A Comarca da Sertã nº145 03-06-1939

@@@ 1 @@@

 

“DIRECTOR, EDITOR

Cuando Sanata da Tilva CQrneta

E PROPRIETARIO

 

RIU A

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —————
SERPA PINTO. SERTA |

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS |

 

 

 

 

S cerimónias comemorati-
vas do movimento pa-

oi o prova evi-
demonstração insofismá-
e que a obra realizada
depois da Revolução Nacional
criou raizes ps na alma

jámai
-— Abbra até agora conseguida
mes mais diversos campos da vida
nacional atesta a execução gel

“te estudado, que se wmpõe dor
uma sábia orientação, modelada
ao nosso pensamento e ao nosso
“espírito por homens robustecidos
“v na féce na crença de um | Portu
» gal Maior.
dp esentando às FO nações
exemplo edificante do: seu amor
a Ff “trabalhando e lutando
“pelo seu engrandecimento sem fe:
— rir interésses estranhos, dando à
“mocidade wma educação assente
-sóbrelos melhores principios da
Moral Cristã, fomentando a eco-
“nomia, dando ao Exército e a
Maris ias a directriz consciente da
sua altíssima e espinhosa missão,
criando a ideia do Império—que
não émais do que a unificação,
mo mesmo plano, de todos os ter-
ritórios, Continental, Iusulares e
Ultramarinos, que são a mesma
Pátria — e, por último, marcando,
com altivez, o seu logar na poli-
tica externa, Portugal, pela acção,
valor e prestígio do seu Govêrno,
vem sendo conduzido pelo cami-
nho que honradamente lhe cabe
e lhe está veservado cumprir
dentro da Civilização, projeciando
no Futuro as glórias do seu Pas-

sado.
| O

ed com tôda
imponência o 1 Con-

E Mana da «Mocidade
ne pondo-se à prova
a pn e cuidada prepara-
ção física e militar que tem vin-
do sendo distensada, com o maior
método e cuidado, a ésses brio-
sos rapazes, a quem amanhã es
tá ce cg a defesa, prosperi-

 

dade e engrandecimento de Por-
tugal.

“A educação moral e cívica ocu-
pam um lugar primacial na for-
maçã dêsses jovens, despertando
néles| o sentimento snblime do
amor à Pátria, cultivando-lhes o

“culto do Herosimo e da Fé dos
portugueses de antanho que, com
seus feitos, marcaram uma pd-

a de ouro na História do Uni-
dera,

| DAR EARARARAREEAAR ALAS!

Comissariado do Desem-
prêgo mandou confeccio-
nor mais 5.300 pares de calçado
e 16.250 artigos de vestuário,
destinados aos filhos dos subsi-
diados em precárias circunstân-

a

Bh

 

| inte
prest

AVENÇADO

 

 

DR. ass

 

NTONIO BAR ATA
DR. Jost BARATA CORREA: AS. SILVA
EDUARDO BARATA DA SILVA CORREA

FUNDADORES
-“DR.-JOSÉ CARLOS EHRHARDT:

LO HENRIQUES VIDIGAI
SILVA

 

 

“Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca fa Sertã: concelhos de Sertã, :
e, Eanes à- Mova g a de Rei, € ire pioshas ‘ ARA g Dara Ins o ooncelho de BE

mn : Imprasse É
seara, DNS ERTA
| Largo lo do Cla riz

ue

SERTÃ

 

 

 

 

READ Rr

 

 

 

 

 

 

 

:U não sei se todos os portugueses terão
meditado nas afirmações claras, cate-
góricas e iniludiveis pronunciadas hã
dias pelo ilustre Chefe do Govêrno
na Assembleia Nacional, em que de-
finia a posição de Fauna no actual mo-
mento europeu.

Eu não sei se todos terão disposto de
umas escassas horas para analizar o discur-
so de Salazar, inigualável peça oratória, ri-
quissima de expres: des, profundissima nos
conceitos, sintese perfeita de uma política
admirável, onde não há tergiversações, nem
desânimo, onde a Verdade surge limpida,
com tanta refulgência que todo o mundo se
quedou adinirado e quiçã surpreso, afeito

 

como estãa ouvir as hipérboles de. alguns

condutores de povos, ôcas de sentido, subli-
nhadas de gestos ameaçadores e de gritos

“troantes, ensaiadas para estarrecer inimigos |
e manter latente a psicose guerreira | no in-

terivr. :
o Chefe do G
da nossa situação externa, que não se:

 

 

por que se rege o nosso País nas suas rela- |
ções com as outras nações; apreciou a situa-
ção actual da Europa, a, causa dos seus ma-
les e apontou o remédio, que só a torvação
não quere ver.

Nunca, como agora, um chefe de govêr-.
no traduziu tão bem o pensamento de um
povo na plena consciência dos seus destinos,
da grandeza do seu passado e da mais ar-

 

Fovêrno Portagá às. “não: des +

a a equivocos, não traçou sô as regras Ê

 

dente fé no seu futuro. Nunca, como agora,
uma nação viu brotar dos lábios do seu’che-
fe palavras que melhor se adaptassem à sua

indole. |

Sem ênfase, sem rodeios, sem já norio
escusados, antes com calm:, com a sincerida-
de e clareza que tão bem lhe conhecemos,
Salazar disse ao: outros países o que somos,
sentimos e pensamos, marcando a directriz
do nosso caminho, que não se pode. desviar,
num ápice que seja, da Honra e do Dever.

– Temos as nossas obrigações; cumpri-las-
emos sem tibieza. Temos um. ideal. que
assenta na Civilizaçao-Jatino-cristã;. defendê-
lo-emos com tôda a energia, com a plena
consciência do nosso dever. Mas, em qual-:
quer caso, se não nos deixamos levar pelos |,
cantos de sercia daqueles que buscam amigos |.
ga última hora, também exigimos Aqueles,
com quem . colaboramos. nas horas de paz:
ou nas mais graves emergências da vida
“internacional,

made tudo e além. de: tudó, pemos em (és.
“dos os nossos actos.
“O discurso de Salazar. tor uma ao
“admirável de sensatez e de dignidade, que
teve irradiações benéficas no Mundo irquie-
to e atormentado, que satisfez por comple.
to o pundonor dos portn jueses.

“À causa da Paz fica devendo mais um
grande servico ao eminentissimo estadista,
glória da nossa geração.

E. BARATA

 

Dr. José Nunes da Silva

O sr. dr. José Nunes da
Silva, nosso patricio, ilustre
advogado e director do arquivo
Geral do Registo Criminal e Po-
licial de Lisboa, no dia 26 de
Maio, eim que prefazia um
ano no desempenho daquele
cargo, foi alvo de uma justa
homenagem por parte dos
funcionários seus subordina-

dissemos.

Começou antes de ontem, dia. 1,
a carreira de camionetas de
passageiros entre Sertã E | pai do
Proença-a-Nova,

concedida recentemente à im-

portante Companhia de Via-
cão de Sernache, L.”, como

Dá ligação ás carreiras da
mesma Companhia de Tomar e

Funcionalismo

Precedendo concurso, foi
colocado na Câmara Munici-
Porto, como 3.º ofi-
cial, o aspirante da secreta-
ria da Câmara Municipal de
Proença-a-Nova, sr. Elias Ta:
varcs, uo qual apresentamos
os nossos parabens.

pura Oliveirado Bairro o a –
pirante de Finanças, nosso

“agricultura. –

dus

E pao picante

alealdade e lisura que, aci-|.
“conhecimento; a colónia d

* | persistência bem digna
| vor.

