A Comarca da Sertã nº217 07-11-1940

@@@ 1 @@@

 

Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —

— António Barata eSllva —

Composto e Impresso

Notas …

O “| DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO í ê bi NA
: Cotunholo Barata da Filva Coreia A
E —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— has
m| |RUA SERPA PINTO-SERTAÃ Red
= A s TELE FONE
«< PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS 112
E ANO W | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da eomarea da Sertã: concelhos de Sertã | N inda se
Nº 917 Oleiros, Proença=a=Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e aeiigna (do concelho de Mação) k 1940

mm

REGIONALISMO

+ « PELO pensamento, pela
actividade, pela expan-
; são, pelo encanto do sen céu
pela sna literatnra e sens sá
bios, Portugal é grande país.
Os homens não se apreciam
pelo tamanho, mas sim pelo

cérebro e pelo coração.
Portugal é um dos lóbulos
cerebrais da Europa e o seu
coração conheço-o pela sua

hospitalidade».
Jules Claretie (célebre
escritor francês)

Ore

AS comemorações da Batalha

do Salado, a que, com tô.
da a galhardia, se associon o
Exército Espanhol, tiveram
invalgar magnificência e pro-
varam, nitidamente, o quanto
são sólidos os laços de amisa-
de que unem os dois povos da
Pentínsnla, arantos de ama ci-
vilização multisecular, que
edificon mundos e resplandece
sempre, cada vez mais, mes-
mo no torvelinho do barbaris-
mo que se soergue, de tempo
a tempo, por todo o orbe, co
mo escalracho daninho.

Barbarismo, antítese de
Cristianismo, quere dizer: o
barbarismo, é inimigo da vers
dadeira Civilização.

O Cristianismo é a pedra
basilar sóbre que Portugal e
Espanha se edificaram, a fôr-
ga espiritual e dinâmica que
os levou às mais árdnas e glo-
riosas pelejas contra o mao-
metano,

Salado brilhu como clarão
de epopeia na História das
duas nações; tem fulgências
de heroísmo. Simboliza a co-
munhão de ideais e sentimentos.

dao

NO mercado de sábado cor-

riam os seguintes preços:
batata, 68 e 78; centeio, 13850;
milho, 108, o algueire; ovos,
48, adúzia; frango, 48 e 4850;
frança, 58; galinha, 78 e 88;
peras, 38; maça, 1850, 28 e
2850, o quarteirão,

e Ore

QHAMAMOS a atenção dos
* proprietários e donos dos
lagares para o aviso, que ho-
fe publicamos, emanado da
Junta Nacional do Azeite.

o

BOLINHOS, bolinhos, à Hox
ra dos Santinhos!.

Nos dias Ie 2, conforme é

de tradição, os rapazitos da

Vila e do termo juntaram-se,

; formando grandes magotes,

‘ batendo a tódas as portas,

percorrendo tôdas as casas, q

pedir umas moedas, uns bo-

los, umas castanhas, qualquer

mimo que os consolasse, en

ganando, um pouco, q costa-

| mada miséria do sen viver, que

| não é triste nem desesperado
É

porque é feito de sonhos côrde
rosa, de esperanças e conso-
luções.

O nosso inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca da Sertã.

Depõe, hoje, o sr. António Augusto Alves, digno Presidente da
Junta de Freguesia de A’LV AR O (concelho de Oleiros).

Se4=====
Alvaro, 16 de Outubro de 1940,

«». Sr. Director do Jornal «A Comar-
ca da Sertã»,
Sertã

Eº com muito prazer que aceito o
convite de V. .. para colaborar no in-
quérito às Juntas de Freguesia.

Sendo A’lvaro nma das primeiras fre-
guesias do concelho de Oleiros, conseguiu
sómente receber do Estado Novo, não
obstante tal circunstância, à quantia de
Esc. 19.799800, que ainda foi sujeita a
descontos, vindo a receber, líquido, Esc.
17.0003800 para o abastecimento de água
a esta vila; como aquela verba era defi-
ciente não se pôde fazer a necessária ex-
ploração e, assim, a fonte ficou quãsi sê-
ca, vendo-se a população obrigada a uti-
lizar, nº maicr parte do ano, as antigas
fontes, algumas delas de chafurdo.

Esta Junta de Freguesia conseguiu
receber mais, do Estado Novo, a impor-
tância de 10,701800 para abastecimento
de água à povoação da Gaspalha e con-
seguiu, ainda, da Câmara Municipal, a
construção do ramal da estrada de A’lva-
ro ao Alto de Sendinho,

Não houve até agora melhoramentos
com o auxílio particular e nem tão pouco
há quaisquer obras de interôsse público em
execução ou a iniciar para as quais já te-
nha sido obtida comparticipação do Es-
tado,

Esta Junta fez há tempo uma repre
sentação a 8 Ex’o Snr Goveruador Cia
vil solicitando u construção da ponte sô.
bre o Rio Zêzere é que, como se sabe, de-
verá ligar os concelhos de Oleiros e Pam
pilhosa da Serra; é esta, sem dúvida, a
maior aspiração da Junta de Freguesia
da minha presidência, do nosso concelho
e do de Pampilhosa da Serra A distângia

23

é relativamente curta: apenas 10 quiló-
metros; a população das duas freguesias
está animada do melhor espírito para le-
var por diante tam grande e, indiscutivel-
mente, importantíssimo melhoramento e,
assim, cederá 08 terrenos necessários, con-
tribuindo, também, com o serviço braçal
e algum dinheiro. O local já foi visitado
por dois engenheiros; um dêles não sei em
que data aqui veio, mas do outro me lem-
bro que esteve aqui em 1932, tendo pro-
cedido ao levantamento da planta por ini-
ciativa da Junta transacta e dos proprie-
tários srs. Antóni Domingos da Gama,
Manoel Mendes, José Barata Henriques
Pirão e Abel Barata, tendo ôstes senho-
res custeado a despesa, A planta não se
encontra farquivada na secretaria desta
Junta,

Como já disse, a construção da pon-
te sôbre o Zêzere constitue a maior aspi-
ração da freguesia de A’lvaro pelo notá-
vel desenvolvimento econômico que viria
dar a ligação com a Pampilhosa da Ser-
ra, valorizando vs nossos prudutos, entre
os quais O azeite e a resina ocupam o pri
meiro logar; estabelecer-se iam mais aper-
tadas relações comerciais com aquela Vila
e desapareceria o gravo inconveniente e
perigo que representa a travessia do rio,
em barco, durante o inverno, tam certo é
que muitos habitantes da margem direita
não podem deixar de vir a A’lvaro, fre=
quentes vezes, tratar dos seus negócios.

Finalmente, esta Junta, ousa lembrar
o quanto sé torna necossário abastecer
esta freguesia de boa água potável, cana-
lizando, para tal efeito, a da fonto do Va-
le Carvalho, que se encontra registada há
muito tempo,

A bem da Nação.

