos,
embora me mereça todo o res-
peito e no intuito de rectificar-
he a sentido, pedindo ao leitor
se reporte à citada notícia para
melhor me compreender, rogo a
V…. Sr, Director um cantinho
do seu jornal, como soe dizer-se,
carinhosa cedência que respeito-
samente agradeço.

Carinhosa cedência, sim, por-
que de facto o assumpto é bem
digno de ser tratado com muito
“catinho.

“SE o caso seguinte: —

-* Há cêrca de 6 anos que ao
abrigo de determinado decreto
se criou o 3.º partido médico do
concelho de Proença-a-Nova.
Não ficou conforme com o espí=
rito doutrinário do legislador e

daí resultou implicitamente que

povos continuaram ao sabor dos
curandeiros, enquanto outros em
especial na Vila, durante O anos
criaram «o hábito de ter 2 mé-
dicos». Éste hábito em si não é
mau porque três, quatro e mais
médicos não são Zpor vezes su-
ficientes para algumas «exigên
cias» !

Portanto não é de admirar, e
acho até lógico, que tal hábito
se inveterasse «nalgumas pes-
Soas mais sôfregas do seu bem
estara.

Ora não consta que êste hábi-
to, que pode considerar-se doen-
ça, seja irreversível, Deve antes
consistir numa” «falta de visão»
que prescinde de qualquer dro-
ga, ungiento ou colutório para
se curar!

Basta que os «viciados» nêste
hábito, cristãos como aliaz todo
o bondoso povo de Proença, se
lembrem de que as freguezias de
S. Pedro do Esteval e Peral,
igualmente contribuintes da mes-
ma Câmara e ligados a Deus
pelos mesmos laços, necessitam

“tambem de se «viciar» no refe-
rido hábito, não digo já pela as-
sistência de dois ou mais médi-
cos, mas pelo menos de «um»…
– Isto é qué É a verdade, o que
a lei previu & protege e o resto
é egoismo!….

Servidas estás duas freguesias
quando, e múlito bem se criasse
o 4.º partido, como a lei prevê

em último Gãão e como pede 01

autor da nótitia, ainda haveria
mais outras duas, as de Montes
a Senhora & Alvito da Beira,
com justo direito a reclamá-lo.
* Aquele espírito do Bem está
tâm adulterado que serve de ar-
ma quando se pretende sofismar
a verdade…
” E assim há quem diga:—Por-
quê vós, de S. Pedro e Peral,
não pedis ao Dr. Castanheira
que sirva o 3.º partido com re-
sidência fixa em vossa casa ? |»
– Respondo: — Da melhor boa
vontade abraço a ideia e garan-
to até que a sua primazia não
lhes pertence é Quereis que as-
sim suceda? Basta para tanto

Casas dos Magistrados |

Conforme noticiâmos no último

número, foi concedida a compar- |’

ticipação de 85.0008$00 para a
construção das casas dos Magis-
trados da comarca.

Por esse motivo a Câmara
Municipal envicu, em 10 do cor-
rente, ao ilustre titular da pasta
das Obras Públicas e Comuni-
cações, o seguinte telegrama :

«Ex,”º Ministro Obras Páú-
úlicas — Câmara Municipal
Sertã com vivo reconhecimen-
to agradece Vossa Excelência
comparticipação 85 contos pa-
ra construção duas casas Ma-
gistrados Judiciais nesta Vila
permitindo-nos assim cumprir
obrigação
pelo Estatuto Judiciário —Pre-
sidente Câmara», :

ABASTECIMENTO DE MILHO

À Câmara Municipal do nosso
concelho, preocupada com o abas-
tecimento do milho à população,
que não pode, de forma alguma,
estar à mercê dos açambarcado-
res, recebeu um vagão com cêt-

ca de uma tonelada de milho co-‘

lonial, tendo iniciado a sua ven-
da no sábado passado.

