A Comarca da Sertã nº241 24-04-1941

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AVENÇCADO

– FUNDADORES -.
— Pr. José Carlos Ehrhardt —
a Dr. Angelo Henriques Vidigal —
——— | António Barata e Silva: =.
Dr. José Barata Corrêa e Silva

| Eduardo Barata da Silva Corrêa

= Composto e Impresso
DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA
bunito arado da: dida CE antja TIP. PORTELLA FEIÃO
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO -—— O no
TELEFONE
“| PUBLICA-SE Às QUINTAS FEIRAS 112
ANO W | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã | a mid L
Nº 24] | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação ) 1944

Notas o eo

PROJECTA SE uma grande

manifestação ao sr. Pre-
sidente do Conselho.

Pelo entusiasmo que já está

despertando em todo o País é|

de prever que ela atinja pro-
porções de uma verdadeira
apoteose nacional, consagran-
do o esfôrço do estadista ad
mirável, que soube pela sua
inteligência, sabedoria e pa-
triotismo, tornar Portugal
uma nação próspera e respei-
tada.

O sr. Dr. Oliveira Salazar,
pela sua obra de engrandeci-
mento pátrio, imensa e incom-
parável, bem merece a grati-
dão de todos os portugueses.
Punhamos, pois, nessa mani-
festação, todo o calor que di-
mana dos nossos corações re
conhecidos.

“Que os portugueses de todo
o Império, nesta hora doloro-

“sa da história da Hamanida-|

de, saibam dar o exemplo da
mais bela união.

8 vo

A’ data a que escrevemos, 19,

continua violentíssima q
luta entre os exércitos alemão
e greco-britânico na Grécia,
tendo finalmente o primeiro
deparado com uma grande re-
sistência numa frente extensa
e parece que bem organizada;
esta frente passa sôóbreo Mon»
te Olimpo, cuja altitude é de
perto de 3.000 metros.

Combatendo nas montanhas,
o exército do Reich encontra
dificuldades que não existiram
nas suas investidas contra a
Holanda, Bélgica e França;
animado, porém, com as vitó
rias até agora obtidas, entre
as quais, a mais recente, a
conseguida contra a lugoslá-
via, cujas tropas baguearam
ao fim de poucos dias, o exér-
cito alemão, sem olhar a per
das humanas e de material,
de que possue formidáveis re-
servas, há de procurar levar
de vencida o exército aliado,
que, segundo se infere dos co:
municados das agências, é me-

nos numeroso. Se os gregos.

combatem no seu próprio país
e, por conseguinte, a sua de:
fesa lhes incute ânimo ere-
dobrada coragem, os britâni-
cos, conguanto não lhes falte
valentia e espírito de sacrifi-
cio, de que já deram sobejas
“provas, hão de agora ressen-
tir-se, na Grécia, com a diver-
sidade do clima, pois que, se-
gundo consta, a maior parte
dos contingentes ingleses é
constituída por combatentes
das regiões desérticas da Afri
ca do Norte.

– 4 campanha dos Balcãs es
tá ligada à do Egipto, con-
cluindo-se, pois, que sea In-
glaterra não contiver os ale-
mãis nos Balcãs, terá de en-
frentar enormes dificuldades
para a defesa do Canal de
Suez, não obstante poder dis-
por da quási totalidade da

Interêsses regionais

Estrada 54-2.º e seu ramal para Vila de Rei

XPLANOU no número anterior dêste se«
manário, um seu ilustre colaborador,
com o conhecimento e proficiência que
os seus escritos sempre revelam, judi-
ciosas considerações sôbre a inclusão

no plano de estudos aprovado pelo Govêrno para
o ano corrente, do trôóço da estrada 54-2.º entre
Santo António do Marmeleiro e Cardigos por Pêso.

Foram focados, muito bem, vários aspectos
da questão, e posta em evidência a justiça que
representa para êste rincão da Beira Baixa, a
decisão oficial que autoriza os serviços prelimi-
nares duma obra de geral alcance económico,
e proporciona longo trabalho para as populações
regionais necessitadas.

“Bem hajam a Junta Autónoma das Estradas
e Sua Ex.” o Sr. Ministro das Obras Públicas
pela acção resolutiva que nela têem.

Como não podia deixar de ser, o conheci-

mênto daquela decisão encheu de júbilo quantos
clamavam, de afastada data, pelo prosseguimen-
to da referida estrada para além desta vila, onde
passara, há dezenas de anos, num adormecimen-
to que parecia de mcrte, e de que foi arrancado,
no ano transacto, pelos trabalhos, em curso, do
trôço que a leva à primeira daquelas freguesias.

Nada tenho a acrescentar ao que aqui já

disse sobre a estrada 54 2.º

As comodidades que oferece, a sua lunção
propulsora na vida económica dos centros que
atravessa ou de que se aproxima, e a sua influên-
cia no estreitamento de relações das populações
respectivas, justificam, á larga, os esforços que
se teem desenvolvido para dar-lhe realidade.

Não é, por certo, a étape agora percorrida
no caminho do grande melhoramento público, a
última a vencer. Outras se seguirão mais ou me-
nos difíceis e trabalhosas como esta. Mas ani-
ma-me a fé de que todas se irão fazendo numa
continuídade inquebrantável de dedicações por
esta causa patriótica.

Com o prolongamento da estrada 54-2.º no
sentido em que se está operando, e com a pers-
pectiva animadora da sua continuação até Cardi-
gos, num período de tempo que não deverá ser
longo, começa também a destacar-se a oportuni-
dade de recordar o trôço que atravessa o rio Zê-
zere entre Pedrógão Pequeno e Pedrógão Gran-
de, sem a construção do qual a estrada ficaria
cortada num dos mais importantes pontos do
percurso, tirando-lhe bastante do seu valor no
intercâmbio de negócios e relações das localida-
des que poderá servir.

O caso interessa grandemente ao concelho
da Sertã, mas não menos ao de Pedrógão, sendo

fácil, dêste modo, entenderem-se os dois muni-

cípios para uma acção comum no sentido de ser
feita a necessária ligação. ;
Inclue também o plano dos estudos a fazer
em 1941, o de um ramal da mesma estrada, a sair
da freguesia de Pêso para Vila de Rei. Vai as»
sim a caminho de ser satisfeita a velha aspiração
das sedes daquele concelho e desta comarca de
se ligarem por um trajecto macadamizado mais
curto do que aquêle de que hoje dispõem.
Defendi aqui, mais duma vez, com aprazi-
mento de alguns sectores de opinião, a ideia dum

ramal Santana = Vila de Rei por Fundada, como
factor justificado dessa ligação. Não tenho, por
esse facto, de que me arrepender.