O Presidente da Junta,

Antônio Augusto Alves

UM adivinho americano, ne-

gro de cútis, mas branco
no nome — White, — anuncion
agora que a guerra está por
um fio podre e que depois és-
te malfadado e desmiolado
mundo gozará uma paz fecun-
da por mais de duzentos anos.
Isto, é claro, dizem lho os as-
tros.

Oxalá o homenzinho tenha
desvendado bem êstes mistérios
e não venha com ironias, tor-
nando mais pungente o viver
desta misera e insensata hn
manidade! :

Se êle acertar, bem merece
uma estátua no pico mais alto

hSTE ano há por at umas
pingas de dgua-pê de es-
talo! De mistura com umas
castanhas, que também as há
de boa qualidade, são uma de-
Iloia e já nos podemos consi-
derar com sorte! j
Um copito de deua pé tem o
condão de fazer esquecer os
males que nos atormentam.
Proporciona-nos, ao menos, a
fagueira esperança de nos jul:
garmos felizes por uns mo-

mentos |
—DD>>—>— ——— nn
E a

do globo, apontando, com a
destra, o astro que o escolheu
para confidente…

jcASAS DO POVO

Um recente decreto, publicado
pelo sub-secretariado das Cor-
porações, introduz importantes
“modificações nas atribuições e
| funcionamento das Casas do Po-
vo.

Pela importância que merece
-êste diploma queremos tornar
público o resumo das alterações,
O que não podemos fazer hoje
por falta de espaço,

 

Este número fol visado pela
Comissão de Censura
de Casfelo Branco

««« a lápis

AS atenções do Mundo vol.
tam-se agora para os
Bálcãs, onde se está travando
duelo de morte entre a Itália
ea Grécia, segiiência do con-
flito enropez que há mais de
um ano irrompeu violento, sem
probabilidades de limitação,
antes alastrando sempre com
desmedida viralência.

E nestes catorze meses de
guerra, quantas vidas precio-
sas imoladas, quantos sofri-
mentos, quantas riquezas per=-
didas!

Guerra! Vergonha e escár-
neo da Civilização e até — quê
ironial—talvez seja a própria
Civilização a tornar mais hor-
rorosa e brutal a guerra.

A Grécia bate-se pela sua
independência com aquéle es=
pírito indómito peculiar aos
povos que têm em devido aprê-
ço as suas tradições históricas.

ro

UM grapo de senhoras per-

correa as ruas da Vila,
durante o dia 2, com o objec-
tivo de angariar donativos
para ós cancerosos,

ro

A burocracia é um dos pio

res males de que enfera
ma a sociedade dos nossos
dias,

Descobre dificuldades onde
elas não existem, cria emba-
raços a tudo que representa
acção decidida ou esfôrço
enérgico, torna complicado o
acessível à mais rudimentar
inteligência, faz escuro aquilo
que é claro como água e até
é capaz de escrever… torto
por linhas direitas!

Enfim, é uma coisa que faz
que anda mas não anda!

ro

EGUNDO o Censo da Popn-

lação de 1930, a freguesia

de Alvaro (Santiago Maior)

tinha S70 varões e 622 fês

meas, dos quais eram anal-

fabetos 320 dos primeiros e
458 das segundas,

Cro

A Câmara Municipal de Lis»

boa construin mais um
elegante bairro, .de cérca de
500 habitações higiênicas, cons
fortáveis e alegres, para as fas
mílias pobres da cidade. Des
saparecem os imundos bairros
de lata eem sen logar surgem
casinhas modestas, sim, mas
providas de mobiliário, dágua,
luz, casa de banho e o mais
indispensável a tornar acon-
chegada e acolhedora a exis»
tência das classes humildes,
que, por o serem, também são
filhas de Deus,

Salazar não se esquece das
classes pobres e esta é, sem
dúvida alguma, uma das maios
res virtudes da sua acção co-
mo estadista e obreiro do Por.
tugal Novo,a e obreiro do Por.

@@@ 1 @@@

 

CARREIRAS:
Castelo Branco — Sertã — Figueiró: dos Vinhos == Coimbra

Companhia de Viação de Sernache, Ed.” é Viação ||

Casfanheirense, Ld.’, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação

A Comarca da Sertã

Faça 1 expedição das suas

encomendas
por: intermédio: da COM:
PANHIA DE VIAÇÃO DE

SERNACHE L.*, que lhe
garante a modicidade de

 

Rd ss

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Os lisos AZEITES

— da região de
SERTÃ E SERMACHE DO BOMJARDIM
* são vendidos no máximo da pureza,

OCSaRICD as assim cs eras

entre Castelo Branco e Coimbra:

Castelo Branco
Sobreira Formosa
Proença a Nova

Sertã

Sernache do Bonjardim
Figueiró dos Vinhos
Coimbra

ÁS TERÇAS; QUINTAS E SÁBADOS

Coimbra

Figueiró dos Vinhos
Sernache de Bonjardim
Sertã

Proença a Nova
Sobreira Formosa
Castelo Branco

Tribunal Judicial

: Movimento de Outubro

Distribuição: 5) Inventários orlas
nológicos por óbitos de: José Anta-
nes, Farpado, Sertã; Etelvina Farinha,
Coazido, Figueiredo; António Alonso,
Troviscal; Paulo Rajael Baptista, Alx
deia Nova de S, Domingos, Sertã; Joam
quim João, Vilar da Carga, Sertã; João.
Loarenço, Maxial dos Hilários, Vár-
zea dos Cavaleiros; Francisco Fer-
nandes, Sesmarias, Pêso; Manoel Es-
têves, Fórneas, Sobreira, Formosa;
Ana Delgada, Corgas, Proença-a-No-
va; Maria Ribeiro, Meia Martins, S.

Pedro do. Esteval; Manoel Lopes, Mal= |

joga, Proença-a-Nova; Manoel Dias,
Pernadas, Proença-a-Nova; Manoel
Dias Caetano, Cunqueiros, Proença-
=a-Nova; Manoel Barata, Castanheira,
Sobreira Formosa; Maria Rosa, Pe-
drógão Pequeno; Maria Carolina Silx
va Serra, Sertã. o

Carta precatória para avaliação
extraída do inventário orianológico
por óbito de Isidro Pedro; Comarca
da Haíla (Angola); 10) Inventários
orianológicos por óbitos de: Manoel
da Craz, Sobreira Formosa; José
Martins, Cabeço do Moínho, Proença-
«a-Nova; José Fernandes, Vale Urso;
Proença-a-Nova; Rosa Maria, Raba-
ceiras, Montes da Senhora; Maria da
Cruz, Pedreira, Sobreira Formosa;
Manoel Ribeiro Martins, Sobreira
Formosa; José Ribeiro, Makiais, Som
breira Formosa; Maria de’ Jesas Lo-
pes Bento, Vila de Rei; David dos
Santos Farinha, Moata Cimeira, Nes=
peral; Joagaim Nunes, Nesperal; Eran=
cisco “Ambrósio David, Pedrógão Pe-:
queno; António Barata-do Alto, Trom
viscal; José Ferreira Miguel, Carpin-
teiro, Cabeçado; Maria do Carmo,
Cabrieira, Ermido; António da Silva:
Júnior, Mourisco, Castelo; Margarida
Aparício Ferreira, Marínha de santo;
António, Sertã; Adelino Henriques,
Lameira da Lagoa; Cabeçado; Joa-

aína Farinha, Maxiai da Carreira,
– Sertã; Júlio Martins, Casal Madalena,

Sernache do Bonjardim; João Dias,

Vale da Missa, Cabeçudo.

