A Comarca da Sertã nº167 16-11-1939
@@@ 1 @@@
Perri
AVENÇADO
é
—— FUNDADOR EfsS am
= Dr. José Carlos Ehrhardt —
Dr. “Angelo Henriques Vidigal.
António Barata e Silva
Eduardo. Barata da Silva Corrêa,
Dr. ore Fo. Corrêa. e E l
O
DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO a
| Emma Barata ola Silva Coreia. | (ip. PORTELA FEUÃO
É – – BaGses . “a
E – E e ICASTELO:
temem REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO. eme IBRANCO
RUA SERPA PINTO- SER” A oe
[TELEFONE
PUBLICA-SE AS QUINTAS raso 112
| “ANO IV | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea a Sertã: concelhos de Sertã |. NSVEM BRO
N.º. 167 | Oleiros, Proença – “Qu soa e fila de Rei e E de Amêndoa e bear (do saalha de fiação); “4989:
Foca a py aee
| Sertã vai, “pouco a pouco,
mudando de fisionomia
com ‘a caiação de prédios e
muros, sendo de esperar que,
para a Primavera. se consiga
ver completamente limpo o que
ainda resta por caiar e que
agora mais se destaca no meio
do aspecto geral.
“A. construção de novos mu-
ros fronteiros à Rua dos Com-
batentes da Grande Guerra e
– caiação doutros próximos dos
Páços do Concelho, o ajardi-
namento e arborização do
Adro, o embelezamento da cur-
va da estrada a Santo Amaro
dão, no seu conjunto, uma
importante e acentuada me-
lhoria ao especto geral da vila
“Há ainda muita coisa a fa-
« Zer, e, entre elas é preciso não
“esquecer a demolição das bar»
— matas sobrepostas é muitas
das habitações da Avenida
Baima de Bastos, que dão
uma impressão lamentável de
desleixo e miséria, a limpeza
£ arranjo da rampa a Santo
Amaro, a caiação das paredes
exteriores do Adro, a cons-.
trução de mictórios. raparação
geral das calçadas e dos pas-
seios da Rua Cândido dos
Reis, etc,
Mas isto, ainda que lenta-.
mente, vai andando e com al-
“guma preseverança e boa von.
tade a cruz leva-se ao calvá-
rio. Não faltando dinheiro,
a Sertã de 1940 deixará na
sombra a velha Sertã e todos
temos que nos felicitar com
iSso.
: =<G4 0) tg
Foi em li de Novembro de
E I9Is que se suspenderam
as hostilidades da Grande
“Guerra, assinando-se a paz em.
28 de Julho de 1919.
“Para o termo mais rápido
ga: luta contribuiu decisiva»
mente ter passado para o ma-
rechal Foch o comando supre-
mo aliado ; foi então que os
Jalemais recuaram,
» Passados 21 anos a Europa
BHEo Rito se novamente em
Buerra, numa situação horri-
vel de desespêro, sacudida por
um. cataclismo tremendo, cu-
-Jas consegiiências são difíceis
de prever. Esmagadores são
os sacrifícios da hora presen .
te; podem êles dar-se por bem
empregados sea Civilização
sair índemne do pleito que se’
“debate, se o Mundo encetar
«nova vida no caminho da Jus-
-tiça. em que a honra dos pe-
quenos e fracos povos não se-
ja espêsinhada.
À geração actual suporta
bem duras e amargas pro=
vações. Eº a geração do sucri-
ficio.
Restará saber se é, também,
a geração do resgate.
—<Gotcd) cg
Os relógios são atrazados
de 60 minutos de I8 para
| 49 do corrente,
,
A
. HOMO
Sam
9,
ars ea pera s comemorações eneáris
maiores, é esta figura, da nossa His-
(Gai muito grande, maior entre os
tória, que Portugal inteiro vai ho- .
menagear. com toda a devoção pa-.
triotica, em 1940, ao celebrarem-se os centenários.
da. Fundação e. Restauração.
Nenhum português poderá deixar, então, de.
se. associar, “com todas as veras, às comemora-
ções, porque “elas são a exaltação dos feitos dos.
nossos Maiores, de tantos varões gue contribuí-
ram, decisivamente, para a fundação, independên-
cia e restaura-
ção da Pátria,
daquêles que,
em épocas
sombrias e do-.
lorosas, empu-
nharam a espa-
da, defenden-
do, com denoa
do e galhardia,
êste torrão
admirâvelmen-
te lindo, cuja
história é um:
rosário de alti
vas e soberbas
façanhas, a re-
soarem, pelos
tempos tóra,
como suavis-
sima melopéa,
que o povo.
simples. em-
moldura de
lendas gracio-
sas segundo a
sua fantasia.
Se 0 po-.
vo português |
tem aconsciên-
cia e orgulho
do seu passa- –
do, se quere –
mostrar as-ou-.
tras nações
que compreen-
de, em tôda à
latitude, s grana
deza – da. sta
História, se
tem fé nos seus
destinos, deve-
rá dar aàsfes. .
tas comemora-
tivas todo o
calor € entu-
siasmo da sua
alma ardente, ,
D. N UNO ÁLVARES PEREIRA
numa exteriorização de bem. pura alegria, em
demonstração perfeitamente nítida de que o cota- |
ção pulsa de contentamento por se sentir. portu= :
guês, por se saber português. ,
Prestando. homenagem às notabilíssimas e
excelsas figuras que tornaram grande ventu-.
rosa e digna a nacionalidade, mostraremos in-
contestável civismo, a-par-da. gratidão. devidaaos |
que se sagrificaram por sua honra e glória, ;, Não
: ia as armas reais e o nao ni
Do varão Português nunca vencido, . . SR.
Que quanto era.na paz -aos céus aceito –
* Tanto na guerra foi forte e temido, . |
– «Cujo braço a seu Reí deixou sujeito
— O Reino em vários bandos dividido, .
“E sijeitara a toda a redondeza
“Se lhe não dera o céu mais alta: emprêsa…
De Don Nun? Alvares canto, o valoroso,
“Claro libertador. da Pátria terra,’
Que imortal fez seu nome, e glorioso
Em armas, em justiça, em paz e em guerra;
E com triunfo mais alto e mais famoso
De todos os que o mundo breve: encerra
Em. batalha a si próprio se venceuz
Conquistando depois da terra, ‘o cém,
0 Condestável, “canto 1
“(Poema de Francisco Rodrigues :
Lobo, impresso em cum
devemos esperar que se nos solicite, a todos nós,
portuguêses, colaboração para que as festas é
cerimonias comemorativas atinjam o devido esa
plendor; – antes, todos, devemos dá-la com a
mais sincera satisfação. porque elas são a gloriti-
cação. de uma Raça que tem sabido dar admirá-
veis exemplos: de patriotismo, de valentia e de
virtude, a reboar pelos con
“normas protocolares do progr
entes além. As
ma têm de ser des-
pidas de rigidez para que O povo-de Portugal,
simples e. nam dê largas à à alegria ma al lhe vai
pa a no
“dio Alva-
res Pereira é 0
Herói que a
| História Pátria
– faz surgir a
nossos olhos
com o diadema
“Tulgentíssimo
“de glória e de
imortalidade.
cções radiosas
a sua figúra se-
“de guerreiro,
grandiosa, re-
cortada para o
primeiro plano
da nossa admi-
– ração e donos:
so culto patrió-
atico,
A sua vida,
toda posta ao
; tugal, tem for-
– de audácia, de
nobreza e de
“fartos prodí-
-gios, como
dano ideal dos
“cavaleiros de
da,
quinze anos, já
abominava as
baixezas da
côrte de. Leo-
nor Teles e que
se deleitava com a leitura dos romances de ca-
valaria. A batalha de Atoleiros, em 1384, é a sua
primeira grande vitória sôbre os castelhanos e
mais algumas acções valorosas sucedidas na época
-em que principiava a debater-se o grande pleito
de sucessão à corda portuguêsa, que tam grave
conturbação havia de causar, elevam D. Nuno à
giamnana de Seninho condestável do reino. .
Gontinha na-4* página .