O Govêrno ainda se não manifestara sôbre
o mágno problema, e todos os pensamentos e
critérios desenvolvidos sôbre êle eram legitimas
indicações de interêsse pela sua solução, e como
que peças dum processo em que o alto poder
teria de ser O juiz supremo. É

Uma vez que êste se pronunciou, e, certa-
mente por razões técnicas e financeiras, definiu
a sua preferência, só há que acatá-la e deligen-
ciar que, deprêssa, se materialize e dê ás duas
vilas vizinhas o benefício por que anseiam.

Seria caso virgem que a decisão governa-
tiva agradasse geralmente. Nunca vi que tal
milagre se produzisse num departamento de
administração pública onde por vezes opostos
interêsses se chocam e degtadiam. Mas tôdas as

coisas teem o seu limite culminante que uma |
| prudente visão patriótica aconselha a não ul-

trapassar,

” De positivo, e com as características duma
construção próxima pela Sanção do Govêrno,
surge, nesta hora, o estudo dum ramal da 54-2.º
para Vila de Rei. Quem agora se pusesse a tecer,
em sua volta, discussões contrariantes, ou a pro-
curar, por qualquer modo, estorvar ou enfraque-
eer os seus trânsitos regulares, retardar a sua
marcha ou puxá-la para veredas incertas, cairia
em êrros que não vão longe, cujas conseqiiências
desastrosas andam na memória das populações
que as sofreram.

Ninguém, contudo, ousará pensar que os
concelhos de Vila de Rei e Sertã se desinteres-
sem dum conjunto de vias de trânsito que, após
aquêle ramal, abra novos caminhos entre as suas
sedes, através de povos que necessitam também

de conhecer os benefícios duma política constru-

tiva e reparadora que o Estado Novo inaugurou
e vem fazendo frutificar.

Quem o pensasse, faria grave injúria da
espírito patriótico dos seus homens responsáveis,
e mostraria desconhecer as rêdes de comunica-
ções dalguns departamentos do país, onde, por
assim dizer, não há lógar fora das suas malhas.

Dada a circunstância do plano dos estudos,
a realizar êste ano, compreender os que aproxi-
marão Sertã de Vila de Rei, será de boa tática
dar todo o apoio aos seus serviços, reservando
para depois dêstes assegurados, as reclamações
que, nesta altura, seriam intempestivas, sem êxi-
to proveitoso, e comprometedoras de Íuturas ac-
ções benéficas para os interessados.

Entretanto, estando á vista, embora ainda
na sua fase embrionária. a estrada 54-2.º entre
Marmeleiro e Cardigos por Pêso, com um ramal
desta freguesia para a sede do concelho, deem-
-se as mãos tôdas as pessoas de boa vontade
num movimento de simpatia e interêsse pelo bom
sucesso duma esperança que, após a esterilidade
ininterrupta de meio século, se apresenta excepcios
nalmente prometedora para o presente e como
ponto de partida para mais vastos empreendi:
mentos colectivos.

Silvânio

tropas que foram empregadas | clara a sua atitude; certamente rece absoluta reprovação: o
nas campanhas da Somália. | estão vendo no que param as | bombardeamento dos grandes

Eritreia e Abissínia, A Grê-
Bretanha está passando um

modas…

centros urbanos, causando o

Pondo de parte qualquer fui 25
mau bocado e, provavelmente, objecção que implique com a dada A A aa

algumas preocupações lhe da-| nentralidade que temos o de-

sem que dat se tire qualquer

rão a Turquia e a Rfósiio! ori de observar, há, contudo, | resultado para a decisão da

que não há meio de tornarem

um aspecto da guerra que me- | guerra,

e. d lápis

O Beletim Geral de Legisla-

ção, no seu n.º 56, do
mês corrente, publica uma in=
teressante entrevista com o sr.
dr. Jaime Lopes Dias, distinto
Director dos Serviços Centrais
da Câmara Municipal de Lis=
boa, sóbre «O Código Admic.
nistrativoe a sua influência na
vida da administração local»,

Nessa entrevista há afirma»
ções que importa aqui arqui-
var, tal a autoridade e inegá-
vel competência do sr. dr. Jai-
me Lopes Dias para o fazer:

— « Uma das grandes medi-
das, para mim das maiores,
que o Estado Novo tem pro-
movido, respeita aos subsídios
que criou e destina a melho-
ramentos rurais. Hoje, tôdas
as povoações onde haja devos
ção e amor pela terra, podem
realizar velhas aspirações,

muitas das quais constitui.

ram, por gerações sucessivas,
o sonho dos seus habitantes.
Desde há séculos, por dezenas
de anos, as febres tifóides de-
vastaram os povos, devido à
inguinação das águas; desde
tempos imemoriais êles deixas
vam de comunicar-se por fal-
ta de estradas e de pontes sô=
bre os rios; e ficavam as crian-
cas analfabetas porque não
havia edifícios escolares. Por
ontro lado, estamos numa épou
ca em que as comunicações rá=
pidas pelas estradas, camis
nhos de ferro, telégrafo, teles
fone, rádio, etc., facilitam sin=
gularmente a vida rural em
muitos dos sens aspectos. Em
face disto, a junção de dirigir
e administrar os povos pode
ser concentrada, sem grandes
prejuízos, antes com notáveis
benefícios e grande redução
de despesas em mais extensas
circanscrições. Mas, não obsa
tante a divisão provincial ter
obedecido ao critério do agrus
pamento dos elementos nacios
nais com afinidades marcans
tes, quer sob o aspecto do cli=
ma, território e suas condições
de produtividade, quer sob o

ponto de vista da população,
suas tendências e formas de
actividade, quer ainda sob o
aspecto das comunicações e
meios de acesso há quem com
ela não concorde. Acho digna
do maior respeito a opinião
dos que continuam a defender,
doutrina contrária, sobretudo

4

por amor às suas terras».

= gb tap

Nação Britânica e amiga
acaba de prestar mais

uma homenagem a Portugal:
uma embaixada de catedrátia
cos da famosa Universidade
de Oxford entregou, ao sr. Dr.
Oliveira Salazar, no sábado
passado, no Senado Universi=
tário, em Coimbra, as insia
gnias de doutor «honoris can=

sa» daquela Universidade,

 

 

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acaba de abrir uma
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que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa

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Alteração das Posturas é
Editais Municipais

(CONCLUSÃO)
POSTURAS MUNICIPAIS

Art. 87.º — É proibido matar gado
lanígero, caprino, suino e bovino para
consumo público, fora dos matadouros
municipais e sem assistência do veteri-
nário municipal, sob pena de 30800 de
multa, por cada animal que tiver sido
abatido.

8 1.º — A matança ordinária de gado

ras, de Novembro a Fevereiro; às 16
horas em Março, Abril, Setembro e
Outubro, e às 18 horas em Maio, Junho,
Julho e Agosto, sob pena de 10890 de
multa, salvas as alterações que a Cà-
mara entenda dever fazer nalguns dias,
por circunstâncias especiais, e das quais
serão previamente avisados os interes»
sados.

