A Comarca da Sertã nº147 17-06-1939

@@@ 1 @@@

 

DIRESTOR, EDITOR

Eduardo Barata da Jilva Corneta
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SERPA PINTO-SERTA!

E PROPRIETA IO

 

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS

 

 

ANO IW
N.º 147

As

 

 

Notas…

 

 

E a Portugal,

no lia 8, os valentes e
esforçados voluntários portugue-
ses que, por terras de Espanha,
na longa e bárbara luta que a
ensangiientou, mostraram o seu
valor, o seu heroismo e a sua
bravura indomável, honrando o
nome da Pátria, que desde o pri-
meira hora acompanhou com
emoção e com orgulho o sacrifi-
cio dos «Viriatos», nome por que
eram conhecidos os valentes guer-
reiros que combatiam nas hostes
nacionalistas.

Dos 10.000 portugueses que
tam abnegadamente foram lu-
tar em Espanha contra o bolche-
vismo,na defesa da Civilização

“Cristã e da terra bemdita de
Portugal, mais de metade per-
deram a vida em tam monstruo-
sa guerra, prova de que ocupa-
ram os postos mais arrsicados

. em combate, que a sua ânsia de |!
vencer era tam grande e tão ele [E

vada como o ideal sacrossanto
que acalentavam no coração.

Tão grande foi a valentia dos
«Viriutos» que os chefes do Exér-
oito uni 4 têm-lhes rendido os
maiores elogios e premiado seus
feitos com as mais altas distin:
ções,

O País recebeu os que volta-
ram com extraordinárias demons-
trações de carinho, porque éles
são o orgulho da Raça.

Agora há que cuidar das fa-
mílias dos heróis que morreram
ou que ficaram mutilados e que
antes tinham o seu amparo.

E o devêr de assistência e de
auxílio cumpre, por igual, a tô-
da a Nação, a todos os portu-

gueses.

ESTÁ marcada para hoje a
partida do Chefe do Es-

tado, de visita às nossas colónias
d: Africa Ocidental e Oriental.

A alegria e indiscritivel en-
tusiasmo que reina entre os por-
– tugueses residentes nos domínios
distinguidos com tam honrosa
visita, são o testemunho do muito
respeito, veneração e carinho que
dedicam ao sr. General Carmona,
a demonstração incontestável de
que sentem e apreciam os vésul-
tados da grande obra de reno-
vação nacional levada a cabo sob
o Govérno de Salazar, a prova
de que compreendem, em tóda a
sua latitude, o significado, alta-
mente patriótico, da visita às
nossas colómas, que formam,
com a metrópole, um todo uno e
indivísivel — o dupério Portu-
guês.

AAA
o próximo dia 16 realiza-
N se, na Sertã, a festa em
honra do Sagrado Coração de
Jesus, com comunhão solene das
crianças, que tradicionalmente
atinge ng beginnirono.

AVENÇADO

 

em cad treat do opta te eres aa 4

ea va pen e maaar a ndo aa att ao eee

“o NDADOR E BSB.

DR. JOSÉ CARLOS BITRHARDT.
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA .
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA és SILVA CORREA

 

 

impaado 8 imprese
NA

JBRAFICA DA A DA SERIA

| Largo do Ch Chafariz
SERTÃ |

 

 

 

 

Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã; concelhos de Sertã,
la deita a- Ria E Vila a E g Eito a E pia B seed o raia Mação)

 

 

 

Quere parecer-me que poderá realizar-se
na Guarda, se a Guarda assim o quizer

PÃO deixa de ser deveras consola-
JE) dor verificar-se o interêsse que
a notícia da realização do VII
Congcesso Beirão, mereceu uos

8 jornais regionalistas beirões. IL,
digamos em abono da verdade, bem justiti-
cado é semelhante interêsse, desde que te-
nhamos bem presente, no nosso espirito, o
entusiasmo e a verdadeira solidariedade sem-
pre verificada entre todos os beirõ:s que dec-
votamente vêm concorrendo a estas magpas
e ordeiras paradas regionalistas. Simples-
mente, todos mais ou menos têm pertido de
permissas um tanto ou quanto erradas,

Não há dúvida nenhuma de que tanto
gregos como troiamos querem o Congresso.
E também é verdade «ue nada tem sido de
finitivamente resolvido, todos nos encontra-

mos com os movimentos completamente ki
vres.

 

Dai, desde que haja uma cidade beirôa |

(em qualquer circunstância a Guarda esta-
ria em primeiro lugar) que queira fazê-lo,
bastará, para isso que a Casa das Beiras —
sempre muito acima das pequeninas pugnas
bairristas, que nada a interessam — concre-
tamente o saiba, para logo lhe dar não so-
mente a sua concordância nas até a mais
decidida e desinteressada colaboração.

E — quem sabe? — Talvez, bem vistas
as coisas, se pudesse estudar uma fórinula,
que não indo contra ninguém — o regiona-
lismo não comporta lutas entre terras da
mesma grande região — conseguisse ao mes-
mo tempo recolhvi a unanimidade de votos
dos congressistas.

Diz-se e é verdade: os homsns falando é
que se entendem. E para se eutenderem— só os
morcegos vivem bem na treva-—ainda se não
descobriu fórmula mais eficaz do que colocar
uns em frente dos outros. assim, desde que to-

as afirmações, em Coimbra, “dos ars.

 

dos estejam de boa fé, se desfazem atritos, se

desvanecerr mal entendidos, se faz triunfar
à verdade em tôda a sua pureza.

Mas a Guarda aparece-nos a antnciar a
realização dum Congresso, apenas limitado
às terras do seu distrito, isto é aquelas ter-
ras que se acham situadas na região a que
convencionou denominar por Beira Serra,

” Não lhe faltam, é certo, elementos de tô-

da a ordem: para po uma cbra ce |

fôlego.

“Mas quererá, assim, cortar com. a soli-
dariedade regionalista, sempre estreitamente
observada em todos os congressos beirões ?
Não terin razão para assim proceder.

Mas prossigamos: os senhores da Casa

das Beiras como o sr. dr. Joaquim Bernardo |’

«iz em-«Diário de Coimbra», não.
“dr. José
Crespo e major Pinto Monteiro, por sinal
feitas com uma impressionante sinceridade.
Como também não desconhecem
efirmações produzidas no Congresso de Avei:
ro, em 1928, no de Castelo Branco, em 1929,
e no da Figueira da Foz em 1932 pelos re-
presentantes oficiais da Guarda.

Acrescentou o director de «Distrito. da:

Guarda», que, se fôsse chefe, faria um Con-
gresso Beirão, em vez dum Congresso da
Beira Serra. Estamos em plena concordância;
eu adoptaria igual critério, se da Guarda fôs-
se natural, com asincera convicção de que
assim melhor defenderia os seus interêsses.

E com igual convicção, e absoluta since-

ridade, termino como comecei : Quere pare-.
cer-me que a VII Congresso Beirão pocierá.

realizar-se na Guarda, se a Guarda assim
o quiser, .

F. DE PINA LOPES

i r e
a

idênticas |

 

Legionários do dis-
trito

Como anuciâmos, realizou-
se no passado domingo, na
Covilhã, a reúnião anual de
todos os legionários lo dis-
trito, que ali foram recebidos
convi manifesta prova de sim-
patia.

A concentração fez-se no
Campo das Festas, no Bairro
Municipal, ao fundo do qual
se destacava um altar para a
missa campal. Muitos prédios
apresentavam ricas colgadu-
ras. Ladeando o campo viam-
se vários organismos com os,
seus estandartes e tôda a ofi-

garantida

chegam ao
dano.