Tem .proje-|
mi- novelesca
imensamente
serviço de Por- |
mosos clarões.
virtude, opera
consubstancia».
Távola Redon-
Nun’Alvares.
“era aquele fi-
dalgo que aos:
+. a lápis
DIZEM-NOS que aquelas es-
cadas que dão acesso. &
Ribeira Peguena próximas do
Largo Ferreira Ribeiro, estão
lamentável estado de. sujidade.
– Não haverá maneira de: evir
tar e e se façam desuenand Je
A o e.
DIZEM:NOS. que. a película
– à apresentar pela Pátria
Filmes, Ld.º, de Lisboa,.na
3.º feira próxima, é Uma mas
ravilha.
cd. « Sinfonia. a Ds
constitue um explêndido ess
peridentos He fed
eua
A TahnÉ Nacional do. vi
tornou públicas as dispo-
sições do 5.º concurso «O mês
nuação da “política da quali-
lidade do vinho e verificados
os resultados, os concursos
anteriores, pret ndendo- -S€ COfla
tribuir para melhorar os.pros
cessos de fabrico, generalizan-
nificação..
dos em 3 categorias. Os pré
mios paraa Iºe 2º categôs
que foram. agrupadas tôdas
as Delegações aa funtá. e
oro
VA! ser criado 0 tita
Anti-diabético de Coims
bra» para doentes pobres e que
compreenderá: um dispensário
onde funcionará uma consulta
externa e que promoverá con»
ferências de divulgação sôbre
a natureza da doença, suas.
complicações, tratamento e res
simes; um serviço clínico com
lotação proporcional às exi»
gêncius dessa assistência es-
pecial e de harmonia com as
disponibilidades hospitalaresg
uma: cozinha. dietética e mtii
pr pAugno ad fsniina,
O dia de S. Martinho não
“teve por cá a animação
dos outros anos, em que os
pipos transbordavam do ten»
tador vinho côr de romã: ot
côr de oiró. Este-ano vai por
aí uma seca que traz melancóe
licos os devotos de Baco, pouá
co dispostos a beber a vinhata
vinda dos outros concelhos,
intragável quási tôda…
“O nosso vinho tem caractes
rísticas inconfudíveis: palhes
te, de magnifico sabor, capi-
toso, é uma bela bebida, um
do capaz de toidar o mais
pintado, dar saúde-aos fracos
e vida… aos mortos!
tam reduzida, ainda mesmo
Inos anos de farta novidade
thor vinhos — 1939, em contis E
do. práticas Correcias de wis.
rias são atribuídos, em igual à
número, para as 17 zonas em
laboratório para trabalhos de
apreciável reconstituinte, sen+.
Pena é que a produção sejá
uma verdadeira vergonha, em .
Os concorrentes. são drwiai.
máiai.
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gia
À Comarca da Sertã
SURSUM.
CORDA
A mocidade esvae-se, e ao longe a vejo,
a esfumar-se nas sombras do poente. :
Suspira a brisa, trémula, fremente,
a vibrar triste, num fugaz arpejo.
Deira lá irl..
– que o mísero cortejo
que a juga deixa, em trágica torrente,
se em cinza torna um coração ardente,
mostra a esperança em lindo céu que almejo.
Eira a velhice trôpega, curvada,
a procurar a luz. Arrasta os passos
e alonga os olhos já no fim da estrada…
— Ao alto! Acima! Sus! Levanta os braços,
que as cans dos velhos são como a alvorada
a surgir docemente nos espaços! .
Cardigos Bento de 1939
Oliveira Tavares Junior
TRIBUNAL JUDICIAL |
Movimento de Outubro
DISTRIBUÍÇÃO: 2) Carta
rBcatória para penhora e oita-
ção, extraída dos autos de acção
especial de extracto de factura
que a firma Santos & Ribeiro,
Casa de Cutelarias, Ld.?, do
Porto, move contra Luiz Ribairo
Pedro, Ceatraia Cimeira, 12) La-
ventários orfanológicos por óbi-
tos de: Ross de Jesus Bravo,
Pedrógão Pequeno; Ana Ribeira,
Sasmos, Sobreira Formose; An-
tónio Agostinho, Sobreira For.
inosa; Inácia de Jesus, Cimadas
Cimeiras, Proenç-a-Nova; Isa-
bel Maria, Atalaia do Ruivo, So-
breira Formosa; Joaquina de Je.
dus, Pernadas, Proença-a-Nova;
Belmira Pires Lopes, Sobreira
Formosa; João Ribeiro Salguei-
ro, Chão Redondo, Montes da
Senhora; José Cardoso Lais,
Cunqueiros, Sobreira Formosa;
António Lopes da Mata, Portela
de Onteiro da Lagoa, Sertã; José
Martins Júnior, Amioso, Sertã;
José Antunes, Monte de Cima,
Monte da Senhora; Maria da Sil
va, Eira do Sesmo, Carvalha!;
Luiz Alves Catarino, Pergulho
Cimeiro, Proença-a-Nova; Joa-
juina Laureana de Jesus, Vila
do Rel; Franoisco de Melo, Nes-
peral; Manoel António, Casal da
Estrada, Sertã; Manoel Marçal,
Albergaria, Cumesda; Maria do
Rosário, Atalaia de Estêvão Vaz,
Sobreira Formosa; Domingos Pe
dro Rosa, Vale de Agua, Proen-
quea-Nova; Luiza Felícia Perei-
re, Milreu, Vila de Rei; José
Martins Salgueiro Vale da Urca
Cimeira, Vila ide Rei; Júlia Rio |
beiro, Cunqueiro, Sobreira For
mose; Manoel Pestana, Casal do
Bispo, Carvalhal; Execução Fis.
cal em que é exequente a Fazen-
da Nacional e executado José
António Dias Júnior, Pederneira,
Sertã; 16) Inventário orfanológi-
co por óbito de António Luiz,
Cabecinha, Vila de Rei; Dito,
vindo de J, M, de Oleiros, por
óbito de Francisco Afonso, Pae
nasqueira, Oleiro:; 19) Acção exes
cutiva tom processo sumário em
que é exequente Joaquim Antó-
nio Serafim, Proença-a-Nova e
executados José Cardoso e mu-
lher, Pedras Brencas, Sobreira
Formosa; Inventário orfanológico
vindo de J. M. de Oleiros por |
óbito de José Fernandes e mu-
lher Laabel Farinha, Corujo, Olei-
ros; Carta precatória para decla-
rações de cabeça de casal, extrai.
“da de inventário orfanológico por
óbito de António Martins Santo,
Venda, Montes da Senhores; 26,
Aoção sumária em que são autos
tes Francisco Luiz Cnrdoso e
mulher e réus Frangisco Gronçal-
ves e mulher e outros, Castanhei-
ta, Sobreira Wormose; Iuventári:
orfanológico vindo de J. M. de
Mação por óbito de Antóni
Francisco Tavares, Cardigos;
Idem por óbito de Manuel Dias
“Mariano, Chaveirinhe, Cardigos;
30) Carta precatória para penho-
“ra, extraída da acção sumaríssima
em execução de sentença que a
firma Canha & Formigal,
Lisboa, move contra Manoel Pi
ros Casaca, Casal Formoso, Vila
o Rel, :
Ltd.a,
O QUE SE DIZ…
“= Que as faltas de luz, veri-
ficadas com tanta frequência, são
devidas ao muito desleixo |
“— Que o compressor é que
paga as favas porque não pensa,
não sente e não fala, mas as de-
ficiências podem ser remediadas
se houver um pouco de zêlo e
consideração pelo público, único
a agiientar os transtornos e pre-
juízos todos !
