A Comarca da Sertã nº140 29-04-1939

@@@ 1 @@@

 

DIRECTOR, EDITOR

 

Eduardo Parata da Jilva Gorneia

E PROPRIETARIO

 

– REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SERPA PINTO-SERTA’

 

 

ati » PVBLICA-SE AOS SABADOS

 

DR. JOSÉ

 

EDUARDO RR DA SILVA, CORRE

 

E ty IN D. AB o R E Ss
DR. JOSE CARLOS EHRHARDT
TIDRS ANGELO” HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA É SILVA

BARATA CORREA |

ANO EO
Nº 140

 

 

 

Notas…

 

 

o rêrsio da Umão Sul-.

 

5 Africana acaba de con-
“ceder uma grande honra a Por-
“stugal: convidou o Chefe do Es-
tado e o sr. Ministro das. Coló-
inias a visitarem oficialmente
“Jaquelo pais na sua, próxima

“que o Senhor. Presidente da Re-
ipública aceitou.

aAÁsnossas relações comi a gran-
“de República são de verdadeira
-amisade, hávendo entre ela ea
“Colónia de Moçambique uma jus-

 

“tae recíproca compreensão de
interêsses, o que torna essas re-

“ lações de uma alta importância.

Moçambique e Africa do Sul
têm desempenhado uma acção
preponderantissuma no -desenvol-
“vimento meridional do Continen-
te Negro, de tal forma que o
progresso e grandeza ver dos
nos seus territórios se tunpõem
com tóda a evidência.

Os dois paises vêm juntos, dos

«nãos dadas, cumprindo uma
missão altamente crvilizadora, sob
o mais completo é perfeito enten-
dimento que muito os honra.

ARA

AR última fita exibida no
RR nosso cinema, « Adversi-
dade», pelo seu género dramáti-
co, porque se dseurolou em pou-
-s0-mais de-2 horas, em vez de 3,
como se tinha anunciado, não
tv agradou’a uma grande maioria
“de espectadores. Realmente ela
inão estava completa, concorda-
mos, mas o desempenho artístico
é muito bom e é sob êste ponto de
«vista. que nós apreciamos a arte
“de representar.
– Muita gente é difícil de con-
“tentar. porque, : frequentando os
“grandes centros… está habituada
a ver filmes fantásticos! Nós,
então, somos menos exigentes, por-
aque encaramos as coisas de um
modo diverso, por outroprisma,
on então é porque temos o gósio
estragado…
as para o mês que vem apa-
rece por cá uma fita que uté faz
gebentar o cós das calças… «Os
três artilheiros», formidável de
E e de realização umpecável.

E

 

– E realmente o que nós preci-.
particulares, auxiliando a emprêsa que se

 

isamos é de assistir a espectácu-
Ns e cómicos, porque, porá drama,
aula a porca da vida! –

AAA

Moro que chame. |,

mos atenção de quem de
direito para o abuso praticado bor
alguns pescadores qne, nas épo-
cas em que as ribeiras levam
pouca água, deitam bombas de
clorato nos poços para abanha-
rem o «isco», em vez de usarem
as tarrafas, como é aconselhável.
Por aquele processo destroem-
se elevadas quantidades de peixe.
«Há, por conseguinte, a maior
necessidide de reprimir tais abu-
Sos, que são um crime,

 

agem. a. Moçambique, convite |.

Bnbdomadário regionalista, independente defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
ta Anis a- Nova E poatet de it B iegusãs k Apdoas B Eae E Eoopalo ai Nação)

 

 

 

 

 

Ea

 

 

 

 

: O n.º 134 do seu | conceituado jornal |’
apresenta e defende a ideia da
»criação-ma Sertã de um, coiêgio

de instrução. secundária e no n.º

RO 137.venio sr. “«Silvânio», em

apóio da mesma ideia, adazit’ tazô:s tão con-
cludentes que assim fica mais que justifica-
da a necessidade imperiosa E Re de tal
realização: se

— A vilada Sertã tanto se. impunha pela
sua situação e importância que; em tempos
idos, mereceu dos. Poderes Públicos a crea-.
ção e manutenção de uma cader: de latim e
creio que de ;
muito fregúentada não so por pessoas do
concelho como ainda por crianças dos .con-
celhos lemitrofes. ..

E ainda há quem se GR do grande
professor Bartolomeu e do seu sucessor o
po Joaquim Pedro. ai

Foi pena que os dirigentes. e-pessoas gta-.
das dêste concelho não vissem os beneficios:
dessa escolàá e não a fizessem substituir por
outra mais completa e adequada à época, que:
seria naturalmente uni curso secundário.