 

e dinheiro.

rança e rapidez,

Quem o avisa, seuamigo é ca
esa E É | firmado pe

Lembre-se sempre

de que fazendo a expedição das suas enco-
mendas pela Companhia de Viação de Sernache, L..º tem
a segu- |:
com a certeza de que elas

a modicidade de preços,

seu destine sem o mais pequeno

Em muitas localidades já se criguo há-
bito. da troca de encomendas,
mente pela Páscoa e Natal, que não se veri-.
ficava antes de existirem as carreiras.
Peça informações aos agentes e prati-
camente ficará sabendo que economiza tempo

principal-

 

cialidade do RCE do
Infantaria 21.

 

 

O sr. dr. Antão Santos Cu-
nha proferiu um: patriótico
discurso; foram cóndecora-
dos diversos legionários e al:
guns comandantes de «lança»
receberam medalhas de bom
comportamento.

Em seguida houve «Te-
Deum> e desfile.

%* x
O que não está certo é que

 

quem fez o relato desta festa
para o «Diário de Noticias»,
dublicado em 12 do corrente,
tinha omitido os legionários
da Sertã entre os outros nú-

cleos que ali foram, alguns
de terras de pouquissima,
importânci: 1. Talvez o cronis-
ta desconheça que a Sertã é

sede de concelho « e comirca

ou em nenhum. E ainda por |
Sima dizer-se na epigrafe

e uma aa mais. del
do distrito. Se não sabe, fica
sabendo. O falava em tôdos.

«Reiínião anual dos legioná-
rios da Beira Ala», também
ja é mostrar muita ignorân- | –
cia,

Doisêrros explicaveisd ue
devem ser emendados.

 

ARLAMAA ESA
3
“
Q

 

 

 

“Ema dineiha dido ai dangand.

bassada, mas em espesã
cialno dia q, fez-se aqui en
uma trovoada brutal, violentés-
sima, chovendo torrencialmente ;

os elementos mostraram-se com

uma fúria apocalíplica,

“Na região ntitas terras de ..
cultura ficaram completamente .

arrasadas e destruídas, danifi-

cados mitos moinhos, casas de .
arrecadação e habitações, árvo-

res derrubadas e alguns ribeiros,
“aumentando rapidamente: de vo-

lume, sairam dos leitos, & rhando
“maiores os danos.
Em alguns pontos. do Pdss o.

 

temporal atingiu proporções de

verdadeira tragédia, semeando -o

luto e ruinas irreparáveis: more

reram muitas pessoas e houve

propriedades que, de ricas e vi-
cosas que eram, se transforma-

 

vam em lodaçais enormes e da.
a

tras “ficou só a rocha,

“formidável.

Uma verdadeira hecak mbe. E

: gre

“ES, muito animada a
«soirêe» de sábado pas-
sado, no Grémio adaga
dançando-se até-as 3 horas.
Foi servido um chá aus sócios,
Jamílias e-visitantes.
O simpático artista cego, sr.
Raimundo Rita,

 

ex-aluno du .
Escola Branco Rodrigues, ente

olência das aguas que
corrism com uma impeth. eua =

e

vou a assistência com a sua ‘exe

plêndida execução de piano e com.
certina, conquistando mais.» um

 

triunfo na sua-vida de artista…

– A falta de vista certamente tem
influênciana execução musical que,

de um sentimento protitudo. é

sensação estranha, causdudo vera
dadeira êxtasis, que mem sempre

nos é -dado desfrute é anutto

 

Jalém de primorosa, se impregua

menos nesta época E) que má

sica, snateriahzadwe mistificada,

digamos assiut,: dr ansmitida qi

difundida pelo rálio.e pelo disco,

perdeu grande darte da seu et
canto: espiritual, da sua selução,

“RaimundoIeita arrancou fre:
néticos apluusos aos

sua autoria.
* Raras vezes nos é cado: Russas
noites tam boas.

oco EDBEARS DRAMA

E do nosso presado colega

oupintes
uando acabou de executar aufes
|uicidade», wma linda valsa da

«Diário de Coimbra .

o editorial re publicamos koje,
o ilustre beirão Es.me
Sr. Coronel F. da Pina Lopes.

Este artigo é da maior importâne :

cia e oportunidade Rare as Hei

ras,
ema

DEALIZA SE âmanhã q
. festa de Santo António,

РEste n̼mero foi visado pela
Comissão de Censura
Me Castelo” Branco

 

 

!
Í
|
!

|
!
i

 

@@@ 2 @@@

 

o) :

‘A COMARCA DA SERTA’

 

(1.2 pupltação)

E Por êste se anuncia que no
* dia dois de Julho por doze ho-
-“ras, à porta do Tribunal Ju-
; dicial desta comarca, se há-de
“* proceder à arrematação em
hasta pública do prédio a se-
“ guir designado e pelo maior
preca que for oferecido acima
do valor abaixo indicado. e

Ee PREDIO –

$“Uma casa de. Rs casa a de
alambique, pateo, forno e ter-
tra de cultivo, oliveiras e vi-

 

Ro

Rune fo %

“ deiras, na Galeguia, penhorado |

“=Dos-autos de execução fiscal
“ administrativa que a Fazenda
Nacional, move cóntra Abilio
David da Silva, solteiro, maior,
morador no logar e freguesia
ao Nesperal. Vae pela primeira
novecentos quarenta e nove
“ escudos e vinte centavos.
su 949820)

-São por este citados qliofeque,

ms crédores incertos para assistirem
à arrematação neste anunciada.

degdre ea $ de Junho de 1939.

Poco Verifiquei. —*

q O. Jutz de Dibelto EO “Subst.?

a “Carlos Martins –

– O Chefe da 1.º Secção,

José Nunes se

AN UNCIO

“(as publicação) –

 

 

 

do corrente mez de
2 horas, à porta do Tribunal
Judicial desta ‘comarca, se há-de

a “Signados e pelo maior lanço ofe-
— retido * “acima dos valores. indi-

 

: ad Ê

“PREDIOS. :
no e Rr — mo. den e quena de
do cultivo, sita-á Fonte Vel a, limite

» do Sobral de Baixo, freguesia do

“at Sobral, Vai pela segunda vez Ã

 

 

espraça no valor de duzentos e ein
o quenta escudos. E
2.º — Uma pequena casa que. Sera

vê de habitação sita no Sobral dé
Baixo, Ji eguesia do Sobral. Vai
pela segunda vêz à praça no va-

– tor de duzentos e setenta e cinco
. estlídos.

Ss on Terra: de Seis “o a
vê “Orjadica, limite do Sobral de

 

– Báixo, freguesia do Sobral. Vai

““bela segunda vez à praça no va-
lor de setenta e cinco escudos. –
“Penhorados nos autos de execu-
“ ção por custas « selos em que são
e iente O Ministério Público
e executado: José Barata David,

 

lugar de

E quaiquer credores incertos para |
assistirem a arrematação neste

e “Sertã, 6 de Juuho de 1939.
: O chefe de secção .
q Verifiquei

O Juiz 2.º substituto,
– Albino Silva

 

“0000

Fe : comarca,

vez à praça no valor” de mil

“proceder a arren atação em hasta |
pública dos prédios a seguir de-

“| vinte é cincó escudos,

РṢo por este an̼ncio E iados

iii

Advogado — ERTA,

 

a ANUNCIO | ANUNCIO

: 2º publicação

“No dia 25 do corrente mês
de Junho, pelas doze horas,
à porta do Tribunal Judicial
desta comarca se há-de pro-
ceder à arrematação em hasta
pública-dos prédios a segvir
designados, no inventário o1-
fanológico por óbito de Ange:
la Freire, moradora que foi
na vila de Pedrógam Pequeno,
em que é in-
ventariante o viuvo Henrique
da Cruz, da mesma vila a sa-
bêr:

pátio, na Rua da Misericódia,
na .vilade Pedrógão Pequen »,
inscritas na matriz sob o ar-
tigo cento ecincoenta e cinco.
Vai pela primeira vez à praça
no valôr de seiscentos escu-

-dos..

