A Comarca da Sertã nº219 21-11-1940

@@@ 1 @@@

 

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt —

— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

 

E PERas o ed EO Composto e Impresso
O DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO r x ‘ NA
E Ealuanolo Panata da Fila Coneia. | | | 7 E mao TP. ELA Feio |
= —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— mico
m| |RUA SERPA PINTO-SERTÃ pi pa
> | TELE FONE
«< PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS ; a À 112 :
ANO V | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: conselhos de Sertã | é ERA a
| Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação ) | 1940

Nº 219

Notas

 

O crime, praticado no dia
1t, na Sociedade de Geos
grafia, em que foram grâáve-
mente feridos à facada os srs.
arcebispo bispo de Aveiro, D.
João Evangelista de Lima Vi-
dal, figura respeitabilíssima
da Iereja Portuguesa e dr.
Oscar Carmona Silva e Costa,
um rapaz de primorosas qua: |
lidades, neto do sr. Presidente
da República, emocionon sen-
tidamente o País e causou ge-
ral repulsa; am e outro foram
“vítimas inocentes de um anor:
mal, tendo o sr. dr. Carmona
sofrido a agressão quando,
abnegada e estoicamente, de-
fendia o venerando arcebispo-
bispo.
O atentado brutal, dadas as
circunstâncias em que ocorreu,

” denota, não só um profundo | |

desequilíbrio do criminoso,

mas também a perversão de| +.

– sentimentos. – a
Os feridos, cujo estado se |
considerou desesperado, con-.
tinnam melhorando muito len-
tamente.
-<Gnge Bh pago

A “Liga Portuguesa de Pro-
filaria Social» prosse-
gue na sua louvável campanha
de conseguir, por todos os mo»
dos, a proibição do escarro,
usança inveterada nos hábitos
da nossa gente, acto repelente
e nojento em si e de efeitos
perigosos para u saúde públi-
ca, porque o escarro pode con:
ter o germe da tuberculose e
de outras terríveis doenças.
Tôdas as medidas postas
em execução para abolir tam
ruím costume devem ser res.
peitadas e seguidas com abso»
into rigor. Cuspir para o chão
é mais do que uma detestável
porcaria, um gravíssimo aten=
tado contra a saúde e vida do
nosso semelhante.

Err

UM dos seus últimos dis-
cursos, Churchilll— Pri-
meiro Ministro inglês — acen-
tuou que, para a Grâ-Breta-
“nha, os perigos aéreos podem,
de um momento para outro,
tornar-se catastróficos, mas
os perigos inerentes ao tráfes
go marítino são de uma na
tureza mais lenta, podendo,
no entanto, assumir formidá-
“veis proporções se, de qual»
quer forma, for consentido que
atinjam a vida da Nação,

Como Churchill costuma ser
franco e claro nas suas afir=
mações, o que não exclue so
briedade devemos aquilatar
da importância de tais pala-
vrus. Querem elas dizer que
os sistemáticos bombardea-
mentos das cidades ingiêsas e
os ataques constantes dos sub-
marinos à marinha mercante
podem criar uma situação ver-
dadeiramente grave.

Agora, de-certo, todos os
esforços se concentram para

conjurar o perigo.

Interêsses do Concelho da Sertã

Relatório apresentado pelo ilustre Presidente da Câmara Municipal do Concelho,
sr. dr. Carlos Martins, ao Conselho Municipal em sessão de 1 do corrente

 

«De onde em onde chegam à Câmara os rumores dos que se queiram de
não verem realizado tado quanto ambicionavam. Para uma apreciação justa é
necessário que os Municipes se apercebam, antes dos seus comentários, da si-

tuação da actual Câmara».

«Com a esperança no estôrço comum a Vereação actual e o sr, Presiden-
te preparam se para enfrentar os grandes trabalhos do ano que se aproxima, e
Deus permita que êles sejam levados a efeito numa atmosfera de Paz, Paz para
Portugal e paru todos os Povos da Terra».

amido

 

Ex.” * Snrs. Vogais do Conselho Municipal
I

go Administrativo, cabe me o dever de
“Submeter à apreciação de V. Ex.“ o.

CE do elementar conhecimento de todos que

há despesas obrigatórias sensivelmente iguais em |
todos os ànos, e para as quais se não impõe por

menorizado desenv: Ívimento. Tais são as despe-
sas com Os encargos de empréstimos, pensões
de aposentação, Secretaria incluindo funcionalis-
mo, Tesouraria, Serviços de Saúde incluindo
médicos, de Sanidade Pecuária incluindo veteri-
nário, de Higiene e Limpeza, de água e Luz,
Cemitério, Matadouro, Cadeia incluindo carce-
reiro, Serviços de aferição incluindo aferidor, de
Incêndios e Instrução, despesas estas que no dia
9 de Novembro, ante-ontem, sábado, atingiam a
importância de 251.543$79.

Esta cifra elevar-se-á até 31 de Dezembro,
naturalmente, pois que tôdas, ou quási tôdas, as
verbas referidas são destinadas a pagamentos
mensais,

– No tocante a outras despesas, tenho a as-
sinalar que às Juntas de Freguesia, para obras e
melhoramentos nas suas Circunscrições, foi até
esta data atribuída a soma em dinheiro de
13.600800. Isto não significa que apenas esta
quantia tenha sido gasta em melhoramentos, nas
14 freguesias do Concelho. Além da compartici-
pação da Câmara, igual à do Estado, nas obras
pela Direcção dos Melhoramentos Rurais, outras
importâncias têm sido dispendidas em beneficia-
ções de natureza diversa, a pedido dos povos do
Concelho que, em alguns casos, não se satisfazem
com a forma como as Juntas distribuem os servi-
ços que podem fazer, com o dinheiro que da Cà-
mara recebem,

Não posso demonstrar a V. Ex.’* se há, ou
não razões da parte de quem reclama, porque,
a-pesar-do Código Administrativo impor às June
tas de Freguesia a obrigação de apresentar ao
Presidente da Câmara em devido tempo, e legal-
mente documentadas, as suas contas para apro
vação; nenhuma delas cumpriu êste preceito com
o rigor da lei em relação ao ano de 1938, o mes
mo sucedendo com as contas de 1939, pelo que
tiveram de ser devolvidas para rectificação.

Na presidência da Câmara apenas se encon
tram, para apreciação e aprovação, e apresenta-
das há pouco, as contas, ainda com deficiências,
da Junta do Nesperal referentes ao ano de 1939,
e as de Palhais referentes aos anos de 1938 e
1939. Esta circunstância não pode deixar de in-
fluir na forma de cumprir, de futuro, o que se
acha estabelecido no artigo 641.º do Código
Administrativo.

Mas, como ia dizendo, houve que atender
em parte Os que à Câmara se dirigiram de vários
pontos do concelho e, em satisfação dos seus pe-
didos, gastou-se em. reparações de caminhos vi-
cinais cu não, fontes e pontes, até o dia já refe
rido, 9 de Novembro, o total de 4,721875.

