A Comarca da Sertã nº166 09-11-1939

@@@ 1 @@@

 

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PR MRE?

TENS PDAS PAS vi O

 

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E

– rida, tam certo é que o nosso

– edavida dos campos, onde se

“tam fielmente os seas papéis

CAD O

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AVEN

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

—— FUNDADORES ear
— Dr. José Carlos Ehrhardt — |
Dr. Angelo -Henrigues Vidigal |)
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa. É

PRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

pe

, DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Composto e Impresso |
NA de

Cuando Sanata da JF tlva o onhesa TIP, PORTELA o
ARE REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO | EaD
RUA SERPA PINTO-SERTA Demo
TELEFONE

PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIKAS | e 112 |
-— a Es c sds E É FER é ao ga DE $ E
NO IM | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | ia CERA

No – 1066 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Emêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) | 4939 –

 

 

 

 

 

 

FORA M publicados: um de-
creto lei tornando obriga-.

tório aos produtores de là ma-.|’

nifestar perante a Junta Na-.
cional dos Produtos Pecuários.

(J. N. P. P.)as quantidades |

de-lã em bruto que tiverem em
seu poder, qualidade e logar
onde estão depositadas; por:
taria permitindo à mesma Junta
estabelecer os preços das làs,
que se tornarão obrigatórios,
depois de sancionados, ou al-:
terados. em portarias pelos
Ministros do Comércio e In-
dústria e da Agricultura.(Tor-
na obrigatório às entidades
singulares ou colectivas que

exercem o comércio de lãs ins= |

crever se na j. N. P. PJ); um
decreto-lei permitindo à Dire-
cção Geral dos Serviços Agri-
colas restringir a produção de
trigo para semente com garan»
tia oficial a determinadas re:
£iões ou zonas.

E Jam

COMO haviamos previsto, a
– sessão cinematográfica de
6.º feira passada, em que a
Lusa-Filmes, Ldº, de Lisboa,
apresentou a «Aldeia da Rou-
pa Branca», for;muito concor»

público tem particular predi-
tecção pelosefilmes portugnê
ses, o que não é de admirar
porque êles encarnam melhor
asua personalidade, são a ex.
pressão da sua psicologia; os
episódios giram, geralmente,
à-volta de costumes ancestrais

encontram a doçura e encanta:
mento que. satisfaz o nosso
sentimentalismo.
“Não tem, por emquanto, o
cinema nacional a urdidara do

 

cinema estrangeiro, faltam lhe
o que é mais, os bons actores, |
os: verdadeiros artistas que,
emprestam à arte da imagem |
a vida real, sem exagêro e sem |
pieguice, mas. mesmo assim, |
não se troca um pelo outra. |
“Tem o nosso cinema, velo.
menos o que trata da vida!
campestre, uma grande supe
rioridade: a música popular;e
genuinamente portuguêsa, que
tam bem nos fala ao coração.
À «Aldeia da Roupa Bran-
ca» agradou-nos muito,
Beatriz Costa e Santos Car-
valho, protagonistas, interpre-

num admirável à-vontade. To-
do o filme é cómico, destacan-
do se o arraial da zaragata.
Enfim, é uma película que,
seja-nos permitida a expres-
são, serve para desopilar, E
nisto está o seu condão.
“Para o mês que vem tenciona
a mesma emprêsa trazer-nos q
«Canção da Terra», outro fil
me que nos dizem ser bom.

 

– E, se assim é, o melhor é ir
vê-lo,

 

Sertã antiga e Sertá moderna
ABES

«Diário do Govêrno», referente a 6 de
Fevereiro de 1936, publicou uma pos-
tura, determinando a mudança do an-
tigo escudo da Sertã. O novo escudo
; “é constituído por — Um castelo ladea-
do por dois rios. — Este facto, de grande alcan-
ce cívico, muito enternece a minha sensibilidade
de «sertanense»… Portanto: não é supérfluo re-
lembrar, à moderna plêiade, o imenso esfôrço,
raivosamente — seja-me relevado o advérbio —
pertinaz, levado a efeito por um pequeno grupo
de «bairristas», conseguindo, tão brilhantemente,
demolir, de vez, uma desconcertada lenda que,
algumas individualídades, com responsabilidade

no melindroso assunto, abstractamente, chamam.

— «tradição histórica» |…

apoiar certas «bandarricess de nefilibatas de
ideal alheado da imutável Verdade !

Vem a propósito, e para elucidar os ilus-
tres leitores de «A Comarca da Sertã» — que

tão gentilmente quere hourrar a nossa terra —

transcrever para as suas páginas o capítulo XLIV
de o meu modesto, mas muito volumoso origi=
nal — «Casos tristes e Casos al gres». .

Ei-lo: A minha proposta de mudança de

o escudo da Sertã, apresentada à Câmara, a 5 de
Janeiro de 1913, que tão confusamente deixou

alguns obstinados «cavernículas», pois viram
claramente, naquêle movimento de renovação,
que a sua fantástica heroína não tinha já grande

lirmeza no pedestal de glória, que mãos inéptas,

estultamente, lhe haviam erigido…

– Antes da sessão camarária, escrevia eu ao
presidente, e meu saiidoso amigo Zeferino Lu-
cas: (infelizmente falecido há uns seis anos).

«Sôbre a proposta que vou apresentar, na

próxima segunda feira tem o ilustre senadôr
Tasso de Figueiredo, a palavra, apreciando a-

como entender… A minha proposta tem por

fim fazer um pouco de propaganda, e ao mesmo

tempo chamar a atenção de tôdos aquetes que

nos podem auxiliar em cujo número incluo o

meu prezado amigo Zeferino.

Está hoje provado que Sertã deriva das
palavras latinas «Sarta & áquae» — que signifi-
cam se:zir águas. (junção) Tambêm está averi-
guado, que o bronco arvorado em escultor, to-
mou por uma sSertagem (frigideira) o escudo do
claviculário São Pedro, representado por um
braço da cruz de Malta, com a sua competente
chave, descomunal, e uma dezena de pregos de
enormes cabeças, dos que costumam empregar
nos carros serranos, significando os 10 manda-

mentos da religião cristã. (Os profanos são re- –

fractários a êste simbolismo…)

Se, o «mestre de sinzel» refletisse um.
pouco havia de ver que ovos inteiros não se po-.

dem estrelar ..»

– Antes de apresentar a proposta de mudan-
ça do escudo, esforcei-me, no sentido de concre-
tizar as minhas ideias, dizendo :

«Na sessão anterior desta Câmara fôram

apresentadas algumas propostas relativas a as»

suntos meramente materiais… Mas, nem só de
pão vive o homem! Por isso vou hoje timbêm

apresentar uma proposta que, importa uma alta
questão moral e racionalista — trata-se dos em-

blemas da Sertã,
P natural que eu mais uma vez seja alcu-
nhado de lunático, titulo êste, aliás para mim,
muito agradável, pois tenho grande prazer de ser
considerado um dos maiores amigos da Lua — o
astro de beleza — que tanta influência exerce na
vida terráquea ..
Eu prevejo, meus senhores, que, do lado
leste desta Câmara, a minha proposta vai ser ri-
jamente combatida por alguns dos meus ilustres
colegas… Realmente, é doloroso e confrangen-

ie ver apear do seu pedestal de grandeza — uma |

A história não póde servir nunca, para |

 

heroína — que conta mais de dois séculos e meio
de existência…

Mas as coisas são como são. Eu, não
posso concordar com aquêles quê dizem: «as
lendas devem sêr respeitadas… <Tôdas as len-
das que representam uma ideia errónea e absurda,
devem sêr demolidas para bem da Verdade. Eu,

não quero mais por emblema da Sertã, uma fri- |
* gideira…
– rios, com a seguinte legenda — «Ladeada ipor
– águas».

