A Comarca da Sertã nº206 22-08-1940

@@@ 1 @@@

 

— ferentes: seria isso mais que.

 

‘— FUNDADORES –
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

N.º 206

O | | prRgcTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Geo
E Eduando Sonata da Filva Coreia TI. PORTELLA FEÃO
= eme REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO a, SE NO
m||RUA SERPA PINTO-SERTA ||. SRpene
> – —. TELEFONE
«< PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 112
ANO NW | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | q Enio o
| Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e frequesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) | 1940

ESPIRAIS

Notas …

|

i

|

NOUTRO logar publicamos
a «Portaria» de 3 Rev”*,
o Senhor Bispo de Portalegre |
em que se proíbem nesta Dio |!
cese, sem qualquer excepção —
pelo menos enguanto sôbre o
mundo pesa a hecatombe da,
Suerra—arraiais e divertimen- |
tos profanos por ocasião ou a
propósito de festividades re: |
ligiosas. |

Vem làrgamente justificada
esta resolução e ao Clero e
fiéis cumpre acatá-la, não só
por dever de obediência, mas |
também pelos sentimentos de
» solidariedade que, nêste mo-
“mento de grave perturbação,
devem unir todos os cristãos.
Os sofrimentos de outros po-
vos não nos podem sêr indi-

falta de caridade e de coração,
— uma prova de manifesta in-
“consciência.

todo o País, a festa religiosa
está associada à profana; is
to, cert; mente, desde tempos
imemoriais eo povo quási não.
pode compreender que uma se
faça sem a outra Ele reconhe
ce que precisa de se divertir,
de dur largas à sua alegria
de esquecer, num único aia do
ano, a sua vida de trabalho
fatigante e duro, as suas ar-
relias e os seus desgostos,

Vem da tradição que a fes-
ta dedicada ao Santinho da
freguesia on do logar, além do
cumprimento dos votos sole
nes expressos em horas de
aflição e amargura, da missa
do sermão e da procissão, in
clua a parte prôpriamente pro-
fana: arraial com música, des-
cantes, danças. foguetes e bons
farnéis saboreados entre tra-
gos de capitoso vinho Arrai-
gado a tal costume, julgará
agora que é o seu pároco q
oprimí lo e a contruriá-lo na-:
quilo que julga uma legitima
regalia, não compreendendo, ‘
em seu rude critério, que o pá
Foco cumpre somente uma ore
dem superior.

A gente dos campos também
fem o direito de divertir se;
ninguém o contesta. Vê-se ago»
ra obrigado a mudar de ca-
minho e êste só pode ser mar-
car um dia especial para a
festa religiosa e outro para a
festa profana. Sem prejuizo
de maior, e respeitando os so-
frimentos de muitos para quem
a religião é um refrigério eo
divertimento um escárneo para
a sua alma atribulada, a gen
te do povo. pacífica e traba-
lhadora, deve continuar a go-
zar a existência dentro de li-
mites razoáveis.

 

e

TEMOS suportado um calor |
verdadeiramente

 

i seguintes

Portugal,

 

UE formosa figura de retórica, que pen-
samento tam feliz êste:

«. « Portugal, Pátria da nossa Pátria !

No dia 16 quando o vapor «Serpa Pinto»
seguia em demanda das Terras de Santa Cruz,
levando a bor o a Embaixada Brasileira às Co-
memor:ções Centenárias de Portugal, o seu ilus-
tre presidente, senhor General Francisco José
Pinto, enviou radingramas aos senhores General
Carmona e Dr. Oliveira Salazar; o primeiro re-
zava assim : ;

«Profundamente reconhecido a V. Ex.
por tôdas as expressões de sincero afecto e
fidalga acolhida tributada durante os meses
de inesquecível estada no glorioso Portugal,

Pátria da nossa Pátria, envio a V. Ex.“ em |
“meu nome e no da embaixada resp a ho- |
S : | menagem e votos de constante felicidade».

Na nossa região, como em | E GE o aa
«Portugal, Pátria da nossa Pátria» .

exprime todo o afecto e todo o reconhecimento,
que transborda da alma dos brasileiros ilustres, à
nossa gente a Portugal inteiro, pela simpatia
com que os recebemos, pela afabilidade que lhes
dispensámos, pelo calor e entusiasmo, bem sin-
ceros com que nos manifestâmos à partida, nes-
sa hora de inolvidável emoção, que torna maior
a saúúlade… Ro de

Poi todo o Portugal a tributar homenagem,
na famosa Praça do Império. aos insignes Em-
baixadores da Pátria Irmã, terra de lenda e ma-
ravilh:, formosa e rica, estuante de mocidade,
onde os corações dos brasilciros e de tantos por-
tusues s têm batido unísono, no mesmo ritmo,
pelas mesmas aspirações e por iguais sentimen-
tos, Império grandioso que os portugueses, um
dia — nessa época de glória para a Raça Lu ita-
na e para a Cristandade — descobriram e depois
colonizaram e desbravaram num; supremo estôrço

1a TE

: Ted iças

tra da nossa Pátria

 

“nárias, não foi uma simples visita protocolar nem
um acto de banal ccrtezia, mas um abraço frater-
nal e amigo do povo brasileiro ao povo portu-

dp

de gigantes, tornando-o o prolongamento da pe-
quenina Pátria do extremo ocidental da Europa.

Se os portuguéses encontraram no Brasil,
desde sempre, precioso campo para a sua. prodi-
giosa actividade, se as qualidades innatas da
Raça tornaram possível o aproveitamento do solo
fecundo e a exploração das formridáveis riquezas
do sub-solo, também, por outro lado, sacrifica-
ram à vida, quando preciso, para defen’er o ter-
ritório da cobiça estrangeira, lutando com psrti-
nácia e heroísmo pela sua integridade.

Enquanto os guerreiros, a pé firme e olhar

“atento, velavam pela segurança das famosas ter

ras, Os missionários internavam-se nas plagas

adustas do interior, levando ao indígena a nos-

sa Civilização e a nos a Fé, fazendo dêle um
elemento valioso na dilatação do Império Portu-
guês.

 

leira, nêste ano áureo das Comemorações C

guês, uma eloqgiiente manifestação de carinho e
de simcatis, que provém da comunhão de ca-

racteres, de sentimentos e de língua.