Para que o cereal não venha:
a faltar, aquela entidade fez já

uma nova encomenda.

imposta Câmara
Iguem incumbe administrá-la.

que a Ex.”* Câmara ou alguém
consiga a minha aposentação
como Delegado de Saúde, cargo
que desempenho há 20 anos,
visto não ser justo perdéla!
Uma vez isto conseguido, con-
dignamente, e o restante no seu
logar de honra, estará assegura-
da a assis ência às longínquas
freguezias de S. Pedro e Peral
e… OS «viciado» naquele bom
hábito livres da minha pessoa.
Com respeitosa vénia dêsde
já agradeço a V…. Sr. Dire

etor da «Comarca da Sertã» a sua.

atenciosa anuência de publicação

desta carta, desejando para êste.

Semanário, que, mui digna e pro-
ficientemente dirige, as maiores
prosperidades,

Proença-a-Nova, 31 de Maio

de 1941, :
Acúrcio Castanheira

NOTA: — Pede-se a leitor que sabs-
titua no texto da notícia a que me re-
firo a palavra. «freguesia» pela de
«partido médico» e saboreará a
diferença 1! Sim, porque o partido de
S. Pedro do Esteval será constituido
pelas freguesias de S. Pedro e Peral
e por algumas povoações desta fre
guezia de Proença-a-Nova.

CASTANHEIRA

| dantes se aprovavam tôdas as

A. Comarca da Sertã

Notas a lápis

(Continuação)

capela de Santo António
permanece há muitos anos
— sabe-se lá quantos! — num.
vergonhoso estado de abando-
no, Não será preciso muito
dinheiro para arranjar e caiar
devidamente as paredes e o
alpendre.

e Das três festividades que
ali se efectuam à roda do aro,
não se podiam retirar algumas
receitas para fazer face às
despesas de conservação ?

Situada num dos pontos
mais aprazíveis da Vila, e,
por isso, bastante visitado,
aguela capelinha devia mere-
cer um pouco de carinho a

E seria preferível —-como mes:
dida de previdência — acudir.
lhe quanto antes do que ter
de recorrer, mais tarde, à.
subscrição pública, único re-,
curso que os sertanenses até
agora encontraram para re
solver tôdas as dificuldades e
dar remédio ao seu desmazêlo,
congênito !
AS casas dos Magistrados.

Judiciais deverão ficar
construídas na rua Gonçalo
Rodrigues Caldeira (antigo
Trinchete) abrangendo a casa
e quintal que pertenceram ao
falecido Eusébio do Rosário.

A Câmara Municipal pre-
tende embelezar aquela arté.
ria, trânsito obrigatório de
quem passa pela Sertã.

E digamos a verdade: o ton-
junto de construções da rua
Gonçalo Rodrigues Caldeira,
com excepção de duas ou três
moradias de sofrível aspecto,
é demasiadamente rústico por
virtude da facilidade com que

plantas e do péssimo mau!
gósto, ou, antes, da falta de
gósto dos engenheiros e dos
proprietários, uns e outros
aposiados em transformar a
Vila numa reles aldeia; a prin
cipal preocupação era dar aos
baixos o maior aproveitamen-
to, desde as sórdidas lojas de
comércio às cavalariças iman-
das e mal cheirosas! a

Quem passar somente por
aquela rua fica com uma idéia
detestável da Sertã e com ra-
zão!

Este número foi visado pela
Comissão de Censura

de Castelo Branco

menagem 0 Mint

Obras Públicas é Comunicações |

As Câmaras Municipais prestaram,
no dia 10 do corrente, uma significativa
homenagem ao sr. engenheiro Duarte
Pacheco, que, no desempenho do seu
dificilimo cargo, vem prestando os mais
assinalados serviços ao País.