Mas, sim um castelo ladeado por dois

Segue-se a proposta:

«Considerando que o sistema implantado
pela Revolução de 5 de Outubro de 1910, é um
sis’ema progressivo, e, de mc Ide a acabar com
tôdas as velharias, quando estas não representam
outra coisa senão ausência completa de uma crí-

tica sã e indagadora; Considerando que está hoje:

demonstrado com factos concretos, que os emble-
mas do escudo da Sertã representam uma errónea

| e desconcertada lenda, que ninguém, dotado de) co Re
; E eo “| SUCEDEU, recentemente, te-

bom-senso, póde hoje aceitar

Considerando ainda que é urgente acabar,
o mais depressa rossível, com a garridice pre
judicial que pesa sôbre os nossos conterrâneos,
que daqui estão ausentes, em virtude do emble-

ma da Sertã oferecer confusão e palpáveis dúvi-

das.

Proponho que seja encarregado o ilustre
presidente da Câmara a-fim-de Sua Ex.º empre-
gar tôda a sua valiosa vontade junto do ilustre

êste considerado homem de ciência, com a pos-
sivel brevidade, dote êste município com o es-
cudo que lhe pertence,

Sertã, Sala das sessões, em 5 de Janeiro
de 1913.»

O vogal — Siriaco Santos.

“No final da sessão tomei ainda a palavra
e disse :

– «Os argumentos que venho apresentando,
tanto verbais como escritos, têm sido coligidos

dos artigos da autoria do ilustre arqueólogo San-.

tos Ferreira, produzidos numa contenda jorna-
lística, de há muitos anos, entre dois escritores e
igualmente dos dois factos concrétos: o escudo
de São Pedro. que representa a «porta simbólica
do céu…» que erradamente foi tomada por uma
sertágem — realmente, dá uns longes… (Igreja
matriz, lado sul) Depois de terem arranjado a
frigideira veio a cheroína» e o resto… E da le-
genda latina — «Sarta & áquae» — «Ladeada por
águas»). Fº claro que, estando o caminho das
invenções aberto, não foi difici! engendrar len-
das disparatadas como foi a de «uma alta e no-
bre dama correr os serracenos com uma fritada
de ovos — com casca € tudo…» (Veja-se fonte
da boneca). a
Na sessão seguinte, que foi muito movi-
mentada, esforcei-me em prol do meu objectivo,

dizendo entre outras coisas:

-— São humildes e muito pobres os meus
recursos oratórios, mas creio bem ter já dito o
suficiente para demonstrar que tenho encarado
esta questão com olhos de ver, e não com aquele
sentimentalismo piegas, impróprio de meu carác-
ter e das minhas ídeias racionalistas.

Felizmente, os factos que venho apresen-
tando estão bem patentes aos olhos de todos,
mas se assim não fôsse, bastaria lembrar que,
para correr os serracenos de uma grande parte
da Lusitânia, não foi preciso travar a mais pe-
quena batalha: a História nos diz que o nosso
querido torrão não era o meu próprio para a sua

expansão de beduinos…

“(Continua na 4.º pagina)

 

 

 

RR | lápis

 

 

 

O dia de Finados rezarama.
-se muitas missas na Igres:
ja Matriz, na Igreja da Mises.
ricórdia e na capela de Santo
Amaro. Também na Igreja Mas:
triz se celebrou um ofício. Es.
tes actos tiveram larga fres
giiência de fiéis, que trajavam
rigoroso luto. “
‘O cemitério foi muito visis
tado e dezenas de pessoasoras
ram junto das sepulturase ja
zigos dos seus mortos, espar-:
gindo sóbre as campas lindíse.
simos ramos de flores.

+

|O primeiro mercado deste mês

esteve muito concorrido,
aparecendo alguns bonitos

exemplares da espécie suína.

gra

rem sido mordidas, por

cão que se suspeitava raivoso,
tem Quartos de A’quem, fre-
guesia de Alvaro, quatro pes-
‘soas da família de Augusto:
“Moreira, seguindo elas, depois;
para Lisboa a fim-de se sa:
bmeterem ao tratamento antiv
“rábico. EA
antiquário Santos Ferreira (iá falecido) para que |

E êste facto, vergonhoso sem,

dúvida, repete-se todos os dias.

no País, fornecendo o nosso:
distrito, ao Instituto Pastenr,.

elevado número de doentes par.
ra tratamento.

Ha um decreto que, tendendo»

a assegurar a profilaria da:

raiva, torna obrigatório o re-
gisto de animais da espécie:

canina e procura reduzir o sem
número, reconhecendo, todavia;

os serviços que prestam na

guarda de rebanhos e de cas

sais, nas povoações onde não
ha policiamento, e aos relati-
vos ao desporto venatório.

Considera-se indispensável.
o uso do açamo e tem-se les
vantado uma campanha nó
sentido de tornar obrigatória.
a vacinação anticrábica. as

Pois, não obstante tudo. ige.
to, a lei ê calcada muitas,

vezes e perante tam grande:

incúria, desmazêlo e ienorân-
cia é de admirar que a raiva
não tome mais sinistras €
horrorosas proporções. ss

A Câmara Municipal de Lise:
boa não esteve com meias mes
didas: fornou obrigatória e:
gratuita a vacinação anti-ráx
bica dos câis com mais de
quatro mêses de idade. Sem a:
vacinação não são passadas
as licenças. jo

Antes de tudo, está a saúde
pública.

«pera e

peditório feitojnesta vila;

nos dias 1e 2 do corrente,

por um grupo de senhoras, em

benefício dos cancerosos, ref

deu 162800,00,

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

 

 

 

 

| arirmo!

 

GARANTO!

E é no dedica

o

 

 

 

‘ Rua Actor Taborda,

“Onde se come e fornecem almoços e jantares ao do-
micilio com mais asseic é economia
Serviço esmerado de cezinha com pessoal de
competência. O seu proprietário agradece a visita
do público em geral que será
| tratado com todas as atenções pelo pessoal da casa,

ABERTO TODA A NOITE
AURELIO ANTUNES BARATA

 

2 a 24 -Tel. 4 1359

 

 

Bandeira da Sertá
Numa montra dos. estabalecie
mentos do sr. Antonio à
Lourenço, à rua (Qândido dos
Rei, está exposta uma linda ban-
deira da Sertã, toda de seda,
bordada, recentemente adquirida
pela Câmars Municipal,

A constituição hiráldica da
bandeira, armas o sêlo do nosso

;mauicipio, como se sabe, é & se-
Euinte:

Bandeira — Baquianelada de
branço e negro.
las de prata e negro. Lança e has-
te dourades,

“Armas— De vermelho com ume
tórre torreada de prata, aberta e
Muminada de negro. Em chefe,
de ouro, ums eertã de negro,
acompanhada por duas cruzes de
“vermelho, uma do Templo e ou
tra de Malta, Em contrachefe,
dois rios, de prata e de szul, que
se ligam ao centro e seguem pa
ra o pó do escudo. Corda mural
de quatro tôrres de prata, Listel
branco cora os dizeres «VILA
DA SERTû o

“STERNIT SARTAGINE HOS
quo a negro,

E e
Fo

E não deixa de ser curiosa a

“coincidência da exposição da ban-

deira com o editorial, hoje inse-
rido, da pene do nosso colabora-
dor e dedicado sertaginense sr,
Sirtaco Santos, uma das pessoas
que mais se empenheu, durante
muito anos, pars que a Sertã
pusesse de parte velherias e
adoptasse, dofnitivamente, se
“rmãs que a eva fundição e Li –
tória empenham de há muito e

sobretudo depois que se proces

“den a investig:ções minuciosas,
que destruíram velhas lendas.
“Sirlaco Santos pode dizer, com
orgulho, que venceu uma carta:
da dificil e que viu triunfar a
Verdade, como outros dedicados
E

– HUMORISMO

“Dois homens, antes de se em-
briagarem, combinaram encontrar-
se- no dia seguinte, a fim de um
cóntar ao outro como fôra reze
bido pela respectiva cara-metade.
+ —(Quando cheguei em casa—
disse o primeiro—a patrôa me
recebeu com uma chuva de desa
fóros. Ee

” —Pois eu see: o segundo—
ao entrar em casa, meti. «me den
tro do guarda roupa, enquanto a
minha mulher, com um cabo de
vassoura na mão, gritava :

« Seu cão, seu sem vergonha,
se você é homem sai daí de den-
tro… e
“ —E você. saiu ?—pregunta 0
primeiro.

