A Comarca da Sertã nº218 14-11-1940

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FUNDADORES
-— Dr. José Carlos Ehrhardt -—

— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
| ——— António Barata e Silva ——-
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O RE e a e
: Eduanoo Barata da TFilva Contela o TIP. PORTELLA PEÃO
E Pa REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Fatal o
m| | RUA SERPA PINTO-SERTAÃ Ep ç
E À Za | TELE FONE
«< PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS 112
AINO N | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã q OVER Ê
Nº 218 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação) 1940

ABADIA SNARES

nado

Notas o e sq

O caos da nossa época,
: neste flatuante mapa do
mundo com edições novas tô-
das as manhãs, existem dois
paísés cuja soberania, flor
da sua eternidade, não pode-
rá nunca oferecer dúvidas nem
discussões : Espanha e Portu-
gal. Confinada no seu génio
próprio, na sua história, que
se confunde com a própria
história da Terra, separada
do resto do continente por uma
cordilheira de ultas vagas, es=
tá a península transformando-
se, pouco a pouco, numa gran-
de ilha, parêntesis de amor
dentro de uma Europa ;con.
vulsionada pelo ódio. Forma-
mos, assim, cada vez mais,
am mundo — nanca o devemos
esquecer —- que criou o Man»
do»!

evoscgon sra

«NY

“onos vt

António Ferro .
ipa

guerra alastra impiedosa
mente pela Europa, A”sia
e Africa, açoutando os povos
com a sua júria de destruição
e canibalismo.
Vivem na incerteza do dia
de amanhã as nações fustiga-
das pelo vendaval da morte e
da miséria e até mesmo ague-
las que estão fora do conflito,
aquelas onde reinava a espe:
rança de se continuar em paz,
uma paz justa e merecida,
porque a sua vida segue sere-
na, sem qutra ambição que não
seja o respeito pelos seus sa-
grados e iniludíveis direitos.
Mas, mesmo assim, essas na-
ções não podem jugir às per-

Dovospenaos

pleridudes do puturo porque

o brazeiro da guerra atinge a
economia de todo o mundo e,
por conseguinte, a vitalidade
de cada uma delas. Uma ten
tativa para fugir a tal situa-
ção seria inútil, redundaria em
tremendo fracasso. Qualquer
país, por melhor e mais com=
pleta que seja a sua produção
agrícola e industrial, não en-
conira em si tudo o que ne-
cessita para se manter; assim,
tem de procurar mercados pa-
ra colocar aquilo que lhe so-
bra, recebendo, em troca, agui-
lo de que carece. E’ a lei ine-
xorável da oferta e procura.
“Se é certo, como vimos dis
zendo, existir a incerteza e
‘ consegiientemente, falta da nes
cessária confiança e presença
de espírito para olhar o futu-
ro com irangiiilidade e calma,
a verdade é que nós, portugue-
ses, alheios a pugnas para

que não contribuímos, deves |

mos continuar Intando com
coragem e perseverança pela
grandeza e prosperidade do
nosso país, dando, assim, um
exemplo notável de sensatez,
equilíbrio e patriotismo. Cum-
primos, únicamente, o nosso
dever.

“Nada lucremos com desâni

mos. À falta de confiança em
nós próprios, o desconheci-

 

«- | to melhoramento público.

 

NTRE as «bras a realizar em 1941,

subsidiadas pelo «Fundo do

Desem prôgo», segundo o plano

aprovado pelo Sr. Ministro das

Obras Públicas e Comunicações, figuram

es casas dis magistrados judiciais desta
comarca,

A notícia publicada nos jornais da
capital em 7 do corrente, encheu de júbilo
a população sertaginense, nomeadamente
aquêles que vinham clamando pela sua
construção como necessidade instante da
Sertã o factor apreciável da segurança e
integridade da comarca.

tentativas para a realização do importan-

Os que então meteram ombros
presa viram os seus desejos eriçados de
dificuldades |
nesta hora. a
‘ Apesar das contrariedades que, no de
curso aproximado de 18 meses, retarda-
ram as suas deligências, organizou-se q
projecto e seguiram-se os demais trâmites
logais até à sua remessa às instâncias
técnicas, para onde seguiu nos fins de 1935.
Estava porém escrita no livro do des-

tino a sua sentença de morte.
” Fora de tôda a previsão, foio pro-
jecto e:barrar, ali, com um cbstáculo in:
teiramente irremovivel. A planta oficial

selho Superior Judiciário e a que se au-
bordinara o trabalho realizado, acabara
de ser suspensa, voltando, por esse moti-
vo, O projecto à Câmara com o despacho
de aguardar que, em substituição dela, ou-
tra fôsse autorizada.

desenvolvidos no sentido de dotar a sede

Datam de 1984 e 1935 as primeiras |

à em-.

| curso da sua,

que não valo a pena esmiliçar

do edifício, que fôra adoptada pelo Con-.

Cairam, assim, por terra, 08 esforços

S MAGISTRADOS JUDICIA

e da

 

da comarca com residências condigoss pa
ra os seus magistrados, ficando de pé,
apenas, a garantia imediata da comparti
cipação do Município de Vila de Bei no
encargo da futura construção, pelo ues
conto, superiormente ordenado. que se
vem fazendo nas suas receitas, e o com-
promisso, — que dispensou esse desconto
nos seus rendimentos, — assumido pelo
Município de Proença-a-Nova perante a
Relação de Coimbra, de aceitar a sua
quota parte no mesmo ónus,

Mas, como acaba de verificarese, o
problema dos Casas dos Magistrados, ten-
do estacionado por fôrça das circunstân-

vontade que

à causa pública dão o con-

 

” Tal foi a razão

Martins, p:gou dêsse problema, o estudou,
e, com a decisão que tem posto noutros

lucioná lo de maneira não só a satisfazer
a velha aspiração da Sertã, mas também
a executar uma medida económica de re
conhecida vantagem para o concelho que,
desde longos anos, foi o único a suportar o
pôêôso duma obrigação que a lei manda re-
partir pela comarca.

A inclusão da construção das Casas
dos Magistrados judiciais no plano das
obras a etectuar no ano próximo, compro-
vou o êxito feliz da acção de quem agora
por ela se empenha, e a sua realidade não
constituirá, certamente, padrão de menor
relôvo entre quantos ficarem vincando a
sua passagem, pelos domínios camarários.