E assim como o Brasil tem sentido os in-
fortúnios de Portugal como seus próprios, tam-
bém, do mesmo modo, rejubila com as suas ale-
grias e glórias; é a voz do sangue a pronunciar-se.

Não podia o Brasil, por isso, eximir-se a
tomar parte nas nossas Festas, que são também
suas.

Os dois países. Portugal e Brasil, estão
de tal forma unidos que o próprio Oceano é um
eloa e treitá-los mais fortemente, a auscultar os
comuns an-eios, a falar-lhes das glórias passadas
e imorredouras, a predizer lhes um futuro cheio
de esperanças e venturas…

“EDUARDO BARATA

NO mercado da Sertã. de sá- | Carreira de Camionetas
da Sertã ,

bado passado, corriam os
preços: centeio,

O preco do azeite
Os serviços da P. S. P. de fis-

A vinda a Portugal da Embaixada Brasi. |

11800. milho 10800, batata,

5800 0513 544% litros (alguei-.

re), ovos, 3880 a dúzia, gali-
nha. 8850 e 9300. frango, 3850
a 5800 pera. 2850e 3800 e
pêssego, 7800, 0 quarteirão.
Notou-se pouca abundancia
e quási tudo por preço elevado. ;

O sr. José Gonçalves de Car »
va’ho, residente em Sernache do
Bomjardim, requereu a conces-.
são de uma carreira de camione- :

Branco.
Esta justa pretenção a ser de-

DrOLO E | ferida, traz grandes vantagens a

À um cavaleiro que montava .
com uma espora só pre-

Ê Z j , Z É 5 . e PPS
Ea Gosmsa Ea ao dd E’ amigo dedicado da o retalhista na impossibilidade

facto.

– Ora, porque há de ser? |
Porque é escusado pôr a ou.

tra. Se metade do cavalo an-
da, está visto que a outra mes
tade não fica para trás!

CONSTA que o Rev.º Arci-

preste, Pº Francisco dos

Santose Silva, Sacerdote muito
digno e respeitado, pediu a

: equato | sua aposentação, c que motiva,
rial, uma temperatura de tal.

segundo se diz a exoneração

tôdas as localidades que virá a
servir. +
SEDIA

* sua tira? |
Indique-nos, como assinantes,

itodos os paíricios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua

à lia dependem, em grande par=

te, da propaganda que dela se
; fizer nêste semanário.

 

Já? foi concluído o recensea-
mento da população e fo

forma elevada que se mantém, , do coadjutor Revº Pº José gos do nosso concelho, a que
quási inalterável, algumas ho- | Francisco. que irá prestar ser-

“ras depois do pôr do sol,

viço noutra paróquia,

faremos especial referencia no
t próximo número,

calização contra açambarcamen-
tos forneceram a seguinte nota à
imprensa:

«Os preços fixados pelo orga-

tas para O transporte de merca- nismo competente para a venda
‘dorias entre Sertã e Castelo de azeite ao público são : azeite
“rextra, 7840 o litro; fino, 6860;

de consumo, 6820 Como êstes
preços tem de resultar das ope-
rações de.compra e venda do ar-
;tigo desde a origem, êstes servi-
;ços fazem público que procede-

| rão contra aqueles que colocarem

| de vender o azeite de acôrdo com
i aquela tabela, devendo os inte-
ressados que tenham conhecimen-
to de que na origem ou os in-
– termediários estão pedindo pre
cos exagerados comunicá-lo à
é Polícia».

td) pg

INSTRUÇÃO

Foram criados postos escola-

e. à lápis

PEDIMOS à Câmara para or.

denar que a limpeza das
ruas seja de madrugada, aten-
to o inconveniente de a fazer

 

às horas em que há movimena.

to nas ruas.

Bem basta a poeira que nós

temos de respirar nas ruas cu-

jos pavimentos estão a ser res.

parados.
«tes Gago

A Fundação Nacional para a

Alegriano Trabalho in»
feressante e utilíssima criação
do Estado Novo, acaba de

constituir uma Comissão de –

Gimnástica e Desportos, que
se destina a beneficiar todos
os trabalhadores, aproveitans
do êstes o tempo livre na prá-
tica dos salutares exercícios
físicos. –

Empreendimento louvável de
[que muito h 7

á a esperar.

OS ataques da aviação alemã
à Inglaterra têm redobras

do de intensidade, desenro-
lando-se combates incessantes
em que entram centenas de
aviões dos dois lados. Ha
quem afirme não se tratar de
uma experiência germânica
para avaliar da capacidade
defensiva da aviação e artilhas
ria anti-aérea inglesas, mas
sim do prelúdio aa ofensiva
geral, que se vem anunciando,
contando-se como inevitável,
desie a rendição da França.

O poder aéreo alemão é for-
midável, mas os ingleses têm

reagido enêrgicamente e não

se limitam a defender a sua
ilha, antes desencadeiam ata-
ques contínuos contra objecti-
vos militares.

Parece que, ao contrário do
que sucedia com os outros
adversários, os alemãis esbar-
ram, finalmente, com uma re-
sistencia séria, com um inimin-
go de respeito, valente e pa
triota, disposto a ganhar a

guerra ou a vender a pele por

alto preço…

Esperemos pelos aconteci-
mentos e não confiemos nos
palões das agências que di
vergem profundamente no to=-
cante a perdas de oparelhos
sofridas por cada um dos
adversários.

À batalha de Inglaterra, a
grande batalha, pode já ter
principiado; contudo estamos,
upenas, numa simples fase da
guerra e tudo leva a crer queo
Govêrno inglês temrazão quan
do afirma que a luta pode dú-
rar anos…

Os adversários são poderos

sos, dispõem de enormes re-
cursos materiais e de grandes

Ii reservas humanas.

E alargundo o âmbito des=
tas simples notas, vemos que
a Rússia aparentemente adors

tes duplos no logar do Milreu, | mecida, espreita a ocasião de

freguesia e concelho de Vila de
Rei e na sede da freguesia de
Sarna’as de S. Simão, concelho
de Oleiros.

| dar novo salto. Ela, sim, ela é
| queestá a ganhar a guerra…
aos pontos, a guerra que os
!outros fazem!

