A Comarca da Sertã nº197 20-06-1940

@@@ 1 @@@

FUNDADORES
Dr. José Carlos Ehrhardt —
| — Dr. Angelo Henriques Vidigal —
€ —— António Barata e liver a
José Barata Corrêa e Silva

Edúardo Barata da Silva Corrêa

Nao

 

Composto & Impresso

 

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA

Ç Coluando Panata da Tila Coneda TIP. PORTELLA FEUÃO

O REDACÇÃO: E ADMINISTRAÇÃO CASTELO

Z, ao PR a E BRANCO

Em RUA SERPA PINTO-SERTÃA: Bsssna

e di lua Se TR nina abas TELE FONE

« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS o

ANO V /Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | 3 Sh o
Nº 197 | Oleiros, Proença-a-fova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação ) | 1940

 

Notas …

 

« OS aliados têm um interês-
se comum a todos os

outros países da Europa: evi-.

tar a hegemonia alemã. Os
nossos soldados batem-se no
Somme e no Aisne, também
pela
paises»,
Paul Reynaud

Dr OD

PARIS, a mais bela capital
do Mundo e a segunda
da Europa em população, ter-
ra linda de maravilha, fulcro
da Civilização e berço da La-
tinidade, caiu em poder das
hostes germânicas.
“Declarada cidade aberta,
para ser poupada a uma infa-
“lível destruição o Exército
francês abandonon-a ao inva-
sor em manobra estratégica

 

; í Paris, néste lance, pon
pada a brutais bombardea-
mentos. |

Paris é a cidade formosis-

sima que patenteia, a quem a.
visita, os primores ea cultura

de um povo que deu à Enropã
e ao Mundo os mais nobres
exemplos da Liberdade e da
Igualdade.
= Quanta beleza há nos seus
momentos arquitectónicos!
–O Palácio da Justiça, a Ca-
tedral de Nossa Senhora de
Paris, O Palácio do Louvre,
as Igrejas dos inválidos e da
Madalena, a Praça da Con-
córdia, o Arco do Triunfo, a
Opera, o Jardim das Tulhes
rias… :
Um rosário enorme de mas
gnificências.

Sri

PEDRO DE OLIVEIRA, are
– tista consumado da nossa
tera, tomou à seu cargo, por
incumbência da Câmara Mu-
nicipal a confecção rigorosa
de duas tíguras representando
um cas | de carvoeiros do Vale
do Laço, freguesia do Tro-
viscal, tipo curioso do nosso
folclore, que, já em exposição
realizada na Associação Co-
mercial de Lisboa, obtivera
assinalado sacesso.
“O casal de carvoeiros vai
ser apresentado na exposição
da sede da provincia quando
do início, ali das festas cente-
nárias e há de constituir ele-
mento valioso na representação
do concelho da Sertã, pela qual
a. Câmara vem trabalhando
com decida boa vontade.

Deda
lyreia Matriz da isna

Pelo fundo de desemprêgo foi
concedida, ao Govêrno Civil do
distrito, para preparação da igre
ja matriz da Isna, concelho de
Oleiros, a comparticipação de
Esc. 7.551800,

 

independência dêsses |

 

NOSS0

PELA NOSSA TER

o:

ONCELHO!
RAD.

 

A criação da Casa da Sertã na capital
AEE gd age

 

ÃO. estranho — amargo é dizêlo— o

silêncio que se segue sempre que al-.

guém aventa a idéia da fundação da

Casa da Sertã em Lisboa. Silêncio in-
justificável e revelador do alheamen-

to que os sertaginenses votam ao progresso da
terra que ouviu os seus primeiros vagidos e sen-
tiu no seu âmago os seus primeiros passos. . .
E não é de estranhar, posto que inédito,
sabido que muitos vivem cômodamente, recosta-
dos em fôfos maples, cogitando em, tudo, menos
em fazer algo de proveitoso em prol da gua ter-

ra natal. — Não é bairrismo, nem regionalismo,

mas acaba em «ismo> — comodismo. .

A criação da Casa da Sertã, uma agremia-
ção essencialmente regionalista, presidida inte-
ligentemente, onde os naturais da comarca, da
Sertã se reiinissem fraternalmente, discutindo as-

suntos de intrínseco valor para a sua terra, de-.

fendendo os seus legítimos interêsses, pugnando
com afinco pelo’ seu desenvolvimento e propa-
gandeando as suas belezas, nunca poderá ser
considerada uma idéia utópica; ela está nos limi-
tes das coisas fácilmente realizáveis, não só aten-
dendo ao elevado número de sertaginenses resi-
dentes na capital, entre os quais pessoas que
possuem, a par de uma inconcussa honorabilidade,
uma posição social de destaque; como, também

o patrocínio que as entidades concelhias, oficiais
particulares, certamente dispensariam a tam Su=

blime iniciativa… | E
Porque não está preenchida esta lacuna ?

Porque as coisas, ainda as mais insignili- .

cantes, só podem acontecer quando alguém as

provocar, e, infelizmente, ainda não apareceu nin- :

guém que, com o firme propósito de atingir o 0b-
jectivo, metesse ombros à emprêsa.

E? tarde? Não. E’ certo que o tempo pera –

dido jamais voltará, mas, unindo-nos, alguma

coisa ainda poderemos fazer de útil. Quem de: | otebal Club, uma agremiação de recente funda-

“ção, que guiada pelo pulso forte do seu director,

verá ter a iniciativa? o

Há, em todos os sectores de actividade na-
cional, sertaginenses que acupam lugares de re-
lêvo, havendo alguns reputados como símbolos
do trabalho e persistência, que gozam de grande

“influência entre os seus conterrâneos, e é a êstes,

indubitavelmente, que compete lançar ‘a primeira
pedra, empreendimento que teria a expontânea
adesão de todos. Estou convencido de que assim
seria, pois, o bairrismo, não se extinguiu;

 

contra-se apenas adormecido. E” preciso desper-.

tá-lo; urge que saia da letargia em que se en-
contra submerso e que uma nobilísssima e uma
indomável vontade se aposse da Colónia da Ser

| tã em Lisboa: — o engrandecimento de sua terra.

Uma vez reiinidas tôdas as energias, os
resultados viriam a refletir-se
tamente em tôda a nossa região.

Entre a Colónia da Sertã há embora em
reduzido rúmero, elementos que dispensam à
sua terra acrisolado amor, que acompanham ca-
rinhosamente o seu progresso e suas manifesta-

ções vitais. A êstes assiste lhes um dever que,

cumprido em tôda a sua amplitude, os enobre-
ce: — incutir o sentimento bairrista nos: seus
conterrâneos, cuja falta, motivada pela dispersão
em que todos nós temos vivido, é flagrantíssima.

Êste resultado obter-se-fa facilmente com a cria-

ção dá Casa da Sertã.
+ %

Há dias, um sertaginense, deu-me uma
idea, que, posta em prática, talvez desse o resul-
tado almejado,

A «Comarca

j

benéfica e imedia-

 

melhor p

 

da Sertã» abriria nas suas co-

tunas uma inscrição para um almôço de confra-

ternização, que-se realizaria em Lisboa, aprovei-

tando sea oportunidade para a nomeação da Co-
missão Organizadora, da Casa da Sertã, com-
posta, evidentemente, por pessoas competentes e
capazes de levar a bom termo a missão que lhe
fôsse confiada. Nada de copiar a acção desen-
volvida por certas comissões que conheci, as
quais, volvidos alguns minutos, haviam esqueci-
do o encargo solenemente assumido,

Lisboa, 10 de Junho de 1940.

