A Comarca da Sertã nº148 24-06-1939
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RES a
PIRES RE ETC
DIRECTOR, EDITOR
Lluanolo DPanata da Sa vlva Caneta
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SERPA PINTO-SERTA |
E PROPRIETA IO
PUSLICA-SE AOS SABADROS
ANO IV
AVENÇADO o
FUNDADORES
‘ DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
— ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ
EDUARDO BARATA dA SILVA CORREA
BARATA CORREA E SILVA
Hebdomadário regionalista, infependente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
Oleiros, Prognça-a-Mova e Vila de Rei; freguesias de Amêndoa e Gardigos (do Concelho e” Mação )
paro entre aclamações entu-
siásticas e vibrantes
“partiu no sábado, a bordo do «Co-
lonial», acompanhado do sr. Mj-
nistro das Colónias, o Chefe do
Estado, em viagem de soberania
ás nossas Colónias de S. Tomé e
Moçambique e de cortesia à
União Sul-Agricana.
Não é êste um banal aconte-
cimento dos nossos dias ou ainda
de qualquer época da Flistória
da Colonização Portuguesa, A
deslocação do Chefe do Estado
aos domínios de além-mar tra-
duz o alto pensamento da conso”
lidação das forças morais do Im-
pério e a sua unidade int ira-
mente indestri tível. O sr. Pre-
sidente da República leva, consi-
go, a mensagem ce uma saiita-
ção, veementemente patriótica, dos
portugueses da Metrópole a seus
irmãos das Colônias. Leva aos
gioriosos pioneiros do civilização
de Portugal, que pela Pátria
teem feito tantos e tam grandes
sacrifícios; como-fantores-de-mna
obra de incomensurável valor,
palavras de elogio e de incita-
mento, para que, nem um. só mo-
mento, lhes desfaleça a coragem
que os animou a prosseguir o ca-
minho de nossos heroicos ante-
passados na edificação de uy
grandioso Império Colonial; pa-
ra que nos seus corações, e atra-
vês de tóias as vicissitudes,
se mantenha ininterruptamente
viva a chama ideal do amor da
Pátria.
«A Comarca da Sertã» faz vo-
tos fervorosos pela feliz viagem
do Chefe da Nação.
COELEELARAA RASCUNHOS
O ilinerário do viagem do
sr. Presidente da Repú
dlica é o seguinte: S. Vicente de
Cabo Verde, Praia, S. Tomé,
Lourenço Mirques, Beira, Que-
limane, Macuse Moçambique,
Lourenço Marques, Cape-Town,
Luanda e Funchal.
O «colonial» deve regressar a
“ Lisboa a 14 de Setembro.
DAMAGE A
AR Câmara Municipal inti-
mou todos os proprie-
tários de prédios urbanos da vi-
la da Sertã, que ainda as não fi-
zeram, a levarem a efeito as obras
de ligação à rede de esgotos até
31 de Julho.
ORDER GARMIN
EITA a ligação de todos os
prédios urbanos à rede
de esgotos, como há muito se tor-
na nesessário e porque seria
absurdo manter-se o estado actual
de falta de higiene, motivado
pela inciúria de alguns proprie-
tários de casas de habitação e fal.
ta de asseio de muitos inquilinos,
parece-nos que desta vez é que
vai acabar, para sempre, o mal-
dito hábito de fazer das ruas
autênticos chiqueiros, o que é uma
vergonha aos olhos dos que nos
visitam.
Muitos senhorios que nas suas
Compasto e Impresse
NA A
GRAFICA DA SERTA
Largo do Chafariz
E | * SERTÃ
ESTA” pósta, incondicionalmente, ao ser-
vigo do futuro, e da melhoria das con-
dições vitais do presente, uma Im-
prensa que vive de sacrifícios, luta
nobremente contra a: conservacionice
de quem quer que seja, erguendo alto, bem
alto, o lábaro do Bem; na pretensão de elevar
Portugal, Portugal inteiro, ao destino que lhe
impõe o seu passado. E :
Pioneiro da civilização cristã, s:u vet>-
rano mais ilustre no desbravar dos outros
continentes, não está certo que o nosso es-
fôórço frutifique abundantemente lã longe e.
ontinue em trevas Oo interior serrano, agri|
cultor, rural, despresado, do nosso continente
E? preciso rasgar os horizontes do progresso
do saber, do compreender, do amar, da vida,
a todos os recantos sertanejos do País. E” nê-
les que residem o coração e a alma da Raça,
e é para êles que se voltam as atenções da
Imprensa Regional!
Na «Semana Tirsense» de 23-4-939 digo eu:
«A Imprensa Regional é um agente de en-
síno dos mais poderosos e eficazes. Ela con-
tribui, quando livre das paixões interesseiras,
para o revigoramento intelectual do nosso
Povol
E no «Ecos do Sul» 16-4-939:
«A Imp ensa Regional», como êco expon-.
tâneo das necessidades locais, concelhias, pro-
vinciais, etc. como porta voz dos anseios de
justiça que a falibilidade humana pode en-
travar em benefício individual, serve, par:
ticularmente, a causa do regionalisimo e, ge-
ralmente, a causa do Pais inteiro. E’ por isso
que ela, âmanhã, com ama orgânica e com
uma responsabilidade definidas, represen-
tará as janelas através das quais o Terreiro
do Paço auscultará as necessidades do País,
ainda as dos recantos mais longinquos e
despresados!»
Na aos do Sul» de 13-5-939:
«A Imprensa Regional defende os inte-
rêsses do País; a Imprensa de grande circu-
lação preocupa-se, apenas, com os lucros fa:
bulosos, recorrendo até a casos de «chantage».
A primeira é patriótica antes de tudo; a se-
gunda é fundamentalmente comercial».
No «Correio Elvense» de 30-4-939:
A ROLÃO PRETO
Imprensa Regional significa dedicação,
amor, desvêlo, interêsse absoluto por um
Portugal cheio de «Justiça».
«Todos os jornais da província que não
se integram no anseio das aspirações locais,
fenecem à breve trecho.»
E ainda em «Povo da Lousã» de 13-5-939:
«A Imprensa Regional, com uma orgânica
perteita e com uma responsabilidade definida,
é o representante, junto do Govêrno, das ne-
cessidades locais. Ela leva ao Terreiro do Pa-
ço os anseios das populações, os sets aplausos |
ou o seu desgôsto e lembra as stias neces-
sidades ». E
«Para terminar, disse assim no Diário de
Coimbra» de 18-4-939:
– «Ser regionalista é amar o Pais no se
conjunto, amando cada um dos seus pequenos
torrões…»
E… não valea pena continuar a transe
crever coisas que eu já disse, do Minho ao
Algarve, sôbre /mprensa Regional. O que é
preciso é despertar o amor do Regionalismo,
pois é êle o futuro dc Portugal por se encon-
trar na alvorada das nossas instituições co-
munitárias por se integrar plenamente no
sentimento popular. Paia o nosso povo, o
cantinho berço ê tudo. Hã ali recordações, há
o pedacito de terra, magro botareu, mas há,
com isso tudo, o entranhado amor de Pátria
ea fé inextinguível no ressurgimento das not-
sas instituições de liberdade local que não se
conhecem, muitas vezes, nos seus efeitos,
a-pesar-de se pressentirem na tera e no co-
racão!
e E a
Cheamemos a J/mprensa Regional a êste
upostolado bemdito e Portugal será grande,
forte, unido, tico, sem os falsos malabaris-
mos de propiganda mentirosa, sem a mito-
logia dos homens venais que não convencem,
não realizam, nem deixam os outros reali-
Zan.