Silvânio

cias relatadas, não deixou de continuar
“a atrair as atenções dos homens de boa

ividade. En

porque a Câmara:
actual, da presidência do Sr. Dr, Carlos

da administração municipal, procurou s0-

mento completo do que somos
e valemos, agravado pelo me-
do, por um constante e injas-
tificável receio, conduzir-nos-
-ia a ingloriosa catástrofe,
tornando-nos prêsa dos povos
gue sentem em sia fôrcça mo-
ral para arrostar as vicissita-
des que o Mundo atravessa e

que já suportou, conguanto
em menor escala, noutras épo’
cas da sua História,

Precisamos de nos revestir
de paciência, condicionando a
nossa vida às contingências
do momento. O tempo actual
é de dores e sacrifícios.

Se os portugueses se com
penetrarem destas verdades,
formarão um bloce, de tal so-
ilidez e coesão, que nenhuma
| fórça humana é capaz de des-
Eruir.

et q

MORRE U, recentemente, Paul
Nipkw, o inventor da te»

Dr. Pedro de Matos Neves

Foi promovido a tenente o al-
feres-veterinário do Quadro dos
Oficiais Milicianos e nosso ami-
go sr. dr; Pedro de Matos Neves,
distinto Inspector de Sanidade
Pecuária dêste concelho.

Um grande abraço de felicita-

ções.

levisão, ou seja a transmissão
das imagens sem fios.

Como Gutemberg e Zeppes
lin Nipkw era uma das gló-
rias da ciência alemã. Ainda
há pouco lhe tinham sido pres-
tadas grandes homenagens ao
completar o seu 80.º aniversá-
rio natalício; bem justas elas
foram porque o grande sábio
legou à humanidade ama
obra de inestimável valor, cu-
ja importância se irá tornan-
do cada vez maior à medida
que a técnica consiga a trans=
missão regular de imagens a
distâncias maiores do que as
até agora atingidas

Melhoramentos regionais

Entre as obras incluídas no
plano para 1941, que o sr. Mi-
nistro das Obras Públicas e Co.

municações já aprovou e quel R

serão comparticipadas pelo Fun-
do do Desemprêgo, figuram as
seguintes:

Por intermédio da Secção de
Melhoramentos Urbanos: cons-
trução da igreja matriz do So.
bral, concelho de Oleiros e cons-
trução, na Sertã, de duas casas
para residência dos magistrados
da comarca; por intermédio da
Secção de Arruamentos : alarga-
mento da praça Angelo Vidigal,
na Vila de Pedrógão Pequeno,
concelho da Sertã e regulariza-
ção e pavimentação de tôdas as
ruas e largos da séde do conces-
lho de Vila de Rei (2.º fase).

A ve.ba a dispender em cons.
truções e reparações por todo o
País, segundo o plano referido,

atinge cêrca de seis mil contos,

… d lápis

VARIOS moradores da Rua

Gonçalo Rodrigues Cal-
deira (antigo Trinchete) veri-
ficam, desapontados, que ou-
tros, da mesma rua, continuam
fazendo os despejos para a
ribeira. Tódas as manhãs é
ver mulheres e crianças con-=
duzindo, à mão ou à cabeça,
baldes e outros vasos, de casa
para a ribeira e desta para
casa, num vai vem que inco-
moda a vista e irrita a mem»
brana pituitária pelos odores
que empestam os ares, numa

demonstração elogiiente do cone

teúdo…

Preguntam, muito natural.
menie e com tôda a razão, es=
ses moradores porque ê que q
Câmara não obriga os prosa
prietários dos prédios, onde
essa gente vive, a construir as
instalações sanitárias, partins
do do princípio de que a lei
foi feita para se cumprir!
“Não há dúvida que alguns
senhores proprietários de pré-
dios na Sertã continuam man
gando com o próximo !

Vai sendo tempo de os mes
ter na ordem, fazendo-lhes ver,
à fôrça, que os inguilinos po-
bres devem ser tratados como
gente e não como quadrúpes
des! :

a gp

Govêrno da Nação aprovom
o plano de melhoramen=
tos de utilidade pública que
serão realizados, em todo o
País, durante o próximo ano.
Dispendem-se cêrca de seis
mil contos em obras de grans
de vulto e do mais alto intes
rêsse social. Vê-se que, a pon
e pouco, com ordem, método e
uma firme orientação, se transs
formam radicalmente as cons
dições de existência das popu-
lações, que, noutros tempos,
viviam à margem de todo o
progresso e desconheciam o
mais pequeno confôrio, mas
às quais se exigiam o máxi-
mo sacrifício para sustentação

do erário público.

Agora não há logarejo, por
mais modesto, que seja esque-
cido.

a :
OOSEVELT venceu as elei..
ções e, por isso, continua
sendo Presidente dos Estados

Unidos.

Do resultado desta luta fá-
cilmente se deduz que Roose-
velt é o homem à altura da si=
tuação, aquêle em que a grans
de República confia os seus
destinos.

Ele já deu exuberantes pros
vrs de que é capaz de enfren=
tar os problemas acinais com
clarividência e senso, rodeans
do de predomínio e prestígio
a grande democracia, princi-
pios que sempre orientaram a
sua política externa,

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Brancosão de Censura
de Castelo Branco

 

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A Comarca da Sertã

“Comanda Viação VE SerMache, ni

(CARREIRA RÁPIDA)
LISBOA —- BELVARO

Carreiras entre Sertã-Lishoa, Sertá-Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno

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Chegada a Santarém 9,15
: Saída 9,20

» Pernes 10,00

» Tórres Novas 10,35

> Tomar 11,20

> Ferreira do lezere 11,00

> Sernache 13,00

> Sertã 13,20

Saída 14,00 |.

> Cesteiro
Alvaro

15,05
15,15

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SAÍDA DE ALVARO 15,40

Chegada ao Cesteiro 15,50
> Sertã | 16,55
Saída 17,30

> Sernache 17,50
Saída 18,00

» Fereira do lezro 18,55
Saída 19,00

» Tomar 19,40
» Torres Novas 20,25
> Pernes 21,00
>» Santarém «2140
» . Cartaxo 22 10
» Vila Franca 23,10
» Lisboa 0,10

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Utilização de águas públicas
para accionamento de
engenhos:

A fôlha oficial publicou um
decreto-lei determinando que os
– indivíduos ou entidades particu=
lares que, à data da publicação
– daquêle diploma, utilizem águas
* públicas para accionamento dos
seus engenhos e não possuam

licença para esse fim passada

pela Direcção Geral dos Setvi-

ços Hidraulicos e Eléctricos des
vem legalizar essa situação na| |

conformidade das disposições re-

gulamentares dos mesos servi-
— os, dispensando se-lhes, porém,

– O pagamento dos emolumentos

de vistoria e de licença. Os que

não cumprirem esta disposição
ficam sujeitos às multas e mais
sanções prescritas nos aludidos
regulamentos.