2º— Uma propriedade que
se compõe de inato e pinheiros,
no sítio denominado o Chão

“dos Pardieiros, inscrita na

matriz sob o art.º 2261. Vai

| pela primeira vez à praça no
valôr de duzentos escudos.

3º= Um olival, mato e pin-
heiros, no sítio do Chão de
Mil, inscrito na matriz sob os
art.º 2.086, 2.087 e 2.088. Vai
pela primeira vez à praça no
valôr de setecentos e cincoen-
ta escudos.

&o— Uma propriedade de

| terra e pinheiros ao Cimo da

-| Quelha da Serrada, inscrita,
sa éste se anuncia pe no diá

unho, por.

na matriz pcedial sob o art.º
2.088- metade. Vai pela pri-
meira vez à praça no valôr
de duzentos escudos.

5.º— O dominio util de um

“prazo anualmente foreiro a D. |

Júlia Seabra Mousinho de
Brito, de Tomar, em quarenta
litros seiscentos e trinta e
dois mililitros de pão meado,

trigo e centeio, e uma franga

impôsto numa propriedade, no

“sítio denominado Barrócas

Cimeiras, que se compõe de

“terra de cultura, oliveiras, vi-

deiras, arvores de fruto, ma-
to e pinheiros e uma casa
que serve de despejo, inscrita
na matriz sob o artigo 2.275.

Vai pela primeira vez à praça.

no valôr de mil setecentos e

mil setecentos e cincoenta e
dois escudos e sessenta cen-
tavos.

São bor este meio citados quais»

| quer credores incertos para asis-

tirem à arrematação e a sisa se-

rá paga por inteiro pelo arrema-

tante.

É Sarta, 5 de Junho de 1939.
“viuvo, dé Biba cor morador no |
obral. concelho de Olei- E

“-VERIFIQUEI
o Juiz, 1.º Subst.º,
Carlos Marins
«O Chefe da 3.º Secção int.º
nando António da Sa

 

“oligo VAL SERRA

Curso dos Liceus
We
Instrução Primária
Sernache do Bomjardim

 

digo, –

 

VENDE-SE

Um bom olival na Aveleira.
Trata-se com Antonio Bara-
ta e Silva— Sertã.

Compram-se
Roupas e calçado para Ro
mem, novo e usado.
– Trata-se com António Fer.

reira — Campo de Santa Clara,
82, 1.º -. LISBOA

Quinta e várias pro-

 

 

| priedades anexas

“4.º — Umas casas com um |

РNos arredores da Serṭ,
junto à estrada alcatroada,
vende-se uma das melhores
quintas desta região, e varias
outras propriedades anexas,

Belissima casa de habita-
ção com todas as dependen-

cias.

Produz muito azeite, vinho,
cereais, elc. etc.

Tem muitasarvores de fru-
ta, sobreiros, pinheiros e ma-
to, e enorme area para adean-
tamentos agricolas.

Optima água. Excelentes ares.
“Informa-se nesta redacção.

 

VENDE-SE

Boa casade residên-
cia com quintal, na
Sertã.

Nesta
informa.

Rogerio bucas

MEDICO

Consultas todos os dias, «
12 às 15 horas.

E Consultório e residência
Rua do Soalheiro—SERTA

redacção se

 

‘as

 

SAPATARIA PROGRESSO

CO E dim

Casimiro Farinha

Fabricante de todo o género
de calçado; Exportador de
calçado para as Colônias
e p rincipais Cidades
do Continente –

SERTA

 

 

E

| ts
TOMAR

ALBANO LOURENÇO DA SILVA

ADVOGADO
5 E RT A

 

 

 

Francisco Mateus
Solicitador Judicial

SERTA

 

 

o o
costumo casaco aonsldlzano Eooassoocooa constar ooconoBocosMAvao

A Pernambucana, Lo

Casa de Cafés do Brazil
Compodi dos ex-empregados de A BRAZILEIRA, L.,
Joaquim Ferreira e Joaquim Duarte, que passou a explorar o

negócio de CAFÉS CRÚS E TORRADOS,

Esmeradiss mo e já muito afamado é o tipó de café A. P.
proprio para venda à chavena.

Mantêm-se Os preços e dies estabelecidas
Dirija-se V. Ex.? sem demora, a

A PERNAMBUCANA, 1.º

que será prontamente servido

É — RUA ÂNTONIO MARIA CARDOSO, 1
Telefone 2 0881 LISBOA

CONZMISD PS ooo000 RES sapo PONcnpMisD 00

Companhia lação De Sermacho, mito

 

‘ (CARREIRA RÁPIDA)
ag Carreiras entre Sertã-Lishoa, Sertã-Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno

DOAR AAA Ho

Comunica aos Ex.7ºS cligntas qua dasda o dia 17 de Maio iniciou, aos DOMINGOS e 2,28 FELAS
uma nova carreira, além ta que já está estabelecia entra Lisboa — Alvaro & Vice versa

 

AOS DOMINGOS 1ÁS SEGUNDAS FEIRAS
H.M. HE M.
SAIDA DE LISBOA 6-30 ; SAIDA DE ALVARO : 1>- 40
Chegada a Santarem 9-15 ; Chegada ao Cesteiro 15-50
Saida 9-20] » Sertã 16-55
Saida 17-30
» Pernes 10-00 » —Sernache 17-50
» Torres Novas 10-35 Saida 18-00
> Tomar 11-20 » Ferreira do ler 10-55
» Ferreira do Zezere 11-00 RR o o | 19.40
» — Sernache 13.00 » Torres Novas 20-25
» Sertã = 1390 » acoes 91-00
se » antarem 21-40
Rida CO Ss cão 22-10
» — Cesteiro 15-05 » Vila Franca “23-10
» Alvaro 15-15 » Lisboa 0-10

 

 

Foram estes horários estabelecidos de harmonia com as necessidades la região, eVi=
tando assim um menor dispendio de tempo ás pessoas que os seus afazeres chamam à Capi
tal, pelo que esta Gompanhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantágem,
não deixando de utilizar os seus carros.

 

 

 

 

Desde de 1 de Junho a nossa Garage em Lisboa é na
Avenida Almirante Reis n.º 62-H — Telefone 4 5 503

FHORAÁRIO ANUAL.

Da Carreira de Passageiros entre Figueiró dos Vinhos e Sertá
Concessionário: ANTÔNIO SIMÕES e

 

 

 

 

2,5 908 40 6a e 6/8 Cheg. Pat?
Figueiró dos Vinhos ……….. 18,50
Aldeia Cimeira =… 19,05 19,05
Sernache do Bomjardim ….. ao 19,30 19,35 .
Sentã cc E 19,55

3.58, 4.28, 5.28, 6.28 e sábados
Send o Gr Ea 5.15
Sernache do Bomjardim ……. 5,39 Do
Aldeia Cimeira Micos 6,05 6,05
Figueiró dos Vinhos……….. 6,20

 

TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES
Figueiró dos Vinhos

1850 Bairrada

3800 1850 Pente airrada

4850 3800 1$50 Carvalhos

6800 . 4450 3800 1450 Sernache

9800 7850 6800 4850 3800 Sertã

Figueiró a Coimbra, 12850; Sertã a Coimbra, 21850; Sar-
tã a Coimbra (ida e volta), 40850.
Crianças de 4 10 unos pagam 1/2 bilhete.