A obra do Regionalismo será uma obra
de ensino e uma obra de orgânicae dela res-
saltarão as virtudes civicas agora cruelmente
adormecidas! Trabalhemos! Trabalhemos, e
não tardará o dia em que tôda a Imprensa
Regional, senhora de si mesmo, grite uná-
nime— Presente!
JORGE VERNEX
Notícias Militares
CONCELHO DA SERTÃ
A inspecção dos mancebos das fr –
guesias dêste concelho, recenseados, no
corrente ano, para o serviço militar, tem
logar nos dias seguintes:
10 de Julho—Cabeçudo, Carvalhal,
Castelo, Cumeada e Pedrógão Pequeno:
114—Troviscal, Marmeleiro e Várzea dos
Cavaleiros, 12 — Sernache do Bomjardim,
Nesperal e Palhais. 13-—Sertãaté ao n.º
60. 14-—resto da Sertã, Ermida e Figuei-
redo,
x x
A revista de inspecção “os reser-
vistas das classes de 1917 a 1937, inclu-
sivé, do nosso concelho, realiza-se em
Julho, conforme se indica.
Dia 2, freguesias do Cabeçudo,
Carvalhal, Cumeada, Ermida, Fi uei-
redo, Marmeleiro e Palhais dia 9—Cas-
telo – =ernache do Bomjardim. dia 16,
—Sertã, dia 25, Nesperal, Pedrógão Pe-
queno, Troviscal e Várzea dos Cavalei
TOS.
INFORMAÇÕES GERAIS
Em virtude de se terem suscitado
dúvidas acêrca da concessão de licenças
para os mancebos, até ao ano do seure-
censeamento, se ausentarem: para o es-
trangeiro -visto que oadiamento de en-
corpecração só lhes pode ser autorizado
desde que ali residam há mais de um
ano- foi determinado pelo Ministério
da Guerra que não devem ser deferidos
requerimentos que pedem trânsito para
o estrangeiro aos indivíduos que se en-
contrem naquela data ou no ano da
respectiva encorporação no serviço mi-
litar.
Poder-se-ão conceder licenças aos
que ainda não estejam incluidos no re
censeamento, quando se verifique po-
derem já ali residir à data de 1 de Ja-
neiro do ano em que foram recenseados,
O primeiro adiamento de encorporação
deverá solicitar-se no ano em que o in-
divíduo for incluído no recenseamento
aos vinte anos, desde que resida no es-
trangeiro áquela última data.
* *
Como já por várias vezes, deixaram
de ser cobradas, no prazo légal de pa-
gamento, a “lguns «ontribuintes da ta-
xa militar, as anuidades a que foram
obrigados por efeito do disposto na lei
n.º 1.961 -falta esta que, em geral, foi
motivada por desconhecimento da obri-
gação que lhes: foi imposta -o sr, Su-
bsecretário de Estado das Finanças au-
torizou que:o referido pagamento possa
ser feito até ao dia 30 do mês corrente,
para o que os contribuintes deverão ser
individualmente: avisados,
Os Distritos de Recrutamento Mi-
fitar promoverão a anulação dos pro-
cessos de relaxe que já tinham sido en-
viados para juízo, referentes aos con-
tribuintes que – liquidem as taxas den-
tro do prazo que fica estabelecido,
residências não dispensam uma
certa limpeza, conforto e comodi-
dade, entendem que os inquilinos,
tor necessidade, devem viver cos.
mo suínos em possilga ou pouco
menos; e sem brio algum, não –
tomando no devido apreço os edi-
tais que há muito determinaram
as ligações, ficaram esperando
que a Câmara os intimasse u fa.
zer as abras de saneamento.
Eles : lá entendem, em seu al
to critério, que os inquilinos só
têm deveres — pagar pontual
mente as rendas — e que as de-
terminações camarárias ou as leis,
dum modo geral, só se devem cume .
brir em último caso e quando a
elas se não pode fugir.
E” certo que nem todos léem
pela mesma cartilha e mal se
assim não fosse.
o
ie áoutro problema, inteira»
“mente ligado àquele, ou
que é mesmo o seu complemento,
que a Câmara podia tratar de
resolver já e impõe-se que o seja
pela sua necessidade: ha muitas
casas que não têm gqintais e os
destino aos lixos, sem os deitarem
nas ribeiras ou lançarem à rua,
que não são vasadouros públicos,
Por outro lado também não é
justo que essa gente ande por àf
com os caixotes às costas para
despejar os lixos em montureis
ras, 0 que é impróprio e incómo-
do para ela e um atentado contra
a saúde, pc
4 nosso ver, e segundo alvitre
que em tempo apresentimos, a
Câmara .adquiris uma carroça
própria, puxada a solipede, e tôs
das as madrugadas seriâm reco-
lhidos os lixos lançados, para tal
efeito, em caixotes colocados ds
portas. 4 Câmara juntá-losia
em local conveniente, fora da vi=.
la, e de tempo a tempo procedes
ria à sua venda, como se faz em.
outras terras. . a
Isto é simplesmente um alvi=
tre, que não nos parece despros
Postados E E
uno
SLANDO cmtinia no não
sa, foi autorizada, por ordem.
superior, a realização de m.ercas
dos e feiras de gado. º
Ao o
FERECE um bonito as
decto a parte da estras .
da nacional próximo da Fonte
da Boneca, onde o nosso amigo.
Otímpio Craveiro, zeloso chefe
de conservação, mandou plantar
roseiras . em grande profusão,
que agora apresentam flores
pujança.
dadus; de elegantes franças, têm
uma graça que desperta a aten-
e a
e
“Presidente da República
brasileira, dr. Vargas,
deve visitar Portugal por ocge.
stão das festas bi-Centenárias,
eagi ; ER VR
seus moradores precisam de dar
– so concelho, a febre aftoe –
brancas e vermelhas em grande
E as entradas da vila, com no.
vas e bonitas drvores, bem cuie
ind pra tp
!
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É
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3
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a primor.
– zes despreendidas do lastro e
“- mos. Os bailes e descantes
* erigiu-se um arco enorme de
– marca da Sertã, se ha-de proceder a
* lJanço oferecido acima dos indicados.