Não são de ontem nem de hoje, mas’
de todos os dias, as magníficas e gran-
diosas obras é melhoramentos efectua-
dos sob a égide do ilustre homem pú-
blico, inteligente, de uma actividade
prodigiosa, que não conhece canseiras
e desfalecimentos,

Se Lisboa e outras terras de primeira
categoria alcançaram, do Estado Novo,
uma’ série inúmera de melhoramentos,
as vilas e pequenas povoaçõês —- mes-
mo aquelas que noutros tempos só eram

lembradas para pagar as contribuições |

ao Estado | — não têm sido 2squecidas,
não se abandonaram à sua sorte. O sr,
engenheiro Duarte Pacheco, ministro
de uma formidável energia, compreen-
deu que a politica patriótica e de rea-
lizações do Estado Novo não.poderia
ser perfeita sem que à gente trabalha-
dora e humilde dos campos se concex
desse um mínimo de aspirações, por-,
que ela é a nata da sociedade portu-
guesa,’ porque ela condensa, em.si, as
virtudes da Raça e conserva, nas suas
veias, aquela virilidade e no coração
aquela pureza de sentimentos que fo-:
tam à causa das nossas passadas gran-

dezas e hoje o são do nosso ressurgi-:

mento,
Por isso, o povo das vilas e das al=
deias mostra o seu reconhecimento pe-

acompanhou com o coração a transbor-
dar de júbilo, a homenagem que os Mu-
nicípios de Portugal prestaram ao’sr.
Ministro das Obras Públicas. Asa
A acção governativa do sr, engenheim
ro Duarte Pacheco é incomensurável e
apresenta-se sob múltiplos aspectos,

todos a convergir para à conservação.
de um património que o tempo acaba-

ria por transformar em ruínas e para,
através de obras de fomento, inocular
vitalidade .a um país que as lutas civis
haviam lançado numa inércia mortal.

O que se tem feito, conhecé-o tôda
a gente. Basta, porém, citar a restau-
ração des edifícios e monumentos na-
cionais, a reparação e- construção de
estradas, o apetrechamento dos por»
tos, a construção de edifícios escolares,

pontes, fontes e lavadouros, a fundação |

de 700 linhas regulares-de camionagem,
a intensificação e desenvolvimento das
comunicações telegráficas e telefónicas,

a construção de novas estações telé- |
grafo-postais, a construção de hospi- |

tais e casas do povo, 0 repovoamento
florestal e tantos outros mais melhora-
mentos que a exiguídade de espaço
não nos permite citar.
Tudo o que há feito é mais que sufi-
ciente para glorificar -o Govêrno de
Salazar, engrandecer uma época e:
pôr em evidência a notabilíssima acção
do sr. engenheiro Duarte Pacheco, a.
quem, numa hora excepcionalmente fe-
liz para a Nação, fai confiada a pasta
das Obras Públicas e Comunicações,

o

Na; homenagem das Câmaras Muni»
cipais de tado o Continente ao sr. en-
genheiro Duarte Pacheco, o município
da Sertã fez=se representar pelo:sr. dr.
José Nunes da Silva, Director do Ar-
quivo Geral do Registo Criminal e Po-
cial, Os progressos da Companhia de Viação de Sernache, Ld, com
sede em Sernache de Bomjardim |A nova viatura, última palavra em luxo, contôrto e comodidade, marca «Autocar», de 120 H P, que vai
entrar, dentro em breve. ao serviço daquela Companhia. Acêrca dêste carro, carrossado nas oficinas da
Companhia, em Sernache, fizemos desenvolvida referência no n.º 245, de 22 de Maio. Destina-se’a exu.
cursões e a tôdas as carreiras, incluindo a de Castelo Branco a Coimbra. O verde do interior produz
uma óptima impressão, casando-se, às mil maravilhas, com o vermelho vivo do exterior,la- obra do Estado Novo, operada em ||
todos os sectores da vida pública, e| suas onde existiam matos, algumas de que, desta vez, é muito pobre e não chega, sequer, par

 