14) Acção sumarissima em que é):

autor José Leitão, Alcoutim, Camea-
dae réus António Francisco e mulher, |
Proença-a-Nova; Execução fiscal em
que é exeqilente a Fazenda Nacional:

e executado José Aparício, Vila de ||

Rel; Inventários orianológicos por
óbitos de: 21) João Fernandes Nogaein
ra, Atalaia, Sobreira Formosa;| Maria
de Jesas e marido, Manoel José Pires,
Vaquinhas Fandeiras, Cumeada; 24)
António Fernandes, Rabacinas, Mona
tes da Senhora;.28) Maria Antanes,
Sendinho da Senhora, Amieira, vindo
do J. M, de Oleiros; Execação fiscal.
em que é exequente a Junta Naclonal
do Azeite e executados Manoel Mar-
tins de Almeida e outros, Arronchela,
Pedrógão Pequeno; Idem em que é
exequente a Janta Nacional do Azeite
€ executados José Alves e outros,

undão, Troviscal; 51) Inventário or-
fanológico por óbito de António Na-
nes Ramos, Venestal, Sertã,

HO sp

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
eprodutos da sua indústria ?

“Gastando uma insignificância,

m

ÁS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS

CHEG. PART.
9-00
ll-o0o 1I-lo
E -—— 150 Il4£o
12-30 13-00
15-20 13-53
I4-15 14-25
16-45
CHEG. PART.
1150
lt 05 14 25
15-07 151o
15-30 15-30
1625 1635
1655 1705
19 00

hos proprietários e donos da
exploração de lagares de azeite

 

A Junta Nacional do Azeite
lembra aos proprietários e donos
da exploração de lagares, que
não laborem na safra de 1940/41,
que é indispensável o pedido de
isenção do pagamento da taxa
que incide côbre as prensas, es-
tabelecida pelo Decreto-Lei, n.º

28 153, até ao fim do mês cor:

rente. Este pedido pode ser feito
em papel comum, |,

Em Fevereiro de 1941, os res-
ponsáveis pela exploração dos
| gares deverão enviar um ates-
tado, ou simples declaração da
autoridade administrativa. local
ou do Giémio da Lavoura do
concelho, devidamente autentica-
da, comprovando a não labora-
ção do: lagar, na campanha de
1940/41;

Mais se informa que, atenden-
do à escassez da colheita, e à se.

l do procedi ado-
ptado “para ‘a campanha de
1938/39 : por proposta da Junta
Nacional do Azeite, Sua Excelên-
cia o Ministro da Economia au-
torizou que as taxas que incidem
sôbre as prensas instaladas nos
lagares de azeile sejam reduzidas
a metade, excepcionalmente para
afutura safra, , %

– Qualquer correspondência deve
ser dirigida para a Junta Nacio-
nal do Azeite. Rus Rodrigo da
Fonseca, 15-2.º, Lisboa.

a ro ro

E! amigo. dedicado da
“7 sua terra ?

‘ Indique-nos, como assinantes,
todos os prlricios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o b;m nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.

Norberto Pereira
” Gardim
‘SOLICITADOR ENCARTADO
OO
Rua Aurea, 189 2º D’
TELEFONE 27111
LISBOA

Postais-com vistas da Sertã
“- (EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem ‘se nesta Redacção

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tarém, 200 Lisboa, 45503.

E En eae

Curso dos Licoeus
=p
“Instrução Primária

Sernache do Bomiardim

Propriedades na Frequesia
de Pedrógão Pequeno

Vendem se as seguintes per
tencentes q D. Clotilde Freire
Costa:

1) Olival, ac Souto Carvã:
de Cima; 2) Olival e vinha,
ao Souto Carvão; 3) Pequeno
olival, ao Souto Carvão; 4)
Vinha, vliveiras, mato e pi-
nheiros, ao Prazo (Paínho);
5) Pinhal e mato, av Vals

ros, ao Valo da Fruca (»ul);
7) Matos e pinheiros, ao Va
le da Frocs (norte).

| Kecebem propostas: Dr. An-
gelo Vidig.l — Sertãe Antônio
Martins Amieira (Carvalhal)

“Curso Liceal

-* Prctessor diplomado lee
ciona o 1º ciel, (1.4, 2″6 83.
classes), apresentando a e-
xame. À

Nesta Redacção se infor-
ma.

Vendem-se em Pedrógio Pequeno

12 potes para azeite em
hoa fólha e óptimo estado,
com a capacidade de 1 600
litros;

2 tonéis de 200 almudes,
em bom castanho;

1 lote de madeira de cas-
tanho para pipos e mobílias;

1 lote de madeira de car-
valbo, :

Trata Angela Freire Costa
Fernandes Pedrógão Pequeno

ç

 

Habilita para vs exames
de Instrução Primária, Ad»
missão ão Liceu e Puat &
de Ensino por preços módi.
cos, à

Informa-se nesta Redação,

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por serem seleccionados escrupu-
“fosamento da – produção própria

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o Extra E E Ê E kg 12800
» em grão, torrado . % kg 7800
E O a » — extra-escolhido kg 12300

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º y > ertã ;
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» Torres Novas 10,35 — Saída | 18,00
3 Tomar 11,20 » Fermeira do Jezera 18,55
» Femira do Tezera 11,00 » “Tomar pera do
> Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
» Sertã 13,20 > Gentoo 21,00
E >» antarém 21,40
: srita e > Cartaxo 22.10
> Cesteiro , >» Vila Franca 23,10
> Alvaro 15,15 » Lisboa 0,10

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@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

Carta de Lisbos’!|

Lembra-se ainda, certamente,
daquele menino e moço (hoje
moço e menino de 66 pés de
altura e,, . uns calcanharezinhos)
que há 40 e tantos anos era um
bairrista incorrigível, que quan-
do alguém lhe engrandecia o!
seu querido to rão natal, se sen-
Sibilizava e… quasi chorava? |

Daquêle seu discípulo na arte
de bem tocar qualquer guitarra !
(embora fosse de cravêlhas) que,
no’ Fado Robles com acompa-
nhamento: de viola pelo Chico
Moura, insigne tocador da dita
(segura-te Chico, não caias ao
ler“ isto) chegou a ser os encan
tos fadístas da boa sociedade
Sertanense ? (

Daquêl: companheiro das nci-
tes luarentas que as não há mais
belas em parte alguma da orbe
(e lá vou cu a descambar para
o bai rismo) em serenatas que
eram as delícias dos ouvintes no
Adro, na Carvilha na Fonte da
Pinta, na Praça, etc. ?