 

Compantia De WiAaÇÃOo DE SERNACHE, LimiTADA

SEDE EM SERNACHE DO BOMJIARDIM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A’S TERÇAS E SABADOS

“Sort é a Lisboa Lisboa a Sertã (regresso) Entre Pedrógão Pequeno, Sertã e Vice-Versa | Entre Sertã — Oleiros
a que Lona , mg Par. Part Localidade leg. Para. Localidade – Cheg Parag. dá Localidade hey. Parag.. . Part.
Ea E a su “Zasllisoa . = 1000 piratas Pequeno ; o no Flo se Se. dis 8,00
: Sermache dgomjardim. – . a 0,05 8,15 |Zantarin. 13,00 0,15 13,15/hamalhos +… ca dolomaneal o… 1815 0,05 18,20
“Farreia. de Tile “905 005 9.10/Tores Nova. =. 1435 0,05 14,40 Poa h. Gerdeira . 10 0,050. 6;55hito Cavalo… . 1900 0,05. 19,05
Tomar… . 950,0,10 4900/Tomar . . . . . 1530 0,10 15,40 )Stágre e 1,90 10,80 7, Lóliesteiro 19,15. 0,05 19,20

Tareshovas, . . . 10,50 /0,05: 10,50|ferreira de Lezere . . 16,20 -0,10 16,30 |Pivoaçh. Gerdeira. . . 18,20 0,05 18,25leiros 19,90

ee Sambarim o) 1242/15 0,20 1285] domachedo Bomjadim. – 1210 0,10 17,20 famahos oh. . . 18,40 005 1845] AS 25º E SEXTAS FEIRAS *
goi e 0 AB 300 — [ori 2 1140 — — |Pedrogam Pepuengs – 19,00 — — lgigiros se 6,00
Fa NÃo, SE HA AOS DOMINGO . Gesteiro q 6,10 0,05 6,15
ii KFECT Alto avalo . = 605 005 6,90
gi NAO SE EFECTUA AO DOMINGO lijayal . . . . 7,10 0,05 :1,30
“LCANIONETES ENCARNADAS—4 «Compania de Viação de Sernachod | Ms O

ai h

4: tor natagad d de todos qs SEUS serviços.

 

@@@ 3 @@@

 

A destruição do Pe-
lourinho de Pedró-
gão Pequeno

E no próximo dia 22, pelas
12 horas, que tem logar, na
sede da nossa «omarca, a au-
diência de julgamento de Gus-
tavo Perfeito Sequeira Alves
e Artur Antunes Barata, au-
tores da destruição do Pelou-
rinho de Pedrogão Pequeno,

Relatório do agente da P. |. G. que pro-
cedeu às investigações:

em virtude do que me foi or-
denado superiormente, vim a
êste concelho a-fim–de levar a
efeito a descoberta dos auto-
res do vandalismo praticado
no Pelourinho da freguesia de
Pedrógão Pequeno. Iniciadas
as investigações e depois de
várias deligências, apurei: Em
-29 de Julho dó ano de 1937,
foi no Largo de S. Sebastião,
concluida a restauração do Pe-
lourinho e por sua vez en-
tregue á conservação da Junta
de Freguesia. O local escolhido
descontentou Francisco Alves
dos Sanios, pois tinha preten-
dido reconstrvi-lo de sua con-
ta própria, no Largo da Praça
ou no Adro da Igreja. Essa
recusa deu motivo a que o
Francisco Alves dos Santos,
começasse por aliciar alguns
indivíduos da terra levando-os
a assinar um abaixo-assinado,
e nomearem uma comissão,
de que fez parte aquele Fran-
cisco Alves dos Santos, seu
filho Gustavo Perfeito Sequei-
ra Alves, Artur Antunes Ba.
rata, Antônio Lopes Pessoa e
António Ferreira David, êste
já falecido, que foram junto
de Sua Excelência, Senhor
Governador Civil do Distrito,
protestar, pela reconstrução do
Pelourinho, no local onde foi,
e pedirem a sua transferên-
cia,

Desde então os da comissão
‘ votaram um ódio de morte ao
Pelourinho e juraram retirá-
lo dali a bem ou a mal,

Decorridos aiguns meses o
Pelourinho sofre o primeiro
desacato, que foi pintarem na
coluna principal cabeças de
burro, para no Domingo gor-
do, último, receber a sentença
de morte, a parecendo coladas
na mesma coluna, caricaturas
representando caveiras, para
na 4. feira de cinza, sofrer o
golpe fatal, ou fosse a destrui-
ção do capitel, formado pela
sea terrestre e esfera armi-
lar.

Na posse dêstes elementos
e doutros que colhi pelas tes-
temunhas inquiridas, não me
restam dúvidas que os seis
autores, estavam entre aqueles,
que o tinham condenado Ã
morte; no entanto os 4 pri-
meiros, sujeitos a interroga-
tórios, negaram formalmente
a acusação.

Continuei nas deligências e
convicto que outros não po-
diam ter sido, foram de novo,
sujeitos, a um demorado in-
terrogatório á excepção de
Francisco Alves dos Santos,
que apresentou atestado mé:
dico, e por fim Gustavo Per-
feito Sequeira Alves e Artur
Antunes Barata, confessaram
terem sido êles os únicos, os
autores da destiuição do Pe-
lourinho, explicando nos seus
autos a forma como actiiaram

para : execução do crime, e|

“mais confessaram terem sido
também os autores das cari-
caturas das cabeças de burro,
usando para isso dum molde
: em folha, desenhado pelo Gus-
tavo, e cortado à tesoura pe-
lo Barata, segurando êste a
lata de tinta, emquanto o Gus-
‘tavo procedia à pintura de

 

| EE
É
Cs

 

márca

 

 

 

(NOTISIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES

Nova Igreja

ORVALHO,5 — Realizou-se hontem nesta localidade, a
bênção e lançamento da primeira pedra da nova Igreja Pa-
roquia!, que vai construir-se.

uma hora da tarde, terminou a missa paroquial, cele-
brada pelo Rev? Vigário da freguesia, na a-tual Igreja pa-
roquial, que se achava literalmente cheia de fiéis.

Terminada esta, subiu ao pulpito o Ex.Pº Sr. Cónego
Ventura, d: Portalegre, o qual fez uma bela e muito instru-
tiva conferência sobre-a Familia, pois realizou-se aqui on-
tem, o «Dia da Familia», cuja conferência foi ouvida, por to-
dos os assistentes, com muito interêsse.