M. FLORIM
44

“«f regionalismo é a base do patriotismo»

“Há longos anos que o movimento regiona-

lista se começou a manifestar com fervor nas
Beiras Tem sido sem dúvida nesta parte do País

“que o regionalismo atingiu o mais alto grau,

pois basta, para confirmação, apontar a Casa das
Beiras, que é, sem dúvida, o elemento número

um do regionalismo português. Além da Casa das.

Beiras, existem na Capital diversas outras agre-

miações regionalistas,

ra na Sertã, O regionalismo sêmpre teve

A

quem lhes dispensassé um pouco de carinho e a

atestá lo. temos a Grémio Sertanense, uma agre-
miação modelar, com a sua sede própria, onde
não falta um belo teatro, uma recheada bibliote
ca, um lindo museu, etc. Não é só o que fica
dito que valoriza o referido Grémio, são tam-
bém os seus: 5 anos de desafogada existência,
que representam imensos sacrifícios dos devota

“dos sertanênses que têm passado pela sua direc-

Cão. Sr
“Além do Grémio, temos o Sertanense Fo-

tem, progredido dia a dia, tendo últimamente
lançado. mãos a uma louvável iniciativa, que é
a sua Terra com algumas. dezenas de figuras.

Mas falta-nos falar da União Filarmó-
nica Sertanense e da Associação dos Bombeiros
Voluntários da Sertã; a primeira tem exercido,
desde a sua fundação um papel importantíssimo na
propaganda -da Sertã, estando a actual direcção

-empenhada.na sua completa reorganização, para
er cumprir a sua missão; a segunda

Sp

 

sendo a mais humanitária das associações orga-
nizadas, não- se encontra em estado de poder
cumprir o seu papel com eficiência, pois tudo lhe

“falta, por isso seria humano que todes os filhos

da Sertã lhe prestassem o seu auxílio conforme
as suas posses.

o

“Vem isto de improviso pata apoiar a ini-

Ê

“ciativa em marcha — fundação da Casa da

Sertã, em Lisboa -—-a qual tem sido debatida
com entusiismo nas colunas dêste semanário e
merece o carinho de todos os sertanenses resi-
dentes em Lisboa

“Como já referiu o Director do referido se-.

manário no editorial de sua autoria, inserto no
n.º 189, temos aí bem perto da porta, vizinhos

– mais pequenos que nós, que têm o orgulho de

terem em Lisboa a sua Casa ot o Seu Grémio …
E, nós continuamos de braços cruzados e om-
bros encólhidos, «à espera da ultima moda»,
como dizia Bocage nas suas afamadas sáfiras.

Continua na 4.º pagina)

 

eos ad lápis

 

NOUTRO logar publicamos

o edital da Intendência
de Pecuária de Castelo Bran-
co, que torna obrigatória a
vacinação. anti-rábica dos cas
ninos no nosso concelho.
“4 vacinação terá logar no
decurso do próximo mês e é,
sem dúvida alguma, a medida
muis radical que se podia
adoptar contra o aparecimens
to da. raiva, ilagelo pavoroso
que em várias terras do País
tem causado sérias preocupa-
ções pelas suas. possíveis e
imediatas cosegiências, além
de grandes prejuizos de ors
dem material.
| Deve-se ao .sr. Inspector de
Sanidade Pecuária dêste con-
celho o estabelecimento obri=
gatório da vacinação dos ca-
niídeos.

A Da

POR especial interêsse que
nos merece —- e que iguala

mente deve merecer a todos os
naturais do concelho da Sertã
residentes em Lisboa — publi-
camos hoje, em fundo, dois ar»
tigos que tratam da criação da
Casa da Sertã naquela cidade.

Reduzido número de patríi-
cios se manifestou, até hoje,
acérca da fundação do orga-
nismo que, em Lisboa, pode
fazer a melhor defesa e pro-
paganda da nossa terra e do
concelho de que é sede; o facto
sósepodeatribuira indiferença
ou ao convencimento de que q
Casa da Sertã não tem qual-
quer utilidade!

E’ um êrro manifesto pens
sar assim. E

A Casa da Sertã em Lisboa,
cooperando estreitamente com
a Casa das Beiras, se vier a ter
a dedicação ilimitada de todos
os conterrâneos, traduzida no
apoio moral e no auxílio ma-
terial indispensáveis, se tiver
a guiála, em seus primeiros
passos, a vontade tenaz da-
| quêles que possuem inteligên-
“cia, tacto e espírito de bairris=
mo, se depois, for amparada
por todôs que votam à sua ter=
ra algum amor e carinho, pos
de ser e virá a ser, sem dúvida,.
o bastião forte e altivo a unir
tôda « gente do nosso conces
lho, conguistando, para éle,
a série de aspirações legítimas
que lhe devem marcar posição
de alta valia entre outros con=
celhos vizinhos, mais progress
sivos, mas menos ricos e po-
pulosos, E

Se querer é poder, a colónia.
do concelho do Sertã em Lise
boa alcançará um trianfo no
dia em que meter mãos à tare-
fa da fundação da sna Casa;
mas, para isso, precisa de se
insuflar daquêle entusiasmo e
brio pessoal que não sosso:
bram com os reveses, compes
netrando-se de que a tenaci-
dade e a coragem são atribu-
“tos indispensáveis para reali
Zar grandes obras. .

– (Continua)a reali
Zar grandes obras. .

– (Continua)

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A Comarca da Sertã

MINISTERIO DA AGRICULTURA:
Direcção Geral dos Serviços Pecuários

 

Vacinação anti-rábica dos cáis

Doutor Simplício Barrêto Ma-
gro, médico veterinário e Intens
dente de Pecuária do distrito de
Castelo Branco :

Usando da faculdade que me
é concedida por Dacreto-lei n.º
29.441, de 11 de Fevereiro de
1939, hei por bem determinar o
seguinte:

1.º—E? estabelecida a obriga-
toricãade da vacinação anti-rábis
ca dos caninos no concelho da
Sertã.

2.º—Os donos ou responsáveis
pelos cães com idade superior a
4 meses davem apresenta-los no
local, «dia e bora abaixo mencios
nados, a-fim-de serem vacinados,

3.º E* encarregado do servi-
ço da vacinação o Veterinário
Mnnicipal.

4º–Só podérão ser emprega-

das vacinas com as caraoterístis,

cas e na dose constantes do aviso
publicado no «Diário do Govere

 

no» n.º 86, 1,2 adria, de 13 de
Abril do corrente ano.

5.º—As licenças municipais de
posse e circulação de caninos não
podem, no próximo ano, ser cone
cedidas sem a apresentação do
boletim de vacinação ou do ates=
tado a que se refere o n.º 7.º.

6.º—No acto da vacinação é
contra o pagamen OQ da taxa de
6500, será entregue ao dono ou
apresentante do animal vacinado
um boletim de vacinação, que ha.
bilitará o seu possuidor à con
cessão da licença camarária de
cãis e a provar que cumpriu as
disposições legais relativas aque-
la medida profilática.

7.º—No caso da vacinação ter
sido feita por médico veterinário
escolhido pelo interessado, é nes
cessário a apresentação do res-
pectivo atestado devidamente vi-
sado pelo Íntendente de Pecuária
ou pelo Veterinário Municipal |

elpsosido, para os fina expostos
na última parta do n.º 6.º,

8.º-—Ds futuro, todo o canino
que der entrada no concelho da
Sertã deverá ser vacinado no
prazo de 10 dias, salvo se pro»
vier de concelho onde também a
vacinação tenha sido feita no
mesmo ano, ficando então o dos
no obrigado a comprova-lo pela
apresentação do documento coma
petente.