N: termos do artigo 77.º n.º 3 do Códi- !

Relatório da Gerência da Câmara no |.
Jpresefilcano. a es Sa

Em obras diversas e jardins foi gasta até ao
mesmo dia a quantia de 85 371$38. .

Várias são as obras em curso, outras já fin-
das, por que se distribue a soma que venho de
indicar, Assim, êste ano foram já pagas as se-
guintes importâncias em obras comparticipadas :

Para a fonte do Troviscal. . . 11 067885
‘ Para a de Sorvel (Figueiredo). . 3 793394
Para a de Alcobia (Sernache). .. 1.193800
Para a do Bravo (P. Pequeno) . 13.131835
Paraa da Póvoa(V dos Cavaleiros) 15 175860
Para a de Felgaria (Nesperal). . 1. 190820
Para a de Marinha do Vale Carva-
lho (Erovisenh . . 5 362800
Para a estrada do Mosteiro da Se.
nhora dos Remédios. . . 2,2053800
Com jardins e parques gastou-se . 12 306898
Com outras cbras nos Paços do
Concelho e edifícios municipais,
cadeias e quartel da G. Repue
blicana e da Legião Portuguesa 13.939835
Com seguros de pessoal, incluindo
o que trabalha em minas para
JOBS at a ns 6.006$10
Com as Festas Centenárias . 4.129835
Levantamento topográfico ; 605800
Recenseamento da População. |. 6.862300
» eleitoral: 1. 6 4.700860
Subsídio à Legião Portuguesa . 500800
Idem à Filarmónica da Sertã . 600800
Idem ao Colégio «Vaz Serra», de
SeraRUR a o cr 1.200800
Idem à Casa do Povo de Sernache 1.200800
Idem à Corporação dos Bombeiros
Voluntários. 1/2 er 1.500$00
Idem à Junta de Província de Cas-
telo Branco, para pagamento
da desnesa com as crianças do
Concelho inscritas nas Colónias
Balhegrós CM cvo 2 000800

Tôdas as verbas indicadas, com outras
mais pequenas que seria fastidioso enumerar, so«
mam, até ao fim do dia de sábado, 9 de Novem-
bro, o total de 378 .533$26.

Dinheiro em cofre, segundo o balancete do
mesmo dia, 4 062876.

Estão ainda em curso as seguintes obras:
Fonte de Carnapete dada de arrematação por
10.247300; e Ramelhos, por 9.719400.

Em relação a estas obras ainda não foi pas

ga qualquer prestação. :
Eis, Excelen’íssimos Senhores, o que foi a
gerência de 1940.

Há a considerar a obra de calcetamento das

ruas da vila da Sertã e esgôto das águas plu-
viais na Rua Cândido dos Reis: êstes trabalhos
foram arrematados pela quantia de 98 500800 e,
quando já iam bastante adiantados, Sua Ex.* o
Senhor Ministro das Obras Públicas mandou

(Continua na 4.º página)

“«. d lápis

O preâmbulo do Decreto

gue reorganiza a Escola
do Exército afirma-se que «aci-
ma da preparação técnica e da .
cultura geral, importa criar e.
desenvolver nos oficiais forte
espírito militar — garantia da
obediência sem limites às de-
cisões dos chefes, do sacrifício
até ao esquecimento de si

“próprios em tódas as vicissi-

tudes, da tenacidade, da cora-
gem física e da energia moral
indispensáveis para vencerem
as dificuldades e perigos da
guerra.»

Um exército, para cumprir
com eficiência a sua árdua e
arriscada missão e ser o prin-
cipal fautor da honra e digni-
dade da pátria que serve, nes
cessita, sem dúvida de solda-
dos valentes, mas são-lhe in
dispensáveis bons dirigentes,
bons oficiais, que devem dar .
em todos os momentos, por
muito arriscados, os mais al.
tos exemplos de amor pátrio,
de abnegação, de energia e de
fórca varonil.

Só assim, por entre os ris=
cos e provações, se tempera o
ânimo e se adquire a constân-
cia necessária.

Na nossa História Pátria
contam-se episódios que nos
orgulham: Quantos e quantos
heróis, desprezando a vida,
mofaram da morte, encarans
doa de sorriso nos lábios |

64 0) ted

TEM chovido a potes—como

soe dizer-se- na nossa

região e valha a verdade que
a chuva era cá bem precisa.

Já experimentámos uns dias
frios, bastante desagradáveis,
mas, enguanto as chuvas jo-
rem regulares, a temperatura
mantém-se com uma certa ame-
nidade.

O pior é, depois, quando
caírem as grandes geadas.
te ago

NÃO será possível evitar
que as ruas continnem a
ser logradonro público, onde,
por vezes, se conservam ma-
tos, estrumes e lenhas durante
horas ?
Porque não se carregam e
descarregam os carros sem
utilizar a via pública como
depósito provisório ?

pg) pag
Melhoramentos de Cardigos

Um grupo de cardiguenses
pensa fazer uma esplanada no
sítio do Moinho de Vento, onde
também se deve erguer em breve
o Cruzeiro da Independência. A
esplanada será cercada por ár=
vores de sombra.

— A Câmara de Mação mandou
reparar o edifício escolar da Vila
e pensa fazer o mesmo à dos

Vales.ensa fazer o mesmo à dos

 

@@@ 1 @@@

 

 

A Comarca da Sertã

“E GOSTA DE KIGORES E XAROPES ?

COMPRE OS QUE TENHAM A MARCA

Ao I D Ecs E

Fábrica de Licores Ideal, Ld.’

Y o
Do, DS at

an

Pateo do Tijolo, 11 — Lisboa

Os produtos desta fábrica são os me-
lhores e os únicos que rivalisam com
= . es produtos estrangeiros =

 

ENCONTRAM SE Á VENDA EM TODAS AS BOAS CASAS

 

0 8.º recenseamento da po-
pulação

De acôrdo com a resolução tos
mada no Congresso Internacio-
nal de Estatísticas, reiúinido em
S. Petersburgo em 1872, Estes
inquéritos efectuam-se decenal-
mente e nos anos que terminam
em Zero.

Durante o próximo mês de
Dezembro vai proceder-se ao re-
censeamento geral da população
do nosso País, convindo que to-
dos respondam com verdade aos
questionários; cumprirão assim
um dever cívico e patriótico.