 

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A Comarca da Sertã

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Concurso Literário

«A Coarça da Sertã», com o ob-
jectivo de estimular a mocidade da
Sertã ao cultivo da língua pátria, criar

‘na rapaziada um maior amor ao estu-

do e despertar tôda a natural tendên-
cia para a colaboração literária, resol=
veu abrir um concurso dentro das se-
guintes condições:

1.: — Ao concurso serão admitidos
todos os actuais alunos, de ambos os
sexos, dos cursos liceal, comercial e
industrial, residentes da Sertã;

2º — À prova consta de uma redac-
ção, cujo tema fica à escolha do con-=
corrente, a qua! não deverá ser supe-
riora 4 laudas nem inferior a 3 e será
prestada na Redacção dêste jornal em
dia e hora a designar;

— O concorrente dispõe do tem-
po máximo de 3 horas para efectuar a
prova literária, devendo aprescniarase
E 2 papel necessário; –

— E’ permitido ao concorrente
din de qualquer dicionário de lia-
ea poriughega, d único livro admitido;

— O emprêgo de qualquer frau-
“de, ESA no decorrer da prova, é
causa de eliminação imediata;

6.4 — As provas são classificadas
por um júri oportunamente nomeado,

| servindo de base à classificação a clas-

se que o concorrente freqiientou ay
rante o findo ano lectivo;

73-— A classificação inicial é de

«Suficiente» e «Deficiente», recebendo
o prémio de Toosdo. o concorrente que

f obtiver mais alto valor;

82-— Se o juri considerar «Deficien-
te» tôdas as provas, nenhum concor-
rence fica com direito ao prémio;

9.2 — «A, Comarca da Sertã» reserm
va-se o direito de pablicar as provas
que entender e que ficam sendo pro»
priedade sua;

10.2 — A abertura do « concurso con=
ta-se desde hcje (10 do corrente) e
prolonga-se até 25 do corrente (domin-
go próximo), devendo os candidatos
comunicar por escrito a sua inscrição;

112— A Redacção avisará, também.

por escrito, com a devida anteceden-
cia, so dia e hora em que cada concor-
rente efectua a prova;

122 — À falta de copas torna
inválida a inscrição.

 

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A Comarca da Sertã

 

PELAS ESFERAS…

Flores!

— Que lindas | De onde veio o encanto

que tanto nos seduz, atrae e enleva?
Da primavera ao distender o manto
ou das estrelas ao fugir da treva?

Do orvalho matutino que se eleva

e se desfaz em pórolas,

em pranto?

Do smor que em esperanças 86 revela

ou do Céos num sorriso

sacro-santo?

Não sei, nem quero desvendar o mito

que me enamora e eleva

ao Infinito

Sonhar! Sonhar! Ha sonhos côr de rosa,

irisados, de misticos odores

que levama jardins de

etéreas flores

-—á mansão ideal e venturosa!.,..

1940 – Julho

Oliveira Tavares Júnior

 

E) eo, sa sa sa 3
o SA EM, dd PP E,
Ed om? us? ta? fo? a *
*

* AGENDA é

8 na sa Ba a sa
dd PO FP PY, E
a Ma em” a Pu?

go:
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2a

Da sua vivenda do Pinheiro
(Castelo) retirou para Tomar,
com sua espôsa, o sr. Capitão
José Joaquim Lourenço.

—Encontram-se: na Sertã,
acompanhada de sua mãi, sr.*

D. Leontina Beto Mademoiselle.
Maria Luíza Belo de Lisboa; .
em Vendas Novas, na Escola |
Prática de Artelharia, o sol-.,
dado-cadete sr. Reinaldo Lima |

da Silva; na Figueira da Foz,
com sua famíli:, osr Ernesto
Crisóstomo; em Alvaro, com
sua espôsa o sr Joaquim Fer-
reira, de Lisboa.

— Acompanhado de sua es
pôsa e filhos retirou para Ca-
cujâis o sr. David de Ascensão
Ramalhosa.

— Encontra-se nas Caldas da:

Rainha com sua espôsa, o sr.
João Albino de Moura.

Aniversários natalícios :

 

ea D. Margarida da Con
ceição Fontes Braz, espósa do

sr. Manuel Braz Lisboa; 27,

Dr. albono Lourenço da Sil
va, Quinta das A’guias, Ser-
nache,

Parabens

EXPEDIENTE

Devolução de jornais

 

Muitos assinantes, sobretudo os que

vivem em Lisboa, ao mudarem de re-
sidência, «squecem=se de nos dar o
novo enderêço, resu tando daqui que
os jornai: vêm devolvidos e, por con-
seguinte, as expedições são cancela-
das, ficando a Administração do jor-
nal impeúida, ainda, de cobrar as as-
sinaturas, o que representa elevado
prejuizo. Para evitar êstes inconve-
nientes e ainda para que os nossos
estimados assinanies não fiquem prin
vados de receber com regularidade
«A Comarca», nada lhes custa escre-
ver-nos um simples postal dando conta
da nova morada.

Hoje continuamos a pablicar os no-
mes dos assinantes a quem foi cancela-
da a expedição pelo motivo que expo-
mos e da mesma forma a residência
registada nos arquivos, agradecendo a
tôdas as pessoas que souberem os
actuais enderêços o obséquio de no-lo
comunicarem o mais breve possível,

Jacinto Lopes, Av. António Augusto
de Aguiar, 218, 2.0 Dto ; João Antunes
Alface, R. do emformoso, 19; João
– Fernandes Martins, Av. Elias Garcia,
102; Joaquim Ferreira Martins, Club
Tauromático, R Garrett; Joaquim Si-
mões, R, Barão Sabrosa, 264-1.0 Esq.
José Alves, R Manoel Bernardes, 77-1.º
José Ferieira dos Santos, R. + uiz Von
teiro,9-20 , José M.ria Gaspar, Calça-
da da Tapada, 4-5.0 , Dt.o (Alcântara);
José Tavares da Costa, R, Tomaz da
Anunciação, 47-30 , Esq; Manoel Pes
dro, R. do Saco, 10; D. Margarida Pe-
dro Dias, R. Carvalho Araujo, 100-2,9;

Pedro Dias, Av Almirante Reis, 29-2,’,’

Esq.; Ricardo Nunes Martins, R Cida-
de Card ff, 29-20, Dto; Venâncio Al-

ves, R. Penha de França, 104, 1/c, Dt.º,

—- todos de Lisboa.