Quando hã anos se anuLciou a venda do
«Convento» logo surgiu a ideia de ser acqui-
rido pela Câmara para nela se insialar um
instituto de ensino. E” que a maior dificul-
dade com que se lutava era arranjar insta-
lação e, se a Câmara adquirisse aquele edi-
fício, estaria dado um passo agigantado para
efectivação do grande desideratum.

Sem querer lembrar o. que foi essa lu-
ta para tal agltisição, não me furto a afir-
mar que venceu o bom senso — e a Câmara.
realizou a compra,

Anos antes tinha a Camara Lado ser-
ca de metade do convento para instalação da
G.N. R.e, por causa do incêndio do; Paços.
d» Concelho em 1917, instalou também, em-
bora 4rovisôriamente, as cadeias,

Era de esperar que, depois da compra e
reconhecida a necessidade da existência de
um instituto de instrução secundária ou de
artes e oficios junto a uma instituição liceal,

 

era de esperar, repito, que a Câmara, antes |

de fazer quaisquer obras, mandasse tirar a
planta do edificio e fazer os precisos estudos
para a sua conveniente adaptacão

Posia deligenciar que o Gsvêrno criasse
na Sertã um liceu com os 5 anos, ou, quando:
isso não se conseguisse, vir ao encontro dos.

organizasse para fundar um «olégio, propor-
cionando-lhe, a titulo-de-beneficio da comu-

sn que se atente que, na metade arrenda-

etórica que ouvi dizer ter sido.|

 

nidade, o. edificio para sua instalação.

su Sr. Director do Semaná- a
rio. A Comarca a Sort; ne.

 

 

 

“hr que êle dava pará tudo é inegável

 

da pela Câmara estiveram instalados. 40. guar-:

 

das republicanos, um oficial, os, respectivos
sarientos e ainda a cadeia, .

 

– Fizeram-se efectivamente grandes obras

no convento não sei se sob planta organizada |

ou sea gosto e à vontade dé quem “as man-
dou fazer, mas -o facto é que no edifício do
convento estã instalada uma das quatro au-
las primárias do;sexo masculino que: fun-
cionam na sede do concelho e essa foi para

o coro da extinta capela da convento!

– Pela sua situação e pela sua grandeza
aquele edificio poderia ainda adptar-se no

fim a que me refiro — à instrucão — sem con-

tudo deixar de lá caber a G.N R.e provi-

soriamente as cadeiras desde que se fizesse

a primeira separação e entradas diversas |
cemo aliás seria muito fácil. . :

E” facto incontestável que a Sertã tem |

necessidade de um instituto de instrução se-
cundária ou de uma escola de artes e Ofícios
tendo anexo o ensino liceal até ao 3.º ou 5.º

|ano, Não que ela queira preparar doutores

mas para que os seus filhas possam adqui-
rir os ptecisos conhecimentos sem os quais
não podem entrar na luta pela vida que ho-

‘ je; mais do que nunca, é exigente.

Os artistas da Sertã sentem a falta de

uma escola em que a-par-da teoria adqui-
rama prática precisa uo seu aperfeiçoamen-
to e como lhes faltam os recursos para sai-
rem dêste meio à procura dêsses : “lemen-
tós manteem-se em tal atrazo, que a-pesar-
da sua inteligência e da sua boa: vontade
nunca passam do ram-ram primitivo ou an-
tes antiquado.
– “A ideia apresentada por. Vs está poós-
ta mas é preciso que. vingue e, por isso, ve-
nha a campo todo o interessado para assim
se ficar sabendo que a semente foi lançada
em boa terra e promete dar bom fruto.

E, estou certo que os Poderes Públicos
não deixarão de lhes prestar todo O. seu au-
xílio desde que vejam que hã um real incen-

tivo da parte dos interessados..

Muito mais havia a dizer sôbre tão mo-
mentoso assunto, mas não quero roubar-lhe
o seu precioso tempo, podendo V… das: mi:
nhas. considerações. fazer o uso que entender,

: “E creia-me com tôda a consideração é es-
tima
‘ Amido : brigado

RE Color

 

 

Colaboração e Correspondência

A falta de espaço cont que
temos vindo lutando força-

Instrução:

Em substituição da sr? D,

Feira de Gado em 8. Marcos

Foi muito fraca, ao contrá-.

|heríodo de bonança, mas não é

 

nos à retardar a publicação
de muito original havido em
carteira.

