A Comarca da Sertã nº227 16-01-1941

@@@ 1 @@@

 

—- FUNDADORES -—
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
— António Barata e Silva ——.
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa

aii Ene ado Ferri e ist Composto e Impresso
G =| DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO ER
bo o Boluanolo pista da Titua Coreia. em TP. e
= — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— DO
| |RUA SERPA PINTO-SERTA sbt
> == j TELE FONE
<. PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS E 112:

, I VON
JAINO W | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã; concelhos de Sertã ICN SPA
“ Nº227 Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação ) 1944
co –

Notas …

DE tal forma tem sido o trio

na nossu região, que, em
diversos pontos, tem caído
meve. Também, no sábado, a
neve cain, na Sertã em peque-
ninos flocos transparentes,
que se desfaziam ao chegar
ao solo,

Se não estamos em êrro, for
em 1917 que aqui honve uma

rande nevada, tam intensa
fue a vila e arredores se man-
kveram sob uma camada de
multos centímetros de espes-
sura durante dias e dias con-
secntivos. Foi um alegrão para
os rapazes: dêsse tempo, por-
que constituin um agradável
divertimento e deixou sailda-
des; Ainda nos lembramos de

ué: no adro se fizeram mais
fus* bonecos e por essas ruas
uma quantidade , infinita de
bolas, que iam engrossando à
medida que rolavam nos pa-
vimentos. Do adro arremessa-
va-se nma chuva de bolas para
a rna do Vale; era um perfei-
to bombardeamento /

– Tôda a gente saía à rua
ara assistir qo lindíssimo es=
ecláculo raro na região; à
Wperatura era amena, mas,
depois, quando a neve se prin-
cipiava a derreter, vinha um
frio insuportável,

* Disse “alguém que Deus fez
tulvez o mundo para o hos
HEM, mas aneveea areia com
ríeza as fez para as crian-
gas. om neve e areia, dóceis
e maleúveis, realizam as crian-
gus todos os projectos das
suas imaginações impacientes.
Rapidamente constroem e des-
troem, porque areia e’ neve
obedecem à sua voz como é
de pequeninos e tirânicos cria-
dores. Ambas lhes trazem saú»
de e vida, uma no:ar tónico
do mar sen visinho e namora-
do, a outra no frio são e vivi-
ficante que a crione no man-
to de imaculada alvara com
que afoga lamas e poeiras. .

: eo

M Santarém há uma insti-

v tnição de beneficência, di-
rigida por senhoras, com a
pitoresca designação de «Obra

Ovos.
* Mais importante que um ôvo
é a sua acção, verdadeiramen-
te crista, em benefício de de-
zenas de pobrezinhos. Note-se
que a quota, de muita gente,
é de um ôvo por semana.

Home

Por. Anna publicada na

fólha oficial de IO do cor-
rente, foi reduzida para mil
escudos mensais on o sen egui-
valente, a emissão de saques
individuais para pagamento
fora da colónia de Mopambi-
gre, de seguros e de mesadas,
“não podendo também o valor
total dêsses saques! exceder
10 000800. mensais, om o sem
equivalente, o

REGIONALISMO

0 nosso inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca da Sertã.
Depõe, hoje, .o sr. dr. Abel Carreira, digno Presidente da
Junta de Fréguesia de PEDRÓGÃO PEQUENO

-.Sr. Director de «A Comarca
da Sertã»

‘Atondendo ao pedido solicitado por
V. .. cumpreeme hcje dizer-lhe — para
conhecimento de todos os que se interes-
sam pelo progresso e pelo bem da fregue
sia de Pedrógão Pequeno, e ainda para
aatifazer o géu desejo de lial cooperador
nu interêsse geral dos poyos— o que se
tem feito nos últimos 10 anos, e o que es-
tá projectado fazer-se, é ainda falar sôbre
as aspirações máximas dr actualidade,

Subsídios dados pelo Estado

Em 1931 deu o Estadu 10 contos pa-
ra reparações no edifício escolar, para
ambos os sexos, de Pedrógão Pequeno.

— Em 1935 deu 2.500800 para repara-
ções nêste mesmo edifício e 2500800 para
reparações no edifício escolar da escola
dupla do Bravo, desta treguesia,

—Em 1940— 100 0300 para explo-
ração de águas potáveis, construção de 2
chafarizes, um bebedóiro é um lavadouro
no lugar do Bravo,

Estas obras estão a concluir-se de
vendo ser inauguradas brevemente,

Obras lovadas a efeito pola
Junta do Freguesia

Em calçadas nas ruas da vila do Pes
drógão Pequeno nos anos de 1983-1985
1988- 1989 e 1940, gastou respectivamen-
te 300800 – 110800″. 900800 – 1.100800 e
298300,

Em 1933 e 1934 com alargamento,
terraplanagem, murcs p arborização com
o Largo de S. Sebastião, 5 400300. à

“Em 1935, com as retretes para as 6 –
colas oficiais desta vila é um pequeno de-
pósito para águas a-fim-de se proceder à
limpesa daquelas 8 800800.

— Em 1936, com a reparação dos mu-
ros, portões e capela do cemitério desta
vila 7.800800 )

Em 1937, com a restauração do Pe-

Jouúrinho da vila; placa anexa e embeleza-

meato do Largo de 8. Sebastião 8. 00800,
Com os bancos de granito dôste mes-
mo Largo e do Adro da Igreja Matriz

2 050800.

Em 1938, com a instalação de 2 fo=
gões de lenha para aquecimento das duas
escolas desta vila 603840.

Em 1989, com cs caminhos vicinais
2,6500800.

– Na fonte do lugar do Painho 242300. –

Em 1940, com a instalação da estação

telofon-opostal é cabine telefónica 645890,

(concelho da Sertã).

E E

No pontão do Ribeiro do Fundo da
Lamba, 178300.

Obras nos depósitos das águas cana-
lizadas vila e respectivos ‘chafarizes
732845,

No Pontão e passagem sôbre o Ri-
beiro da Cova 1 95b:;(0.

> 4

A Câmara Municipal da Sertã deu os
seguintes subsídios: em 1938 2,5600800;
em 1939, 1.500800; no 1.º semestre de
1940, 1.000800.

v 9

A Comissão de Melhoramentos Pró-
Pedrógão Pequeno gastou já com as re
parações na tôrre, Igreja Matriz, Almi-
nhas do Cabril e caiação do edificio esco-
lar desta vila 6.015800, e

Como «A Comarca» tem publicado e
é do conhecimento geral, estas obras fo-
ram realizadas com dinheiro obtido de
particulares e um subsídio desta Junta
de Freguesia,

> 9

Está em projecto, com dotação para
1941, o alargamento da Praça «Angelo
Vidigal», desta vile. !