Acabada a conferência, cerca das duas horas da tarde,
organizou-se imediatamente uma: procissão, presidida pelo
nosso Pároco, acompanhado pelo Sr, Cónego Ventura, pelo
Sr. Padre Graça, pároco de Cambas, pelo Sr. Padre Valente,
pároco das Sarnadas de S. Simão e em que, pode dizer-se,
tomaram parte todos os habitantes do ÔOrvalho, tendo-se
incorporado nela as confrarias e Irmandudes, com os seus
estandartes, as crianças da €. E, com os seus distintivos, as
crianças das Escolas, com os seus professores, os associados
do A da Oração, etc, dirigindo-se todos para o local onde
já estão abeitas as fundações do Novo Templo e onde se
achava também já levantada uma grande Cruz de Madeira e.
junto desta uma mesa ornamentada de flôres natura:s, Pri-
meiramente foi para junto da Cruz, que a procissão se diri-
giu e o Reverendo Clero,

Aqui procedeu-se ás cer mónias marcadas pelo Ritual,
para êstes actos. Em seguida foi benzida, pelo Rey º Vigário
da freguesia, a primeira pedra e cumpridas tôdas as outras
cerimónias do Ritual, Terminadas estas subiu o Sr. Conego
Ventura para um púlpito que se achava colocado no meio
do local marcado para o novo templo e daqui falou, por
espaço duma hora, à grande multidão, que ali se achava
reúnida e que no meio do maior silêncio escu’ou Sra Exce-
lência. Depois de ter falado largamente do significado dos
templos que se levantam em honra do Senhor, das Casas
de Deus, que são Casas de Oração, convidou todos os Orva-
lhen:es a reiinirem-se em volta do seu pároco, para assim
todos unidos, levantarem o mais râpid mente possivel a no-
va Casa do Senhor, pois, em virtude da freguesia set pobre,
só com o auxilio e boa vontade de todos a obra se pode rea-
lizar, tanto mais que o projecto elabor«do e que vai execu-
tar-se, é bastante dispendiõso e dar-se ainda a circunstância
de aqui não haver artistas e uma grande parte dos materiais
terem de vir de bastante longe.

Terminado o sermão, que calou fundo no ânimo de toda
a assistência, foram levantados vivas a Cristo – Rei, à Igre-
ja Católica, à Religião Católica, ao Santo Padre, ao Sr, Bis-
po de Portalegre, ao Sr, Cónego Ventura, etc. etc, vivas ês-
tes correspondidos por tôda a assistência o

Nota digna de registo. Logo desd- manhã até próximo de
sa o; ganizar a pro-issão a àgua calu sempre em abundância.
Emquanto durou a procissão e tôdas as cerimónias realiza-

-das no local do novo templo e até a procissão recolher Ã

Igreja o tes po manteve-se sereno, posto que a atmosfe:a es-
tivesse bastante carregada, mas logo que a procissão deu en-

trada na Igreja a chuva voltou nóvamente em grande bun- | .

dância.

Parece que Nosso Senho- quiz assim manifestar a sua
benevolência e dar a sua bem claia aprovação à obra que
“ai realizar-se, a qual é de uma necessidade, pois a actual
Igreja é velha, pequenissima, para poder comportar a popu-
lação praticante desta freguesia,

Está organizada uma Comissão que conta representan-
tes de tôdas as familias da freguesia, para angariar os fun-
dos necessários para a construção do Novo templo.. :

Esta comissão de que é presidente o Rev.º pároco,
agradece, com o mais vivo reconhecimento, qualquer dona
tivo, por pequeno que seja, que as pessoas generosas, por
seu intermédio, queiram emprestar a Deus, Esses donativos
podem ser enviados directamente ao presidente da Comis-
são, Sr. Padre Thomaz de Aquino Vaz de Azeveio.

Os nomes de tôdas as pessoas, que por qualquer forma,
auxiliarem esta obra, ficarão registados num livro, para per-
pêtua memória das suas benemerências, e melhor Tegisto
terão ainda, no coração do nosso bom Deus, o qual não dei-
xará de largamente recompensar aqueles que ajudaram a le-
vantar, com o seu óbulo, uma casa que Lhe é dedicada.

 

Ele dará a todos cento por um como promete no Seu
Evangelho.

é

ESSO

PROENÇA-A-NOVA,7 —Estão Govêrno da Nação em-
penhado no ressurgimento do Pais em todos os sectores da
actividade nacional, não esquecendo, claro esta, o levan-
tamento da Escola Primaria ao nivel do respeito a que tem
jus.

De norte a «ul do País vão-se substituindo os velhos
pardieiros que albergavam as criancinhas e que tinham o
nome de escolas, por casas próprias onde a Mocidade Por-

tuguesa viva num ambiente alegre e sadio, preparando fu-,

turos homens robustos e patriotas de gem”. Es

Tem esta localidade em construção uma belissima Es-
coia, e daqui a meses teremos a grata recordação da sua
inauguração, pois trabalha-se com afan na sua conclusão de-
pois da última comparticipação do Estado nas obras do edi-
fício, Cabe ao Govê no da Nação a eterna gratidão “o povo
proencense, não olvidando dêsse reconhecimento os homens
ilustres de Proença-a-Nova que têm contribuindo para o
progresso da sua terra natal, sendo com orgulho mais um
melhoramento a marcar o seu entranhado bairrismo.

* *

Fala- e com insistência agora da criação duma nova
praça de mercado, pois a que existe é higiénicamente im-
própria para a venda do peixe e hortaliça por estar exposta
aos rigores do tempo, princinalmente de verão, não existindo
copa de arvore amiga que preserve a venda dos géieros,

* *

Continuam algumas casas com as frontarias por caiar,
dando a vila um aspecto pouco agradavel. i :

* *

Vimos nesta vila o Sr. João Martins, gerente da Grafica
da Sertã, que em propaganda dos negócios da Emprêsa ca-
tivou muitas simpatias, E

* *

/

Prolongando as carreiras de camionetas da sua acredi-:

tada Emprêsa até esta vila, tem o povo proencense mais um
melhoramento a agradecer ao Sr. Libânio Serra, de Serna-
che do Bomjardim, fazendo nós sinceros votos para que seja
feliz no seu empreendimento e transforme diaria a carreira

(Cs

REA
ESSO

“Estrada Povoa-Castelo

CASTELO, 6 — Pelo fundo de Melhoramentos Rurais
foi concedida à Junta desta freguesia a quantia de 29.621800
para empedramento da E. L. da E. N. numero 54-2.º,, co
nhecida pela estrada-Povoa-Castelo. EE

Não podemos deixar de nos congratular sinceramente,
e estamos certos que tôda a freguesia, pelo que êsse melho-
r.mento representa de útil e importante para a sua pros-
peridade e desenvolvimento.

Só quem tev- ocasião de ver e observar sabe a falta que
na estação invernosa se fazia sentir.

Urge agora que a Junta de freguesiameta ombros à obra
que evidentemente deve ser feita por arrematação em hasta
públic+, e de forma a estar concluida no fim do verão.

Ousamos lembrar que uma das clausulus a estabelecer

ao arrematante dever ser a de se dar preferência, nos’tra-
palhos, aos operarios da freguesia, como é detôda a justiça.
Supomos que os individuos atingidos, na terraplana-

gem, pela abertura da referida estrada, se encontram ainda,

desembolsados d:s indemnizações que lhe foram atribui-
das. serà também de tôda a humanidade atendê-los,

E

 

MELHOSAMENTOS LOCAIS

O esforço dispendido, em
capitais e em trabalho, é diz-

 

Parvoíces…

 

De vez em quando alguns en-

graçados e daqueles que nada
mais teem que fazer do que polir

A estrada de Roda-Brejo da Correia, na
freguesia de Sernache do Bomjardim

no de ser pôsto em relêvo
pois representa alguma coisa
de grande para tão pequeno
povo.

 

E’ certo e nunca é demais

 

as calçadas com as solas dos sa-
patos, e madames fara quem
não há meias em casa, entreteem-
sea propalar que a Gráfica vai
saw da Sertãl…
Tranquilizem-se, amigos, por-
que ainda há muito quem a coa-
djuve para que iss? não suceda.