Que nos desculpem « os nos-
sos estimados c’laboradores

e correspondentes que, de-cer :

to, não d:sconhecendo tais

dificuldades, nos perdoarão.,

Fiquem, no entanto, certos,

que tudo. será inserido – logo-

que for possivel e consoante
o espaço de que se dispuser.

 

Virginia Baptista Manso, que
se encontra ausente por doen-
ça, encontra-se a dirigir uma
das escolas masculinas desta
vila o regente sr. José Men-
des des Santos, do quadro dos
agregados do distrito.

0090900000000 0000500000000000:0009000

Este número foi visado pela
Comissão de Censura

“e Castelo Branco

 

 

rio do costume,a feira de ga- |
do cavalar, muar, asininó, bo-

“que muitos lnvradores foram

‘gião se estã desenvolvendo a

vino e suino, realizada na
Sertã na 3.º feira passada, por-

avisados de «que na nossa Te-
febre aftosa, havendo; -segun—-

do nos dizem, muitos casos no
gado bovino, caprino e suino,

 

 

situação PR pa

«vece ter entrado: numa

bom deitar foguetes por enquan-
to, Sem ver no as param as
modas:..

AM hidra contínica biosando
parte da Europa, de;

 

 

 

s: devanetos de gi ga O
receio gerava “desconfiança é os
: lani-se pa-
“alarmados

com tanta rapina e desvergonha,
“Contam com:às: suas próprias
forças, não. confiando naqueles
que lhes: podiam guardar as cos-
tas, que de irado. não pas
sam.

Entretanto vamos ver no que
tudo isto dard.: Pode .-ser que a
transviada Europa. se compane-
tre de que é preciso – ter gúizo à
força. Pode ser. vias

palavra.

– Para estabelecer os párico e
semear o desassossêgo esbalham-
-se boatos tétricos. Ora o boato
falso éo meio utilizado por aque-
les que gostam dever tudo ensa-
rilhado; o boato cria a descon-
fiança entre as nações, procura

“a desordem, minando ecórrom-
pendo as sociedades. E” a campa-

nhã do mal contra o benice do
opróbio contra a honra.

Por isso o boateiro, elemento
daninho da-sociedade, deve dela
ser banido e: escorraçado cora
cão tinhoso.

O

COSTA que: RR Jorn

liros de Sobreira For-
mosa, actualmente: desempregas
dos e lutando, por isso, com ami
séria, sentem-se ofendidos em seus
brios por não lhes darem a pres
ferência nos trabalhos da. estra-
da que tor ali passa.

O empreiteiro, diz-se,. emprega
ali só gente de fora: Por tál-mo-
tivo as reclamações ‘ e “prótestos
têm sido grandes. Achamos qusto
que as autoridades intervenhdam
no assunto, procurando resolvê-
lo em benefício daquela dobre
gente.

Vivemos em regime de justiça
“social;iem que tacitamente-se res
conhecem direitos àqueles que pre-
“cisam de gentis o pão: de tnaa

dia.
mo E
E

ÃO SABEMOS LER…»
Cheguei-me à turba vil,

: êncarcerada, em cuja face se dra:

va o esti igma

cer, e: preguntei: n

— Que dolorosa estradas vos
trouxe aqui?

Rae na sombra. E
==” Não” satremas: dept *

 

 

Cândido de Figueiredo

Marte, com as suas bravatas,
é que ainda não disse. a última a

Do crime que nos faz cstremes

E a turba, a esfinge, o inigma

 

BRcstremes

E a turba, a esfinge, o inigma

 

BR

 

@@@ 2 @@@

 

A COMARCA DA SERTA

 

ANUNCIO
(2.º Publicação)

Por êste se anuncia que: no
dia 30 do

sé Ventura, sito na rua Can-
dido dos Reis, desta vila da
– Sertã, vão ser vendidos em al-
moeda, os objectos que cons-
tituem o recheio do referido

estabelecimento, e que não |

foram vendidos na primeira
* praça, penhorados na acção
– de extracto de factura em e
são Autora : Dias, amado, &
Compatihia, Limitada, firma
eomercial com sede na cida-
“de do Porto, rua dos Clerigos,
numero 84-88, e rés: D. Ade-
laide Maria da Conceição Cos-
“sa Ventura, viuva, e suas fi-
-“thas Gabriela da Conceição
– Yentura e Antonieta Cristi-
“na da Costa Ventura, soltei.
“* ras, moradoras nesta vila, Os
referidos objectos vão pela
segunda vez à praça e por
metade dos seus valores.