“Aguardando dotação, o projecto das
fontes no lugar do Vale da Galega, desta
freguesia,

O 9

Vai esta Junta do Freguesia solioitar
da Junta Autónoma das Estradas o alca
troamento da estrada nacional 54 2º na
distância de 400º que vai do Bebedoiro
Público até junto do cemitério por se le-
vantarem densas nuvens de pó, durante
parte do ano, e ser de grade prejuiso para
a saúde dos habitantes junto daquela es-
trada e nomeadamente dos alunos das
duas escolas cuja fregiiência é enorme,

o 4

E’ de grande interôsse, quer público,
quer particular, a continuação da Estrada
b9 2.º entre esta vila e a Madeirá, que ve-
nha a servir 08 lugares do Vale da Gale-
ga, Cimo da Lomba, Póvoa de Alegria,
“Vale do Coura, Fontainhas, Bravo e
Pedrogueira !

E bem assim a estrada entro Pedró-
gão Pequeno e Pedrógão Grande,

A Bew da Nação
O Presidente da Junta
a) Abel Carreira

««. ad lápis

O Império Britânico mostrous
se sempre confiante na
vitória, mesmo ao princípio da
guerra, quando dos sucessie
vos e formidáveis reveses de
Dunguergue e da Noruega. >
Porquê? Porque possue, tos
do esse Império, ama fôrça ex-
traordinária de coesão, vera
dadeiramente admirável, e que
o mundo jamais conheceu em
relação ao. tamanho do terri=
tório e variedade de raças que
o povoam, tôdas obedecendo a
um ideal comum, porque a
persistência e espírito índo-
mável de sacrifício, na raça
britânica, excede tndo quanto
se possa conceber; porque os
recursos materiais, indispen-
sáveis à luta, são ilimitados.

Reparemos que o grande po
vo britânico, que não tem acen=
tnada vocação para a carrei-
ra das armas, antes é no co-
mércio eindútria e na coloni-
zação que êle encontra o sem
modo de vida preferido, impro-
visando exércitos à última ho-
ra consegue criar soldados
valentes e heróicos, que semes
dem com os melhores do muna
do, alcançando feitos que há
bem poucos meses estavam fo
ra de tódas as previsões. Ve-
Jamos, finalmente, que a In«
glaterra, com os assinalados
êxitos na Líbia, tanto de ada
mirar por virtude do potencial
guerreiro da Itália, não apres
g0a cantatas intíteis, mas, pelo
contrário, senhora das reali-
dades, afirma que o caminho
da vitória final está cheio de
perigos e obstáculos e só uma
fé ardente e viva nos destinos
da raça inglêsa, que sempre
amou a liberdade como o mais
precioso dom que Deus lhe

concedeu, os poderá destruir,

onda
NO Código Administrativo,

que acaba de ser promul..

gado, há, no capítalo de Ag.
sistencia, uma disposição mais
to interessante e curiosa: «O
Governo determinará que os
vencimentos dos fancionários
figuem sujeitos a uma dedus
ção cujo produto se destina,

exclusivamente, a subsidiar o.

sustento dos filhos dos fun-

clonários que tiverem names

rosa família»,

Com o fim de proteger as
familias numerosas, de funm
cionários ou não funcionários,
seria justo lançar um imposto

aos celibatários e ds classes |

ricas. Isto mesmo se fez na
ltália há tempo. Estas medi-
das viriam tornar eficiente q
disposição que acima citamos,

O nosso rei D. João IV, jo,

Restanrador, vai ter uma
estátua equestre em Vila Viços

sa, que se diz ser muito impos
nente e um trabalho magnifi- .
Tanta :

co do distinto escaltor
cisco Franco, E

 

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Regulamento Municipal das Licenças para exereíeio de Comércio

Po O Tndistria nO Concelho da Sort

Art, 1.º — Para o exercício de
qualquer actividade comercial ou
industrial é obrigatória a licença
camarária a, que se referem o n.º
5.º do art. 600:º e art, 606.º do

— Código Administrativo.
* S único — Nos termos do dispos-
to do Decreto n.º 17.813, de 30
de Dezembro de 1929 fica excep-
tuada a indústria sobre viaturas
automóveis, o
* Art 2º — As licenças de que
trata-o artigo anterior, respeitam
ao periodo pelo qual tiver sido li-
quidada, pelo Estado, a respectiva
contribuição industrial, devendo
aér pedidas ou requeridas ao Pre-
pidente da Câmara até ao dia 31
de Janeiro ou nos 30 dias seguins
tes àquele em que fôr iniciada a
actividade comercial ou industrial,
é pagos pelos interessados até ao
último dia de Abril de cada ano,
ou dentro dos 30 dias que seguem
êquele em que a actividade comar-
cial ou industrial se iniciar.
U Art. 3º — As licenças de estas
Delecimento comercial ou industrial
são devidas pelas empresas singu-
lares ou colectivas, suas sucursais,
filiais, agencias, delegações, cora
respondencias ou estubelecimentos
que exerçam qualquer ramo de co
mércio ou indústria neste concelho,
sa sua liquidação terá por base o
lançamento da contribuição indus-
trial do Estado — verba principal
— 6 as declarações dos contribuin-
tos, quando se trate de sucursais,
filias, agencias, delegações, core
respondencias, ou estabelecimentos
que sejam colectados por outro con-
calho,

S único— As declarações com-
preenderão o ramo de comércio ou
indústria e o rendimento ilíquido
presumivel da sucursal, filial, agen
cia, delegação correspondencia ou
estabelecimento, devendo ser apre.
sentadas na secretaria desta Cá-
“mara Municipal, até 31] de Julho
de cada ano. ‘

“Art, 4.º — As taxas de licença
serão as fivadas no orçamento mu=
nieipal, dentro dos limites do art.
607.º do Código Administrativo, ou
seja até ao máximo de 10 º/, da
importancia da colecta da contri
duição industrial paga ao Estado,

des anónimas.

Art, 5º-— Os rendimentos do
Estado, abolidos nas licenças ca
marárias pelo art. 8.º do Decreto
lei n;º 22,520, de 13 de Maio de
1983, são substituidos pelo adicio-
nai criado pela alínea a) do 8 1.º
do citado drtigo,

Art, 6º — A falta de licença é
punida com a multa da importân=
cia de 30500 pela primeira vez,
acrescida de um terço por cada
reincidencia, nos termos do dispos
tono nº 2º do S 2º do art. 52º
do Código Administrativo

S único — À reincidencia pela
falta de licença verifica se dez dias
depois da última autuação.