9º—As tranegressões ao dis-
posto neste Edital aerão punidas
com a multa de 30400 a 100$,
* acrescida do adicioval de 20 */,
nos termos da lei 1 001,

10,º— Os agentes que levantas
rem os autos participarão em
26 º/, do valor das multas, cons=
tituindo o restante receita do
Estado.

11,º— Os autos de transgressão
serão enviados so Intendente de
Pecuária, a quem compete fixar
a importância da multa.

 

FREGUESIAS LOCAIS DE VACINAÇÃO DIA MÊS HORA
Sertã, . – | Sertã (matadouro municipal) | 3,5 e 8 Julho das 15 às 18
Sernanhe do Bomjardim : Sernsche do Bomjardim (mas
tedouro municipal) 3e5 » » 99. 14
Nesperal. . . « .- «| Nesperal 8 » » 9»14
Ermida cs ata | Ermido 9 » » 15 » 18
Figueiredo . à o e «| Figueiredo 9 » » 10 » 13
Cabeçudo. . +. . « «| Cabeçado 10 » » 9»10
Castelo ,. . E é o «| Castelo 10 » » 15 >» 17
Cumeada ds es Comenda 12 . » 14 » 16
Palhais 5, a ca] Palhuio 12 » 2 10 >» 18
Pedrógão Pequeno, . – «| Pedrógão Pequeno 15 » » 10 » 13
Carvelhal, . – E – «| Ramalhos 15 » » 15 » 17
SBrovisgul soe a jo Lróvisoal 17 > >» 10 » 18
Várzea dos Cavaleiros. . .| Varzea dos Cavaleiros 17 DO » 15 » 17
Marmeleiro . : : É | Marmeleiro 29 o >» 10 »

 

Castelo Branco, e Intendência de Pecuária, 12 de Junho de 1940,

E’ amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amig s que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.

 

CINE- TEATRO TASSO

Hole, 5.º feira, 20

à PÁTRIA FILMES, LD.º, de Lishoa apresenta o
empolgante filme de CLAUDE MEYMAN

Terra de Ninguém

 

Uma obra que excedeu tôdas as ex-
pectativas pela sua acção dinâmica»
electrizante e originalíssima,

“A luta travada entre dois homens
dentro de um «tank»,

As terríveis visões da trincheira.

Ordem do espectáculo: Vindimas,
Mickey no circo, A mulher e o despor-
to, Orquestra Rubinof e Terra de Nin-
guém,

BREVEMENTE |

Abuso de confiança — Circo Barlay —

Sonho de uma noite de verão — Fogo

— Hora de tentação (todo falado em

português) — Três raparigas modernas
— Avôzinho,

efe Eb pag

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na * «Comarca
da Sertão,

tia

ANUNCIO

1 Publicação

 

Faz se saber que no dia

6 do próximo mêz de Julho,

pelas doze horas, á porta do
Tribunal Judicial desta co-
marca se ha de proceder à
arrematação em hasta públi-
ca de: O direito e acção à
quarta parte d: uma terra
de semeadu. a, sita à Lamei-
ra, limite dos Escudeiros,
freguesia de Sernache de
Bomjardim, inscrita na ma-
triz sob o art.º 2079, indivi-
so, à cuja quarta parte cor-
responde o valôr matricial]
de dusentos e sessenta e
quatro escudos, preço por:
que vai pela primeira vez à
praça.

Penhorado na execução
por falta de pagamento de
multa, imposto de justiça e
acrescimcs legais, em que é
exequente o Ministério Pu-
blico e execu.ado Joaquim
da Costa Ferreira, do logar
dos Escudeiros, freguesia de
Sernache de Bomjardim,
desta comarca. .

Sertã, 12 de Junho de 1940.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.”,

 

Armando António da Silva .

0 Intendente do Pecuária,

(az) Simplício Barrêto Magro

TT =

Se V. Ex.º está compra-
dor de Carnes de Porco,
verdes, salgadas, fumadas

consultar os preços da
SALSICHARIA DA BEIRA

DE =

SIMÕES & PIRES, k.ºº
Praça da Republica- Sertã

==

13).

e ensacadas, não deixe de

DE

 

aaa

OS ESTABELECIMENTOS

Entónio da Silva Lourenço
«e: São os que mais barato vendem e maior sortido têm :::

Intendência de Pecuária de Castelo Branco ER RUA CU nê

 

Lote «Família» Lote

kilo 5400

Fazendas de algodão, lã, linho

 

 

Ferragens, adubos, louças de vidro e ca
canalizações, manilhas, etc. — Adubos

 

TESE E

kilo 8800

Finissimo aroma do CHÁ LICUNGO delicioso naladar.
Kilo 50$00 — Desconto aos revendedores

n.º 1 Lote «Extra»

kilo 12800

e sêda — Sortido completo de

mercearias de 1,º qualidade — Papelaria, miudezas e pai
: outros artigos — Depósito de tabacos e fósforos :

ERR e amam > E
mas de ferro — Materiais de construcã
«Nitrophoska» da Soc. de Anilinas, Lda 5

 

Peso liquido em pacotes de origem, dêsde 1$00 |

CV e

Corrêspondente da Companhia de Seguros PORTUGAL PREVIDENTE. e do
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Faça a expedição das suas
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SERNACHE L.’, que lhc
garante a modicidade de
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e a certeza de que elas che-
gam ao seu destino sem o
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Consulte o nosso escritó-
rio em Sernache do Bomjar-
dim e qualquer dos nossos
agentes do percurso de Lis-
boa à Sertã, em Proença-a-
Nova, Oleiros, Alvaro e Pe-
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Sernache, 4; Pomar 70; Sir
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Exames de Instração Primária

Pouco falta para os exa-.
mes de instrução primária.
Convém aproveitar o tempo.
o melhor possível.

Nesta Redacção indica-se

um professor particular ha-
bilitado. |

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Norberto Pereira

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Rua Aurea, 139 2ºD.º ,
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– da região de
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são vendidos no máximo da pureza,
nor serem seleccionados escrupu-
losamento da produção própria
As boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa

 

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AVENIDA ALMIRANTE REIS, 62-H- TELEFONE 40508.

0s Tiísgimos ASEIC

 

DS

AZ SERRA

 

Horário da carreira de Passageiros entre Castelo Branco (gst.) e Sertã
“CONCESSIONARIO Companhia Viação de era, Ld.’