48
“>

A todos os nossos estimados assis –
nantes que, por qualquer circunstância, |
desejando pagar directamente as suas |

assinaturas, não possam enviar-nas o

dinheiro em notas ou vales do correio, |
pedimos para, de preferência, nos re. |

meterem sélos do correio da taxa de
Mo

Desastre mortal

No passado domingo, junto à
noite, uma camioneta pertencen-
te a Joaquim Alves, da Cava

freguesia di Madeirã, guiada por
José Maria, das Safras (Alto do
Cavalo). con uzindo barris de
resina s-iu de Oleiros com des-
tino a Pombal; além do motoris-
ta seguta, também, sentado sõ=
bre os barris, José Antunes, de
18 anés, solteiro, alfaiate filho
de José Antunes, também alfaias
te e de Carolina dos Santos, com
seu» pais convivente nos Quar
tos de Além, freguesia de Alvaro.

À camioneta, próximo de Olei-
ros, no sítio denominado as
Hortas, resvalou para a valeta,
do lado da barreira e o rapaz,
perdendo o equilíbrio, caiu, fi-
cando entalado entre o veículo
e a barreira; sofreu fractura ex-
tensa de un braço e de uma per-
na e esmagamento do maxilar
inferior, além de outras contu-
sões e ferimentos graves. Pou-.
cas horas depois do desastre deu
entrada no Hospital da Sertã, jon-

| de-receb-u os necessários socor=

ros. improficuos perante o es-

vindo a morrer

feira.
O CDA ê

OS AMIGOS DA «COMARCA»

O nosso prezado amigo sr.
Amaro Vaz da Costa, de Lisboa,
teve a amabilida’e de nos ind’-
car para assinante a sr.? D. Vi-
cência Martins dos Santos, da
mesma cidade .

Agradecemos.

a a
Bombeiros Voluntários da Sertã

Passa no próximo dia 25 0
24º aniversário da fundação da
prestimosa Associação dos Bom-
beiros Voluntários da Sertã, cu-

ja inaug’ ração solene se realizou
no dia 7 de Outubro do mesmo

ano
4

Para o fundo destinado à aqui-
sição ou construção da sede so-
cial, a Associação recebeu a im-
portancia de Esc 40800, respei-

na tarde de 2.º

tante à tista nº 57, subscrita pe-:

los srs. Pº Jaime Boavida, P.º
António Martins da Costa e Sil-
va, P.º Eduardo Archer Leite e

contribuíram
quantia,

todos com igual

Pere

(Vila de Rei)

RECTIFICAÇÕES

 

rício da Silva, Lisboa, 100800

(e não 10$00- como saiu); D.:

Gracinda da Silva Carmo Nu-

nes, 20800 (e não 2500 como

saiu). HE

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio

e produtos da sua indústria ?
Ga-tindo uma insign’ficância,

pode anunciálos na «Comarca
da Sertão,

Através da Comarca

RELVAS (ERMIDA), 11 — No posto escolar desta
povoação há a registar o seguinte movimento no fim do
último ano lectivo: fez exame de 3/2 classe, | aluno; trans
sitaram € da 1.º para a 2.º classe e 8 da 2.º para a 3.º.

— No dia 15 do findo mês de Julho houve, no mes-
mo posto uma interessante festa escolar, a que assistiram,
além da regente e alunos que o frequentam, bastantes
pessoas das Relvas e doutras localidades p-óximas. Pro-
cedeu-se à colocação, com tôda a solenidade, na sala de
aula, dos retratos dos srs. Presidente da República e do
Conselho, para cuja aquisição forneceu a verba precisa O
sr. presidente da Junta de Freguesia. Alguns alunos recita-

à ram lindas poesias, houve diálogos que provocaram hila-

riedade e canções, que foram entusiásticamente aplaudi-
das pela assistencia. A sr.? regente falou do significado da
festa e pôs em relêvo a obra de engrandecimento nacional
levada-a cabo pelo Estado Novo, que tem realizado tudo
o que tem prometido, isto é, as máximas aspirações dos
povos; falou da missão da escola primária e dos deveres
dos alunos para com os pais, os professores e a Nação,
apontando Carmona e Salazar como os mais altos e di-
gnos representantes de Portugal, sob a égide dos quais o
País tem realizado uma profunda obra de restauração, S.
Exas, assim como o sr. Ministro da Educação Nacional,
Portugal e o Estado Novo foram muito vitoriados. No fi-
nal foram cantados a «Portuguesa» e o «Hino da Mocidade»

Lançaram-se muitos foguetes e depois da sessão a
sr“ regente ofereceu às crianças um belo lanche, que elas
saborearam com visível satisfação

— À população das Relvas encontra-se satisfeita
com o progresso que a Instrução tem aqui alcançado; bas-
ta dizer que ainda há muito pouco tempo, entre 180 habi=
tantes deste logar, só havia 4 pessoas que sabiam ler e
escrever sofrivelmente; hoje, por virtude do funcionamento
regular, primeiro da escola e depois do posto e, simulta-
neamente, do curso nocturno, hã cerca de 60 pessoas que
lêm, escrevem e fazem contas com facilidade. A” regente,
sr* D. Tereza da Conceição Fradique, se deve a maior
parte dêste bom resultado. E” digna, pois, a referida se-
nhora, de tôda a nossa consideração e estima. –

C,

ego
Besastre de automóvel

ALVARO, 13 — No dia 10 do corrente, quando o sr.
Joaquii: Ferreira, sócio da Pernambucana, Ld.2, vinha de
Lisboa para esta vila, acompanhado de sua espôsa e guian-
do o auto que lhe pertence, sucedeu que, perto de Fer-
reira do Zêzere, houve uma explosão no motor, de que
resultou aquela senhora, perante o perigo, precipitar-se
para fora do auto, mas, de tal maneira, que ficou grâve-
mente ferida. =

(Noticiário dos nossos correspondentes)

de que vem sofrendo Felizmente está quási restabelecido
e oxalá que dentro em pouco o vejamos completamente
bem,

À escassês do ano agrícola

A população desta freguesia está preocupada com
a escassês do corrente ano agricola, antevendo-se a maior
miséria. Basta dizer que as vinhas estão de tal maneira
queimadas e atacadas por diversas doenças que a própria
produção do próximo ano se encontra ameaçada; foi inst=
gnificante a produção de trigo, centeio e azeite também
não há nada êste ano.