Art. 7.º — A Secretaria da Câs
mara, 80b pena de sanção cominada,
no S 2.º do art, 135.º do Decreto
n.º 16.731, de 13 de Abril de 1929,
mão poderá passar as licenças 80=
licitadas, sem apr ção, pelo
interessado, do recibo comprovativo
do pagamento da contribu’ção in-
dustrtal ou do duplicado da decla
ração a que se refere a Portaria
n.º 6.305 de 5 de Agosto do mes-
mo ano, quando se trate de indús
trias novas,

S único — Para as licenças pe-
didas até 31 de Janeiro de cada
ano, poder-se á aceitar os recibos
do ano anterior, conforme conces-
são. estabelecida pelo art, 4º do
Decreto n.º 16 874, de 24 de Maio
de 1929, e Aviso do Ministério das
Finanças de 2] de Janeiro de 1936

Art. 8º — À fisculização das
disposições contidas nônte Regula-
mento compete aos funcionários
municipais dela encarregadus, é
aos agentes de policia e Guarda
Nacional Republicana, e 08 pro-
cessos das transgressões seguirão
08 termos prescritos nos art.’* 635.º
e seguintes do Código Alministra-
tivo,

S único — Nos termos do Jispos
to no art, 6:2,º do citado Código,
aos autuantes pertence metade do
valor da multa.

Art. 9.º— O presente Regula-
mento que revoga todas as deter-
minações camarárias anteriores em
contrário entrará em pleno vigor
em 1 de Janeiro de 1941,

ou de 5º), tratando-se de socieda-

“€ Sertã, 16 de Dezembro de 1940,

=» Aprovado em sessão do Conselho Municipal de 11

de Novembro de 1940.

O Presidente da Câmara — (a) Curlos Martins.

“Grande nevada

“O intensíssimo frio que na re
fão se tem registado, tuan-
lo-se cada vez mais no fim da

semana transacta, era prenúncio
de nevada iminente e, de facto,
nã noite (de sábado para domin:
go, Calu muita neve, o que não
se verificava, com tanta abundân-
cla desde 1917 ou 1918.
Na madrugada de domingo, a
Vila, arredores e, dum modo ge
ral, tóla a região, surgiram co»
bertos dum manto alvíssimo, duma
surpreendente | beleza, atingindo,
a, neve em diversos pontos mui-
tos | ti os de esp a
Miradouro, o Adro, tôdas as mon
tanhas em derredor da Sertã ofe-
receram um espectáculo graridios

– BO é verdadeiramente encantador,

É Informaram-nos que em Serna-
Che do Bomjardim a neve caiu
com rara intensidade, como não
há memória, ” ê
Muita gente procurou os pon-
tos altos da Vila para
estranho panorama e diversas
pessoas foram de abalada ao Al-
to da Cava pare melhor cbservar
a nevada, que ali se apresent
em tôda a sua grandeza; a estras
da e os campos maravilhavam
ela altura, as á vores e os ar»
ustos ostentavam rendilhados
exóticos, como vestidos de lim
das e imaculadas roupagens…
Via-se cair a neve em flocos

certo, .

de rata gracilidade | O vento rijo
e glacial que ali soprava e o ne-
voeiro densíssimo impediam que
se fósse mais além.

No domingo, as ções
estiveram cortadas entre Oleiros
e Sertã.

Quero fazer melhor venda dos

artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando Juma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertã»,

bardit Universal (iporiugá-
veis) e Sobreludos

Nas mais bonitas côres e
hos melhores preços,

| Assis Lopes & Irmão, L.”

ozar 0 |

Praça da República
SERTÃ

Criação e vos

– Precisa -86- fornecedor

Resposta a sta Jornal,

CONCURSO

A Câmara Municipal do
Concelho da Sertã faz pú-
blico que, por deliberação
tomada em 31 de Dezembro
de 1940, e nos termos dos
artigos N.º 462 e seguintes
do Código Administrativo,
e mais legislação aplicável,
se acha aberto concurso de

A Comarca da Sertã

CARREIRAS:

entre Castelo Branco e Coimbra;

ÁS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS

Castelo Branco — Sertã — Figueiró dos Yinhos — Coimbra

Companhia de Viação de Sernache, Ld.º e Viação
Castanheirense, Ld.”, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação

provas públicas e documen- ns
tais, por espaço de trinta | Castelo Branco 9-00
dias, contados da segunda e | Sobreira Formosa Il-00 TI-lo
última publicação dêste a | Proença a Nova 11-30 1l:&o
núncio no/«Diário do Govêr | Sertã 12-30 13-00
no», para o provimento do | Sernache do Bonjardim 15-20 13.33
lugar de escriturário de 84 Rigneiró dos Vinhos 14-15 14-25
classe do quadro. privativo | Coimbra 16.45
desta Câmara. com o venci-
mento anual ilíquido de AS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
6.600400, vago por ter sido CHEG. PART.
criado em virtude da remo- Coimbra 1L50
delação do pesmo quado, | Figueiró dos Vinhos 1.05 14-25
superiormente – antorizada, | Sornaçhe do Bonjardim 15-07 15lo
que extinguiu o lugar vage Sertã 15-30 15:30
de escriturário de 2.º classe, Proença a Nova 16 24 16 35
anteriormente existente, Sobreira Formosa 1655 1705
Sertã e Paços do Conce-| Castelo Branco 19 00
lho, 10 de Janeiro de 1941.
O Presidente da Câmara
Carlos Martins á Mercearias Camas e Colchoaria Gravatas E
A N U N C I O Perfumarias Cobertores de lã e algodão Modas s
Papelari Esjas Malhas E
(2! publicação) .E a E = E a
ES E E
Faz-se sabêr que no dia dezoi= EE Louça esmaltada o E | ã sá Riscadaria Es
to do corrente mê: de Janeiro, || = Z | os z E ã
pelas doze horas, á porta do Tris | | 3.s | Sabina [1a E
bonsl Jadioisl desta comaros,|| E =| louça de Sacavém À HE Is td Enfestados s
se há-de proceder á arrematação | | E & 8 Vista Alegre is lg ()] Brancos e Crús E
em basta pública do prédio a se- Ss o e 3 E
gulr desarit-, penhorado na exe. ss u
cução Em ária A José Tavares | its = u ap ê
Mouta, da Sertã move contra =
António Ferreira Pimpão e mu- 5 z
lher Msrix A ouita, do logar da E Tabatos dalehas de seda é porgorão nie a
Herdade, freguesia da Sertã; E –
PRÉDIO Ferragens Lenços de lá e algodãa Cinarda-sóis E
Casa de habitação com tôdua
as suas depepdênoias e logradou=
ros e terra de cultura, mato e
oliveiras, sits na Barroca da Care | cy « ESTABELECIMENTOS

valha, limite do Picoto, fregue-
ala da Sertã, inecrita na matriz
sob os artigos 1214.urbano, e
4,284, metade-rúatio), e descrito
una Conservatória sob o númer:
28 469, Vai pela segunda vez á
praça no valor de seiscentos e
quarenta escudos — 64000,

Sertã, 6 de Janeiro de 1940,

Verlfiquel,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Obefe da 3.º Secção, int,?,
Armando António da Silva