 

Chegada | Partida Chegada | Partida.
o Branco (estação) . . 9,00 | Sertã . Grs me 1530.
Castelo Branco +. . +… 9,05 915 || Moinho do Cabo. a a a cl 10,90, oO.
Taberna Sêca. . . | 9, ’35 9,35 || Vale do Pereiro pa 15,50 | 15,50.
Cabeça do Infante. . . . 9, sa 9,55 || Moinho Branco . . si loDo TOS:
Sarzedas… ms = | BOO0 | 10,10 | Proença a Nova é . «| 16,15 | 16,26
Monte Gordo aim | 10,28: | 10,25 | Sobreira Formosa, . . «| 16,50 | 1700
Catraia Cimeira . . . .| 10,40 | 10,40 || Catraia Cimeira =. = 17,20 1 17,20
Sobreira Formosa. . . | 11,00 | 11,10 || Monte Gordo. . . . 417,35 | 17,35
Proençaa Nova . . . | 11,34 111,45 || Sarzedas. . 17,50 | 18,00
Moinho Branco : «| 12,05 | 12,05 || Cabeça do Infante. 18,05 | 18,05
Vale do Pereiro . , . . 1210 | [210] Taberma Sica. ., . àIS2 1180.
Moinho do Cabo. . . [1215 | 12,15 || Castelo Branco e oi rISdo 18,5 so Ê
DESd a e qjsots = So IBD0 — Castelo Branco (estação) . .| 19,00

EFECTUAM- SE DIARIAMENTE

@@@ 1 @@@

 

– A Comarca da Sertã

O QUE PERDEU
a Alemanha

EM VERSALHES

Em £8 de Junho de 1919 os
plenipotenciários alemães Hermann
Muller e dr, Bell assinaram, em
nom: do su paiz o Tratado de
Versalhes pelo qual a Alemanha
perdia nu Europa :

1º—O; circulos de Eupen e
Mulmedy, que passaram para a
sobsrania belga, a pesar-dos seus
habitantes terem declarado por es
crito, que queriam ver a totalidas
de daquê’»s territórios sob o do-
ménio alemão.

2º—0O território do Morenest
Neutro, que passou imediat mente
para o poder dos beigas.

3º —A Alsácia e a Lorena, ane-
gadas pelu Alemanha pelo Trata-
do de Francfort, de 10 de Maio de
1871.

4º— À cidade de Dantzig e uma
faixa de território (o célebre cor-
redor paluco) que ligava o Báltico
a Vursóvia e dava 104 quilómetros
de litorol ao puiz renascido, cuja
independência os aliados assegura-
ram.

5º-Tôdas as conquistas feitas
durante au querra à Rússia e san:
cionadas pelo tratado de Brest Lia
towsh.

Assim o Império Alemão, ficou
limitado às seguintes fronteiras:

1º-Do lado da Bélgica: a li-
nha fronteiriça passou para nor
deste do território do Morenest
neutro,

2º-D»> lado do Luxemburgo: a
linha fronteira de 1914 até à frona
teira francesa de 1870.

. 8º =D» lado da França: afron-
teira anterior a 1871.

4º—D» lado da Suiça: não ho
ve alteração. ;

5.º— Do lado da Austria: a li
nha fronteiriça 1914 desde a
Suiça até à Checoeslovaquia,
6º Do lado daChecoeslovaquia:
“a linha de 1914 (antigo império

– Austro Hungaro) desde o antigo

limite da Boémia e da Alta Aus
tria até à Silésia austriaca. E
“7º-Do lado da Dinamarca: «
mesma fronteira, menus os duca
dos de Slesvig e Holstein,

8º—Do lado da Prússia Orien-
tal: o corredor da Pomerania (cor
redor polaco) que foi dado à Po
lónia.

Desde o advento do Chanceler
Hitler ao poder, a Alemanha mis
litarizou a Renânia; ocupou, por
plebiscito, o território da bacia
mineira do Sarre; anexou a Aus
tria, a Checoesl yuquia e o terri

“tório de Memel, ao norte da Prús-
sia Oriental, A actual guerra, co-
mo se sab: foi provocada pela in-
vasão dos exércitos germanos na
Polónia, Hitler pretende recuperar
Dantzig e a Pomerania, e; de co
laboraçã com os russos destruiu
o Estado polaco, tal como fot cria-
do em Versalhes, À Alemanha que

re as suas antigas fronteiras; a.

Rússia deseja v ngar se da derrota
que Trot-ki sofreu às portas de
Varsóvia derrota que, segundo
últimas declarações de Rádio Mos

covo, «impediu a propagução das,

ideias comunistas na Europa»
rose E:
A situação da Imprensa

Começa a tornarsse angustios
sa para os jornais a importação
do papel, que sofreu aumento
superior a 200º/,. Não se conhe-
ce mercadoria que mais (tenha
encarecido.

A Suécia, a Noruega e Fin
lândia deixaram de exportar li
mitando o seu fabrico ao míni-
mo possível. Restam o Canadá
e os Estados Unidos, que, aten-
dendo aos perigos da navegas
ção, se fazem pagar pot preços
incomportáveis.

As fábricas nacionais ?

Produzem «ao ralenti» e care-

cem de pasta de papel. Éste pro-
blema, como se vê, apresenta-se
com tão iuins perspectivas que,
a não se tomar uma solução sa-
tisfatória, dentro em pouco estas
rão na miséria centenas de tra-
balhadores que vivem das artes
gráfica ou da pequena Imprensa,

 

 

Portugal no Estrangeiro

Tôda a imprensa francêsa se
tem referido com júbilo à desi-
gnação do Sr. ANATOLE DE
MONZIE, Ministro das Obras
Públicas, para na -qualidade de
Embaixador Extraordinário re-
presentar o Govêrno Francês
nas festas comemorativas dos
Centenários.

Grande número de jornais a-
proveitam a ocasião para recor-
dar a tradicional amizade luso-
-francesa e O facto de se encon-
trar a Casa de Borgonha na
origem da fundação do Reino
de Portugal em 1139; recordam
igualmente que o Cardeal de
RICHELIEU se interessou pro-
veitosamente pelo movimento
restaurador de 1640, e, finalmen-
te, aludem à fraternidade de are
mas franco portuguesa durante a
última guerra,

$ Ê

O grande semanário francês
«Les Nouvelles Litteraires» pu-
blicou um interessantíssimo arti-
go do seu director. FREDERIC
LEFEBRE, intitulado «Nos A-
mis Portugais» que, constitue
um brilhante estudo das rela-
ções intelectuais luso-francesas,
traçada a propósito dos livros
«Capital do Espirito» de LUIZ

 

FORJAZ TRIGUEIROS e «Bi |

bliografia Franco-Portugue-
sa» do Dr. BERNARDO COU-
TINHO.

Nêsse estudo crítico, que ocu-
pa três colunas do jornal, FRE-
DERIC LEFEVRE refere-se lar.
gamente às comemorações cen-
tenárias, às celebrações do cen-
tenário de RACINE há pouco
efectuadas em LISBOA e ao
«eco profundo que tem em Por-
tugal a vitalidade francêsa». Re-
ferindo-se ao livro de FORJAZ
TRIGUEIROS, escreve que cho-
je, mais do que nunca, a defesa
do Espirito e a defesa do Oci
dente», o livro do dr. BERNAR.-
DO COUTINHO merece – lhe
tambem uma larga e inteligente
análises

FREDERIC LEFEBRE termi-
na o seu artigo com palavras de
elogio para a actual situação de
ressurgimento do nosso País,

PIN

“>

M.”º GISELLE D’ASSAILLY,
ao chegar a PARIS de regresso
do nosso País, publicou na re-
visla «Front Latin» um artigo
em que acentua o interêsse para
o estreitamento das relações in
telectuais luso-francesas da ceri-
mónia do doutoramento «hono-
ris causas na Universidade de
COIMBRA do dr. FLICHE, de-
cano da Faculdade de Letras de

MONTPELLIER e do ciclo de

conferências do Instituto Fran-
cês de LISBOA.