“vares atesta o seu valor-é.
«| inteligência, tal a renovaçâdspros
funda que, materialmente,- tem Ste

—Foi transferido do Sertã |

 

dos, expressando bem o quan-
to êles estimam e admiram
as suas «jualidades de carãc-
ter e inteligência.

O s1. dr. Nunes da Silva
ofereceu-lhes um «Porto de
Honra», que serviu do pre-
texto à troca de saúdações,
bindando-se, também, pelo
sr. Ministro da Justiça.

CODRRRDDADRDAREA DORA GRERANEA DER CALEAEESOSANAEGHASA DAMAS GAS

Melhoramentos regionais

Foram concedidas as seguintes com-
participações:

Á Camara Municipal da Sertã, para
construção de um chafariz no Nesperal
e outro na Felgaria (freguesia do Nes-
peral) 15.972800— para abastecimento
de aguá as povoações de Naves e Vale
Godinho (freguesia do Marmeleiro),
18.444800 — as juntas de freguesia, da
Ermida, para abastecimento de agua a
povoação de Catanheira de Baixo,
8 238900 e Castelo, para empedramento
da E. EL. da B. Nº 94 2.º com
a sede da freguesia, na extensão de
3, 18872, 29,621900.

Í

“Lisboa.

O horário é o seguinte: ás
3.º, 5.25 e sábados parte da
Sertã ás 18 horase chega a
Proença ás 19; ás 2.8 4.º e
6.º parte de Proença ás 6,30
horas e chega á Sertã às 7,30.

E’ agente na Sertã o Sr. Ama-
ro Vaz Martins.

A inauguração da carreira
Sertã-Proença-a-Nova foi rece-
bida com muita satisfação pe-
la população de Proença, que
exteriorizou O seu grande re-
gosijo lançando muitas dezenas
de foguetes, reconhecendo a
vantagem de tam importante
melhoramento.

As pessoas da região de
Proença-a Nova, que desejem
colher informações acêrca des.
ta carreira, poderão Telefonar
para o n.º 4 55083, Avenida Al-

 

mirante Reis, 32- H—Lisboa.

 

amigo, sr. Luiz Figueiredo
das Neves; em sua substituí-
cão foi nomeado o sr. Alfredo
da Silva Marmelo que, em
Ponte de Sôr, exercia O car-
go de informador fiscal.

– —Em comissão de serviço,
encontra-se na Secção de Fi-
nanças de Proença-a-Nova o
informador fiscal da Serta, sr.
Joaquim Ferreira Monteiro.

CARRO GLEBREGAN ERA HDD AGARRAR ADORO!

Instrução

Foi colocado em Vila de
Rei o professor sr. Manuel
Guedes Vieira.

—Foi colocado na situação

de inactividade o professor |

sr. Francisco Vaz de Azevedo
da escola de Orvalho (Olei.
cos), a contar de de 28-3-939,
sendo-lhe contados para a sua
aposentacão até esta mesma
data 35 anos de serviço.

 

 

se sentir, na 2.º-feita, 08

Ie feitos de uma trovoada «diolen-

tacar muita chuva, com «gran
de abundância, mas, cons foi
durante pouco tempo, as terras,
escaldadas: por tanto. calor, fi-

“caramnt apenas. bortifadasss:

Até nós não chegou a natícia.
de terem havido Praliados na

 

O calor tem: sido muto gran

 

« As oliveiras e as vinhaskeira
sentam Optimo: aspecto. Premê-se
um bom ano de azeite; outro tan-
to não se pode dizer do vinho,
belo menos dor aqui, onde as
geadas hã um mês qa

= –

 

 

qono. e louaias doé sem
= grande e bem legitimo re-

em Lisboa vai promover, no’pró-.
ximo dia 18, unv almoço de ho-:

ra. Muiticipal daquele conce lho,
por cujo engrandeciment
peridade tem lutado com 4

 

«A obra Ao SE dr. vie Ta-
sua

 

do levada a efeito naquele con
celho, obtendo melhoramentos tam

|iunportantes e cem tam. elevado

número que, dem pos te dizer-se,
há wna-drzia de anos éles po-

da fantasia.
A merecida ou miga nos
associanmos esbiralinalmentadt :

a e

Eres DAE

(e pscultor é E Di. Ma-
É riuro Benlinre, que veio
para Portugal logo que HO sem
pais rebento a guerra civil, por
incidência dc a tor do:Musem
Grão Vasco, de Viseu, está mos
delando no «atelier» de Teixeira
Lopes, no Porto, 0 monumento

e aquela cidade var erigir ao

eroico Viriato, pastor dos Eler-
mÍnios € iudômuito lusitano.

espe

palio Pasta de Justiça foi

enviado para ia folha
oficial um decreto oricedentto
amnistia de crimes e infracções de
direito comum e modificações só-
bre cumprimeuto de Beta cor-:
reccional.

OO

RC há conigério no
Adro pela Luma do
Sertanense = Cut

 

 

 

 

 

Este número toi visa y pela
“Comissão de Gensura

 

de Castelo. Branco

nino ças

“OBRE estu vila fizeram :

ação

menagem ao sr. dr, Abílio Tava-
res, ilustre Presidente da Câma-

 

 

 

 

 

diam considerar-se no dominiom considerar-se no dominio

 

@@@ 2 @@@

 

NOTICIAS DE

Figueiró dos Vinhos

27 de Abril

O correspondente de qual-
quer jornal, geralmente, li-
mita-se a expor à luz da pu-
blicidade certos factos e no-
ticias de que possa advir
qualquer benefício e sempre
com êste dilema. «Citar fac-
tos e não apontar pessoas».
Isto não impede, no entan-
“o, que de vez em quando
apareçam certos pacóvios a
dizer que lhes serve a cara-
puça, como se tem dado connos-
co.

Seja como for, o que é cer-
to é que as noticias da nos-
“sa autoria têm dado resulta-
do, Insurgimo-nos, logo ao
principio, contrao Café Car-
doso, (diz o Furtado) por não

ser próprio para uma terra

de turismo, só com uma por-
“taetc., etc… e logo o seu
“ gono, e muito bem, tratou de
abrir uma outra, possuindo,
actualmente, duas e com a
da taberna contigua, do mes-
mo senhor, três.
Agora confiados no mesmo
resultado, pedimos ao dono
“dêste etabelecimento um
pouco de mais calma para
evitar que, là dentro, se con-
tinuem a registar cenas de
pancadaria russa em que êle
dá,.. e leva à valentona o
* que o pode prejudicar.

* a

Chamamos a atenção de
quem de direito para o pe-
dei que corre pelo facto de

diáriamente, percorrer as
ruas da vila, em grande ve-
locilade de moto, um certo
«ministro» sem pasta e sem
documentos que o habilitem
o fazê-lo,

* *

Encontra-se entre nós o
nosso amigo sr. Angelo Da-
vide Silva, proprietario da
muito conhecida marca de
pão de lôe activo viajante
o sr. F. R. Ferreira.

Pedimos-lhe que, de vez em
quando, organize uns bailesi-
tos na (À Comercial) pois sem,

o seu concurso, entra ce sai O
ano sem se realizar um.
E > . CG:

SGA O CO O

Nascimento

– Deu à luz uma robusta
“— menina, no passado sábado,
asr* D Maria Quaresina de
Oliveira, desta vila, esposa do
nosso amigo sr, Pedro de Oli-
veira, hábil pintor e doura-
dor.

O parto decorreu satisfató-
riamente, encontrando-se bem
a parturiente e a recém-nas-
cida.

 

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Com sua esposa e filho partiu
para Oliveira do Bairro, para
onde foi transferido, o aspirante
de Finanças Sr. Luiz Figueiredo
das Neves.

um Acompanhado de sua esposa
deu-nos o prazer da sua visita o
Sr. Manoel Fernandes, da Mon
tinhosa (Oleiros), recentemente
vindo de Inhambane (Africa Ori-
ental).

mm Da Sertã retirou para Lis
boa o Sr. Carlos Garcia.

mu Esteve na Sertão Sr. Gui-

erme Ferreira, de Lisboa.