Oficina de Chapelaria
a DE =

João Martins Pinheiro

Venda e fabrico de chapéus
Conserto, fi ção, lavag
tintos em chapéus usados

Sempre á venda os últimos e mais mo-
dernos modêlos de
chapéus em tôdas as côres

Parloição e economia
PREÇOS SEM COMPETÊNCIA

Praça da República- Sortá

Colégio VAL SER

Gurso dos Licous

Instrução Primária

Semache do Bomjariim

DE

Br

CAFÉ MISTURA

Lote Popular, moído, em pacotes de 200 gm,

» Família, moído, . . . kg
» N.ºlI,moído . , Ô kg
» Extra . a . a kg
» em grão, torrado . q kg
>» Do » extra-escolhido kg

9800
12800
8$00
12400

António da Silva Lourenço

ii: São os que mais barato vendem e maior sortido têm ::
Prefiram sempre os magníficos cafés desta
casa por serem importados arús, Os únicos,

na região, que são torrados é moidos para
ao p

1800 kg. 5800
6300

TELEFONE, 6 — RUA CANDIDO DOS REIS =SBRTÃ

“| Garreira de camionetes de Passageiros entre
SERTÃ E PROENÇA-A-NOVA

Concessionária : Companhia Ulação Sernachê, b0.º
Sóde — Sernaoho do Bom/ardim
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Proença-a-Nova + «qu 19
A’s 2.º, 4″ o 6,” feiras Cheg. Part.
Proença-a-Nova PR SA RR a e 6,30
Sento vio o RR a Ro RO Ui 7530,

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Escritório e garage; em Lisboa; Avenida Almirante Reis, H.62

Rapidez 1 À62

 

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A Comarca da sertã

 

E O E O SS

QUADRO DE MISÉRIA

Há, talvez, dois meses, veio
parar à Sertã um pobre casal de
pedintes, trazendo consigo uma
criancinha de tenra idade; vinha
das bandas do Norte e por aqui
ficou, porque a mulher, vítima
de doença grave, não podia con-
tinuar a dura peregrinação por
essas terras.

Senhora caridosa deu pousada
aos infelizes num palheiro e a
mulher foi depois internada no
hospital, onde o marido, que an-
dava sempre com a criança ao
colo, a ia ver todos os dias.

“A infeliz, sem possibilidade
de cura, saiu do hospital na pe-
núltima semana e morreu no dia
7. Ainda teve quem lhe mandas-
se fazer o caixão | Ainda houve
pobrezinhos a acompanhá-la à
última morada !

E e é feito agora do marido
e da filhita?

Não sabemos. Talvez já te-
nham debandado para outras
terras, em busca de amparo

Morta a mãi, podia a criança
ser recolhida por família abasta-
da, Que bela obra de caridade e
de amor ! Gasta-se tanto dinheiro
em luxo é futilidades!

Dias antes da mulherzinha sair
do hospital, recebemos a carta
que vamos transcrever e que cau-
sa profunda comoção pelas ex-
pressões que encerra :

«Meu caro Eduardo Barata —
E” preciso viver junto da miséria
e da dôr para que possamos sen-
tir as agruras da vida. Lá fóra,
longe do tumultuar do infortú-
nio —só porque ouvimos dizer
que há quem tenha fome e quem
tenha frio; quem sofra no catre
dum hospital, ali agonise e mor»
ra, para ser depois atirado à vala
comum como resto desprezível
dum ser que Deus criou — não
podemos nunca avaliar profun-
damente o que isto é. E” preciso
viver junto dos infinitamente
desgraçados; ouví-los e palpitar-
lhes a alma em descrença para
e tão avaliarmos com conheci-
mento de causa o que é a Des

– graça! Sugere-me esta carta uma

criança de poucos meses que o
Delegado do Govêrno na Sertã
arrancou do lodo, e muito bem,
mandando-a para o hospital, en-
quanto a mãi — um farrapo em
decomposição moral e física —
e tadeia numa cama da enferma-
ria, Vejo-a às vezes arrastar-se
encostada a um homem andrajoso
e sujo — tam sujo e tam andra-
joso que parcce amedrontar o sol
que êles procuram para se aque-
cerem… Inquiri da vida dêste
horrível par, cujas feições se es-
condem nos farrapos que os co-
brem, e soube que anda de terra
em terra, mendigando e afogando
no álcool mortíf ro o resto da
vida. Pois a criança, linda como
os anjos, com uns grandes olhos
pretos muito vivos, é filha dês-
tes desgraçados! Veja V, a sorte
que a espera. Lembrei-me de lhe
escrever para que V. num apêlo
às senhoras da sua terra apresente
êste a confrangedor, vivo
e palpitante, e lhes peça para que
salvem a criancinha das garras
da miséria e do vício. E fico
certo que, ao seu apêlo, as se»
nhoras da sua terra não deixarão
de corresponder imediatamente,
vindo até junto da criança, tam
pequenina e já tam desgraçada,
com a sua infinita bondade, com
oseu infinito amor e com o seu
infinito carinho porque são mãis
umas, noivas outras, porque são,
enfim, tôdas mulheres portugue
sas, sempre boas e sempre ge-
nerosas, :
Creia me sempre, etc.

Monteiro do Amaral»
ne

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Os nossos cmigos srs. Manoel
Braz, de Lisboa e Abílio José
de Moura, do Pêso, indicaram-
nos para assinantes, respectiva-
mente, a sr.* D. Adelina Nunes
e o sr. José María Delgado, de
Lisboa, Agradecemos,

Álvaro e as suas aspirações

O que disse o sr. dr, António
B. de JMendonça David,
grande proprietário da Vila
de Alvaro, a um redactor
regionalista do «Diário de
Notícias»:

— Isto já não é o que foi ..
Quando me formei era preciso
ir daqui a cavalo para Coimbra,
acompanhado por dois criados!
E vivia-se. Os homens eram tal-
vez de melhor iêmpera… As
durezas da vida fortaleciam, da-
vam ao próprio carácter mais ri
gidez . Mas eu não sou da-
“quêles que, nada precisando já
| para Si, con rariem o progresso
E esta boa gente merece que fa-
cam alguma coisa pela sua co-
modidade… O que é preciso é
não pedir à tôa, não reclamar
impossíveis… O principal me-
lhoramerto para a região seria,
sem dúvida, a ponte sôbre o Zês
zere, que nos ligaria à Pampilho-
sa da Serra em menos de meia
hora de automóvel, pois estamos
em linha recta a menos de 10
quilómetros. Fica logo na des-
cida daquêle monte mais eleva-
do. Mas para se construir uma
ponte como a que se requere, é
necessário que passe aqui uma
estrada. E, naquelas que estão
classificadas, não a vejo — con-
cluiu, mostrando-nos um núme-
ro do «Diário do Govêrno». A
única possibilidade seria a con-
clusão de uma estrada de Olei-
ros à Pampilhosa. por Alvaro,
aproveitando os quilómetros já
construídos: parte da estrada de
Oleiros à Sertã e êste ramal, Es-
sa comunicação seria na verda-
de, bem útil, não só para esta
freguesia, mas para tôda a re-
gião porque ligaria fácilmente a
província da Beira Baixa ao li-
toral e a tôdas as grandes cida-
des. Esperemos que não subsis-
tam as dificuldades de ordem
estratégica… –

COI
O fornecimento de carnes ver-
des go Concelho

A Câmara Municipal mandou
afixar novos editais em 9 do
corrente, tornando público que
recebia até ontem, pelas 14 ho-
ras, propostas em carta fechada
para a adjudicação do exclusivo
do fornecimento de carnes verdes
durante o corrente ano, nas con-
dições constantes do caderno de
encargos.