* tmato denominada Varjões, limite de
* seis centos escudos, 600300
– no logar de Milreu, freguesia de Vila
* tmato, oliveiras e pinheiros no sitio ds
= Pertelas, limite do Pisão Cimeiro, fre-
“guesia de Vila de Rei, Vai pela pri-
meira vez a praça no valor de trez.n-
– de uma terrade mato e pinheiros de-
– nominada Varjões, limite de Milreu,
– teq, Vai pela primeira vez a praça no
Ce a ento cum — ue + —s Sm mm —
Fogueiras de S. João na vila. de
Proença-a-Nova
No Bairro de N. S. de Fá-
tima, nesta vila, realizaram-
se na noite de ontem para ho- |
je as tradicion:is fogueiras
a S. João. O Bairro encontra-
va-se lindamente decorado e
iluminado com balões à moda
do Minho; queimou-se um des-
lunibrante fogo de artificio
preso e do ar e deitaram-se
alguns balões, confeccionados
A multidão não se cançava
de vitoriar os aerostatos des-
de a saida das bases até se per-
derem de vista no Infinito; o
efeito era surpreendente pela
iluminação interior dos balões,
variedade de conjunto de lu-
colorido interessante dos go-
prolongaram-se até de madru-
gada.
Junto do marco fontenário
hera e flores as mais bonitas
da época, que causou admira-
“São.
– À comissão promotora das
fogueiras a S. João sente-se sa-
tisfeita com o resultado dos
seus esforços.
24 de Junho
Carlos Sequeira
adasvo 000000000000086805000000000000
ANUNCIO
(1.º publicação).
“Por este se anuncia que no dia dois
dé próximo mez de Julho, pelas 12 ho-
tas, a porta do Tribunal Judicial da co-
arrematação em hasta publica dos pre-
“dios a seguir designados e pelo maior
PREDIOS:
1.º — O diseito e acção a quinta
parte de uma terra de cultura, oliveiras
é pinheiros, no sitio da- Pertelas, limi-
te de Fisão Cimeiro, freguesia de Vila
de Rei, Vai pela primeira vez a praça
do valor de novecentos escudos 900500.
2.º — O direito e acção a quarta
parte de uma terra de cultura denomi-
nado Varginhas, limite de Milreu, fre-
guesia de Vila de Rei. Vai pela pri-
«meira vez a praça no valor de 300800.
— -3,º —Uma terra com oliveiras e
Milreu, freguesia de Vila de Rei. Vai
pela primeira vez a praça no valor de
4.0 — O direito e acção a quarta
parte de uma terra com quatro olivel-
ras, no sitiu da Baiuca ou Torres, li-
mite de Milreu, Vai pela primeira vez.
a praça no valor de vinte cinco escudos
2580.
n.º 5 —Uma casa de habitação,
currais, palheiros e quintal de cultura,
“de Rei, Vai pela primeira vez a praça
no valor de mil quinhentos escudos.
150U$CO.. :
– nº6 —O direito e acção a uma
sexta parte de uma terra de cultura e
tos escudos. 300800.
-n.º7 —O direito e acção a uma
sexta parte de uma terra de cultura e
mato, no sitio do Barreirão, limite do
Milreu, freguesia de Vila de Rei,
Vai pela primeira vez a praça uo
valor de oito escudos. 8800
n,º 8 —O direito e acção a metade
Vai pela primeira vez a praça no valor
de trezentos e cinquenta escudos.
350500.
n.º9 —O direito e acção a uma
quinta parte de uma terra com olivei-
ras no sitio do Varjões, limites de Mil.
valor de quatro centos escudos, 400800
n.º 10 —O direito 2 a:ção a uma
|
Ê
terça parte d: quintal de cultura, sito .
a Senhora da Graça. no lugar do Mil- |
reu. freguesia de Vila de Rei. Vai pela
primeira vez a praça no valor de cem
escudos. 100800.
n.º 11 —Uma terra de mato 9 pin.
heiros denominada Chão da Lemb. Al-
ta, Emite de Milreu, freguesia de Vila
dz Rei. Vai pefa primeira vez a praça
no vafor Je cem escudos. 100800.
n. 12 Uma terra. com ollveiras de-
nominada Barroqueira, limite de Milreu. Vai
pela primeira vez à praça no valor de
cem escudos 100%00.
n. 13 Uma terra de mato no logar
de Milreu, freguesia de Vila de Rel, Vai pela
primeira vez à praça no valor de cem es-
cudos. 100800.
n. 14 Uma terra com oliveiras, deno-
minada Folhadeira, limite do Milreu. Vai
peia primeira vez á praça no valor de mil
duzentos escudos. 1,200$00.
n. 15 –Uma terra de cultura denomina-
da Barroca da Agua, limite de Milreu, Vai
pela primeira vez a praça no valor de tre-
zentos escudos. 300$%00.
n. 16 —Uma terra de cultura com duas |:
oliveiras e mato denominada Perto da Var-
zoa limite de Milreu. Vai pela primeira vez
à praça no valor de catorze escudos 14$00
N. 17 Um prédio que se compõe de
duas sortes do uma terra de pousio e me-
tade de um palheiro, no lugar de Milreu.
Vai pela primeira vez à praça no valor de
trezentos escudos 300400.
-. Penhorados nos autos de execução
hipotecária em que são exequente; José
Joaquim Paulo, casado comerciante e pro-
rietário, morador no lugar da Boafarinha,
reguesia de Vila de Rei, e executados: Ma-
nuel Nunes Madeiras e mulher Luiza Flo –
rencia, proprietários, moradores no lugas
de Milreu, freguesia de Vila de Rei. São
Ee esto meio citados quaisquer credores
ncertos para assistir á arrematação neste
anunciada.
Sertã, 12 de Junho de 1939
Verifiquei
O juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O chefe da 2.º secção
Angelo Soares Bastos
Provérbio árabe
Quem sabe e não sabe que
sabe, é tolo. Foge dêle. Quem
não sabe e sabe que não sabe,
é humilde, Ensina-o. Quem
sabe e não sabe que sabe, es-
tã dormindo. Acorda-o. Quem
sabe e sabe que sabe é sábio.
Sejsue-o porque irás, com cer-
teza parar ao Rel das Meias,
cargo da Abegoaria, 32, Lis-
boa, que é o que te convem.
VENDE-SE
Um bom olival na Aveleira.
Trata-se com Antonio Bara-
ta e Silva— Sertã.
Compram-se
Roupas e calçado para ho-
mem, novo e usado.
Trata-se com António Fer-
reira —Campo de Santa Clara,
82, 1.º –. LISBOA
VENDE-SE
Boa casade residên-
cia com quintal, na
Sertã.