Ny Vindo de Quelimam (4fri-
ca Oriental), encontra-se no Ri-
beiro (Cabeçudo), com sua esposa,
o nosso amigo Sr. Jose Nunes
Firmino, digno embregado da
Companhia da Zambézia, a quem
apresentamos cumprimentos de
boas-vindas.

ANIVERSARIOS NATALI-
EIS

Fazem anos: dia 5, D. Manoela
Marinha Rodrigues de Aguiar,
Lisbaa; 7, D. Ifigênia Neves Cor-
reiae Silvaemenina Maria de
la Salete, filha do Sr. Dr. Carlos
Martins; 9, D. Alia da Silva
Bartolo e Dr. Flávio dos Reis e
Moura.

Parabens

200000000 000000000000D00000 090000000

Caixa Escolar Madeiranense

Movimento gera! referente ao
ano lectivo de 1937-1938

 

“ANUNCIO
(2: Publicação)

No dia 4 do próximo mez de Junho,
pelis 12 horas. à porta do Tribunal
Judicial desta comarca, se há-de pro-
ceder à arrematação em hasta pública
dos prédios a se :uir designados, no iu-
ventârio otfanológico por óbito de An-
gela Freire, moradura que foi na vila
d> Pedrógão Pequeno, desta comarca,

em que é inventariante o viuvo Hen-.

rique da Cruz, da mesma vila, a saber.

1.º Umas casas com um pátio, na
Rua da Misericódia na vila de Pedro-
gam Pequeno, inscritas na matriz sob
o art.º 155. Vai pela primeira vez a
praça do valôr de seiscentos escudos.

2,º Uma propriedade que se compõe
de mato e pinheiros, no sitio denomi-
nado o Chão dos Pardieiros, inscrita na
matriz sob o art.º 2 261. Vai pela pri-
meira vez a praça no valôr de duz n-
tos escudos.

3.º Um olival, mato e pinheiros, uo
sítio do Chãod> Mil, inscrito na matriz
sob o art.º 2.086,2 087 e 2 088. Vai pe-
ia primeira vez a praça no valôr de

“setecentos e cincoenta escudos.

4,º Uma propriedade deterra e pin-
heiros, ao Cimo da Quelha da Serrada,
inscrita na matriz predial sob o artº
2.088— metade. Vai pela primeira vez
a praça no valôr de duzentos escudo:

5.º0 domino util de un prazo
anualmente foreiro a D. Júlia Seabra
Mousinho d : Brito, de Tomar, em qua-
rent: li’ros seiscentos e trinta e dos
mililitros de pão meado, trigo e centeio
e uma frânga, impôsto numa proprie-
dade, no sítio denominado Barrocas
Cimeiras, que se compõe de terra de
cultura, oliveiras, videiras. arvores de
fruto, mato e pinheiros e uma casa que
serve de despejo, inscrito na matriz sob
o art.º 2.275. Vai pela primeira vez a
praça no valôr de mil setecentos « cin-
coenta e dois escudos e sessenta cen-
tavos.

São por êste meio citados quaisquer
crédores incertos para assistirem a arre-
matação e a sisa será paga por inteiro
pelo arrematante.

Sertã, 18 de Maio de 1939.

Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º secção, int.º,
Armando António da Silva

 

RECEITA

Donativos… 1.062855

“Cotisação dos sócios
ordinários. ……… 182800

Cotisação dos socios
auxiliares……… . – 202800
1,4460855

ESPESA

| Artigos escolares …. 559865
Expediente « propaganda 138830
Aquisições e reparações 1 56820
Vestuario. mea 197880
Festas Escolares……… 48890

I.I0I$0S
Saldo 345850

A Direcção

000000000 000000000000000000 000000000

Liz Marinho Lopes

CONCERTA:

Portões Fogões e Engenhos de diferen-
tes sistemas para ex trarção de aguas
Curruagens e Ferramentas Agricolas
Rods Hidraulicas Para Lagares.

Pateo da Serrada de Alcadaria
Sertã

 

Compram-se

Roupas e calçado para ho-
mem, novo e usado.

Trata-se com António Fer-
reira —Campo de Santa Clara,
82, 1.º –. LISBOA

 

VENDE-SE

Um bom olival na Aveleira.
Trata-se com Antonio Bara-
ta e Silva— Sertã.

 

Flávio eis Moura

Advogado — SERTÃ

 

Quinta e várias pro-
priedades anexas

Nos arredores da Sertã,
junto à estrada alcatroada,
vende-se uma das nmielhores
quintas desta região, e varias
outras propriedades anexas.

Belissima casa de habita-
ção com todas as dependen-
cias.

Produz muito azeite, vinho,
cereais, elc. etc.

Tem muitasarvores de fru-
ta, sobreiros, pinheirose ma-
to, c enorme area para adeaun-
tamentos agricolas.
Optima Agua. Excelentes ares.

Informa-se nesta redacção

VENDE-SE

Boa casade residên-

 

cia com quintal, na,

Sertã.
Nesta
informa.

redacção se

 

 

 

Rr

Ressio
TOMAR

 

HORARIO ANUAL

Da Carreira de Passageiros entre Figueiró dos Vinhos e Sert
Concessionário: ANTÔNIO SIMÕES

 

 

 

 

2.5, 3.º, 4.38, 6.58 e Gu Cheg: Pat?
Figueiró dos Vinhos ……….. 18,50
Aldeia Cimeira… 20. 1905 19,05
Sernache do Bomjardim ..í…. 19,30 19,35
Sertã se Ros a 19,55

37º 48 5.º, 6.º e sábados
Setas RR 5.15
Sernache do Bomjardim ……. 5,85 5,40
Aldeia Cimeira” o cs 6,05 6,05
SG 6.20

Figueiró dos Vinhos…

 

TABELA DE PREÇOS D£ BILHETES SIMPLES
Figueiró dos Vinhos

1850 Bairratia

3800 1850 Ponte airrada

4850 3800 1850 Garvalhos

6800 4850 3800 1850 Sernacha

9800 7850 6800 4850 3800 ‘etã

 

Figueiró a Coimbra, 12450; Sertã a Coimbra, 21850; S2r-
Coimbra (ida e volta), 40850.
Crianças de 4 10 unos pagam 1 2 bilhete.

tã a

 

 

| == :

| AFIRMO!
| GARANTO!
| que -é no Restaur nte

Estrela Valmôr

Onde se come e fornecem almóços e jantares ao do-
micilio com mais asseio e economia
Serviço esmerado de cozinha com pessoal de
competência. O seu proprietáiio agradece a visita
do publico em geril que será
tratado com todas as atenções plo pessoal da casa.

2,
a

 

 

 

 

 

ABERTO TODA “a NOITE
Aurelio Antunes Barata
R. Actor Taborda, 2a 24 Tel. 4 1559
a : 5 ; sas

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e
ALB-NO LOURENÇ: CÁ SILVA | Francisco Mateus
ADVOGADO Solicitador Judicial

SER NI A

 

 

 

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SERTA.