São isentos do cumprimento
– das referidas disposições os in=
divíduos ou entidades que, pes
rante os Serviços Hidráulicos,
demonstrem, por qualquer dos
meios de prova admitidos por
lei, ser a existência dos seus
aproveitamentos anterior ao tem-
po da promulgação do Código
Civil. O prazo para a legaliza-
ção será estabelecido por despa-
cho ministerial, em relação à
área de cada uma das secções
hidráulicas, não podendo ultra-
passar, em caso algum, o limite
de 31 de Dezembro de 1941.
Será dispensada, para os efeitos
de legalização, até ao limite do
prazo estabelecido, a apresentas
ção da planta e mais desenhos
que são actualmente exigidos,

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E’ amigo dedicado da
“sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
“todos os patrícios e amigos que
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O valor e o bom nome da sua
“terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
“fizer nêste semanário.

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1) Olival, a Souto Carvão
de Cima; 2) Olival e vinha,
ao Souto Carvão; 3) Pequeno
olival, au S.uto Carvão; 4)
Vinha, oliveiras, mato e pi-
nheiros, ao Prazo (Painho);
5) Pinhal e mato, av Vale
Ferreiro; 6) Mato e pinhei-
ros, ao Vale da Froca (sul);
7) Matos e pinheircs, ao Va
le da Froca (norte).

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gelo Vidigul — Sertã e Antônio
Martins – Amieira (Carvalhal)

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Colecção de 7 postais — 7800

ANUNCIO

(1º PUBLICAÇÃO)

Por êste se anuncia que
se acha aberta a correição |-
nesta comarca, por espaço
de trinta dias, a começar em
doze de Dezembro do ano
corrente e a terminar em 00-
ze de Janeiro do ano de mil
novecentos e quarenta e um,
a todos os Oficiais de Justi-
ça dêste Tribunal, Julgado
Municipal de Oleiros e Jui-
zes de Paz, a qual abrange
rá todos os livros, papéis e
processos começadus ou fin-

dos desde um de Janeiro de |

mil novecentos e quarenta
em diante, devendo as enti-
dades competentes apresen-
tar as relações respectivas,
com os livros, papéis e pro-
cessos referidos, nos termos
legais, e podendo quaisquer
pessoas durante aquêle pra-
zo de trinta dias apresentar
ao Juiz da comarca quais-
quer queixas que tenham a
fazer dos Funcionários su-
jeitos à mesma correição.

Sertã, 6 de Novembro de
1940

Verifiquei
O Juiz de Direito,

Armando Torres Paulo

OChefe da 2.º Secção, int.

Angelo Soares Bastos

Jorge. Alarçal

MEDICO,

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gos, das 15 às 17 horas.

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ciona o 1.º ciclo (1.º, 2″ e 3.º
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valho.

Trata Angela Freire Costa |

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» Família, moído,. kg 7 5800

» N.º l,moído . o kg 8800

» Extra: kg 12800

>» em grão, forcado . ç kg 7800 –
» Mo » —extra-escolhido kg 12800

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Proença a Nova ll-50 11-40:
Sertã 12-30 13-00
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Rigueiró dos Vinhos J4-15 14-25
Coimbra . 16-45
ÀS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG. PART.
Coimbra 11-50.
Figueiró dos Vinhos l4 05 14-25.
Sernache do Ronjardio 15-07 15lo
Sertã 15-30 15:50:
Proença a Nova 16 25 16 55
Sobreira Formosa 1655 17-05
19 00

Castelo Branço

 

@@@ 1 @@@

 

GEE sao

Toponímia local

 

A propósito da mudança do
nome da Avenida Baima de
‘ Bastos para rua Gonçalo
Rodrigues Caldeira, o nosso
amigo sr. Tenente Jerónimo
Tasso de Figueiredo diz que
se deverá conservar a anti-
* . ga denominação.

aemEsenorarsendes

-. Senhor Director do Jornal
<A Comarca da Sertã»

Como representante, antes que
em ramo indirecto, do falecido
Exm.º Senhor Conselheiro Dr.
Jerónimo Pereira da Silva Baima
de Bastos, recorro ao semanário
que V… mui dignamente dirige
para patentear a minha gratidão
ao Ex.Ӽ e R.Ӽ Senhor Padre
José Farinha Martins pela sua
carta publicada no N.º 210 de-19
de Setembro findo do seu Jornal
e aos Ex” * Senhores Eugénio
Leitão e Siríaco Santos, do Ou-
teiro da Lagoa pelas suas cartas
publicadas no N.º 212 de 3 do
corrente também no seu Jornal.

Não obstante passarem-se anos
sem ir à Sertã, onde laços de fa-
mília e amizade me ligam bas-
tante, interesso-me por tudo que
diz respeito a essa terra afavel e
hospitaleira.

Como assinante de <A Comar-
ca da Sertã» não deixo de ler
todos os seus artigos e por isso
foi com bastante mágua que num
dos seus números li a intenção
da Ilustre Câmara Municipal em
substituir a toponímia de algu-
mas ruas da Sertã, sendo um dos
nomes eliminados o do Sr. Con-
selheiro Baima de Bastos. .

E” certo que em muitas terras
do país houve há uns anos a
preocupação de pôr nomes a ruas
recordando dias que se conside
ravam históricos tais como «19
de Outubro», etc., e nomes de
“indivíduos a quem a Sociedade

– ou as localidades nada ficaram a
“dever e que pelo contrário foram

-Uuma vergonha para a Nação,
sendo nestes casos só de louvar |

“as edilidades que os eliminaram
da toponímia das cidades, vilas
e aldeias debaixo da sua jurisdi-
ção. —

-O nome em causa, porém, es-
tá fóra de tudo o que acabo de
expor e que se possa ler nas
entrelinhas e por isso creio que

“o Município da Sertã só se no-
bilitaria revogando a postura
que o eliminou, voltando a ser
dado à Avenida que o possuia.

Eº se=pre int.ressante mant.r
nomes de individualidades ou
simples indivíduos que pelo seu
trabalho cu benefícios prestados

a uma localidade possam ser re-|

cordados pelas gerações vindou-
ras, mantendo os municípios um
livro onde haja um resumo bio-
gráfico dos mesmos para que os
estudiosos ali possam ir colher
esclarecimentos sobre a causa
que motivou o nome de determi-
nado largo, avenida, rua ou sim-
ples travessa.