OO
i Pedaços de Oiro

O PEDIR

Não há coisa que tanto repugne
os homens como o pedir. E” tal
esta repugnância, que nem o san-
gue a modera, nem o amor a facili-

que é mais, a vence. Deixar é
grandeza, pedir é sujeição: dei-
xar é desprezar, pedir é farzer-
se desprezado ; deixar é abrit
as mãos próprias, pedir é beijar
as alheias: deixar é comprar-se,
porque quem deixa livra-se; pe-
dir é vender-se, porque quem
pede cativa-se; deixar, finalmene
te, é acção de quem tem, pedir é
acção de quem não tem. E tanto
vai de pedir a deixar, quanto vai
de não ter a ter.

À palavra mais dura de pro-
nunciar, e que, para sair da bôca
uma vez, se engole a fogra mui-
tas, é peço. Finalmente, é sen-
tença antiquíssima de todos os
sábios, que ninguem comprou
mais caro que quem pediu. Quem,
para dar espera que lhe peçam,
vende: e quem pede, para que
lhe dêem, compra, e pelo preço
mais caro e mais custoso.

P* António Vieira

 

Sermões, vol, 1

ta, nem ainda a mesma ambição,

 

Luz Electrica

Sertã, 17 de Junho de 1940.
Ex.”º Sr. António da Costa,

 

Gerente da «Electrica Sertagi-| |

nense»
Sertã

Pessoas categorisadas têm fei-
to constar que a «Electrica Ser-
taginense» não fornece luz de-
pois da 1 hora, por virtude de
oposição da Câmara.

Há dias, um distinto médico
da localidade confirmou ao Pre-
sidente da Câmara o facto, tor-
nado público, ao que se diz,
por V. Ex.º.

Não é verdade que a Câmara
se oponha a que a luz electriça
se prolongue por mais de uma
hora, ou vá mesmo até ao raiar
do dia, se a Empreza assim O
entender sem aumento de des-
pesa para a Câmara.

Pelo contrário, se o contrato
vigente permitisse obrigar a Em-
preza a fornecer luz além da 1
hora da manhã, tenha V. Ex.*,
e tôda a população, a certeza de
que a Câmara obrigaria a cum-
prir o contrato.

À bem da Nação.
O Presidente da Câmara

Carlos Martins
POD e

Inspecções Militares no Con
celho da Sertã

À inspecção dos mancebos re-
censeados no corrente ano pelo
concelho da Sertã tem logar no
próximo mês de Julho, em dias
que passamos a designar :

4 — Cabeçudo, Castelo, Pa-
lhais, Cumeada e Nesperal, |

5 — Sernache do Bomjardim,
Carvalhal, Ermida e Figueiredo.
6 Seul :

8 — Marmeleiro, Pedrógão Pe-
queno e Troviscal,

9 — Várzea dos Cavaleiros e
sorteio para a Armada.

«taipa
Festa do S. Coração de Jesus

Realiza-se no próximo dia 23,
na igreja matriz da Sertã, a fes-
ta do S. Coração de Jesus, ha-
vendo comunhão geral. das crian-
ças, missa cantada, sermão e
procissão.

Reveste-se sempre de grande
solenidade, afluindo à Sertã mui-
tas centenas de fiéis.

— COP
Assuntos Militares

Foi determinado superiormen-
te que os trabalhos das Juntas
de Recrutamento Militar tenham
início em 16 de Junho e estejam
concluídos inpreterivelmente até
15 de Outubro.

Os indivíduos residentes fora
da área do distrito do recruta-
mento em que foram recensea
dos, podem requerer até 30 do
corrente ao comandante da re-
gião a que pertencer o distrito,
para que lhes permita serem ins-
peccionados na respectiva junta
com os recenseados pela fregue-
sia da sua residência.

Os requerimentos acompanha
dos da cédula do recenseamento,
deverão ser deferidos desde que
consta, por meio de atestado
pessado pela junta de freguesia
em que os requerentes residirem,
que êstes têm ali domicílio há
mais de dois meses.

Só podem ser destinados ao
serviço da Armada os indivi-
duos que tenham sido apurados
para todo o serviço militar e com
a altura minima de 1,760, saibam
ler, escrever e contar, sejam
solteiros e sem encargos de fa-
mília.

Findos os trabalhos da inspec-
ção sanitária e de alistamento
em cada concelho ou bairro, pro-
ceder-se-á a dois sorteios para O
serviço da Armada,

 

CRÓNICA DA SEMANA

A GUERRA

Impressionante, verdadeiro co-
movente, foi o apêlo há dias
feito pela sr.º Ministra da França
em Lisboa às mulheres portu-
guesas em benefício de mais de
5 milhões de refugiados que em
França padecem as maiores mi
sérias.

Convencidos de que alguns
benefícios prestamos a tantos
desgraçados, vitimas do flagelo
mais horroroso que a Humani-
dade até hoje conheceu, publica-
mos a alocução da sr.* Ministra
da França e oferecemo nos para
enviar ao seu destino roupas ou
donativos daquêles que, tendo
bom coração e houverem lído
ou ouvido o apêlo, avaliam o
infortúnio de muitos infelizes
que sofrem as maís horríveis
torturas. o

«Por isso eu venho pedir a
tódas as mulheres portugue-
sas, a todos os corações de
Portugal — aos quais a Cruz
Vermelha Francesa tanto agra-
dece já mil provas de incom-
paravel generosidade — que
hoje, aàmanhã, rapidamente
para acudir a tantas desgru-

ças, me mandam tudo o que:

lhes sobejar nos seus lares, e
mesmo alguma coisa que pos-
sa fazer-lhes falta, Nada do
que deram para os refugiados
será inutil. Tudo quanto sair
dos vossos lares irá minorar
a angustia duma criança que
tem fome, o desespero duma
mulher que chora lagrimas de
sangue, o luto inconsolavel de
milhões de inocentes sem lar,
que só poderão agradecer-vos
com as suas bençãos.

«Sei bem como são sublimes
as mulheres de Portugal. Por

isso me dirijo a tôódas e a tô-

das digo do fando do meu co-
ração que, para receber a dá-
diva mais valiosa ou mais hu-
milde de qualquer portugue-
sa, destinada aos refugiados,
estão desde hoje abertas de
par em par, com igual grati-
dão, as portas da Legação de
França».
15 6-940,

ros

«Casa da Sertã» em Lisboa

(Organização)
«Grando excursão»

 

À comisaão organizadora, re-
solveu, a pedido de numerosos
conterrâneos, promover uma ex-
cursão que se realiza no dia 21
de Julho, próximo com o seguin-
te itinerário.

Partida de Lisboa, sábado, dia
20, pelas 11,30. Chegada a Serna-
che, cerca das 7,30. Partida para
os Ramalhos meia hora depois da
chegada. Seguindo-se um ex-
plêndido almôço, que será no
campo, numa das propriedades
do Sr. Joaquim Nunes Pequeno,
nosso conterrâneo e amigo.
“Terminado o referido almôço,
partida para Pedrógão Pequeno,
fazendo-se algumas visitas às
suas lindas paisagens, entre ese

tas o Cabril,

Seguindo dali para a Sertã,
visitando os Paços do Concelho,
e cumprimentos às autoridades
locais.

Visitando-se, em seguida, o
Hospital e mais colectividades e
alguns pontos pitorescos desta
encantadora vila da Beira Baixa.
E=Cerca das 6,30 será servido
um jantar por uma das melhores
pensões desta vila.

Partida para Lisboa às 11 ho
ras; chegada a Lisboa de ma-
drugada.

A aquisição de bilhetes para
esta excursão pode ser feita pelo
telefone N.º 47624, ou na R.
Castelo Branco Saraiva, n.º 36;
o preço é de 72850, incluindo al-

moço e jantar,

Lisboa, 17 de Junho de 1940.
– À Comissão.