Reina, por isso e com muita razão, o maior desâni-
mo entre os lavradores e o jornaleiro não sabe onde em-
pregar a actividade para ganhar a féria para seu sustento
e dos seus. Enfim, uma verdadeira calamidade. Deus quei-
ra que o próximo ano se nos apresente sob melhores aus-
pícios.

o

nego E

Feira Anual

AMENDOA — Com grande concorrência e boas
transacções, realizou-se, no dia 4, a feira anual,

O Cruzeiro da Independência E

Estã conciuíido o Cruzeiro da Independência,”cuja.
inauguração se realizará, provavelmente, no dia 25 de
Agosto corrente, coincidindo com a festa do Sagrado Co-
ração de Jesus. É
Não queremos ser nós os julgadores do valot do
Cruzeiro. ;

Cremos, porém, que podemos afirmar, sem que nos
acusem de bairrismo cxcessivo, que o Cruzeiro é uma rea-
lização que honra a nossa vila e tôdas as pessoas que
contribuiram de qualquer forma para que êle fôsse erguido.

Continuamos a lista dos subscritores :

tado lamentável em que ficara, |

David Remalhosa,: de Cucujáis; |

aificio Escolar do Vale da Upra.

“Na Receita, publicada no n.º;
204. há ajemendar: Casimiro Apa-.

Regresso

Fazemos votos pelas suas melhoras,

— Regressou a Alvaro o sr. António Augusto Alves

“Júnior, filho do comerciante e proprietário sr. António Au-

aaa que há tempo se encontrava em Lisboa, onde –
oi consultar um especialista por virtude de uma doença

e : = “(Do Concelho de Mação)

Transporte É o . – 4.107800
Luiz Henriques Amêndoa ; ; . 10800
Manuel Alves Necha » É . 5$00
Joaquim de Oliveira » : : c 20800
Prazeres D, Pires » : 5 : 5$00
José E. da Mata » . . Ê 10$00
Joaquim António » a : 5 10800
loaquim A Aparício, Revelha . a – 1000
João Henriques » . “ . 10500
Abílio E. da Mata, Lisboa . . . a 2º800
Antônio Lopes » . Ê É 20800
“José S Barreiros » É : 20800
José Maria S, Reis » E E Ê : 20800
Dr. Angelo N, Tavares, Redondo . “ 100500
Joaquim P. da Silva, Robalo. É ê é 5800
Luiz S. Quitério, Vinha Velha ; S : 20800
Manuel Francisco, Vilar Chão É 5800
António Garcia, Val de Vacas É : Ê 50300
João Valente, Fonte de Amendoa . : 10800
Padre Luiz Aparício, Torres Novas . 25800
a -. A transpoitar C co.

— 4582900.

PORTARIA

D. Domingos Maria Frutuoso, por
Mercê de Deus e da Santa Sé Apostóm
lica, Bispo de Portalegre.

Ao lustríssimo e Reverendissimo
Cabido, Reverendo Clero e mais Fieis
desta Diocese, Saúde, Paz e Benção
em N. S. Jesus Cristo,

* O flagelo da guerra, que tem cei-

vado a desolação e a miséria a tan
tos Estados que vêem ameaçada etal-
vez perdida para sempre, a saa inde=
pendência, vai alastrando pelo mando
inteiro dama forma verdadeiramente
assustadora. Se não soúbessemos

diríamos que a excedem os desvarios,
verdadeiramente criminosos, da hora
que passa, agravad’s com o desco-

santa Lei.

pesando actualmente a justiça Divina;
e só as lágrimas da penitencia e o
perfame das orações podem restituir-
-lhe, como outróra ao povo eleito, de=
pois das agraras dos cativeiros, a
tranquilidade e a paz.

Por uma graça especial da Provi=
dência, que nunca saberemos devida=
mente agradecer, temos sido até hoje
poupados a êsse terrivel ilagelo, com
que o Céu quere chamar para si os
corações dos seas filhos pecadores e
rebeldes, como os do povo que a Sua
bondade escolheu para guarda da Sua

doutrina. :

Faltaríamos à caridade. que deve-
mos a todos os filhos de Deas, mesmo
aqueles que não reconhecem os seus
direitos eternos, se não sentissemos
: O coração despedaçado pelo pranto
de milhares de máis que, tanto como
o saigue de tantos mancebos mortos
na ilor da vida, há-de atrair sôb:e o
mando a misericórdi, Divina. Ê

R’s incertezas da luta tr menda
“que se está travando, ameaçando uma
| civilização tantas vezes secular, vem
i juntar-se a deficiência da prodação
l agricola, fazendo pairar sôbre: as
| nossas Cabeças o espectro da fome,
– companheira insepa:ável da guerra.
i- As informações que até nós che-
“gam não podem ser mais desanima-
– doras À terra portuguesa, que a mão
i de Deus tem abençoado darante oito
– séculos, deixou no corrente ano de
abrir o seu seio para patentear-nos
generosamente 08 seus tesouros, O

 

fado tantas vidas, desfeito lares e le-‘

que é infinita a Misericordia Dívina,.

nhecimento e perseguição dos direim |
tos de Deus e do respeito devido à Sua |

Sôbre o mando. em chamas está ‘

pão, O azeite eo vinho, que consti-
tuem a maior riqueza da terra alen=
tejana e de todo o país, vão faltar em
muitos lares, onde nunca se soube O
‘ que é privação e miséria.

Nestas circanstâncias impende som
bre todos os cristãos a obrigação de
fazerem, quanto em: suas-fôrças caiba,
por merccerem a misericórdia de
Nosso Senh r,;e a Nós a quem foi

“confiado o bácalo do Pastor, o Direi-
to de usarmos de tôda a Nossa aato=

mento dêsse dever.

Se o tempo que corre é de inqaie-
tações e de lato, inqaiet ções pelo fa-
turo que se nos apresenta s:mbrio,
“lato por tantas vítimas da malícia has
mana, sacrificadas à pervertida glória

 

‘ gastemos para apagarmos os pecados
próprios e alheios e merecermos ao
céu a grande graça de dar por ter=

| terminado o ciclo-das nossas dores.

Acabemos, portanto, com “o es=

– pectácalo degradante da orgia dos

arraiais celebrados por ocasião das

festas religiosas É

Não vinham os gritos impádicos-e
blasfemos de uma maltidão desvaira=

“da perturbar as orações que se fazem

“junto dos altares, quantas vezes com

as lágrimas nos olhos, e o coação

retalhado pela dor, que só aos pés de

Deus encontra leniiivo.