‘ —Qual, nada, retruca o outro,
em minha casa dm manda sou
eu.

É é : E

-— Recapitulemos. A senhora
tem dores nas costas, falta de ar,
tonturas. …Qual é a sua idade ?
-— Vinte e seis anos, doutor.
«Hum | Tem perda de memó.
ga também 2…

(Do «Vamos-ler |

Cortões e bor’

«SARTAGO

da Silva |’

t

Neerologia“f

“Pedro Fernandes

Faleceu no passado domingo,
pela 1 hora, no Outeiro da La-
goa (Seria), donde era natural, o
sr. Pedro Fernendes, que de há
muito se encontrava gravemente
doente.

O extinto, muito estimado pe-
las euas qualidades de cerácter,
contava 61 anos de idsde e regia
dira durante 32 anos na colónia
de Angole,
quási todo ôste período, sócio da
firma Siriaoo Tôrres & Comt.?,
do Dondo, vivendo nos últimos
anoe no Libolo, como negociante

8 egricultor; há b anos que re-

gressara à Metróple,

Deixa viúva a sr2 D, Edviges
Nunes Fernandes e sete filhos:
os era. Mancel Meagalhãis Fer-
nandes, do Dondo, Lsonardo Ma-
galháis Fernandes e Dário Pe-
dro Fernandes, de Lisboa, D.
Celina, D. Rogéria e D, Gabries
la Pedro Fernandes e o menino
Carlos Pedro Fernandes, do Ous
teiro da Lsgoe; era cuihado do
nosso amigo ar. Sirísco Santos,

| também eli residente.
O funeral, Rita din iria mento

concorrido, realizcu-se no mese
mo dia, pelas 17 horas, nêle to-
mando parte à Filsrmónica local.
A toda a família enlutada apre-
sentamos sentidos pêsames,

 

ANUNCIO
“es Publicação)

Por êste Juizo e Primeira
Secção da Secretaria Judicial,
nos autos de Execução que o
Ministério Público move contra
Manuel João e mulher Concei-

“Ição dos Santos Barata mora

dores no logar do Lameirão,
fregucsia de Alvaro, correm é:

“| ditos de vinte dias a contar da

segunda publicação citando os
crédores desconhecid: s, para no

prazo de dez dias, tindos que

sejam os élitos deduzirem
o seu petido, indicando a
natureza, montante e origem do
seu crédito, oferecendo logo as
provas

Sertã, 23 de “Outubro de
1 939.

Tn
O Juiz de Direito
Armando Tcerres Paulo

O Chefe de Secção
José Nunes

 

nd rent

Cogio TAL SEARA

Curso dos Liceus
“O ne
Instrução Primária

 

Sernache do Bomjardim

t-ndo sido, durante:

ANUNGIO
— 1º Publicação

Por êste se anuncia que se
acha ab rta a correição nesta
comarca, por espaço de trinta
dias, a começar em doze de De:

zembro do ano corrente e a ter

minar em onze de Janeiro do
ano dz mil novecentos e qua-
renta, a tudos os Oficiais de
Justiça deste Tribunal, Julga-
do Municipal de Oleiros e Jut-
zes de Paz, a qual abrangerá
todos os livros, papéis e pro

cessos começados ou findos des-
de um de Janeiro de mil no-
vecentos etrintae nove em dian-
te, devendo as entidades com-
petentes apresentar as relações
respectivas, com os livros, pa:

péis e processos referidos, nos
termos legais, e podendo quais

quer pessoas durante aquele
prazo de trinta dias apresentar
ao Juiz da Comarca quaisquer
queixas que tenham a fazer dos
Funcionários sujeitos à mesma
correição.

Sertã. 2 de Novembro de
1939.

Verifiquei
O Juiz de Direito, 1.º Substituto
Carlos Martins
O Chefe de Secção
“José Nunes

ANUNCIO

1.º Publicação

 

 

 

Faz -sesaber que pela terceira
secção da Secretaria Judicial
desta comarca, e nos termos do
artigo oitecentos e sessenta e
quatro do Código do Processo
Civil, correm éditos de vinte
dias a-contárda segunda publi-‘
cação do respectivo anuncio, ci-
tando quaisquer credores desco
nhecidos nos autos de execução
sumária, digo, nos autos de exe
cução fiscal administrativa, em
que é exequente a Fazenda Na-
cional e executado João Bara-
ta, do Cavalo, freguesia de O:
leiros, para no prazo de dez dias,
depois de findo o prazo dos é
ditos, deduzirem os seus direi
tos de pugamento, indicando a
natureza montante e origem de
seus créditos e oferecendo logo
as provas,

Sertã, 28 de Outubro de
1939.

Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3,º Secção, int.º,
Armanod António da Silva

4 INTIINGIO
(2.º Publicação)

Por éste Juizo e Primeira
Secção da Secretaria Judicial,
nos autos de Execução Fiscal
Administrativa que a Fazenda
Nacional move contra Miria
de Jesus, viuva, moradora no
[logar da Codeceira Grande,
correm éditos de vinte dias, eu
tando os erêdores desconhecidos
para no prazo de dez dias, tindos
qu: sejam os éditos, deduzirem
o seu pedido, indicando a na-
tureza, montante e origem do
seu crédito, oferecendo logo as
provas.

Sertã, 24 de
1939,

 

 

 

Outubro de

Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe de Secção,
José Nunes

 

 

 

aà mms; Porno E Basencennános, a orli PvarneeÃmm

A Pernambucana, L.-

CASA DE CAFÉS DO BRAZIL
Composta dos ex-empregados de A BRAZILEIRA, Ld’,
Joaquim Ferreira e Joaquim Duarte, que passou a explorar

negócio de

CAFÉS CRÚS E TORRADOS.

Esmeradíssimo e muito afamado é já o tipo de café A. P.:

próprio para venda à chavena,

Mantêm se os preços e condições estabelecidas
Dirija-se V. Ex.” sem demora, à

A PERNAMBUCANA,

que será prontamente servido

Lada

ANAL AAA em

RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO, 1

Telefone 2 SSºSL

a Sirene Ep papa Gon Ro Cai :

LISBOA

 

ANUNCIO

No iai 8 u do corrénte mez de
Novembro, pelas 12 horas, à por=
ta do Tribunsl Judicial desta cos
marca da Sertã, se há-de proces
der à arrematação dos prédios &
seguir indicados e pelo maior lan-
ço oferecido acima dos seus res-
pectivos valores.

PREDIOS

 

1.º — Uma terra de oliveiras e
testada, no sitio do Jardim, free
guesia do Orvalho. Vai pala se-
gunda vez à praça no valor de
tresentos escudos, 300300.

2.º — Uma casa de habitação
com um andar é loja, no eitio da
Carreira, freguesia do Orvalho. 1
Vai pela segunda vez á praça no
valor de quatrocentos escudos,
400500,

3,º— F’ma terra com oliveiras,
sita à Ribaira do Amieiro, limia
te dito, na freguesia do Orvelho.
Vai pela segunda vez á praça no
valor de cento e quarenta esou-
dos, 140800.

4,º — Uma terra com oliveiras,
sita & Presa, limite dito, na fre-
guesia do Orvelho, Vai pela se-
gunda vez à praça no valor dé
tresentos escudos, 300500.

5.º — Uma terra com oliveiras
e testada, sita no Sobreinho, li=
mite dito. Vai pela segunda vez
à praça no valor de tresentos es=
cudos, 300500.

6.º Uma terra de cultura aita
à Peçalgada, limite dito. Vai pe-
la segunda vez à praça no valor
de duzentos e cinquenta escudos,
250800.

