A Comarca da Sertã nº242 01-05-1941
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– FUNDADORES -:
ee ER José Carlos Ehrhardt —-
Dr Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO : e era
E Eduardo Barata da Filva Concia TP. PORTELA FEUÃO
E — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO eee É gd
m| |RUA SERPA PINTO-SERTÃ | E
> 7 e a Re TELEFONE
«< : PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS 112
42INO V’ | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos deSertã | yr TO
ENS Qi E | Mleiros, Ee » penta -a. Nova e Vila de Rei; Ê Menantos de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação) | 1944
Notas .
e espósa : f
— Porque estás sempre
a olhar para o relógio, com
tanta insistência desde que co-
mecei a falar contigo ?
O marido :
— Eº por espírito desporti-
vo; a ver quem pára primeiro,
se tu, se o relógio…
GD
DETERMINOU 0 id de
“Portugal que fóssemcon-
sideradas como retiradas da
circulação as notas sôbre as
quais, por qualguer forma
gráfica ou outra, tenham sido
feitos desenhos, traços, núme-
ros e letras, etc., etc.
Por esse motivo, diz, OS por-
tadores de tais notas são obri-
gados u apresentá-las para
troca no Banco de Portugal
ou nas suas delegações, não
recebê-las em pagamento de
alguer espécie.
— Achamos muito acertado
gue se retirem da circalação
as, notas viciadas. O que não
compreendemos é que, nas ses
des de concelho, onde não há
delegações do Banco, como su-
cede com o da Sertã, as tesou-
rarias da Fazenda Pública não
as possam trocar ! Dantes não
sucedia assim em casos seme
lhantes: sempre as tesoura-
rias davam notas novas em
troca de velhas.
Há por aí repartições onde
se chega ao eragêro de fázer
questão em aceitar notas:com
o simples corte motivado pe-
las dobras! Há estabelecimen
tos que aceitam notas velhas
desde que o interessado na
troca compre alguma corsa!
O assunto devia ter uma so-
lução prática, evitando preju-
dicar ou cansar embaraços ao
público que está farto de sa-
der que as notas foram feitas
para circular e não para pôr
numa redoma !
te) pag
CONTINUA 0 tempo muito
irregular, em manifesto
prejuízo dos trabalhos agri-
colus, das sementeiras, que já
deviam estar feitas e se vão
adiando de semana para se-
mana.
A dias, poucos, de sol, su-
cedem-se outros de chuva e
frios O tempo parece ter des-
norteado como os homens. À
Primavera, até agora, não tem
sido mais do que a continna-
ção do enfadonho e triste In-
verno.
Co toe
ALEM de ser deficiente a ila-
minação pública na Ser»
tã, nota-se, por vezes, que als
gumas lâmpadas permanecem
apagadas noites e noites con-
secutivas, o que dificalta o
trânsito,
Chamamos a atenção da Cá.
mara para o assunto,
endo as tesourarias da Fa-|
a Pública trocá-ias on|
POR Dúntt
SALAZAR!
Nesta hora de amaríssimas Tg por que está passando o Mundo,
em que o sangue de tantos heróis e de tantos mártires é vertido em holo-
causto à Civilização Cristã e bem da Humanidade, em que a guerra, como
tormenta devastadora, parece subverter todos os valores morais, Portugal,
pioneiro das mais sublimes Causas, pela voz vibrante é altíssona de todos os
seus filhos, . como se fôsse: uma só voz; maniiesta a Salazar a sua imperecível
gratidão pela obra grandiosa e magnífica de reconstrução nacional e reitera-
lhe tôda a confiança Basa: que prossiga velando pela independência e grande-
za da Pátria.-
A manHostação de segunda-feira, em Lisboa, em que foi calorosamen-
te aclamado, associaram-se todos os Portugueses do Império.
‘ Portugal inteiro, consciente dos seus destinos, gritou a plenos pulmões:
— Obrigado, Salazar!
k neta da Sertã asseio lcãê, diindid :
camente, às manifestações prestadas, na 2.º feira,
a S. Exº o Senhor Presidente do Conselho.
“De manhã foi dada alvorada pela Filarmó-.
nica União Sertaginense e lançados muitos mor-
teiros; às 8 horas içou-se a bandeira nacional
no edificio dos Paços do Concelho e no quartel
da Guarda Nacional Republicana.
A’s 9,30 rezou-se uma missa na Igreja Max
triz pela Paz do Mundo é para que Deus preser=
ve Portugal da guerra; o Rev.º Vigário. José Ra-|
miro Gaspar proferiu palavras repassadas de pa-
triotismo e de confiança nos destinos de Portu-
gal Imortal sob a égide do grande Chefe Salazar.
A’s 17 horas compareceu muita gente no
salão nobre dos Paços do Concelho para ouvir,
através de um receptor ali instalado, as manifes-
tações ao Senhor Presidente do Conselho, na
Praça do Comércio, em Lisboa e o discurso do
eminente estadista, ansiosamente aguardado.
Antes de começar a transmissão, o ilustre
Presidente da Câmara, sr. dr Carlos Martins,
num belo discurso, explicou o significado das
manifestações prestadas em todo o País ao Se-
nhor Doutor Ol veira Salazar, a quem Portugal
deve a restauração financeira e a prosperidade
que atingiu no curto período do seu govêrno,
– sendo agora, mais do que nunca, necessário,
| nesta hora de incertezas para o Mundo, que to-
dos os Portugueses se unam à volta do grande
estadista e lhe deem o apoio indispensável para
que a nossa Pátria continue gozando os benefi-
cios da Paz e viva, eternamente, tivre e honrada.
O discurso do sr. Presidente foi muito
aplaudido.
Deram-se vivas a-Portugal e a Salazar, cor-
respondidos com entusiasmo indescriptível.
No átrio do edifício a Filarmónica tocou a
«Portuguesa».
“O discurso do Senhor Presidente do Con-
selho foi escutado com o mais profundo respeito.
No final, deram-se novos e vibrantes vivas a
Sa EA
Tanto à missa como à sessão assistiram,
além de muito povo, bastantes senhoras, os ma-
gistrados da Comarca, funcionários públicos,
Legião Portuguesa, Guarda Nacional Republi-
cana, Bombeiros Voluntários e crianças das
escolas com os seus professores.