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» Torres Novas 10-35 Saida 18-00
» Tomar 11-20 » Ferreira do Zezere – 18-55
Esrreira: do 7 11-00 Saida 19-00
» erreira NO Zezere – > Tomar 19-40
» Sernache 13-00 » Torres Novas 20-25
» Sertã 13-20 » Ra O)
S » antarem 21-40
saida so » Cartaxo 22-10
» Cesteiro 15-05 » Vila Franca 23-10
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“um… – . 950 0,10 1900/Tomr . . . . . 1530 0,10 15,40Sertá . 1,30 10,90 7,15 Gesteiro 19,15 0,05 19,20
Toros Novas. 10,50 0,05 10,50|Farreira de Lezero . . 16,20 0,10 16,30 |Púvoa R. Genteira. 1820 0,05 18,25 Oleiros = Og0
Samtarim . . . . 1215 0,20 12,35/%rmachedo Bomjadim. . 17,10 0,10 17,20 |Ramalhos + 1840 0,05 pai AS 2º E SEXTAS FEIRAS
aa o… 16,90 SP BMBRO o AMO = Pedrógam Pepueno. . . 19,00 — — foigiros Fa SS 600
| Gesteiro 6,10 0,05 6,
625 0,05 6,
110 0,05 17
o o = de
TERÇAS E SABADOS
@@@ 3 @@@
Pesar eee SE a
A COMAR
CA DA SERTA
Er
If
Interêgos loca
À vila de Alvaro e as suas aspirações
A propósito de um «artigo»
que inserimos há tempo, e
que faz parte de uma série
que nós propusémos publicar
em defesa dos interesses lo-
cais, recebemos do nosso ami-
go sr. João Lourenço a se-
guinte carta: «Amigo Gaspar.
«Pela leitura que fiz do jor-
nal «A Comarca da Sertã»,
acabo de t: conhecimento que
por seu intermédio foi pu-
blicado no dito jornal um re-
latório por mim elaborado já
hã e«lguns anos em que tra-
tei dos melhoramentos que a
Vila de Alvaro carece.
«Hesitei por bastante tempo
em lhe escrever esta carta,
pelo motivo de ter tomado hã
muito a resolução de não in-
tervir em quaisquer assuntos
que digam respeito à fregue-
sia de Alvaro; tesolução ina-
balável que tomei após a con-
clusão da ree:lificaçio da es-
cola do lugar das Sarnadas de
Alvaro, e da aquisição de
mobiliário, c ainda da nomea-
ção de um professor para a
mesma escola; assuntos que
me proporcionaram muitos
trabalhos e canceiras, mas
também muitos desgostos e
ingratidões… como recom-
pensa de todos os meus sa-
crificios…
«Como digo, não tenciono,
seja a que pretexto fôr, inco-
modar-rie com qualquer as-
sunto que respeite à freguesia
de Alvaro. Porém, quebro uma
única vez a cadeia de «ferro»
em que propositadamente me
envolvi, mas apenas em aten-
ção ao meu amigo, cujos fins
na campanha que vem fazen-
do na imprensa da nossa re-
gião, reconheço como interes-
sante e digna do meu incon-
dicional aplauso. Direi no en-
tanto, – como ia dizendo, – que
desejaria ver alguém que, com
maior gôsto e competência do
que eu, pugnasse peios melho-
ramentos de tão infeliz e ri-
sonha terra, que tem espalha-
dos pelo mudo muitos dos
seus filhos, os quais na sua
maioria são activos trabalha-
dores e honestos, e, em suma,
absolutamente capazes de al-
guma coisa fazerem em bene-
fício de Alvaro.
«Julgo não errar dizendo
que a freguesia de Alvaro é a
terra do concelho de Oleiros
de onde tem emigrado mais
gente, e ao mesmo tempo os
que melhores situações dis-
frutam na actualidade.
«Seria, portanto, altamente
benéfico que todos se unissem
e que, possuídos de uma com-
preensão nitida de verdadei-
ros bairristas,- tanto os que
vivem em Alvaro como os
jue vivem espalhados pelo
mundo, -pugnassem pelos me-
lhoramentos tão necessários
à nossa terra. «Seu amigo»
João Lourenço.
João Antunes Gaspar
OBRA E AA A
Eugénio À. de Carvalho Leitão
Fixo residência definitiva na
Sertã o dedicado Sertaginen-
see nosso bom amigo sr. Eu-
génio A. de Carvalho Leitão
que, durante muitos anos, exes –
ceu o cargo dé coitabilista da
Cruz Vermelha Portuguesa
em Lisboa,
Para quem, como nôs, co-
nhece as suas nobilissimas
qualidades e a dedicação ili-
mitada que nutre pela terra
natal, esta notícia deve ser re-
cebida com grande e sincera
alegria.
Os nossos respeitosos cum-
primentos de boas-vindas, com
votôs ardentes pela sua saú-
de.
Faleceu no Farpado, no passado
dia 9, o sr. António Caroço, solteiro, de
25 anos, proprietário; filhos dos srs, Car-
los António Caroço e Margarida de Je-
sus, do Farpâdo, irmão do nosso pre-
sado assinante st, Mano=l António Ca-
troço, de Aigés e das meninas Delmira
e Clementina de Jesus e cunhado do sr.
António Nunes, do Farpado.
A sua morte foi muito sentida, por-
quanto o extinto era um rapaz tra-
balhador e dotado de bom carácter
O funeral realizou-se, no dia se-
guinte, com granle acompanhamento,
para o cemitério da Sertã.
— No dia 14 fale eu, nest vila, a
sr,à Martinha de Jesus, viúva do sr Já-
lio Januário Leitão, de 82 anos de idade,
mãi do nosso estimado assinante sr,
Manoel Januirio Leitão, de Luanda
(Angola) e do sr. João Janvario Leitão,
e sogra do sr. José Nunes Júnior, da
Sertã, E
À simpatica velhinha, que hã has-
tante tempo vinha sofrendo, er: muito
estimada no nosso meio, onde deixa
saiidades.
Deixa 17 netos.
O funeral teve logar no dia ime-
diato, com grande acompanhamento,
em que tomou parte a [ilarmónica lo-
cal, Durante o trajecto organizaram-se
diversos turnos.
“A’s familias enlutadas apresen-
tamos sentidos pêsames,
ROEDOR OBS O
Publicações
—Recebemos a visita dos
nossos estimados colegas «O
Minhoto», de Valença e «Jornal
de Arganil», com os quais
gostosamente vamos permu-
tar.
—Retribuiua nossa visita o
«Jornal de Albergaria», de
Albergaria-a-Velha; agrade-
cemos a deferência.
—Ceom a publcação do n.º
145, entrou no 7.º ano de exis-
tência o nosso presado com-
frade «O Taboense», de Táboa
a cuja Ex.” Redacção ende-
ceramos sinceras felicitações,
com os melhores votos por
uma vida longa e próspera.