-S 2.º — A matança de gado suino se-

irá feita de manhã, devendo começar

antes de nascer o sol e pertencendo à
Câmara regulamentar a ordem da ma-
tança, quando fôr slevado o número de
reses a abater.

S 3.º — Por cada suino abatido para
consumo público nos matadouros muni-
cipais a Câmara cobrará a taxa de 5800,
e por cada suino aí abatido para con-
sumo doméstico a taxa de 2800.

$4.2— O matador de suinos pata
consumo público pode, de acôrdo com
a Câmara, fazer a matança em mata-
douro privativo desde que êste obede-
ça às condições exigidas pelos Servi-
ços de Pecuária, mas ficará sempre
obrigado ao pagamento da taxa estabe-
lecida no S anterior.

$5.º — O veterinário municipal co-

da mês, o número de reses abatidas no
mês anterior e o nome da entidade que
as fez abater e para que destino,

Art. 120 º — E” proibido :

1.º — Encostar ou prender qualquer
cousa ou animal às árvores do terreno
público, subir a estas, varejá-las ou ati=
rar-lhes pedras;

2.º — Colher-lhes os frutos, fôlhas
ou flóres, sem licença da autoridade
competente, e destruir os ninhos que
nelas se encontrem;

3.º — Descascá-las, inutilizá-las ou
danificá-las de qualquer modo;

4,º — Destruir ou danificar os repa-
ros, grades ou sebes que as resguar=
dam; É

5.º — Atravessar os canteiros dos
jardins públicos, calcar, arrancar ou
destruir a relva ou quaisquer plantas
neles existentes;

– 6.º — Colher flôres nos jardins, par-
ques, largos, praças e miradoutos pú-
blicos; : /

7º — Quebrar, arrancar, ou por qual=
quer forma danificar os bancos dos pas-
seios, largos, praças e jardins munici-
pais, ou quaisquer objectos de adorno,
recreio ou segurança nêles existentes.
– 8.º — Sentar-se no encosto dos ban-
Fi sujá-los, ou colocar os pés sobre
êles, ;

S único — As contravenções dos N.08
1.9, 2.º9,3.º,4.º e 8.º dêste artigo são
punidas com multa de 10$00; a do n-º
5-0, com a multa de 20800; a do n-º 6-9,
com a multa de 10800 por cada flor
das espécies cultivadas em canteiros ou
vasos, e com a multa de 5400 por cada
flor das restantes espécies; e a contra-
venção do n-:º 7-0 com a multa de 30800
a 100800, conforme a natureza da dani-
ficação, ficando ainda o contraventor
obrigado à reparação dos prejuízos.

EDITAL DE 21-2-934

Art. 39,0 — E proibido, sob pena de
30800 de multa, transitar com carros=
automóveis, bicicletas, outros veículos,
e animais da raça cavalar, muar, asinia
na e bovina, nos largos e praças arbo-
rizadas da Sertã e Sernache do Bona
jardim.

$1.0 — À multa de 20800 é aplicá-
vel àquele que nos mesmos sitios apas-
centar gados de qualquer espécie, e
ainda aos que ali deixarem entrar os
animais das espécies referidas no corpo
do artigo.

$ 2.º — Na Alameda Salazar, parque
arborizado da vila de Sertã, é protbido,
em todo o tempo, sob pena de 20800
de multa, o estacionamento de animais
e veículos de qualquer natureza no re-
cinto compreendido entre a estrada
ou rua central e a Ribelra Grande.

Art. 2.0 — Estas modificações serão
consideradas como fazendo parte do
Código de Posturas e Edital referido,
devendo ser inseridas no lugar próprio,
por meio da substituição dos artigos e
$$ agora modificados.

Art. 3.0 — As alterações feitas revo-
gam as disposições em contrário e en-
sraião em vigor no dia 15 de Abril de

1.
Art. 4.0 — Este Edital será afixado
em tôdas as frêguesias do concelho nos
lugares do estilo.

Norberto Pereira

Cardim
SOLICITADOR ENCARTADO

É NANNY
Rua Aurea, 139 2º D.º
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bovino será sempre de tarde; às 13 ho» |

municará à Câmara, até ao dia 5 de ca-:

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cargos que contra êle corra
seus termos na comarca de
Montemór-o-Novo e lhe é

ANUNCIO

Faz-se saber que por ês=
te meio é citado o executa-
do José dos Santos, soltei-
ro, de 26 anos, trabalhador,
natural du freguesia de Ser-
nache do Bonjardim, filho
de Antônio dos Santos e de
Gertrudes de Jesus, ausen-
te em parte incerta, para 08
termos da execução por mul-

 

blico.
Sertã, 21 de Abril de 1941,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva

13033,

DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tôdas as localidades servi- E

oa

ENTRE PEDRÓGÃO PEQUENO E oh

Cheg.| Part. | Cheg.| Part, .
Pedrógão Pequeno.) — |630 |Sertã. . . . | — l1800
Ramalhos. . . .|6,50| 6,55 || Póvoa R. Cerdeira ./18,20]18,25
Póvoa R. Cerdeira .| 7,10 | 7,15 || Ramalhos, – -118,40]18,45
Sertã, . .-.-|730] — || Pedrógão Pequeno .|19,00] —

movida pelo Ministério Pú- |

 

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ASSISTÊNCIA

——…… BOS

proprietários prejudicados pelo
CICLONE

Os concelhos da Província da
Beira Baixa mais duramente
atingidos pelo ciclone de 15 de
Fevereiro foram, sem dúvida, os
de Proença-a-Nova, Sertã, Vila
de Rei e Oleiros. Os prejuízos
na sua riqueza florestal atingiram
proporções de catástrofe; há la-
vradores que ficaram reduzidos
à miséria pela devastação dos
seus pinhais e olivais, dos quais
obtinham todos os recursos para
se manter.

Em vista da situação particu-
larmente aflitiva para muitos dos
proprietários dos quatro conce-
lhos citados, a Junta de Provín-
cia resolveu, e muito bem, apre-
sentar a S. Ex.* o Senhor Minis-
to da Economia o plano de as-
sistência nos termos que seguem,
e que reproduzimos do nosso
colega «A Beira Baixa»:

Nano Branco, 31 de Março de
1941.
Senhor Ministro da Economia

Excelência :

O temporal de Fevereiro causou
na Provincia da Beira Baixa graves
prejuizos, sobretudo nos concelhos
chamados da Serra, que têm a sua
principal economia condicionada à
exploração da madeira e resina, como
sejam, além de outros, os concelhos
de Proença a Nova, Sertã, Vila de

– Rei e Oleiros.