O senso de 1940 será muito
mais completo que os anteriores:
além da população residente e da
popitlação presente, constarão, do
inquérito, o estado civil, idade
dos indivíduos, número de anal-
fabetos. grupos profissionais em
que se reparte a população activa
e das entidades para quem ela
trabalha, número de cegos, sur-
dos mudos e alienados, prédios
e fogos, a constituição das famí-
lias, etc., etc.

tp

Sociedade de escritores e|

compositores feaírais por-
fugueses

Esta Sociedade, com sede na
R. Almirante Pessanha, 16.2.º,
em Lisboa, comunica-nos que
nomeou seu agente, neste con-
celho, o sr. António Barata e
Silva, residente na Sertã, que es-
tá encarregado de, conforme 0
Decreto n.º 13 725, proceder às
cobranças dos Direitos de Autor
referentes a espectáculos teatrais
e a funções com música, segun»
do o instituído pela Convenção
de Berna, a que Portugal aderiu,

Colégio VAL SEMA

Gurso des Liceus
“0 — É
Instrução Primária

Sernache do Bomjardim

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)

Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7400

 

ANUNCIO

(1º publicação)

 

Por êste se anuncia que no dia
trinta de Novembro por 12 horas,
à porta do Tribunal Judicial desta
comarca, se há de proceder À ar=
rematação em hasta pública do
prédio a seguir designado e pelo
maior preço que for oferecido aci-
ma do valor abaixo indicado.

PRÉDIO

Uma casa de dois andares, loja
e arrecadação, com logradouro, sis
ta na Bua do Outeiro, limite da

freguesia e concelho de Vila de Rei,

tendo o primeiro andar seis divi=
sões e uma varanda e na loja três
divisões, inscrita na matriz da res

ferida fregues a e concelho de Vila.

de Rei sob o artigo 1866 e descri
ta na Conservatória desta comar
ca sob o número 26,919 penhoras
da nos autos de execução Fiscal
Administrativa que a Fazenda Na-
cional move contra José Aparício,
casado, acidentalmente residente na
Sertã.

crédores incertos para assistirem à
arrematação neste anunciada.

Sertã: 8 de Novembro de 1940.
Verifiquei

O Juiz de Direito — À mando
Tôri ea Paul.

O Chefe de Secção —Jo:é Nunes

 

Propriedades na Freguesia
de Pedrógão Pequeno

Vendem-se as seguintes per-

Itencentes a D. Clotilde Freire

Costa:

1) Olival, ao Souto Carvão
de Cima; 2) Olival e vinha,
ao Souto Carvão; 3) Pequeno
olival, ao Souto Uarvãc; 4)
Vinha, oliveiras, mato e pi-
nheiros, ao Prazo (Painho);
5) Pinhal e mato, av Vale
Ferreiro; 6) Mato e pinhei-
ros, ao Vale da Froca (sul);
7) Matos e pinheircs, ao Va
le da Frocs (norte).

Recebem propostas: Dr. An-
gelo Vidigal — Sertã e Antônio
Martins – Amieira (Carvalhal).

Os

ma das Gina

e 1 E ==.

António da Silva Lourenço

::: São os que mais barato vendem maior sortido têm

prefiram sempre os magníficos cafés desta
casa por serem importados erús, Os únicos,

na região, que

ERRO ER TO ED

CAFÉ MISTURA

Lote Popular, moído, em pacotes de 200 gm.

» – Família, moído, .
» N.º 1, moído

» Extra ; .
» em grão, torrado .
»

> » »

vender ao público

extra-escolhido kg

são torrados e moidos para

1800 kg. 5800

kg 6300
kg 9800
kg 12800
kg 8800 –

12300

 

TEELFONE, 6 — RUA CANDIDO DOS REIS = SERTÃ

São por êste citados quaisquer

ANUNCIO

(2º PUBLICAÇÃO)

 

Por êste se anuncia que
se acha aberta a correição
nesta comarca, por espaço
de trinta dias,.a começar em
doze de Dezembro do ano
corrente e aterminar em 00:
ze de Janeiro do ano de mil
novecentos e quarenta e um,
a todos os Oficiais de Justi-
ça dêste Tribunal, Julgado
Municipal de Oleiros e Jui
zes de Paz, a qual abrange
rá todos os livros, papéis e
processos começadcs ou fin-
dos desde um de Janeiro de
mil novecentos e quarenta
em diante, devendu as enti-
dades competentes apresen-
tar as relações respectivas,
com os livros, papéis é pro-
cessos referidos, nos termos

legais, e podendo quaisquer

pessoas durante aquêle pra-
zo de trinta dias apresentar
ao Juiz da comarca quais-
qver queixas que tenham a
fazer dos Funcionários su-
jeitos à mesma correição.

Sertã, 6 de Novembro de
1940

Verifiquei
O Juiz de Direito,

Armando Torres Paulo

OChefe da 2º Secção, int.

Angelo Soares Bastos

MÉDICO

Doenças. ta hôca e uia
Consultas em Sernache. dol

Bomjardim : todos os domin
gos, das 13 às 17 horas.,

Sonora

ne

Curso Liceal

Protessor diplomado lee-

classes), apresentando a e-
xame.

Nesta Redacção se infor
ma.

Vendem-se ou Pedrágio Pequeno

12 potes para azeite em
hoa fôlha e óptimo estado,
com a capacidade de 1.500
litros;

2 tonéis de 250 almudes,
em bom castanho;

1 lote de madeira de cas-
tanho para pipos e mobilias;

1 lote de madeira de car- |

valho.

Trata Angela Freire Costa
Fernandes Pedrógão Pequeno.

Professor Particular Diplomado

Habilita para os «xames
ce Instrução Primária, Ada
missão ao Liceu e Postes
de Ensino por preços módi-
cos,

Inf rma se nesta Redac:
ção.

e Brg

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria?

Gastando uma insignificância,
pode anunciálos na «Comarca

da Sertã»,

ciona o 1.º ciclo (1.º, 2*e 3.º.

CARREIRAS:
Castelo Branco — Sertá — Pigneiró dos Ninhos — Coimbra

Com panhia de Viação de Sernache, Ld.º e Viação
Castanheirense, Ld.º, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação

entre Castelo Branco e Coimbra:

ÁS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS

 

AVENIDA ALMIRANTE REIS, 62-H- TELEFONE 45508

Ds lníssims AS

da região de

são vendidos no máximo da pureza,
por serem seleccionados escrupu-
losamento da produção própria

OgooBaBAGABSSAL BSBBERDHADES unucosnsansa B

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sita, pelo seu ótimo serviço de mesa e magníficos quartos,

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pontos de vista, não deixeis de procurar esta pensão.
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Pedrógão Pequeno .| — | 630 |Sertã . . | — [18,00
Ramalhos. – -16,50] 655 | Póvoa R. Cerdeira 118,20] 18 25
Póvoa R. Cerdeira .| 7,10 | 7,15 || Ramalhos, .118,40/ 18,45
Sertã . – 17,30] — || Pedrógão Pequeno ./19,00] —

De 4 de Julho a 30 de Outubro, efectua-se

todos os dias excepto aos domingos. todos os dias excepto aos domingos.

De 1 de Novembro a 30 de Junho, efectua-se || De 1 de Novembro a 30 de Junho, efectua-sa
às 2,28, 5.º o sábados, às 4.28, 6.º E sábados,

* Bete horário anula todos os anteriormente aprovados

dos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação.