 

tais caricaturas, negando con-
tudo a autoria das caveiras.
Nestas circunstâncias fez-se
luz sôbie o facto, descobrin-
do-se os seus autores, evitan-
do-se assim que inocentes
fôssem apodados de terem
comparticipado em tal crime,
conforme os seus autores, em
priucípios pretenderam apon-
tar, para se eximirem às suas
responsabilidades, evocando
divergências políticas.

Sertã, 14 de Março de 1939

O agenteda P. I. €. de Lisboa,

(a) Armelim Maricos Monteiro»

Ã

| procuram, à porfia,

 

O Brejo da Correia é uma
pequenina povoação (cerca de
15 fogos « outras tantas fa-
milias) situada na encosta da
Serra do Brejo a cavaleiro da
ribeira Sardeira, distando da
Roda (na estrada Lisboa-Ser-
tã) cerca de 4 quilômetros.

Os seus habitantes, consti-
tuindo quasi uma só fainilia,
possuidos das virtudes ances-
trais da velha raça portuguesa,
engran-
decer e melhorar o seu povo
indo ao encontro dos desejos
dos governantes do Estado No-
vo em plena concordância com
a doutrina de Salazar.

A-pesar-de poucos e dos fra-
quissimos recursos em fortu-
na pessoal, guiados c ajudados
monetariamente por Francisco
Inácio Corrêa, proprietario do
«Dragão Chinês» na rua D.
Pedro V, em Lisboa, lançaram
mãos à obra rasgando nã
montanha o leito duma estra-
da que os ligou à povoação de
Roda, abandonando: a velha
vereda-—autêntico e perigoso
caminho de cabras, que, ainda
recentemente, lhes dava saída
para a estrada principal.

 

 

encarecê-lo, asradecendo-o, o

valioso auxilio prestado pela

junta de freguesja para a éxe-
cução deste melhoramento;
porêm, a obra de macadame
e a do tabuleiro da ponte (cer-

ca de 3 metros) a lançar sô-‘
bre os pilares já construidos

sobre o leito dá ribeira é que
excedem as forcas daquele po-

vo e os recursos da junta. E”|

obra que o Govêrno por inter-
médio da Junta Autónoma das
Estradas, fará, estamos certos

disso, à custa dar suas dota-:
ções ou pelo fundo de melho-.

ramentos rurais.

E’ o pedido que fazemos por,

intermédio do nosso querido
jornal, porta-voz de interêsses
dignos de serem considerados
e atendidos,

Lisboa, 6 de Março, de 1939.

Capitão Manuel Lourenço de Oliveira
(De «A Voz»)

Postais ilustrados
| Com vistas da Sertã

| á venda nesta redacção

x

 

 

 

go a Ba

 

por orasião das festas de $,
João, promovida pelo Grêmio
Recreativo Proencense, – de

РProen̤a-a-Nova |

VE

“Dois sócios da simpática

“agremiação, que é o Grémio.

Recreativo DProencense, com.
sede em Pri: énça-a-Nova, os.
srs. Manoel Lobuto da Silva e
Carlos Dias, tiveram a inícia-
tiva de promover uma excur-
são a Braga, por ocasião dus
próximas festas a S. João, for-
mando-se, para tal efeito, o
Grupo Familiar Proencense,
que, de futuro, realizará ou»

tras é e

Reina em Proença grande
animação por tam agradável
iniciativa, tanto mais que é
esta a primeira vez que’se or
ganiza uma excursão ao Nor-
feio Ra

As terras onde residem
piocenences não deixarão,
certamente, de aplaudir a
ideia, porque dela resulta Ã
propaganda da formosa vila
de Proença-a-Nova. =

És

O itinerário do passeio
a Braga êo seguinte: saida de

Proença no dia 92, às 4 ho-

ras, em direcção à Sertã, Fi-
gueiró dos Vinhos, Coimbra;
Curia, Agueda, S. João da
“Madeira e Porto, onde o grupa
passa a primeira noite; Fa-.
malicão, Braga, Bom Jesus .
e Sameiro, onde passa a noité.
de 23 para 24, saindo no dia:
25 para Braga, Barcelos, Po-
voa de Varzim, Vila do Con;
de, Leixões, Porto, Espinho,
e Figueira da Foz, passando
ali « noite de 25 pars 26; se-
gue, depois, por Pombal, Fi- |
giueiró, Sertã e Proença.
A comissão. organizadora.
previne dêste passeio os seus
conterrâneos residentes nas
localidades do percurso, aos
quais deseja apresentar as
suas saiidações. Es e
Espera-se que esta excursão
obtenha o mais pleno êxito e
que sirva de ponto de par-
tida para a realização de mui-
tas outras, tam certo é que

delas grande utilidade advem

para os seus componentes,

0900€ 3 3 306

Isto não é piada .

Contou-me um amigo que,
em tempos, os jornais da Ca-
pital publicaram anúncios de
convocação para uma reiinião
dos naturais do Concelho da
Sertã e outros próximos. Aques
le, por espirito de curiosidade,
foi atê ao local para observar
do que se tratava. e

“Ao chegar ali apresentãs
ram-lhe um.livro para insere:
ver o seu nome, o que fez,
Depcis foi tomar lugar numa
sala onde se encontravam
outros assistentes. Pouco des
pois, ao constituir-se a mesa,
foi chamado um representante
de’cada Concelho. O meuamigo

ficou surprezo por ser chamado

a representar o Concelho da
Sertã. Não hesitou, foi, e an-.
tes de tomar qualquer reso-
lução, pediu o livro dos ins-.
critos e verificou então a’ra-

zão de ser chamado. ss
Era o único inscrito pelo
Concelho. . cs

Iso é que é bairrismo! :

“Numa cousa o são os Ser.
taginenses: E’ na defesa dos
seus interêsses próprios o que
não lhes fica mal, Nas com-.
pras nuncam se esquecem de
ir ao Rel das Meias, Largo da
Abegoaria, 32, Lisboa, é vão
absolutamente confiados de
que não há maior concorrente
nem em preços nem ein qua:

|lidades,

au

NE do

SRA pda

dio

SRA pda

dio

 

@@@ 4 @@@

 

Ce a em cms — uma é emma o * mam True

a AC…

doam os: dia ide calbr volta-
ram as moscas a upoquentar
“os animais, salvo seja, pre-
gando-lhes ferroadas de criar
bicho e a maçar tôda a gente,
que se vê na contigência de
efectuar uma gimnástica rit-
mica, acelerada, páia as enxo-
«tar,

De quem nóé! temos pena é
dos carecas, que também são
“filhos de Deus e que não esca-
-pam à fúria- dos malvados
«dipteros, que lhes juraram pe-
“la pele.. – Dos carecas e das
“cozinheiras, coitadas, que le-

“vam descompostura tremenda
dos patrões por aparecerem
moscas na comida, como se
«tivessem culpa da estupidez
«dos bichos, que se atiram, im-
– prudentemente, para dentro
das panelas, das caçarolas e
“dos tachos, . condenando se a
úm suicídio certol

 

É a e

Consta que as sopeiras da.
Sertã vão pedir para rão se
– fazer a: canalização da água aos
di cios como fundamento,
muito razoâvel, de que depois
já não vão à fonte, o seu local
“de reiinião, onde se lava a
roupa suja das casas que ser-

“vem é onde se diz ma! das pa-

troas qre, por sua vez, se
“vingam delas, cortando-lhes
-na casaca com uma fúria que
“Vui até ao exagêro…

* E os derriços também ficam

com menos tempo para falar.

“às sopeirinhasl São muito capa-

zes de apoiarem o pedido.. oa

“em legitima defezal

a *%

A Elétrica pregou a partida
ds Tuna quando esta, no domin-
– go 4do corrente, deu um con-
certo no Adro; àTuna e aos
Ouvintes, que mostraram aze-
– dume por notar que se fechava
“amnoiteea luz não aparecia.