+ Daquêle companheiro em tan-
tíssmas patuscadas no Café da
Angelina, de satidosa memória,
e nas caves (mais própriamen e
adegas) dos vários amigos, em
noites de provas de agua-pé e
de vinho novo ?

– Daquêle Menino Virtuoso que
(deixa-me desapertar o cinto) era,
Graças a Deus, indispensável
nas paluscadas pelo seu bom hu-
mor (e porque não dizê-lo) pela
laracha apanhada de orelha ao
Pinto da Mota (hoje Escrivão de
Direito aposentado na Covilhã,
e velho como nós) e ao Menino
António Leitão que, com bastan
te mágua o digo, não pertence
já ao número dos vivos, dois
blagueurs de optima piada ?

Pois, meu caro Fonseca De-
niz, o menino e moço que tinha
todos êstes predicados, é o mo
ço e menino que acabou agora
de ler a sua carta para a «CO
MARCA DA SERTA» e se sen-
sibilizou, quási chorou,

(E é que chorei, mas não diga
nada a ninguém porque é uma
vergonha para os rapazes do
nosso tempo). *

E diz você Fonseca Deniz, que
tem saiidades do bom tempo que
passou na minha querida Sertã!

Mas qual será dos nossos com
temporâneos de tantas rapazia-
das, ainda sôbre a face da terra,
que as não terá ?

Poi, certamente o melhor tem-
po da nossa vida aquela dezena
de anos passada em tão boa ca-

“maradagem, em tão boa e sã
amizade,

Que de satidades, Santo Deus!

Mas, aJiante; fembremo-nos
também com saiidade nunca es-
quecida, dos tantíssimos compa-
nheiros nossos que nos deixaram
na vida terrena para gozarem no
Além o descanso cterno, e lá nos
esperam

lá iremos ter, meu caro Pon-
seca Deniz, como consegliência
fatal de efémera passagem pela
Terra, mas se nos for permitida
uma reiiniãosinha, e por lá tam-
bém houver guitarras e violas,
poderemos ainda recordar o que
sabíamos de melhor na arte de
de Euterpe. ,

Eu e o Chico Moura (compro-
mieto-me por ele à fé de Compa-
dre) lá mostraremos que sôbre

“Concelho da Sertã e aderentes
Presidentes, 12 Secretários e 24
“das do Mundo |

o Fado Robles e variações cor- |

relativas, soubemos falar de cá-

Rêde de esgótos ta Vila |
de Oleiros

“Devendo ser “sujeito a corre .
-eções o decreto que tornou obri=
gatória a ligação dos prédios ura ‘
banos à rêde de esgôtos da Vila
de Oleiros, publicado na fólha |
oficial de 14 de Outubro último, |
esperamos que elas se façam pa- |
ra, depois, inscrirmos o diploma |
na integra, como é de conve-,
niência

itedra cá por cima (se o outro
Mundo é, como dizem os sábios, | srs.

por baixo de nôs).

EA
CE [2 AGENDAS
do Fonseca: Demi [um O |

Encontra-se em Lisboa a sr. E

D. Albertira Lima da Silva.
—Encontram-se na Sertã os

Engenheiro – Agrónomo

Reinaldo Lima da Silva e sem

Mas deixemos a laracha (é irmão sr. Emanoel Lima da

trafortes da vida, estar sempre
de bom humo) que os tempos
não vão para êste género, de
sport, e vamos à arte: séria
(muito séria) com que pretendo |
deliciá lo :

No próximo 1941 (se Deus me
der vila e saúde) aí por alturas,
do S, João, penso. meu caro
Fonseca Deniz, tocar a rebate
chamando à vida Cléro, Nobre-
za e Povo de mais de 60 anos,
do concelho da Sertã ou que nêle
tenha passado parte da sua mo-
cidade, espalhados por esse Mun»
do em fora, para uma reiinião a
realizer por volta de fins de
Agosto, para. darmos o abraço
de despedida e passarmos, jun-
tos, meia dúzia de dias em agra-
dável convívio e em recordação
dos tempos passados e que jas
mais voltarão,

Deve ser uma reiinião a todos
os títulos soberba porque, certa-
mente, não faltará a ela um único
dos muitos sexagenários ainda,
felizmente, espalhados pela su-
perfície da terra; é se não pro-
movi para este ano, como che-
guei a pensar, tão agradável reii-
nião foi para não oluscar as Pes-
tas Centenárias que estou certo
disso, se ressentiam .por ficarem
muito aquém da minha projectada
Festa Sexagenária e fugir a
que me alcunhassem de mau por-
tuguês por querer sobrepor a vai-
dade própria aos grandes inte-
rêsses do País.

E você, Fonseca Denis, terá
que deixar o reumatismo entre-
gue por uns dias ao Prior da
Freguesia para poder baixar do
seu Capitólio de Aldeia dar Dez
e não faltar a acto tão solene.

E depois o programa que já
elaborei, mas de que faço ques
tão fechada por enquanto, por
razões óbvias, é qualquer coisa
de soberbo, é qualquer coisa de
traz da orelha!

Desculpe-me a minha falta de
franqueza com um amigo velho
em não lhe dar, pelo menos, um
pequeno resumo dos milhares de
números do programa: referido,
mas receio . que, com o grande
desejo de ver apressar o tempo,
se ponha a fazer girar os pontei-
ros do seu Longines (se ainda é
aquêle tão cantado relógio de
há meio século que fazia honra
ao dono) e escangalhe um obje-
cto de tanta monta,

Entretanto, para poder ajuizar
da importância do citado pros
grama, sempre lhe direi, e, daqui
pode aquilatar do resto, que a
Comissão Pró-Festas Sexage-
nárias (deixe me tomar fôlego)
do Clero, Nobreza e Povo do

pecha minha, mesmo nos mete

Amigos, se virá a compor de 6
Vogais espalhados-pelas 5 parti

E que tal, hein ?1j

E basta de laracha por hoje,
pois me está esperando o traves-
Seiro para dormir uma soneca
porque jí vai alta a Lua.., na
mansão do sono.

Um efusivo aperto de mão do

João Sertã

FESTA DA CODECEIRA.