— Que, com as provas dos vi-
nhos novos, mais falhas agora
haverá na luz, tam certo como 2
e 3 serem 5!
topa
DESPEDIDA
Padre Alfredo Corrêa Lima, |º
passando à residir em S. Facun-
do, freguesia que vai paroquiar,
juntamente com a de Bemposta,
concelho de Abrantes, despe-
‘de-se de tôdas as pessoas das
suas relações e amisade e oferece
ali os seus limitados préstimos.
partida, 27 de Outubro de
3
ANUNCIO
2º Publicação
Faz sesaber que pela terceira
secção da Secretoria Judicial
desta comarca, e nos termos do
artigo oútecentos e sessenta e
quatro do Código do Processo
Civil, correm éditos de vinte
dras a contar da segunda publi-
cação do respectivo anuncio, ci-
tando quaisquer credores desco
nhecidos mus autos de execução
sumária, digo, nos autos de exe
cução an administrativa, em
que é exequente a Fazenda Na-
cional e executado João Bara-
ta, do Cavalo, treguesia de O-
leiros, para no prazo de dez dias,
depois de findo o prazo dos é-
ditos, deduzirem os seus direi-
tos de pagamento, indicando a
natureza montante e origem de
seus créditos e oferecendo logo
as provas,
– Sertã, 28 de Outubro de
1939.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
“Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.”,
Armanod António da Silva
ANUNCIO
Por êste meio são convocados
os crêdores da falência de Ma-
noel Henriques Dias, da Eira
Velha, freguesia de Vila de Rei,
desta comarca, pata, no pró
ximo dia 24 do corrente, pelas
12 horas, na sala do Tribunal
Judicial desta comarca, exami-
narem as contas, livros e mais
papéis respeitantes às contas
apresentadas pelo Administra-
dor da falência, conforme pre-
ceitua o 8 único do artigo 1.219.º
| do Código do Processo Civil.
Sertã, 16 de Novembro de 1939
O administrador da falência, —
Anibal Deniz Carvalho,
O AZEITE
E’poca “da a coleo
O azeite forma-se na azeitona
mercê de uma série complicada
de transformações cujo mecanis-
mo não esta ainda suficientemen-
te esclarecido.
A’ medida que a maturação
avança, a quantidade de azeite
vai aumentando, atingindo o mãr-
ximo quando a maturação é com-
pleta, para depois decrescer de
novo. Nesta altura, quando é
máxima a quantidade de azeite
que a azeitona contém, diz-se
que o fruto atingiu a maturação
fisiológica. Não é esta, como
adiante se verá, a melhor época
para fazer a colheita, embora não
seja & pior.
Antes de atingir a completa
maturação (maturação fisiológis
oe), à azeitona passa por um es
tado em que o seu azeite é da
melhor qualidade, E” a matura-
ção industrial, assim chamada
por ser & faso mais conveniente
para aproveitar o fruto na indus-
tria da extração do ezeite, Real-
mente, colhendo nesta altura,
obtémese o melhor azeite sem
quebra sensível do rendimento,
Em que época atinge a azei
tona a maturação industrial ? Não
se pode indicar uma data como
sendo a melhor para fazer a co-
lhoita, pois, como é sabido, o fe-
nômeno da maturação é iofluen-
ciado por muitas circunstâncias,
como por exemplo a variedade
cultural, o clima, o terreno, a
das o modo como decorre
tempo, etc..
Pode no entanto dizar=se que
a azeitona se encontra no perio-
do de maturação industrial, des
de que começa a arroxear até
ennegrecer. Porém, nom sempre
será possivel fazer tôla a colheie
ta nesta época, De certa altura
em diante todo o fruto de um
olival amadurecs em poucos dias,
e, se ôste fôr muito extenso, não
há possibilidade, por falta da bra-
ços, de acudir a tôda a parte no
mesmo tempo, Sendo êste o caso
mais vulgar, será preferível c0=
meçar cêdo, a acabar tarde,
A colheita tardia é por muitos
motivos prejudicial, pois:
1º — a partir da maturação f
siológioa o rendimento diminue
e o azeite resulta de ruim quali-
dade;
2º-— a azeitona estraga-se
mais fácilmente ficando muito
tempo na árvore;
3º — a onlheita tardia favores
ce o ataque de doenças, prinoi-
palmente a gafe;
4º — a azeitona colhida tarde
fica em man estado pará se cob-
servar;
b.º— a colheita tardia esgota
mais a oliveira,
Com a colheita na época pró-
pria evitamese todos ôates incon-
“venientes,
A colheita, para cade olivel é
para cada ano, deverá iniciar-se
mais cêdo ou mais tarde, confor.
me o estado sanitário e da ma
turação do fruto, as disponibili-
dades de mãs de obra, o modo
como decorre o tempo, etc, e o
olivicultor cuidadoso, tendo em
vista tôdas estas circun-tâncias é
não esquecendo os inconvenien-
tes da colheita tardia, determina-
rá, em cada ano, a melhor évoca
para & iniciar. O clivioultor pode
ter a missão muito faclitada, se
o seu olival fôr constituido por
diferentes variadades, cuja matu-
ração não se verifique na mes
ma época, agrupadas em vários
talhões.
Desta forma o olival compora
ta-se como um conjunto de Vãs
rios olivais de extensão muis re-
duzida, com époças Be matura-
ção um pouco afastada, de modo
a permitir fazer a colheita em
cada um dêlss, na épcoa mais
própria. Alóm cisso, um olival
assim constituído, permito evitar
o armazenamento de grandes
quantidades de ezcitona, porque
é muis fácil, sem grande oimpute
de capit:l, construir o lagar com
capacidade de laboração aufisien
te para observar à colheita diá- 1.
AS PUBLICAÇÃO
ANUNGIO emu
No dia 26 do próximo mês
de Novembro, por 12 horas, à
porta do Tribunal Judicial
dêste Julgado, sito na Rua do
Ramalhal desta vila de Oleiros,
se ha de pôr em hasta pública e
arrematar a quem mais der sô
bre o valor da sua avaliação,
uma terra de cultivo, sita no
lugar da Varzea da Bonte, tre-
guesia de Oleiros, avaliada na
quantia de 45000.
Este prédio foi penhorado na
execução por imposto de justiça,
acréscimos legais e custas que 9
exequente, Ministério Público,
move contra o executado Magi-
mino do Nascimento, solteiro,
maior, sapateiro, residente no
lugar do Corujo, freguesia de
| Oleiros.
São pelo presente citados
quaisquer credores incertos para
assistirem, querendo, à arrema-
tação,
Oleiros, 81 de Outubro de
1989,
O Chefe de Secção — João
Texugo de Sousa.
Verifiquei.
O Juiz Municipal — À. F.
Pinto.
IN TUINGIO
Faz se saber que pela terceira
secção da Secretaria Judicial
desta comarca, correm éditos de
oito dias, citando os credores e
o falido, para dizerem o que se
lhes oferecer acêrca das contas
apresentadas pelo senhor admi
nistrador da falencia de Ma
nuel Henriques Dias. casado,
do logar da Eira Velha, fre:
guesia de Vila de hei, desta
comarca.
Sertã, 3 de Novembro de
1939,
Verifiquei. O Juis à * Substi.
tuto — Carlos Martins.
O Chefe da 3.º Secção, inte
rino — Armando António da
Silva.
ANG
ú 12 Públicação : Publicação ::
Por êste Juizo
e segunda secção
da Secretaria Ju
dicial e nos autos
de Execução por
custas e selos que o Ministério
Público move contra José Men
des dos Reis, viúvo, proprietá
rio, morador na cidade de Pe
nafiel, e nos termos dos artigos
864 e 865, do Código do Pro
cesso Civil, correm éditos de 20
dias a contar da segunda pu
blicação, citando quaisquer cre:
dores desconhecidos para no
praso de 10 dias, depois de fin-
do o praso dos éditos, deduzi
rem os seus pedidos de paga
mento, indicando a natureza,
montante é origem de seus cré
dit s e oferecendo logo as pro
vas. .
Sertã, 6 de Novembro de
1989.
Verifiquei;
O Juiz 1.º substituto-—Car-
los Mart ns.
O chefe da 2* secção — An-
gelo Soares Bastoe.
ria, Qnere dizer, é assim posaí
vel colher a azeitona na época
própria e trebalbar zó com egaje
tona fresco», o que se traduz na
obtenção de muito e bom ezeite,
que é o objectivo a alcançar.
(Do «Folheto de divulga
ção – 1 – O azeite» – da Junta
Nacional do Azeite).