CHEG. PART.
Castelo Branco 9.00
Sobreira Formosa ll-o0 1i-lo
Proença a Nova 1.30 11-40
Sertã 12-30 15-00
Sernache do Honjardiim 15-20 13:35
Figueiró dos Vinhos l4-15 14-25
Coimbra 16-45

| “AS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS

CHEG. PART.

Coimbra “lo
Figueiró dos Vinhos l4 o5 14-25
Sernache do Bonjardim 15-07 15lo
Sertã 15-30 15:50
Proença a Nova 16 24 16 35
Sobreira Formosa 1655 1705
Castelo Branco 19 00

SITES

SERTÃ E SERNMACHE DO BOMJIARDIM

Às boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas ‘
que se interessam -pela sua saúde devem procurar esta casa o

LIBANIO VAZ SERRA.

cimento paratelhados

ANDAL DA CARREIRA DE FAGOAGBIROO

De 4 de Julho a 30 de Outubro, efectua-seua-se

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

SILÊNCIO porcuguEsEs!

Silêncio, nesta hora tormentosa

NAS ano ca nisi
Nam
SA

da!

 

Em que a humanidade, tristemente,
Vê a garra sanguinária, inclemente,
Rasgar o ventre à Paz tão saiidosa!

Desde a cidade à vila silenciosa

O fel da saiidade é permanente: —

— Há lágrimas de mãi p’lo filho ausente,
Lamentos duma espôsa lacrimosal…

Mãozinhas implorantes de criança
E gemídos de dôr sem esperança,
Em lares *onde a miséria nos aterra…

Silêncio Portugueses! Eis o mal!
Pedi a Deus que livre Portugal,
Da fúria tenebrosa desta Guerra !

LISBOA
SVTONO
ee SO rd O

Afonso N. G. «Terramotos>

Teen

Alerta, patrício e amigo
João Sertã!!!

 

O sr. Augusto Pinto da Mo-
ta, da Covilhã, que conserva
as mais vivas e gratissimas
saidades da nossa terra, res-
ponde à chamada !

 

«Sr Eduardo Barata da Sil-
va Correia, Dig.mº Director
de <A Comarca da Sertã»
Venho agradecer a V… o
eremplar do seu apreciado

jornal, que teve a amabilidade
de me enviar, e no qual vem

“publicada a carta em que João

Sertã diz que pensa tocar a
rebate, aí por alturas do S.
João de 1941, chamando à vi-

“da Clero, Nobreza e Povo, de
“mais de 60 anos do concelho
da Sertã, ou que néle tenham

— passado parte da sua mocida |

de, para a projectada Festa
dos sexagenários.
Ora eu, a-pesar-de não ser

seragenário, mas sim, septua-
– &enário avançado, visto que
“Já ultrapassei os 79, conside-
“ro-me incluído nesse número,

pois que passei parte da mi.
nha mocidade nessa linda vila
da Sertã, da qual conservo as
mais vivas e gratíssimas saii-
dades, onde fui sempre trata-
do por todos os seus habitan-
tes com as mais penhorantes
provas de estima como se fô su
se filho dessa terra.

E, por isso, se Deus conti-
nuar a dar-me vida e saúde —
como espero — tenciono acor-
rer à chamada, ainda que

mais não seja, para passar

uns dias de agradabilíssimo
convívio com os meus antigos
conhecidos e amigos.

Pena é que já faltem alguns
e, entre êles, o meu dilecto e
saúdoso amigo Eduardo Ba:
rata Correia e Silva.

Com a maior consideração,

“tenho a honra de subscrever-

me
De V etc.

Covilhã, 9-11-940.
Augusto Pinto da Mota
: ros
As nossas iniciativas
regionalistas

 

O inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca

Por virtude da publicação do
extenso relatório elaborado pelo
ilustre Presidente da Câmara
Municipal do concelho da Sertã,
somos obrigados a interromper
os depoimentos dos srs. Presi-

“dentes das Juntas de Freguesia

Foram inseridos os das fre-
guesias de Nesperal e Alvaro e
temos para publicar, até agora
recebidos, os das freguesias de
Mosteiro e Madeira, concelho de

“Oleiros, Castelo e Pedrógão Pe-
queno, concelho da Sertã, So-

breira Formosa, concelho de
Proença-a-Nova e Vila de Rei,

“* concelho do mesmo nome,

Sopa dos Pobres da Escola
dos Ramalhos

(Continuação do número anterior)

Movimento de Fevereiro a
Maio de 1940

Saldo de Janeiro, 203855.

Receita: C. Escolar, 9880; Quotas
atrazadas, 10830; Vale da F. de Saca-
vém, 27815; C. Escolar; 9820: Peditório
para a Finlândia, mas que não foi a
tempo, 5480; Exm.º Snr. Delegado Es-
pecial do Govêrno (de uma multa),
100800; Um padre de Sernache, 50$00;
C. Escolar, 9800; C. Escolar, 7880; D.
Hermínia C. Lima, 50800; Sr. Joaguim
Pestana, 20%00; Sr. Luiz Marques, 2850;
D, Cezaltina Peixoto, 20800; D. Elvira
L. Rodrigues, 1o$00; D. Maria da Pie-
dade, 3800; Um saldo atrazado, 16880;
Bemteitores do Brasil, 200800. Soma,
755850. o

Géneros: Sr. Manoel Ramos, Lis-

boa, 10 kgms de arroz e 122,7 m. de

de sal, 1 alqueire de farinha e 1 alque

riscado para bibes; anónima, 1 alqueire
re de grão; anónima, 2 bobines de |
nha; D, Maximina Fernandes, 2 litros
de azeite; menino António Ramos,
meio litro de azeite; Sr. Jaime Antu-
nes Amaro, Lisboa, 20 kgms de massa
cortada; anónima, 2 grosas de botões,
3 m. de pano crú, 2 peças de fita de
séda, 10 kg. de artoz e 10 kg. de fei-
jão-branco; sr, José A. Grandela, 1 1.

de feijão, batatas e 1 tigela de mantei-

ga; D. Joaquina do C. Lima, lenha em

-“toros.

Despesa: 1 dal. de feijão frade,
15800; jornais p. partir lenha, 7$00;
mercearia, 35800, limpeza da escola,
7450; expediente, 1820; 1 kg. toucinho,
6300; expediente, 2800; consêrtos em
cântaros, 2430; 2 páis, 3800; 1 cântaro,
1940; feitio de bibes, fôrro, colchetes e
linhas, 50300; expediente e material es-
colar para alunos pobres, 12800; mer-
cearia, 25800, jornais p. rachar lenha,
3800; 1 alqueire de batatas, 10900; sê
los de recibos, $60; 1 alqueire de sal,
2850. Soma, 197$30.

Saldo para o mês de Junho, 558820,
Boda Dat

O Natal dos Pobresinhos da Serif

À Juventude Católica Femini-
na da Sertã vai dirigir a tôdas
as senhoras da Vila a seguinte
solicitação :

«O Natal está à porta |

Às criancinhas, os velhos e os
doentes esperam uma peçazinha
de roupa nesta quadra inverno-
sal.y.