Abrilhantada pela Filarmónica,
União Sertaginense, efectuou-se
no passado domingo, na Code-
ceira, a tradicional festa a S,
Tiago, que, como de costume,

cons’ou de missa cantada, sermão
e procissão.

Como o dia estava magnífico
radioso de sol, a festividade foi
muito concorrida, E

Silva.

—Com sua espôsa, fílhas e
genros retiron dos Moleiros,
para Lisboa, o sr. João dos
Santos.

—bDe Monfortinho regressou
a Faro, com sua espôsa, o sr.
engenheiro Joaquim Barata
Corrêa. ;

Aniversários natalícios :

10, Jerónimo António dos
Santos, Lisboa; Il, José da
Costa Rodrigues, Pernambu-
“co, e o menino Fernando Ro-
drignes,

Parabens
Dna

Ei ER

(Noticiário dos nossos Correspondentes)

PEDRÓGÃO PEQUENO, 4 —Subs-

crição aberta pela! Comissão de Me-
lhoramentos Pró-Pedrógão Pequeno :

Transporte.) , . 5.690$85
D. Angela Freire Costa, d

Pedrógão Pequeno . |. 20800
José Ferreira Vidigal, gBelo
Horizonte … | = 100800
António Ferreira Vídigal, de
Varzea Fundeira: *. 100800
Artur Ferreira Vidigal, de
Lisboa? o cj 50800
João António: Henriques Ser-
ra de Lisboa ti 2. 250500
Atransportar 6.210$85

— Da Várzea Fundeira para Lisboa
sairam Os srs, António Ferreira Vidi-
gal e Esposa e Artur Ferreira Vidigal,

— Realiza-se no próximo domingo,
dia 10,a festa a S, Rafael que se venes
ra na Capela do Bravo, Pedrógão Pe-
queno. |

t c,

rue
prreero logia

Em 10 de Setembro faleceu,
em Pedrógão Pequeno, o sr.
Francisco Ambrósio David, que
desempenhou durante aíguns
anos os cargos de tesoureiro da
Junta de Freguesia e) regedor,
sendo muito estimado pelas suas
qualidades de carácter. –

Era casado com a sr.” D. An-
gela Pereira David e cunhado do
nosso prezado assinante sr. An-

elo Pereira, proprietário do
ork Bar, em Lisboa; deixou
uma filha, à menina Maria Hen-
riqueta, de 11 anos,
e

Com a idade de 78 anos fale»
ceu, no dia 18 do passado mês,
em Vale do Açôr, onde residia,
a sr. D. Maria Nunes dos San-
tos, natural da freguesia da Cu-
miada, mãi do nosso estimado
assinante sr. Manoel Nunes dos
Santos, comerciante, dé Lisboa.

»

No logar do Chão da. Forca
(Sertã) faleceu, no dia 1.º do
corrente, o sr. Higídio Nunes,
de 93 anos, proprietário, viuvo,
pai do sr Joaquim Nunes, sogro
dos srs. Ambrósio Farinha, AI
bano Dias e Manoel Luiz e avô
do mosso amigo sr. Joaquim Nu-
nes, do Chão da Forca.

O funeral realizou-se no dia
imediato com grande acompanha-
mento, no qual se encorporou a
filarmónica local.

A?s famílias enlutadas apre-
sentamos os nossos sentidos pê-
sames,

rose
Conselho Municipal

A relinião ordinária do Conse-
lho: Municipal do concelho da
Sertã, convocada para 2 do cor-
rente, não se efectuou por falta
de número legal e, assim, foi
adiada para o próximo dia 11,

[Pedrógão Pegueno e as Alminhas do Cabril

NCONTRAM-SE na Beira Baixa, à entrada de diversas po-

voações e nalgumas encruzilhadas dos caminhos das serras—
as alminhas— monumentos dos mais simples que conhecemos, mas
todos ricos de invocação.

Quem atravessa a pitoresca ponte do Cabril, sôbre o Zêzere,
e sobe pela estrada íngreme em direcção a Pedrógão Pequeno, en:
contra umas alminhas logo à entrada da vila, ao lado direito, e no
primeiro cruzamento de ruas.

Foram estas alminhas que de-certo inspiraram o magnífico
quadro de Alfredo Keil, da
sua obra <Tojos e Rosmani-
nhos» e que hoje publicamos:

Mo lado do «nicho» tem
uma lápide de granito com
uma inscrição e uma data
que muito nos custou a de-
cifrar já pelos 179 decorri-
dos, com certeza desde a
sua fundação, já pela manei=
ra antiga como está escrita,
Biz assim:

Ó- VÓS – OUTR

OS – O, PASAIS = S

EM – OLHARES – Pa
NÓS-LEMBRAI- OU

S-DE -NUSAS – PENAS

Qv – ASIM – SÉREIS – VÓS – 1761

Como as almas puras e
simples é também simples
a sua maneira’de dizer

Resistiram 179 invernos
estas alminhas, até que vo-
tadas ao abandono com a
– sua cruz tombada sôbre 0 te=

= Jhado desmantelado e enne-
grecidas as suas paredes, pediam misericórdia. | q
á tempós, um velho pedroguense e bairrista de mérito — o
meu am.º Sr. Izidro Freire, — lastimava que as alminhas do Cabril
estivessem assim tão desprezadas. : x y

Disse-lhe que também eu já havia leito reparo nisso e pro-
meti que não passaria o ano dos centenários – 1940 sem que elas
fossem reparadas. ) á

E como o prometido é devido—lá diz o velho ditado —já es-
tão reparadas de novo as alminhes do Cabril e já está erguida ao
céu a sua cruz de granito. j

Foi a Comissão de Melhoramentos Pró-Pedrógão Pequeno
que levou a cabo a pequena obra de reconstrução, mas grande e
elevada no sentido invocador. SEM

A Igreja, a Escola, as Alminhas, as Capelas, o cemitério,
sempre limpos, a branquejar são exemplos de civismo que se im-
põem, não só como medida higiénica e de agradável paisagem,
mas também para demonstrar aos, presentes e aos vindouros que a
fisionomia cristã e o amor pela nossa terra não estão deformados,

= : UPE TATO E a

nem sequer esquecidos.
Setembro – 1940

Juno

Protecção aos pequenos
viniculfores

A Junta Nacional do Vinho de=
liberou iniciar, como nos anos
anteriores, uma. operação de fi-
nanciamento sôbre «s vinhos da
nova colheita, destinada aos pe-
quenos vinicultores E? uma sim-
ples operação de crédito, não en-
volvendo, portanto, qualquer
idéia de fixação de preços ou de
compra de géneros, visto que só
depois do apuramento linal da
produção poderá a Junta estudar
convenientemente o plano da
sua possível intervenção na cam-
panha de 1940/41.