São por este meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à almoeda.

Sertã, 18 de Abril de 1939

Verifiquei
O Juiz 1º Subshtuto,
Carlos Martins
O Chefe da 2.º Secção,

angelo Soares Bastos

NORBERTO PEREIRA GARDIM

AOLICITADOR ENCARTADO
; AESA:

Rua de Santa Justa, 95-2.º

TELEFONE 2607

LISBOA
Compram-se

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* mem, novo é usadas.

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– telra —Campo de Santa Clara,
“82,1º – LISBOA | S

 

a Erancisco Mateus
Solicitador Judicial :
| SERTA
“ALBANO LOURENÇO DA SILVA
ADVOGADO
nos ERT A

 

 

[Nr

| usa
| TOMAR

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tes sistemas, para extracção de aguas.
garagens e Ferramentas Agricolas,

1 Rodas Hidraulicas Para Lagares.

“o Pateo da Serrada de Alcadaria
Sertã

 

 

 

corrente mês de
Abril, pelas 13 horas, no es-
tabelecimento do falecido Jo- |.

 

HORARIO ANUAL

Da Carreira de Passageiros entre Figueiró dos Vinhos e Sertã
“Concessionário: ANTÔNIO SIMÓIS

 

 

 

 

2 438 e 6,55 “Cheg*. Part.*
Figueiró dos Vinhos ……… 4: o 18,50
Aldeia Cimeira… Za des 19,05. 19.05
Sernache do Bomjardim ……. 19,30 19,35
UR O RR sia 19,55

3.2º 5.28 e sábaos

Sertã Se ah a en ina e 5.15
Sernache do era cinjiiei na 5,85. 5,40
Aldeia Cimeita ….sascic veces 6,05 6,05
Figueiró dos Vinhos… ..u….. 6,20

 

TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES.
Figueiró dos Vinhos ;

1450 Bairrada

3800 1450 Ponte Bairrada datam

4850 3800 1850 Carvalhos |

6800 4450 3800 1850 **- Sernache

9800 7850 6800 a. 3500 ertã

Figueiró a Coimbra, 12850; Sertã a 1 Coimbra, 21850; S 2r-
tã a Coimbra (ida e volta), 40850. E
– Crianças de 4 10 unos pagam dra bilhete.

Companhia Viação p foro ti

(CARREIRA RÁPIDA)

ag Carreiras entro Sertá-Lishoa, Sertá-Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno
BASE o o AO

Comunica aos Ex.=ºº clientes que desde o dia 17 de Maio iniciou, aos DOMINGOS e 2.ºº FEI,AS
uma nova carreira, além da que já está estahelecida entre Lisboa — Alvaro & vice versa

 

 

 

AOS DOMINGOS ÁS SEGUNDAS Ra
H.M. .M.
SAIDA DE LISBOA 6-30) SAIDA DE ALVARO a
Chegada a Santarem 9-15 ] Chegada ao Cesteiro 15-50
Sad 9-20 » Sertã 16-55
» ea Saida 17-30
2 Eru E » Sernache 17-50
» Torres Novas 10-35 Ro Saida 18-00
So Pomar 11-20 >» Ferreira do Zezere 18-55
à Saida 19-00
» a do Zezere 11-008 “» Tomar 19-40
» Sernache . 13.00] ” » Torres Novas 20-25
» Sertã 13-20! —» Pernes 21-00
y » Santarem 21-40
mp nu » Cartaxo | 22-10
» — Cesteiro 15-05] — » Vila Franca, 23-10
» Alvaro 15-15]. E ds 0:10

 

 

Foram estes horários estabelecidos de aa com as ocessifados da regiãn, evi-
tando assim um menor Rent de tempo às pessoas que os seus afazeres chamam à Capi
tal, palo qua estu spurtia s3aara que os saus cliaatas corra aspand am à mais esta vantagem,
não deixando de utilizar a SBIS CANTOS.

Desde de 1 de Junho a nossa Garagé em Lisboa é na
Avenida Almirante Reis n.º Sa H -— * Telefone 45 503

 

 

 

AVEID: gu REIS, s macae o

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são vendidos no máximo da pureza,
por serem seleccionados escrupu-
losamente da produção própria

As boas donas de casa devem experimentar. — Todas o

as pessoas que se
interessam pela sua saúde cen esta casa

LIBANIO VAZ “SERRA.

| Telefone 2 9881

 

o o j
Ê aoosAZnas concas cp PAS AZ dona duas ne con tisiidano: Sosaooo sc 0ABWAnoo

 

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Composta dos ex-empregados de A BRAZILEIRA, LS,
Joaquim Ferreira e Joaquim Duarte, que passou a explorar q

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próprio para venda à chavena.