RS ARES die analtabotlamo
Algumas considerações oportunas sôbre. o ássunto—Na vila de
Pedrógão Pequeno há só 17,2º/, de analfabetos, no sexo masculino
M 5 de Outubro de 1911, primeiro
“aniversário da República Portu
“guesa, organizaram-se grandes
festejos numa aldeia recôndita
da Beira Baixa — Fratel -— ondetinha fei-
to há pouco o meu exame de 1.º grau.
No largo principal daquela aldeia,
tronteiro à escola, construiu-se um grande
tablado onde seriam recebidas as pes, E
| se esqueçam de que estão na pujança da
“vida, e que a Pátria reclama com urgên-
“Cia 08 VOSSOS serviços.
de representação.
Compareceram as crianças das esco
las. 9) povo apinhava-se no vasto largo,
Não faltaram os foguetes e a música,
Seguiram-se os discursos, uns após
outros, atacando o velho regimen de mui-
tas deficiências, de muitos males, sendo o
principal — o analfabetismo.
Temos setenta por cento de analfas
betos em Portugal»! — dizia um ministro
da República, nessa data,
A República criou muitas escolas.
Os anos passaram velozmente. Estamos |/i
em vésperas no dia de S. Pedro de 1920
Vamos ouvir a última lição de Portu-
guês do Professor e Director da Escola
Normal de Castelo Branco — Francisco
Xavier Pereira — que terminou mais ou
menos com estas palavras:
«Dentro em breve saição desta Esco-
la com os seus” diplomas de professor, Não
“O cancro do analfetismo marca ainda
“uma percentagem de setenta por cento no
nosso país.
Espero que muito brevemente aquêle
número diminua».
*
& *
Viemos para o magistério primário
meses depois, Decorrem anos. Surge a
data gloriosa de 28 de Maio.
pa na 4º página)
..«. a lápis
NA cidade da Horta deu-se,
no dia 22 do mês findo,
uma violenta explosão de pól-
vora e de algumas munições
arrecadadas no quartel de ar-
tilharia, o que causou elevas
dos prejuízos e a morte de 12
praças e 1 civil, tendo ainda
ficado feridos um oficial e 8
praças, 5 dos quais grâáve-
mente:
O facto causou grande pe
sar em todo o arquipélago
dos Açôres e, de uma maneira
geral, em todo o Império, que
lamenta a morte trágica de
seus filhos, vítimas do dever.
pega pg
TENDO cesssado a resistêns
“cia de quási todo o exér=.
cito grego que defendia, juna
tamente com tropas imperiais
britânicas, o seu país do atas
gue germânico, a luta nos
Balcãs iperdeu todo o interês=
se, demais sabendo-se que os
ingleses já ali não podem evi-
tar o avanço inimigo, estando,
provavelmente, apenas, a dar
tempo para se passarem a ot
tra zona onde a sua acção se-
ja útil, transferindo se com o
mínimo de perdas,
Da campanha dos Baicâs
há a ressaltar a bravura indos
mável dos gregos, só compas
rável à dos finlandeses na sua
luta contra os russos. E des
pois de tanto heroísmo, de sa-
crifícios indescriptíveis, dores
amaríssimas e chagas profuna
das, que o tempo dificilmente
cicatrizará, nem ao menos res-
ta à admirável nação helênica
a consoladora esperança de
ver salvaguardar a sua inde-
pendência, único bálsamo para
tanta desgraça.
Não puderam os heróicos
gregos furtar-se aos horrores
da guerra e à Fatalidade ine-
xorável que cai sóbre os pos
vos vencidos, mas, por isso ‘
mesmo, é maior a admiração
do Mundo por êles.
A fama das suas façanhas |
ica a cercá-los de ama anréo-
la, tam brilhante que o tempo
tornará cada vez mais bela e |
mais viva, fonte de inspiração .
e nobilíssimo exemplo de ci
vísmo para os povos que pres
zam, além de tado, as suas li«
berdades e a sua civilização,
Perante a crueldade do Dess
tino, ainda resta à peguenas
grande nação a energia precis
sa para suportar novos sofris
mentos. À Grécia não morreu
nem morre. Povos assim vives
rão sempre porque são glória
da Humanidade, escola onde
se aprendem as mais sãs vira
tudes, em que o amor idolas
trado pela Pátria converte o
homem num santo ou nam he-
rói quási lendário.
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Brancote número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
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A Comarca da Sertã
Coreia entro Sent – Figueiró dos Vinhos = (ombro
Companhia de Viação de Sernache, Ld,*: comúnica ao
público que as carreiras entre Sertã —
‘ Figueiró — Coimbra, têm os seguintes horários:
Ás Bos 4º e 6.º
Oheg. Part,
Coimbra: e… 11-50
– Pigueiró dos Vh.s 14.00 14-25
Sernache Bom.im 15.03 15-10: Sertã
Setib.cec. ss 1020
Segue a €&. Branco
4’s 3.”, 5.º o sáhados
Vem de GC. Branco
Oheg, Partd.
ce!coso tese 43.00
Sernache Bom.“ 13-20 13-33
Figueiró dos Vh.’ 14-15 14.25
Coimbra Sosotato 16-35
NS lerças oiras o dias 23 de cada mês
salvo se o dia 25 fôr domingo, pois neste caso
efectua-se ao sábado
Cheg. Partd.
Setlã is… cc 5-15
Sernache Bom. im 5.35 5-38
Figueiró dos Vh.* 6-20 625
Coimbra ….. o 845
= À Oheg. Partd.
Coimbra ….c… 16-00
Figueiró dos Vh.ºs 18-25 18-30
Sernache Bom.“im 1912 1915
Setld sos is 19-35 :
A margem da quemma
O primeiro abrigo em
Nova Yorle
Um tunel, cavado em grande profun-
didade em rochas que ora suportam os
arranha-céus de Mahattan constituirá O
primeiro abrigo contra bombas na ci
dade de New York. :
O seu principal destino é albergar a
colecção de obras de arte «Frick» cujo
valor está avaliado entre 50 a 100 mi-
lhões de dólares. O abrigo em si cus-
tará 500 mil dólares, e suportará, sem
risco; uma queda directa de uma bom-
ba de 500 quilos. Este abrigo à prova
de bombas e de fogo, que deve estar
pronto em Julho dêste ano será forra-
do de estantes de aço destinadas a re-
ceber os 145 quadros que constituem
outras tantas obras de arte daquela co-
lecção e cofres e armários para recom
lherem os esmaltes, porcelanas e escul-
turas que também fazem parte da mes»
ma colecção maravilhosa, Haverá uma
câmara à profundidade 30,00 aboba-
dada constituida de cimento armado e
aço e por cima levará 1m,80 de argila
e areia, o melhor pára-choque conhe-
cido-contra bombardeios.