 

Trmnsportes em Antoimóveis

O conselho Geral do G. I. T.
À. estabeleceu as tabelas de pre-
ços mínimos dos transportes em
automóveis na parte aínda não
regulada.

Para os carros ligeiros foi fixas
da a seguinte tabela:

Serviços até 100 quilómetros :
automóveis de 1 a 3 passageiros,
cada quilómetro, 1$00, idem de
4 a 5, idem, idem, 1310; idem de
6.a 8, idem, idem; 1820. Servi-
ços além de 100 quilómetros :
automóveis de 1 a 3 passageiros,
cada quilómetro, $90; idem de
4a 5, idem, idem, 1300; icem.
de 6 a 8, idem, idem, 1$10.

Os serviços até 60 quilómetros
terão direito a um minuto de es-
pera gratuito, por cada quilóme-
tro percorrido. Nos serviços além
de 60 quilómetros, o tempo de
espera gratuito será de 2 minu-
tos por cada quilómetro percor=
rido, Em ambos os casos, o:
tempo excedente será cobrado à
razão de 5800 por cada meia ho-
ra ou fracção. As despesas de
passagens nas pontes e travessa
sias de rios são de conta do:
cliente. dado

Como informação complemen-.
tar, o Grémio avisou os sócios.
do seguinte: quando as posturas
municipais imponham preços su.
periores às tabelas, não poderá
aplicar se o preço da tabela se-
não fora do concelho, sendo de
aconselhar que, mesmo fora do
concelho, os mantenham, pois se
trata de preços mínimos.

et 0) td

PARECENÇAS.

Em que se. parece um funcio-
nário público do nosso concelho
com o Marquês de Pombal ?

Um doce a quem descobrir |

eta 0) pap
Exercícios da «Legião» .

O núcleo local da «Legião
Portuguesa», do comando do sr.
António Alves Murinheira, tem
intensificado os seus exercícios
nas últimas semanas. e

 

ANUNCIO

(1.º Publicação)

 

Faz-se saber que no dia 6
do proximo mez de Julho,
pelas 12 horas, à porta do
Tribunal Judicial da comar-
ca da Sertã, se ha-de proce-
der à arrematação em hasta
pública e pelo maior preço
oferecido acima do seu valor
o predio seguinte.

Uma terra de cultivo com
oliveiras e videiras, no sitio
da Barroca da Oliveirinha,
limite de Aldeia Cimeira,
freguesia dos Montes da Sem
nhora. Vai pela primeira vez
à praça no valor de mil citen-
ta e seis escudos e oitenta
centavos. (1.086580).

Penhorada nos autos de
execução por custas e selos
que o Ministério Publico
móve contra João Ribeiro
Fernandes, casado. proprie-
tário, norador em Aldeia Ci-
meira, freguesia dos Montes
da Senhora, e que correo eus
termos pela primeira secção
da secretaria judicial da cc=
marca de Castelo Branco,
de cujo processo se extraiu
a competente carta pecato-
ria para arrematação. |

Sertã, 13 de Junho de-1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
ângelo Soares Bastos :;

@@@ 1 @@@

 

bic, E mea

| À Comarca da Sertã

 

SOMA E SEGUE… |

A Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno
opõe-se, resolutamente, ao desrespeito pe-
los direitos da população da pacata vila,

Uma grande parte da população-de
Pedrógão Pequeno, se não a quasi to-.
talidade, encontra-se justamente preo-
capada com mais um atentado contra
os seus direitos, Não estão êles ex-:
pressos no texto de qualquer diploma:
legal, mas são, para todos os efeitos,
de natureza consuetudinária, São, pois,
impostos pela prática ou costume fir-
mado e conquistado através de ge-
rações, j

Os interêsses de carácter particular
podem e devem ser respeitados, com-
preendem-se, justificam-se e são mes-
mo defensáveis dêsde que não cólidam

“com os comuns, com aquêles, precisa-

o:

mente, que tocam à maioria de uma po-
pulação. O bem da comunidade tem de
sobrepor-se ao estritamento individual;
o contrário representa uma iniquidade
absurda e inqualificável,

Por vezes, ainda os interêsses par-
ticulares conciliam-se com os gerais ou,
por outra, os primeiros adaptam=se aos
últimos, sem que êstes sofram a mais
pequena quebra.

“Não é êste, nem por sombra, o caso.
de agora,

O facto que passamos a relatar me-
rece toda a atenção dos habitantes de
Pedrógão Pequeno. Eles estão a par do
que se pretende fazer: espesinhar, vo-
luntãriamente, regalias que devem ser
tomadas à conta de sagradas, porque
são, indubitavelmente, legítimas.

Porque assim é, nós não receamos
juntar os nossos protêstos ãos dêsses
habitantes; protêstos dentro da ordem,
sem ruídos escusados, evitando con-
flitos inúteis, mas feitos desassombra-
damente, com firmeza e na convicção:
de que as entidades competentes, em
seu próprio, prestígio e como intérpre-
tes da justiça e de uma razão bem fun-
damentada, não deixarão consumar um
acto que prejudicaria muita gente em
benefício de um único indivíduo,

A Junta de Freguesia de Pedrógão
Pequeno teve conhecimento, em prin-
cípios de Fevereiro findo, de que, na-
quela vila, se haviam afixado editais em
que se comunicava aos interessados
que Gustavo Perfeito Sequeira Alves
requerera determinadas obras de nam
tureza hidráulica à Direcção dos Ser-
viços Hidráuiicos respectivos. Indagan-
do o que se passava, compreendendo
que estavam em jôgo os interêsses ge-
rais da população, cumpria-lhe tomar
tôdas as medidas ao seu alcance para
obstar ao atropêlo que-se preparava
na sombra. e do qual só tivera conhe-
cimento indirecto, E E

Assim, reúnida em sessão extraor-
dinária no dia 11 daquêle mês, a Junta
apreciou detidamente o plano das obras
em projecto e, compenetrada de que
elas viriam a causar prejuízos graves
a tôda a população, deliberou fazer o
seu protêsto junto de quem de direito.

Notasa lápis

 

 

– (Continuação)

– O assunto está na ordem do
dia.

Os membros da colónia do
concelho da Sertã em Lisboa,
continuam a ter a palavra.

A o

« OS maiores impérios no au-

ge da opulência decaem
dum para ontro momento,
desfeitos em pó diante dos que
lhe sucedem. Egípcios, assi-
rios, babilónios, médos e per-
sas, hoje dominam, lançando
ferros às nações humilhadas,
e âmanhã sucumbem, receben-
do-os. Mas do meio das gentes
armadas, que se atropelam
disputando a grandeza, o Se-
nhor separa o seu povo e con-
fia-lhe o dogma da unidade
divina, base da antiga lei».

«A idolatria ea impiedade
debalde rodeiam de tóda a par
te a raça eleita, corrompendo
“lhe algum ramo fraco: não
conseguem nunca extinguir
nem alterar de todo a pureza
da sua crença».

Secvtado 10. a aê

«As perseguições dos tira»
nos cansam primeiro do que a
firmeza das vítimas».