CINE – TEATRO TASSO
No próximo dia
21, terça – feira
a Pátria Filmes, Ld2,
de/ Lisboa apresenta :
» SINFONIA INGOMPRETA =
(falada em francês)
com a divina Marta Eg.
gerth Hans laray e Louise
Ullrich, com o concurso
da Grande Orquestra Fi-
larmónica de Viena e
INJUSTA SUSPEITA
filme de aventuras, com o fa.
moso artista Ken Maynard
Um espectáculo soberbo,
que satisfaz o público
maismexigente :—:
EEE TS]
ANUNGIO
2º Publicação
Por êste se anuncia que s se
acha ab rta a correição nesta
comarca, por espaço de trinta
dias, a começar em doze de De-
zembro do ano corrente e a ter
minar em onze de Janeiro do
ano d3 mil novecentos e qua-
renta, a tudos os Oficiais de
Justiça deste Tribunal, Julga-
do Municipal de Oleiros e Jute
zes de Paz, a qual abrangerá
todos os livros, papéis e pro-
cessos começados ow findos des-
de um de Janeiro de mil no-
vecentos e trinta e nove em dian=’
te, devendo as entidades com-
petentes apresentar as relações
respectivas, com os livros, pa:
péis e processos referidos, nos
termos legais, e podendo quais-
quer pessoas durante aquele
prazo de trinta dias apresentar
ao Juiz da Comarca quaisquer
queixas que tenham a fazer dos
Funcionários sujeitos à mesma
correição.
Sertã, 2 de Novembro de
1939.
Verifiquei
O Juiz de Direito, 1.º Substituto
Carlos Martins
O Chefe de Secção
José Nunes
À nuneio
)
2.º Publicação
Faz saber que pela segunda
secção da Secretaria Judicial
da Comarca da Sertã, e nos
termos do artigo 864 e para os
fins do artigo 865 do Codigo
do Processo Civil, correm édi-
tos de vinte dias a contar da
segunda publicação do respecti-
vo anuncio, citando quaisquer |
credores desconhecidos nos au-
tos de execução hipotecária em
que são exequentes, Carolina
de Jesus e marido Manuel Mar»
tins Dias, proprietarios, mora-
dores na vila de Pedrógão Pe-
queno, e executados, Martinho
Nunes e mulher Maria de Je-
sus Miguel, proprietários, mo-
radoresno Seixo Fundeiro, fré-
guesia do Castelo, para no pra»
20 de dez dias depois de findo o .
prazo dos éditos, deduzirem 08
seus pedidos de pagamento, in-
dicando a natureza, montante
e origem dos seus créditos e ofe:
recendo logo as provas
Sertã, 1 de Novembro de
1939,
Verifiquei
O Juiz de Direito |
Armando Torres Paulo ..
O Chefe da 2.º Secção
Angelo Soares Bastos
AU) NA ap o OA ã
@@@ 1 @@@
“A Comarca da Sertã
Neecrologia T
veira Braz
Na aldeia do Pêso faleceu, no
passado dia 6, o Rev.” Sebas-
tião de Oliveira Braz, que con-
tava 81 anos de idade.
O ilustre e virtuoso sacerdote
ordenara-se no Colégio das Mis-
sões Ultramarinas de -Sernache
do Bomjardim, partindo para a
colônia de Moçambique, onde
exerceu diversos cargos de im-
portância, incluindo o de Gover-‘
nador da Prelazia.
“Regressando a Portugal, es-
teve na Quintã na qualidade de-
preceptor dos filhos do sr. Barão
de Alvaiázere, tam grandes os
seus méritos de educador. Em
seguida foi contratado para pro-
fessor de Geografia e História
do Colégio das Missões de Ser-
nache, revelando-se mestre com»
petentíssimo e de invulgares qua-
lidades e um dos melhores orna-
mentos do corpo docente do Se-
minário, sendo verdadeiramente
considerado e respeitado pelas
gerações de alunos que passaram
pelas suas bancadas e pelos seus
colegas, dos quais restam, hoje,
apenas dois: os Rev.” António
Fernandes da Silva Martins, de
Pedrógão Pequeno e Joaquim
Martins Tavares, da Crugeira
(Proença-a-Nova). Depoisde 1910
seguiu para o Porto a convite do
seu grande amigo -e antigo con-
temporâneo, D, António Barroso,
ilustre Bispo da Diocése, fican-
do como seu auxiliar. Após a
morte do venerando antístite, fa=
tigado de tantos trabalhos, ar-
rúinado pelo clima tropical, re-
colhe ao Pêso, procurando, em.
quási completa sol dão e no ca-.
rinho da família, a compensação
de tam aturado e contínuo labor.
Ali dizia missa na própria resi-
dência, até que a Morte o veio
roubar ao convívio dos irmãos e
sobrinhos que muito o estreme-
em. 5
‘O extinto era irmão das se-
nhoras D. Conceição, D. Maria e
D Ermelinda de Oliveira Braz e
dos nossos amigos srs. Isidro de
Oliveira Braz, professor aposen=
tado, e Francisco de Oliveira
Cardoso, industrial, todos resi-
dentes no Pêso.
Margarida Josefa Leitão
Com a bonita idade de 86 anos,
faleceu na 6.º feira pretérita, nes-
ta vila, a sr.” Margarida Josefa
Leitão, que conservou até aos
últimos momentos a lucidez de
espírito.
– Era avó da sr? D. Maria Mar
ques dos Santos Alves, esposa do
nosso estimado assinante sr. José
Domingos dos Santos, de Mon-
tijo (Leiria), da sr.º D. Albertina
da Conceição Alves, de Lisboa,
e dos srs. José Domingos Alves,
«do Porto e João Domingos Al-
ves, de Lisboa.
O jfuneral efectuou-se no dia
imediato, com grande acompa-
nhamento, em que tomou parte a
Filarmónica local. :
Manoel Alves da Silva
Ê Neves
: Faleceu no passado sábado, na
capital, o nosso presado amigo e
assinante sr. Manoel: Alves da
“Silva Neves, de 62 anos de ida-
de, natural da vila de Alvaro, |
proprietário da casa de câmbios
Gouveia & Silva, da casa de
câmbios da Rua Augusta e da
Tipografia Ideal e fazia parte da:
direcção do Montepio Comercial
e Industrial de Lisboa. Pelas
suas invulgares qualidades de
“carácter, honestidade e benemes
rência, o extinto gozava da esti-
ma e consideração geral em Lis-
boa e era dos mais activos ele-
mentos no meio comercial.
Deixa viúva a sr.º D. Guilher-
mina Dias Neves e era pai do
sr. Eduardo da Silva Neves e
sogro do sr. Carlos Mário Duar-
te, comerciantes.
OQ funeral, muito concorrido,
ds qurstos cm rem mares ator sore rom
ovo Pároco
MADEIRA, 25 — Tomou hoje posse do cargo de Pá-
roco desta freguesia e do Sobral, o Rev.º Padre Manuel
Heitôr, que veio substituir o Rev.º Padre Manuel Tomé
da Silva, que durante 31 anos paroquiou esta freguezia a
contento do povo, Ao novo prior, desejamos as melhores
felicidades. É ;
Nova Professora
“ — Também entrou em exercício na escola feminina
surreição. . GE ; :
Por êste motivo deixou a referida escola, que du-
rante dois anos regeu com o maior zêlo e competência, a
regente D. Aurora Levita Sena, que teve uma afetuosa
despedida por parte de grande número de pessoas,
: A referida regente, era muito querida pelo seu tram
to e pelo impulso que deu ao ensino das suas alunas, não
só na instrução como na boa educação moral e religiosa.
C.
EsZox É
Gaixa Escolar da Escola Masculina
de Pedrógão Pequeno .
Anjos Alves visitou a escola masculina desta vila, com-
prazendo-se em ver os progressos que esta escola está:
fazendo na actualidade, oferecendo à Caixa Escolar 100800
ea Biblioteca Escolar 23 números da Revista Rádio de
chegada a Lourenço Marques de S. Ex.2 o Presidente da
República e uma bela colecção de postais ilustrados do
Museu Dr, Alvaro de Castro, de Lourenço Marques e vis-
tas desta cidade, Ru
€,
Ps
cegos
NESPERAL, 23 — Reabriu no passado dia 9 a Es-
a sua competência e simpatia temos a certeza que vai ca-
tivar não só os alunos, mas também tôdas as demais pes-
ta, a quem desejam prestar tôdas as atenções e oferecem
os seus-préstimos, esperando que S. Ex.2 se digne utilizám
los sempre que precise, patenteando-lhe o seu reconheci-
mento pela nobre missão de educar os seus filhos.