Os financiamentos realizar-se-
ão por meio de contratos de em

réstimo, nos termos do Decreto
ei n.º 28,482 de 18 de Fevereiro
de 1938.

Os vinicultores, a quem êste
assunto interessar, podem diri-
gir-se às Delegações ou Agentes
Concelhios, que lhes darão todos
os esclarecimentos sôbre as con
dições do financiamento,

! Or
Conferições de Medidas

Tôdas as firmas e indivíduos
que utilizem medidas e instru-
mentos de medir, para comércio,
devem apresentá-los a conferir
na oficina da Câmara Municipal
durante êste mês e o próximo
Os interessados que’os não quei-
ram mandar à oficina, podem re-
quisitar que o serviço se efectue
nos próprios estabelecimentos
devendo, para isso, apresentar
solicitação escrita na Secretaria
da Câmara Municipal ou na ofi-
cina, dentro daquêle prazo,

Com as medidas devem ser
apresentados Os recibos de Con-
tribuição Industrial paga no cor
rente ano,

 

MALDADE?

Aquelas flores, tam lindas e
vicejant s, que se ostentam nos
canteiros do Adro e fascinam
nossos olhos pela sua beleza e
policromia, já experimentaram a
condenável cobiça do mulherio
da terra, gente sem educação e
sem sensibilidade, que se julga
no direito de colher uma ou ou-
tra, as que lhe apetece, como se
os jardins públicos lôssem bal-
dios, onde tudo se pode apa-
nhar…

E se a Câmara aplicar um bom
correctivo ao mulherio oua quem
quer que seja que cometa tais
atrevimentos, pratica uma acção
tam acertada que não há ninguém
de senso que a não louve e en=
grandeça.

rr

CINEMA

No próximo sábado, depois de
aàmanhã, 9, exibe se no nosso
«ecran» o grande filme de amor
e aventuras desenrolado no cos
ração da selva africana 4 Fuga
de Tarzan que continua a Série
de êxitos iniciada com Tarzan,
o homem macaco e prolongada
tom Tarzan e a companheira,

O novo Tarzan reúne uma
enorme quantidade de «clous»
entre os quais se destacam o
ataque dos selvagens à tribu dos
brancos, o rapto de Rita, o en-
jaulamento de Tarzan, a queda
da Jaula num precipício, o ataque
dos elefantes a uma tribu de an-
tropólagos e a iuta de Tarzan
com um crocodilo.

Este filme assinala mais um
êxito do extraordinário despor=
tista Weissmuller no papel de

@@@ 1 @@@

 

REGIONAL ISMO

encarna cara quencascaaraçae

O regionalismo, para cumprir
-a sua missão, não precisa sobre-
por-se aos govêrnos ou aspirar
a po vertar, nem criar regras po-
líticas ou constitucionais pró-
prias. Necessâriamente, para que
possa produzir os seus frutos, o
regionalismo tem que constituir
uma fôrça; mas não uma fôrça
partidária nem uma facção, e an-
tes uma legião de obreiros bem
intencionados, dispostos a cola-
borar com todos os elementos
encarregados de atender ou acu-
dir às necessidades públicas.

O regionalista de boa fé e sãos
propósitos não precisa, para O
ser, abdicar das suas ideias po-
líticas ou dos seus princípios re-
ligiosos, se adepto do Estado
Novo ou partidário do Estado
Velho! Precisa, sim, e tais qua-
lidades podem bem considerar-se
mínimas, sobrepor, devotada e
desinteressadamente, o bem da
sua terra, às suas vaidades, aos
seus caprichos e até aos seus in-
terêsses particulares,

Jaime Lopes Dias
(Do «Diário de Coimbra)»

dra

A Companh’a Eléctrica das
Beiras e a electrificação da
Sertã

A Companhia Eléctrica das
Beiras, constituída por escritura
de 17 de Novembro de 1934, tem
a sua sede na Lousã e dispõe,
como fonte de energia, de uma
central hidro eléctrica própria aa
serra daquêle nome, inter-ligada
às centrais de Monte Redondo,
no Rio Ceira e Rei dos Moínhos,
no Rio Alva e, ainda, às linhas
da U. E. P. em Coimbra.

Está em construção a Central
de Santa Luzia, que ficará ape-
trechada com 32,000 H. P, po-
dendo fornecer energia hidráulica
a todo o centro do País durante
os meses de verão. :

A Companhia dispõe das se-
guintes linhas, umas construídas
e outras em construção: a 60 kw
da Central de Santa Luzia a
Coimbra; a 40 kw, da Central de
Santa Luzia à Covilhã; a 15 kw,
para Miranda do Corvo, Coimbra,
Condeixa, Poiares, Penacova,
Castanheira de Pera, Penela e
Góis; a 30 kw, para Ancião, 4l-
vaiázere, Ferreira do Zêzere, Vila
Nova de Ourém. (em construção)
e Tomar (em construção). No
verão fornece energia a Góis,
Arganil, Táboa, Oliveira do Hos-
pital em linhas de outras em-
prêsas.

O preço nos contratos de lor-
necimento de energia dependem
das condições e regularidades
los consumos, Por exemplo:
grande indústria, 830 a 855; pe-
quena indústria, 855 a 1800; la-
gares de azeite, 1800; iluminação
particular (tarifa depressiva), 2800
a iluminação pública, $70 a

As rêdes de B T. continuam
a ser construídas pelas Câmaras
Municipais. As linhas de alimen-
tação, em alta tensão, são cons-
truídas Feu Companhia Eléctrica
das Beiras e subsidiadas pelos
interessados. O valor do subsídio
depende do rendimehto da linha,
variando na razão inversa dêste,

Diz-nos aquela Cofnpanhia que
conviria fazer a electrificação da
Sertã passando a linha de alta
tensão por Figueiró dos Vinhos,
Era assunto para ser tratado ao
mesmo tempo pelas duas Câma-
ras Municipais e, eventualmente,
também, com a Câmara, de Pe.
drógão Grande, Ainda e T.
sairia de Castanheira de Pera ou

A Gomares da Sertã

A Abertura Solene do Tribunal Judicial da

 

Comarca da Sertã no dia 1: de Outubro

 

AS, além “estas observações de ordem
técnica, encontram se nêle disposições

ções e incómodos ás partes, sem vantagem para
a boa administração e prestígio da Justiça. Vou
referir-me apenas a algumas disposições do pro-
cesso de inventário, que são as que nêste Tribu-
nal têm mais larga aplicação :

e)—0O prazo de 48 horas para o exame, a que se
refere o artigo 1379, é muito apertado pela importância
que no andamento do inventário tem essa fase do proces-
so, e ainda pela distância que há a percorrer, distâncias
que vão até mais de cingilenta quilómetros, onde há po-
voações sem correio e sem estradas transitáveis. Em tão
curto prazo, não há possibilidade de colher informações,
quando as partes estão representadas, ou quando elas têm
de vir directamente fazer o exame, para o qual, algumas
vezes, será preciso pedir documentos noutras repartições.