Desculpe estas palavras tão
mal alínhavadas mas nunca tive
jeito para escritor e se não fôsse
o motivo aquí exposto, nunca
me abalançaria a escrever para
ser lido pelo grande público.

“Agradecendo a publicação des-
ta, creia-me com a maior consi-
deração de V. Ex. muito obri-
gado

Jeronymo Tasso de Figueiredo
Ten, d’Art.?

Oeiras — Medrosa, 18 de Ou-
tubro de 1940.

N. da R.— O signatário da carta
diz, certamente por engano, que em
muitas terras do País houve, em tema
pos, a preocupação de designar as
ruas por días considerados históricos,
como «19 de Outabro», etc. O sr, Tex
nente Tasso de Figueiredo deve estar
. equivocado: não consta que alguma

»ez tenha sido posta a qualquer rua,
” de qualquer localidade, a data referim
da, porque ela recorda a acção torpe,
trágica e sinistra de algans bandolei-
ros e, também, da mesma forma, não
temos conhecimento de se terem de-
signado quaisquer ruas pelo nome de
indivíduos que foram uma vergonha
para a Nação. Seria, isso, um contra»
senso imperdoável, ;

Reiinião do Conselho Municipal

O Conselho Municipal do Con-
celho da Sertã, na sessão ordi-
nária de 11 do corrente, resol-
veu :

Aprovar o relatório apresenta-
do pelo sr Presidente da Câma-
ra;

Baixar de SUSO00 para 30800
as multas por falta de licenças
de comércio e indústria;

“Baixar de 50400 para 20800
as taxas de Íicença dos cais de
luxo;

Proceder à remodelação do
quadro privativo da secretaria
da Câmara, extinguindo o logar
vago de escriturário de 2 * clas-
se e criar um de escriturário de
3º classe.

N. da R — Pela importância
especial que tem para a vida
administrativa do concelho da
Sertã o relatório elaborado
pelo ilustre Presidente da Cá-
mara, sr. dr. Carlos Martins,
publicá-lo -emos, na íntegra,
em logar de honra — como mes»
rece, — no próximo número,

fazer hoje, como era nosso
desejo.

O relatório constitue a sin:
tese da actividade da Câmara
durante o corrente ano e ex=
põe o projecto da acção a de-
senvolver no próximo ano, a
qual, a realizar-se, como se
espera e está no pensamento
daquéle corpo administrativo,
trará novas condições de vida
ao concelho, contribuindo, as-
sás, para o seu progresso €
bem-estar das populações ru-
rais.

O relatório impõe-se vela
clareza das suas afirmações e
por um critério são e consu-
bstancia tôda uma acção enér-
gica e decidida, no intuito,
único, de defender os interes-
ses gerais do concelho.

“Sendo um documento sóbrio

de se impor pelo valor literá-
rio e sabtileza de espírito.

rara
CINEMA

No próximo dia 23 exibe-se,
no Cine-Teatro Tasso, a famosa
opereta «Casta Suzana», um fil-
me de graça extraordinária com
Raimu, Meg Lemnnier e Henri

Garat.
DS

José Lopes Ribeiro Tayares

Se há homens que Deus pre-
destinou para fazer bem, José
Roe, Ribeiro Tavares é um dê-
es.

Coração generoso, amigo dos
desprotegidos da sorte, o seu
nome é bem lembrado como be-
nemérito das classes humildes.
Amigo dos seus conterrâneos
como poucos, ligando sempre o
seu nome a qualquer empreendi-
mento que faça progredir a sua
querida Proença a Nova; José
Lopes Ribeiro Tavares está sem-
pre pronto a atender os seus/pa-
trícios na sua casa da rua dos
Fanqueiros, em Lisbôa.

Trabalhador infatigável, fes-
tejou em Julho último os 50 anos
da sua vida comercial, reunin-
«do-se com aíguns dos seus ami-
igos mais íntimos num banquete,
onde os srs. Dr. Luiz Figueira,
Carlos Cavalheiro e outros real-
çaram as qualidades excelsas que
ornam José Lopes Ribeiro Tava-
res. No final do banquete o ho-
menageado agradeceu, assim
como seu filho sr. Carlos Tava-
res, as palavras dos ilustres ora-
dores, que ainda mais serviram
de incentivo à sua missão de
bem-fazer. Faz êste nosso ilus-
tre conterrâneo no dia 12 do
corrente mês, 63 anos de idade,
desejando nós que a sua precio-
sa vida se prolongue por muitos
anos.

Joaguim da Silva Farinha
Tavares Dario,

dada a impossibilidade de o;

como devem ser todos os desta
natureza, não deixa, também,

A Comarca da Sertã

PELO TRIBUNAL

Em Tribunal Colectivo res-
ponderam, na passada 6.º feira,
os seguintes indivíduos: António
Amaro da Conceição ou António
Amaro, de 23 anos, jornaleiro,
dos Fronteiros, freguesia degPe-
drógão Pequeno, acusado pelo
ministério Público de, no dia 8
de Fevereiro findo, haver come-
tido o crime de estupro na pes
soa da menor virgem de 16 anos,
Celeste da Conceição, de 18 anos,
doméstica natural e moradora no
logar do Roqueiro, da mesma
freguesia. Absolvido. (1)

— Manoel Henriques Dias, ca-
sado, agricultor, da Eira Velha,
freguesia e concelho de Vila de
Rei, morador no logar da Moita,
freguesia e concelho de Barqui
nha, acusado pelo Ministério Pú-
blico do crime de falência cul-
posa.

Julgada a falência casual nos
termos do artigo 1.301 do Có-
digo do Processo Civil e, con-
sequentemente, julgada a acusa-
ção improcedente, pelo que o réu
foi absolvido. a E

Está marcado para hoje o jul.
gamento de José Domingos, sol-
teiro, jornaleiro, de Pedrógão
Pequeno, arguido do crime de
ofensas corporais ao menor Vas-
pa pau Freire, da mesma

ila

(1) N. da R. — O rêu efectuou o casa-
| mento, com a menor referida, em 19
de Outubro último.

—afpogo E) pua—
José Dias Cardoso

Acompanhado de sua espõsa,
embarcou antes de ontem para
Santos (Brasil), a bordo do «Ser-
pa Pinto», o nosso prezado ami-
go sr. José Dias Cardoso, antigo
e conceituado comerciante na-
quela cidade, a quem desejamos
tôdas as prosperidades e uma
óptima viagem. .
Coca memo o
José Antônio Grandela

Ido de Coimbra, onde foi ope-
rado a uma hérnia, regressou à
sua casa dos Ramalhos. o nosso
amigo st. José António Grandela,
gerente da Sociedade dos Pro-
dutos Resinosos da Beira Baixa,
Ld..