 

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agosNUZuavecosda sD08AZoneB abao cnvona au TSbVAZuao Don0o005 s008!NálZnos

A Pernambucana, L.“

Casa de Cafés do Brazil

Composta dos ex-empregados de A BRAZILEIRA, E
Joaquim Ferreira e Joaquim Duarte, que passou a explorar q
negócio de CAFÉS CRÚS E TORRADOS.

| Esmeradis; mo e já muito afamado é o tipó de café A. P,
próprio para venda à chavena. :

Mantêm-se os preços e condições estabelecidas
Dirija-se V. Ex.º sem demora, a

A PERNAMBUCANA, L,º*

que será prontamente servido

 

PPM MM AA APR =>
RUA ANTONIO MARIA CARDOSO, 1
delefone 2 09851 LISBOA

Ms nais a NS Dec enan no cnnaiAgIsa ds

 

 

CompanHiA DE Wiação DE SERNACHE,

MI ITADA

 

 

 

 

 

Sertã a Lisboa

 

SEDE EM SERNACHE DO BOMJARDIM

Lisboa a Sertã (regresso) Entre Pedrógão Pequeno, Sertã e Vice-Versa

Entre Sertã — Oleiros

 

 

 

 

 

— Ôocalidad cheg Parag. Part. Localidade Cheg. Parag. Localidade Cheg. Parag. Part, Localidade bheg. Parag. Part.
Voo E ao 7,45|Lishoa SE — 140,00 | Pelrógam Pequeno — — 6,30 Srtá . — — : 8,00
Sernache doomjardim . 805 0,05 8,15] 2antarém. 13,00 0,15 13,15 Ramalhos . 6,50 0,05 7,15 Maxeal . 18,15 0,05 18,20
Ferreia de Zêlere . . 905 0,05 9,10JTorres Nova. 14,35 0,05 14,40 |Póvoa R. Cerieira 1,10 0,05 6,55 Alto Cavalo . 19,00 0,05 19,05
Tomar a 9,50 0,10 19.00jTomar . .. 15,30 0,10 15,40 /|setá . 1,30 10,30 7,15 Cesteiro 19,15 0,05 19,20
e Novas. ; 10,50 0,05 10,50 | Ferreira de Zezere 188 ao o nn derdeira. A E e Dieiros + 1090 0 am
antarêm . . . . 1215 0,20 12,35! 2ernache do Bomjadim, 17,10 0,10 17, É , : , AS 2º E SE
Me oo jm mo poa 19,00 — = loliros oc 6,00

E Besteira 6,10 0,05 6,15
NÃO, SE KFECTUA AOS DOMINGO Alt 25 0, :
NAO SE EFECTUA AO DOMINGO [tal TO 005 130

CAMIONETES ENCARNADAS— 4 «Companhia de Viação de Sernache, L.d
* vesponsabilidad de todos os seus serviços.

 

 

midia ár, E ira a

o 190
A’S TERÇAS E SABADOS:
CRC SET RES SE SRI

| Sertãertã

 

@@@ 3 @@@

 

isa Desta

IB. João de Brito

— Ahora que passa é uma hora
de restauração das grandes figu-
ras do passado, pelas quais a
Pátria tem direito à existência
perene da sua vitalidade. João
de Brito é o herói ideal portu-
guês de apos-conquistas:

Santo e apóstolo, patridta e

“mártir, João de Brito é duma
actualidade flagrante pelo altíssi-
mo significado moral da sua vi-
da de acção criadora.

Auscultando-lhe a biografia
sentimos palpitar ao ritmo duma
fé e dum patriotismo ardente,
um dedicado coração de apóstolo
a arder, a crepitar em chamas
de amor, por todos os pobres, to-
dos os desamparados, todos os
que sofrem.

João de Brito foi o Nun Alva-
res do século XVIII. Pagem na
corte de D. Pedro TI, o mártir
de Urgur teve como o herói de
Aljubarrota o seu ideal tipo de
virtude: O seu Galaaz foi Xavier.

Nun Alvares serviu a Deus,
servindo a pátria; Brito serviu
a pátria, servindo a Deus, Nesta
hora de matrrialismos grosseiros,
de internacionalismos delirantes é
bom, é necessário mesmo refu-
giar-nos à sombra destas gran-
des colunas da nacionalidade,
afirmando assim os eternos va-
lores espiritualistas: Deus, Pátria
e Familia. À restauração integral
de João de Brito como herói na-
cional, imbõe-se-nos categórica,
completa, inadiável. Em 1940 vão
Comemorar-se os centenarios da
“Andependência e Restauração.

“” Eadarmaisféea dar mais
brilho a essas festividades a cano-.
nização do Bemaventurado—sus
glorificação comv Santo—é dum
a-dropósito magnífico. soe
Além disso a familia de João de
Brito está intimamente ligada à
causa da hestauração em 1640.
Assim, glorificando o Bealo João
de B ito, glorificaremos Portu-
gal, sc
+ O apóstolo do Maduré foi um
dedicado à causa des humildes.

— Trabalhou, extenuou-se nobre-

“mente, heróicamente até ao sacri-
fício da vida, para que os pobres,
tóda a massa anónima dos sem:
pão, sem lar e sem Deus, tivesse
um minimo de felicidade tempo-
sal, a-fim-de, me?iante ela, po-
der ouvir o Evangelho. Sofreu
naufrágios, calcurreou as blani-
cies agrestes dessa velha India de
sonho, para socorrer os «párias»,
os sem-classe, abandonados à ti-
rania secular dos preconceitos dos
brâmanes. Era tamanha a sua fé,
O seu amor e desinterésse que
muitos se convertiam a Cristo e se
sujeitavam ao domínio português.
* Nesta hora de egoismos ferozes,
de paixões sórdidamente avaras,
faz-nos bem considerar na gran-
de dedicação dêste herói de au-
tanho,

“J. de Brito sendo rico, fez-se
pobre para salvar os pobres,
dando-lhes justiça, bondade e
“amor, dando-lhes Deus. Também
o proletário de hoje não quere
só dinheiro, quere justiça, quere
bondade, quere amor.

O Mártir de Urgur amou os
pobres, amou-os sofrendo e mor-
rendo, amou-os: Eis a sua men-
Sagem magnifica a nós portu-
gueses do sécuio XX, Pelo seu
patriotismo, fé e caridade e por-
que corresponde wo ideal—óôrça
da nossa raça, João de Brito é
hoje amado e venerado por todos
os portugueses dignos déste nome.
A prova disso é que de 26 de Ja-
nero a q de Fevereiro, Poriugal
inteiro, mãos postas, vai ajoelhar
e rezar aos pés de Deus, pedin-
do a canonização do Bemaventu-
rado para 1940. o

Ainda uma vez mais: Teremos
aproveitado a séria, alta, grande
lição que nos deu João de Brito,
se buscarmos a sua glorificação
e imitação.

 

Guimaráâis, 22-1-939.
— Manuel A. Antunês

 

 

 

Porém, êste inci-

| empregado todos
|0oS recursos acon-

fltra

 

 

rca

 

m:

 

 

(NOTICIARIO POS Nossos CORRESPONDENTES

Falecimento do sr. António Francisco Tavares

PESO, 14- Em c nsegiiência de un ter-
rivel e lamentável desastre ocorrido no dia
8 do corrente, quando se dirigia a cavalo
numa muar a caminho da povoação da Amêan-
doa, veio a falecer após 11 dias de horrivel
sofriniento o nosso querido amigo s. Antôó
nio Francisco Tavares, Seguia êl- já próxi-
mo la referida povo-ção quando lhe surgiu
pela frente un automovel, em que viajavam
entre-outros, os srs. dr. José de Matos Ra-
tinho eo Rev. P.º José Ferreira, respectiva-
mente médico e pároco em Cardigos.

Certamente devido ao rúido do referido
veículo a muar em que cavalgava espantou-
se de tal maneira, que, metendo em vertigi-
nosa correria foi estatelar-se num horrível
precipício, arrastando consigo o sr. Antônio
Francisco Tavares, que nêsse trágico mo:

mento fói atremessado violentamente ao chão.