As providências, que por esta por-
taria tomamos, aprova-as, temos dis-

so a certeza absoluta, o coração e a

so que Nos consola; as dificuldades
que por ventura possam surgir (e com
.elas contamos Já), não Nos preocu=
pam nem interessam. Seguiremos os
ditames da Nossa consciência, o
exemplo de algans dos Nossos irmãos
nº Episcopado e os des: jos de muitos
sacerdotes da nussa Diucese.
Contando, pois, com a cooperação
e boa vontade dos Rev“ Párocos,
Nossos
“sempre prontos a cumprirem as Nos=
sas ordens e a escutarem a Nossa pa-
lavra. Hapemos pot bem ordenar o
seguinte: a

1.º —.Ficam proibidos, enquanto
durarem as’tristezas da hora presn=
te, e não ordenarmos o contrário, tom
dos os arraiais e divertimentos profau

festividades religiosas, ainda mesmo
aquelas que’se destinam a angariar
donativos para Misericórdias, Hospi-
tais, ou ogtros Institutos de caridade.

2.0 – Nos requerimentos que Nos
forem dirigidos pedindo licença para
alguma festividade, os Rev.º* Párocos
deelararão que não se realiza arraial,

 

ridade para chamá-los ao cumpri-;

do mando, na penitência e oração o!

alma dos verdadeiros crentes, e é ism .

prestimosos cooperadores,-

nos por ocasião ou a propósito de |

so

nem outro qualquer divertimento pron
fano.

30 — Os Mt.os Repv.0s Arciprestes
informarão o requerimento de que
trata o n.º anterior, corroborando as
alegações do Rev.º Pároco.

40 — Ainda mesmo que as infor
mações que Nos sejam prestadas jas-
tifiquem apa’entemente a concessão
da licença, reservâmo-Nos o direito
de a recasar, quando em consciência

“a julgarmos inconveniente.

5» — Ros Rev ºs Párocos que ce-
‘Jebrarem nas suas Iregaúesias festivi-
dades em contrário desta Potaria, e
‘ aos Revºs Sacerdotes que nelas cola-
borarem, impomos a pena de saspena
são a divinis.
69 —E para que chegue ao co-
nhecimento de todos, publique-se, e
seja lida às Missas de tôdas as igrejas
– e capelas oficiadas e em todos os do»
‘ mingos de Agosto, Setembro e Oatas
: bro.
7.º — Esta Portaria entra em vigor
| no dia 20 do corrente mês.
|- S único=As estas a realizar além
i dessa data, mas cuja organização env
; polpa contratos feicos antes da pabli-
* cação desta Portaria ficam sajeitas á
: legilação anterior.
Í Dada em Portalegre, sob o Nosso
sinal e sêlo das Nossas armas aos 6
de Agosto de 19240, na Festa da Trans-
figaração de Nosso Senhor Jesas
Cristo.

t DOMINGOS, Bispo de Portalegre

GerBIA
Agradecimento

António Nunes da Silva
Matta e sua mulher Maria
Nanes da Matta vêem por
esto meio apradecer muito
reconhecidos a todas az pes
!soas que lhes enviaram con=
dolôências pelo falecimento:
de eua tia Maria da Jesus
Ferrera.o iguzlmente muito
agradecem a todes cs que
so dignaram acompanhã la
à sua ultima morada,

Sernache de Bonjardim,
19 Agosto 1940,Agosto 1940,

 

@@@ 1 @@@

 

à

ob?

ne

À Comarca da Sertã

Um Modelar Estabelecimento de Educação e Ensino

 

0 COLEGIO DE NOSSA

SENHORA DE FÁTIMA

vai ser inaugurado, na Cidade de Abrantes,

Do próximo m

ês de Outubro

Mais um magnífico estabeleci-
mento de educação e ensino pa-
ra meninas foi criado no País,

abrindo as suas portas em Outu-‘

bro próximo. fa

Trata-se do Colegio de Nos:
sa Senhora de Fátima, para
educação de meninas internas
semi-internas e externas, sob a
direcção das Irmãs de Santa
Dorotea, que tem a sua sede em
Abrantes.

Dois problemas tam comple-
xos, como a Educação e Instru-
ção, têm encontrado a melhor
solução por parte da iniciativa
particular nos últimos anos, por-
que a ela preside uma verdadei-
ra vocação pedagógica e o firme
propósito de preparar as crian-
ça… para a vida prátia, dando:
«lhes, a-par-da instrução indis-
pensável. uma sólida educação
moral, sem dúvida não menos
importante do que aquela

O pensamento dos educadores
modernos é orientado no louvá-

 

Edificio do Colégio de Nossa Senhora de Fátima, de Abrante

vel desejo de tornar a criança de

ducação artística é ministrada
em cursos particulares de dese-
nho. pintura, arte aplicada, visi-
tas a monumentos artísticos, de-
clamação e música, em lições in.
dividuais de piano e outros ins-
trumentos, “dedicando-se, tams
bém, um cuidado especial ão de-
senvolvimento físico das alunas.

Há disciplinas facultativas: pia»
no, desenho, pintura, arte apli-
cada, corte e dactilografia,

O edificio foi cons ruído num
local de situação explêndida-e

lhado pelos modernos preceitos
pedagógicos ou que a mais rigo-
rosa: higiene possa exigir. Tem
o novo Colégio doze salas de
aula, havendo um espaçoso ga-
binete de física e ciencias natu-
rais, um laboratório de química
com chaminé e câmara envidra-
çada própria para experiências,
uma saia de lavôres e costura,
um grande gimnásio e uma vas-
ta capela. Os dormitórios mui-

go

7

to amplos e arejados: são em nú-

nada lhe faltará que seja aconse-‘

hoje, homem de âmanhã, em ci- | mero de três, estando um deles
dadão útil a si próprio, à socie-, dividido em 25 pequenos quartos
dade e à Pálria, cultivando nela initividuais, que se destinam às
os melhores princípios morais, alunas de mais idade. Espaçosos
abrindo-lhe o coração e a alma à são tambem o refeitório, a cosi-
prática das mais sublimes virtu. nha e os corredores que deitam
des, c iando-lhe, no espirito, a para um grande e bem ilumina-

 

fórça de vontade nezessária para
combater as más inclinações e os
vícios que transformam o homem
por vezes, em ente repulsivo.