Se V. Ex.? quiser tomar parte
em tam boa obra, queira ter a
bondade de lançar no saquinho
o que a sua caridade lhe inspi-
rar: (retalhinhos roupa usada,
etc., tudo se agradece!)

Pedindo ao Céu recompense
generosamente e desde já se con-
fessa muito grata

<À Juventude» .
Rd

NASCIMENTO.

“Teve o seu feliz sucesso na
passada 6.º feira, dando à luz
uma robusta criança do sexo
masculino, a sr.* D. Celeste Lo-
pes Farinha, espôsa do nosso
prezado amígo e assinante sr

Manoel Farinha Martins, do Mos-|

teiro de S. Tiago.

Mai e filho encontram-se de

óptima saúde,

 

A Griação do Bicho da Sêda

Gr ds mas

Colehas de Gastelo Branco

Por J. Ribeiro Gardoso

Presidente da Junta de Província
da Beira Baixa

No certamen das actividades cria-
doras da Beira Baixa para comemorar
o Duplo Centenário do valor da raça

na formação e restauração da Nacio-

nalidade, a Junta de Província levan=
tou pavilhão privativo para lição do
que valem as indústrias caseiras na
economia regional. De relance apanha-
-se a impressão de que elas vivem a
vida atribulada de tôdas as indústrias
congéneres de Portugal, à espera de
alguém que saiba sentir a sua agonia é
diagnosticar remédio para o seu res-
surgimento.
*

Ao delinearem-se as primeiras lin.

nhas do programa dos festejos, a idéia
de uma exposição de colchas de Caste-
lo Branco, das nossas colchas, velhas
na idade e sempre novas na suavidade
das suas côres e na atte do seu dese-
nho, veio à tona da discussão, como
número obrigatório de efeito seguro.

“Alguém, porém, lembrou : — Haverá
ainda na Província quem fiee teça o
linho e crie o bicho gerador da seda ?

As colchas de Castelo Branco nas-
ceram do noivado do linho e da sêda.
Se na Província há sêda e linho, as
Colchas que saíram no passado das
mãos gentis das bordadoras de Caste-
lo Branco, neste ano de graça da Res-
tauração devem voltar a ter vida, ani-
mação e amor, na reprodução dos me-
lhores modêlos, que ticatão crismados
de—Colchas da Restauração,

Assim nasceu a Escola de bordados
da Província da Beira Baixa.

Cantam os teares ainda a tecer q
linho nos povoados dos nossos campos,
ea tradição de séculos mantém a cul-
tura do sirgo ali, nas dobras da serra-
nia brava do Muradal, onde se esconde
a pequena freguesia do Estreito, no
concelho de Oleiros.

Ao Estreito me sinto ligado por
gratas recordações de um passado que
já vai longe, e o coração, teimoso na
saiidade, fala-me das linhas pobres da
igrejinha que se levanta no seu seio e
onde tantas vezes curvei a fronte em
prece sentida na pureza da minha fé. O
tempo que lá vivi, a sonhar ilusões, o
recordo hoje com a ternura de que só
os velhos têm o segrêdo.

| O bicho da sêda era então familiar
| em muitas casas é a semente a aquen»
tavam no seio as moças pata chamar à |,

vida a pequenina larva. O morbus de-

vastador que arruinou ém Portugal a

indústria da sêda, não fez ali matança
com registo especial na memória dos
moradores do pequenino burgo. A
criação do casulo definhou, por não ham
ver quem o valorizasse pela compra

Ainda bem que de todo se não extinguiu.

(Continua)
LP

JULGAMENTO

Acusado pelo Ministério IPú-:

blico de haver ofendido corpo-
ralmente o menor Vasco Sacra-
mento Freire, de Pedrógão Pe-

queno, respondeu, no Tribunal.

Judicial desta comarca, na preté-
tita 5.º feira, José Domisgos,
solteiro, jornaleiro, da mesma
Vila.

Foi condenado a seis meses de
prisão correccional, 500800 de
imposto de Justiça, acréscimos
legais e mil escudos de indemni-
zação ao menor ofendido.

O digno Agente do Ministério
Público e o réu recorreram da

sentença.
4 Bagego

CINEMA

E’ depois de amanhã, sábado,
que os cinéfilos do nosso meio
terão o prazer de assistir ao de-
senrolar de um dos mais interes
santes e belos filmes da actuali-
dade, a opereta de maior sucesso
em todo o mundo, . enriquecida
pela grandiosidade que só o ci-
nema lhe pode dar: «Casta Su-
zana».

» Tem graça extraordinária êste
filme e assim se explica que êle
bata o «record» entre todos os
similares. Raimu, Meg Lemon-
niere Henry Garat impõem-se pe-
lo magnífico desempenho !

Completam o espectáculo: Ca-
lifa de Bagdad (documentário es-
trangeiro), Jornal sonoro 263
(actualidades) e Detectives feitos
à pressa (comédia).

«Casta Suzana» é, indubita
velmente, a mais célebre das
operetas e a-par-disso uma ex-
plêndida comédia,

Da cPequena Monogenfia da Ereguesia da sunioda«Snalanao-Sertio

Os Cumiadenses — A sua índole; a sua vida

UMIADA é uma freguesia constituída pot vinte e dois logares, com popu-
lação superior a um milhar de habitantes, que vivem isolados dos gran=
des centros por falta de comunicações, pelo que a vida do cumiadense de

hoje em pouco difere de há cingiienta anos!… E
Não possuem estradas, nem telefones, nem ainda fontes nem lavadouros,
ou sequer posto médico—triste é dizê-lo !—escola feminina, e um nunca acabar

TIRANDO AGUA…

de coisas que a vida hodiérna tan-

ção, dócil, hospitaleira e trabalha«
dora, abastardada de todos os ele-
mentos de progresso e da civiliza-
ção, e exclusivamente dedicada ao
amanho das suas terras, cujas cul-
turas, pela escassez de água, são
dificilimas; necessitam, até,. de
abrir poços, quantas vezes, no
meio de rochas, e há-os com dez
metros de profundidade, de onde
por meio de «picotas» tiram a água
para as regas e para O consumo
próprio e dos animais. Os cumia-
denses bastam-se quási exclusivam
mente com a produção própria, a
qual em muitos casos não chega
para o consumo ; mas aquêéles pou-
cos a quem as produções excedem
o consumo, êstes excedentes são
de valor comercial praticamente
nulo, dada a dificuldade de os fa-
zer transportar rapidamente para
os mercados dé consumo.

Nesta freguesia produz-se : azei-
te, mel, pinho, cereais, legumes,
batata, cebola e hortaliças saboro-
síssimas.

O azeite é do mais fino que no
País se produz, mas, como foi di-

to, é em tam pequenas quantidades, sendo poucos os felizes que podem vender

alguns litros dêste precioso liquido.