«Surgiu às 21,35 horas e tôda a

gente. disse que a culpa cera

-do .. Alberto! Coitado do ra-.

paz! O que lhe vale e ter as
“costas largas!

“Naturalmente é êle “a única
pessoa que não sabe que a luz
-se-tem de acender ao sol: posto,
* Segundo rezam os regulamen-
Рftosl Isto de Рsol.posto ̩ uma
-coisa vaga, imprecisa e pouço
clara… por ser “muito escu-
mal

“Nem a “própria Eléctrica sa-
io: quando é sol-posto, sobre-
“túdo em alguns dias de inver-
“no, em que o sol não se chega
a pôr, por não ter nascidol

“»A.-verdade-é que o povinho

“da Sertã tem-de gramar tudo

Рisto-com boa cara e ̩ se que-
re… E quem não está bem
“5 ur

E Rua pre A

– Há dias fez-se uma confe-

РF̻ncia em Lisboa, esculhen-

– do-se para tema a «arte de na-
morar»! . :
| Ora ROLE DeraE ur um homem
“o seu riço tempo para dizer
aos outros e… às outras
aquilo que estão fartos de sa-
ber e em que se iniciaram
mal largaram os cueiros…
Bem ou mal, muito ou pouco,
» todos sãó ou foram devotos

— do Cupido, brejeiro, atrevido

e pimpão, gue faz trinta por
“uma linha!

“+ E se alguns não soubessem
“tanto, nada se. perdia. Não an-
“dariam com”. a RE à ro

Sn
“GEROLMO

 

 

No dia 15 de Maio Dasiado.
realizou-se em Faro, na Di-
recção das Estradas, uma sim-
pática festa dedicada aos can-
toneiros em serviço no Algar-
ve para entrega do prêmio
instituído pelo Automóvel
Club de Portugal e de outros
oferecidos pela Junta Autóno-
ma das Estradas, em que to-
maram parte os 132 cantonei-
ros da área com o pessoal das
várias secções e serviços e um
elevado número de convidados,
entre os quais os st’s.
nador civil do Algarve, dele-
gado do À. €. P, delegado do
I. N. T., presidente da Câmara

Municipal, Juiz do Tribunal

de Trabalho, engenheiros da
Junta Autónoma dos portos e
da Direcção Hidráulica, que
foram recebidos pelo director
das Estradas do distrito en-
genheiro sr. Joaquim Barata
Corrêa, engenheiro adjunto e
agentes técnicos.

Circunstanciadamente se
refere à festa dos cantoneiros
o noss» presado confrade de
Faro, «Correio do Sul», em seu
número de 21 de Maio, do
qual nos permitinios exirair
êstes elementos.

Aberta a sessão, presidida
pelo sr. governador civil,
usou em primeiro logar da
palavra o engenheiro sr. J.
Barata Corrêa, «que agradeceu
ao chefe do distrito e a todos
os convidados a sua compa-
rência, realçando em seguida
o significado daquela festa,
bem própria dos tempos que
vão correndo, em que o Esta-
do Novo, como em tôdas as

| suas iniciativas, procura olhar

com carinho e justiça os que
trabalham em prol do engran-
decimento da Pátria. Fez o
elogio dos cantonsiros, cujo

| trabalho e zêlo pode classifi-

«ar-se como o alicerce em que
se funda todo o progresso das
estradas, incitando-os a que
procurem sempre merecer a
confiança que o Estado nêles
deposita, como dedicados vi-
gilantes da conservação das
estradas que são as artérias
da Nação».

«O sr Vidal Belmarço, co-
mo representantedo A.C. P,,
felicita o sr. engenheiro Bara-
ta pelo seu trabalho e do seu
pessoal nas estradas do dis:
trito e diz que lhe é particu-
larmente agradável tomar
parte nesta festa e ser o por-
tador do prémio que 0 A.C.
conferiu ao cantoneiro que
melhor cuidou do seu cantão».

«O sr. dr. Sena Belo, delegado
do I. N. T., tem palavras de
muito elogio para o sr. enge-
nheiro Barata Corrêa, cuja
acção é daquelas que muito
honra o Estado Novo». –

– «Fala por último o ilustre
chefe do distrito, sr. major
Monteiro Leite, que afirma
ser com muito prazer que as-

siste à festa. Cumprimenta
to sr. engenheiro Barata Cor-
+êa, funcionário exemplar, cu-

jo trabalho tem seguido, po-
dendo afirmar que osserviços
a seu cargo são dos melhores
do Pais. Agradece-lhe mais
esta lição, pois o seu espirito
de justiça sabe destacar até
os mais humildes. Incita os
cantoneiros a prosseguir com
dedicação na sua obra e apon-
ta-lhes o exemplo de trabalho
e de dedicado esforço do sr.
engenheiro Barata Corrêa,
prestando aos cantoneiros as
suas homenagens em nome do
Govêrno do Estado Novo.»

Fez-se depois a chamada
dos cantoneiros premiados e
a distribuição dos prémios e
seguidamente foi-lhes ofereci-
do um lanche, terminando a
significativa festa por entre
calorosas vivas aos srs. Ge-

gover- |.

 

 

A COMARCA DA SERTA’

Engenheiro Joaguim Barata Corra

neral Carmona, Salazar, gover-
nador civil, engenheiro Bara-
ta, etc.

«A’ ruina das estradas e
ineficácia dos serviços, suce-
deu uma era de restauração
material e moral que tornou
possivel aquela festa tam sim-
pática e tam expressiva para
quantos queiram ver o que se

estã passando em Portugal».

x
x x

Foi uma bela festa esta, a
dos cantoneiros, em que se
prestou homenagem àão seu
trabalho, à sua dedicação, ao
seu esforço de colaboradores
humildes em prol de uma
obra de tanto valor, como a da
restauração das estradas do
Pais, de que o Estado Novo
justamente se pode orgulhar.
Mas êsse esforço só pode ser
eficaz quando devidamente

 

Engenheiro Joaquim Barata Gorrãa

orientado e aproveitado, como,
entie outros distritos, sucede
no do Algarve, onde o nosso
patricio, ilustre engenheiro sr.
Joaquim Barata Corrêa, se tem
imposto pelas suas extraordi-
nárias qualidades de trabalho,
competência e hunestidade,
que revelam um verdadeiro
homem de acção, consciente
das responsabilidades do lo-
gar que lhe confiaram. Ver-
dadeiramente considerado pe–
los seus superiores, o enge-
nheiro sr. Barata Corrêa gosa
da estima do pessoal que tra-
balha sob as suas ordens, que
nêle vêem o chefe amigo e
exemplar, que faz distinções
não pela categoria dos subor-
dinados, mas pelos seus meé-
ritos, aproveitando todos os
pretêxtos para os pôr em re-
lêvo, criando-lhes o amor ao
trabalho e à disciplina.

Que nos desculpe o sr. en-
genheiro se acaso, com as nos-
sas palavras, vimos ferir a
sua modéstia, mas creia que o
fazemos com a maior sinceri-
dade, com muita satisfação e
até com grande orgulho por
o considerarmos um dos mais
ilustres filhos da Sertã, que
muito a honra pelo seu valor
e à qual dedica, devemos dizê-
lo, a sua afeição e o desejo de
a ver progiedir.

Entre outros serviços por êle
prestajos à sua terra, é de
salientar a pavimentação gra-
nítica da Rua de Cândido dos
Reis, por que a Sertã tantos
anos aspirou e para a qual os
seus esforços foram decisivos.