+
Ganhões em cavernas
Ely Jacques Kahn é o arquiteto
Newyorquino que submeteu a idéia, em
estudos, de aproveitamento de pedrei-
ras abandonadas, de que há milhares
nos Estados Unidos, para arrecadação
de armamento e munições e até de fá=
bricas de tôda a espécie, por serem lo=
cais naturalmente: defendidos. E” fácil,
segundo diz o mesmo arquitecto, con-
dicionar o ar e a luz nestés locais é tor-
ná-los permanentemente habitáveis.
4
,
Gursos para defesa antivaérea
O Conselho da Defesa Nacional dos
Estados Unidos da América no propó-
sito de indicar aos engenheiros civis
americanos a forma de construir casas
que resistam aos raids aéreos, editou
uma série de folhetos intitulados «Cons»
trução Protectiva»,
Outros folhetos sôbre «luzes apaga-
das», «protecção contra fogo», etc, es-:
tão no. prelo. Mais ou menos similares
aos panfletos aparecidos em Inglaterra
antes da guerra, êstes folhetos esgota-
rão técnicamente o assunto por com-
pleto. :
Até à Primavera passada os Estados |
Unidos não tinham tomado providên-
cias sôbre o assunto, mas agora o Mi-
nistério da Guerra entende que as pre-
cauções contra raids aéreos são um as-
sunto que diz principalmente respeito
aos civis ainda que precisando do con-
selho e ajuda dos elementos militares.
Abrigos, tudo quanto diz respeito a
águas e sua distribuição, esgotos e re-.
moção de lixo, protecção das fábricas
de gás e electricidade e distribuição
dêstes elementos, tudo está em estudo
por uma Comissão Nacional de Protec-
ção Técnica e Civil, pelo Ministério da
Guerra e pela Sociedade Americana de
Engenheiros Civis.
Vários institutos estão-se ocupando
também do mesmo assunto é a Univer-=
sidade de Engenharia abriu cursos es-
peciais para ensinamento do modo de
construir futuras estruturas e modifica-
ção das actuais.
(Britanova Features Service)
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E Merczaras Camas e Colehoaria iauts | E
5 : E
Perfumarias Cobertores de lá e algodão Modas s
: S s =
Papelaria | -— “0 Malhas =
ando E SS “a &
ES >. 3 E
= Q|lE |jaxm ieradiari e
EE) louça esmaltada = |lop Riscadaria E:
ES |—. Cisjxm E
e | lotado Suavim | Me] SS |S Enfestados &
EE) eis Neg 5 SAçA) Mmsolis | E
ce E Ê
idros Se a Atoalhados &
| | i e
E Tabacos Colchas h mu e gorgorão Retrosaria Ê
s é é co
EE Ferragens Lenços de lã e algodão uarda- sóis Ê
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|s fis AZÉEICES
desane
= no da região de
SERTÃ E SERNACHE DO
BOMJARDIM
são vendidos no máximo da pureza,
por serem salecoionados escrupu-
fosamento da produção própria
As boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa |
LIBANIO VAZ SERRA
Comando da de Região Militar
EDITAL
Os sargentos e praças refor-
mados residentes em Tomar e na
área do Comando da 3.º Região
Militar, devem, até 15 do próxi-
mo mês de Maio, rectificar as
suas moradas, fazendo-o os de
Tomar na Formação do Coman-
do dêste Quartel General, e os
restantes nos Comandos Milita-
res onde se encontrem apresen-
tados e ainda por intermédio das
autoridades administrativas nas
localidades onde não haja auto-
tidade militar.
De future, sempre que algum
militar reformado pretenda mu-
dança de residência, deverá re-
querer a Sua Ex.* o General Co
mandante desta Região a necese
sária autorização.
Obtida essa autorização, será
pelo Comando da Formação dês-
te Quartel General comunicado
à Caixa Geral de Aposentações
a transferência, para efeito de
pagamento das suas pensões de
reforma, a
A falta de cumprimento desta
determinação constitui infracção
do n.º 4.º do artº 4.º en.º 3º
do art.” 5.º do Regulamento de
Disciplina Militar, com referên-
cia ao art.” 175.º do Código de
Justiça Militar.
| Quartel General em Tomar,
22 de Abril de 1941,
-O Chefe do Estado Maior —
Alberto X. de França Dória—
Coronel.
Uma propriedade entre Serna-
che do Bomjardim e o rio Zêze-
re, a 2 quilómetros da estrada
nacional, tendo, até à porta, es-
-trada para auto.
Compõe-se de um prédio, cons»
truído a pedra e cantaria; o pri-
meiro andar tem 15 divisões e as
águas-furtadas, 12 divisões, que
servem também para habitação,
O rés-do-chão tem muitas e am-
plas dependências para garage,
cocheiras, adega, armazens de
azeite, celeiros, etc.
Possue, anexa, casa para cria-
dos, fornos, currais para gado,
capoeiras, etc.
Tem uma pequena quinta com
diversas árvores de fruto e ter-
renos agricultados, oliveiras, vi-
deiras e uma testada de mato e
pinheiros.
Possue água em abundância
para regar tudo por seu pé.
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Rua do Comércio, 42- 1.º- Te-
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Sertão .» .. 15-30 15 30| Sernache do Bomjar-
Proença-a-Nova -., 16-25 16 35] dim .