—Recebemos da Direcção
Geral dos Serviços Agricclas
(Ministério da Agricultura),
o bolctim n.º 9 ca série «Es-
tudos e Informação Técnica»
— Organização Corporativa
da Agricultura —trab: lho de
muito valôr, que agradece-
mos,
—O nosso estimado patrício
e amigo Sr. José Nunes Costa,
de S. Tóme, teve à gentileza e
grata lembrança de nos re-
meter o número único do joi-
nal Comemorativo do Ano
XIII da Revolução Nacional
— À Colónia de S. Tomé –.
Muitos obrigados.
s904000060000 5900009020060 cocoDacgoDs000
Festas de $. João em Braga
Começaram anteontem e
terminam amanhã, domingo,
as grandiosas festas de S. João
em Braga,
A Comissão promotora dig-
nou-se enviar-nos um pros-
pecto, que agradecemos.
BONDADE
A vida seria uma delicia
ininterrupta se, na falta das
grandes e «mpolgantes dedi-
cações, cala um de nós se es-
forçasse por ser amável e
serviçal em relação aos de-
mais.
Isto é moralmente assim, e
materialmente se prova que
se tal preceito fosse adopta io,
cada um de nos seria objecto
de igual amabilidade e dedi-
cacão, encontrando nos bene-
ficios que dai retirasse, a
compensação (material) de ha-
ver procedido a seu tempo
correctamente.
Na série de manifestações
da bondade esta não seria das
menos apreciáveis. E o que
se torna indispensável pôr em
prática para conseguir tal
prodigio?
Esquecer-se cada homem um
pouco desi para sc ocupar dos
restantes.
Viver amplamente e feliz-
mente, diz Samuel Simples,
consistir apenas em não ser
egoista. Pois é o que os ho-
mens são com mais assiduidade,
e fazem-no sempre na ingênua
crença de que êsse processo é
o que mais lucros e benefícios
de ordem material lhes pode
acarretar,
Que lamentâvel sestro é
então o dos homens, pois que
os leva a proceder absoluta-
mente ao invez daquilo que
constitue o seu dever! |
Pensemos um [ ouco no prin-
cipio quási esquecido que se
chama condescendência. Torne-
me-nos grandes perante nós
e simpáticos p srante os outros
arvorando em sistenia da vida,
em logar de orgulho edo ego-
ismo, a dedicação e o desinte-
rêsse.
Façamos da bondade o am-
biante de toda a nossa exis-
tência!
Luiz Leitão
CRODODER ORDER OO
Raimundo Rita
Este simpático artista cego,
que na Sertã deu am explên-
dido concerto de piano e «cor-
déon», é, como se sabe, um
competente afinado: de pia-
nos.
Pediu-nos para comunicar
ao público que, quem desejar
utiizar osseus préstimos, lhe
pode escrever para Alcanena,
localidade onde reside.
DOQRARERAHAS HONRAR ERRAR
Domingos Simões Ferreira
Tendo agora constituido
uma nova sociedade comer-
cialem Rio Maior, sob a deno-
minação Serafini & Ferreira,
L.º, mudou a sua residência
da Ribeira de Santarém para
aquela localidade o nosso es-
timado patrício e amigo sr.
Domingos Simões Ferreira.
SAUDADE! |
Satidade! que outro nome a gente portuguesa
Saberá proferir com mais vensração?!
Saiidade é, para nós, a doce comunhão
dum anceio a florir em mística tristeza.
Saúdade! amor carpindo aureolado em beleza
no roteiro feliz dêste excelso torrão;
Saiidade! eterno ardor! recôndita emoção
dêsse mago penar que nos torna a alma presa…
Saidade! sonho meigo! extremosa lembrança
dim Bem que sucumbiu e, emfim, jamais se alcança,
enlêvo d’alma puro, o“mais puro, talvez..
Saiidadel em tôda a parte existe compungente
mas, não sei bem porquê, entre nôs é dif’rente—
traduz com mais vigor o sentir português…
Lisboa
ISIDRO ANTONIO GAYO
Situação a que é preciso acudir
,
E” indispensavel acudir à
situação em que se encontra
a freguesia de Montes da Se:
nhora.
A igreja matriz é uma an-
tiga capela mandada construir
por dois padres da povoação
que é hoje a sede da freguesia,
que então ainda o não era,
pois fazia parte da freguesia
de Scbreira Formosa.
construida a expensas dos dois
padres, de apelido Mendonça
(um dos quais foi lente da
Universidade), que estavam
longe de penar que a sua ter-
ra viria a ser sede de uma fre-.
guesia, e por isso é uma igre-
ja pequena, onde não cabe um
terço dos fieis que ali se di.
rigem para ouvir missa nos
domingos e dias santificados:
Além disso, a igreja está em
ruinas, ameaça desabar de um
momento para outro, é pre-
ciso acudir-lhe por um dever
de humanidade.
Mas ainda é preciso fazer ali
mais alguma coisa,
A escola oficial da povoação
funciona numa casa cedida
gratuitamente pelo seu pro-
prietário o que é muito digno
de louvor, mas não reúne
nenhuma das condições que a:
Higienee a Pedagogia exigem
ras casas destinadas ao ensino
de ciianças. E’ una necessi-
dade nrgente construir ali
um edifício escolar.
À freguesia não o pode fa-
zer, porque é pobre, não tem
recursos para isso.
Acuda a tão instantes neces-
sidades quem pode fazê-lo.
* (De A Beira Baixa)
OOADORRA A ERAAADAA REED ES
Noticias diversas
Amanhã, depois da procissão
do Coração de Jesus, a Filar-
monica União Sertaginense. dá
um concerto no Adro.
—Tem logar, no próximo dia
29, nesta vila, a feira de S. Pe-
dro.
— Quando no passado dia 19
se dirigia da Aveleira para a
Tapada, ao passar numa pro-
priedade de João do Canto, da
Aldeia de João da Tira, caiu pa-
ra um poço, morrendo afogado,
o menor António, de rs anos, fi-
lho de Joaquim Alexandre Car.
doso, morador na Aveleira.
o
ANUNGIO
(1.º publicação)
Por êste se anuncia que no
dia dois de Julho por doze ho-
ras, à porta do Tribunal Ju-
dicial desta comarca, se há-de
proceder à arrematação em
hasta pública do prédio a se-
guir designado e pelo maior
preço que for oferecido acima
do valor abaixo indicado.
PREDIO
Uma casa de adega, casa de
alambique, pateo, forno e ter-
ra de cultivo, oliveiras e vi-
deiras, na Galeguia, penhorado
nos autos de execução fiscal
administrativa que a Fazenda
Nacional, move contra Abilio
David da Silva, solteiro, maior,
morador no logar e freguesia
do Nesperal. Vae pela primeira
vez à praça no valor de mil
novecentos quarenta e nove
escudos e vinte centavos.
(1.949$20)
São por este citades quaisquer
crédores incertos para assistirem
d arrematação neste anunciada.
Sertã, s de Junho de 1939.