Mantêm-se os preços e condições estabelecidas

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sita, pelo seu ótimo serv-ço de mesa e magnifico: quartos

 

 

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praga ss são

Ns

 

@@@ 3 @@@

 

bue elêctrica

Nos últimos dias. a luz
eléctrica, pública ou particu-
lar, tem sido fornecida ape-
– nas até à 1 hora, emquanto
que, nos anos anteriores, ao
entrarmos na hora de verão,
havia luz até às 2 horas,
de forma que agora temos luz
apenas 4 horas durante o pe-
rodo de 24 e là mais para
diânte, à medida que os dias
crescem, nem isso teremos.

Não atinamos qual seja a
utilidade da luz eléctrica pa-
raa população da Sertã, a
única, possivelmente, em to-
do o País que esiá privada
dela durante grande parte da
«noite.

Entendemos que a direcção
“da Eléctrica Sertaginense de-
ve apressar-se a comunicar ao
público—visto que não o fez
já—o motivo que a levou a
suprimir uma hora de luz, ci-
tando a disnosição ou ordem
legal em que se baseia. A po-
pulição da Sertã. porque é ela
que mantém a Emp esa, que
à sustenta e que lhe paga, tem
o direito de ser informada das
alierações verificadas no re-
gimen; de fornecimento de
luz.

Hã casos em que o silêncio
é prejudicial, prestando-e a
comentários pouco justos, mas
compreensiveis. E nós, enquan-
to não nos provarem o con-
trário, não acreditamos que a
Eléctrica goste de pregar pir-
raças. Como tôdus as emprê-
sas de utilidade públic>, ela
há-de ter o seu regulamento
aprovado superiormente.
Esperamos, pois, que a sua
jrecção ponha de parte um
justificado mutismo e diga,
Tr nosso intermédio, à po-
pulação, o que tiver por con-
veniente.

 

BOND DR DA

“Nascimento

Teve o seu feliz sucesso na Sertã,
no passado dia 22, dando á liz uma
criança do sexo feminino,a s1.º D
Arábia Belchior Rossi Ruano Pera, es-
posa po sr. dr. Antonio Joaquim Ruano
pera, digno (Lonservador do Registo

redial em Miranda do Douro,

Mai e filha encontram-sc bem, fe-

lizmente.

Aos pais da neótita, bem como a
seus avós maternos, sr. Augusto Ju ti-
no Rossi e esposa, apresentamos as nos-
sas felicitações.

Programa das fes

a realizar na “ALDEIA MAIS
PORTUGUESA DE PORTUGAL”–
“Monsanto, no dia 3 de Maio

quando da imposição do GALO
na Torre de Lucano.

 

 

Ás 11 horas—Missa Campal: às 14,
Visita a EMonsanto e demonstração do
folclore na Praça Velha; às 15—Impo-
sição do GALO na Torre de Lucano—
as 16—Ascenção ao Castelo, as 17—
Lançamento dos cantaros pela encosta
do Castelo (cerimónia tradicional—Das
“47 as 18 horus—Arraial na explanada

“do Castelo— As 18 horas—Visita a S,
Miguel— As 19 — Visita aos Penedos
juntos e descida para Monsanto, As

0 Saida de Monsanto.

* *

— Os excursionistas que quiserem
assistir ao 3 de Maio em Monsanto,
utilizando o Caminho de Ferro, devem
prevenir Ruy dos Santos Maleira—Jun-
ta de Provincia da Beira Baixa — para
terem assegurado transporte de Caste.
lo Branco a Monsanto e o necessário
alojamento.

G80000090000 0000t000000003000000g80000

Tio es Ros: Mou

“Advogado — SERTÃ

 

 

 

Carreiras

Camionetas de passageiros
SERTÁ – PROENÇA – À – NOVA

Com dissemos no passado
numero, foi concedida à inw
portante Companhia de Via-
ção de Sernache L4?, de Ser
nache do Bomjirdim, a ex-
ploração de uma carreira de
camionatas de passageiros
entre Sertãe Proença-a-Nova.
Dá ligação às carreiras da
mesma Companhia, de Tomar
e Lisboa.