Sobreira Formosa . 16-55 17-05 | Figueiró dos Vinhos 14015 14-25
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movida pelo Ministério Pú-
blice: . :
ANUNCIO
Faz-se saber que por ôss
te meio é citado o executa
do José dos Santos, soltei-
ro, de 26 anos, trabalhador,
Sântónio da Bilva Bourengo
« 13-20 13.33 –
DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tôdas as localidades servi-
Rapidez]
natural da freguesia de Ser-
nache do Bun;jardim, filho
de António dos Santos e de
Gertrudes de Jesus, ausen-
te em parte incerta, para 08
tormos da execução por mul-
Sertã, 21 de Abril de 1941,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int”, |
ármando António da Silva
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A Comarca da Sertã ”
ETNOGRAFIA DA BEIRA
por Dr. Jaime Lopes Dias
VIDA AGRÍCOLA
APONTAMENTOS REFERENTES Á COMARCA DA SERTÃ
Riqueza pecuária
A maio: parte dos terrenos que
compõem os concelhos de Olei
ros e Seitã é ocupada por mato,
predominando: da Sertã para ci-
ma a foiga (urze ou moita) O sar-
gaço, O tejo e a carqueja, em
Santana a esteva e o tojo; e em
Sernache do Bomjardim o tojo.
Em. razão da grande exten-ão
de incultos e da área ocupada
por pinheiros, o gado caprino,
“predomina na região.
Ao contrário do que acontece
na raia da Beira Baixa, O gado,
em razão da inclemência do in-
verno, farto de grandes geadas e
de frio intenso, recolhe todos os
dias aos currais.
Às terras em cultura não tem
pouzio; são semeados todosãos
anos. – o
Daí a existência de poucas ove-
lhas.
O gado vacum é constituido
exclusivamente por bois, e os
transportes são geralmente feitos
em mugres e burros.
O períddo da engorda do ga,
do, especialmente do gado va
cum, ao contrario do que sucede
na zona fronteiriça da Beira Bai-
xa vai de Outubro a Maio.
Os muitos lameiros existentes
dão,a partir de Outubro, quat’o
e mais cortes de erva que, mistu
“rada com palha, constitue farto
a apetitoso sustento dos animais.
: Criados: ganhões e pastores
Não há, nos concelhos de Olei-
ros e Sertã, grandes casas agrí
colas e, por isso, geralmente, os
livradores exploram a terra die
rectamente por si e pessoas de
suas famílias.
Raro contratam criados: ga-
– nhões ou pastores, e os poucos
que ajustam é a de comer (forne-
cimento diário de alimentação) e
ao: ano. Além da soldada, iga-
nhões e pastores, recebem propi-
nas “especiais constituidas por
vestuário e calçado, e os pastos
res também percentagem nos chi..
bos nascidos.
Exportações. Mercados e
feiras
.
Da comarca da Sertã exporta-
se: car;ão, madeiras, produtos
resinosos azeite e alguma cortiça,
A castanha, que constituía, não
há aindi muito tempo, a maior
riqueza [cal era o principal pros
duto de exportação e elemento
valioso da alimentação de pes-
soas e de animais (é fama que a
carne dos porcos engordados com
castanhas era especialmente sa-
borosa) é hoje rara. :
Tanto em Oleiros como na
Sertã, há várias feiras e merca-
dos.
O povo diz: até às quatro (da
tarde) saem os sérios, e depois
das quatro tanto bebem êles co-
mo elas». e
Principais culturas
As principais culturas da Co-
marca da Sertã são: o milho, o
azeite, o vinho, o trigo, o cen-
“tejo e a batata.
À colheita do mel é ainda va-
liosa.
Há lavradores que colhem 50
e mais almudes de 10 lit.os.
E’ ópiimo o do Estreito e o de
Santana onde predomina o ros-
maninho, e menos fino o de Olei-
— tos e Roqueiro onde abunda a
torga (urze).
A oliveira é cultivada com cers
to cuidado, e todos os anos, as
que vegetam em terrenos não
agricultados são cavadas depois
de limpo o mato.
E’ raro o casal que não tem a
sua casa e a sua horta.
Parcerias
As parçerias como o arrenda-
mentos, cão raros na comarca da
Sertã.
À poucas que se realizam obe
decem à; seguintes regras:
Meias de bois
Comprados, de preferência, com
poucas carnes, um dos meeiros
sustenta 03 € aproveita-lhes o tra-
balho p»r certo tempo, 8 ou 15
dias, findo o qual passam, para
o mesmo fim, à posse do outro
meeiro.
” Em regra, terminada a semen-
teira e a engorda, os bois são» ven-
didos e o produto da venda di-
vídido em partes iguais pelos
meeircs.
Parcerias de cabras e de
ovelhas
Um dos parceiros dá o dinhei-
ro para a compra do gado, e o
outro sustenta-cs O primeiro re-
cebe, em cada ano metade da
criação e da lã e o segundo o
leite e o estrume, À partilha da
criação e da lã é feita em partes
iguais pelos dois meeiros, pelo
São João.
Quando resolvem vender os
animais, os lucros, se os há, são
divididos em partes iguais.
Trabalhos do campo. A co-
lheita da azeitona
Como no comum das localida-
des da Beira Baixa, a azeitona,
é, na Comarca da Sertã, colhida
para mantas, toldos ou panais
estendidos no chão, pelos homens
que sobem por altas escadas, de
18 e mais banzos até aos ultimos
crutos das oliveiras,
| Cada rancho traz consigo um
ou mais maguieiros rapazes ou
raparigas, encarregados de trans-
portarem, em cestos ou maquias
a azeitona que vai sendo colhida
ou apanhada, para o carro que a
transporta à povoação ou ao la-
gar.
Depois de colhida, a azeitona
é limpa, umas vezes no próp io
olival, aguando-a de uma para
outra manta, e outras escolhen
do-a ou separando-a à noite, ao
serão, à luz da candeia, ou de
candeei os, na casa para onde
durante o dia foi transportada.
No Rio (termo do antigo con-
celho de Alvaro, Sobial, Madei=
rã, Amieira e Cambas) a azeito
na é arripinhada directamente
para os cestos pendurados por
correias ou baraças, do pescoço
dos colhedores por a inclinação
do terreno não permitir que os
frutos se segurem nas mantas.
Os ramos mais altos ou mais
afastados, onde o braço dos hos
mens não pode chegar, são puxa
dos por ganchos de madeira ou
de ferro que acompanham os
azeitoneiros.