Muito folgamos saber que se
encontra em:franca convalescença.

HO

0 CRIMEDE CAMBAS

Deram entrada na cadeia
desta comarca os atitores
docrime deagressãoocor-
tido nas imediações de
Cambas

já se encontram a ferros, na
cadeia desta comarca, os selva-
gens que agrediram à navalhada,
nas proximidades de Cambas,
diversos forasteiros que regres-
savam da festa de N. S. de Fá-
tima naquela localidade, crime
que rev Itou a pacata população
do logar e ainda tôda a gente
que dêle teve conhecimento pela
barbaridade e covardia de que
se revestiu.

Como dissemos, no nosso nú-
mero 216, faleceu no hospital de
Castelo Branco uma das vítimas,
que não resistiu às navalhadas
recebidas no abdómen, Manoel
Gonçalves, solteiro, alfaiate, do
Braçal.

Os réus são António Martins,
solteiro, da Lapeira, Silvino An-
tunes, solteiro, dos Caneiros, Jos
sé Mendes, do mesmo logar e
Eduardo Joaquim de Almeida, do
Pôrto das Vacas.

«Grs dE
Misericórdia da Sertã

Durante os meses de Agosto,
Setembro e Outubro findos fo-
ram recebidos os seguintes gé-
neros: D. Amélia Vaz Milheiro,
1 litro de azeite; de D. Albertina
de Carvalho Tavares 2,5 litros
| de azeite; e de Eduardo Barata,
1 cesto de batatas,

Es Casas do Povo

soireram uma impor-
tante remodelação

Pelo sub-secretariado das Cor-
porações foi publicado no «Diá-
rio do Governo» um decreto pe-

lo qual são introduzidas impor-

tantes modificações nas atribui-
ções e funcionamento da Casas
do Povo

Porque é de interesse geral
torná-las públicas, passamos a
resumi-las, para conhecimento
dos nossos leitores, muitos dêles
pertencentes a êstes simpáticos
organismos :

Fins principais a atingir
pelas Casas do Povo

A pattir de 1 Janeiro de 1941, as
Casas do Povo passam a concentrar as
funções dos organismos mistos de re-
presentação legal dos trabalhado-
res inscritos: educação, previdência,
assistência e progressolocal. As actuais
Caixas de Previdência das Casas do
Povo são extintas, passando as Casas
do Povo a exercer directamente as atri-
buições daquelas. Por esta forma, sa-
lienta-se na lei que a fanção de Previ-
dência ficará sendo a actividade maisca.
racteristica dêstes organismos, em pre-
juizo da actividade no campo dos me-
lhoramentos rurais, que passará a ocu-
par papel secundário, limitando-se a
sua acção a obedecer a determinados
pontos.

Distribuição dos sócios em
categorias e quotas
estabelecidas

Os sócios passam a agtupar-se em
três categorias: — efectivos, contrin
buintes e protectores :

Sócios efectivos, são os trabalhado-
res rurais, ou outros que deles se não
diferenciem, chefes de família e maio-
res de 18 anos, e cuja inscrição é obrim
gatória a partir do próximo ano. As co-
tas dêstes sócios serão fixadas entre o
mínimo de 1$50 e o máximo de 3400
mensais, Acaba assim a cota mínima de
1800 que vigora actualmente. O trabax
lhador que esteja em dívida de cotas
à Casa do Povo, e que as não pague,
quando avisado, no praso de 15 dias,
ou não preste caução, fica na contin-
gência de não poder ser admitido em
qualquer trabalho enquanto o não fizer,
pois que, findo aquele praso, se o sócio
remisso se empregar. por conta de ou-
trem, o patrão que o admitir ficará res-

| ponsável pelo pagamento dessas cotas.

Os sócios contribuintes são os pro-
prietários e produtores agrícolas da
área da Casa do Povo. As suas cotas
serão estipuladas em obediência a de-
terminadas regras, e por classes, tens
do em vista os respectivos rendimentos
e tomando-se por base normal as com
lectas da contribuição predial rústica.
Tais cotas não devem ser inferiores a
5500 mensais.

Sócios protectores, serão os que
contribuam, voluntâriamente e periodi-
camente, com quaisquer quantias para
a Casa do Povo.

Benefícios a conceder

Todos os sócios efectivos das Cau
sas do Povo asuífruirão das vantagens
que confere a sua organização.

Assim as Casas do Povo, com a
actual reforma, passarão a conceder
sempre a todos os sócios efectivos as-
sistencia médica e subsídios pecuniários
na doença, bem como subsídios às fa-

mílias dos que falecerem vantagens que

poderão ser extensivas aos sócios con-
tribuintes cuja situação económica jus-
tifique-o benefício, E” ainda encarada a
concessão regular de pensões de inva-
lidez a trabalhadores que se impossin
bilítem para o trabalho. Vê-se assim
que, com a modificação do regimen
de cotização dos sócios, há um impor-
tante número de benefícios a receber
pelo sócio.

Como é feita a classificação
dos sócios

A classificação dos sócios, pata
efeito de aprupamento em classes, é
feita por acôrdo entre a Casa do Povo
e o Grémio da Lavoura, onde êste exis-
ta, ou com três representantes eleitos
para tal fim entre os produtores agri-
colas, ou será ainda feita pelo 1. N.T.

As listas com a classificação, serão
organizadas anualmente e afixadas na
sede da Casa do Povo, durante 30-dias,
para efeitos de quaisquer reclamações,
que devem ser apresentadas à direcção
da Casa do Povo, com recurso para o
delegado do I. N. T. P.

Nas Casas do Povo já a funcionar,
em número de 400, a classificação dos
sócios será feita até 30 de Novembro
próximo.

Duração do mandato das
direcções

A duração do mandato dos mems
bros da direcção e da mesa da assem»
bleia geral das Casas Povo, é amplias
da para três anos. |

Outras disposições

As câmaras municipais e as juntas
de freguesia são obrigadas a prestar
às Casas do Povo tôdas as informa-
ções julgadas necessárias ao justo res
censeamento dos sócios.