As medidas acertadas tomadas já
pelo Govêrno da Nação marcaram
as linhas gerais do aproveitamento
de madeiras de pinho e outras, mas
é de fácil intuição a necessidade de
colaboração das actividades partica-
lares e das autarquias locais para
que as providências tomadas pelo Gon
pêrno possam ter a cliciencia de aum
xilio eficaz, onde êle seja necessário.

Nos concelhos chamadosíida Ser-
ra, OS prejuizos causados pelo venm
daval na sua riqueza florestal assa
miram proporções de catastroie, so-
bretudo para os pequenos proprietám
rios, que são a maioria naquela re-

gião, onde a pequena propriedade:

domina, com a agravante daqueles
concelhos estarem distantes dos cen=
tros consumidores e carecidos de
meios fáceis de comunicação que per-
mita a absorção das suas madeiras a
tempo de os agentes atmosiéricos as
não inatilizarem, criando para os
seus proprietários ama situação de
negra miséria.

Foi em face deste grave problema,
maduramente pensado com as Cama
ras Manicipais dos concelhos mais
feridos por prejuizos, que a Junta de
Província resolveu apresentar à dou-
ta ponderação de V. Ex. um plano
de assistência, no uso das atribuições
que lhe são conferidas pelo artigo
214.0 do Código Administrativo, asm
sente nas segaintes bases:

A — Empréstimo sem juro, pelo
prazo de 2 anos, a todos os proprie-
tários necessitados dos concelhos
atrás mencionados, para a preparan
ção e resguardo da madeira de pinho
derrubada pelo último vendaval, até
que a preços razoáveis possa ser
absorvida no mercado.

B– Para este efeito as Camaras
Manicipais serão autorizadas a levanm
tar da Caixa Geral de Depósitos, Cré-
dito e Previdência as quantias necesm
sárias pelo prazo de dois anos, cau-
cionadas e garantidas pelos seus ren«
dimentos, e ainda pelos rendimentos
da Janta de Província da Beira Baixa.

€ — Assistência técnica gratuita e
comparticipação no pagamento dos
juros à Caixa, por parte do Estado.

D— Todos os haveres dos pro-
prietários assistidos financeiramente
respondem perante as Camaras Mum
nicipais pela totalidade do emprésti-

* mo que receberem.

Se este plano de assistência, nas
suas bases propostas ou noutras que
o esclarecido critério de V. Ex.2 julx
gude que melhor possam servir os in=
terêsses dos proprietários, merecer a
aprovação de V. Ex.?, à Junta de
Província só resta pedir a V. Ex? ar-
gencia na sua aplicação, por julgar
que assim o exige o interesse público.

A Bem da Nação
O Presidente,

a) Dr. José Ribeiro Cardoso
eta) pe

– Ruy dos Sanfos Madeira

A-fim-de tratar da sua saúde,
um pouco abalada, encontra-se
em Coimbra, há algumas sema-
nas, O nosso prezado colabora-
dor e distinto chefe da secretaria
da Câmara Municipal de Oleiros,

sr. Ruy dos Santos Madeira,

Muito sinceramente, desejamos
9 seu rápido restabelecimento.

ienes “rr

Nós….os VELHOS

| AOS SERTAÍNHOS MEUS OONTERRANEO

Passam anos, a vida desfalece;

Tudo quanto fomos são saúdades…

Já não há glórias, já não ha vaidades
Morrer em paz é nossa prece.

O sol de Agosto já nos não aquece;
Não tem a primavera amenidade;
“Esperamos com tristeza e humildade
Que no fragor da luta a vida cesse…

Recordar o Passado tão distante
E ter na nossa mente, a cada instante,
A mocidade viva e louçã

E’ tudo quanto nos resta da vida,
Não esquecendo nunca a terra querida
Nosso bendito torrão — À SERTA

FRVCTVTVOSO PIRES

CONVOCAÇÕES MIBITARES

mento de Infantaria 7, em Leiria,
até às 17 horas do dia 1 de Maio,
munidos das cadernetas, os se-
guintes soldados: José Nunes
Serra, do Vale Porco, Sertã, fie
lho de Manoel Nunes Serra e de
Maria de Jesus; Alvaro Ferreira,
dos Calvos, Sertã, filho de An-
tónio Ferreira, falecido e de Per-
pétua de Jesus; Mário de Jesus
Jorge, do Fundão, Troviscal, fi-
lho de pai incógnito e de Joa-
quina de Jesus; António Deniz
Júnior, do Pião, Troviscal, filho
de António Deniz e de Maria
Custódia; Joaquim António, do
Casal Cutelo, Cabeçudo, filho de
Luiz António e de Maria Baptis-
ta; António dos Santos Salvador,
da Mouta Fundeira, Nesperal,
filho de José Leitão e de Rosa
da Silva; António Marçal, da
Rolã, Palhais, filho de Mancel
-Marçal e de Joaquina dos Remé-
dios; Lino António, do Chão da
Telha, Cumiada, filho de Manoel
António e de Emília Farinha;
António Emídio Ramos, da Cal-
varia, Sernache do Bomjardim,
filho de Manoel Emídio Ramos
e de Emília Ramos; António Fa-
rinha Matias, da Póvoa, filho de
Manoel Farinha Matias e de Ma-
ria de Jesus e Manoel Lourenço,
das Fontaínhas, filho de Manoel
Lourenço e de Maria de Jesus,
ambos da freguesia de Várzea
dos Cavaleiros.

Deve apresentar-se no Regi-
mento de Artilharia Ligeira n.º
4, de Leiria, até às 24 horas do
dia 18 de Maio, o soldado n.º
596/40, José Pedro, filho de An-
tónio Pedro e de Justina de Jesus,
de Alcoutim, Cumiada.

efe EB pa

Homenagem Nacional ao Se-
nhor Presidente do Conselho

IDA A LISBOA

Realizando-se, no próximo dia
28, a Homenagem Nacional a
prestar a S. Ex. o Senhor Pre-
sidente do Conselho, a Câmara
Municipal tornou público que,
na respectiva secretaria, se en-
contra aberta uma inscrição para
transporte em camioneta de ida
e volta a Lisboa, ao preço de
3780.

As inscrições devem ser feitas
até hoje, não excedendo o nú-
mero de 34…

—ntegpet
CONCERTO MUSICAL

À Filarmónica União Sertagi-
nense realiza um concerto, no
Adro, no próximo domingo, 27,
das 15 às 17 horas, com o se-
guinte programa:

! parte — Adeus Cascais, p.
d. Marques; Suzete, sinfonia,
Mineiro; Lena, valsa lenta, Tei-
xeira; Fausto, selecção, Gounod.