“Chama-se a êste sistema de co=
lheita apanhar para a borracha,
Tem particular interesse na Ma-
deirã a constituição dos ranchos.
Antes da maturação da azeito-
na, geralmente no dia de todos
os Santos, os proprietários pre.
param um magusto e convidam
para êle os | abalhadores — ho
mens e mulheres -— mais do seu
agrado,
Uns comparecem e outros fal-
tam.
Os que comparecem conside-
ram se obrigados a fazer parte
do rancho do proprietário que os
convidou.
Se posteriormente outrem os
chama para o seu magusto ou
para o seu trabalho, a resposta é
Sempre, invariavelmente, a mes-
ma:
«Fui ao magusto a casa do sr.
F., não posso mudar».
A colheita da azeitona e traba.
lhos do lagar chama-se safra que
só se considera terminada -quan-
Nolasa lápis
(Continuação)
CONTINUA a vender-se a
sardinha por um preço
exagerado, como, de resto to-
do o peire, notando-se, tam-
de primeira necessidade subi-
ram para nunca mais descer.
A abundância de pescado
nas nossas costas não justift-
ca, muito antes pelo contre
rio, o preço incomportável que
atingiu e principalmente a sars
dinha, um dos elementos pre
dilectos e imprescindíveis das
classes pobres.
CHrOO-
pronto-socôrro encomenda-
do pela nossa Corpora-
ção de Bombeiros à firma A.
Paredes Granja, Suc., Ld:,
de Vila Nova de Gaia, deve
chegar à Sertã nos fins do
corrente mês de Maio,
A Associação alagou, para
servir de quartel provisório,
uma divisão da casa dos srs.
José e Manoel Ferreira, à Pras
ça da República,
Gota Bea
DOENTES
Continua doente, de cama, a
sr” D. Maria José Corrêa e Sil-
va, desta Vila.
— Tem estado incomodado de
saúde o nosso amigo sr, Antó-
nio David e Silva, do Outro
Monte, Pedrógão Pequeno.
Desejamos as prontas melho-
ras de ambos,
ad a
BENEFICÊNCIA
Com destino à Sopa dos Po-
bres entregou-nos 20800 o sr.
José dos Santos Dias, do Olival
(Sertã), o que muito agradecemos.
Transporte de bagagens
Nas carreiras mixtas em servi-
ço combinado com o caminho de
ferro, é autorizado o transpórte
gratuíto de bagagens pertencen-
tes aos passageiros, até ao limi-
te de 30 kg. por passageiro, pa-
gando-se o excedente pela tarifa
aprovada para o transporte de
mercadorias.
a
TES SS
do todo o azeite está recolhido
nos potes ou talhas.
Durante a azeitona cantam os
ranchos, entre outras, as seguin-
tes quadras, que directamente res
colhi:
Apanhai, apanhadeiras,
Varejai, varejadores,
Que o dinheiro do nosso amo
Não se ganha a pisar flores
(Sernache) –
Azeitona miiidinha,
Já morreu quem te apanhava;
Ágora por at te perdes
Por esse chão espalhada.
(Madeirã)
Apanhamos a azeitona
Que tem o azeite dentro
Que alumia toda a noite
O Santíssimo Sacramento,
(Madeirã)
Oliveira pequenina
Que azeitona pode dar,
Dará uma, dará duas
Que é o muito carregar.
(Madeirã)
Acabemos, acabemos
Nanja de morte agora (FAZER CERA agora)
Acabemos a azeitona
P’ra nos irmos embora,
(Madeirã)
A azeitona já é preta
Vai-se a moer ao lagar,
Menina, por ser morena,
Na terra se há-de gastar.
(Madeirã)
(continua)
bém, que muitos outros artigos
Hospital da Sertã
Subscrição aberta pela «Cos
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã , em Lisboa,
para a compra de matcrial
cirúrgico :
Pelo nosso bom amigo Rev.º
Alfredo Corrêa Lima, digno pá-
roco de S. Facundo (Abrantes),
foi-nos entregue, para esta subs-
crição, a importância de Esc.
250800, que muito agradecemos
em nome da ilustre Comissão.
Transporte, 2.716800.
Rev.º Alfredo Corrêa Lima,
250$00; Ex.m’s Srs. Cândido
Blanco, Henrique da Silva Fer-
reira, dr. Hermano de Sande
Marinha, Manoel Luiz Rosa e
Manoel Ramos, 100800 cada;
«Rei das Meias», 500800. Soma,
1.250308..
À transportar, 3.9668$00.
ep
Sopa dos Pobres
Movimento de Janeiro
Receita: Cota mensal de anó-
nimo, 100$00; cotas diversas,
199850; cota de D. Guilhermina
L. de Portugal Durão, 30800;
donativos de anónimos, 12830;
do Rev.’ António Pedro Rama-
lhosa, no dia dos seus anos,
100800; do sr. General Couceiro
de Albuquerque, 25$00. Soma,
466880.
Géneros: um quilograma de
pão.
Despesa: Sopa diária a 45
indigentes (média), 578$40.
Movimento de Fevereiro
Receita: Cota mensal de anó-
nimo, 100800; cotas diversas,
179800; cota de D. Guilhermina
L. de Portugal Durão, 30$00; |
da Câmara Municipal (Janeiro e
Fevereiro), 200800. Soma, 5098;
Géneros : de anónimos: chou
riços e temperos, para melhoria
da sopa nos dias de Carnaval.
Foi também distribuído um pão
a cada um naquêles dias,
o
A Direcção agradece muito re-
conhecida, a todos os benfeito-
res, em nome dos pobresinhos,
permitindo-se lembrar a todos
que podem minorar a desdita
alheia, que, se a miséria parece
ir aumentando, não é justo que
diminua a Caridade.
HO IO
Correspondências de
Vila de Rei
Publicamos hoje uma corres
pondência directa de Vila de Rei
para o nosso semanário, o que
muito nos apraz registar, não só
porque ela marca o início da in-
tensa propaganda das belezas
naturais e exposição das neces-
sidades materiais da sede e de
“Itodo o concelho visinho e amigo.
mas também porque consegui-
mos encontrar alguém que to-
masse sôbre si a tarefa, na verda-
deira compreensão de um dever
de bairrista e patriota, de ser o
porta-voz de tudo quanto diz
respeito à sua terra.