Verifiquei
O Juíz de Direito, 1.º Substº
Carlos Martins
O Chefe da 1.º Secção, |
José Nunes
Foi.
|nhora; Simão Alves,
ia a
E ad SO O a ad
al dada
Movimanto da Abril
COMERCIAL —Distribaição:
11) Acção or inária em que
é autor Joaquin Francisco Ma-
cieira, comerciante, de Alfer-
rarede e -éu Manoel Henriques
Dias, casado, comerciante e
mulher, Eira Velhi, Vila d:
Rei; 19) Falência apresentada.
por Manoel Henriques Dias;
casado com Maria do Rosáris
Dias, comerciante, d: 48 an
de idade, Eira Velha.
– ESPECIAL — Distribuição:
“Acção sumaríssim a em que é
autor Daniel Dias de Matos,
casado, Coinerciante, Sobreira
Formosa e réus António Men-
des e mulher Lira Cardoso, |
proprietários, Atalaia de Es-
têvão Vaz; Dita em que é au-
tor José Sequeira, casado, pr
prietário, Proença-a Nova:
réus José Antônio Dias e mu- |
lher, Carrascal, Cardigos.
ORFANOLOGICO-— Distri-
buição: Inventários -orfanó-
lógicos por obitos de: Tereza
Ribeiro, Ermida; Nactividade
Luiz de Carvalho, Ribeiro
Figueiredo; Casimiro Lucas,
Foz do Ribeiro, Vila de Réi;
João Iuiz, Várzeas, Vila de
Rei; José Martins Ventura No-
vo, Olho de Agua, Vila de
Rei; Sebastiana Mendonça,
Aldeia Cimeira, Montes da Se.
Lstrega,
Sobreira Formosa; Josê Pirão
Barata, Bravo, Pedrógão Pe-
queno; Maria de Jesus, Casal
de Ordem, Cabeçudo; Maria
Madeiras Merídes, Lousa; Vila:
| de Rei; Amélia Barata do Ros.
sário, Sertã; Carta precutória
para nomeação de louvados e
avaliação de b2a3, extraida
do inventário orfanológico pór
óbito de Manoel dos Santos
Luzio, Tomar; Dita idem ex-
traida do inventário orfano-
lógico por óbito de Lídia Be-
biano Correia Fragoso da
Rocha, Seia, e
Inventário orfanológico via-
do do J. M, de Oleiros por
óbito de Adriano Lopes Leal,
Madeirã; Carta precatória pa-
ra nomeação de louvados e
avaliação de bens, extraida-do
inventário orfanologico por
óbito de Manoel Luiz, Rio
Fundeiro, Ferreira do Zêzere;
Inventário orfanológico vindo
do J. M. de Oleiros por óbito
Je António Alves, Sarnadas de
Baixo, Alvaro; sa
CIVEL Distribuição: xe. .
cução sumária em que é exe.
quente Celestino Pires Men-
des, casado, proprietário, Ser-
tã e executados João Antônio
Fidalgo Júnior e mulher,
Fonte Branca, Sertã; Exécu-
ção porcustas, vinda do J. M,
de Oleiros, em que é exegnente
oc M. P.e executado José Ba-
rata David, Sobral de Baixo;
Inventário de maiores vindo
do J. M. de Oleiros, em que é,
inventariado Manoel Martins,
casado, Vale do Souto, Mos-
teiro, doe
er
om mar
– DOENTES
Foi operada a uma sinusite ma-
ailar, no sábado passado, em Lise
doa, a sr.“ D. Maria dos Anjos |
da Graça Craveiro, esposa do
nosso antigo sr. Antônio Craveis
ro, digno aspirante da Cásnara
Municipal dêste concelho. .
A operação decorreu satisfâto-.
riamente.
—Em consegiúência de uma he-
morragia, enconira-se de cama,
bastante doente, o Revº Padre
Francisco dos Santos é Silva,
Fazemos votos sinceros pelorã-
pido restabelecimento dos enfer»
mos. Fo
—Ta “bém passou bastante’in=
comodado de sarde, encontrando
se agora melhor, felizmente; o
Revº Padre Augusto António
Ribeiro, digno prior de Sernache
do Bom jardim.
ceaniencmy
o
|
A
E:
Cora nr dia neCora nr dia ne
@@@ 4 @@@
Clnogralia da Bei
Cancioneiro do coucelho da Sertã
Recolhido da voz do povo pelo Dr. Jai-
me Lopes Dias.
“a Sertã é das laranjas,
“ Sernache das tangerinas,
Troviscal é dos rapazes,
Figueiredo das meninas.
(Sorvel)
Iva Santinha cantam galos,
Na Perna cantam galinhas,
No adro do higueiredo
Cantam as belas meninas.
(Idem)
Aldeia do Figueiredo .
Tem um poço de água fria
Onde se lava o meu amor
“AÁtódaa hora do dia. –
Es pidem)
«Aldeia do Figueiredo
Não é vila nem cidade
E” um dequeno casal
Onde brilha a mocidade.
(Idem)
Ádeus Casal do Sorvel,
Cercado de pedra mole,
Tens rapazes bem bonitos.
E raparigas como o Sol.
(Idem)
deus Casal do Mosteiro,
Logo ali à entrada
Prenderam o meu amor.
Com uma fita encarnada.
(Mosteiro Fundeiro)
Com uma fita encarnada,
Com uma fita vermelhinha,
Lá nas ruas do Mosteiro
Mesmo lá à entradinha.
(Idem)
«Adeus Casal do Mosteiro,
do cimo ao fundo não,
Onde tenho os meus amores
Ninguim me diga que não!
e (Idem)
deus Casal do Mosteiro,
Bemte vejo verdegar
Bem te vejo não te logro,
Bem te pudera lograr.
(Idem)
Mão ma léêmbrava o Mosteiro
Nem que tal cidade havia
era já me não esqueço
em de noite nem de dia.
(Idem)
Oh Mosteiro, oh Mosteiro,
Oh Mosteiro outra vez,
Ou tu me dás amores
OR limões três a três.
(Idein)
Sant Ana tem quatro esquinas
Tódas de cal e areia,
Também tem um lugarinho
“Onde o meu amor passeia.
* (Cumeada)
«Áldnteio não tem sombra.
Senão a do triste sobreiro
Meu amor se para lá fores
Vê se és o dianteiro. .
(Idem)
* Sernache do. Bomjardim
Lá tem na nomeada,
tem o Bom Jesus no Meio
E:Santo António à entrada.
(De um rancho de azeito-
neiros que regressava
da Chamusca). sa
Quando cheguei a Tomar
Ouvi chorar e escutei,
Eram los tristes soldados
Queoscastigava o rei,
e (Idem)
Vou, chegando à minha terra,
Vou chegando à minha aldeia, |
ou dizendo a minha mãi
Que me vá deita-la ceia.