Os preços da venda ao público
são os seguintes: Vaca limpa,
1.º classe, lombinho, alcatra, chã
de dentro, 10800; outra carne de
vaca, limpa, 9800; carne de vaca,
2.º classe, com osso, 5800; carne
de capado e carneiro, 4850; car-
ne de cabrito, borrego, cabra e
ovelha, 4800.

A Câmara reserva-se o direito
de não adjudicar, caso lhe não
convenha.

eo
MISERICÓRDIA DA SERTÃ

 

Donativos recebidos de Ou-
tabro a Dezembro últimos :

De D. Amélia Vaz Milheiro, 1
litro de azeite; de D, Albertina
de Carvalho Tavares, 2,5 litros
de aztite; de José Farinha, resi-
I dente no Rio de Janeiro, 500800;
do Delegado Especial do Govêr-
no neste concelho, com destino
a melhorar as refeições, nos dias
de Natal e de Ano Bom, dos
doentes hospitalizados no Hos-
pital desta Misericórdia, 200800;
de Manoel Lopes Júnior, residen-
te em S. Domingos de Carmões,
20800; e de D. Maria José Bara-
ta, residente nesta vila, uma ga=
linha para o jantar dos doentes
nopbltaiizádos, no dia de Ano

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
te Castelo Branco

DA SEARA ALHEIA « « »
UM FOJO

Na vertente da montanha que
dominava a Samardan, havia um
fojo — uma cêrca de muro tôsco
de calhaus a êsmo onde se expu-
nha à voracidade do lobo uma
ovelha tinhosa. O lobo, engoda-
do pelos balidos da ovelha, vi-
nha de longe, derreado, rente
com os fraguedos, de orelha fita
e o focinho a farejar. Assim que
dava tento da prêsa, arrojava-se
de um pincho para o cerrado.
A rês expedia os derradeiros
berros lugindo e furtando as vol-
tas ao lobo que, ao terceiro pulo,
lhe cravava os dentes no pesco-
ço, e atirava com ela escabujan-
do sôbre o espinhaço; porém,
transpôr de salto o muro era-lhe
impossível, porque a altura inte-
rior fazia o dôbro da externa, À
fera provavelmente compreendia
então que fôra lograda; mas em
vez de largar a prêsa, e aliviar-
se da carga, para tentar mais es-
coteira o salto, a estúpida senta-
va-se sôbre a ovelha e, depois
de a esfolar, comia-a. Presenciei
duas vezes esta carnagem em
que eu-— animal racional — le-
vava vantagem ao lobo tam sô-
mente em comer a ovelha assada
no forno com arroz.

Camilo Castelo Branco — Novelas
do Minho, O Degredado

ro
Disse Halifax…

««. Quando recapitulamos os
últimos meses, que por vezes
parecem anos, julgamos que só
por milagre Dunquerque não foi
uma derrota militar definitiva é
que depois da derrocada da
França estivemos nas proximi-
dades imediatas de um grande
irreparável desastre nacional.
Durante êstes dias negros, vimos
a democracia trabalhando no seu
melhor espírito, vimos um gran-
de ministro e um grande povo
trabalharem em mútua confiança.

ro
DOENTES

Tem estado bastante doente a
filhinha do nosso amigo sr. Fru-
tuoso A, Pires de Oliveira, de
Lisboa.

— Nos últimos dias tem alcan-
cado apreciáveis melhoras o me-
nino Alfredo Corrêa de Mendon-
ça David, de Alvaro, que se en-
contra na Sertã, em casa de sua
avó, sr.” D, Ifigénia N. Corrêa e
Silva.

Desejamos, sinceramente, o
restabelecimento completo e rá-
pido dos pequenitos doentes.

HrOro

CINEMA

Depoís de âmanhã, sábado, 18,
ás 21 horas, desenrola-se, no
nosso «écran», <O Rei dos opti=
mistas», sendo, como protago-
nista, MAURICE CHEVALIER
— 0 mais parisiense de todos os
grandes actores franceses do ci-
nema—e ainda MARIE GLO-
RY e ANDRÉ LEFAUR.

Um filme vivo e alegre. Uma
comédia exuberante de graça e
encanto. A sorrir, sempre a sor-
rir, o vagabundo ascende ao lo-
gar de director da Ópera atra-
vés das mais desconcertantes per
ripécias.

do

Exames dos candidatos a
Professores Primários

As provas escritas do exame
de cultura, a que se refere o de-
creto-lei n.º 30.951, de 10 de
Dezembro de 1940 (segundo o
qual são admitidos como candi-
datos a professores primários
indivíduos nas condições releri-
das no articulado do mesmo di-
ploma), realizam-se nos dias 1 e
3 de Fevereiro, em Castelo Bran«
co, para os déste distrito,

HUMORISMO

COMPRIMIDOS… «à Ja carte»

Segundo li, há dias, num dos
diários da Capital, há que regis-
tar mais uma gracinha dos se-
nhores sábios da grande Améri-
ca; a augusta… <Princeza dos
Dollars».

Que um ilustre sabão… ma-
caco, nos diga:

Que o Mundo acaba .. para
aquêles que morrem, que o Sol
está na iminência de se apagar…
fes falta de petróleo, que na

ua não existem seres vivos…

‘nem almas do outro mundo, etc.

Vá. Nada nos custa, por uma
questão de lhe fazer jeito, fingir
que acreditamos. E isto, com a
mesma coragem com que damos
crédito ás informações forneci-
das pelos observatórios meteoro-
lógicos.

Mas, agora, que venha o Snr.
Dr. Robert S. Harris dizer que,
por meio de comprimidos, se
pode sustentar uma família a
4800 por cabeça e por mês, é
abusar da boa vontade dos par-
ceiros, esquecendo que com a
barriguinha alheia não se brin-
ca.

Estando o caso em estudo,
julgo conveniente não o classifi-
car, imediatamente, de ideia lou-
ca saída da cabecinha loura de
um utopista vítima da ciência.

Supondo viável pôr em práti-”,

ca aquêle processo imaginario
de alimentação pregunto :

— O que seria da vida de to-
dos os comerciantes, negocian-
tes e… traficantes de géneros
alimentícios ?

Morriam com certeza, de des-
gôsto, por jamais terem o gosto
de nos levar, quási todo, o nos-
so pobre ordenado, no fim de
cada mês.