O horário da supra-citada
carreira é o seguinte: às 3.º,
5.º e sábados parte da Sertã
às 18 horas e chega a Prçen-
ca às 19; 48 2%, 4% e 6.º par-
te de Proença ás 6,30 horas e
chega à Sertã às 7,90.

Mais um melhoramento que
a nossa região fica devendo à
Companhia de Viação de Ser-
nache, representando incon-
testável comovidade e econo-
mia para as populações dos
concelhos de Proençae Serta,

E E

Sertã – Pedrógão Pequena

Em consequência da falta
de movimento quese vem no-
tundo, esta carreira, dentro
em breve, sofrerã alteração,
passando a efectuar-se, em-
bora com o mesmo horário,
somente 3 dias poi semana:
às 4.8, 6.º e sábados da Ser-
tã para Pedrógão e às 2.ºº,5.ºº
e sábados de Pedrógão para
a Sertã.

120000000000000009000000 J0000C DOGoBo

Rev.º Padre Sebastião de Oli-
veira Braz

Uma informação errada que
nos prestaram, levou-nos a dizer
no número passado, ao publi-
cura I parte da reportagem sô-
bre a «Freguesia do Pêso», que
êste ilustre sacerdote é fale-
cido, O que não é verdade.

O sr. Padre Sebastião de.

Oliveira Braz é vivo, feliz-

| mente, e permita Deus que a

sua preciosa existência se pro-
longue por muitos anos, sem-
pre com saúde, para alegria
dos seus e de todos que ver-
dadeiramente o estimam,

Que nos perdoe a nossa
falta, que só um lapso lamen-
tâvel podia originar,

OMC SG AO O

Feira Em Proença – a – Nova

No próximo dia 3 Je Maio
realiza-se em roença-a-Nova
a tradicional feira anual de
Santa Cruz.

 

DOENTES:

Retirou pura Lisboa, onde
vai sujeitar-se a rigoroso
tratamento, a sr.* D. Virgina
Baptista Manso, distinta pro-
fessora primária da Sertã,
esposa do nosso amigo sr. Áti-
tonio Alves Lopes Manso, que
nas últimas semanas esteve
gravemente doente.

Deus queira qre desta vez
tire os melhores resultados
com o seu trat:mento, regres-
sando completamente resta-
belecida.

— Yem estado muito doen-
te o nosso presado assinante
sr. Joaquim Fernandes Cala-
do, de Pedrógão Pequeno, por

cujas melhoras fazemos sine

ceros votos.

e AA A
Beneficência

Por alma de sua Ex.»* Mãi,

sr? D. Maria Caetana, recen..

temente falecida em Vale da
Galega (Pedrógão Pequeno),
enviou-nos o nosso presado
amigo e assinante sr. José
C. Martins Leitão, residente
em Lisboa, a importância de
Esc: 20400 para ser distribui-
da por quatro pobres mais
necessitados protegidos pela
«Comarca»

Muito agradecidos.

AGA

a a “oa a a 8 3
AGE NDA.

oo, Do, og Pe [e] oo,
$ PU LO PU PU ?
É tt 4º nr Wo a

– 0000000,

ES
Ed

Estiveram em Pedrogão Pe-
queno os srs. José C. Martins
Leitão e esposa e Daniel da Sil-

| va, de Lisboa.

um Partiu para Gouvêia, com
sua esposa, o sr. Joaquim Man-
ta. a

tm Com sua esposa regressou
à Sertão sr. dr. Pedro de Ma-
tos Neves, distinto Inspector de
Sanidade Pecuária do concelho.

mm Regressou ao Caramulo,
com sua esposa, o .sr. José de
Custro Ribeiro.

mm Do visita a seu genro sr.
dr. Francisco Nunes Corrêa, dis-
tinto médico, encontra-se na Sertã
a srº D. EFirtense – Pereira
Alves e marido sr. Filipe Alves,
da Praia do Ribatejo ;

ANIVERSÁRIOS: NATALI
cios €

Fazem anos: em 2 de Maio, o
menino Robert Edmundo P. Mar-
tins; 5, D. Carlota de Almeida
Nunes de Figueiredo.

Parabens.

 

 

PÁTRIA.

Rip

Pátria minha! Que posso ao mundo expor.
Sôbre a glória do teu passado ingente,
Sôbre a coduta e fé da tua gente, .

Num porvir com indíci

No momento que passa,

 

5 de espl endor:? 1

O teu VicOL

E’ garantia clara e convincente

De que vives e fremes,

lentamente,

Num ambito de paz e de laborl…

Ó Pátria minha audaz! Não creio, não,
Que outra exista igualando a tua acção
Em pujanjae humanismo do teu Povo! .