O Colégio de Nossa Senhora
de Fátima vai impor se pela sua
bela, e inteligente orientação, fi-
cando, indubitávelmente, a ser
um dos melhores estabelecimen-
tos de ensino e de educação re-
ligiosa para meninas no País. O
seu fim é a formação moral, ci
vil e literária das alunas por
meio duma instrução sólida e
verdadeiramente prática, visando
dum modo especial a cultura e
desenvolvimento das virtudes
que fortalecem o carácter e for-
mam o coração,

Com o ensino da Religião Ca-
tólica as slunas cursam a Instru
ção Primária e Secundária Liceal,
até ao fin do 2.º Ciclo, receben-
do um desenvolvimento prático
nas línguas francesa, inglêsa e
alemã. Desde as primeiras clas-
ses tod:s as alunas são obriga-
das, segundo a idade, aos dife-
rentes trabalhos manuais: costu-
ra, bordados, rendas, etc, À e-

“do pátio central.

As instalações sanitárias mere-
ceram uma particular atenção e
| assim fizeram-se constrvir cabi-
;nes em nú nero necessário para
que, no curto espaço de meia
hora, tôdas as alunas possam to=
mar diáriamente o seu duche
quente. que será obrigatório e
gratuito preceito higiénico êsse
que entrará nos hábitos cotidia-
nos de tôdas as internadas.

À educação física fica entregue
a pessoa da maior competência
técnica Além do amplo gimná-
sio, existem vários recreios e um
belo campo de jogos onde se
cultivarão os desportos adequa-
dos ao sexo feminino, como o
tenis,.. patinagem, basquet-ball,
wolley ball, croquet, etc,

Nesta sumária descrição traça-
mos as linhas do. importante Cos

progressivo futuro, porque os
pais só eutregam suas filhas 20s
estabelecimentos de ensino e edu-
cação que lhes merecem a mais
absoluta confiança.

Festividades Religiosas

Até ao fim do mês efectuam-se
as seguintes: em 24, 25 € 26, à
N. S. da Piedade, no Cabeçudo,
conforme programa oportuna-
mente publicado; 25, no Marme-
leiro.

Ambas as festas são abrilhan-

tadas pla Filarmónica União,

Sertaginense, regida pelo maes-
tro sr. António Teixeira,

Dr. Angelo Henrinuos Vidigal
“Foi nômeado Delegado de Saú-
de do concelho da Sertã funções
que já vinha exercendo interina-
.mente há. mais de um ano,o
nosso bom amigo sr. dr. Ange-
lo Henriques Vidigal, distinto
facultativo municipal,

Um grande e síncero abraço
de felicitações,

légio a que-está reservado o mais,

| plaudidos. As

X

 

Pestas a S. Nuno é N. 8. dos)
Remédios 6 Inauguração
do Cruzeiro da independência

 

Assistiu -muito povo às festas
de S. Nuno e N. S: dos Remé-
dios, algum. vindo de bm lon-
ge para cumprir suas promessas
e trazer dádivas aos santinhos
da devoção. .

Nos dois dias, 14 e 15, hou-
ve missas e-sermões e, na tarde
do último dia, luzida procissão.
assistind) muitos fiéis a tôdas
estas cerimónias Na noite de 14
efectuou-se a costumada ePro-
cissão das Velas» em volta da
capela e depois da meia-noite
foi queimado um surpreendente.
fogo de artifício produzido na
importante fábrica da Sertã per-
tencente ao sr. João Nunes da
Silva (Maljoga). A Filarmónica!
União Sertaginense deu um bom |
concurso às festas sendo ouvida
com geral a:rado,

No dia 15, um pouco depois
das 12 horas foi inaugurado o
Cruzeiro da Independên: ia, ere-
cto no adro da Capela de N. S.
dos. Remédios por ini iativa do
respectivo Capelão, Revº Gui-
lherme Nunes Marinha. Da Ca-
pela saiu um cortejo, formado
pela Irmandade do S S. da Ca
pelania, de cruz alçada, Juventu-
de Católica Feminina com seu
estandarte, crianças da Cruzada
Eucarística, os Rev.’S Arcipres-
te. P.º Francisco: dos Santos e
Silva, P.º José Francisco, coad-
jutor. P.º José Baptista, P.º Gui-
lherme N. Marinha e P.º Isidro
Farinha, pároco da Cumeada, os
srs dr. An’ónio Caldeira Firmi-
no e foão Nunes e Silva, res-
pectivamente, chefe da S creta-
ria e vogal da Câmara Munici-
pal, em representação desta, dr
Matias. Farinha, Delegado do
Procurador da República em
exercício, dr. Angelo H. Vidi-

“|gal, facultativo municipal e De-
[legado de Saúde e outras pes

soas de destaque do nosso meio,
Legião Portuguesa, Bombeiros
Voluntários e Filarmónica que
se dirigiu para o local do Cru-
zeiro, onde se postou. Uma mas-
sa compacta de povo assiste,
com o maior respeito, à cerimó-
nia

Descerrado o monum
se achava coberto com a ban-
deira da Fundação, são lançados
alguns morteiros que atroam. os
ares A Filarmonica toca o Hino
da Restauração: Em seguida o
Rev º Arcipreste procede à’bên-
ção do Cruzeiro; há um si’êncio
profundo, de verdadeira emoção
religiosa e patriótica, vislumbran-
do-se lágrimas em muitos ros-
tos.

Terminada a bênção, usam da
palavra, pimciro, o Rev. P.º
José Batista e depois o sr. dr.
Angelo Vidigal, que se expan-
dem, com muita fluência, sôbre
o significado da Cruz, símbolo
adoptado desde o nascimento da
nacionalidade pelos nossos reis,
guerreiros, descobridores e mis-
sionários como a mais alta ex-
pressão da Fé e devoção religio-
sa e patriótica. Os Cruzeiros
êsses simples e singelos monu-
mentos de pedra que vemos es-
palhados por Portugal inteiro,
dizem os oradores, representam
o culto fervoroso da Religião
Cristã e da Pátriae o pequeno
Cruzeiro que acaba de ser ben-
zido nêst: ponto que é o cora-
“ção de Portugal, assinala a cos
memoração de dois fac’os bem
gloriosos: o oitavo centenário
da Fundação da nossa Pátria e
o terceiro da sua Restauração.