Bem poderiam fazer as malas
e ir pastar para outro lado, os
dignos cidadãos de Tuy. Explo-
radores, quási exclusivos, de tô-
das as casas de pasto de Lis-
boa e arredores.

Os restaurantes de luxo e /ou-
tras casas de encher 0… bacho,
em lugar de opiparos menus,
passariam a anunciar a letras
gordas os magros comprimidos,
recebidos directamente do… in-
ventor.

Inúteis e ferrugentos desapa-
receriam os bons garfos da nos-
sa terra. Bons e grandes como
um que conheci em Sernache,

a que, convidado para
um lauto banquête, no final da
festa, sentindo se indisposto, de-
volveu à luz do dia e pela mes-
ma via tudo quanto lhe enchia
0… vasio. E que, passada a
crise, dirigindo-se ao amigo bo-
ticário, exclamou: Ai Graça |
Que desgraça | Era um jantari-
nho tão bom!

Embora decorridos muitos
anos, nunca mais me esques
ceu este facto… histórico e he-
róico que honrou a plêijade dos
comilões portugueses,

Ora o amigo Robert, deve con-
cordar, que isso de aplicar a
pastilha a quem tem fome, é
um crime de lesa… pança.

A’s Ex.”s” Donas de Casa,
como mais interessadas em que
vá por diante a referida desco-
berta, pois resolveria o princi-
pal problema do bom govêrno
da casa, não deve agradar esta
crítica. Não me Ena nada
acreditar que as minhas palavras
serão coroadas de muitos nomes
mais ou menos feios,

Têm razão! Estou sendo in-
justo para com o sábio-filantro-
po. Tanto mais que, sustentando
a família a hostias, eu, como
seu chefe, desfrutava da econo-
mia apreciável que resultava para
a verba destinada à alimentação.

E? certo que elas dirão, como
Victor Hugo:

«Há neste mundo uma [coisa
muito urgente: é ser ingrato».

Porém eu prefiro despender

É Ma a a Pa ea o
4 AGENDAR
o ea a a Nor a

Estiveram na Sertã os srs,
Adolfo Farinha, espôsa e fi-
lha e dr. José Barata C.e Sil-
va, espôsa e filhos, de Tomar,
D. Rufina Barata de Almeida,
de Alhandra e Jaime Henriques
e espôsa, de Lisboa,

— Com sua espósa esteve em
Pedrógão Pegueno o sr. Fans-
to Santana, de Lisboa.

Aniversários natalícios:

8, Armando Martins de Car.

valho, Belas; 18, Francisco M..

da Silva Carvalho, Luanda
(Angola); 20, menina Maria
Odete, filha da sr.º D. Maria
Madalena P. Dias Ferreira,
Amoreira da Tôrre e dr. An=
tónio Vitorino da S. Coelho,
Sernache,
Parabens

rose
BOAS FESTAS

Tiveram a gentileza de nos
enviar cumprimentos de Boas
Festas, que retribuímos e muito
agradecemos, os srs. Major Sal-
vador Nunes Teixeira, distinto
2.º Comandante do B. C. n.º 10,
de Bragança e Amílcar Francisco
de Oliveira, de Lisboa.

HO

Bombeiros Voluntários
da Sertã

A Associação dos Bombeiros
Voluntários da Sertã recebeu,
por nosso intermédio, do sr. José
C. Martins Leitão, conceituado
comerciante da praça de Lisboa,
a importância de Esc, 50800,

ergue
Dr. José Dias Garcia

De Oleiros, onde exerceu o
cargo de notário durante muitos
anos, com rara probidade €
muita distinção, foi transferido,
a seu pedido, para Santarém, o
nosso amigo sr. dr. José Dias
Garcia,

Um grande abraço de felicita
ções, com votos pelas suas me-
lhores prosperidades,

ns

Notário em Oleiros

Por virtude da transferência
do sr. dr. Tosé Dias Garcia para
Santarém, a seu pedido, encon=
tra-se vago o logar do notário
do concelho de Oleiros,

gre

«O EDUCADOR»

Entrou no 9.º ano de publicas
ção êste interessante e utilíssimo
semanário pedagógico, de Lis-
boa, por certo um dos melho-
res da sua classe, proficiente-
mente dirigido pelo sr. Artur
Alves Dias.

Que conte muitos mais anos
de vida, sempre prósperos, são
os nossos ardentes votos.

arm oi
CE

mais, muito mais, do que masti-
gar menos, muito menos,Aos acima citados comerciana

tes, em particular, e, em geral, –

atodos os interessados na exe
ploração de comidas e… be.
bidas, lembro: Que os elemen=
tos constitutivos da composição
«Harris», não contêm a vitamis
na C. A qual, poderá, segundo
o inventor, ser substituída por
sumo de tomates. Assim bem
explorados e esprimidos, fácil
se torna obter um novo ramo de
negócio chorudo e. .. sumarento.

Carlos Simões (Filho)

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

bolsa lápis

(Continuação)

» (OS regimes rácicos e tota-

— litários levam à aposta-|
sia e à barbarie, só a nobreza
da alma eleva e distingue os
indivíduos, e não a côr dos
cabelos, dos olhos e a estatu-
ra física», ; :

«Todo o género humano,
não é senão uma só e univer-
sal raça de homens. Não há
nêle logar para raças espe-|
ciais. Todos os homens são
da mesma família, tados ser-
vídos à mesma mesa, com a
mesma verdade e com os mes-
mos bens».

«Se porventura — por uma
suposição impossível, por um
fenómeno novo de mania de

Ao correr no pequeno burgo
serrano a nova de ser a Junta de

quenos nadas que se, fizeram
montanha de sêda, e quando se
soube que aquêle organismo ani-

uma maior produção, com a cer-=
teza de mercado a preço remune-
rador, reboou aleluia festiva a

de cada dia, À reflexão veio de-
pois ponderar que as amoreiras

suicídio e de homicídio dasi já eram de contar pelos dedos

nações — há homens que prefe-

“ rema guerra à paz então a

– 8. Marino itens, FU

súplica que, infelizmente, nós
seríamos obrigados a dirigir
ao bom Deus, seria esta: dis-
sipai os povos que desejam a
guerra»,
“(Palavras de S. S. Pio XI)
A: República de S. Marino de-
– Clarou destituídas de
fundamento as notícias que q
consideravam disposta à li-
gar-se à Itália nesta guerra.
Hein! A Inglaterra é que
na» gondioa paro Salto Que
Melo

e 40 oficiuis !
“Nada de: brincadeiras
coisas sérias ! 1

dsof DO

A Câmara Municipal de
Ev Abrantes resolvem alte-
rar a nomenclatura de algu
mas ruas da cidade. Assim a
rua Mignel Bombarda passa
a designar-se por D. Afonso
Henriques; a Avenida Defen
sores de Chaves por D. João
fa raa Dr. Antônio Granjo,
por D. João !V; a rna Antó
Rio Maria Baptista, por: D.
Miguel de Almeidaya rna Cân-
ido-dos Reis, por Infante D.
Henrique.