[)=A possibilidade de produção de provas a que
se referem os artigos 1380, 1381 1383 é outros, é antes um
meio de entorpecer o regular andamento do Inventário,
do que meio para descobrir a perdade e resolver questões,

jôgo, as declarações de Cabeça de casal, os documentos,
as informações das partes e do conselho de família, que,
diga-se de passagem, deve ter outra organização, são os
lnicos elementos em que devem ser apoiadas tôdas as de-
cisões que nêle seja necessário proferir,

“&)—A partilha da herança não pode, em regra, fa-
zer-se, sem que dela não resultem fornas para qualquer
dos interessados. No regimen do Código de 76, o seu pá-
gamento dependia da vontade das partes, nenhumas con-=
seqiuencias tendo a sua inação Que, muitas vezes, ia até à
prescrição da obrigação,

Pelo regimen do Código actual, art.º 1417, alínea
c), no caso de haver tornas, o que as tem a receber é no-
tificado para as reclamar dentro de tres dias. Se reclama
o devedor é notificado para depositar, sob pena de ficar
sem efeito a licitação, é se não reclama as tornas, ficam a
vencer juros, e é consegiientemente obrigatório o seu ma-
nifesto na Secção de Finanças.

Tal disposição não tem
dá qualquer beneficio ás partes,

que origina, é obrigar os interessados e andarem
constantemente a acompanhar o inventário, e tem dado
logar ao pagamento de muitas multas, como sucede nésta
comarca. E a obrigação do manifesto tanto é de quantias
grandes como-de quantias ainda as de mais irrisório valor.

Tem-se verifi té al vezes os
dos pagarem de multa, quantias quasi eguais ás das cus-
tas do inventário.

Uma disposição desta natureza tira até por comple-
to a liberdade de um bom entendimento entre parentes, de
se poderem auxiliar reciprocamente muitas vezes, e dá
nesta comarca muito serviço na Secção de Finanças, sem
a vantagem correspondente, para o imposto sôbre a apli-
cação de capitais, sê tal se quis atingir.

Muitas vezes tenho observado vir uma viuva depois
de percorrer 15 e 20 quilómetros de caminhos intransitá-
veis das serras, em dia verdadeiramente invernoso, para
fazer o manifesto de tornas que seus filhos menores ficam
a dever uns aos outros e de insignificantes quantias que
vão de um até vinte escudos.

Tal situação, estou certo que ha-de terminar pela
eliminação pura é simples da referida alínea.

Sua Excelência. o Ministro da Justiça, com quém já
tive a felicidade de me encontrar nas lides do fôro, e cuja
inteligência € saber faz dele um dos mais distintos profes=
sores de Direito, decerto ha-de atender a esta situação, e
acabará por terminar com tão infeliz enxerto.

justificação plausível, nem

h) — Ainda no capítulo relativo ao inventário mere=
clam reparo outras disposições, como relativas à interven-
qão do conselho de família e sua organização,

Não quero porém, por mais tempo abusar da vossa
benevolência, para me ouvir sôbre êste assunto, e por isso
sintetizo as considerações que poderia alongar dizendo
que o actual Código de Processo Civil contém matéria
vasta para uma nova publicação de um Código, mas que
seja o que deve ser — uma sistematização de normas Ju-
rídicas aêste ramo de direito,

Minhas Senhoras e meus Senhores

Muito teria a dizer sôbre a Concordata en«
tre o Estado e a Santa Sé e do decreto que in-
ternamente a regulamentou. E” assunto tão vasto
que só êle daria pra uma dissertação de grosso
volume.

As relerências que lhe dispenso são apenas
aos princípios em que assenta, em matéria de
casamento e sua regulamentação :

Foi consignado na Concordata, art.” 22 O
rincípio de que as publicações do casamento
ar-se-lo nas respectivas igrejas paroquiais, e

cuja execução origina grandes perturba-

Dentro do inventário pelos interesses que estão em-

 

Discurso proferido pelo representante da Ordem dos
Advogados, sr. dr. Albano Lourenço da Silva

EI

(Conclusão)

nas Repartições do Registo Civil, e que o páro-
co enviará o duplicado do assento de casamento
para esta Repartição, a qual por seu turno comu-
nica âquêle que está feito o registo ou o seu
averbamento.

Como se vê, estabeleceu-se na Concordata
uma verdadeira interdependência entre as refe-
ridas entidades, obrigando-as a colaborar con-
juntamente, embora com âmbito definido. Com
tal organização o Estado conseguiu a colabora-
ção e recíproco entendimento entre as duas enti-
dades (que na minha Repartição sempre existiu),
sem necessidade de cada uma perder qualquer
parcela da função própria.

O que porém está a pedir rápida reforma,
é a regulamentação dessa disposição contida no
decreto n.º 30.615. As dúvidas que suscita a sua
aplicação, as contradições que resultam da inter=
pretação de alguns artigos, tornam urgente a sua
revisão. É

* Do Código da Propriedade Industrial e do
Código das custas Judiciais pouco haverá que
dizer por as suas disposições serem claras, pre-
cisas sem serem lacónicas, como é mister.

Não quero porém terminar as minhas des-
pretenciosas considerações, sem me referir a um
assunto que grandemente influe na vida dos Tri-

. bunais, já que ao Código das Custas Judiciais

aludi : E” o relativo aos preparos.

Os preparos exigidos são elevados. Tal
facto nada tem de extranho ou de descabida exi-
gência; as partes que têm a consciência de que
defendem um legítimo direito, parece que não
deveriam exitar em os fazer. À

Porém, o que se verifica muitas vezes, é
os interessados, os conhecerem o seu montante,
abandonarem a sua pretensão, e já não poucas
vezes tenho ouvido dizer-lhes que desistem de
fazer valer o seu direito por não ter o valor cor-
respondente, Ê

? Será isto devido à circunstância de a pro-
priedade estar nêste meio muito fraccionada, de
predominarem os trabalhadores rurais que aufe-
rem em regra modestos salários ? é

Seja pelo que fôr, a deminuição do movi-
mento processual em matéria cível é manifesta, e
convém conhece. a razão do facto verificado.

Tenho-me referido, embora muito ligeira-
mente a vários assuntos que mais se prendem
com a vida é funcionamento dos Tribunais. Em-
bora tenha procurado sintetizar, vejo que já vai
longa a diversão que pelas leis, e só por algu-
mas, tenho feito, e por isso eu devo terminar.