(Idem):
Ok. dgua do rio, oh úgua
Oh agua do rio maior,
Não ateimes que eu não bebo,
Não atcimes que é pior,
(dem)
| surripiam a êstes o pão, o
UM CASO GRAVE
Permitimo-nos chamar a
atenção do sr, Delegado Es-
pecial do Govêrno paia um
caso que pode vir a assumir
aspectos nlarmantes, pelas con-
sequências funestas que dêle
podem resultar, se não se to-
marem medidas enérgicas quim-
to autes: dizem-nos que em
várias povoações da freguesia
da Sertã, designadamente na
Codeceira e Carnapete, há me-
nores de 15 amos, uns rapa-
zolas com o buço a despontar,
criados quási ao Deus dará,
que pussam os domingos e
dias de folga na taberna, en-
tregues ao jogo de azar. Não
gastam, por inteiro, a féria
ganha durante a semana, por-
que, grande parte, certamen-
te, a entregam aos pais, mas
milho da arca e outros géne-
ros, que convertem, por baixo
preço, em dinheiro, uma gene:
rosidade do dono da tasca, que
assim lhes facilita a venda da
mixórdia que tem na vasilha
e lhes faculta os meios de ali-
mentarem o vicio do jôgo.
Os que emparceiram com
os adolescentes, como o dono
da locanda, são individuos
sem vergonha e sem escrú-
pulos.
Estes rapazes, que agora são
uns pequenos ladrões, âman-
hã, dominados pelo vício, se-
rão gatunos de cadastro, sal-
teadores, bêbedos incorrigiveis
e dai a assassinos, vil escória
da sociedade, vai um passo.
Eis porque ousamos invo-
car a autoridade de V. Ex.
para êste assunto, de péssimo
efeito moral hoje, mas âmau-
hã de horrivel situação so-
cial, necrose que vai alastran-
do incessantemente se não se
lhe puser côbro.
O caso demanda pulso rijo
e V. Ex.”, para bem do con-
celho, sabe usar dêle nas oca-
siões próprias.
AE O
Adriano José Alves
Vindo de Nova Lisboa (An-
gola), encontra-se na Metro-
pole, onde veio tratar da saú-
de, o nosso presado patrício
e amigo, Sr. Adriano José Al
ves, proprietário do importan-
te Hotel Nova Lisboa, daquela
cidade, a quem apresentamos
os melhores cumprimentos de
boas-vindas.
Esteve na Sertã de visita a
sua familia e aproveitou a
ocasião para nos cumprimen-
tar, por cuja gentileza lhe fi-
camos muito gratos.
Que se restabeleça ràpida-
mente. são os nossos sinceros
votos.
AODODORABRABERO ARDE ARA DAGÇAEARAAAVA SO COGAARAAADO OCA
Os Amigos da “Comarca”
Tiveram a amab:lidade de
nos indicar novos assinantes
os nossos presados amigos, srs.
João Nunes Costa e José C.
Martins Leitão, de Lisboa, Al-
fredo Girão, da Cava, António
Banjamim Mendes, do Estreito,
José Dias, da Isna de S. Carlos
e José Maria dos Santos, de
Lourenço Marques.
Muito obrigados.
“Acorda, Maria, acorda,
Acorda, Mariasinha,
Quem namora não tem sono
Senão de madrugadinha.
(Cumeada)
Amor vem à minha casa
Às vezes que tu quiseres,
Que eu à tua não hei de ir
Não é dado a mulheres.
(Sorvel)
(Continua) |
NOTA; O Dr. Jaime Lopes Dias
agradece às pessoas do concelho da
Sertã que lerem estas quadras, o favor
de lhe comunicar quaisquer outras que
conheçam e falem especialmente dos
logares dêste concelho. !
uns Cos monográfiCoS sore aequo
A COMARCA DA SERTA’
pereei O
Í
ESTREITO
LE
(Continuação do n.º |45)
E’ que o pinheiro ermitão
teima, com ufanio, naturali-
zar-se montanhês e promete
continuar no vusofruto da
missão hereditária berço da
coruja nocturna, da águia
adunca e do «bufo» solitário,
imperador do bosque, não
obstante os porfiados esforços
do lavrador tendentes a ra-
reá-lo,
Pinheiro da Biia, pinhei
ro serrano, pinheiro inditoso
adentro do ambiente da fre-
guesia !… porque assim te
resignas a uma vida de per-
seguição, em meio de hnostili-
dade manifesta, onde tudo é
contra a ti, incluindo a acção
do próprio homem que só não
te mata para martirizar-te, a
tôda a hora, com requintes de
crueld ide ?
AhT… sim… porque és
muito nosso, porque também
estas em tua casa e, como
nós, prêso dos encantos do
lar paterno que preferes, hu-
milde e sem conforto, a qual-
quer faustuôso palácio do
Mourão ou da Azambuja.
Pinheiros, cá na Serra, por
tôda a parte, aos milhares!
Ei-los ali bem perto, da
«Outra Banda», enfrentando
a janela aberta do quartoon
de trabalhamos.
Lá está êle, o pinheiro se-
cular, esguio, firme que nem
rocha, aprumado, gigantesco,
com roupa de mendigo in1s
sisudo e altivo.
Não vive sósinho porque
ainda lhe restam dois dos
muitos companheiros (cente-
nas) que existiram no pinhal
e que, hã anos, deram a al-
ma ao Criador. Quem provo-
cava a crue; «chacina» ?
O fino aço do machado, em
satisfação dos instintos felinos,
do homem-tigre. Que bals: ri-
dade!
Disse o meritissimo enge-
nheiro agrónomo da região,
Dr. Preconceito, filho adoptivo
do sr? D. Ignorância, que
ensombravam o diminuto ta-
lho de cultura marginal da
Ribeira, a cem metros de dis-
tância e, dai o doia-a-baixo.
Pois bem: — Dos três que es-
caparam ao suplício da gui-
lhotina, um, por mais idoso,
apresenta-se mais consiso «
mais sereno. Um pouco adian-
tee ao lado, o pastor cá da
terra, de mochila às costas
(sorrão a tira-colo) «ue con-
tém infalivelmente o peque-
no aquipamento — grossei;os
botões de pau, colher de lata,
sovela, marmita de chifre de
boi, naco de borôa e azeito-
tonas curtidas — vigia o re-
banho ao tempo que lança
para o espaço, por via do
pifano de sabugueiro, acor-
des musicais um tanto ino-
nótonos.
Confrontamo-los na hosno-
geneidade de hábitos e indu-
|mentária e concluímos por
admitir que os dois sêres per-
tencem a uma mesma espécie.
Idéuticos no trajar, idênticos
nos costumes; dois irmãos gé-
meos da selva, filhos legiti-
mos da madre Natureza.