Todos, ou quási todos, criam um ou dois porcos para consumo de casa;
e os enchidos que fazem são dos mais saborosos que conhecemos, e teriam (se
se encontrassem no mercado) logar de honra ao lado dos mais afamados, quer

nacionais, quer estrangeiros.

O Cumiadense possue também algumas cabras ou Ovelhas para O leite e
para o queijo e galináceos para os ovos. O pão que come é quási sempre o de
milho e em alguns meses o de centeio; o de trigo, só na doença, pois a sua

produção é em muito pequena escala,

Es

CHAMBERLAIN

Causou-nos profunda mágoa a
morte de Chamberlain, o homem
admirável que dirigia os destinos
da nobre Inglaterra quando pela

Europa já adejavam os corvos si- |.
nistros em busca de cadáveres,
quando a humanidade hipócrita

e vil se preparava para desafive-
lar a máscara… o

Habituámo nos a admirar e
respeitar esse homem bom e ge-
neroso, de coração limpo e ma-
gnânino, que empregou todos os
esforços para salvar o Mundo
dos horrores da guerra, desta
catástrofe inenarrável.

E tão bem êle previu a exten
são da calamidade, que pôs de

parte todos os preconceitos e o

orgulho do seu país, fazendo

“concessões, mantendo-se inaba-

lável perante as afrontas e os
rancores dos seus inimigos e o
desprêzo dos que o troçavam
pela sua ingenuidade.

Se não conseguiu sustar a cor=
rente impetuosa de tragésias, de
horrores e de misérias que do-
minam a velha Europa e esbra-
ceja ululante a querer dominar o

| mundo, é poique o não pôde fa-

zer, é porque tinha chegado a
hora de novos sofrimentos.
Chamberlain, paladino fervo-
roso da Paz!
Sôbre o teu túmulo, nesta hora
de desgraça e maldição, curvam-

se as mãis, espôsas e noivas,

que, como tu, acalentaram em

|Iseus corações a esperança da

Paz, lindo e ingénuo sonho que
se esvaiu como a mais doce mi-

ragem…
et pd

Alravás da Lomarça
= e o.
(Noficiário dos nossos Correspondentes)
CAVA (Madeirã), 16—Estive-

ram em Lisboa, de visita à gran- |.

diosa Exposição do Mundo Pors
tuguês, tendo aproveitado a oca-
sião para visitarem, também, as
pessoas-de suas famílias e amic
gos residentes na capital, diver-
sas pessoas desta localidade, do
Vilarejo, Madeirã e Sobral, de
entre as quais nos lembramos
das seguintes: Alfredo da Silva
Girão e sua filha D.. Maria; José
de Almeida e Silva e espôsa; Jo-
sé Alves, sua irmã D. Conceição
Alves e filho; Francisco Ribeiro
e sua filha; Firmino Lourenço e
António Simões, É

 

Eee imo

WVolasa lápis

 

(Continuação)

e nos países seus aliados
ou simpatisantes não se escon-

de o grande regosijo cansado:
| pela vitória dos gregos sôbre

os italianos e o resultado do
bombardeamento da aviação
naval ingiêsa à base italiana

de Tarento, As esferas oficiais

daguêles países dizem que tais
sucessos devem mudar, por
completo, a trajectória da
guerra. Não há dúvida, porem,

que o efeito moral tem grande .

pêso e êste talvez seja, por
agora, maior que as perdas
materiais, já que se despreza
o potencial humano.

-Se a Grécia se aprestou tóda
unida para a luta, admirável
no seu heroísmo e na sua bras
vura — tam certo é que uma

pátria ciosa da sua indepen-

dência e do seu orgulho é ca=
paz de se bater como ieôa en=
raivecida — não podemos dei-
rar de considerar que a liália

possue um exército magnífico,
aguerrido, admirâvelmente a-

petrechado, e à sua jôrça há

que opor fórça superior para
evitar o esmagamento, fôrça
que a Grécia, só por st, não
tem. Auxílio grande lhe tem
prestado a Inglaterra, mas
resta saber se lho poderá dar
noutra conjuntura mais difícil
e porventura muito próxima.
Não é de crer que a luta nos
Baicãs se mantenha apenas
entre a Itália, por um lado, e
a Grécia e Inglaterra, por ou:
tro; e, sendo assim, as difi-
cuidades para a Grécia au
mentarão. Ê

O tempo o dirá.
ode bi rag

Eº’ amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua

“terra dependem, em grande par=

te, da propaganda que dela se

fizer nêste semanário,

to obriga. Assim vive esta popula- –

A Grécia e na inglaterra

 

@@@ 1 @@@

 

ari
AO
Es

RE agi

EE a serao

gretam as mãos com a água quen-

. exibir como acírizes. E os ho-
“A mens já sabem quanto a vida

A mulheres não valem o custo dum
“? beijo deposto em faces que se

“Cuita na pureza do sentido, mas
* sempre mulher. E que no lar seja

4

A Comarca da Sertã

 

AS MENINAS MODERNAS |

Vai falar-lhes uma mulher,
que esperamos não acu»
sarão de suspeita. É Sou»
sa Branca que diz:

 

«Antigamente, a maior preocu-
pação dos pais consistia em dar
a suas filhas uma educação do
méstica digna dêste nome; hoje,
ao contrário, o maior cuidado
dos ditos consiste em dar às su-
pra citadas um diploma de mé

dicas, advogadas, farmacêuticas, |

ou professoras do ensino secun-
dário ou, mesmo, superior. E
aqueles que não têm posses para
tanto, mandam ensiná-las a dac-
tilógrafas, ou então fazem nas ti
rar O quarto ou quinto ano dos
liceus e mandam-nas para os
correios.

As mãis, porque as meninas

te ou picam os dedos na agulha,
afastam-nas da cozinha e da cos-
tura. Pais e mãis, de noite, nos
seus conciliábuios entre lençois,
combinam a melhor maneira de
proporcionar às jovens o melhor
creme, o melhor verniz para
unhas e o melhor baton para os
lábios, a-fim-de que estas, fazen
do grosseira maquilagem pos:
sam iludir os rapazes casadoiros.
E tanto as meninas do colégio
como as tricanas já sabem pedir
nas casas especializadas o creme
para de noite e para de dia, mui-
to embora algumas delas — a sua
maioria — não saibam lavar os
copos nem pontear as meias.

Pensam certos pais que o maior
merecimento de suas filhas con-
siste num diploma do curso se
cundário ou superior, na habili
tação para os correios ou na
profissão de dactilógrafa, com
apendice de se saberem pintar;
pensam que isto só por si é su-
ficiente para as impôr ao homem.

Ora, se pensarem melhor, não
lhes será difícil concluir que vi-
vem em tremendo êrro, visto que
a mulher assim educada, assim
artificiosa, é tudo menos a mu-
lher que serve para fornar um
lar feliz e duradoiro. ‘

O homem não é um sêr supe-
rior à mulher sob o aspecto hu
mano, mas é dotado de condições
físicas que se adaptam e resistem
a acções e funções mais violen-
tas, tendo por isso uma missão a
cumprir que não pode ser cum-
prida pela mulher, sob pena da
inversão de papeis que o degra-
dariam,

Para a mulher existiram sem-
pre e hão de existir eternamente
profissões próprias.