Não o quero fazer, sem me referir, embora
como parentesis, ao assunto que de momento pren=
de tôdas as atenções, é allige tôda a humanidade:
a guerra,

Se o Padre António Vieira fôsse vivo, é
conhecesse os horrores da guerra moderna, a
ossibilidade que ela tem de, em curto espaço,
azer reduzir a montões de ruinas cidades e ma
tar populações indefezas, decerto no seu rico e
inexgotável vocabulário, encontraria ainda outro
têrmo mais expressivo do que o de Monstro

para bem a definir.

Portugal porém, vive afastado ainda dos
campos da catástrole; tenhamos todos fé nos Ho-
mens que dirigem, e nós particularmente, que es»
tamos no coração de Portugal, que temos a vi.
vificar o nosso espírito a lembrança do heroi e
santo nascido nêste concelho — o Beato Nuno de
Santa Maria — cuja força é acçã devemos pro-
curar imitar, tenhamos fé nos destinos desta Pá-
tria querida, trabalhando todos com boa vonta-
de: e alinco, com o convencimento de que deve
procurar melhorar a sua própria situação quém,
embora no momento, se julgue que, pelas con-
dições que dislruta, pode repousar, para que do
esforço dE todos, por êsse País além, todos con-
tribuam para que ela seja, se possível [0r, a Rai-
nha do Mundo, :

Tenho dito.

 

 

DIA DE FINADOS

O dia:2 de Novembro é, espe-
cialmente, consagrado aos De-
funtos e nêle nos recordamos,.
com imensa satidade, dos entes:
queridos que amámos e vimos:
desaparecer, para sempre, do
nosso convívio,

Na nossa memória mantém-se,

 

do Pontão, mas só um estudo
sôbre a carta do Estado Maior
pe indicar o melhor traçado.

sta linha pode sera 15kw e.

cada quilômetro gusta presente- |

mento, côrca de toa,
) 1

pelos anos fora, cada vez mais:
forte, o acrisolado afecto quellhes
dedicámos; há, talvez, um elo a
ligar os mortos aos vivos, feito
de pura e perene amizade, Sem

te-se, À nossa volta, um valeu: À

imenso, doloroso, pungente, em
que p coração gravita, como a
dizer-nos que a existência terrena
é um misto de amargas ilusões é
sofrimentos,

O dia de Finados é comemo-
rado, segundo o costume, com
actos piedosos,

Desde de manhã cedo até às
10 horas rezaram-se muitas mis-
sas nas igrejas e na capela de
Santo Amaro, sempre reple e
fiéis, vestidos de luto rigoroso,
Na igreja matriz houve, também
ofício, sermão e responsos.

Muita gente fol orar ao cemix

 

Interêsses da Freguesia
do Pêso

A” Câmara Municipal de Vila
de Rei foi concedida a compar-
ticipação de Esc, 13,815800 para
abastecimento de água à povoa-
ção de Sesmarias, Ireguesia do
Pêso,

 

— mem eae meme

 

tério junto das campas dos seus
Mortos e nalgumas espargiram-=
se flores em grande profusão,

= o

 

Ce eee rima,
VIDA PAROQUIAL

Entraram no exercício do seu
ministério, em 1 do corrente os
Rev.’* Vigário José Ramiro Gas-
par e Eduardo Filipe Fernandes,
respectivamente, novos pároco e
coadjutor da freguesia da Sertã,

O Rev.” Gaspar celebrou mis-
sa no Dia de Todos os Santos e
nela fez a sua apresentação aos
paroquianos; é, como dissemos,
natural da povoação das Ribei-
ras, freguesia da Fundada, con:
celho de Vila de Rei, disse a pri-
meira missa há dois anos e até
vir para a Sertã desempenhou o
cargo de professor no Seminário
de Alcains,

O Reyv.º Fernandes é natural
da povoação de Sermógão, fre
freguesia e cencelho de Proença
a-Nova e disse a primeira missa
em Junho do corrente ano. Tanto
um como outro iniciam agora a
carreira paroquial.

Aosjnovos sacerdotes apresen-
tamos respeitosos cumprimentes
de boas-vindas e fazemos votos
pelas suas melhores prosperida-
des pessoais e venturas no de-
sempenho das suas funções

*

No mesmo dia tomou conta da
paróquia do Marmeleiro o Rev.º
António Lourenço Lopes, naturcl
de D. Ma ia freguesia da Ermida.

+ 0 +e—

Aproveitamento do Zêzere e
seus afluentes

Encontram-se em Alvaro en-
genheiros da Brigada dos Estu-
dos Hidráulicos do Zêzere a-fim-
de continuarem o estudo do apro=
veitamento do rio e seus afluentes

HO

«» «Sr. Director de «A Comar-
ca da Sertã»,

Desculpe-me V… pedir-lhe à !
fineza da publicação desta carta,

Na nota oficiosa da Câmara
Municipal publicada em «A Co-
marca da Sertã> n.º 515 de 24 do É
corrente, Semanário a.que V… E
procura imprimir o cunho da ver-
dadeira imparcialidade, vem uma
alusão à Junta de Sernache, de
que faço parte, e que, por menos
exacta, precisa ser esclarecida.

Salvo o devido respeito, que E
tenho pela mesma Câmara, nas E
pessoas do seu Ex.”º Presidente À
e dignos Vogais, noto que ao
examinarem a minha resposta ao
ofício n.º 65 de 29 de Janeiro,
recebido em 30 para executar em
31 do mesmo mês e ano corrente, Rê
lhes causou enpulho a minha ex- f
pressão — utopia, que está justi-
ficada na mesma resposta, pelo
facto de em Sernache ou melhor :
no Adro da Igreja Matriz, não ‘
haver água para o público, nem |
policiamento indispensáveis para
melhoramentos, como o posto em
causa,

Se de facto con’rariei o Ex:”º
Sr. Presídente da Câmara na sua
iniciativa, posto que no citado
ofício declarasse sugerir à Câmas
ra esse melhoramento por inss E
tâncias de alguns Sernachenses, :
creia a Ex.”” Câmara que o fiz 4
pelas razões apresentadas, por« À
que sem estes elementos— dgna
e policiamento, — seria desper»
diçar receitas que as Câmaras e is
Juntas de Freguesia devem apli.
car com o melhor critério pos=
sível,

Para desfazer qualquer Insi-
nuação malévola e sobretudo pas
ra que os meus patrícios conhe.
cam a veracidade dos factos,
permito-me transcrever parte da
minha resposta, que diz: «Bsta
Junta louva tôdas as iniciativas
particulares e não se opõe a que
se desenvolvam com o auxílio
dessa Câmara,imas não pode coo-
perar em utopias»… e a termis
nar, diz ainda; «Esta Junta iria
ao encontro dessas pessoas de t
boa vontade, apesar das suas
receitas bastante cercendas».

Com os meus sinceros agrades
cimentos creia me

De Vi.-? amO mt.º at.“ eiob.

Sernache do Bomjardim, 28 de
Outubro de 1940

P* António Rernardordo