«A Comarca da Sertã» rego-
sija-sse com o facto. Parece, as-
sim, integrar-se melhor no seu
papel de defensora das terras da
Comarca, de que Vila de Rei é
uma parcela importante.
As correspondências de Vila
de Rei, apresentadas com notás
vel clareza e sob o influxo do
verdadeiro espírito regionalista,
hão de merecer a atenção de to-
dos quantos se preocupam com
os problemas ligados à prospe-
ridade dos povos daquêle con-=
concelho.
E” isto precisamente, o que
importa,
Mravés da Comarça
(Noticiário dos nossos Correspondentes)
VILA DE REI, 21 — Na imprensa re-
gional a missão de cotrespondente não
deve limitar-se só a dat notícias ba-
nais, mas também a alvitrar, apontan-
“do factos julgados necessários à vita-
lidade da sua região, comentando e fam
zendo eco dos comentários, quando
êstes estejam dentro das normas da
lógica e do bom senso.
— Vila de Rei, pequeno centro, po-=
deria ter progredido muito, dadas que
lhe fôssem as precisas condições de
vida, mas assim a continuar em poucas
décadas a sua decadência será um fa-
cto, o que muito importa, porque sen-
do molécula desta Nação tem direito à
vida, sendo do progresso desta terra
e doutras que depende a vida econó-
mica da mesma Nação.
— O grande Chefe disse «Todos pot
um e um por todos».
Aqui substitue-se êste dito por aque-
le ditado, «Cada um para si e Deus
para todos» do que resulta a párese
desta terra.
— São as vias de comunicação o
factor principal para o levantamento
económico dêste concelho, mas a sede
do mesmo que é a cabeça e o seu cen-
tro, pouco ou nada tem sido beneficias –
da, o que lhe deve trazer no futuro
talvez alguns dissabores.
— As forças vivas da terra não tem
reagido e actuado representativamen-
te, não o tem feito e não o fazendo so-
frer-lhe-ão as conseqgiiências, porque as
causas que podem originar estas, são
múltiplas e diversas.
—AÀ vida dêste concelho é o pinheiro
em regimen de talhadio e extracção de .
gêma, mas se êste não rende ou é pa-
go por tuta e meia pelo negociante que
tem dificuldade na condução do pro-
duto, a lavoura enfraquece, o comér-
cio fenece produzindo-se a depauperam
ção e a crise,
— São pois pontos de capital impor-=
tância para êste concelho, o seguimen-
to das estradas em direcção ao Zêze-
re, a ligação directa com Sertã e de-
pois o alargamento da que nos liga a
Alferrarede.
Necessário é que os dirigentes do
concelho, concentrem nestes objectivos
tôda a sua atenção, tôda a sua boa
vontade, porque deles depende o seu
ressurgimento e engrandecimento.
A êstes assuntos nos referiremos
pormenorizadamente.
—Com a saída do Rev.º Manoel Ma-
rujo, paroqueia esta freguesia o Rev.º
Sebastião Esteves Calvário, que pela
sua forma de actuar tem já extensas
simpatias.
Oxalá que assim por aqui se conser=
vé muitos anos,
— Realizaram-se aqui éste ano as
solenidades da Semana Santa e Resm
surreição, cujas procissões foram abrir
ao pela filarmónica de Vila de
ei. Ê
Não sabemos porquê, estas solenida-
des deixaram de ter a imponência de
outrora, daquêles tempos em que prêu
gáva nelas o Rev.º Isidro Farinha, pá-
Ro de Sant’Ana e ainda hoje lembra=
0.
— Habilmente operado pelo profes-
sor Dr. Francisco Gentil, regressou da
casa de saúde de Bemfica, encontran=
do-se melhor, o abastádo proprietário
sr. Abílio Dias.
Desejamos-lhe o seu pronto restabe=
lecimento.
— Dizem-nos que numa variante da
mina para captação de águas para esta”
Vila, na serra da Milriça, têm apareci=
do nascentes que no seu todo dão a ca-
pacidade de 2.700 litros por hora, com
tendencia a aumentar.
Oxalá que a água aqui chegue em
breve, para bem nosso, das calçadas e
da higiene, c
into Gage
DESPEDIDA
Vergílio José Alves e seu filho
Jorge Pires, partindo para Lépol-
dville (Congo Belga), no próxie-
mo dia 24, a bordo do vapor
«Angola», ante o receio de não
se terem despedido de tôdas as
pessoas das suas relações e ami-
zade, como desejavam, fazem-no
por êste meio, oferecendo, nas
quela cidade, os seus limitados
préstimos.
Sertã, 21 de Abril de 1941,
Sr
E’ amigo dedicado da
sua terra ?
Indique=nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são.
O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande pars
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção.
Colecção de 7 postais »- 7400
Era:400
@@@ 1 @@@
— uma prova tanto
E de A iso
à
Um artigo do «Times»
diz que a Inglaterra tem confian-
ça no bom senso de Franco
Londres, 24 — «Durante êstes
últimos dias os alemãis continuam
tentando aproveitar-se dos seus
sucessos militares para levar àvan-
-te uma ofensiva diplomática, con-
“centrando esta acção principal-
mente em Espanha», comenta o
artigo de fundo do «Times» d
hoje: ”
<O profundo desejo de paz por
parte da grande maioria do povo
espanhol, já tão experimentado
pela adversidade, não pode ser
pôsto em dúvida e o general
Franco possui um sentimento das
necessidades e aspirações do seu
país e demonstra-o quando pro-
“cura. por tôdas as formas evitar
que a Espanha se envolva no
conflito. O generalíssimo encon-
tra-se evidentemente exposto às
maiores pressões tanto por parte
da- Alemanha como dos espíritos
mais exaltados no seio dos seus
próprios partidários, ao passo
que as novas deligências alemãs
– em Vichy podem bem fazer par-
te da «campanha de nervos» con-
tra a Península Ibérica.
No entanto, tudo indica que o
«caudíllo» conserva uma calma
perfeita e não se deixa arrastar
para fora do caminho que se fra-
çou a si próprio.