“* ENOORPORAÇÃO | |
De 2 a 5 de Julho próximo devem

| ser eticorporados na 1,2 Companhia do

Trem-Hipomóvel, com sede na Figueira
da Foz, os seguintes mancebos Jos
Lopes, filho de António Lopes e Matil-
de de Jesus, dos Faleiros, freguesia do
Cabeçudo; -Alberto Ferreira Lopes, fi-
lho de António Ferreira Lopes e Olinda
da Conceição, do Alto Ventoso, fre-
guesia do Nesperal; Alberto Leitão dos
Santos, filho de José Leitão dos Santos
e de Maria de Jesus, dos Calvos, fre-
guesia da Sertã; e António Lopes, filho
de José Lopes e Ana Maria, natural “da
freguesia da Sertã e comi último domi-
cílio em Lisboa. . j Du
Os interessados podem, desde já, So-
licitar na Secretaria da Câmara as suas
guias de apresentação e requisições de
transporte em caminho de ferro.

+

Da 3.2 Região Militar, com sede em
Tomar, foi solicitada à Câmara Munia
cipal do nosso concelho uma relação
dos sargentos, cabos e soldados refor-=
mados do Exército, residentes neste
concelho, a quem foram concedidas au-
torizações para acumulação de cargos
públicos óu-particulares. dito

As pessoas nestas condições devem

prestar, com urgência, todos os escla-

recimentos na Secretaria da Câmara.

PLANTIO DE VINHA

A propósito de umã transgressão

Dizem-nos que alguns lavradores das
freguesias do Cabeçudo, – Castelo e
Nesperal, sem qualquer intuito de des-
respeitar a Lei, mas somente por igno-.
rância, plantaram, em propriedades

zenas de bacelos sem licença, Lem!
ram-se de o fazer para aproveit
enorme quantidade de rama do:
ros destruídos. pelo ciclone

Fevereiro.

Conhecedora do facto, uma. da –

da 9.º Região. Agricola (supomos: ue
se trata desta entidade), com sede êm

“Santarém, .intimou esses lavradores a

arrancar Os bacelos, ..

Se é. verdade que a ignotângia da
Lei a ninguém aproveita, paedenos

mente, a falta pódia ser relev
só pelas causas que determi
plantio, mas também porque €

força DAtiG dO aid Ae
parca a produção; qualquer |
tura está, de antemão, cond
absoluto fracasso, o
Fazendo os requerimentos no)
mos devidos, aos agricultores t:
fósse permitido regularizar.
ilegal em que se encontram, isto
tiam agora aquilo que lhes cumpri;
Zer em devido tempo. da

HO O

Hospital da Sertã

Subscrição aberta pela «Ço- E

missão dos Amigos do Hos-

“Pital da Sertã-, em Lisboa,

para a compra dé material
cirúrgico: .

“* Do nosso patrício sr. Rui do
Vale, residente em Cascais, res
cebemos 5800 para esta subscri=
ção, o que muito agradecemos.

»

Transporte, 4.880800.

– Ex.” * Srs, José da Silva Lo-
pes, 100800; FP. S. L., Alves Dea.
niz, Limitada, 50$00 cada; Albas
no Antunes da Costa, 30800; Ans
tónio Valente, e João O
20800 cada; Rui do Vale, : 5$00;
Carlos Pereira da Silva, D. Er-
melinda Teles de Sousa, Ramiro
Ventura Corrêa e Romeu Luiz.
Cordeiro, 2$50 cada. Soma;
285800. a

‘A transportar, 5 165800.
Vacina contra a Varíola

Começaram no princípio dêste
mês, efectuando-se até final, as.
vacinas contra a varíola, obrigas
tórias para tôdas as crianças nas=

; cidas durante 1940.

Na sede do concelho, em to
dos os dias úteis, das seguintes
freguesias: Cabeçudo, Cumeada,

| Ermida, Figueiredo, Marmeleiro,

Troviscal, Várzea dos Cavalei-:

|ros e Sertã; aos domingos, das
| restantes: Castelo, Nesperal, Pas:

lhais, Sernache do Bomjardim,

NCarvilhal e. Pedrógão Pequeno,