E’ proibida a instalação de estabe- ‘

3 E

Sopa dos alunos da Escola

dos Ramalhos

Dezembro de 1959

Receita: Produto da récita,
295850; Caixa Escolar,
D. Antónia Pestana, 2$00; 1 lata
de verniz (Junta), 20800; Câmara
Municipal, 100800; Sr. Manoel
Ramos, 50860; Sr. Manoel Go-
mes, 10800; Sr. João da C. Fer-

nandes, 50800; Sr. Joaquim Pes-.

tana dos Santos, 50800; Sr.
Joaquim Pestana (filho), 20800;
Sr2 D. Zélia Noémia Pestana,

20400; Sr. Felisberto Fernandes,

20300; Sr.º D. Joaquina Duarte,
2800; Sr? D. Rosa Antunes
Duarte, 10800; Sr.º D. Ilda Pei-
xoto, 5800; Sr. João Ferreira
Fontes, 10800, Sr. Alvaro Luiz,
10800; Srs. Guilherme da Costa

e Irmão, 40800. Soma, 733810.

Géneros : «Comarca da Sertã»,
3 bolos-rei; Sr.º D. Joaquina do
Carmo Lima, 1 garrafa de azeite;
Sr. António Lourenço, Sertã, 1
caixa de figos,

Despeza: 1 chapa p. a louça,
60800; 1 panela, 48300, 145 co=
lheres, garfos e concha, 51850;
carpinteiro, pregos, madeira,

98340; consêrto na lareira, 13800;

tecidos para toalhas e cortinas e
aprestos para a récita, 167800;
transporie de 20 f. de cartão,
11$00; expediente e diversas em
Lisboa, 23575; algodões e alfi-
netes, 4360; despacho da louça,
17860; aluguer de 2 cabeleiras,
18$80; mercearia, 41890. Soma,
555855.

Saldo para o mês seguinte,
177855.

Janeiro de 1940

177455.
Receita: Produto da repetição

da récita, 70810; Um anónimo, |
50400; C, Escolar, 9860. Soma, . |

* Gêneros: Sr. Francisco Alves,
Pedrógão, 5 litros de azeite; Sr.

Manoel Grandela, | g. de azeite;

Menina Adélia dos Remédios, 1
quarta de milho. o

Despeza: 1 alqueire de milho,
9450; 1 decalitro de azeite, 508;
| alqueire de sal, 2850; mercea-
ria, 39$40; diversas, 2830. Soma,
103870.

Saldo para o mês seguinte,
203455.

Dad

OS AMIGOS DA «COMARCA»

O nosso amigo sr. Manoel
Dias, de Ponte de Sôr, teve a
amabilidade de nos indicar, para
assinante, O sr. José Simões da
Silva, de Ponte de Sôr, Montarjil.

Agradecemos.

paga EB ago

O 4 A» CV A E»:
2 Go tt? oe? Sos? Sa? fa
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é: AGENDA +

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é 2a, UE) Ea à BE, : da
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fa? o? Cm? a ad fas?

“Da Arnoia retirou para Liss
boa o sr. Carlos Cunha.

—hRetirou da Várzea dos
Cavaleiros para Lisboa, com
sua espôsa, O Sr.
Francisco Sardeira.

— Tivemos o prazer de cume
orimentar na Sertãos srs. dr.
Custódio Lopes de Castro e
Capitão José Joaquim Lonuren-
ço, de Tomar.

Aniversários natalícios :

 

10, D. Maria josé Corrêa,
Lisboa; hoje, António Barata

e Silva.
Parabens

eia

lecimentos de venda de vinho ao copo
num raio de 100 metros em torno dos
edifícios das Casas do Povo.

As Casas do Povo já constituidas,
integrar-sê-hão no regimen dêste novo
decreto até 31 de Dezembro do cor-
rente ano.

18360; .

Saldo do mês de Dezembro, .

Antóniotónio

 

@@@ 1 @@@

 

Da aPequena Monografia da Freguesia da Gutsiada: Santana = Serlá j JT
ALGUMAS PALAVRAS…

* À compilação tanto quanto possível sumária de todos os da-
dos estatísticos àcêrca de como se povoou, veio à vida, digamos,
a nossa tam linda e característica aldeia, é obra a que, infelizmente,
não pudemos meter ombros devido unicamente a um sem número
de dificuldades que se nos entolharam para a levar a cabo; mas sô-
bre essa fundação — que. pelo nosso amor arraigado ao querido
terrunho, muito estimariamos fôsse tam completa quanto o nosso
desejo — nada mais podemos acrescentar, sem o perigo de caír em

exibicionismos li-
terários, que preju-
dicariam a obra,
do que dar umas
nótulas que encon
trámos no muito
con ciencioso li-
vro <A Sertãe o
seu concelho», do
zelosíssimo’ sacer=
dote P.º António
– Lourenço Farinha,
livro que bastante
luz veio fazer sô-
bre o desenvolvi-
mento, quási re-
cente, é certo, mas
que nem por isso
deixa de ser para
nós, cumiaden es,
da mais elevada e
preciosa importãa-
cia, Porque, deve-
mos, dizê-lo, nem
só o seu valor his-
tórico : emontendo
às eras dos vis’go-
dos ou ostrogodos
nos deve orgulhar,
mas êste orgulho
deve ser, em mais

elevado grau, pelo esfôrço dispendido em prol do seu desenvolvi-
mento, por todos os seus filhos desde o mais obscuro.

certo que a História de um povo, pela sua antigiiidade,
honra-o sobremaneira; mas, preguntamos, para que serve uma His
tória. por mais brilhante que seja, se esse povo não tem nas veias
o germe vital do amor ao trabalho, e se o seu desenvolvimento,
em todos os campos, quer no comercial ou industrial, quer, ainda,
no moral e no material, não acompanha a evolução, o progresso,

nas suas fases mais prementes ; E

“Não é dormindo à sombra da bela e maravilhosa fronde da
História que uma Nação, ou O mais pingue povoado, se. dinamiza
e se desenvolve, mas sim no queimar dos músculos € no vivilicar
do corpo ao. Sol ardente, que tudo. fecunda.

– E? certo caros conternâncos, que não conhecemos nao à
passado da nossa terra, mas conhecemos o bastante dêste seu tão
remoto presente para que lhe consagremos nes, ;o nosso carinho,

tôda a nossa ternura.,

À Camionagem e os Ca-
minhos de ferro

Os serviços que a camionagem
está prestando ao País são de
um certo valor e o público dia
a dia, dá a preferencia à camio-
nagem.

Assim, esta vai progredindo,
enquanto os caminhos de ferro
delinham, como o atesta o rela-
tório da ultima gerencia da C. P.

O público prefere hoje a ca-
“* »mionagem, ainda mesmo quando
siga ao longo da via férrea.