A mulher será tanto mais inde-
pendente quanto mais ela souber
ser o anjo do lar, a boa esposa,
a mãi estremosa, que saiba res-
peitar o tálamo conjugal, com-
preender o marido, a-fim-de
abrandá lo nas suas tempestades,
suavizarlhe as agruras da vida,
arejar-lhe a casa, asseá-la e en-
feitá-la de modo que ela pareça
um ninho abençoado por Deus e
não um inferno dantesco.

Fica por êsse mundo muita ra-
pariga solteira por culpa dos pais,

Porque êstes, em vez de edu-
cá-las no trabalho, privam-nas.
dêle; enfeitam nas e f-zem-nas

custa e convencêm-se de quecertas

desfazem em tinta.
ue a mulher seja culta, mas

santa que o homem adore pelas
suas virtudes.»

Marco Postal

Sr. Abílio Fernandes Baptis

ta – Benguela : — Recebemos |
a sua carta de 20 de Setembro e

muito obrigados pela remessa de

Esc. 50800 para liquidação da

assinatura até ao n.º 258. Alte-

rámos o enderêço segundo a sua,
indicação,

Interêsses do

pncelho

(Continuação da 1.º pagina)

anular a comparticipação de 40.918$00, para ser
concedida ulteriormente, visto não fazer sen-
tido tratar do calcetamento das ruas neste ano é
dentro em breve ter de ser levantado, quando se
tratar da obra de distribuição de águas aos do-
micílios, projecto que está na última fase do seu
estudo.

4 Câmara apressou-se a chamar a atenção
de Sua Ex. para os inconvenientes da decisão
tomada na altura em que os trabalhos já se en-
contravam, motivo por que as Instâncias Supe-
riores estão a estudar a melhor solução do as-
sunto, tendo a Cã nara representado no sentido
de se comparticipar o que já se acha feito.

Os trabalhos foram suspensos por ordem
superior, e agora aguarda-se a resolução Mínis=
terial,

ád da
“ w

Fez-se pouco em 1940? Só o que foi pos-
sível dentro das disponibilidades financeiras do
Município.

De onde em onde chegam à Câmara os ru-
mores dos que se queixam de não verem realiza-
do tudo quanto ambicionavam; aqui, por se ter
dado preferência a determinadas obras; alj, por
não ter sido levado a efeito, a tempo, o que era.
urgente; além, porque a Câmara não viu uma
necessidade que se impunha, e até não falta
quem afirme que a Câmara nada faz, pelo menos
que se veja…

Para uma apreciação justa é necessário que
os munínipes se apercebam, antes dos seus co-
mentários, da situação da actual Câmara.

Nas gerências anteriores, o regime das com-
participações do Estado era muito diferente do
que é hoje. Em regra, o dinheiro do Estado che-
gava para tôda a obra, e, quando faltava, era
em percentagem muito diminuta como podem
comprovar alguns Vogais dêste Conselho que.
pertenceram a essas Vereações. Hoje, o Estado
dá apenas metade, quando dá, do custo real dos.
trabalhos, e, por vezes, calculado sôbre orça-.
mentos bem reduzidos. Foi assim que, postas a
concurso durante o ano as fontes de Naves, Amei-
xoeira e Arrifana, pelo dôbro da c mparticipação

do Estado, ficaram desertas as praças.

Mais : antes de 1938 as Câmaras não entrê-s!
gavam em regra dinheiro às Juntas para melho-
ramentos, e a actual em 1937 deu-lhes 23.500$09,
em 1939, 18.000800, e êste ano já distribuiu com
o mesmo fim 13 600$00.

E? claro que ninguém, quási, se lembra de
pensar que foi a Câ nara quem contribuiu para
os melhoramentos que foram feitos com êstes di-
nheiros saídos do erário municipal…

E, assim, se oculta a acção mun’cipal.

– Para completar o quadro comparativo, con-
vém não esquecer, ainda, que as últimas Verea-
ções com os mesmos encargos da actual, cobra-
vam, como adiante se verá, pela percentagem
sôbre as contribuições do Estado rendimentos
muito superiores aos que são auferidos a partir
de 1938. E

Com êstes dados, tôda a gente de boa fé
pode melhor fazer os seus comentários e con-
frontos, e assim vou terminar esta parte do rela-
tório com a afirmação bem terra-a-terra de que
«sem dinheiro não é possível realizar-se obra de
vulto». A

EsZoz

1

Resta-me agora apresentar as bases para o
orçamento de 1941.

Já nos meus dois relatórios anteriores cha-
mei a atenção dos ilustres Vogais dêste Conse-
lho para a diminuição de receitas que se verifi-
cou após a entrada em pleno vigor, em 1938, do
novo Código Administrativo.

As Vereaçõe» anteriores à da minha presi-
dência cobravam sôbre as contribuições do Es-
tado a percentagem de 95º, Sujeita embora a
pequenos factores de correcção, e a Câmara a
que presido, em 1938, cobrou na Predial Rústica
e Urbana, as mais importantes, respectivamente,
37% e 19º, e na Industrial, 16%. Em 1939 e
1940 as percentagens foram identicas.

Em resultado de tais percentagen verifica-
se o seguinte: As Câmaras anteriores receberam
em 1934-1935 (gerência de 18 meses) Escudos,
328.256854; em 1936, 231.3148$80 e em 1937,
238.993$58.

À Câmara actual recebeu em 1938, Escu-
dos, 176.478$13, em 1939, 170 311377, e no
corrente ano de 1940 164 159829

A diferença é impressionante e não pôde
ser coberta com as receitas provenientes do Im-
posto de Pres’ação de Trabalho, cuja cobrança
em 1938 foi de 23.406$00, e em 1939, de Escu=
dos 34 673350, quantias estas ainda sujeitas ao
desconto das despesas com o respectivo lança-

‘*lineadas para o ano de 1940. E por isso há pou-,

“noma de Estradas, um novo plano de obras para

“sinceramente empenhado na solução do problema

“Conselho Municipal e Munícipes se conjugam no

mento e arrecadação,

No próximo ano a cobrança proveniente
das percentagens lançadas sôbre as contribuições
do Estado será aínda diminuída porque êste
Conselho Municipal, numa hora de impulso ne-
gativo às grandes realizações concelhias, fez
baixar as taxas sôbre as mais importantes con-
tribuições do Estado. Quere dizer, em vez de
fornecer à Câmara meios para se abalançar a
grandes empreendimentos, cerceou-os numa con»
ta e medida que em pouco alivia individualmen-
te uma população de 25.000 almas, mas que, no
conjunto, bastante prejudica as finanças nmtunici-
pais.