Rebêlo da Silva (Sec. XIX)
eta) gg
Doente

Tem obtido ligeiras melhoras
nos últimos dias a sr.º D. Ifigé-

Fé-lo, como não podia deixar de ser,
hos prazos e com as formalidades le-
vais. Aa :

De quese trata? |…

Ouçamos a Junta de Freguesia:

«Pelo exame da planta das obras
em projecto verifica-se que são supri-
midos os dois mais importantes e cén-
trais lavadouros públicos dos três
existentes nesta vila e ainda um bebe-

águas seriam necessáriamente desvia-
em realidade. Posto à Junta não assis-,
tao dever de defender os interêsses
de determinados particulares, a verdas
de é que.o número dêstes atingido e
prejudicado. com as obras é tam avul-
tado que a Junta não pode deixar de se
fazer éco das suas vozes, justamente
em razão daquêles representarem um
sector importante da opinião pública
desta: freguesia. tanto sob o ponto de
vista económico como Sob o ponto de

vida ficarem os terrenos duma fparte
deles privados de água durante uma
parte do.ano; enquanto a outra pare
arrisca-se à ver os seus terrenos alam

neste caso verdadeiramente máléfica».”
+ A Junta resolveu:dar conhecimento:
integral destes factos à Direcção dos
Sérviços Hidráulicos de Santarém.

O caso éclato como… água!

Consideremos mesmo que à Giista-‘
vo Alves era concedida licença para as’
obras, salvaguardada a obrigação de
deixar passar a água durante..o estio;,
depois de algum tempo ele deixaria de
cumprir essa cláusula, originando isso,
uma série ininterrupta de conflitos e,
possivelmente, depois, a população.
ver-se-ia embaraçada: para reivindicar,
os seus direitos… E aa a

Segundo o projecto apresentado,
tambem os habitantes ficariam’priva-
dos. de attaveéssar. 0 leito. do ribeiro
com. os seus carrôs ou mesmo de.os
levar às margens; onde vão com. fre-
quencia buscar água ou dessedentar os
animais, porque a levada estabeleéceria
tal desnivelamento no terreno que a
travessia dos veículos ou a sua apro-
ximação das margens tornar-se-ia ina-
cessível. Rd

Estas duas circuntâncias devem,
também, ser consideradas e previstas
pelas autoridades; Cid us.
– Preciso é saber quê a Junta de Fre-
guesia marcou a posição inflexível que
lhe competia e que não se presta a co-

 

| Pela nossa Terra!

menrários menos justos ou a subtilezas
capeiosas. . á O
Se ela, com a sua atitude, se limita
| a defender a população, nem por isso
esta “deixa de lhe ser devedora do
maior reconhecimento e é justo que lhe

– preste todo apoio.

“sos

‘ Pelo nosso Concelho !

 

(Continuação da primeira pagina)

E”, e será um. vexame para

| nós sertanenses andarmos atra-

!zados em iniciativa, pois sendo
a nossa colónia, nã capital, cons-

tituída por algumas centenas de

“membros, dos quais muitos des-

frutavam posições de destaque
em tôdas as actividades da vida

“nacional e sobretudo na vida pú-

blica, por isso está asseguradis- |

sima a manutenção duma futura

agremiação, com uma vida de-

safogada, pa:a estreitar os laços
de amizade entre todos êsses

| sertanenses que trabalham hon-

radamente nesta cidade,
Como atrás fica dito, a Sertã

por isso, preciso será seguir a
tradição nobre e. honrosa que
herdámos de nossos avós e pais.

Fica a palavra à mercê de
quem a quiser tomar, para com
mais acêrto explanar algumas,
considerações que deixo vagas.

Santos Pedro
> «6 x –

Caiações

A Câmara intimou diversos
proprietários a caiarem os seus
prédios urbanos e muros dentro.
da área da: Vila da Sertã até
31 de Agosto próximo.

Uma vergonha! Há então, por
aí, uma. infinidade de casas que
não vêem cal dêsde que Cristo.

 

nia Neves Corrêa e Silva.

velo go Mundo! E

douro – localizados no Ribeiro, cujas.

das no caso do projecto se converter.

vista Social. E” que do desvio no curso
das águas do Ribeiro resultará sem dú-:

-é tradicionslmente regionalista, |

JULGAMENTOS

Em Tribunal Colectivo, presi-
dido pelo sr. dr. Armando Tór-
res Paulo, Juiz.de Direito desta

os srs, drs. Custódio Lopes dé
Castro, Juiz de Direito da co-
marca de Tomar e Joaquim Al-

| ves Tomaz Morgado, 2,º substi-

to do Juiz de Direito da comarca
de Figueiró dos Vinhos, respon-
Heranhe: sastide

Em 5 do córrefite, ‘acisados
pelo Ministério Público, Manoel

deiros, freguesia é concelho de
Proença-a-Nova e Ricárdo Ro-
diigues, de 30 anos, casado, bar
beiro, de Proença-a-Nova, da
autoria do-crime de ofénsas cor-
pórais voluntárias por, no dia 8
de Fevereiro do corrente ano, na
câsa de venda de vinhos de
Constantino Xavier de Carvalho,
se haverem agredido voluntária,
corporal é reciprocamente, caus
sado um ao outro ferimentos
que produziram dezoito dias de

gados e submersos com a abundância, ‘ doença e deixaram (perda de

dentes) deformidade notável e
privação de órgão e lesões veri-

Em 7 do corrente, acusados pes
lo Ministério Público, Lourenço
Antunes da Silva, de 37 anos,
casado, proprietário, do Sobral
‘de Baixo e Armando Luiz Gar-
cia, de 25 anos, casado, comer-

celho de Oleiros: o primeiro da
autoria do crime de bu la pre-
visto pelo n.º 3 do art.º 421.º e
punido pelo n.º 4 do artº 451.º,
ambos do Código Penal, come-
tido nesta comarca, por haver

trinta e três mil escudos, pela
entrega indirecta de dinheiro e

hipoteca — Maria do Carmo e
Seus filhos, António Alves Vi-
cente, Manoel Alves Vicente e
Hermínia de Jesus, da Roda de

Cima, freguesia do Sobral, apro-
veitando-se e abusando do espí-
rito ‘boçal, simplista e entorpe-
cido pur uma inveterada alcooli-
zação dos queixosos lesados, re-
correndo a diversos meios de
persuasão; o segundo réu, da

Visto pelo n.º 3 do art.º 451.º e
punido “pelo n.º 2’do art.* 421.º
do Código Penal citado, por ha-
ver deiraudado os queixosos
Maria do Carmo e filho António
Alves Vicente na importância de
dois mil escudos.

Absolvidos (O sr. dr Arman-
do Tôrres Paulo assinou ven-
cido).

Os réus foram defendidos, o
Lourenço, pelo sr. dr. Nóbrega
Quintal, de Lisboa e o Armando
pelo st. dr. Henriques de Al-
meida, desta comarca.