E” que o público que paga com
o seu dinheiro, não se conforma
com certas exigências rotineiras
que os caminhos de ferro conti.
nuam a manter e que muito os
deve prejudicar.

As emprêsas de camionagem
vendem os bilhetes de ida e vol-
tã, não se preocupando o passa-
geiro com a demora que possa
ter, pois volta quando pode ç
não lhe é feita qualquer exigên-
cia pela demora, e as emprêsas
de caminhos de ferro continuam
a manter a exigência de se fa-
zer o prorrogamento de valida-
de do bilhete ao fim de 3 dias,
com o acréscimo.de 10º/,.

Mas isto não termina aqui.

Quando há poucos dias nos
dispúnhamos a tomar um com-
boio rápido, no apeadeiro de
“Entre-Carpos, deparámos, ao,
chegar alí com um aviso em.
grandes caracteres que diz assim:

Altar-mór da capela, vendo-se ao fundo
Nossa a de Santa Ana

1 Rosmaninhal para a de Alferra-

Rev. Antônio Hunes Farinha

Fo transferido da paróquia do

rede o nosso prezado amigo e
distinto colaborador Rev.” Antó-
nio. Nunes Farinha, natural da:
Cumiada.

Apresentamos-lhe respeitosos
cumprimentos.

; ot Dis
miecro logia

D. Maria Lopes da Cruz

Na Vila de Sobreira Formosa
faleceu, no dia 6 do corrente, a
sr.º D. Maria Lopes da Cruz. de
70 anos, irmã do Rev.º Domin-
gos Lopes da Cruz, também ali
residente, pároco aposentado da
freguesia do Cabeçudo e do sr.
José Lopes Cruz, de Lisboa

A extinta era muito estimada
pelas qualidades boníssimas que
a exornavam.

A”? família en [utada. designa-
damente a seus irmãos, nossos
amigos, apre entamos sentidas
condolências.

partida do comboio da estação ‘
do Rossio.
Deixamos a família no apea-

ideiro referido e seguimos num |

| carro a tôda a velocidade para a.
| estação do Rossio para comprar .
[os bilhetes, mas ali encontramos

| mais uma terrivel surprêsa: quan- |

<P” expressamente proibida ido nos dirigimos à bilheteira e ‘

aos Srs. passageiros a entrada.
nos comboios rápidos nêste apea-.
deiro sem que estejam munidos
dos respectivos bilhetes adqui-.
ridos na estação de Lisboa— R»! |

Faltavam. 10 minutos para a|

pedimos os bilhetes, responde a.
empregada —: Está esgotada a.
“lotação do comboio, não se ven-.
dem mais bilhetes! !

| Agosto de

| verdadeira…

| MuMORISMO |

SiTAS DA semana

Actualmente, para um menino.
feio jagradar a uma menina bo-
nita, é condição indispensável
que seja cinéfilo. Isto é, que veja,
perceba e faça fitas. Para con
quistar uma mulher bastava sa-
ber fitá-la.

Espalhando-se por tôda a pare
te, o cinema tornou-se o diverti
mento predilecto de tôdas as ca-
madas sociais e a Universidade
Técnica de tôdas as… camba-
das insociais.

De distracção passou a . mas
nia.

Saindo da capital alastrou se
pelas cidades e hoje qualquer…
«Vila ou Aldeia? Possue um ci-
nema?. . Senão o tem, acabem
VE ER com a discussão pois
que, então, não é nada. Isto, di
ria um cinéfilo.

Ora, Oo referido mal, atingiu,
também, o derriço duma encans
tadora platinada, minha vizinha.
O qual, encontrando nela uma
entusiasta do mesmo quilate, lhe
conta os argumentos dos filmes
que vê.

Morando eu no rés-do-chão e
ela no segundo, ouvi, com faci-
lidade, o que êle disse dos que
viu na pretérita semana, tanto
mais, que o menino, é obrigado
a cantar de baixo para cima,
em altos berros, para ser ouvido.

Assim, fazendo minhas as ma.
gras palavras dêle, vamos avaliar
das górdas, que o espertalhão
impinge à pequena, pondo em
jôgo os títilos dos filmes e com
êles realizando uma fita… para
lhe armar o laço.

Aí vai 0… gargarejo:

«Boeloo, o tigre branco», na-
tural do bairro… América, era

um terrivel salteador e audaz se-
dutor. A sua má qualidade de

facínora, ofuscava-a êle com q

E seu tipo. simpático, insinuante e

galante:dor, o que lhe valia tra-
zer prêsas pelo beiço tôdas as
meninas, de dentro e fora de
portas da cidade.

Onde êie aparecia, era certo
fazer a «Tortura de um pai».
Assim, conseguiu manter, ao
mesmo tempo, quatro namôros.
Ora, o que eram «Quatro noi-
vas para um noivo»… daquê-
les? Nada, uma gôta de água
no Oceano, que nem os mélho-
res… «Vigilantes do Mar» da-
riam por ela.

Tamanhas eram já as suas fa-
canhas que, a Policia, deliberou
dar lhe caça, lançando em sua
perseguição uma brigada.

Porém, como ela se compu-
nha de… «Pequenos detectives»,
numa luta desigual de… «Cem
contra um», aquele monstro,
talvez, <O. filho de Frankestein,
conseguiu escapar-se-lhes. Dei-
xando <A cidade inquieta>, por
parte das suas admiradoras que
ficaram temendo pela sua sorte,
abalou para os arredores.

Numa vila, onde parou de…
fugir, enamorou se de uma dis.
tinta baronesa. Esta, considerada
a mais rica e nobre senhora da
terra, vivia só, num magnifico
solar, tendo, por companhia e
serviçal, um ‘velho criado.

Dum temperamento especial,
nada dada ao amor, núnca o co
ração da ditosa senhora, uma
«Fortaleza de Var.
sóvia» tinha cedido a qualquer
das milhares de propostas de ca-
samento dos seus inúmeros admi-
radores, que a sua beleza moça
ea massa suscitavam.

O sen olhar atraente e fasci-
nador de .. «Feitiço do Impé-
rio», venceram a prosápia do até
então irresístivel D Juan

Assim, mais uma vez se voltou
0… «Feitiço contra o feiticeiro»
e de temível sedutor passou êle
ao mais humilde dos. . «Mise-
-ráveis» vassálos daquela raínha
de beleza, digna de se lhe tirar…
«O Chapéu florentino».