com

A propósito, aizo «Diário

“de Coimbra».
mas tod E

‘-sMuito -bem. São altamente di:

gnos da homenagem. prestada e] *

até a achamos insignilicantissima
aos egrégios nomes indivados,
que: representam na História de
Portugal alguma coisa de muito
superior e muito respeitável:

«Simplesmente nos parece uma |

homenagem muito atrasada, « «
»iQue os patriotas.de Abrantes,,
como nós, possam ipi de en-
tusiasmo ao recordar Os nomes
daqueles portugueses de anta-
nho, que tanto ilustraram e-di-
gnificaram a sua pátria com glo-
rosas e imorredoiras: façanhas,
ésbem justo e muito louvável;,
que após 800 anos decorridos sé
lembrem de homenagear, de for-
ma tão interessante o fundador.
nacionalidade, também é ad-
missiyel; mas que aproveitem q
rito de «rêvanche» para subs-
tiluirem os nomes que existiam,,
elos dos que quiseram enalte.
er, é diminuir muito os nomes
e-o-prestigio -daquelas-altissimas:
figuras históricas |

“Nem mesmo o argumento ide! q
que os nomes sibstituidos lem-|

bram lastimosas. lutas civis, po
derá arredar a idea do espirito
sectarista da resolução. ‘ *
“Se tivessemos de descer a es-
sa acanhada e injusta forma de
E começariamos por ter de,
suprimir os nomes de D Pedro
IV, Duque de Terceira, Viousi.
o da Silveira, Duque de Sal.
inha, etc. etc, da toponimia
nacional. RaALAP ENA 7
; Será muito sincera a homena-,
gem, mas, nas circunstâncias em,
que. foi prestada —. ach a.

das mãos, por haverem muitas
morrido de velhinhas, e não bas:
tarem as que restavam em pt-
jança de folhagem mimosa para
o milagre da ressurreição das
colchas em que o linho e sêda
se casam em bordados de mara-
vilha.

E? necessário voltar ao cultivo

| da amoreira, alguém alvitrou, e

logo choveram os pedidos de
amoreiras. para plantar nos so-
calcos onde o castanheiro se

mirrou, é já três centos nad che-
| gam, por todos quererem plantar
a árvore rias que dá pão para
a’bôca, à criar ‘sêda para enfei-
tar-os ricos: :
‘Comuhga na alegria do peque-
no burgo a Junta de Província,
e no: logar-que para si márcou,
na’ vanguarda dos que pensam
que em Portugal só há uma po-
lítica de verdade, à política da
terra no delib:rado propósito de
nela, ficar o maior número de
gente que a sirva e lhe tenha
amor, por imperativo categórico,
ide consciência se julgou obriga-
da, a caminhar ao lado da boa
igente serrana, e vai plantar tam-
bém três dúzias. de amoreiras,
que jTará tratar com carinho de
iquem tem pressa de as ver lron-
! asas, o
Ali ficarão na. serca para. pa-

que não têm leira onde plantar
couve galega nem ramo de oli»
veira amiga que dê óleo para
ie de calto, ‘

Talvez assim a sua pobreza se
torne menos negra a sonhar na
possibilidade de angariar a cô-
dea necessária para não morrer
ide fome, ;

E a
“Em Julho de 1930 foi publica-
ido o decreto 18.604, logo reto-

“cado em 1931 pelo «decreto

muito deprimente para os homes PE fas |
by EA UBSÃZ el “Injustiça é não: seconheçer que

nageados,

14 53ay

Província compradora do precio- |
so casulo, logo se juntaram pe-.

mava. os creadores do sirgo a |

doirar a esperança de muitos, na,
visão de terem assegurado o pão.

trimónio. comum dos pobres, dos

ia oo di dba as Colchas de Castelo Branco

Por |. Ribeiro Cardoso
: ud + Presidente da Junta de Provincia da Beira Baixa

| (Continuação do número 225)

(Conclusão)

na literatura burocrática: os dois
decretos são duas peças de valor,

Mas só isso. .

Palpa-se que lhe falta o virus
gerador da reacção capaz de cha-
mar à vida a sericultura mori»
bunda.

Nasceram mortos os dois de-
cretos e logo o «Diário do Go
vêrno» os amortalhou nas suas
páginas inestéticas.

E no entanto…

E no entanto espremidos os 51
artigos do decreto 18.604 sente-
-se que há nêles sumo suficiente
para o fabrico de uma limonada
capaz de matar a sêde a milha.
res de famílias dos nossos cam»
pos ansiosas de ganhar a vida
honestamente.

Não se faz nascer uma indús-
tria a golpes de decretos incolo-
res, “invdoros e insípidos, que
não sabem evidenciar o lambisco
do interêsse.

Como no pequeno burgo do
Estreito, na Beira e no Minho,
no Douro e Traz-os-Montes, a
sericicultura renascerá estuante

RAPARIGA DA BEIRA BAIXA DOBANDO O LINHO

de: vida, se o Govêrno marcar
preço remunerador ao casulo,
pagamento à vista nas sedes das
Brigadas Agrícolas.

E a indústria de fiação etece-
‘lagem da sêda’?
| Para quem tem olhos de ver
| não escapa a verdade tangível de
que as nossas indústrias de fia-
ção e tecelagem não conseguiram
ultrapassar a tangente do consu-
mo interno, por isso o preço das
matérias primas da produção na-
cional não têm de ser condicios
nadas pela cotação dos produtos
similares dos outros países.

17 mil contos ou mais se fo-
ram de longada para o estran-
geiro na compra de fio de sêda

| para, enfeitar os nossos peraltas

e sécias.

Aqui fica a confissão que não
fazemos mesmo idéia nenhuma
do que seja tamanha dinheirama,
mas quere-nos parecer que redu.
zida a pão de comer chegava
para matar a fome a uns milha-
res de E mílias,

E? tanta a miséria em Portu-
gal!

Ninguém tem o direito de fa-
bricar mais um pobre, e todos a
obrigação de diminuir uma uni-
dade na legião dos pedintes que
começa a ser um perigo social,
Está contente a Junta de Pro-

víncia por ter assegurado o pão.

CASAMENTO

Na Igreja do Espírito Santo,
em Niza, celebrou-se, no dia 11
do passado mês de Dezembro,
o enlace matrimonial do nosso
amigo e distinto médico na Vila
de Sobreira Formosa, sr. dr.
Fernando de Matos Pinto, filho
do sr. Bernardino Ferreira de
Matos Rosa e da sr. D. Etelvira
Belo Ferreira Pinto de Matos
Rosa, com a srº D, Eulália Viei-
ra Ferreira Pinto, prendada filha
do sr. dr. Eusébio Ferreira Pinto,
já falecido, e da sr.” D. Adelina
Vieira Ferreira Pinto.