À reconstrução da Espanha, de-
pois da guerra civi!, já foi entra-
vada pelo eclodir de um conflito
muito maior e essa reconstrução
– teria de ser indefinidamente adia-
da, caso novas ruinas viessem a
* cair sôbre aquêle país por êle se
ver envolvido, quer activa quer
passivamente participando no
teatro das operações.
“Na hora actual a diplomacia da
Grã-Bretanha e, também, a dos
Estados Unidos têm um impor-
tante papel a desempenhar, as-
segurando ao general Franco e
ao seu povo a simpatia e o au-
xílio com que podem contar, en-
quanto a Espanha conservar a
sua independencia, recusando a
situação que lhe é oferecida co
mo satélite do «eixo».
Devido á iniciativa da Grã-Bre-
tanha e dos Estados Unidos, gran-
des carregamentos de artigos de
primeira necessidade, de que a
Espanha tanto carecia, principal-
mente trigo e géneros alimenti-
-cios, têm ali chegado ultima-
mente, quer por via directa quer
atravez de Portugal, não se de-
vendo esquecer, por outro lavo,
que a Grã Bretanha continua
sendo, além disso, um dos mais
importantes mercados para certas
mercadorias espanholas.
O recente empréstimo feito à
Espanha pela Ingiaterra constitui
da sua vontade
04 atidade de man-
+ as A
m aquêls país,
vais condições da
guerra, com vantagem evidente
para ambas as partes.
Algumas das críticas — na ver-
dade um tanto intempestivas —
feitas acêrca dêstes acôrdos, p:in-
cipalmente na sessão de terça-
feira passada na Câmara dos
Comuns, foram na sua maior
parte devidas à atitude hostil que
certa imprensa espanhola está
assumindo contra a Grã-Breta-
– nha, que só pode ser atribuida a
um persistente e voluntário mal»
«entendido
– Tudo o que se pode dizer a
Este respeito é que a sua origem
é por tal forma conhecida que
chega a ser contra-producente
para Os seus próprios autores.
E: portanto fora de dúvida que
a política que mais convém à Es-
panha é a de uma atitude de
expectativa, prosseguindo numa
política de independência, sem se
deixar influenciar por interêsses
estranhos, mantendo as relações
amigáveis com a Grã-Bretanha e
os Estados Unidos esconservan-
do aberto o caminho com o he
misfério ocidental, trabalhando
Em conjunto com Portugal para
para 51,9%. a
À Comarca da Sertã
O CANCRO DO: ANALFABETISMO)
(CONTINUAÇÃO DA 1.º PAGINA)
Novos horizontes conhecem a Escola
Portuguesa. no
Realiza-se em 1930 o último congres-
so do professorado primário na cidade de
Coimbra, onde fomos em piedosa roma-
gem como representante do concelho de
Pedrógão Grande. Está
“Como é de prever, atacou-se violen-
tamente o analfabetismo, pois que se.
apresentava ainda com setenta por cento.
de analfabetos! A ne
My
Chega o ano dos: centenários! Os
agentes do ensino devem ser quási o dô-
bro — não mais — dos que existiam. em.
1911, bis SMA qoué
E volta a afirmar-se em. 4 de Novem: |
bro de 1940, em artigo de fundo do «Sé
culo», sob & epigrafe «Uma política da.
população»: — «O analfabetismo é. ainda .
mal endémico que devasta cêrca de seten-
ta por cento da população
” Não, não pode ser,
Devemos, no entanto, dizer aqui, que-
«O Século» de 18 de Novembro informa-
do pelo Instituto Nacional de Estatística
publicava, que a percentagem, segundo o
| recenseamento de 1930, era de 67,8º/, de
analfabetos, mas deduzindo o número de
crianças com menos de sete anos, descia
%
* %
A freguesia de Pedrógão Pequeno
foi dividida em 4 secções para o serviço
de último recenseamento da população.
Nós tomávamos conta da 1.º, mais
pela curiosidade de podermos falar o es-
crever conscientemente com os números
exactos que nos adviriam, do que pela re-.
muneração insignificante,
Apresentcu esta secção um total de
450 almas, cu seja a população da vila.
de Pedrógão Pequeno Daquelas cstavam
440 presentes e 10 ausentes. Nôstes nú-
meros há 62 crianças com menos de 7
anos que já estão prejudicadas pela idade,
por ser impossível ter essa instrução, não
podendo e não devendo ser tomadas Go-
mo analíabetas.
“ Ficamos reduzidos ao numero de 388
“indivíduos de ambos os sexos, dos quais
sabem ler 240, e 140 são analfabetos, dan
do por isso uma percentagem dêates ulti-
mos de 38,1.
Dá acréscimo a esta percentegem o
|-sexo feminino com 58,8º/, sendo o mas-
culino de 17,2º/.
“Sabemos que há muitos lugares ser-
tanejos onde o analfabetismo é maior, mas
em compensação há vilas e cidades onde
“deve ser muito menor do que em Pedró-
gão Pequeno.
Aguardemos os resultados globais do
ultimo recenseamento que devem ser in-
teressantes,
Mas, ainda assim, é de esperar que o
número de analfabetos apareça maior que
de facto é, atendendo à aversão com que
a enorme maioria das pessoas recebem os
impressos de qualquer estatística, negan-
| do se principalmente a assinar, dizendo
que não sabem ler.
“Pois se algumas pessoas que eram do
nosso conhecimento pessoal, ainda tenta-
| vam dizer que as mencionasse como não
sabendo ler, para que não as incomodas-
sem a fazer-lhes perder algum dia, a ir
dar declarações à sede do concelho !
Ora o que se deu aqui, dá se, certa-
mente, em tôda a parte do nosso país,
quando se trata com pessoas de tôdas aa
camadas sociais, mui principalmente com
gente rude e desconfiada, ao ver os tais
impressos estatísticos.
‘ Pedrógão Pequeno – Janeiro – 1941.
JN. BR.
Cachorro A.
Desapareceu na Sertã, onde o
veio para ser vacinado, E” preto:
com cabelo branco em volta do
pescoço trazendo coleira de ca-
bedal e uma chapa de metal, que
diz: «A Chagas-guarda-Lisboa». | |
Dá pelo nome de «Tejo». ,
‘ À quem o tiver em seu poder
ou souber do seu paradeiro, ro-
ga-se o favor de-o comunicar,
com urgência, a Pancrácio de
Brito-Matos do Outeiro-Pam-.
pilhal- Sernache do Bomjar-.
dim. Re
AB a
ATROPELAMENTO |:
Na passada 6.º feira, por cêrca:
das 19 horas, o sr. José Matias,
proprietário, ao dirigir-se da.