Os ocupantes do “dito autómuvel logo sé
aperceberam . da gravidade do sucedido e

não tardaram a dirigir-se ao local do sinistro,

conduzindo imediatamente a vitima a Car

digos, onde recolheu a casa de seu cunhado

sr.Francisco M, da Salva Tavares, Apôs o
primeiro exame médico feito pelo reterido
clínico, êste logo verificou que havia. frac-
tura de duas costelas, E muito embora 0 – sen
estado inspirasse sérios cuidados, havia
contudo, as melhores esperanças de o sal
var,

dente veio jun-
tar-se-lhe a ou-
tros pacecime –
tos que já tinha
e por isso o desas-
tre trouxe-lhe por
fim graves com-
plicações para o
seu estido, que
assim principiava
aagravar-se diaa
dia. O sr, dr. Jo-
sé de Metos Rati-
nho, seu médico
assistente, a-pe-
sar-de tôda-a sua
dedicação, e ter

 

Es

selhados pela me-
dicina, tudo foi
impotente para o Ee
salver — estava irremediavelmente perdido.
Ontem deu-se o inevitável-a morte. À tris

te noticia correu com celeridade nesta fr.gue-

Eisatoméra

sia, onde o extinto gosava de geralestima, cau-.

sando grande consternação em todo o povo.
O seu funeral, que se realizou hoje para o cemi-
tério de Cardigos, constituiu uma imponen-
tissima manifestação de pezar e nêle toma-
ram parte muitas centenas de pessoas de tô-
das às categorias sociais, onde vimos algu»
mas figuras de giande relêvo dos concelhos
de Mação e Vila de Rei.

A urna contendo os restos mortais do
extinto ficou depositada em jazigo de família.

O sr, Antônio Francisco Tavares, queera
dos mais abastados proprietários do concelho
de Vila de Rei, contava 62 anos de ida-
de, sendo natural da povoação do Vale da
Urra, também pertencente ao referido conce-
lho, onde por mais de uma vez ocupou O lu-
gar de Presidente da Câmara Mnnicipal. Dei-
xa viúva a Ex.” Sr? Maria Natividade da
Silva Tavares, de quem tinha 5 filhinhos,
que «ram todo o seu erlêvo. Lamentamos pio-
fundamente a perda daquele nosso amigo, e
a toda a família enlatada, e em especial à
Exma Sr2 D. Maria Natividade da Silva Ta-
vares e filhos, a quem acompanhamos em tão
doloroso transe, apresentamos as nossas mul-
to sentidas condolências. E

Antônio Francisso Tavares

ticos desta Vila, realizou-se no improvisado teatro, domingo
de Páscoa, uma récita em beneficio da Filarmônica local,
estreando-se a tuna Vilarregense que obteve fartos aplausos.
A parte coral e marcação a cargo do Sr. Dr. Ponces de
Carvalho, coadju’ado pot sua Em.Z2 espôsa, distinta ama-
dora de canto e música, teve a supremacia da noite.
Realizou-se no dia 10 do corrente a festividade de N, S;?
da Graça na importante povoação de Milreu; o mau tempo
obstôu a maior concorrência. 5

Foi abrilhantada pela Filarmónica de Vila de Rei, que
no próximo dia 5 de Maio vai abrilhantar as festas de Santa
Cruz, na vizinha freguesia de Amêndoa

— Encontra-se aqui Mr. Artur Prille, concessionário das
mivas auriferas dêste concelho, em trabalhos relativos ás
mesmas. ne NO os

— Vão bastante adiantados os trabalhos d» estrada Vila

de Rei-Moita, feita porsubserição parti .ular.,

-«.-Da «Gazeta “as Serras»
ESSO

Novenas de Maio

CASTELO, 12 – Com grande luzimento e concorência
está decorrendo esta devoção do mê: de Maria, promovida
pelo zeloso pároco Snr. P.º Hipolito Gonçalves, acompanha-
da a orgão ecanto por um interessante grúpo d: gentis
meninas, “

R-aliza-se todos os dias pela titdinha. e

A tôda a população temos ouvido os mais calorosos elo-
gios, e bem merecidos, ao Rev.º Hipólito Gonç lves pelo
fervor e brilho que está imprimindo a estas solenidades,

“ eso

VILA DE REI, 15-Está levantado o projecto para a ca-
nalização de aguas para aqui: eis uma óptima comemoração
do duplo centenário nesta vila. O projecto é do sr. dr. Oli-
veira Xavier. : A

— Pensa-se na construção duma nova igreja matriz no
sitio da Tapada do Adro, em terreno cedido pelo proprietá-
io sr, Abílio Dias.

Está já reparado o trôço de estrada entre a escola e a
Avenida.

— Numa singela capela erigida a N. 31,2 de Fátima nas
‘ ldas da serra da Milriça, realizou-se uma peregrinação no
13-13 do corrente, concorrendo ali alguns milhares de pes-
;oas desta e doutras freguesias. CERA ÃO
Da «Gazeta das Serras»
Esso

– RIBEIROS — (Vila de Rei), 5 — Esta po oação, que é
uma das mais populosas dêste concelho, foi muito esquecida
los poderes publicos, porém, ultimamente, ji tem sido be-
neficiada com alguns melhoramentos e outros estão em vias
le realização. Ao Estado Novo, sob a égide de Salazar, de-
vemos o pouco que aqui ss tem feito.

21. No passado dia. 23 de Março, foi aqui inaugurado um

?ôsto de Ensino, que tem-como professora a sr2 D Maria
‘ Assunção, pessoa de fino trato, e possuida de faculdades

“| de trabalho de que muito ha a esperar em benefício da ins-
| ccução desta terra,

A fregiiência do-Pôsto de Ensino é ja de 35 alunos mas
brevemente deve ser mais numerosa,

— Para caminhos vicinaes de acesso a esta povoação, foi
concedida uma verba pelo nosso Município que, com diver-
e donativos particulares ja recebidos, muito os vai bene-
iciar,

 

 

— Realizou-se aqui no passado dia 25 de Abril a festi-
vidade em honra de S. Marcos, a quai foi muito concorrida
e atraiu muitas pessoas, de varias localidades, não só co-
merciantes que vieram efectuar os seus negócios, como al-
guns devotos do santo da sua terra natal.

A organização da festa, deixou muito a desejar, A parte
religios: agradou em absoluto, mas é costume dizer-se que
nem só de pão vive o homem. ., O povo tem necessidade de
se divertir para assim mitigar as agrmas da sua rude vida
campestre, É

Da «Gazeta das Serras»
ESSO
Novenas de Maio

— CASTELO, 20— Tem prosseguido com enorme con-
corrência esta devoção que, desde o primeiro do corrente,
todos os dias, se vem realizando pela turdinha na Paroquial
da nossa freguesia.

Sobretudo no dia 15 foi tão grande a afluência de pes-
soas da freguesia e das circunvisinhas, que muitas tiveram
de ficar fora do templo.

A muitas ouvimos a opinião de que nem em dias de fes-
ta era costume juntar-se tanta gente.

Apraz-nos registar o brilhante êxito que o actual Paroco
vem alcançando com a sãa piedosa é evangélica acção.