Assóciamo-nos às homena-
gens que foram prestadas ao
distinto engenheiro sr. Barata
Corrêa, enviando lhe um gran-
de abraço.

| no próximo dia 22, 6.º feira

 

o,
%

.>
“O
à Mm
Z
O
e

DO, Do
Pa ns” % SS

Estiveram: em Tomar, a sr.
D. Maria José Corrêa e Silva;
na Sertã, o sr. dr. 4. Mendon-
ca David, de Alvaro eo sr. 1.
defonso Tito Reis Rodrigues,
funcionário da Câmara Muni-
cipal de Lisboa e esposa; na Cu-
meada, o sr. Francisco Pedro,
de Lisboa; em Oletros e na Ser-
tã, tendo tido a amabilidade de
nos visitar, o que muito agrade-
cemos, o sr. David Martins Pj-
nheiro, socio da firma-J. Costa
& Martins, L.º de Lisboa, con-
cessionários das minas de wol-
frâmio de Oleiros.

mm Regressaram: de Lisboa,
a sr“ D. Virginia Baptista Man-
so onde. felizmente, obteve al-
gumas melhoras, acompanha-
da de sua fiiha mademoiselle
Maria Lidia; o sr. dr. Armando
Torres Paulo, com sua esposa €
filho eo sr. dr. Rúben de Car-
valoo; de Lisboa à sua casa do
Cabeçudo, o Rev. Pº Alfredo

Correia Lima.

mm Econtram-se: na Sertã, a
srº D. Adelaide da Cruz, em
casa de seu filho sr. dr. Francisco
Nunes Corrêa; o sr. Amadeu

Valente, esposa e filha, de Lisboa;

em Tomar, a sr.º D. Maria Zé-
ha Belmonte de Lemos; em Lis-
doa, a sr.º D. Aida Marinha
Mendes; na Sertã, a esposa do
sr. José Domingues dos Santos,
de Leiria; na Costa da Caparica,
com sua família, o sr. Adelino
Lourenço Farinha, do Pambilhal;
em S. Torcato (Guimaráis), o sr.

Manoel Ran os, de Lisboa.

Retirou para a Praia do Ri-
batejo, com sua esposa, o sr.
Francisco Alves.

Partiram: para Monfortinho, o
sr. dr. Curlos Martins, da Sertã,
e para o Gerez, o sr. Abílio Jo-
sé de Moura, do Pêso.

ANIVERSÁRIOS NATALI-
CIos:

6, D. Arminda Júlia Fogaça
dos Santos, esposa do sr. José
Félix dos Sautos, de Lagos; II,
D. Fernanda Tasso de Higuei-
redo, Lisboa; 12, dr. Bernardo
Ferreira de Matos, Lisboa e ma-
demorselle Lídia Manso; 15, D)
Maria de Lourdes Graça Ber-
nardino e Francisco António Mar-
rafas, Lisboa; 16, Ernesto E.
Carvalho Leitão, Lisboa; 17, An-
tómio Farinha Gomes, Lisboa;
18, menino Angelo, filho do sr.
Ângelo Bastos; 19, mêmna Ro-
sa, filha do sr. António harinha
Gomes, de Lisboa; 23, menina
fagénia, filha do nosso Director.

Parabens.

902000000000€ no00000000D00 059009400000
2” =. s
José Nunes Firmino

Esteve na nossa Redac-
̤̣o, retribuindo Рnos cum-
primentos, êste nosso presado
patrício e amigo, recentemen-
te chegado de Africa, onde é
empregado, muito distinto,
da Companhia da Zambézia.

Encontra-se com sua espo-
sa e filhos no Ribeiro (Cabe-
çudo) a gosar uma bem me-
recida licença.

Agradecemos a sua genti-
leza e bem assim a oferta de
Esc. 50800 para os pobtes
nossos protegidos.

e

Cine-Teatro TASSO

“Vida de um rapaz

pobre”
ê O título-do ex-
plendido filme-que
apresenta – Manuel
Toscano Pessoa

 

 

 

 

 

de bisboa

Dr. Guilherme Marinha

Com este feitio irrequieto
que Deus me deu, mas que por
vezes se torna útil, como ho
caso presente, não posso estar
parado, hei-de mexer em qual-
quer coisa, pôr os neivos em
movimento; e, quando não te-
nho em que mexer, faço ci-
garros e… fumo-os; desman-
cho o laço da gravata e… fa-
ço-o de novo; eu sei lá!.,. Só
não desapérto os atacadores
das botas, porque ainda uso…
bóta de elástico, e não desato
os atilhos das ciroilas, porque
hã muitos anos que uso…
cuécas.

E foi assim, sempre mexea-
do, que há dias. entrei numa
livraria para adquirir uns
Contos (mas contos de.., li-
vraria, que não do Banco de
Portugal entenda-se-: Noblés-
se-oblige) e em, quanto a senhora
empregala Gá se não usa- cai-
xera- não é distinto) satisfa-
zia ao meu pedido, mexi num
livro, ao acaso, dos que esta-
vam sôbre o mostrador (tam-
béri já se não diz balcão, co-
mo sabem) e li na cápa: Al-
ma Nacional — da autoria do
coronel Miguctl Garcia.

Mentalmente, lembrei-me de
uma sociedade (de responsa-
belidade limitada a treze so-
cios, de que, para sua honra e
glória, eu era societário) que
há bons trinta anos existia na
ibinha Terra e também deno-
minâda -Alma Nacional — e,
por êsse facto, despertou-ne o
livro intetêsse e «juis ver o
assunto de que tratava.

Abri, o livro, ao acaso, é
quási que ia tendo uma sitico-
pe: a pagina abérta ao tueu
exame, encimava: Episódio vi=
géssimo segundo, e a seguir:

 

 

«— Não sendo filho da terra
onde tem seu monumento,
quanto de bom ela encerra
deve-se ao seu valimento». e

Homem de estranho vigor;
jurisconsulto de mérito,
foi, como administrador

do Concelho, um benemérito.

Dr. Guilherme Nunes Marinha

Caleulemm, amigos meus, o
nervosismo que de mim se apo-
derou; tratava o livro de uma
figura patricia, para mim de
saúdosa memória, a quem,
com efeito, a minha Terra,
muito deve.

O autor, depois de fazer
uma pequena biografia do ho-
menageado-errada, por sinal,
pois dá, o saúdoso extinto co-
mo nascido em Pedrógão Gran-
de, quando, me parece, sô tem
a glória de tersido s:u berço,
o nosso Pedrógão Pequeno- faz
uma extensa monografia da
Sertá.

Li de fio a pavio, todo o V2- .

géssimo Segundo Episódio, e lã
meti na pasta, com os Contos
(não eram tambem do Avósi-
nho, porque os meus filhos dei-
xaram-me sempre… pail)
mais um livro para a colecção
das —Coisas da Minha Terra,–
que se Deus me der vida e
saúde, aparecerá —depois das
Coisas Passadas, à publicar mui-
to brevemente-nas vitrinas dos
estabelecimentos da minha
querida Sertã.

Eu, que ando sempre a fa-
rungar, por tôda a parte, tu-
do que possa interessar a
minha sensibilidade patricia,
desconhecia a existência desta
alma Nacional, que tem por
sub-titulo: Alomens célebres e

[Terras de Portugal, cuja edição

é de 1931 e da Sociedade Na-
cional de Tipografia.

Mais um livro a ingressar,
pois, nas Estantes da Biblio-
téca do Grémio.

Assim o espera ver, o

JOÃO SERIA

&

E

E