! parte—3.º Rapsódia de
Cantos Populares de Castelo

Branco, Teixeira; 2-2, p. ds.
Pina,

Devem apresentar-se no Regi-

eNecrologia

D. Maria Cesaltina da Silva

Finou-se nesta Vila, no passa-
do domingo, a sr.º D. Maria Ce-
saltina da Silva, solteira, de 61
anos de idade, natural de Vilar
dos Condes, freguesia da Ma-
deirã e há muitos anos residente
na Sertã, onde contava grandes
simpatias pela suas boníssimas
qualidades,

A extinta era irmã da sr.* D.
Maria do Carmo da Silva Bárto-
lo, da Sertã, da sr? D. Maria
Virgínia da Silva Bártolo do Es-
treito e do sr. Joaquim Lourenço

da Silva, de Vilar dos Condes e

cunhada da sr.* D, Elisa do Car-
mo Barata Salgueiro, de Vilar
dos Condes e do sr. Sebastião
Barata Bártolo, do Estreito.

O funeral, que foi muito con:
corrido, efectugu-se no dia ime-
diato para o cemitério local. |

A” família enlutada apresenta-
mos os nossos sentidos pêsames.

O vôo picado

Muita gente imagina que o vôo pica-
do é uma invenção alemã, quando é
certo que, já em 1918, pilôtos britânicos
empregavam êsse processo de ataque
aéreo. Os alemães o que fizeram foi es»
tudar bem o sistema e aplicá-lo à guer-
ra actual, utilizando aparelhos sólidos,
relativamente lentos, e que diferem dos
aparelhos vulgares só por terem um
dispositivo que lhes diminui a veloci-
dade da queda e um lança-bombas des-
tinado a funcionar quando o avião ata-
ca quási que na vertical.

A manobra é simples, como quem
atira uma pedra, Em lugar de executar
uma série de exercícios complicados
como o artilheiro em terra ou o bom-
bardeiro de grande altura, o bombar-
deiro de vôo picado fixa o alvo, como
se o motor do aparelho fôsse o fim do
cano da espingarda; atira-se sôbre o
objectivo e larga a bomba ao mesmo
tempo que endireita o avião. Não é
preciso fazer cálculos intrincados nem
manipular instrumentos complexos. JA
bomba é atremessada ao alvo simples-
mente. Consegue-se uma grande certe-
za no tiro com o bambardeamento
de vôo picado, mas 34 dois contras.
Em primeiro lugar o avião tem de voar
baixo onde as peças anti-aéreas podem
atingi«lo fácilmente, e por outro lado a
bomba não chega a ter tempo para tom
mar velocidade suficiente se é atirada
de muito baixo. Só uma bomba lançada
de grande altura téria o tempo e espa-
ço suficientes para ganhar velocidade
necessária para penetrar uma couraça
forte, o convés dum couraçado por
exemplo,

Contra objectivos fortemente blinda-
dos ou bem defendidos o bombardeiro
de vôo picado não é lá muito eficaz,
mas serve quando os objectivos são
mais vulneráveis e é praticado com
êxito pela aviação da marinha britâ«
nica.

Oliver Stewart –

ea Bda É
RECTIFICAÇÃO

Na poesia «Deus-O homem-A
guerra», publicada no n.º 237,
há a rectificar o 1.º verso da 6.º
quina: em vez de «Tudo o que

existe; da terra na alma>, deve

ler-se «Tudo o que existe, da
terra na lama»,

Que nos desculpe o autor a
troca de duas simples letras, o

! bastante para deturpar q sentido,

A Comarca da Sertã

[APRECIAÇÃO

Lemos e compreendemos o res
latório de gerência da Câmara de
Figueiró dos Vinhos, durante
1940, apresentado ao Conselho
Municipal pelo Ilustre Presidente
daquela entidade, Senhor Dr. Ma-
nuel Simões Barreiros, médico
distinto e Procurador à Câmara
Corporativa, homem que ao Es-
tado Novo tem dedicado o me-
lhor da sua actividade e inteli-
gência lúcida, relatório que foi
transcrito no jornal «A Regene-
ração» no seu número de 4 de
Janeiro.

Os factos apontados por Sua
Excelência são de tal modo evi-
dentes que dispensam todo e
qualquer comentário. Seja-nos,
no entanto, permitido emitir a
nossa opinião que traduz o sen-
timento geral e unânime de to-
dos os que desejam continuar a
ver progredir a terra que lhes
serviu de bêrço, à frente da qual
se encontra o Senhor Dr. Bar-
reiros.

Figueiró dos Vinhos é pelas
suas belezas naturais e posição
geográfica privilegiada, uma das
vilas mais belas do país e que,
nos últimos anos, tem progredi-
do; banhada de perto pelo Zêze-
te e com comunicações fáceis e
diárias com o país, de tudo pos
suindo um pouco, é, sem dúvi-
da, a «Sintra da Beira». Mas a
final, já estávamos, sem querer,
a sair fóra do que nos propuze-
MOS…

Atravéz do relatório, simples e
claro, deduz-se fácilmente, a preo-
cupação máxima que merecem, a
Sua Excelência todos os melho-
ramentos que concorrem para o
engrandecimento e posição do
nosso concelho, que marcarão,
para sempre a sua passagem pe-
la Presidência da Câmara e que,
já alguns anos, vem atingindo o
seu apogeu a ponto de o Muni-
cipio de Figueiró ser considera-
do como modêlo, graças ao seu

mo lo sem escrúpulo e como
preito de homenagem e justiça,
tudo se deve.
– Mas, isso já nos não surpreen-
de, habituados como estamos, a
ver obras desta natureza, pois,
desde a entrada de Sua Excelên-
cia, o desenvolvimento do cons
celho tem sido sempre crescente
o que até é confirmado por aques
les para quem estas realidades
são um pesadíssimo fardo,

Depois de mostrar que o Con-
celho Municipal tem atribu’ções
que lhe permitem analizar a ac-
ção gestiva das respectivas Cà-
maras, e depois da acentuar o
gravíssimo momento que a hu-
manidade atravessa — triste rea-
lidade — Sua Excelência entra na
direcção da «Gerência camarária
de 1941». O 1.º capítulo consa-
grao ás Obras pois como já dis-
‘semos, estas prendem em espes
cial, a atenção do Sr. Dr. Bar-
reiros. O flagelo da guerra, ape-
sar de nos mantermos alheios a
êla veio, sem dúvida, afectar,
grandemente, tôdas as nossas
actividades, o que, no entanto,
não obstou a que a acção mar-
cante da Câmara de Figueiró,
prosseguisse, embóra com mui»
tos mais encargos. Julgamos des-
necessário enumerar tôdas essas
obras a que nos temos referido
já porque levariam muito tempo
e ocupasiam grande espaço já
porque as mesmas estão à vista
[de tôda a gente, mesmo daquê
les que as não querem ver, dire-
mos no entanto que num ano se
consumiram cêrca de 180.000800
o que, para um concelho como
o nosso é o máximo exigível e
que só poude conseguir se gra-
ças à óptima administração do
Sr. Presidente da Câmara.