Comemorações Centenárias
PROGRAMA

‘ Epoca Imperial

 

Junho, 22 — Recepção de cre-
dênciais das Embaixadas extraor-
dinárias das Missões especiais
estrangeiras no Palácio de Be-
lém. Visita à Exposição. 23 —
Missa de pontiiical e acto impe-
tial na Igreja dos Jerónimos em
que usará da palavra Sua Emi-
nência o Cardial Patriarca: exal-
tação do esfôrço civilisador de
Portugal no Mundo. Banquete
no palácio da Ajuda. 24 — Pas-
seio inaugural na estrada margi
nal Lisboa-Cascais. Festas pro-
vinciais do Minho, em Braga e
do Alto Alentejo, em Evora. 25
— Abertura da Exposição de Car-
tográfia Portuguesa no edifício
dos Jerónimos. Serão manuelino
na Tôrre de Belém. 26 — Inau
guração, em Lisboa, do monu-
mento a Pedro Alvaro Cabral,
oferecido pelo Govêrno brasi-
leiro à Nação portuguesa. A

 

noité, preito do Brasil na Expo-
sição do Mundo Português,

comarca, tendo, como adjuntos, |

Farinha Terezo, de 30-anos, sol-.
teiro, jornaleiro, dos Casais Fun-

ficadas na pessoa de Ricardo:
| Rodrigues. Absolvidos.

ciante, do Sobral de Baixo; con-

defraudado na’ importância de

de títulos—escrituras de venda €

autoria do crime de burla pre,

 

fia assquentas

iai

Impressões de viagem de Kisboa a huanda

 

[ED ELO convez e tombadilho
do navio vai uma contu-
são de mil e cinco bugi-
gangas, rendas, bordados e mo-
bilia de verga, para vender àos
passageiros, mas nota se pouca
animação e fracas transações. A’
medida que se vai aproximando a
hora da partida vão reduzindo o
preço dos objectos expostos, até
um limite mínimo fixado, e só
quási à última hora conseguem
fazer algumas vendas e assim
mesmo paticas.
Com o sinal de partida do va-
por, tôda aquela gente começa a

 

mas os mais teimosos quási que
têm de ser postos à força fóra do
navio e não largam os passagei-
ros. para que lhe comprem qual.
quer coisa, Já nos barcos que ós
hão de conduzir a terra ainda
gritam para os. passageiros a re»
gatear OS preços e se por ventura
chegam a acôrdo, Sobem lestos

objecto acima.

Da parte do públlico também
há muitas vezes uma falta de
compreensão e noção do valor da
mercadoria, dando de si uma tris-
te impressão. Por uma coberta
para cama, que era uma marayvi-
lha de pericição e bom gosto,
lindamente bordada, um vendedor
pedia 5,0008000 e por uia toalha
de mêsa nas mesmas condições
esc. 3.500300. Pois um passageiro
qualque: teve o desplanto de ofe-
recer 500800 por cada uma!! Com
um sorriso iiónico o homem agta-
deceu a Oferta, mas lá para si
deve têr feito um péssimo con-

queles dois objectos dava que fa.
zer a uma bordadeira durante Seis
mêses e assim deve ser a avaliar
pelo trabalho complicado e pa-
ciento que os seus multiplos de-
senhos ievelavam e que são todos
feitos à mão.

A’s 17 30 horas o «Niassa» lé-
vanta ferro para a maior tiragem

deira a S. Tomé, ou sejam perto
de 3.000 milhas — coisa parecida
com 5.556 quilômetros —dez vezes
o comprimento de Poítugal, de
Faro a Melgaço.

“E” a etapa mais aborrecida,
não só por ser a mais lónga co-
mo também por não escalar nen-
hum porto e ratâmente-se avistar
terra; mesmo a distância. Depois

Ide se despedir da terra com os

silvos do estilo o vapor. faz-se
ao mar largo, vomitando uma
grossa coluna de fumo negro p2-
la enorme chaminé. As suas for-
nalhas queimam diáriamente entre
TO a 100 tone ladas de carvão de

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* AGENDA *

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Estiveram: no Roqueiro (Pes
drógão Pequeno), os srs. Are
tur Antunes Morgado e Fer»
nando Antunes e, na Sertã o
sr. Francisco Pedro de Lisboa.

Aniversários natalícios :

 

23, menina Ifigênia, filha do
nosso Director; 24, João Nu-
nes Damas de Oliveira, Lisboa
e menina Edite Craveiro, filha
do Sr. António Craveiro; 29,
Vergílio Guilherme da Costa,
Inhantomba (Africa Oriental);
26, Joaguim Guilherme, Cabe-

cudo.
Parabens

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura

 

le Castelo Branco

emalar os artigos em exposição,

por uma corda e vem trazer O.

ceito da mentalidade de tal indi-
víduo. Disse ele que qualquer da-

desta caminhada que é da Ma-

Por João farinha Freire Júnior

 

V
(CONTINUAÇOO DO NÚMERO 195)

pedrae a média horária é de 13 à
14 milhas em pressão normal. O
vapor «Niassa» está já bastante vc –
lho, pois a sua construção data ce
antes da guerra de 1914 foi apre.
endido aos alemães em 1916,
quando Portugal entrou na guei-
ra e tinha o nome de «Bulow»,
que ainda se vê escrito nalgun;
objectos de bordo.

O vento sopra rijamente do sul
e o mar está bastante encapelado,
fazendo balciçar o navio como se
ele fosse um brinquedo de crian-
ça. Nova tormenta para os enjoa
dos gue se veem obrigados a re-
colher aos seus beliches. A ilhi
da Madeira, vista do mar, à noi-
te, apresenta um aspecto feeric)
que deslumbra. À iluminação ale –
andorada pela encosta da ilha dá
a impressão de um grande arraicl
em festa. Teem fama as festas de
S. Silvestte em 31 de Dezembro,
que atraem à ilha grande número
de forasteiros, sendo queimado
um vistoso fogo de artifício, além
de outras diversões.

A” medida quejo vapor se afas-
ta, a profusão de luzes vai-se per-
dendo num só f:co, atirando para
o espaço um clarão rubro que
mais se realça em noite escura. O
espectáculo é tão maravilhoso que
muita gente nã» arreda pé da
amurada ficando a contemplá-l»
até se perder de vista.

Volta a cair sobre os passageis
ros amedrontados o pesadelo dos
submarinos pois a zona que vamos
atravessar não deixa de ser peri.
gosa e segundo consta, alguns
submarinos têm sido vistos em
cruzeiro naquelas paragens.

“Entre os passageiros Vai-se es:
tabelecendo confiança e animação
a tal ponto que parecem algun:
serem já velhos conhecidos, tão
animadas são as conversas.

Outros mais refractários ao |
convívio, afastam se timidamente,
mas não tarda que se relacionem
também e passados poucos dias
da partida de Lisboa, tudo aquilo
parece uma família em franca
convivência Entre rapazes e ras
parigas esboçam-se os primeiros
sintomas de namoro, trocam-se
os primeiros olhares de simpatia
e não tarda também que a pai-
xonete se transforme para alguns
em verdadeira estima. Apesar do
vapor levar a lotação» esgotada é
até excedida, nele viajam poucas
rap:zes e raparigas, sendo quási
todos gente casada e alguns sol
teiiões que fizeram fé de celibato.
Os supostos perigos dos subma-
rinos e a guerra, prei cupam quási
tôda a gente de modo que pouco
se divertem, não há alegria fol-
gazã e comunicativa.

(Continua)

Obra de traição

Maurice Thorez, o célebre ex=
“deputado comunista francês,
condenado por deserção, encon-
tra-se na Alemanha, no grã-du-
cado de Bade, havendo informas
ções precisas acêrca da activida-
de que êle desenvolve de acôrdo
com o govêrno alemão e sob à
sua protecção, BE

Se comunismo é sinónimo de
traição não temos que nos admi-
rar que a França esteja agora q
amargar a tolerância com que
tratou tanto traidor.

Bt 6) tap
“Notícias Diversas

Efectuam-se êste mês, na Ser.
tã, as seguintes feiras: franca,
no dia 20 e de S. Pedro, no dia
29.

— O próximo dia 24 é o fe.
riado municipal do concelho de
Oleiros.

— À fôlha oficial publicou uma
portaria que determina a suspen-
são, até 31 de Dezembro, de
certos tecidos de lã e de muitos

 

outros artigos, que constam de
uma longa lista, “