Os discursos foram muito a-

ento, que

Ê

Depois de ouvidos os primei:
ros acordes da «Portuguesas, a
Juventude «atólica Peminina en-
toa um lindo côro relisioso e

| patriótico — O Cruzeiro da Inde-

pendência — , que foi escutado
com visível satisfação.

id AS NBS E q ie mm a ci

Este número foi cisado pela
– Comissão de Censira
de Castelo Branco

or. Eugénio Farinha e o Sr.

sro eco

? . ré : a o :
A. Comissão pró-Cumiada
E a vós patrícios amigos que me dirijo-aqui, nzs colunas aco-:
lhedoras da «Comarca», para vos dizer: Muito bem.

Com que então, vós, os Cumiadenses que residis na Capital,
reúnistes-vos num almoço de confraternização que decorreu animá-
damente.
Foi em 4 de Ma

de vós.
Ouvi falar o Sr. Jacinto Pedro, o Sr. António Nunes, o Sr.

António Joaquim Marques, o

o de 1939, não foi? Eu estava lá no melo

José Pedro Marçal.

Que eloqiiência! Nem Cíce-
ro, nem Demóstenes falaram
assim.

Estavam presentes mais de
50 Cumiadenses que recorda
ram coisas dos seus tempos
de meninos e evocavam cenas
singelas do viver idílíco da
Cumiada. Falavam no velho
mestre, Sr. Professor Manuel
Luiz da Silva que todos lem
bram com uma seiidade cres-
cente. A Cumiada pareceu-vos
como um oásis delicioso onde
mirastes a candura das vossas
mais. .

Ouvistes á luz baça da lua,
o cantar «à desgarrada» das
moças presunçosas de Alber-
garia e da Rebairia dos Faus-
tnos.

Sentistes toda a nostalgia
do nosso torrão natal e ben

dissestes o murmúrio cantante dos regatos da Cumiada,

Não quisestes porén que a nossa reúnião tôsse uma coisa
trivial e procurastes dar lhe por isso, colorido e vida como às fi-
guras do Cinema

Ali mesmo ficou constituída a Comissão pró-Cumiada.

Sim senhores, 4 cumiadenses de antes «gu: brar que torcer»
como foram os nossos maiores, de que fala o poeta e que tornas
ram grande a nossa Pátria. S

Ides tornar também grande a nossa Cumiada A” frente dos
Melhoramentos deve ser colocada a estraa Cumead -Sertã, E’
uma necessid de imperiosa, é uma necessidade inadiável. =

” Lavadouros e fontes de bica fazem também muita falta.

“ E publicastes uma pequena Monografia da freguesia que re.
cebi ontem pelo correio e que sugeriu estas palavras. A igreja ca
minha terra, o cruzeiro, a ponte da Cova do Moínho, que derecor- –
-dações gratas não trouxeram ao meu espírito!
— “O Sr. P$ Isidro merecia uma referência muito especial
é êle o bom Pastor a quem a Cumiada muito deve ? Sia

Fico-vos muito grato pelo oferecimento do livrinho da nossa
terra. Numa 2.º edição eu sugeria que Iôsse mais amplo. Há mui-.
tas coisas mais que mereciam ser conhecidas, como, usos, aforis=
mos, canções, expressões peculiares etc.

“ Fica para outra vez, não é?P:

Na derrocada da Bélzica, da Holanda, da França era fre.
quente ver-se na Imprensa: o Go:êrno. de algures comunica.

Também na arrancada pró-Cumeada há mensagens vibrantes,
de algures de Portugal.

A” Comissão pró-Cumeada também digo: Contai comigo;
Parabens, àvante. .

“Algures, 20 de Julho de 1940.

Dois dos mais antigos Cumiadenses —
(Fot, J. Marçal)

Um Cumiadense

«Casal de Carvoeiros do
Vale do Laço»

BAPTIZADO

No passado dia 31 teve lugar,
. na Ivreja Paroquial de San:o
Já seguiu para Castelo Bran-| Estêvão, concelho de Tavira,
co, onde deve fig rar na Expo |o baptizado do menino Luiz
sição que ali se realiza, nos ias Antóúio Camp s e Oliveira, fi-
30 e 31 do correntee 1 e 2 de’ ho do sr Alberto Carlos Neves
Setembro, por ocasião das Co- | de O iveira, professor naquela
memorações Centenárias da nos- localidade, e da Sr.* D. Júia Sa-
sa Províicia, o «Casal de car | raiva de Campos e Oliveira,
voeiros do Vale do Laço:, du s! Foram padrinhos o sr Enge-
interessantes e perfeitas figuri- nheiro Joaquim Barata Corrêa,
nhas vestidas com o maior ri- distinto Director de Obras Pú-
gor, tipo. característico e incon- blicas no distrito de Faro e sua
lundível daquêes sítios, que per- espõsa, D Maria Augusta de
tencem à freguesia do Trovis- Mendonça David Barata Corrêa,
cal dêste concelho. tendo sido celebrante o Rev.
A preparação do casal foi de José Jorge de Melo, pároco da
iniciativa da Câmara Municip.l freguesia de Santiago, da cidade
e confiada ao hábi! pintor e nos- | de Tavira.
so amigo sr Pedro de Oliveira,
alma de artista e pessoa de re-
quintado bom gosto.

: As duas figurinhas. estiveram,
durante alguns dias, expostas na
montra da Farmácia Patrício.

pet da pe
«Correio de Abrantes».

: Entrou no XV ano de publi-
cação o nosso simpático colega
«Correio de Abrantes», órgão da
União Nacional e ntemerato de
fensor dos interêsses daquele
concelho.

Felicitâno-lo vivamente e fa-
zemos votos por que. conte mui-
tos e venturosos anos, sempre
com a mesma galhardia e deno-

eat ED gua

mms

tasos do dia.

A Polícia procura activamente
Antônio Farinha, o «Napoleão»,
natural do Monte Fundeiro e há
tanos estabelecido em Lisboz,
que é arguido de burlas na im-
it po tância de 180 contos.

—Há dias a imprensa diária
da capitel informou tir vindo
para a Sertã um agente da P 1.
C. a fim-de apurar um caso de
burla de 100 contos de que ha-
va sido vítima um negociante
do nosso concelho. Ap rou se
existir. apenas, uma divergência
de contas entre dois indivíduos,
por causa de um negócio, que
ficou solucionado com o paga-
mento de uma importância infe-

do nêste combate do dia a dia. irior a dois mil escudos,