Festividade do Espírito Santo

Deve realizar-se no dia 28 do corrente esta festividade ao
Orago da freguesia, como – Je costume promovida pela Ir-
mandade do Santissimo, confraria nos últimos anos gerida
pelo Paroco e por um recebedor. : j

Parece que por falta de orçamento e contas superiormen-
te tem surgido naturais embaraços a licença para a sua 1e-
aliz: ção. Sn omos porem que o incansavel Paroco, com to-
do o seu zêlo, esta envidando todos os esforços possiveis
para que seja atendida e concedida. É

 

 

VILA DE REI, 15 — Pelo gruço de Amadores Dramá- |

guira para

Coisas espantosas

– Qrândo hã diasse reúiniram
em Lisboa num almôço de
confraternização, levado a
efeito pelos naturais da fre-
guesia da Cumiada. observou-
se êste pormenór curioso, que
é Je espantar: entre os Cumien-
ses havia-os que se conhe-
ciam há anos e não sabiam que
eram conterrâneos Um dos
casos pas-ou-se com o Rei

das Meias. Era conhecido por
muitos e muitos não o co-,

nheciam. Isto deve acontecer

 

bastas vezes. Por isso as con-
fraternizações . são sempre
agradáveis e proveitosas, como
esta, en que se ficou a co-
nhecer e a saber que o Rei
das Meias é ne Largo da Abe-
goaria, 32, em Lisboa. ‘

gonDOdadaDoo 000000900060 D000900000000
Vída religiosa .

Findaram as devoções do
«Mês de Maria» no lia 31.
Começoit antes de ontem

a trezea de Santo António,
que se realiza na Igreja Ma-

triz.

 

Sopa dos Pobres

Movimento de Fevereiro

RECEITA; Cota da Câmara, 70800 —
idem da Administração do concelho e
vários, 281$00— idem de D, Guilher-
mina Durão, 30800— recebido de um
anónimo, 100800, Soma, 481800. Géne-
ros: do Sr. Pº Ramalhosa, 15 kilos de
toucinho— de um anónimo, 2,5 kilos
de toucinho e 5 chouriços— de diversos
anónimos, carne, chouriço, hortaliças e

“um cesto de aparas de pão.

—* DESPESA; Distribuição diaria de
sopa, 362855.

“>A Direcção agradece muito reconhe-
cida’em nome dos pobreziúhos, a

 

 

eeroloni

 

Celestina Cardoso

Por noticiasagora’recebidas
da Beira (Africa Oriental),
soubemos ter falrcido em Jo-.
bannesbirgo, env 1: de Feve-
reiro último, onde fôra pro-
curar alívio para sêus males,
o: no: so bom amigo-é antig +
companheiro de trabalho, Sr.
Celestino Curdoso,;gstabele-
cido há anos naquela cidade da
Colónia de Moçambique. «“

Foi com grande mágoa guie
tivemos conhecimento de tam
acabrunhadora’ noticia, por.
quanto Celestino Cardoso era
um amigo e companheiro leal,
dotado das mais elas qua-
lidades de carácter e de uma
actividade invulgar,:que lhe
grangearam grandes: simpa-

tias c que, mercê delas, con”

quistaria centro em: breve o
mais próspero futuro.
Contava 36 de idade e se-
a Beira cm 1925,
como empregado dá extinia
Emprêsa Industrial da Seri?,
L.’, ao serviço da qual havia
estado em Lisboa. Go 4

 

 

Celestino Cardoso era. nã-
tural da Vila de Cardigos, fi-
lho do Sr. Joé Cardoso Nu-
nese da Sr? D.- Cecilia da,

“Conceição Dias Cardoso, já fã

jecidos e irmão dos stossos
amigos Srs. Ramiro-Cardoso,
comerciante, de Cardigos, Má-
rio Cardcso, comerciante, da
Beira e David Cardoso, eim-
pregado da Companhia de Mo-
cambique, também êsidente
na Beira, aos quais apresenta-
mos os nóssos sinceros e sen-.
tidos pêsames. is.

7 o José Fermandos-

Faleceu no Valé da Galega
(Pedrógão Pequeno);em 16 do
corrente,o Sr. josé Fernande:,
viúvo, carpinteiro, de. 82 de
idade, pai do nosso-assinante
Sr. Manoel Fernandes. e dos
Srs. Rufino Fernandes e Her-
minia dos Santos «avô dossrs.
Albino, Antônio, Silvino, Ilda

 

Fernandes e Ilda da: Costa, :

todos do Vale da Galeg:.

O extinto era muito con-
siderado pelo seu carâctereo
seu funeral realizou-se no dia
seguinte para o cemitério de
Pedrógão Pequeno com grande
acompanhamento. * -. =

A’ família dorida’ apresen-
tamos as nossas condolências,

INDESEJAVEL

“A’ ordem do sr. Delegado
Especial do Govêrno,, encon-
tra-se detido na cadeia local,
para averiguações, o, cadas-
trado Fernando Pinto Pereis
ra, de 41 anos, filho de Mas
nuel Pinto Moreira e Antónia
Gonçalves, natural da fregue-.
sia e concelho de Bomfim, ci-
dade do Porto. ; E

Este individuo, que, diz ter
já estado preso cinco.vezes, é
alto e acentuadame.t2, tuore-
no; foi preo em. Palhais, no
passado dia 23, por tetz puxado
por uma navalha para uma
mulher que se recusara a dar-
lhe esmola, sendo conduzido
à sede da comarca-pelcs ca-

bos de ordens. . ts:

O Rev.º Padre José Fran-
cisco, actual coadjtictor da
nossa freguesia, reconheceu
o meliante, dizendo ter nota-
do e estranhado a sua ‘pre-
sença na Igreja M atriz ao ce-
lebrar-se o «Mês de Mária», na
noite do sábado antérior ao
roubo ali feito, cometido dê
domingo para segunda-feira;
assim, tudo leva a-cter que
êle seja o autor ou pelo me-
nos cúmplice no” firto de
objectos de ouro feito’às ima-

gens, proeza a qu: já nos re-

ferimos.’

 

+

go o

ue.-

ferimos.’

 

+

go o

ue.

 

@@@ 4 @@@

 

cd

“muitos são os
“que, distantes da terra natal,
“aguardam ansiosamente pa-

lavras lisongeiras à-cêrca do

“- dos nossos aos nossos.

 

Ae lhando,

 

Ca e em em — — * me 4 * E

Jun das moonáis rea ue

ESTREITO

 

Muitos serão os eitbras Nai

“«Comarca» a encontrar na pa-
” Jestra que nos propuzemos

“trazer a público, util e agra
-. davel passa-tempo.

repetimos, parque
estreitenses

Muitos,

torrão querido que os viu

| nascer e no qual transpuse-
“ram o periodo áureo da sua
” infância descuidosa. Lã longe,
– durante anos consecutivos
– na defesa do futuro, raras
“vezes terão ouvido falar, com
Mmeiguice, da mui digna Pro-
* génitora. Não diremos, pois,

como Camões: —«Receió que

“ falar dos meus mal me este-

ja», uma vez que visamos,
muito: especiaimente, falar

– Não obstante, os estranhos

o que nos lerem algo de bem

hão-de lucrar, porquanto o

conteúdo desta simples pa-

lestra constituirá, paia mui-
tos, surpresa sensacional. Sur-
resa de que existe, no distri-

* to de Castelo Branco, esque-
‘ cida entre serras, sem vias:

de comunicação compativeis
com as suas necessidades co-
merciais e industriais, seme-
de certo modo, os
mal conhecidos sertões afri-
canos, uma freguesia— Estrei-

| to—cujas virtudes rácicas ri-

valizam com as dos restantes
talhões administrativos do

“Pais. E’ que são tambêm ami
“gos e filhos de Deus os habi-

tantes da freguesia de que se
trata. (Provam-no as múlti-
plas capelinhas, de branco de

– neve, pelo alto dos montes);
*-— Amigos e escravos do lar

que defendem com tôdas as

veras da alma, não se regis-

tando, aqui, até hoje, mais de

“dois casos de divórcio;—Ami-
“gos e devotados ao trabalho

que os absorve de sola sol,

“; tanto na época do calor in-

tenso como no periodo da

‘ quadra invernosa, O habi-
tante da freguesia do Estrei-

to nutre, como prodominante,
“preocupação de revolver o
solo o mais que pode, para
extrair dêle o que lhe baste
à sustentação da familia, às
vezes bem numerosa. ‘

Infelizmente, o humilde tra-.

balhador rural não consegue,
pelo. suor do seu rosto, no
incansável esfôrço de cada
dia, os indispensáveis meios
de subsistência para si e para

– os seus. Dai a progressiva
“emigração da gente laboriv-

sa de Moradal, com giaves
prejuizos da região e dos
próprios intei êsses nacionais.