; — Faleceu, no dia 17, pela 1 hora, o sr, Aldemar
de Barros Mendes, filho do comerciante desta localidade
Sra Alfredo da Silva Mendes. Rapaz novo, pois tinha 27
com um tiro de pistola, estando paralítico do braço e per»
na esquerda. Depois sobreveio-lhe uma doença incurável,
aquela que a ninguém perdoa, roubando-lhe assim a poum
“ca saúde que lhe restava, até que, depois de grande so-
frimento, O vitimou. Conheceu bem o seu estado, conset-
vando até o último momento perfeita consciência, Na vés-
pera tinha pedido o Sacramento da Comunhão, que logo
lhe foi ministrado; horas depois partia para a Eternidade,
satisfeito per Jesus o levar sêgundo as suas lamentações,
No día seguinte realizou-se o juneral, sendo a urna transu
portada no carro funerário para a Igreja matriz, onde foi
rezada uma missa de corpo presente, a que assistiram bas-
tantes pessoas. Seguiu nóvamente no carro pata o cemi-
tério de. Sernache do Bomjardim, onde ficou depositado
família enlutada.
A ‘ E:
aegoz
VILA DE REI, 15— A propósito do desabamento
Agosto passado, que à escola de Vila de Rei era fácil su-
ceder-lhe o mesmo. a
– À nossa previsão foi certa, nem poderia deixar de o
ser em vista do mau estado do edifício, mas alguns pensa-
ram que eu diria isto para fazer notícia, o facto deu-se é
eu aproveito-o para mais uma vez dizer que as noticias
de Vila de Rei
veracidade. ;
“Além do que já êstava e em duas vezes; abateu par»
te do telhado do salão destinado ao sexo masculino, mas
não fica por aqui, o resto é uma grande ratoeira que ali
está; façam-lhe os remendões que quiserem ficará sempre
em condições precisas para amanhã fazer nma porção de
vítimas»
Dea-se o desabamento no periodo não escolar, foi a
Providência a avisar; aceitem-lhe o aviso. O ensino aos
alunos de sexo masculino é-lhes ministrado numa sala ar»
ranjada «ad’hoc» onde não cabem todos e do sexo femini-
no ainda na dita escola. .
Se eu fôsse a professora pediria em nome dos mais
sagrados principios da humanidade, as necessárias provi-
dências.
Essa senhora, viva com duas crianças pequeninas
precisa de viver para elas, para as criar e educar e é obri-
gada pela fatal fôrça das circunstâncias a ver todos os
“dias e penetrar naquilo que pode ser a causa da sua mor=
te e das crianças a quem ministra o ensino.
fuja daí. Não tenho filhos em idade escolar mas se os ti=
vesse, pagaria as multas e seria mais facil ir parar à ca-
a uma deformação fisica para tôda a vida.
Através da Comarca –
Padre Sebastião de Oli-
desta localidade, a nova professora Sr.2 D. Maria da Res-.
PEDRÓGÃO PEQUENO, 30 — O sr. Franeisco dos.
Moçambique, 1 exemplar do «Notícias» comemorando a *
cola Primária do Nesperal, tendo sido nomeada professo- :
ra a st.2 D. Angelina da Natividade Lérias Morgado: Com :
soas desta aldeia, que cumprimentam a senhora professo-|
anos, já ha anos que sofria em resultado de um desastre |
em jazigo de família. Apresentamos os nóssos pêsames à
duma escola em Montemór-o-Novo, eu disse aqui em.
para a «Gazeta» não pecam por falta de
Das estâncias superiores já lhe deviam ter dito: .
deia do que obrigá-los ou sejeitã los quando não à morte:
(Noticiario dos nossos correspondentes)
Os pais devem velar peia vida dos seus filhos; mas
o estado que tem ou subvenciona escolas de educação fisi-
ca, quererá ter nêste Portugal uma escola de deformação ?
Não; não pode ser, porque lhes cumpre velar pela vida e
robustez das crianças que, futuros cidadãos tão úteis po-
derão ser à sua Pátria, :
De-certo o Exm.º Ministro da Educação Nacional
“Ígnora O que se passa e se assim é, preciso será dar-se-
-lhe conhecimento, porque se noutra derrocada que se dê
fizer vitima, essa tremenda responsabilidade cairá junto
com a maldição das mãis dessas inocentes vitimas sôbre
a cabeça daqueles que não pediram ou não providenciaram.
Não necessitamos de fazer a resenha do casebre em
questão, apenas diremos que de primitivo a construção era
péssima . ; Pros
“Dizia um grande pensador : «E’ necessário abrir es-
colas e fechar tabernas, para assim se fecharem cadeias.»
“Aqui dá-se O inverso,
Além duma escola nova feita com todos os-requisi-
tos exigidos pela pedagogia, a série de necessidades é tão
grande nêste concelho que a dizê-lo pareceria talvez aos
leitores exagêro quando era a realidade; ainda assim dire-
mos que as grandes cheias de 33-34 derruiram parte da
ponte na ribeira da povoação dos Ribeiros e que ainda
por concertar bastante falta faz aos habitantes do dito
lugar.
: A culpa em parte de não estar ainda concertada é
também do seu muito individualismo, defeito ou qualidade
de quási ou todo êste concelho, E” provável que ainda
venhamos a focar essa caracteristica.
O Penedo, a dois quilómetros da sede do concelho,
“não tem uma fonte; o Milreu, importante povoação com
mais frequência escolar e talvez mais natalidade que al-
gumas freguesias, também não tem fonte.
Diz o vulgo: Boa demanda, má demanda, o escrim
vão pela nossa banda; e a maioria do concelho de Vila de
Rei não tem o escrivão por sua banda.
— Retirou para Fafe o sr. Joaquim Nunes Campino.
— De visita a seus pais esteve aqui o sr, Rafael
Campino.
— As enxurradas continuas tem causado jbastante
prejuizo à agricultura,
— Colheita vinicola fraquissima. C,
– (De A Gazeta das Scrras)
cego
RIBEIROS (Vila de Rei), 15— No dia 23 do mês
findo teve lugar, na vila de Amêndoa, o enlace matrimo-
níal, do sr. José da Silva Barreiros, filho do sr. Manuel
da Silva Barreiros e da sr.º D. Emília da Silva Barreiros,
com a menina Júlia Catarino, filha do sr. Joaquim Catarino
e da sr.: D, Maria das Dôres. Depois de realizado o casa-
mento, os noivos dirigiram-se a casa dos pais do noivo
onde lhes foi feita uma bonita recepção: 2 meninas enver-
gavam um arco engalanado com lenços típicos das modas
regionais, por baixo do qual ós noivos passaram, tendo-
“lhes sido atiradas muitas flores à passagem. Decorridos
alguns momentos, foi atirado pelas madrinhas, confeitos
ás crianças que aguardavam a chegada dos noivos,
Às 5 horas, foi servido o almôço, o qual decorreu
dentro do melhor convívio familiar, no fim do qual os noi-
vos retiraram para Lisboa, onde foram fixar residência. .
Paraninfaram o acto: por parte do noivo, seu mano.
sr, Luiz da Silva Barreiros e sua espôsa sr.? D. Belmira
Catarino Barreiros; o por parte da noiva, o sr. Sabino Va-
tente e a menina Maria da Piedade Valente Aos conjuges
desejamos muitas felicidades e um lar muito próspero.
— Prossegue com actividade a construção do troço
de estrada que liga esta povoação com a vila de Amendôa
a qual vai ser construida a expensas particulares e com
o auxilio da Junta de Freguesia de Amendôa,
Este melhoramento muito vem beneficiar a situação
dos habitantes desta terra, o que todos compreendem mui
to bem, mas quando se lhes bate à porta para concorrem
rem com o seu auxílio, sabem muito bem dizer: «eu já vi-
vo hã 50 anos e sempre passei sem estrada». Graças no
entanto, a 4 ou 5 pessoas que há nesta povoação, que é a
quem se deve o pouco que aqui se tem feito, a estrada
lá vai prosseguindo, : nas
Querem os leitores saber a propósito da boa von-
tade de certos srs. desta terra ?