7.º — Uma terra com oliveiras.

sita ao Jardim, limite dito. Vai
pela segunda vez à praça no vãs
lor de duzentos e cincoenta es-
cudos, 250200,

8.º — Uma terra com oliveiras
e testada, sita no Moinho do Cu-
bo, limite dito. Vai pela segunda
vez á praça no valor de cento e
setonta e cinco esoudor, 175800,

9.º — Uma terra com oliveiras

e testada, sita à Bouçe, limite

dito. Vai pela segunda vez á pra-
ça no valor de trinta e cinco es-
cudos, 35500.

10.º—Uma terra com oliveiras
e testada, digo, uma terra com.
castanheiros é testade, situ na
Carvalheira. Vai pela segun ia

vez à praça no valor de cento é
o É º SI e origem dos seus créditos e ofes

cincoenta escudos, 150500, E
11,º — Uma tera de cultura ais
ta à Costa, Vai pela primeira

vez à praça no valcr de, digo, |

vai pela segunda vez à pr-ça nO
valor de quatrocentos e cingõens
ta escudos, 450300. |

122º — Una terra com olivei-

ras agita à Press, Vai pela seguu-

da vez á praça vo valor ds cine
coenta escudor, 50500.

13º — Una terra com um so-
breiro, sita na Lomba de Santo
Antonio. Vai pela segunda vez
à praça no valor de déz escudos,
10800.

14,º-T na terra do cultura com
oliveiras e testada sita 80 Jar
dim. Vai pela segunda vez à pras
ça no valor ide quatrocentos es-
cudos, 400500. :

150. — Uma terra de cultura
com oliveiras sita á Estrada, Vai
pela segunda vez é preça n0 vá+

 

E
|
|

 

lor de quatrocen’o: eusvinte é
cinco esoudos, 425590.

16.º—- Uma terra com oliveiras
eita no Moinho do Onbo, Vai pe-
la segunda vez á preça no velcê
de cinboenta escudos, DOS0O. +

Todos estes prédios situados.
na freguesia do Otvalho, conc’=
bo de Oleiros, e penhorados noá,
autos de carta precatória vinda
do Juizo de Direito da comarcá

“ido Eundão e extraida da execn-:

ção por custas e selos que o Mis:
nisterio Publico moves contra Jus
sé Dias Gama, casado, proprios.
tario, morador em Bogas de Bai-.
xo, concelho e comarca do Pane
dão,

São por este anuncio cisados,
quaisquer credores incertos pata,
assistirem à arrematação das
anunciáda,

Sertã, 6 de Novembro de 1989,

— Verifiquei
O Juiz 1.º substituto —
C. Martins
O Chefe da 2.º Secção, |
Angelo Soares Bastos

 

 

1.º Publicação

Faz saber que pela segunda
secção da Secretaria Judicial,
da Comarca da Sertã, e nos.
termos do artigo 864 e para os:
fins do artigo 865 do Codigo:
do Processo Civil, correm édi-
tos de vinte dias a contar da;
segunda publicação do respecii ;.
vo anuncio, citando quaisquer,
credores desconhecidos nos au-‘
tos de execução hipotecária em:
que são exequentes, Carolina,
de Jesus e marido Manuel Mars,
tins Dias, proprietarios, mora
dores na vila de Pedrógão Pe-
queno, e executados, Martinho
Numes e mulher Maria de Je:

sus Miguel, proprietários, mo»,

radores no Seixo Fundeiro, fre,
guesia do Castelo, para no pras
zo de dez dias depois de findo à
prazo dos éditos, deduzirem 08
seus pedidos de pagamento, im –

dicando a natureza, montante

recendo logo as provas.

Sertã, 1 de Novembro do
19839, FARA
Veritiquei +
O Jur de Direito o
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção
Angelo Soares Bastos

 

PROFESSOR.

com larga prática de ensino, ex-
plica ensino primário, secundá «
rio (1º e 2º ano), admissão
aos liceus e curso de Fegenttos
escolares

– Dão»se informações: nesta Re.
dacção, pa

Anuneio .

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca d a Sertã

 

FUTEBOL

Para domingo, 29 de Duibro pro-
moveu o onze da «Académica» local
um desafio de futebol com o gtupódes-
portivo da Escola Industrial e Comer-
cial «Jacome Ratton», de Tomar. .

“Chegou o grupo visitante, em ca-
mioneta especial, cerca das 14 horas,
sendo acompanhado do professor de
estenograiia, sr. Francisco Antonio Ai-
vado; vinham ainda alguns alunos do
Colégio Nun’Alvares e diversas pes-
soas de Tomar, entre as quais o nosso
patrício e amigo sr. Adolfo Farinha, di-
gno to: Sargento. de Caçadores 2.

“No Largo Ferreira Ribeiro, não obs-

 

– tante a chuva impertinente que caia,

cs visitantes eram esperados pelos jo-
gadores locais, pela Filarmónica União
Sertaginense e por bastante povo. Mal
desceram do auto-car, a Filarmónica
executa um | passo=-doble, ‘: lançam-se
muitos foguetes e toda aquela mole de
gente partiu, Rua Cândido des Reis,
acima, em direcção à sede do Serta-

nense Futebol Club, sendo os jogado-|

res de Tomar muito vitoriados, corres-
pondendo às saiidações com’ todo o
entusiasmo. ;

Na sede daquela associação foi ofe-
recido um lanche aos visitantes, tro-
cando-se calorosos brindes. Prontos os
jogadores para o desafio, que a chuva
aborrecida e incessante não conseguiu
frustrar, partem em direcção ao campo.
O tempo melhora, deixa: de- chover,
mas o campo êstá em deplorável esta-
do, formados, num e noutro ponto, pe-
quenos lagos,

Começa o jógo perante o maior in=
terêsse da-assistência, reduzida como
é de supor por virtude da intempérie,
De parte a parte luta-se resolutamente,
a princípio, cada grupo, procurando co-
nhecer a técnica e a força contrárias e
depois fazendo-se jogadas impetuosas,
indiferente, cada qual, ao lamaçal tre-
mendo em que quási todo o quadrilá-
tero se converteu, estatelando-se os
jogadores uns após outros e provocan=
do estrepitosas risadas na assistência.

A pugna, em condições tam duras,

e, quiçá perigosas, não faz diminuir o
ardor dos adversários, que estão dis-
postos a vender cara a vitória. Temos
a impressão, por vezes, de que assis-
timos a provas de patinagem. e talvez
de «Water-polo», mas não de futebol !
De, princípio: as: forças tendem a
equilibrar-se, mas, os de Tomar, me-
tendo o. primeiro. «goal» e como des-
vendando um segrêdo impenetrável,
levam os da Sertã de vencida, conse-
– guindo chegar ao fim da primeira par-

– tecom4a la seu favor.

“Espera-se que a 2.º parte marque
uia, posição vantajosa para a «Acadé-
mica» e que se consiga um empate ou,

pelo menos, uma diferença insignifio Ê

cante contra a Sertã..

“Minutos depois de iniciada a 2a
parte do jogo, os da «Académica» ata-
cam com violência e conseguem estar
muito próximos do «score» alcançado
pelos tomarenses, O: público da Sertã
põe as melhores esperanças na tática
dos: seus jogadores. Mas elas pouco
duram: Diogo, desatento e imperito,
as defesas-sem acção coordenada, dei-
xam entrar 5 «goals» num pequeno
lapso de tempo, tendo, por sua vez,
encaixado 4 nas redes contrárias, du-
rante o 2.º tempo.

““A-pesar-de se chegar’ao fim com o
resultado de5 a 9a favor de Tomar, a
verdade é que nós, leigos nesta maté-
ria, O que não temos dúvida em afirm
mar, ficámos com impressão de que 0,
«team» da Escola Industfial não é mui-
to superior à «Académica», tendo esta
elementos de valor que aquele não
apresentou, notando=se ainda que O
grupo local estava desfalcado de al»
guns dos melhores jogadores. Para tal
resultado contribuiu muito, anosso ver,
a-falta de uma séria preparação de.)
parte dos jogadores da Sertã, que não
tem sido tomada a sérioe a pouca des-
treza do guarda-redes, que.não pode
garantir a homogeneidade ‘do «team».