Sertã para o Muro, onde reside,
atropelou, com o automóvel que
conduzia. no sítio da Cruz do
Fundão, Artur Dias, do Carvalhal,
freguesia do Troviscal,
mm
O Soberano Inglês à direita de Wilkie: dois povos do mesmo san-
gue e da mesma língua — juntos,
margem da guerra
a sitõdo cute
dade site
Atribue-se o desastre ao mas
nifesto estado de embriaguez da
vítima, que imediatamente foi!
transportada ao hospital local por
ter recebido dois ferimentos na
testa.
afastar a guerra da Peninsula
Ibérica.
Tudo depende inteiramente do
generalíssimo Franco e aqui, em
Inglaterra, existe uma grande
confiança no seu bom senso. Tem
êle tôdas as razões para saber
que a Grã-Bretanha não tem
quaisquer objectivos incompaí-
veis com os interêsses espanhois
e que não existem divergências
fundamentais entre ambos os
países que não possam ser re-
solvidas amigavelmente, agora
ou de futuro», — E, T,
Manoel Alves Branco
Esteve na Sertã, tendo vindo
apresentar-nos os seus cumpri-
mentos, o nosso presado. amigo
‘€ assinante sr. Manoel Alves
; Branco, conceituado comerciante
|na cidade do Lobito (Angola),
recentemente chegado ao Pêso,
sua terra natai, de visita à família
e amigos.
– Agradecemos a gentileza,
Cro
FUNCIONALISMO
De Marvão foi transferido para
a Secção de Finanças da Sertã o
aspirante sr. Francisco Antunes.
—Fui nomeado aspirante esta.
giário da. Secção de Finanças de
Proença-a-Nova o st, Amândio
| Manso Ribeiro,
Feira em Proença-a-Nova
Na visinha Vila de Proençasa-
Nova realiza-se, âmanhã e no
sábado, a tradicional feira de
Santa Cruz, uma das mais con-
corridas da região.
a
Ueraílio José Alpes
Acompanhado de seu filho
Jorge, partiu na pretérita 5.º fei-
ra para Léopoldvil’e (Congo Bel-
ga), a bordo do «Angola», onde
está estabelecido há muitos anos,
o nosso prezado amigo e patrí-
cio sr. Vergílio José Alves.
Cotreiras entro Sort o Coimbra
A’s 3.º feiras e dias 23 de
cada mês faz-se a viagem de ida €
regresso no mesmo dia
Tem a Companhia de Viação
de Sernache, Ld.º primado seme
pre por prestar ao público da.
nossa região e daquelas que ser-
ve o maior número possível de
comodidades e tôdas as vanta-
gens, subordinando tudo a uma
alta e inteligente visão e a um
espírito de rasgada iniciativa,
condições indispensáveis para
progredir e prosperar.
Já muitas vezes aqui temos
frisado o papel importante de-
sempenhado pela Companhia de
Viação de Sernache na economia
da nossa regiãoçe não nos can-
samos de o repetir porque dize-
mos somente a verdade, palpá-
vel a tôda a gente.
Pois bem. A Companhia ado-
ptou um horário especial entre a
Sertã e Coimbra, isto é, criou
uma nova carreira, independente
da existente entre Castelo Bran-
co e Coimbra. Começamos hoje
a publicar êste horário e por êle
se vê que, daqui em diante, às
3.ºº feiras e dias 23 de cada mês
(salvo se o dia 23 for domingo,
porque, então, passa para o dia
22) podemos ir a Coimbra e re.
gressar no mesmo dia à Sertã,
o que é de grande conveniência
para quem puder tratar das suas
coisas entre as 8,45 e 16 horas.
OO
INSTRUÇÃO
Foi anulado o concurso para o
provimento da escola do sexo
masculino da Fundada, concelho
de Vila de Rei.
go deja :
Bombeiros Voluntários da Sertá
– Com destino à humanitária
Corporação dos Bombeiros Vo-
luntários da Sertã foram-nos en<
tregues as seguintes importân-
cias: 250800 pelo Rev.º Alfredo
Corrêa Lima, digno pároco de
S. Facundo (Abrates), 50$00 pes
lo sr. Artur Parinha da Silva,
proprietário da Sapataria «Peli«
cano», R. do Carmo, Lisboa; e
15800 pelo sr. José dos Santos
Dias, do Olival (Sertã).
Agradecemos, muito reconhe-
tecidos.
Golehas de Castelo Braneo
Por iniciativa da Junta de Pro-
víncia efectuou se, em Castelo
Branco, nos dias 26, 27 e 28 úl-
timos, a I Exposição de Colchas
de Noivado (Bordados de Cas-
telo Branco), realização de Sales
Viana, tendo sido apresentados
lindíssimos, variados e interes
santes modêlos de colchas mo-
dernas da Escola de Bordados
— criação da Junta de Província
— e de colchas antigas.
Do Ex.Ӽ Presidente da Junta
de Província recebemos um hon-
roso convite para assistir à ses
são de inauguração, o que não
fizemos por impossibilidade aba
soluta. Muito agradecemos a
atenção de S, Ex.)
HO AO
NASCIMENTOS.
Teve o seu feliz sucesso, nã
assada 5.º feira, 24, dando à
uz um rapazinho, a sr.? D.
Adriana Teixeira Corrêa Mous
rão. dedicada espôsa do nosso
amigo sr. José Botelho da Silva
Mourão, distinto chefe da Secreu
taria Judicial, interino.
— No sábado passado teve o
seu bom sucesso, nesta Vila,
dando à luz uma menina, a sr.º
D. Atália Rossi Ruano Pera, ese
– pôsa do sr. dr. António J. Ruano
– | Pera, Conservador do Registo
Desejamos-lhes muita saúde, Predial em Miranda do Douro.
boa viagem e tôdas as prosperi-
dades que merecem,
|
Parturientes e recém-nascidos
encontram-se de saúde,
de O tg 2 SNPA