Há pouco tempo, foi esta povoação dotada com um
pôsto escolar, que funciona numa casa particular; mas para
que ela pudesse funcionar foi preciso fazer a limpesa da
casa, fazer 15 carteiras, comprar um quadro e mais mate-
rial didático indispensável: e para fazer face a estas des-
pesas fez-se um peditório; pois encontrámos quem nos
dissesse ; «eu não sei ler e casei-me. Como se o casamen-
to fôsse algum feito heróico !… Mas o mais interessante
é que logo que o pôsto de ensino começou a funcionar,
começou a ser frequentado por 35 crianças em idade es-
colar e por 17 raparigas dos 15 aos 20 anos. Estas já não
querem casar sem saber escrever uma cartinha!… Ribeim
renses / À união faz a fórça. Sempre que os benfeitores da
vossa terra vos batam à porta, togando o vosso auxílio
para qualquer melhoramento da vossa terra, concorrei
sempre com a vossa boa vontade e com um auxílio na
À medida das vossas posses.
Se assim fizerdes, velareis pelo futuro dos vossos
filhos e concorreis para o engrandecimento do vosso tot-
tão natal. :
— No dia 1 do corrente retirou para Santarém a
menina Emilia da Silva, gentil filha do sr. Manuel da Sil-
va Barreiros, onde vai frequentar o liceu,
A, SR:
(De 4 Gazeta das Serras)
de S. Domingos, à Lapa, 103,
para jazigo no cemitério dos
Prazeres.
Vicente Mendes de Aze.
vedo
Com cerca de 80 anos faleceu,
também, no Pêso, no.dia 9 do
corrente, o st. Vicente Mendes
de Azevedo, viúvo, proprietário,
que gozava de gerais simpatias
pelas suas qualidades de carácter,
realizou-se da sua residência, rua.
Era pai das senhoras D. Er-
melinda e D. Matia José Mendes
de Oliveira, do Pêso e dos sts.
Mário Mendes de Oliveira, dis-
tinto funcionário do Banco Na-
cional Ultramarino no Rio de Ja-
neiro (Brasil), Alvaro e Júlio
Mendes de Oliveira, comercian-
tes no Brasil.
A’s famílias enlutadas aprésen-
ta «A Comarca da Sertão a ex-
pressão muito sentida do seu
profundo pezar,
SAPATARIA PROGRESSO
DE
Casimiro Sarinha
Fabricante de todo o gênero
de calçado; Exportador de
calçado para as Colónias
e principais Cidades
do Continente
dmirar à etmmes
SERTA
“Amilcar Francisco de
as TT) 8 Em
E ais Peg Pegaf* aa a
> AGENDA
Ed SP EY, o 4%,
fa? a? Ed fa a
s
é
a ”
Por não ter sido necessária qual-
quer intervenção cirúrgica, com o
que muito folgamos, regressou à.
Sertã, com seu marido, a sr* D,
Tvone Gonçalves Firmino,
— Esteve no Pampilhal alguns Ê
dias a sr2 D. Palmira da Silva,
do Porto, que na sua passagem
pela Sertã, nos apresentou cume
primentos, gentileza que muito qe”
gradecemos,
— Encontrasse no Outero da’
Lagoa o
) er, José Pedro, de Lis«
boa, =
e
— Retiraram: da Sertã para”
Miranda do Douro, o sr. dr. Ana.
tónio Jo Ruano Pera; da Estradis
nha para Lisboa, acompanhado de
sua família, o sr, dr. Bernardo.
Ferreira de Matos; de Pedrógão.
Pequeno para Lisboa, o sr, Faus-”
to Santana; do Cabeçudo para
pá
Lisboa, com sua família, o sr. José:
Alves.
— Do Pampilhal seguiu para.
Lisboa, onde vai passar o Invera
no com sua família, o sr. António:
Joaquim da Silva. e
—— Estiveram na Sertã os grs,
dr, João de Barros Morais Cas
bral, de Leiria e Capitão Raúl
Vidigal, de Carnide, com suas fas:
mílias e Abilio Nunes da Silva, do’
Brejo (Sernache), é
Aniversários natalícios:
10, Jerónimo Antônio dos San:
tos, Lisboa; 11, D. Laurinda da:
Conceição Braz, Lisboa, José da
Costa Rodrigues, Pernambuco:
(Brasil) e menino Fernando Rodris
ques; 14, António Barata e Silvas.
17, menino Eduardo Izildo da Sib.
va Oliveira, Linda-a- Pastora; 21,
D. Júlia de Moura e Costa; 22,
Lisboa.
Parabens,
erp
NOTICIAS DE |
FIGUEIRÓ DOS VINHOS
Novembro, 6
Grémio de Lavoura
A-fim-de se organizar o Gré-
mio da Lavoura, reuniram-se re=
centemente, na Câmara Munici-
pal e soba presidência do Sr.
Engenheiro Agrónomo os lavra
dores dêste concelho, ai
— À prestar provas para O Cofia
curso de Escriturários Judiciais
foram há poucos dias a Lisboa
os Senhores José Brito Teluada
Rijo e José Nunes, actualmente
já funcionários judiciais. Es
—Consta que, dentro em breve
vai ser construído nesta vila um
posto para P. V. Trânsito.
— Já se encontra completamente
te feita a colheita do vinho que
foi bastante inferior à dos anos
anteriores. Cá
—Passou a ser dirigida pel
Casa do Povo a «Filarmónica
Pigueiroense» sob a regência do
Senhor Joaquim Marques Fouto.
-—Paleceu recentemente nesta
Oliveira;
vila o Senhor Manuel Dias Coê-
lho, abastado proprietário, pes=
soa muito estimada por todos
quantos o conheciam. No seu
funeral que constituiu uma pros
funda manifestação de pesar, ene
corporaram-se indivíduos de tô=
das as camadas sociais. Aº famis
lia enlutada, em especial aos.Se-
nhores Joaquim Matos Pinto,
Jerónimo Dias Paiva e Antonio
Dias Paiva o nosso cartão de
sentimentos.
; Cc.
gia VAZ SERA
Curso dos Liceus
— “0 —
Instrução Primária
Sernache do Bomjarôlm -ôlm –
@@@ 1 @@@
A Comarca da Sertã
TSE
Problemas de interêsse local e regional
O fornecimento de energia eléctrica
“vila da Sertã mergulhava
em absoluta escuridão na
|. noite de domingo, 5 do
corrente. A E
Que seria ? : E
Sem que alguém fôsse capaz
apsdo ormaç da verdadeioa ork “do concelho da Sertã e limitro-
gem da falta de energia eléctrica,
oque todos sabiam É que o mo-
tor não funcionava. Só Isto bas-
tava para se fazerem os ‘mais
acres comentários à Emprêsa,
de mistura com ditos zombetela
ros e mofas a raiar pelo insulto.
Entre os grupos que discutiam-
O caso com mais ou menos ca-
tor, uma ou outra voz se elevava
para afirmar que o único meio
de:a Eléctrica entrar nos eixos
esa adoptar uma solução, que
parecia radical: «20 ou 30 con-
-sumidores mandarem cortar as
ligações; depois, outros se segui-
riam e a direcção ver-se-ja for-
cada a pôr em prática todos os
fecursos que fizessem cessar as
deficiências oua dar por termi-
nada a actividade da Emprêsa».