De parte a parte jogou-se com cor-
recção e a arbitragem de: Manoel Ana:
tanio dos Santos agradou, não pou-
pando as penalidades que entendeu de-
vêr aplicar fôsse contra quem fôsse.

»’«Pelo grupo da Escola Industrial ali-,

nharam : Crespo, Magalhãis, Mota, An-
dté, Pata, Faria, Inácio, Esmeraldo,
Zeca, Barata, ‘David e pela «Académi-
ca»: Diogo, Correia, Manta, Murti-
fheira, Jorge, Henrique; Egas, Anibal,
Zeca, Leitão e Angélico.

Ão grupo visitante foi servido, Sa
pois do Jogo, um copo de ea nas
salas do S. F.C…

j ore
“aMotoristas do distrito de
“Castelo Branco

 

= No interesse da respectiva clase
se, começaremos, dentro em bre-
ve, a publicar as cláusulas do
contrato colectivo de trabalho
geo motoristas do nosso distrito.

eg) dg
Os amigos fla “Comarca,
“O nosso amigo e patrício St.

ne Pedro, de Lisboa, indica-
nos, como assinante, o sr. Leos:

nardo Magalhãis Fernandes, da;

mesma cidade. |
Muito obrigados,

 

PRODUÇÃO E COMÉRCIO

 

– pão á maquia,,

Pio decreto En
de Agosto do ano corrente; fui cone
cedido movo prazo para-registo, na
Inspecção Geral das Indústrias +
Comérci Agricolas, dos fornos de
cozer pão à muguia existentes à
duta da publicação do dacreto nº
18.820; de 5 de Setembri de 1930

Esse prazo, o terceiro que é con
cedido, é de 90 dins “contados da
data em que entrou em vigor O
mesmo decreto-te;, tato é, termina
am13 do Nobembro próximo o re
cebimento da partie’pação a que se
refere o art go 14, o do po dt
ploma,

“Pindo êste novo prazo não E
rão ser legalizados mais fornos
desta natureza, devendo ser demo-
lidos todos aqueles cujos possuido-
res não tenham procedido á devida
inscrição além da aplenção du
multa de 500400 e respectivos adi=
cionais

A portir de 18 de Novembro
procederá a mesma Inspecção Ge
ral contra todos os individuos que
não tenham observado rigorosa-
mente esta preserig ão: legal,

Manifesto de produção. agri-
cola, Manifesto de azeite

Nos termos do decreto n.º 26.408
todos 08 donos ou arrendatarios de
“fábricas e lagares de azeite: são
obrigados a declarar, em imprese
sos proprivs. nas administrações
dos bairros, até 5 ‘a 20 de cada
mês, as quantidades de azeite fabra
cado na quinzena anterior, prove-
niente de azeitona da própria pro-
dução e adquirida por compra «os
produtores cujos nomes deverão
méncionar, bem como a quantilade
de azeite correspondente a cada um
dêles; e uinda, participar, por es-
crito, nas mesmas administrações o
inicio e termo da moenda, aquele
com otto dias de antecedencia e es
te no dia imediato ao cessar a: a
Doração do lagar.:

“Todos 98 agricultores são ole
gados a monfestar, até 31 de Des
zembro próximo. a produção agrio
cola de milho de sequeiro di,
arroz, feijão, batata de regadio,
figo seco, uva para milho, castanha,
azeite para conserva e cortiça, em
impressos próprios, que se distri-
buem nas; regedorias respectivas,
onde devem ser ds doido as declas
rações,

Oro

COR RESPON DENCIAS

Lembramos a todos os nossos
estimados Correspondentes, da
área da Comarca, a necessidade
de nos enviarem as correspon-
dências das suas freguesias com
mais fregiiência, pelo menos uma
vez por mês. . :

Got a e
Paróquias da Madeira e Sobral

Por falia de saúde, deixou de
exercer as funções de presbítero
da Madeirã e do Sobral, o nosso
amigo Revd.º P.º Manoel Tomé

| da Silva, sendo substituido pelo

Revd.º P.º Manoel Heitor.

O Revd.º Tomé da Silva exer-
ceu, durante largos anos, naque-
las freguesias, O sagrado minis-
tério, com todo o zêlo, dignida-
de e alto espírito de sacrifício. O
cumprimento rigoroso dos seus
deveres de sacerdote, aliado ao
fino trato e rectidão de carácter,
tornaram querida e respeitada a
figura do bondoso pároco nas
“duas freguesias, onde a popula-
cão, boa, fidalga e sincera de
seu: natural, ha de sentir o afas-
tamento do seu antigo pastor,
sem quebra, evidentemente, da
consideração e alabilidade que
ao Repeat ao actual,

Crea o
Auxílio à Filarmónica local
O nosso patrício e amigo sr.

‘ templou a nossa Filarmónica com
o donativo de 100800, |

‘ À Direcção Entadeça sincera-
mente reconhecida…

 

 

Mas

| À naldo Francisco Ribeiro, antes
de embarcar para a Africa, cons |

2 99,815. do 10

c dia de Cristo-Rei e da

Acção Católica, 29 de

Outubro, foi, simultanea-

mente, o dia em que se encerra-

ram os trabalhos e cerimónias
da campanha da família.

Na Sertã, as senhoras da Acção
Católica e as raparigas da Juven-
tude Católica, promoveram di-
versas práticas, e, durante o trí-
“duo, consagraram o primeiro dia
aos pais e mãis, o segundo aos
jovens e o terceiro à infância, fi-
cando. também, reservadas para
êste último as conferências des-
tinadas a expor os meios de fe-
cristianizar a família.

Em cumprimento dêste pro-
grama efectuou-se,
Tasso, na noite de 29 de Outu-
bro domingo, uma- grandiosa
sessão solene, que decorreu com
a maior elevação e interêsse,
vendo-se-as galerias e a plateia
apinhadas de povo de tôdas as
categorias sociais da Sertã e bas-
tantes pessoas de fora.

No palco formaram as rapari- |

tgas da J. C., apresentando os

seus singelos uniformes de saia.
e blusa azúes; ao centro via-se a
mesa, a que presidiu O sr. dr.
Rúben de Carvalho, secretariado
pelos srs. Henrique Pires de

cénio estava lindamente deco-
rado.
“Entoa-se um hino jocista, su-

mas.

O sr. dr. Rúben É Catvalho
expõe os fins da sessão solene,
que marca o epílogo da cam-
panha da família, promovida com
o maior entusiasmo e espírito
cristão pelas senhoras da A. C.;,
e raparigas da |]. C, da Sertã.
Faz a apologia da família, afir-
mando que ela constitue, indu-

“| bitavelmente, a melhor. escola
moral e diz ser preciso que em.

todos os lares brilhe a luz viva
das virtudes. morais e cristãs.
Dá em seguida a palavra ao
Revd.º Padre José Baptista, ex-
-coadjutor desta freguesia, que
profere um belo discurso. A sua
palavra fluente e imaginosa pren-
de o auditório, despertando a
mais viva curiosidade. Diz que
só a fé em Cristo pode estabele-
cer a harmonia na vida humana,
que o homem quando perde a
noção de Deus é capaz de des.
cer às maiores abjscções. O Mun-
do actual está assistindo a espes
ctáculo doloroso: o. paganismo
irrompendo com tal virulência
que dir-se-á vir a subverter o
cristianismo de um momento pa-
ra outro.. À Ífôrcça do Mal insur-=
ge-se contra o Bem, numa luta
cheia de brutalidade, de-violên-
cia e de horror. E’ ma família que
se condensa tôda a Moral Cristã,
“é nela que o homem encontra o

para Os revezes. da existência,

“para suportar, com dignidade, o

infortúnio e o sofrimento; só nela

sária para-que a sua acção, no
futuro, seja útil à Religião e à
Pátria. Os heróis, os santos e os

primeira e principal escola; nela
colheram as virtudes que os no-
tabilizaram e os fizeram gran-
des, nela -aspiraram o perfume
suavíssimo do Bem, traçando,
(na sua passagem pela Terra, O
sulco da Caridade e do Amor,

“a família possa cumprir.a missão
que Deus lhe confiou, como uma
das mais perfeitas criações Suas,
é preciso que ela permaneça fiel
“às bases traçadas pela Igreja Ca-
tólica, em que a Moral Cristã se
sobrepõe a quaisquer, ‘outrôs cons

| de ser o escrínio onde se guar-
dam as mais puras e santas afei-
ções, onde ‘as: leis da honestidas
de e do dever encontrem campo
propício para se fertilizar e de-

 

senvolver, sempre com os olhos
“postos em Deus. O Altíssimo

no Teatro

Moura é Manoel Pereira. O pros-:

 

derrama suas Ro sôbre as
Famílias cristãs.