Estreito, relativamente a área,

população e indústria é a se-
gunda freguesia do conçelho
de Oleiros. Ladeada pelas fre-

esias (Oleiros, Cambas e

ilar, Sarnadas, Sarzedas, res-
Jo ctivamente, a Oeste, Norte

ste e Sul) estende-se nu-
ma isuperficie de 90 quilo-
metros quadrados (número
aproximado). Compreende a
bacia hidrográfica da Ribeira
da Sertã, desde a nascente
(sitio denominado Preneques,
a 300” para o Leste do Es-
treito), até são Paulo, linha de
limite com a freguesia de
Oleiros que deixa a juzante;
tôda a vertente esquerda da
Ribeira do Vilar desde Bor-
rulhal, linha divisória com
Cambas, seguindo para mon-
tante até à loz do Zêbro. (À
linha.de linitação nêste pon-
to. quebra para E’ste, sôbre
os cumes da Serra de Mora-
dal, confinando com Sarna-
das de São Simão, até às pro-
ximidades do Pé da Serra–
Panascosa); a bacia da Ri-
beira do Alvôva, desde a nas-
conte, (Salada da Escusa) a

 

“cêra, mel,

 

 

meia encosta de Mocradal, até
Foz da Cavralha. (A linha limi-
te com Sarzedas desde Panas-
cosa, por Vale de Figueira, Foz
da Carvalha, Formigões, Pó-
voa Cimeira e Sertã Velha,
segue a direcção S. E).

E” acidentado o terreno e
as águas pluviais dão origem
a bastas correntes, algumas
assãs caudalosas. O facto di-
ficulta, principalmente no in-
verno, a comunicação entre
os diversos povoados e entre
êstes e as Fresucalas circun-
vizinhas.

Inconveniente fácil de evi
tar, dada a condição dn Junta
de Freguesia e limitrofes,
em base de comparticipação,
tomarem a iniciativa da cons-
trução de determinadas pon-
tes sôbre as supras citadas
correntes. Pelas quebradas, en-
costas e cumiadas dos mon-
tes que se sucedem a perder
de vista, aninha-se uma po-
pulação de 2000 habitantes,
agrupados nos 30 pequenos
povoados: — Estreito e Ro-
queiro (aldeias) seri Estreito
a sede de freguesia. Anexos:
Vale de Figueira, Pião, Poei-
ros, Cova da Azenha, Cardal,
Raposeira, Juncosa, Amieiri.
nha, Baforeira, Povoinha, Vi-
digal, Vale, Sio Torcato, Ra:
bisca, Estorneitos, Vale Cen-
teio, Mougueiras de Cima,
Perocabêco, Moinho Ferreiro,
Espinheiros, Carvalhal, Vale
de Orvalho, Retaxo, Tôrre,
Ameixoeira, Vale de Ouranda,
São Paulo, Portela. (Damos
apenas nota dos logarejos
com mais de 5 fogos). Os di-
ferentes povoados afastam-se
sucessivamente «la sede, des-
de 300 até 12.000 metros. Olei-
ros, sede do concelho, encon-
tra-se a 12 quilômetros de
Estreito, para Ocidente; Cam-
bas a 9 quilômetros, para
Norte; Vilar Barroco a 5 qui-
lômetros, para N. I.; Sarna-
das de São Siinão a 6 quiló-
metros para Este: Sarzedas a
20 quilômetros, para S. I. An-
tes de 1900 (isto por largos
unos) a gente da Serra de
Moradal (serranos) teve co-
mo: primeiro centro comer-
ciala povoação de Sobreira
Formosa, concelho de Proen-
ça, a S. O. de Estreito. Ali
iam em caravanas, semelhan-
do animais de carga, e troca-
vam por «cascas de alho»
os prolutos agricolas que
transportavam ás costas: lã,
azeite, vitiho, cas-
tanha, etc. etc. Sobreira fez-se
e progrediu, durante dezenas
de anos por virtude dos con-
tinuados contratos de comér-
cio com a incauta gente de
Traz de Serra. (Carquejeiros).

Desde que Sarzedas atingiu
um comércio local sensivel,
o estreitense transferiu para
esta localidade o centro de
troca. Presentemente, em ra-
zão de existência da estrada
Distrital — Castelo Branco-
Coimbra—de ligação com Es-
treito no alto de Foz Geral-
des, (a 10 quilómetros da se-
de de freguesia) por cami-
nho vicinal levado a efeitá
com o esforco particular, tem
como primeiro centro de pro-
cura Castelo Branco,

E’ de esperar que em, fu-
turo próximo, ustreito consi-
ga próspero desenvolvimen-
to comercial.

A região é rica em produ-
tos florestais e a construção
da estrada—2. classe—entre
Oleiros e Foz Geraldes (do-

“tada ultiniamente em 200 con-

10s) facilitará extraordinária-
mente o intercâmbio com os
demais povos.

Entre as múltiplas varieda-
des de plantas silvestres abun-
dam na região o pinheiro,
urze e o medronheiro, O pi-

 

A COMARCA DA A

Núcleos da “Legião Portuguesa”

la Sertão Serunche do Bom-
jardim

Ao contrário do que estava
projectado, não se realizou no
dia 28 de Maio, data do Ani-
versárioda Revolução Nacio-
nal, a concentração, na Covie-
lha, de tôda a «Legião» do
distrito. Devium então ali
efectuar-se uma parada e vá-
rias cerimônias cívicas ere-
ligiosas, em que tomariam
parte os núcleos da Ser-
tã e Sernache, «jue constituem
uma «lança».

Dizem-nos que essa concen-
tração foi adiada, talvez, para
11 do corrente, em que na
Covilhã se inaugura o campo
de aviação.

a x

Foi promovido a coman-
dante de «lança» o nosso
amigo | sr. Mannel Vicente
Beato, distinto professor pri-
mário em Sernache.

DOES OR EO OO AO
Visita episcopal

Esteve em Proenca-a-Nova,
onde conferenciou com o ele-
ro do Arciprestado, o sr. D,
Domingos Maria Frutuoso,
Bispo de Portalegre.

J0000DDDODHD DODOOGondLoo SancaondaDaa
“Diário de Coimbra”

Entrou no 10.º ano de pu-
blicação, no pretérito dia 24,
êste nosso presado colega,
que é, sem favor, um dos me-
lhores jornais da Provincia,
orgão do movimento regio-
nalista das Beiras, pelo en-
grandecimento e defesa das
quais vem lutando com um
garbo innexcedivel, com uma
dedicação e espirito de sacri-
ficio sem limites.

Que viva muitos anos, são
os nossos sinceros votos.

90000000000D 000000600000 900000300060
O nosso aniversário

Por motivo do nosso ani-
versário, dirigiram-nos felici-
tações os srs. Antônio dos Án-
jos Alves, de Lisboa e Domin-
gos Carlos da Silva, do ln-
troncamento.

Agradecemos.