: Se, por vezes, os comentários
à Eléctrica são duros, não res-
ta dúvida de que o público tem
quási sempre razão nas suas
apreciações : faltas de luz em
muitas noites, se não total pelo
menos parcial; aparecimento tar-
dio da luz, o que obriga-o con-
sumidor a recorrer a outros
meios de iluminação, pouco prá-
ticos e nem sempre económicos;
O preço elevado por que papa a
energia € o escasso número de
horas. de que dispõe dela duran ‘
tema Bolero to
Não nos move qualquer má
vontade contra a Eléctrica, nem
contra quem a dirige, reconhe-
cendo nós, como, de resto, a
maioria dos habitantes da Sertã,
que ela não satisfaz as necessi-
“dades públicas, estando mesmo
muito longe de as satisfazer,
ainda mesmo que a energia fôs-
sefornecida com a regularidade
designada no actual contrato;
ainda mesmo, dizemos, que de-
sáparecessem tôdas as deficiên-
cias de ordem técnica, que se
repetem continuamente, causan-
do prejuizos materiais. e com
preensíveis arrelias. RR
“A Eléctrica Sertaginense, é
uma das mais interessantes cria-
ções do espírito bairrista: da
Sertã, sempre pronto a dotá-la
Com todos-os meios de progres-
so e a estender a sua acção ao
campo económico, como no caso
presente, quando as grandes em-.
presas industriais não lhe tra-.
zem a sua actividade.
“A sua organização data de!
1923 e representa o esforço de
dedicados sertaginenses e até o
sacrifício financeiro de muitos,
que, provavelmente, nunca espe-
raram colher lucros do ca
empregado.
“Entendia-se que a Eléctrica:
exercesse a sua açcão dentro dum:
espaço de tempo limitado, en-.
quanto uma emprêsa hidro-elé-
cirica não viesse fornecer ener-.
Bla nos:a região. Só uma gran»:
de companhia pode satisfazer as.
necessidades da vila e de toda
esta região que são: o forneci-
mento permanente de energia
-por’ preço módico, tornando pos-
-sível a criação e desenvolvimen-
pital,
“to de diversas indústrias, sem as.
quais o nosso concelho e limí-
“trofes não poderão entrar no ca-
iminho de progresso a que as
riquezas do solo e sub-solo lhe
-dão direito.
‘O problema da electrificação
fes tem sido debatido nestas co-
lunas por mais de uma vez.
– A Câmara Municipal da Sertã
prestaria um grande serviço à
região se, em colaboração com
as dos concelhos vizinhos, to
masse a iniciativa de res lver o
“problema da electrificação den-
tro das áreas dos mesmos con:
-celhos, pois que, parece-nos são
“as câmaras municipais as únicas
“entidades públicas que o pode-
-rão fazer dentro das suas áreas e
fora de planos gerais.
“E”. oportuno dizer aqui que a
Companhia Eléctrica das Beiras,
ide: fundação recente, com séde
“na Lousã, tem-uma posição geo-
gráfica verdadeiramente privile-
“giada. As suas linhas de saída
forçada constituem a rêde elé-
ctrica nacional no centro do
País. Dista 38 qm. da Covilhã
onde vai ligar a 40.000 volis
com a Hidro-Eléctrica da Serra:
“da Estrela. Esta linha fica-coas-:
truída em 1939. Dista 60 qm.
de Coimbra onde: vai ligar a
60.000 volts com a União Elé
ctrica Portuguêsa. Esta linha es-
tará construída em 1939. Dista
40 qm. de Castelo Branco e 64
Tomar, onde a Hidro-Eléctrica
do Alto Alentejo.já temas suas
linhas a 30.000 volts. Uma das
linhas, a 30.000 volts, da Com-
panhia Eléctrica das Beiras, en-
contra-se a 15 qm. de Tomar que
rapidamente. pode atingir em
1939, sendo necessário,
A mesma Companhia, segundo
elementos que possuímos, forne-:
ce actualmente energia aos se- |
guintes concelhos: Lousã, Mi-
randa do Corvo, Poiares, Pena-.,
cova, Condeixa-a-Nova, Casta-
nheira de Pera, Penela, Ancião,
Alvaiázere, Ferreira do Zêzere e
Fundão e ainda para Góis, Ar-
ganil, Oliveira do Hospital e.
Tábua, nos meses de verão.
Deseja, agora, a’ Companhia
Eléctrica das Beiras levar a efei- |!
toa. construção duma. albufeira,
com: a sua central, que venhaa
desempenhar o papel de central
de compensação estival e, para
isso, propõe-se fechar, com uma
barragem artificial, a barragem
natural existente no Cabril do
Vidual onde convergem as mar
gens do rio Pampilhosa,
– O aproveitamento hidro-elé-
ctrico do rio Pampilhosa foi es-
tudado com o maior cuidado por
entidades especializadas, sendo
considerado pela Direcção dos
Serviços Eléctricos do Ministé-
rio das Obras Públicas como
obra de utilidade nacional. .
– Aquela Companhia ou a-do
Alto Alentejo são talvez, as mais
indicadas para fornecer energia
ao nosso concelho e vizinhos.
“E, pois, de esperar que a re-
solução dêste problema venha a
merecer, dentro de breve prazo,
a devida e cuidadosa atenção
das entidades a quem cabe velar
pelas regalias e direitos dos po-
vos que administram.
: HUMORISMO |
> No tribunal: pi
O juiz — Como se chama?
O réu — José Maria Leite Ca-
bral da Câmara da Sertã Passos
Dias Aguiar.
*—E’ filhode …
« > Pais incógnitos.
– — Essa agora! Como-é que o
“senhor, sendo filho de pais in-
cógnitos, tem um nome tam com-
prido ?
-— Eu fui abandonado à beira
duma estrada no dia de S. José.
Quem me achou e tomou.conta
de mim, foi uma vêlhinha chama-
+ da Maria. Chamaram-me. por is-
Iso «José Maria». Para me sus-
| tentar a Câmara da Sertã deu à
vêlhinha uma cabra. Amamentan-
‘do-me-do leite da cabra, e dada
a propriedade desta, eu pude le-
|gitimamente tomar os apelidos
de «Leite Cabral da Câmara da
Sertã». Depois de crescido vim
para a cidade, segui a profissão
de chaufjenr e como tal «passo-
os dias a guiar».
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
|D. Nuno Alvares Pereira perante
AS comemoraçãos centenárias
(Continuação da 1,2 página)
Breve a fama da sua audácia
e denodo soaria em Portugal e
ultrapassaria as fronteiras.
Castela não desarmava; os seus
direitos à corda portuguêsa, con-
testados desde a primeira hora,
teriam de ser decididos pelas
armas,
Não havia que. perder tempo :
a decisão, por vezes, vale mais
do que a fôrça.
Jogava-se o destino da Pátria
num momento arriscado para ela.
Bem pequenino era o exército
que D. Nuno, em colaboração
com o Mestre de Aviz, D. João I,
aprestava para suportar as inves-
tidas do inimigo, numeroso, forte
e aguerrido. Valia ao nosso a
intrepidez, o esfôrço subrehu-
“mano que emana de uma resoluta
vontade de vencer quando a
Terra sagrada da Pátria está em
risco de sossobrar. Esse esfôrço
era o milagre com que contava
Nun’Alvares. :
“Venceu D. Nuno a indecisão
-de D. João 1, que, aconselhado,
também opinava pelo adiamento
da batalha decisiva, até virem
reforços de Inglaterra. Declarou
energicamente que afrontaria O
inimigo com as reduzidas tropas
de que dispunha, seis mil ho-
mens se tanto. D. João seguiu-o
e defrontou-se com os 30.000
castelhanos nos. campos de Al-
jubarrota a 14 de Agosto de
1385.
“Os portugueses venceram a
grande batalha. O milagre es-
tava consumado. Portugal fica-
va livre de horrivel pesadêlo;
Nun’Alvares Pereira despedaçara
a grilheta que estivera prestes a
unir-se para reduzir a Pátria à
escravidão degradante,
:
Se a Portugal inteiro cumpre
enaltecer a bravura indómita de
Nun’Alvares Pereira e prestar-lhe
em 1940 as homenagens a que
tem. direito, para o seu maior
brilho deve o concelho da Sertã
e, dum modo muito especial,
Sernache do Bomjardim, que tem
a honra de o contar como filho,
pois ali nasceu em 24 de Junho
de 1360.