Foram padrinhos, por parte
do noivo, o sr. dr. Eusébio Pinto
de Matos Rosa e a sr.” D. Etel-
vira Belo Ferreira Pinto de Ma-
tos Rosa, de Sobreira Formosa,
e, por parte da noiva, o sr. Car-
los Deniz Vieira, de Arez e a sr.
D. Júlia Vieira Ferreira Pinto
Miguens, de Niza.

Foi celebrante o Rev,” Sebas-
tião Martins Alves, pároco de
Niza.

Ao novo casal desejamos, mui-
to sinceramente, tôdas as felici-
dades de que são dignos.

Os

REGISTO DE CANINOS

Durante o mês corrente é obri-
gatório o registo de caninos na
Secretaria da Câmara. O registo
é feito mediante declaração do
interessado, em impressos forne
cidos pela Tesouraria da Câma-
ra, que serão completados pela
Junta de Freguesia quando se
trate de caninos de guarda, não
padendo nenhum proprietário
agrícola ou agricultor possuir
mais de um cão de guarda por
cad casal, e nenhum proprietá
rio ou dono de rebanho poderá
possuir mais do que um de guar-
da p.r cada rebanho ou 50 ca-
beças de gado.

A falta de registo é punida
com a multa de 100500 e respe-
ctivos adicionais, por cada cani-
no que passar além do referido
praso sem que seja -repistado
Não podem ser concedidas licen-
ças de posse e circulação de cãis
sem a apresentação do docu-
mento comprovativo da vacina-
çãojanti rábica, de harmonia com
o disposto no artº 3.º e seu $
único do Decreto-lei n.º 29.441.

rOs o
Cargos Administrativos

Tendo o Presidente da Câma-
ra, sr. dr. Carlos Martins, assu-
mido as funções que eram atri-
buídas ao D.legado Especial do
Govêrno no concelho da Sertã,
deixou de exercer êste cargo o
sr. João Carlos de Almeida e
Silva.

040

MALAS DO CORRE!O

Com a modificação do horário
das carreiras entre Sertã e To-
mar, à última tiragem da corres-
pondência passou a fazer-se às
16,30 horas.

de cada dia a algumas dezenas
de famílias.

E’ pouco? E” muito ?

Cumpra cada um a sua obriga-
ção, governantes e governados,
e a grave crise económica que
atravessamos começará a desa-
nuviar se,

º

A élite que acudiu ao toque
de chamada da benemérita «Casa
das Beiras» e na nobre cidade de
Viseu vai afirmar a sua vontade
de bem servir a Pátria no VII
Congresso: Beirão, se oferecem
estas mal alinhavadas páginas
para serem tomadas na conside-
ração que merecem, para a obra
de ressurgimento da sericultura
nacional destinada a ter grande
e benéfica influência na econo-
mia popular das nossas Beiras,

Castelo Branco-Setembro-1940

 

As obras a realizar nos qua-
fro concelhos da comarca
da Sertã, durante o corrente
ano, com a comparticipação
do «Sundo dos Nelhoramens
fos Rurais», segundo o pla-*.
no já publicado

No plano de obras a realizar,

no corrente ano, em todos os
distritos do País, com a compar-
ticipação do «Fundo dos Melho-
ramentos Rurais», estão incluí-
das as seguintes nos concelhos
que passamos a designar:
» Concelho de Oleiros — estra-
das: construção do caminho vis
cinal de Aldeia da Cava à estra-
da nacional n.º 59; pontes: cons=
trução de uma em Ribeira de 4l-
cova e reparação de outra em
Ribeira de Póvoa; calçadas: cons-
trução em Vilar Barroco; águas :
obras de abastecimento a Monti-
nhos, Sardeira de Cima, Longra,
Pissoria, A-do-Moço, Roqueiro,
Isna, Sarnadas de S. Simão e
Póvoa de Cambas.

Concelho de Proença-a-No
va—estradas: construção da Mu-
nicipal do Momento (?) a S. Pe-
dro do Esteval (2.º trôço) e do
caminho vicinal da Mó ao Alvi-
to da Beira, e empedramento da
municipal de Sobreira Formosa
à nacional n.º 12 (2.º lanço); pon-
tes: construção de uma na ribeis
ra de Orgo; e águas: construção
de um chafariz em Galisteu e
obras de abastecimento a Pergu
lho Cimeiro, Meio & Murteira.

Concelho da Sertâ—estradas:

construção da de ligação da na-
cional n.º 12 à Cruz do Seixo
(2.º trôço) e entre Quintã e Ri-
beira da Sertã (2.º trôço); e
águas: construção de chafarizes
e lavadouros em Castanheira,
Casal do Calvo, Arrifana e Amei-
xoeira e de chafariz em Carna-
pete. .
Concelho de Vila de Rei—
esiradas : construção da munici-
pal que seguirá da nacional n,º
62 a Milreu; e águas: construção
de uma fonte em Foz da Isna e
obras de abastecimento a Cabeça
do Poço e Palhota.

+ Oo
Construção da estrada do

Seixo a Santa Rita (fre-
guesia do Castelo

Donativos angariados pela
Comissão de Melhoramen-
tos do Seixo para auxiliar
a construção daquela es-
trada : j

José Lopes, 6858; Joaquim
Martins, 4858; José Marques,
3003; Manoel Martins, 3358; Ma-
noel da C. Moreira, 1008; José
Antunes, 508; António Estêvão,
508: António Simões, 508; Alvas
ro da Silva, 208. Daniel da Sil-
va, 208; José Ferreira 108; Mar-
celino Ferreira, 108; José Pires
(Bombeiro), 20%; António da Ma-
ta (Bombeiro), 108; Piedade da
Silva, 108; Joaquim dos Santos,
208; José dos Reis (Arganil),
2850; Luiz “Baltazar (Arganil,
2859; José N, da Silva (Arganil),
2850; António Valente, 2850;
José Martins (da Taberna) 58;
Conceição de Jesus, 108; Anto-
nino dos Santos (Arganil), 508;
José da Silva, (Campo Grande).
308; Francico Ferreira, 108; Mas
noel Luiz (Palhais) 108; Joaquim
Inácio, 458; Manoel Simões, 508;
Marcelino Antunes, 100%; Joa-
quim António Lopes, 108; Dr.
José António Ferreira, 58; Antó-
nio dos Santos das Pedras, 708.

Soma, 2 582850.

rosa
CALINADA!

Esta calinada merece que a re»
gistemos porque é boa:

Um tal António Marques Gons
calves, do Pampilh:l, precisando
de um certificado da repartição
do Registo Civil do concelho,
enviou a um dos funcionários o
seguinte bilhete: «Faça fabor
de mandar o senhor cracificado.
Por êste portador para António
Marques Gonçalves.»

Tableau |ques Gonçalves.»