Não podia ser mais em tão
pouco tempo.

(Continua) lgnotus

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
– Colecção de 7 postais — 7800

ilustre Presidente a quem, dize- |

Á margem da quema

Lord Halifax e o criado

Duas anedotas divertidas cor-
rem nos meios dos Estados
Unidos.

No exercício das suas funções
como Reitor da Universidade de
Oxford há já alguns anos Lord
Halifax estava num banquete
como convidado de honra. No
meio de uma frase do: discurso
que estava pronunciando, pro-
vavelmente sôbre valores morais,
um criado entornou um prato de
sôpa em cima do seu smoking.
Sem a mais pequena cerimónia
mas sem uma palavra Lord Ha-
lifax levantou-se despiu o smo-
king, tornou a sentar-se, em
mangas de camisa, e retomou a
frase que tinha interrompido.

Os estudantes daquela Univer-
sidade ainda falam com admiras
ção dêste episódio que classifi=:
cam de demonstração do aprumo
de um gentleman.

À outra anedota passou-se no
decorrer da Grande Guerra quans
do Lord Halifax ali estava com-
batendo.

Os oficiais de um regimento
receberam na mess um barril de
cerveja de presente, mas ao pro-
Vá-la acharam-na azeda. Alguém
lembrou que o melhor seria dá-
-la aos soldados por partida. As=
sim foi feito e no dia seguinte
um oficial preguntou a um dos
soldados: eque tal a cerveja ?>
«Estava na sua justa conta» res-
pondeu o soldado, e continuou,
«se estivesse pior do que estava
não a teríamos podido beber, se
estivesse melhor não no-la da-
riam»,

Lord Halifax primeiro Embai-
xador Britânico que alia ao seu
cargo o fazer parte do Govêrno
da Nação, continua a achar
Washington deliciosamente sos=
segado depois da sua experien=
cia dos bombardeiros de Londres.

(Britanova Features Service)
a o dE

HÁ QUEM PREGUNTE:

— Porque é que a luz eléctrica |
só aparece depois da noite fe-
chada ?

— Porque é que as lunetas do
Zé Diogo fazem tanta impressão
à vista dos outros ?

” — Porque é que o Gregório,
graxa e cauteleiro, se pôs na
alheta ?

— Porque é que algumas casas
da Rua do Vale continuam com
um aspecto de meter nojo?

Um dos curiosos |
Ba

FUNCIONALISMO

Nas provas do concurso para
o logar de escriturário de 3.º
classe da secretaria da Câmara
Municipal da Sertã efectuadas
nos dias 14 e 15 do corrente,
obtiveram a classificação de Su
ficiente os candidatos srs. Ar»
tur de Oliveira Moura e Joa-
quim Crisóstomo.

A nomeação de um dêstes con-
correntes deve fazer-se na ses=
são de 30 dêste mês.

Bit

Alravés la Coat

mesm”
(Moticiário dos nossos Correspondentes)

MADEIRA, 19 — De visita a
suas famílias estiveram nesta lo=
calidade os srs. Drs. Pedro Pitta e
esposa, Paulo Cunha e esposa,
José Dias Garcia e esposa, José
da Silva e Francisco Dias Garcia.

Quere fazer melhor venda dos
artigos do -seii comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertã

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

Concelho de Oleiros |

 

Discurso pronunciado

pelo Ex.Ӽ Senhor Presidente

da Câmara Municipal de Oleiros aos membros
das Juntas de Freguesia do Concelho, em 14

de Fevereiro :

Meus Senhores :

A Vossa presença, neste mo-.
mento, quero crêr que constitue
– uma prova de que tendes a com-

preensão exacta do instante que
se passa e que tendes a noção
precisa de que todos devem en-
fileirar ao lado duma acção co-
mum em prol do Concelho de
Oleiros.

Numa actuação conjugada, em
que a solidariedade de classes
seja notória, está o futuro do
Concelho.

Entendo eu ser da maior utiti-
dade aproximar as actividades
dispersas pelo Concelho para um
só bloco, que seja forte e sólido.
Lançar-se-ia assim a primeira
pedra para que o Concelho seja
aquilo a que tem o direito de
ser, e nós aspiramos a que seja.

Eº preciso criar-se uma soli-
dariedade orgânica. E? preciso
que todos se compenetrem do
papel que a cada um cabe de-
sempenhar. Só assim nós prova-
remos que queremos o progres-
so do Concelho. Só assim fare-
mos vingar as nossas justas pre-
tensões. Temos de combater os
êrros, de remediar as faltas, de
corrigir as injustiças para sermos
fortes. Para sermos fortes é pre-

“ciso haver respeito. Para haver

respeito é preciso haver ordem.
Para haver ordem é preciso ha-
ver organização. E havendo or-
ganização há progresso. Nunca
o progresso surgiu da desordem
e da confusão.

Eu agradeço a V, Ex.’* a Vos-
sa presença, pois desejava que
todos tomassem conhecimento da
acção da Câmara Municipal du-
rante o ano de 1940. Mas, muito
principalmente, eu desejava po-
der dizer a V. Ex.ºs de qual o
desejo que anima a Câmara.

Os passos que se têm dado têm
sido talvez demasido lentos, mas
é certo que temos tido a felici-
dade de caminhar sem tropeçar.
Desviando obstáculos, evitando
subidas, caminhando com caute-
la nas perigosas descidas, temos
porém avançado. E” alguma coi
sa, mas, mais e bastante mais
desejamos avançar. Para isso
torna-se necessária a colabora-
ção de V. Ex. Mas que essa
colaboração seja desinteressada,
e que sômente a anime o desejo
firme de bem servir, não a nós,
mas sim o Concelho.

Eº o que pretendo de V. Ex.’s,
Com algum esfôrço, com amor
pelo que é Vosso, com bairris-
mo, e com dignidade, V, Ex.’s
prestarão ao Concelho um valio-
sissimo auxílio.

A acção das Juntas de Fregue-
sia tem de ser integrada absolu-

tamente dentro dos princípios |

legais que o Estado Novo nos
vem legando. O Código Admi-
nistrativo agora publicado com
redacção definitiva dita o que
compete fazer. Será êle o Vosso
guia, a Vossa Lei. Mas que co=
mo guia Vos leve sempre ao
bom caminho, e como Lei que
seja para se cumprir. Não tenho
dúvidas que será êsse o desejo
de V. Ex.*º, As atribuições que
o Código Administrativo dá às
Juntas de Freguesia são bastante
amplas para que muita coisa de
útil possa ser feita, Os artigos
253.º e 254.º as enumeram, € O
artigo 255.º elucida da compe-
tência para o seu desempenho.
Lidas essas disposições com
atenção, V Ex.’º nelas encon-

traram atribuições que até aqui

julgavam ser só da exclusiva
competência da Câmara.