Da pequenês da tua faina harmônica: .
Brotou, um dia, a chama, a Luz icônica,
Que deu ‘ao mundo um outro mundo novo…

Lisboa

IZIDRO ANTONIO GAYO |

(Alferes)

 

Caiação e reboco de prédios ur-
banos na Sertã

Mandou a Câmara Municipal afixar
editais tornando público que deliberou
pôr em execução a postura Municipal
sôbre caiação e reboco de prédios ur-
banos dentro da zona constituida pelas
ruas Cândido dos Reis, Serpa Pinto,
Castelo, Soalheiro, Sertório, Ourem,
Largo das Acácias, Praça da Republi-
ca e Estrada de Oleiros. artérias mais
concorridas durante as Festas dos Cen-
tenários.

Ora, como muito bem se esclarece,
são aquelas artérias, precisamente, as
que mais concorridas serão por ocasião
das Comemorações Centenárias na Ser-
tãe de entre elas algumas haverã por
onde pass: o cortejo que então se or-
ganizatá,

A determinação compreende ainda
todos os predios (edificios e mures) que
se avistem do Largo dos Paços do Con-
celho, Adro da Igreja Matriz, Miradou-
ro Caldeira Ribeiro e S. João, o que
equivale a dizer que, praticamen-
te, devem ser caiador os prédios de
tôdas as outras zonas que ainda não
sofreram essa operação de limpeza
absolutamente precisa. des

O prazo para a execução dessas
obras termina em 31 de Junho próximo.
A infracção ser: punid: com a multa
de 5800, acrescida dos respectivos adi-
cionais, por cada metro quadrado das
frentes dos prédios, além da multa de
1080, estabelecida no artigo 25º do
Código «ie Posturas, ficando à Câmara
o direito de fazer as obras, quando
assim o entender,.se a infracção se re-
petir, correndo de conta dos infractores
as despesas feitas.

E’ pr-ciso, pois, que os proprietarios
mandem caiar devidamente todos os
seus prédios e muros da vil», capri-
chando por que a Sertã se apresente de

cura lavada» por ocasião das Festa
Comemorativas dos Centenários que
aqui se realizam no próximo ano.

9000800D00000 c0000000009060000008000U

Posto Escolar das Pombas

Promovida pela regente sr.* D. Ar-
minda Miranda, realiza-se no próximo
dia 7 de Maio (domingo) uma interes-
sante festi no posto escolar das Pom-
bas (Sertã), de homenagem ao Estado
Novo e dedicada ás crianças que o fre:
quentam. A festa consta especialmente
de uma sessão solene e de um lanche
aos alunos.

Foram convidados nara assistirem
entre outros, os srs. Presidente da Ca-
mara e da Junta de Fieguesii da >ertã
e Delegado Escolar.

A Filarmonica União Sertaginense
presta a sua colaboração.

vite que gentilmente nos foi feito pela
senhora regente.

300000 00900 agoc

ecrlgia

No dia 15 faleceu, nesta vila, um
pequenito filho do sr, Manuel Nuves
da Silva, oficial de deligências do Jui-
zo, e de sua esposa, de nome José,

anos,

O funeral foi muito concorrido.

— Em Vale da Galega (Pedrógão
Pequeno), faleceu, no passado dia 17,
asr.* D. Maria Caetana, viúva, de 89
avos de id. e, muito estimada pelas
suas qualidades de carácter. Conservou
sempre todo o vigor tisicoe o uo
pleno das faculdades até aos últimos
momentos. ,

A simpatica senhora era mãi do sr
José Caetano Martins Leitão « sogra dos
srs, José Agostinho Dias, comerciantes
em Lisboa Domingosda Costa, da Var-
zea Cimeira, António Amunes Fernan-

| des Barata, do Casalinho e Joaquim

Fernandes, do Vale da Galega,
RR

A’s fâmili«s enlutadas apresenta «A
– Comarca da Sertã» sentidas condolen-

elas. o

RR RE

Febre Aftosa

Grassando com grande intensidu
no nosso concelho e em quasi odo |
País, entre-os animais das espécie. bo
“vina, suina, caprina e ovina a tele
aftosa, chamámos aatençãoespecial dos

| lavradores psra o artigo que publicare-
| mos no próxino número—Febre uftosa

— Instruções para a conhecer e combater
prâticanente devendo prestar-se cui-
dado quanto as prescrições a seguir
com o tratamento do gado atacado.
Quanto ao leite consumido pela po-
pulação local, devemos informar que
os animais que o produzem estão sob
fiscalização rigorosa e constante por
arte do sr. Inspector de >anidade
ecuaria do Concelho, Por conseguin-
te, a primeira manifestação da doença
“em qualquer desses anim is, êles serãu
postos de quarentena e proíbida a ven-

 

| da de leite.