O orador, ouvido sempre com
o maior interêsse, censura Os
“atentados contra a família, que
têm a sua próxima origem nºs
ligações praticadas sem o Sacra-
mento do Matrimónio, acto ins-
tituído por Deus com o fim de
purificar e santificar as almas,
destinado à consagração da vida
privada dos fiéis e diz que o
concubinato é uma ofensa a Deus
e afronta à sociedade cristã, Afir-

senvolvimento da espécie, é um

icrime de lesa-humanidade, im-

perdoável aos olhos de Deus e
punido pela justiça da terra.

Adoptando por tema os meios
a empregar para a recristianiza-
ção da família, usam seguida»
mente da palavra asr? D. Alber
tina Lima da Silva e o st, An-
gélico de Oliveira Barata.

Fala depois a sr.* D. Maria
José Corrêa e Silva, que aponta
os males de que enfermam as
famílias e lembra os deveres que
incumbem à mulher cristã para
«opor um dique à torrente de
desmoralização que ameaça tudo
perverter e destruir». E afirma
com entusiasmo: |.

«O ódio satânico de que es-
tão impregnadas certas doutrinas
sociais, pretendendo destruír a

 

mais seguro esteio, se prepara

pode obter a preparação neces-

sábios tiveram na família a sua.

consagrando- se à prática das.
mais meritórias obras. Para que.

ceitos. E, assim, a família tem

família, como base da sociedade,

blinhado com entusiásticas. pal: ratacou de frente a mulher, pro-

curou inocular-lhe o vírus dos
mais terríveis venenos: através
da Imprensa, dos espectáculos
imorais, das modas escandalosas,
que rebaixam a sua dignidade e
na avidez do prazer e do luxo
exagerado, a mulher tem sido
uma vítima, involuntária ou in-
consciente de processos maquia-
vélicos, tendentes a fazê-la des-
cer daquela grandeza e dignida-
“de que Cristo lhe conferiu, e a
“família, que tem nela a sua pe
dra angular, vai caindo pela
base!»

da família, essa instituição divi=
na foi-se lentamente estiolando.

primindo-lhe uma vida nova. Pa-
ra que o lar volte a ser como
outrora o santuário doce e cal-
mo, onde os seus membros, uni-
dos numa só Fé e num só Amor,
se recolhiam a êle como porto
seguro, que abriga dos tempos
rais, como oásis de repouso e
ainda para trabalhar, orar, sofrer
e lutar pelos grandes ideiais! A
mulher tem de ser a primeira
nesta cruzada de restauração
cristã, com a sua fé e com a sua
abnegação ela tem de lutar até
ao heroísmo para reedificar as
paredes derruídas do lar. Aquela
que sob o rótulo de progresso ou
de bom-tom deixa penetrar no
ambiente familiar ideias e cos-
tumes que estão em desharmonia
com a Moral Cristã não cumpre
a alta missão o Deus lhe con-
fiou».

Os discursos foram muito
aplaudidos. .

As pequenitas Maria Helena
Ferreira, Maria Delfina Barata e
Hélia expõem, com muita graça,
os deveres dos filhos para com
os pais e o modo como os me-
ninos se devem conduzir para
serem agradáveis a Deus,

Osr. presidente da mesa en-
cerra a sessão, afirmando encon-
trar-se satisfeito por ela ter exce-
dido a melhor expectativa e que
os resultados desta campanha hão

frutos.

No final foi leiloada uma bo-
neca, que rendeu cerca de 200800,
importância destinada a fazer face
Ruas da campanha da fa-
mília.

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura

 

de Castelo Branco

ma que, dificultar o natural de=

«Vida sem Deus é a ruína, éa
morte e porque Ele foi banido,

Ha que fazê-la ressuscitar, im-,

de produzir os mais benéficos |

Casimiro Sarinha

Campanha da Familia fia Mi de Qirs

Registo dos fornos de cozer

 

Deliberações tomadas nas úl-

| timas sessões :

Afivarese em tôdas as freguesias,
que constituem êste concelho, editais
tornando pública a ubrigatoriedade
que tôdis as firmas e indivíduos,”
que utilizem medidas e instrumentos
de medir, têm de confer.elas na pn É
cina desta Câmara Municipal du
rante o próximo mês de Novembro. ‘-

— Mandar reparar as janelas,
da dependência onde está instalada
a Secção de Finanças dêste cons.
celho,

— Oferecer à Comissão Seo

na acta da sessão ordinária desta
municipalidade, realizada em 24,
de Agosto próximo passado, três.
carteiras e dois bancos que se ene;
contravam guardados no sótão da.
casa do Matadouro, que se desti-
nam ao posto escolar do logar do.
Vale do Souto, freguesia do Mos-.
teiro, dêste concelho, recentemente,
criado.

— Confirmar o julgamento em
falhas de várias dívidas ao Muni:

cípio relativas ao ano económico
de 982 33.

— Subsidiar a construção da
ponte destinada a peões sóbre o rio
Zêzere, no sítio denominado Coçars
rã, freguesia da Madeirã, a qual:
ligará esta freguesia com o concem
lho de Pampilhosa da Serra, na
importância de 400800. :

— Encomendar à firma Albino
de Matos, P, d Barros, Limitada.
de Freamunde- Douro, o mobiliário
necessario para 0 2,º logar de sexo |
femínino du escola primária desta
vila, recentemente criado,

— Adquirir se um candeeiro Wi
sard para a Secção de dança
‘dêste concelho. E

— Designar o próximo dia 7 de
Dezembro para a arrematação da
empreitada de fornecimento de ma-

|terias de construção da rede de

ceggies é gasta vila,
e pee
Assalto e roubo em
Proença a Nova,

ds = a

Encontram se presos nas cadeias
desta comarca josé Antonio Coe-
lho, solteiro, de 23 anos, da fre-
guesia da Sé, concelho de Evora, ‘
Antonio Martins, solteiro, de 30:
anos. do Bêco do Couce, conces
lho de Ferreira do Zêzere e Júlio
Garcia Fontes, solteiro de 26 anos,
da Mina de S. Domingos, conce-
lho de Moura, os quais, junta:
mente com outro individuo que
não foi possível capturar, na nois;
te de 27 para 28 de Outubro, as=
saltaram o estabelecimento cos
mercial do sr. José Tavares, si-
tuado na Rua Ariiaga, na vila de
Proença a Nova, furtando diver-:
sos artigos do mesmo estabelecia.
mento e ao tentarem levar 0 cos.
fre, que chegaram a conduzir pa-
ra. a rua. foram pressentidos, ven-
do-se obrigados a abandonã lo e:
a fugirem,

Os artigos roubados foram a..
preendidos, assim como algumas.
ferramentas utilizadas pelos lará-:
Ipios na prática dos assaltos. Die.
versos individuos de Proença a.
Nova, entre os quais o sr, Anto-;
nio rodrigues de Albuquerque,
digno Chefe de Conservação das.
Estradas, lançaram-se em perse.
guição dos meliantes, conseguins.
do deitar a mão a três dos quas
tro assaltantes perto de Mesão.
Frio, na freguesia de FAMIROR

 

SAPATARIA PROGRESSO

DE

Fabricante de tudo o género
de calçado; Exportador de |
calçado para as Colónias

e principais Cidades
do Continente

tai ÇÃO een

 

SERTÃ.