A Câmara não pode fazer tudo.

Aº Câmara não compete fazer
tudo.

Com uma sã e rigorosa admi-
nistração as Juntas de Freguesia
poderão executar melhoramentos
nas freguesias. A construção de
fontes, à construção e reparação

| de caminhos, etc, são atribui-
ições da sua competência. Em
matéria de assistência também
têm largo papel a desempenhar.

pobres, a protecção às crianças
pobres, o auxílio a prestar às
cantinas escolares, são também
atribuições suas. O Govêrno fa-
culta-lhes os meios de executar
obras e realizar melhoramentos
rurais, concedendo-lhes compar-
ticipações. Porque não aprovei-
tar esse auxílio generoso,? Não
é só à Câmara que compete tal
encarso ls

Estranha-se muitas vezes que
as Juntas de Freguesia não de-
senvolvam a área sob a sua jus
risdição. E” culpa nossa? Certa-
mente que não… <=

Adoptou-se o método cómodo
de por tudo e por nada se fazer
um pedido à Câmara. A Câmara
passaria a ser uma agência de
informações, e uma casa bancá-
ria onde se solicitava dinheiro,
sem vencimento de juros, para o
que quere que fôsse preciso. Se

gava, a administração é má, e a
Câmara só quere: receber.

Não pode ser assim, meus
Senhores.

nismo coordenador da activida-
de concelhia, e não o organismo
impulsionador da inactividade.
hd Juntas de Freguesia têm de
recorrer ao auxílio do Estado,
aliviando os encargos da Câma-
ra. Consiste nisso a colaboração
que as Juntas devem ter com os
Municípios. Ainda no campo
económico ouro auxílio elas de-
vem prestar. E’ o de propagan-
dear perante os seus paroquia-
nos sobre os deveres a cumprir
como: contribuintes e como ho-
mens. Quanto maior fôr o ren-
dimento do Concelho, mais vo-
lumosas serão as receitas do
Município. Quanto mais volumo-
sas forem as receitas do Muni-
cipio mais receberão as Juntas
de Freguesia.

Mas, tristemente, eu verifico
que muitas vezes se estimula O
não cumprimento dos deveres a
cumprir ! :

V. Ex.” sabem bem que há
casos assim.

РCusta-nos muito dizer que ṇo,
mas seremos a isso obrigados
com a facilidade com que muitas
vezes se pede. Não nos poderão
condenar por isso, pois se o fi-
zermos é por a isso nos obriga-
rem, é… ao mesmo tempo o
nosso ;não poderá despertar va-
lores adormecidos e estímulos
necessários.

Ãos Presidentes das Juntas de
Freguesia compete colaborar com
o Presidente da Câmara Munici-
pal em tudo o que seja de inte-
rêsse para a freguesia — di lo o
n.º 2 do artigo 262º do Código
Administrativo, e eu lembro-o a
V. Ex.º. Mas essa colaboração
não consiste só em pedir dinhei-
ro para melhoramentos, mas sim
no estudo da forma de os exe-
cutar.

Meus Senhores:

Não desejo massa-los por mais
tempo. Sei bem do sacrifício que
fizeram os que tiveram a atenção
de vir aqui acedendo ao meu
convite, e por isso eu peço des
culpa, é apresento os meus agra-
decimentos. Bem hajam V. Ex.’º.
Oxalá que a Vossa presença

bons frutos. E oxalá que V.
Exº’ aqui venham em breve di-

Concelho de Oleiros estão pros-
perando com a Vossa acção, pas
trocinada pela acção da Câmara.
Seria êsse um dia feliz! E peço

 

A distribuição de socorros aos

o dava, havia satisfação de quem |.
o recebia, e comentava-se que a,
administração era boa; se 0 ne-

A Câmara-tem de ser o orga- |

aqui, venha a ser a origem de

zer-me que as Freguesias do.

Hospital da Sertá

Subscrição aberta pela «Co»
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisbca,
para a compra de material
cirúrgico :

Transporte, 2.662350.

” Ex.ӼS Srs, António da Costa,
Emílio Mota, dr. D. Fernando
P. Almeida e Silva, Jorge Mon
teiro Guerra, José Marques Re-
sina, Manoel-V. Ferreira de An-
drade e Mário Lopes da Silva,
5$00 cada; António Rodrigues,
Eduardo B. Andréa Ferreira,
Fernando Antunes, Henrique Pi-
res Marinho, João Lourenço Fer-
reira, José Guilherme de Olivei-
ra e Manoel Neto, 2850 cada;
José J. Wintermantel dos Santos,
1300. Soma, 53850.

À transportar, 2.716800.
sine

Licenças do Comércio e
Indústria

| Até do dia 29 do corrente, im-
preterivelmente, devem-ser soli=
citadas, na Secretaria da Câmara,
as licenças de comércio e indús-
tria, sendo, contudo, preferível
que os contribuintes as solicitem
desde já, a-fim-de evitar aglome-
rações nos últimos dias do mês.
“E? indispensável: a apresenta-
ção do recibo da contribuição
industrial do corrente ano.

ego ED tag ;
PUBLICAÇÕES RECEBIDAS
“De Nuno de Castell-Branco recebe-

tos indirectos e sua liquidação, cobran-

ca e fiscalização» — Util a todos os fun-
cionários . administrativos — Câmaras
| Municipais — Funcionários da Inspec-
“ção Geral de Finanças — Advogados —
| Solicitadores e contribuintes.

Trata, designadamente, de «Inpos-
tos indirectos, competência da Câmara
Municipal, Posturas, Conselho Munici-
pal e Orçamento», comportando, ainda,
O «Projecto de um regulamento para a
liquidação, cobrança e fiscalização dos
impostos indirectos», «Modêlos a que
se refere o regulamento» e «Formulá-
rio». E um trabalho de compilação que,
-como. diz O autor, «vem preencher uma
lacuna na bibliografia administrativa».
As 42 páginas do texto contêm escla-
recimentos valiosos para todos aquêles
que, por ofício têm interêsse e conve-
niência em conhecer a matéria fiscal,

O livro foi impresso na Tipografia
Comercial, de Anadia.

O autor, a quem agradecemos a ofer-
ta, anuncia a publicação, certamente
em futuro próximo, do «Manual do Con-
tencioso dos Impostos e outros rendim
mentos municipais».

o
Do Grémio dos Exportadores de Fru-
tas e Produtos Horticolas da Ilha da
Madeira, com Delegação em Lisboa, na
Rua dos Bacalhoeiros, 99-20, D.to, rem
cebemos, acompanhados de uma carta
muito amável, 5 exemplares de um con-
to infantil, recheado de magníficas gra»
vuras, de que é editor, intitulado «His-
tória Maravilhosa do Príncipe Branco
e da Princesa Esmeralda».
Agradecemos a gentileza.