Tenho a maior consideração e respeito por
cada um dos Vogais dêste Conselho que votaram
a redução e nem outra coisa seria de esperar do
meu carácter e educação; como porém amo a
franqueza e tenho por hábito encarar de frente
tôdas as questões, não hesito em afirmar que a
deliberação do Conselho Municipal não está em
harmonia com os interêsses e necessidades pre-
mentes dêste concelho. Respeito a votação a-pe-
sar-de feita contra a opinião do Presidente da
Câmara, então ausente, mas manifestada por in-
termédio do sr. Chefe da Secretaria, e respeito
também a idéia ou o sentimento que levou à
votação.

Em comentário simplesmente direi que se
o Estado, um Estado que pretenda acompanhar
os outros nas avançadas do Progresso, se lem-
brar de reduzir os seus impostos em todos os
anos em que a produção agrícola não seja das
melhores, esse Estado cairá no marasmo, e, logo
a seguir, na ruína.

é E” isto o que se pretende no concelho da
Sertã? à À sua Câmara não deverá acompanhar
as outras quê por êsse País além se entregam a
um esfôrço titânico, para dotar as suas terras com
os melhoramentos que as elevem ao nível mate-
rial e social das suas congéneres, o que somente
se consegue com dinheiro, muito dinheiro ?

As interrogações postas são dolorosas e es-
caldantes, sobretudo se se levar em linha de
conta o plano de obras gizado para 1941. Talvez
por causa da celebração das Festas Centenárias,
talvez por causa da guerra, o Estado não pôde
fazer tôdas as comparticipações que estavam de-

cos dias foi pedido à Câmara, pela Junta Autó-

os anos de 1941, 1942 e 1943. |
Eis as que nos propomos fazer em 1941,
com a comparticipação do Estado :

Pelos Melhoramentos Rurais

Primeiro trôço da E. M. ligando a sede do
concelho com as freguesias e Palhais (Proc. n.º
6 809).

Abastecimento de água a Chão da Forca,
Sertã (Proc. n.º 9 843).

Idem, a Castanheiro Grande e Casal do
Calvo, Cumiada (Proc. n.º 6.007)

Reparação da E. M. de Sernache do Bom-
jardim a Nesperal (Proc. n º 6.808).

Pela Direeção dos Monumentos Nacionais

Construção da casa dos Magistrados, obra
imposta pelo Estatuto Judiciário. .

Pelo Gomissariado do Desemprêgo

Abastecimento de águas a Sertã.
> > > a Sernache.

Éstes dois útimos melhoramentos sobrele-
vam todos os outros, e na sua realização está al-
tamente interessada a Câmara a que presido. São
obras muito dispendiosas, mas o sacrifício que
elas impõem bem o merecem as duas terras bene-
ficiadas, as mais importantes do concelho.

Os parcos recursos do município, ainda há
pouco diminuídos por êste Conselho Municipal,
exigem, para se levar a cabo êstes dois melhora-
mentos, o! O recurso ao empréstimo, ou a desis-
tência da sua electivação. A Câmara não hesitará
no recurso ao empréstimo quando for julgado
necessário, fazendo-se a conversão dos ainda
existentes na mesma oportunidade.

E’ uma operação para que a Câmara conta
com a boa vontade, nunca desmentida, do ilustre
Governador Civil do distrito, Ex.”º Sr. António
Maria Pinto Castelo Brauco, que também, está

das águas: nas sedes tanto do concelho como da
freguesia de Sernache.

À Autorioade Superior do Distrito e o Es-
tado estão prontos a coadjuvar-nes nestas duas
grandes realizações, E” preciso que da nossa par-
te ninguém se poupe a sacrifícios que venham a
ser nos impostos.

Quando os esforços de todos, Câmara,

mesmo pensamento de dotar as nossas terras
com os melhoramentos de que tanto carecem,
aquê’es sôbre cujos ombros impende a grande
responsaliilidade de fazer marchar o seu Conce-

«A Imprensa Regional»

a
í | ) [ | À Sob êste título e firmados pelo
st. R Laranjeira, de Lisboa, pu-

blicam artigos iguais os nossos –
estimados confrades «O Jornal .

de Estarreja» e «O Jornal de
Cambra», em que se alude por-

serto neste periódico no número
de 26 de Setembro último acêrca
da actual situação da Irprensa
Regionalista e das soluções pre-
conizadas para fazer face aos
graves problemas em que ela se
debate.

Agradecemos 30 sr. R. Laran-

seus explêndidos e oportunos
artigos de carácter regional, as
suas palavras de apoio e incita-
mento e também a amabilidade

 

| plares dos jornais referidos.
)

| gum espaço transcreveremos o
artigo em ref.rência pela impor-
| tância de que o assunto se re-
veste no momento actual.

Não é a carpir mágoas que a
Imprensa Regional pode encon-
trar os meios de se defender e
impor, mas sim unindo-se e tra-
balhando em comum; só assim
solucionará os magnos e com-
plicados problemas em que se
debate e tolham a sua acção útil
e verdadeiramente benéfica.

= S16) dp

Este nimero foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

menorizadamente ao artigo in- |

jeira, que não temos o prazer de
conhecer a não ser através dos

de nos ter enviado os dois exem–

) Logo que dispunhamos de al- |

‘mados de uma fôrça quási sobre-
humana, e, arrostando embora
com mil dificuldades, canseiras,

riais de vária espécie, avançam

Ideal, o engrandecimento das
suas terras que, em última aná.

decimento da Nação.

comum a Vereação actual e o
seu Presidente preparam-se para

do ano que se aproxima, e Deus
permita que êles já sejam leva-
dos a efeito numa atmosfera de

todos os Povos da Terra,

4>
7
Só resta agora, em resumo su.

orçamento para 1941.
RECEITA

» “indirectos,
rendimento de bens
próprios, reembôl-
so e reposições

Consignação de re-

Produto de emprés-

timo para águas nas

sedes do concelho
e da freguesia de .

Sernache . . . 150.000800

Total – 653.00080)
DESPESA

Despesas ordinárias
pelos 17 capítulos
do orçamento .
Consignação de re-
cenas e,

Dotação de obras e
melhoramentos nas
freguesias. obras já
comparticipadas e
outras a comparti-

Conversão de em-
préstimos .

Total

30. 000800

lho para as grandes realizações, sentem-se ani-

tins,

dissabores, e até prejuízos mate-.

com o entusiasmo nos corações,
olhos sempre fitos num Alto.

lise, é mais umelo paraoengran

Com a esperança no esfôrço .

enfrentar os grandes trabalhos .

Paz, Paz para Portugal e para .

cinto, ler a V. Ex.ºº as bases do

Impostos directos . 226 000800 .

– 102.000800 –

céllas . 4 2. – 20 00080)
Comparticipações do
Estado. . . . 150 000800

. 250.000800 :
25.000800

cipar pelo Estado . 348.000800 |

. 653.000800 –

O Presidente da Câmara Mu.
nicipal da Sertã -—- Carlos Mars .