Por maiores e mais brilhantes
“que sejam as provas de respeito
e veneração prestadas ao grande
Heroi elas só terão o valor de-
vido se o povo do concelho lhes
der, por ocasião das comemora-
ções, o calor de todo o seu en-
tusiasmo patriótico, numa mani-
festação expontânea de amor e
gratidão, que expresse bem os
nossos sentimentos de portu-
gueses e de conterrâneos.
em Sernache do Bomjardim, ao
grandefvulto, pagará uma dívida
ha muito em aberto. :
Pertence à Câmara Municipal
do: nosso concelho a iniciativa
de a saldar.
Tem a Câmara o apoio incon-
dicional de todo o povo do con-
celho da Sertã.
E. Barata
re
DOENTES
Têm estado muito doentes os
nossos amigos srs. dr, António
Vitorino da Silva Coelho, da
Póvoa, Sernache e Gus’avo José
Castelo.
Fazemos os melhores e mais
sinceros votos pelo rápido resta-
belecimento dos enfêrmos.
a
BENEFICÊNCIA
Para os pobres nossos prote-
gidos entregou-nos 20800 o sr.
Joaquim Andié Nunes, antigo re-
sidente em Luanda, actualmente
no Outeiro da Lagoa,
Os nossos melhores agrade-
cimentos.
O monumento a erigir, então,
da Silva Bártolo, da Estradinha, |.
dinamento do largo viu-se
que sem água era quási
inútil tentar tal melhoramento, e
logo se providenciou encanando-a
para dentro de Sernache que h je
tem numerosos marcos funtenários
donde e a jorra abundantemente.
= (O) que falta agora, pregun:
tou um dos membros da comis»
são de melhoramentos locais ?
— O ensinamento dos novos
pelo culto do passado, lhe res
sm que se tratou do ajar-
bro e não menos devotado pas
triota. a
E todos aplaudiram tam sensas
to alvitre, resolvendo logo levans
tar duas estátuas aos homens que
mais honraram, no. passado, a
nossa aldeia, D. Nuno A’lvares
Pereira e D. Manuel Joaquim da
Silva. CR
Aquele, um vulto quási lendá-
tio, que foi na terra portuguesa
um dos mais devotados paladi-
nos da independência pátria, Um
herói e um santo, o mais ilustre
dos nossos conterrâneos.
Êste, homem de ciência e pie:
dade, sernachense devotado a
quem a nossa aldeia tanto deve
pela consecução do seu primeiro
melhoramento, a fundação do se-
minário do extinto Priorado do
Crato. Fa ffBes
Foi no jardim da f-ente do Se-
minário que levantaram a êstátua
do ilustre Arcebispo, Está de pé,
na atitude de quem ora, tendo na
mão esquerda um rôlo emquanto
com a outra faz um rasgado ges-
to. Tem por único distintivo a
cruz peitoral que lhe assenta: <ô
bre a modesta batina, e penden-
desce, caprichosamente até aos
pés. Na coluna que lhe serve de
pedestal ha, em alto re êvo, um
grupo de aldeãos, representando
os povos agradecidos do Grão
Priorado do Crato. Na face opos-
ta ha uma insciição que não con-
servo de memó ia, ;
A estátua de Nun’A’lvares le-
vantada no jardim principal, é um
monumento mais grandioso como
pretendia honrar. Está de pé com
dura, tendo no braço esquerdo o
tenta uma Iznça em riste, Em fren-
te da sua está:iua, parece nos-es-
tá lo vendo a comandar aqueles
Soniho Dourado» Sermuche no Futuro
pondeu ‘um outro inteligente meme ,
te dos ombros a capa que lhe
pedia a fama do herói que se.
at marcial e vestido de arma-.
escudo emquanto na destra sus-.
quadrados imortais que cenquis .
taram as palmas da victória em
Atoleiros, Valverde e A’jubarrota.
Na face principal do monumento
lê-se: «A tua terra, intérprete da
pátria portuguesa, salida-te»; e
por baixo desta inscrição ha um
grupo de homens com braçadas
de louros que lhe estão depondo
aos pés, :
– Todos êstes melhoramentos fo
ram coroados com as obras que
acaba de ver aqui, e cuja conclu-
| são teve logar hº poucos anos. À
êste tempo: já Sein:che tinha os
magníficos hotel e teatro, que logo
lhe vou mostrar, assim como -O
Seminário tinha sido ampliado e
por completo reformado, . É
O Estado acabara por se con-
vencer dos relevantes serviços que
os missionários saídos daquela
casa prestaram e estão prestando
nas colónias ultramarinas em prol
da Religião e da Pátiia. Todos os
homens práticos reconheceram à
| neces idade de substituir no ul.
“tramar, Os padres estrangeiros por.
padres genuinamente portugueses.
| Após muitas instâncias o Govêr-.
no foi levado nesta onda de tam
sensata opinião e os seus olhos
caíram então sôbre o Seminário
de Sernache.
Em poucos anos, mandou am-
pliar o edifício construindo do la«
do do Chão das Freiras uma pat-
te mais vasta do que a antiga. Esta
foi, também, bastante melhorada,
“Actualmente todo o edifício tem
um belo aspecto, Enquanto nã.
parte antiga estão instalados os,
alunos, de preparató ios com cs
perfeitos, na parte nova vivem os
alunos de teologia: professores e
directores do Seminário. Têm re-
feitórios separados sendo comuns
apenas a disciplina, igreja e bi-
bliotéca. Esta passou do antigo
edifício para o novo onde se lhe
reservou um vastíssimo salão, dese
tinado a receber muitos. especta-
dores que queiram honrar com à
sua presença as academias literá:
rias que os alunos, freguentemen-
te, ali celebram. O salão da anti,
ga biblioéca utilizou se para a
montagem do gabinete de física
que nêstes últimos anos se com-
pletou bastante.
(Continua)
Do capitulo XI, de «Ser=
nache do Bomjardim»-—
traços monográficos de
Cândido da Silva Tei-
xeira, ;
Aproxima-se o Natal e com
êle a Festa da Família, a con-
soada tradicional, tam cheia de
alegria, ingenuidade e encanto,
celebrada entre flores e luzes na
comemoração do Nascimento do
Redentor, a que o Mundo Cris-
tão dá tôda a solenidade.
Ha a saborosa canja de gali-
| nha, fritos rescendentes, de mis-
tura com o apaladado vinho, sa-
boroso e cristalino néctar.
Só aos pobrezinhos não é dado
gozar as delícias da Noite de Na-
tal. Pois bem. Como cristãos
procuremos dar lhes alguma coi-
sa do muito ou pouco que temos;
nem por isso reduziremos a nose
sa abundância.
Entre os que podem praticar a
Caridade, ha muitos, se não to-
durante o ano inteiro, que têm
mesmo um ou mais protegidos.
Mas ha muita pobreza envergo-
nhada e também muito infeliz
que não pod» esmolar porque a
velhice ou a doença não lho per-
mite. Torna-se preciso propor-
cionar a êstes, particularmente e
a todos, dum modo geral, um
Natal sofrível; é o dever de to=
dos nós, um dever de solidarie-
dade e abnegação humanas Para
isto é preciso fazer uma distri-
Natal dos pobres da Sertã
dos, que socorrem necessitados.
buição de géneros graduada con-
soante as necessidades. Vamos, –
pois, como já temos feito, abrir
uma subscrição, contando, de an
temão, com o seu melhor êxito.
Esperamos que todos colaborem
nesta obra meritória.
Por outro lado desejamos le
zer a costumada distribuição de
agasalhos e roupas às crianças;e
velhinhos. Apelamos para o bom
coração e sentimentos altruístas
das senhoras e meninas da Sertã.
Deus ha de pagar-lhes o desvêlo
que puserem na confecção das
roupas destinadas aos corpitos
transidos de frio nesta quadra in-
clemente do ano.
Iniciamos hoje a subscrição:
«A Comarca da Sertã» 50800
ad
NASCIMENTO
Teve o seu bom sucesso no
passado domingo, dando à [uz
um robusto rapazinho, a sr. D.
Judite Vidigal Marinha dos Reis
e Moura, dedicada espôsa do
nosso amigo sr. dr. Flávio dos
Reis e Moura, distinto advogado
e notário na Sertã,
“Mãi e filho encontram se fes
lizmente bem,em,