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Caslelo Branco

Deus que venhã a ser uma

Meus Senhores:

estrutura económica e social no
Concelho, e em que o Concelho
seria tudo, e em que tudo seria
pelo Concelho.

Não podemos pois ficar dor-
mindo socegadamente, cuidando
sómente de nós e dos nossos
interesses.

Não poderemos recostar-nos
comodamente e com a consciên-
cia trangúila.

Não; é preciso lutar pelo pro-
gresso do Concelho até se con-
seguir a vitória.
| Exige-o a nossa honra e O
“nosso brio.
|. Cumpriremos pois o-nosso De.

Ver mos um exémplar-da sua obra.«Impos-:

realidade. Confio em V, Ex.ºs.|

Seria êste o início dum movi-,
mento para a construção duma

 

7 EE TO

Á MARGEM DA GUERRA

A Grécia deu ao mundo exemplo imortal de amor da sua indepen-
cia. Na gravura prisioneiros italianos numa base militar grega

JVolasa lápis

(Continuação)

À autoria de R. Laranjeira
publica o «Diário de
Coimbra» de 15 do corrente,
um artigo sob o palpitante te-
ma «O Congresso da Impren-
sa Regional», a que faremos
especial e circunstanciada re-
ferência no próximo número.

Bot Sopa
A fôlha oficial de 22 de Fe:
verei ro último publicou

a relação dos fornos de cozer
pão à maquia existentes no

| Continente da República, e

manifestados nos termos do
decreto nº 18.820, de 5 de
Setembro de 1930

No total existem 227 fornos,
dos quais 209 no distrito de

Castelo Branco, e 18 no de:

Santarém.
gra ED seg

Gôlehas de Gastelo Brango

Uma bela exposição de côl-
chas, tam afamadas, de Castelo
Branco, se realiza na capital do
distrito nos dias 26, 27 e 28 do
corrente, tendo-se escolhido para
tal fim o sumptuoso Hotel de
Turismo, a «sala de visitas» da
Província como alguém, com
muito acêrto, o designou.

À exposição abrange côlchas
antigas, preciosidades que inte
ligentemente se souberam con-
Servar através dos tempos, e
modernas, estas produzidas pela
Escola de Bordados, fundada
pela Junta de Província, que em
feliz hora, tomou sôbre si o en:
cargo de fazer ressurgir uma in-
dústria caseira maravilhosa.

Esta exposição de arte e bom
gôsto, que temos pena de não
observar, há de marcar como
um grande acontecimento regio-
nal e será, por certo, um incen-
tivo para produzir um maior nú-
mero e mais variados modêlos.

Asrtpaaeç
FEIRAS

Realizam-se àâmanhã as feiras
de S Marcos, na Sertã — no a-
prazível Monte de Santo Antó-
nio—e no Pergulho, concelho
de Proença-a-Nova.

tg) ge
IMPRENSA

O nosso estimado colega Cor-
reio da Extremadura, de San-
tarém, de que é director o sr. dr.
Vergílio Arruda, festejou as suas
bodas de ouro com um número
de muitas páginas, que apresenta
magnífica prosa e belas grayu-
ras da capital do Ribatejo e da
região que vem servindo devo-
tadamente e através de todos os
os sacrifícios.

— Entrou no 5.º ano de pu-
blicação o prezado confrade À
Beira Baira, dirigido pelo sr.
António Rodrigues Cardoso, que,
com aprumo e vigor notáveis,
vem defendendo os interesses da
nossa Provincia.

A ambos :presentamos as nos=
sas felicitações,

Chã das cinco

As mulheres… e o vinho

O leitor, mesmo que se furte ao tra-

balho de laboriosas pesquisas ou não .
tenha propensão para esquadrinhador,

facilmente topa, aí por essas tascas,

aos domingos, dias santos e, o que é –

mais, nos dias de trabalho útil, mulhe-
res do povo, solteiras e casadas, empi-
nando — que aquilo não é beber! —
copos e copos de vinho, de parceria
umas com as outras, com os maridos,
nos e outros homens da mesma igua-

ã.

E” uma cena que o leitor observa to-
dos os dias e quási lhe é familiar por-
que essas mulheres não se escondem,
são de uma indiscreção e leviandade
que nos deixam atónitos. Depois de
copiosas libações, já de vista turvada,
com o cérebro a escaldar e pernas mal
seguras, soltam imprecações horríveis,
falam da vida alheia com o desplante
próprio de ébrias incorrigíveis, enchar-
cando de lama vidas austeras e dignas.

Algumas perderam por completo a
vergonha, guiadas pelos exemplos dos
pais ou dos maridos. Perderam a noção
do respeito que devem aos filhos e ao
próprio sexo, atolando-se no vício da
bebedeira, sem dúvida mais repugnante
nelas que nos homens. E É

“Gastam na tasca — elas e êles— o
dinheiro que deviam destinar à compra
do pãosinho e roupa dos filhos, que, no
catre imundo, choram suas desditas—a
negra fome e o inclemente frio — miti=
gada uma e atenuado outro com blasu
fêmias ou tareia de criar bicho…

Esses pais e essas mãis perderam a
noção completa dos seus deveres a
dentro da família e da sociedade e pas-
saram a viver como brutos, como ver=
dadeiros criminosos, digamos antes,
cavando, bem funda, a miséria e a de-
sharmonia do lar, destruindo os laços
afectivos que, pela vida fora e para
sempre, os deviam ligar aos filhos.

ZE FERRÃO
auge Pega

TOSSE CONVULSA

Contra a tosse convulsa apon-
tam-nos um remédio caseiro,
afirmando que dá o melhor re.

sultado: das fôlhas do pesse-.

gueíro, que devem ser sêcas Ã
sombra, fazer uma infusão, para
ser tomada duas ou três vezes ao
dia.

E como não há prejuízo algum
em experimentar, aqui fica a re=

ceita.
ego BD fo

BENEFICÊNCIA

Um anónimo enviou-nos a im
portância de Esc. 20800 com dese
tino à Sopa dos Pobres.

Em nome da benemérita insti-

tuição, agradecemos.
ros .
Excursão a Fátima

As organizações católicas l0=
cais preparam-se para uma gran-
de excursão a Fátima, no dia
3 de Maio próximo, havendo já
elevado número de pessoas ins=
critas.

Em muitas outras localidades
do País se preparam excursões
a Fátima num dos mesmos dias,

A
OS AMIGOS DA «COMARCA»

O sr. Isidro Ferreira, de Lis=
boa, propôs, para assinante, o
sr. João Mateus, da mesma cida-

Agradecemos,