*

tai ÇÃO een

 

SERTÃ.

@@@ 1 @@@

 

à |

Comarca da-Sertã

 

 

Sertá antiga e Sertá moderna,

(CONTINUAÇÃO DA 1.º PAGINA)

Portanto, essa fantástica, dan-
tesca e imaginária heroína, Celi-
na, Celinda ou Lucília, (quem
mente nunca acerta) nunca pas-
sou, a meu ver, de uma criação,
pouco feliz, de algum aljubarro-
tista— seja-me permitido o fixo
— que, não contou, de certo,
com êste espírito indagador da
nossa época. A mulher de o go-
yernador daqueles tempos, em
que por tôda a parte se fazia ro-
manismo, devia ser quasi uma
— «Divina Augusta» — por coisa
alguma dêste mundo desceria à
cosinha para fazer uma fritada
de ovos… inteiros.»

“No final da terceira sessão ca-
marária, depois de lárgamente
ter sido debatido o momentoso
assunto, vi com enorme prazer
os: meus esforços coroados de
bom êxito — a minha proposta
foi aprovada por unanimidade.

“E, a propósito, escrevia o meu
querido amígo Antonio Augusto
Rodrigues, em a «Voz do Po-
vo>, da Sertã : ERA

: «Armas da Sertã» — Por mais
de uma vez nos temos referido,
aquí, ao escudo desta vila, que,
eomo ficou exuberantemente de-
monstrado pelo estudo de o eru-
dito oficial do Exército, Santos
Ferreira, o mais profundo co-
nhecedor da heráldica portuguê-
sa, não representa a verdade his-
tórica. o
“Tem-se trabalhado com vonta-

– de para reconstituir o escudo |

«sertanense», e a nossa Câmara
Municipal não tem descurado
tão momentoso assunto.

“Na sessão de 4 de Fevereiro,

(1913) em que o vereador e nos-

so particular amigo Siríaco San-
tos, prestou valiosas e sensatas
informações, que muito esclare-

cem o assunto, por que êle bas-|

tante se interessa, proferiu tam-
bém as palavras que passamos
“a transcrever, e que são um tes.
temunho de quanto aquele nosso
amigo se interessa por tudo
quanto diz respeito a esta terra :

«Cidadão presidente… Com
as cidades, com as vilas e com
ascaldeias acontece o mesmo que

acontece com alguns indivíduos;:

êstes quando a sua vida atinge
um certo grau de progresso e
desenvolvimento, tanto material
como moral, e os seus nomes
fôram tão mal escolhidos, que os
amesquinham, vexam e prejudi-
cam—(haja em vista o que acon-
teceu a São Pantalião, de Maçãs
de Dona Maria) crismam-se!…

Pois está provado, quê con-
corre muito pira a felicidade da
pessoa o nome a
da… am

Pois bem! Rua

‘Esta vila, pela afirmação dum
Ilustre orador, na ocasião de ser
colocada a pedra principal de o
Clube, vai entrar em uma nova

era de engrandecimento e pro-‘

gresso ! :

patenteia aos seus filhos, pela
bôca dos seus legítimos repre-
sentantes, que o seu nome não
quere dizer «sertagem>» nem tão
pouco «frigideira», mas sim —

«Ladeada por águas».

“Eu, pela minha parte — como
filho desta terra que muito amo—
empregarei todos os meus es-
forços para que a Sertã seja do-
tada com os emblemas que lhe
pertencem…

Termino, pois, pedindo que o
meu modo de pensar e sentir
acêrca de tão elevado assunto,
fique exarado na acta desta ses=
são, se, por minha infelicidade,
êste tão elevado assunto não ti-
ver um termo vitorioso, servirão
as minhas palavras para justifi
car o meu profundo protesto.»

«Nós acompanhamos o nosso
presado amigo, no seu veemeno
te desejo, fazendo votos para
que a causa se resolva com bre-

vidade (sé o resolves») e por:

que anda liga-

uma forma racional, e de har-
monia com a verdadeira tradição
histórica.»

Porém, estava escrito—no Li-
vro do Destino — que a Sertã
continuaria acorrentada a esta
ficção ilusória, que imensamente
desagrada a um pequeno número
dos seus filhos, dos quais apon-
tarei os nomes dos nossos que-
rídos. patrícios e amigos, Dr.
David de Melo Lopes, Eugénio
de Carvalho Leitão, Antonio Au-
gusto Rodrigues e João Esteves;
isto, é claro, sem desdouro para
os ilustres arqueólogos aos quais
Sertã tanto deve. Portanto, são
crêdores das nossas respeitosas
homenagens.

Um ano depois de ter sido a-
provada a minha proposta, apa-
receu-nos um desageitado «mons»
trozinho», a fingir de armas da
Sertã, outorgado por um anóni-
mo, constituído por um castelo,
a célebre porta simbólica e ou-
tras miudezas algo obnóxias…

“Por isso escrevi ao meu sai
doso amigo Zeferino Lucas, a
carta que se segue:

«… Eu entendo ser de meu
dever, antecipadamente, paten-
tear-lhe men modo de sentir,
esperançoso que êle se coadu-
nará com as aspirações de to-
dos aqueles que não subjugam
o «seu raciocínio a velharias e
preconceitos, que estão foru
da nossa época.

[das no meu espirito de que a
palavra Sertã vem de «serzir |.
águas» (junção) e não de ser-|

tagem,e de que a célebre «por

radamente por uma jrigidet
ra… Por ter reconhecido êste
desconcerto de coisas, fiz a
proposta de reforma do escu-

ca pús na minha ideia que aos

requesitos que à boa lógica
erige, que são: propriedade
histórica, conjunção harmóni-
ca e arte estética—à porta
simbólica», falta tado… Eu,
nunca a votarei !

São Pedro que se fundou a
vila da Sertã? Não. Então, ses
ria o maior dos absurdos do-
tar esta terra com o escudo do
claviculário. ..

Eu, não dispenso que os no

Sertã, sejam — Um castelo.
ladeado por dois rios, com q
legenda encimando o castelo é

| «Ladeada por águas»; parece..

me que um escudo assim conss
titaído ficaria com proprieda-
de histórica, conjunção har-.
mónica e arte estética.»
Foi uma luta titânica, para
conseguir arremessar a frigi-

“E é por isso que a Sertã hoje | Jeira às cortigas» !…

Siríaco Santos

 

NOTA — E’ de tôda a justiça re-
lembrar aqui — muito reconhecidan,
mente — os nomes dos ilustres cida-
dãos, que bastante concorreram para
o bom êxito da minha proposta — são
êles — Dr. David de Melo Lopes, Dr.
José Correia Barata, Eugénio de Carx
valho Leitão, Antonio Correia Barata,
Carlos Silva de Sernache de Bom»

| jardim, Antonio Augasto Rodrigues

e João Esteves.
Ss. S.

E o

hos Ex ““ Assinantes da vila
e freguesia de Pedrógão
Pequeno

Pedimos o obséquio de liqui-
darem as suas assinaturas da
«Comarca» ao Ex.”º Sr. Joaquim
Nunes Rodrigues, a quem foram

 

enviados os recibos,

Depois de ter discernido lar- |.
gamente acêrca do importan-|
te assunto, não ficaram dúvi-||

ta simbólica» foi tomada, er-|

do. que foi aprovada por una- |
nimidade… Mas, é claro, nun-|

novos emblemas faltassem os |

dFoi sob a invocação del

vos emblemas do escudo dal:

PROBLEMAS DA ACTUALIDADE

 

 

O betão armado é o material por excelên-
cia para resistir aos efeitos das bombas explosivas.