009009000000 0090000000000990000000D0C :

ACIDENTE

O pequenito Jcsé Carlos,
filho do sr. Antônio Barata e
Silva, quando há dias se en-
contrava a brincar no quin-
tal junto da casa de habita-
ção, ao aproximar-se de uma
parede com altura superior a
3 metros, caiu, fracturando a
clavicula esquerda. O seu es-
tado não oferece gravidade.

000000000000000060000535: 000000000000

VIAÇÃO

O sr. João Barroso pediu a |

concessão da carreira regular
de passageiros e mercadorias
entre Alferrarede-estação e
3obreira Formosa e vice-ver-
sa, passando por Sardoal,
Chão de Lopes, Frixoeiro, Me-
são Frio e Proença-a-Nova.
Esta carreira substitui a
que o requerente explora en-
tre Alferrarede-estação e
Proença-a-Nova.

 

nheiro domina, imponente,
desde o ape-‘tado valz ao ele-
vado cimo dos montes. Vem
de propagar-se, de há uns
anos atrás, como que por ma
ravilha. Vegeta admiravelmen-
te, atisgindo em média o cres-
cimento anual de 90 centi-
metros.

Cuntinia)

 

 

 

 

000

 

(Continuação do numero 127)

Entretanto, em 1851, cons-
euiu a junta de paróquia
um cemitério público, e em
1855 reabriu-se o seminário
de Sernache que veio dar á
aldeia uma certa vida.

Em 1860 começou a mani-
festar-se um certo amor gelo
desenvolvimento de Sernache,
traduzido na fundação da ban-
da de música, do club e teatro,
que logo se instalaram em
casas particulares.

Em 1868, começaram: sobras
da conclusão do seminário que
duraram ate 1869 em que o
edificio se completou. Nêste
niesmo ano foi criada a esta-
ção postal de Sernache.

im 1880 construiu -se a es-
trada reai que, com a conclu-
são da ponte sôbre o Zêzere
em 1883, pôs Sernache-em co-
municação com a Sertã, Fer
reira do Zézere e Tomar. Pou-
co tempo depois começou o
correio à ser feito em cairo
entre a estação de Paialvo e a
Sertã. Entietanto começaram
à regressar do Pará, onde ti
nham arranjaso fortuna, diver-
sos homens tanto da freguesia
de Sernache como circunvizi-
nhas que, escolhendo esta aldeia
para passarem o resto da vida,
iniciaram a série de belas
construções modernas que ho-
je a aformoseiam.

Em 1888, os homens mais
abastados de Sernache, resol
versm construir um edificio
paia teatro, club e escolas que
inauguraram em 1890,

Nêste mesmo ano foi inau-
gurada a estação telegráfica e
começou a coahcer-se a acção

terapêutica da água minero-.

medicinal da Foz da Sertã,
cuja exploração começou em
1894, Em 1892 compraram os
candeeiros para iluminação pú-
blica depois de terem conse-
guido que a Câmara da Ser-
tã consignasse no s:u orçamen-
to verba para o petróleo e
encarregado da mesma ilu-
minação.

Em 1893 construiram um

-novo cemitério onds logo man-

daram fazer grande número de
formosos jazigos.

Em 1898 conseguiram que a
Câmara da Sertã lhes man-
dasse construir uma casa pai-
ra matadouro e açougue.

Em 1901 foi inaugurada no
logar da Mendeira uma esco-
la mixta construida a expen-
sas dum benemérito sernachea-
se- Joaquim Godinho da Sil-
va.

Em 1903 foi inaugurada uma
capela dedicada a N S. de
Lourdes que o referido ca-
valheiro manvou construir ao
lado daquela escola. .

Em 1905, o padre Cândido
da Silva Teixeira, desejando
ser útil à sua terra, publicou
uma monografia de Sernache,
esperançado em que const-
guiria entusiasmar os seus
patrícios e assim, encendrado
o amor patriótico, êles se re-
solvessem a maiores empreen-
dimentos pelo progresso desta
aldeia. A sua aspiração foi
coroada do melhor êxito por-
que desde aquela data muito
se tem feito, como vai ver. No
moment» em que aquele livro
apareceu, os sernúchenses an-
davam divididos em doís par-
tidos políticos o que entraya-
va os progressos locais. Fe-
lizmente essas rivalidades fo-
ram sacrificadas em holocausto
do interêsse público logo que
se convenceram de aque só com
uma forte união alguma coisa
de útil se podia fazer. Naquela
epoca, a não ser o comércio é
a agricultura, que já tinham
um certo movimento, indús-
trias própriamenta ditas, não
existiam,

ra discutirem os

 

Havia-se tentado o fabrico
de fósforos, mas um infeliz
incêndio matou, quási à nas.
cença, és a louvável tentativa.
Tinha havido também uma
tabrica de chapeus que durou
alguns anos, . chegando a ter
bastante movimento, mas com
a morte do seu proprietário,
fechou de vez.

Serbache tinha já um glo-
rioso passado que o padre Cân-
dido trasladara para as pá-
ginas do seu livro que : viera,
no momeijito preciso, inundar
de luz o cérebro dos seus pa-
trícios. Estes cheios de nobre
orgulho resolveram logo al-
guma coisa fazer de úiil.:

Começaram então por re-
formar o tecto da igreja paro-
quial que se achava em mau
estado, cobrindo-o de telha
marselhesa; evitaram a ruína
da casa do despacho, que um
benemérito sermachense tinha
mandado construir havia mais
de um século; e salvaram da
destruição o arquivo paro-
quial, tam rico de documens
tos. assim como os livros do
regisio que fizeram encader. |
nar de novo, metendo tudo
num armário envidraçado
que paia êste fim mandaram
fazer. Desde êste momento a
sala da casa do despacho pas-
sou a ser, ao mesmo tempo,
secretaria paroquial. Pouco
depois um sernachense:lem-
brava a grande vantagem: que
havia em reúnir meia dizia
de patriotas devotados -que
formassem uma comissão pa:
melhora.
mentos a realizar e o melhor:
meio de os levar a efeito.

Inscreveram logo diversos
nomes onde apareciam alguns
de sernachenses adventícios.
Dou êste nome aos diversos
cavalheiros que, a- pesar-de es-
tranhnos à freguesia, escolhe
ram a nossa aldeia para, com
suas familias, passarem o res-
to da vida.

Centindal

x e

Do c pítulo XI de «Sernache “do
Bomjardim» — traços monográficos de
Candido da silva Teixeira.

D90009000D009000DOLAADDS son nda vaanos

Auxílio louvável

Às senhoras da Acção Ca-
tólica da Sertã, que vêm de-
senvolvendo no nosso meio
um papel de muito louvor,
prestando notável assistên-
cia aos pobres, presos da ca-
deia e doentes, ofereceram, nã
ferça-feira passada, um ex-
plêndido almôço aos doentes
do Hospital, que nessa manhã
se confessaram e comunga-
ram com a maior Fé.

Nêstes tempos de egoismo
feroz, em que cada qual sô
cuida e pensa em si, é conso-
lador assistir a actos de ver-
dadeiro altruísmo, a êste au-
xílio que se presta, sem alar-
des, a tantos infelizes que ca-
recem ds socorro, que é pre.
ciso livrar das garras tortu-
rantes da miséria e da fome,
mas que não devem ser dis-
pensados, também, da assis-
tência moral e espiritual,
dando-lhes a coragem neces-
sária para suportar, resigna-
damente, as agruras e reve-
ses de uma vida cheia de
atribulações.

000970090000 00090026090U0 000D00080000

Os Amigos da “Comarca”

Tiveram a amabilidade de
nos indicar novos assinantes,
o que muito agradecemos, os.
srs. Jacinto Pedro, de Lisboa,
Manuel Antunes, da Sertã,
Rev.º P.º Izidro Farinha, da
Cumeada e António | Benja-
min Mendes, do Estreito.