Um e outro bota brocha-
da de cabeual utanado com
grossos cordões do mesmo ca-
bedal, a alastrar pelo chão;
calça de «três ao pataco» em
Burel do Cebolai», tom escu-
ro, amarrotada, com muitas
rugas de alto abaixo, apro-
priadas a roupa que ninguém
passara a ferro; braços aber-
tus a curvar pelo cotovelo, à
laia de quem vai tirar o cha-
peu e, nas mãos semi-fecha-
das, o pastor arrecaua pedras
que destina às mais ponteiras
do redil eo pinheiro guarda
pinhões para atirar ao ho-
mem, em obediência à sua
gulodice.
Com grandes calháus que
não com pinhões deveria êste
ser atingido, uma vez que é
muito mais daninho que a
cabra lambareira.
E lógico o reparo porquan-
to distinguimos, perfeitamen-
te, no nosso pinheiro tipo, al-
guns efeitos abomináveis da
maldade humana.
Paciente e sofredor, o po-
brezinho mostra grandes ras-
gões na calça, junto ao urte-
lio e, da perna, verte sangue
a encharcar a bota.
Que profundos golpes, fa
cadas tamanhas, só porqiie
nos faz bem em vez de mal!
Que ingratidão !
Pinheiro e pastor, irmãos
de raça, iguais no nascimen-
to, no trajar e na ccupação,
têm todavia sorte diferente.
Este come pão, usa calça em
bom estado e põe safões quan-
do lhe dá na gana, vende
saúde e toca pifano; aquele
come pedras, à falta de me-
lhor alimento que se lhe ne-
ga, usa vestes esfarrapadas,
tem.aspecto de esfaiimado ce,
sob o iripulso do vento, não
canta, chora, solta tristes ge-
midos de moribundo. Que
desigualdade !
Então, em nome dos mais
sagrados principios da moral,
respeite-se, puis, o útil pinhei-
ro na razão directa do res-
peito que devemos ao prestá-
vel pastor.
Sim, porque o pinheiro não
é menos pastor que o pastor,
nem o pastor é mais pinhei
ro que o pinheiro.
Emquanto um vigia o re-
banho a meio daquelas encos-
tas e guarda a proinessa ce
ano farto em carne, leite e
criação, o outro vigia o equi-
librio financeiro do proprie-
tário, promete trabalho ao re-
sineiro, lucro às emprêsas ex-
ploradoras dos seus produtos,
lume ao lar, caixão ao morto
e amparo ao desenvolvimento
da riqueza nacionai,
Tudo isto a propósito das
jidiarias infligidas ao nosso
pinheiro regional, por virtude
da inconsciência de grande
parte da população.
O pinheiro, aqui, não é san-
grado, é degolado,
O gume do tormão não atin-
ge sômente o libei (entre-
casco) donde se escorre o pre-
cioso liquido; penetra e rompe
o lenho até ás proximidades
da medula, (Quasi toca a ar-
téria aorta do ser vegetal,
E não morre ainda nêste ano,
em razão do golpe que se pro-
funda, alteia e alarga com ai-
mensões exageradas.
Resiste por mais um, mais
dois e mais três anos, a mais
um, mais dois e mais três ras-
gões sucessivos em tôrno da
circunferência do tronco, em
nada inferiores ao golpe d
primeiro ano. é
Depois disto, é claro, o pin-
heiro, ao menor sôpro do ven-
daval, vai ão chão, quando
não morre por falta de circu-
lação normal da seiva.
“Senhores moradores da àba
do Moradal, é tempo de dar o
seu a seu dono. Mandai na
vossa casa de lavoura e vêde
no pinhal da Serra um inex-
gotável manancial de abastan-
ça.
– Mostrar a «Lsi» ao resineiro
com a intimativa de sanção
severa se matar, em vez de
sangrar.
O nosso pinheiro, presen-
temente, é a vossa riqueza—a
maior fonte de receita da vos-
sa freguesia. —O nosso pinheiro,
VAGINA
Consta que em Lisboa e
noutros pontos do Pais grassa
com intensidade a ipedemia
da varíola.
Estamos na época das vaci-
nações anti-variólicas e, por
isso, todos têm o dever de pro-
curar vacinar-se, pelo menos
aqueles que não o foram nos
últimos sete anos, levando a
fazê-lo os que estejam sob a
sua dependência.
Nas sedes de freguesia a
vacina é feita nas escolas e na
erta, na Delegacia de Saúde,
como há tempo informâmos,
e sempre gratuitamente.
Nos termos da lei nenhum ,
individuo pode ser admitido
em escolas, oficinas e estabe-
lecimentos comerciais ou in-
dusiriais de qualquer nature-
za sem que prove ter sido va-
cinado dentro dos últimos se-
te anos, devendo também ser
exigido a vacinação aos in-
divícuos admitidos em traba-
lhos agricolas e domésticos.
Os responsáveis da execução
dessa medida são os patrões
ou directores, que devem man-
dar revacinar o seu pessoal e
exigir o atestado de vacina no
memento de admissão, con-
servando em seu poder os do-
cumentos comprovativos, de
modo a facilitar a devida fis-
calização sanitária,
CRADEDORARRENECEE ENA DR
Festividades religiosas
Amanhã celebra-se na
Igreja Matriz a festa do Sa-
grado Coração de Jesus, ue
consta, como nos anos ante-
riores, de missa solene, acom-
panhada a órgão, comunhão
geral de crianças e adultos,
sermão e procissão.
—No passado domingo rea-
lizou-se a festa de Santo An-
tónio, cuja imagem, prévia-
mente, foi conduzida, proces-
sionalmente, da Igreja Matriz
para a capelinha no Cimo da
Vila. A Filas mônica executou,
no trajecto, uma marcha gra-
ve e lançariam-se muitos fo-
guetes e morteiros. As ceri-
mônias religiosas e o arraial
tiveram regular concorrência.
—Ontem houve a festa de
S. João no logar da Quintã
(Sernache).
—Com o concurso do Se-
minário das Missões, realizou-
-se na Igreja Matriz de Ser-
nache do Bomjatdim, em 8
do corrente, a festa de Cor-
po de Deus.
—Na mesina aldeia, em da-
ta a fixar, deve realizar-se a
Festa da Familia, que estã
despertando grande interês-
se pelos elementos que nela
cooperam,
senhor lavrador, não faz som-
bra faz sol.
Dê-se, pelo baixo, a cada
quilômetro quadrado a média
de mil pinheiros. de sangria
e teremosa linda soma de no-
venta mil nascentes de moédas
do metal indispensável (di.
nheiro). O senhor proprietário
sabe que, geralmente, cada
centena de pinheiros dá um
barril de resina e que cada
barril vem de regular pelo
preço de 150800.
Ora faça o senhor lavrador
a conta e verá que, dentro da
freguesia de Estreito, em tro-
ca do sangue imaculado do
ermitão, entram escudos: 135
mil (135 contos), por cada ano.
Isto de mão beijada, senhor
lavrador.,..
Continua
— Erratas na 1.º parte: 200 contos
em vez de 2.000: Vale de Ouranda em
vez de Vale de Ouzunda: Alsova em vez
de Alcôva, etc, etc;a, etc, etc;