O que especialmente nos interessa é a de-
terminação: das dimensões que se devem dar às
coberturas dos abrigos para poderem resistir efi-
cientemente aos efeitos das bombas.

“Ao atingir a-cobertura, a bomba deve in-
dubitâvelmente penetrar na matéria, porque a de-
formação da cobertura não pode produzir-se com
a mesma rapidez com que se produz a penetra-
ção da bomba.

Para calcular a espessura eficaz das cober-
turas’de betão poderemos recorrer à fórmula do
oficial austríaco Nobile de Giorgi,

sura perfurável da cobertura, K é uma constante
da matéria (que não foi determinada: com sufie
clente- precisão por via experimental, mas que
podemos considerar igual a 0,2 para um betão de
200 Ke ent), Péo pêso em Kg da bomba e V
a velocidades em “/, no momento da penetração
(suposta igual a 250 “/;).

Poderemos calcular para espessura das
placas susceptivels de serem perfuradas pelas
bombas couraçadas os seguintes valores:

 

 

Espessura da: Placa S'(m)

 

 

: Bomba couragada
PO) Betão Betão armado | Aco macio
50 0,85 0,55 0,10
100 1,10 0,70 0,12
300 1,55 1,00 0,17
1 000 235 1,55 0,26
290. 1,90 0,32

 

1.800

 

delgadas a espessura da cobertura que poderá
ser atravessada é dada pelas fórmulas :

3 ; :
d= VIT” para o betão
42%

3 ;
ed=V di para o betão armado
0.
bomba em Kg, o que dá os seguintes valores

para as espessuras de cobertura susceptíveis de
serem atravessadas :

 

 

 

, q | “Espessura. da laje: susceptível de
Bombas de pa- | Pêso la matéria : ser E ções U o
redes delgadas | explosiva

(tg.) (Hg.) Betão Retão armado

50 26 0,60 0,45
100 5D 0,75 0,55
300 165 1,10 0,80

1.000 550. | 1,65 1,25

1.800. 1.000… 2,00 1,50

 

 

 

 

 

As espessuras eficazes das coberturas de

em que Sa, expresso em centímetros, é a espes-

Tratando-se de uma bomba de paredes

id vem expresso em metros e Zé .a carga da,

 

betão armado devem ser as da cobertura perfu-

Defesa passiva das populações civis contra os ataques aéreos

‘ Conferência proferida em 9 de Outubro de 1937 pelo capitão Eduardo
Ventura Reimão, no Centro Alentejano, por iniciativa do Grémio
Técnico Português — (Especial para a «Comarca da Sertã>) .

IV
(CONTINUAÇÃO)

rável, acrescida de cêrca de 50º/, Daqui resulta-
que as espessuras eficazes dos abrigos de betão
armado deverão ser as seguintes, considerande.
a hipótese. mais desfavorável, que é da bomba
couraçada :

 

 

 

 

“ Bombas Espessura do Betão
(Rg) – armado (P)
50. 0,85
100 1,05
300 1,50
1.000 | 2,35
1.800 2,85

 

continuando a supor a velocidade de chegada: de
250 =/, e a resistência do betão de 200 Kg/cm,

Eº posém indispensável que o fabrico de
betão obedeça a condições especiais. ss

Na sua obra «O perigo aéreo e as poptt=:
lações civis», indica’o Sr. tenente de engenharia:
Santos Macedo as seguintes espessuras eficazes
de cobertura :

 

 

 

 

 

Espessuras Eficazes (“”)
Bomba | Terra de con- a
Mo) | csistênia | bvemaria | (MO | potrgamito
tl ordinário ich
média |. dado
10 | 3,00 0,75 | 0,40 Das.
50 5,00 1,50 . 1,00 -0,90
100) 8,00: | 2,50. |). jo | LO
300] 12,00 4,00 2,10 1,40:
1.000 | 20,00 6,00 3,00 2,00 –

 

 

Como se vê, no que se refere ao betão |
armado, os números indicados pelo sr, tenente
Santos Macedo — excepção feita para a bomba.
de 100 Kg. — são inferiores aos anteriormente,

“referidos, o que não é de admirar pela razão, já

apresent da, da reserva com que tôdas as expe-.

riências aferentes a estes resultados são executadas.

(Continua)

ERRATAS:—No artigo II do nosso trabas-
lho sôbre a «defesa passiva das populações civis.
contra as ataques aéreos», 1). Nas linhas 3 a 5 do
texto da primeira coluna, onde se lê: «No acto-do:

 

 

| lançamento, a bomba vem animada de nma determi-

nada velocidade do avido nesse momento»; deverá

lêr«se: «No acto do lançamento, a bomba vem anis,

mada de uma determinada velocidade no, sentido du

marcha do avido, que é igual à velocidade do ‘avite:
messe momento». 2) Na segunda coluna, antes de

‘ pertodo que começa pelas palavras: «As bombas
explosivas de-50 a 2,000 Kg…» deverá inserir

se estoutro período: «As bombas explosivas de 10 Kg.

designam-se por bombas leves». É

Algumas pequenas gralhas que se notam nos:

“artigos 1 e II serão facilmente corrigidas pelos nossos

benévolos leitores,

Eduardo Ventura Reimão É

 

 

Venda de carne de suínos

| que: remeteram os referidos pro- la Associação das Escolas Moveis.

em mat estado ?

Suspeitando-se de que asiin-

Idústrias de sslsicharia dos con=

celhos de Mação é Vila de Rei
têm utilizado carnes de porcos
abatidos clandestinamente e ha.
vendo conhecimento de que nas
referidas regiões grassa cam in-

dência, de Pecuária de Castelo
Branco determinou ao.sr, Inspec-
tor de Sanidade Pecuária do nos-
so concelho que promovesse uma
rigorosa fiscalização sôbre o cos
mércio. na área da sua ju isdição,
de carnes fumadas e ensacadas
provenientes daqueles concelhos,
a fim-de, tanto quanto possível,
se obstar ao consumo dos produ=
tos cujas condições de salubrida-
de sejam reconhecidamente im=
próprias, recomendando a mesma
entidade tornar-se conveniente
que se proceda ás diligências ne-
cessárias para se averiguar dos

 

nomes dos fabricantes ou pessoas

tensidade a peste suína, a Inten-|

 

dutos, dando-lhe, depois, as in

| formações necessarias.
1

O público, em-sua defesa, de-
ve evitar adquirir carne de suíno
a negocianes que não lhe mere-
çam absoluta confiança.

– OHOrO
Casimiro Freire

Num dos últimos números e a
propósito da passagem de mais
um aniversário da morte dêste
ilustre. cidadão, pres’âmos-lhe
modesta homenagem. pondo em
relêvo o extraordinário amor que
votou á causa da Inst ução Po-
pular, combatendo, com rara ener=
gia, o analfabetismo n» nosso
País.

O esfôrço do grande pedro-
guense foi tam valioso e tam juse
tamente apreciado que o Govêr-
no da: República mandou publi-
car em 28 de Janeiro de 1911, na
fôlha oficial, o seguinte louvor:

«Havendo sido tundada em 1882

 

pelo Metodo João de Deus, de
que roi tundador o benemerito Cla
dadão Cusimiro Freire; e

Considerando que aquêla asso-.
ciação tem prestado relevantes ser:
viços á causa nacional da insthla
ção do povo português:

Manda o govêrno provisorio da
República, pelo ministerio do in.
terior, que seja publicamente log.
vado aquêle benemerito cidadão,
pelos serviços prestados à Asso-
ciação das Escolas Moveis pela
mêtodo João de Deus, e que tam:
bem seju louvada esta Associação
pelos scus assinalados serviços à
instrução popular.

Dado nos paços do govêrno
provisorio da República, aos 24
de Janeiro de 1911,

O ministro do interior
Antonio José d’Almeida»