Nem uma… «Seranata de pras

— LUZ E TREVAS
| PAZEMORTE-

Se é triste céus e terra vêr cerrados,
Tenebrosos os mares e enfur’cidos,
Saltar à terra e, com roucos bramidos,
Vidas levar, os povos assolados;

Se é triste o pranto ouvir dos desgraçados
Que em ferros na prisão e oprimidos

Jazem; e os chôros,

ais e os gemidos

Ouvir os orfãos e desamparados,;,

Se é triste,nos horrores da indigência,
Ao pobre ser roubada a afeição q’rida
Dum filho morto, flôr da inocência,

Mais triste é tôda a terra esclarecida.
—Só a luz que dá luz—a consciência—
Dar trevas, dar a morte a tôda a vida.

Jap.

ENCOMENDAS POSTAIS PARA AS CO .0-
NIAS PORTUGUESAS

Não poderão ser aceites para
as colónias portuguesas as enco-
mendas cujas declarações para a
Alfândega indiquem ser consti-
tuídas por qualquer dos artigos
constantes da relação anexa à
Portaria n.º 9 670, publicada na
fôlha oficial de 21! do mês findo
e cujos remetentes não apresen-
tem a competente «autorização»
para efeitos de exportação, con-
cedida pelas entidades compe-

tentes.
ee QD gg

Bombeiros Voluntários
da Sertã

À Direcção desta Associação
adquiriu, há dias, o «chassis»

necessário para a ua do

promia-sonóiio.

ta», em que êle cantou uma…
«Rapsódia» do mesmo metal e
lindas canções que recordavam
as inebriantes… «Noites do
Oriente». Nem os sacrifícios a
que o desgraçado se sujeitou,
Passando dias e dias… à boa
vida, a pão e água. Alimento,
quanto mais reduzido, quanto é
certo que o… «Pão Nosso» so-
freu redução no pêso e medida,
para não aumentar na massa…
que ele custa.

Nada comoveu a baroneza, pros
va que nem todos os corações
de mulher, têm paredes frágeis
e… «Telhados de vidro».

Roído de amôr e magro, como
um fio de azeite, cheio de…
traga é debaixo da troça do gen-
tio, deixou aquela… «Terra de
angustia», na esperança de poder
esquecer a «Baroneza e o mor-
domo».

Hoje. por onde passa, os mor-
tos, como é natural não o vêem
e… «Os vivos tremem» de
horror.

«Assim nasceu O cinema».

FIM

Quando isto acabou a menina |

chorava e o sujeito dizia… Não
chores, para a outra vez, conto-
te, antes, teatro. Vais vêr, que
é outra loiça Trago-te uma peça
de… «Sacavem» ou das «Cal-
das» para te fazer a .. «Vista
Alegre»,

Teatro? Pois sim. Não é com
o de agora que a convences:

Opereta E’ actualmente, cou-
sa branca sôbre todos os as
pectos.

Revista-—Essa, nem vista tem
graça, quanto mais contada

Comédia — Isso é… Ramada
curta, sendo boa é rara

Drama —Morreu numa… tra-
gédia, teve o fim de todos os
dramas. –

Aplica-lhe o Pado, que apesar-
ede… batido, ainda é muito
apreciado por êles e elas, nesta
cidade do… «Costa do Castelo».

Carlos Simões (Filho)

A 3. EPOCA

DAS

Comemorações Centenárias
começou em 4 do corrente

O programa das celebrações da
Epoca Brigantina — terceira das Com
memorações Centenárias — que prin=
cipiou a ser executado no dia 4 do
corrente, solrea alterações, quer no
que respeita ao calendario dos actos,
quer no que toca ás solenidades pre-
vistas.

| A sua redacção delinitiva é a sem
guinte :

DIA 4 — Abertara solene do Conx
gresso Colonial, na Sociedade de Geo-
grafia.

DIA 6 — Espectacalo de bailados
portugueses

DIA io: (domingo) — Inaugaração

do monumento a Pedro Alvares Cam –

bral, em Lisboa,

DIA aa Romagem à igreja da :
“| Graça,
| Pedro Alvares Cabral. Leitura, junto

de Santarem, onde repousa

da campa do descobridor, de trechos
da carta de Pero Vaz de Caminha.

DIA 16 — Inauguração da expos’m
ção bibliogralica e documental das
Côrtes do Reino, na Assembleia Na-
cional,

DIA 17 (domingo) — Homenagem à
memoria de António Vieira na igreja
de S. Roque: reconstituição de aum

dos sermões prêgados naquele palpi-

to pelo grande orador,

DIA 18 — Sessão solene inaugural
do Congresso luso-brasileiro de His-
toria, na Academia das Ciencias.

DIA 20 — Sessão solene inaugaral
do Congresso de Historia da activida-
de cientifica portuguesa, na Universi-
dade de Coimbra.

DIA 24 (domingo) — Acto de es
eritara pública, ao estilo do sécalo
XVII, da doação do Palácio dos Con-
des de Almada ao Estado pela colo-
nia portuguesa do Brasil, Cerimonia
da entrega das chaves pelo represen-
tante da colonia ao “Govêrno portu=
guês. Posse do edifício pela «Mocida-
de Portuguesa» e pela Sociedade His

torica da Independência. í

DIA 27 — ‘nauguração da Exposi-
ção Bibliografica da Restauração, na
Biblioteca Nacional,

DIA 28 — Sessão sulene na Acaden
mia das Ciencias: Comemoração da
obra dos diplomatas e dos juriscon=
sultos de Portagal restaurado. Ê

DIA 29 — Festa de homenagem à
colonia portuguesa do Brasil e a to-
dos os nucleos de portagues”s disperm
sos pelo Mando.

DIA 1 DE DEZEMBRO (domingo)
—«Te Deum» na Sé de Lisboa. Desfile

das bandeiras da Restauraçãoje dos
estandartes dos Manicipios, das Cor

porações, da «Legião» e da «Mocidas
de Portuguesa» perante o monumen-

“to dos Restauradores. A’ noite, esa

pectácaulo de gala: representação da
opera «D. João IV»,

DIA 2 — Encerramento das festas
nacionais, pelo Cheie do Estado, na
Camara Manicipal de Lisboa. A’ mes-
ma hora, sessões solenes em tôdas
as Camaras Manicipais da Metropole
e do Império.

<a)

Komualdo Figueiredo
Visitou recentemente a Sertã,

tendo tido a amabilidade de dei-
xar nesta Redacção o seu cartão

de cumprimentos, gentileza que

muito agradecemos, o sr. Ros

mualdo de Figueiredo, ilustre

Inspector da «Sociedade de Es-

critores e Compositores Teatrais

Portugueses».ses».