Por nossa parte agradecemos o con- |

ne

Tiba Joia

Movimento de Fevereiro:

 

buição: 2) Carta precatória
para nomeação de louvados
e avaliação de bens, extraida
do inventário arfanológico
por óbito de José Custodio
Martins Vidigal, Lisboa; 13)
Inveutários orfanologicos, por
óbitos de: Joaquim Marques
Carpi-teiro, Casal Novo, |’roêna=
ça-a-Nova; Joaquim Rodrigues,
Sobreira Formos:; Manuel Ál.
ves, Casais Fundeiros, Proen-
ça-a-Nova; Vicencia Tavares,
Pergulho do Meio, Proença-as
Nova; Antônio Cristovão,
Fontainhas, Varzea dos Ca-
valeiros; Angelo Freire,..Pe-
drogão Pequeno; José Mir..
cal, Cardal Grande, Palhais;
“Manuel Rosa, Cabeço da -S*
das | Preces, Castelo; Manuel
Pedro, Cardiga Fundeira, Cus
meada; Maria Amália, Rama-
lhos, Carvalhal; ântónio Lou-.
renço Junior, Msteiro Fun-
deiro de Sint’lago, Varzea
dos Cavaleiros.

CIVEL — Distribuição: 13)
Acção sumária em que é au-
tor João Nunes da Silva,sol-
teiro, maior, Vila de Reie
reu Manuel Henriques Dias e
mulher, proprietarios, Eira
Velha; Dita requerida por
Maria da Conceição Nunes e
outros, Casal Madalena, con-
tra José Higino, viuvo, Quin=
tã e Joaquim Marques e mu-
lher, Marin José Nunes, Lis-
boa; Justificação avulsa re-
querida por D. Maria de Je-
sus Marçal, viuva, proprieta-
ria, Monte Fundeiro, Ermida
para babilitar-se como única
e universal herdeira de seu
marido João Lopes Cardoso;
23) Carta precatoria para in-
quirição de testemunhas em
aadiência, extraida da acção
de divorcio conira Maria da
Natividade, Evora. – o

“Bor

Sa Re
Ministério da Agricultura
DIRECÇÃO GERAL DOS SERVI-
ROS PECUARIDS

EDITAL.

terinário, Intondente de Pecuária de Gas-
telo Branco, nos termos do Decreto-lei.
n.º 16.487 de 11 de Fevereiro de 1928,
fagosahor: se

1.º Os proprietarios ou responsaveis
por animai das especies bovinas, ca-
prina, ovina « suina, atacados ou sus
peitos de febre aftosa, são obrigados,
nos termos do artigo 14.º do Regula-
meito Geral de Saúde Pecuária, a fa-
zer a declaração da ocorrencia a coms

questro rigoroso os animais a que a.
mesma deciaração »e refere, mesmo:
tes da visita sanitaria, e:

 

 

essa declaração os Médicos, Veterinas
rios-que no exercicio das suas: funções

fic rem qualquer caso de febre aftosa
2, igualmente É cam sujeitos a mesma

| obrigação, vs ferradores, contratadores-

“e gado, castradores e os donos das ess
ialagens de re olhu de animais, |:

5.º nenhum arimal podera sair dos
acais sequestrados sem-que seja acom-
panhado de uma guia passada pela
Intendência de Pecuaria de Castelo
Branco.

4, -— Aos transgressores das disposie.
ções dêste edital, do decreto n.º 16 487
de 11 d> Fevereiro de 1929 e do Regu-
lamento Geral de Saúde Pecuária, na
parte aplivavel, serão impostas as pes
nalidades que no mesmo aiploma conse
tam, e as muitas repectivas serão mul-
tiplicadas pelo coeficiente 20, entrando
estas impur-áncias pos cofres públicos
como receita do Esiado.

Intendência de Pecuária de Castelo
Branco, em 24 de Abril ae 1939,

O Iniendente de Pecuária,

 

| (a) Simplício Barreto Magro

ORFANOLOGICO — Distri- …

Intendensia de Pecnária de Castelo Brance

Simplício Barreto Magro, Mélica Ve

etente autoridade administrativa ou .a .
ntendencia de re-uaria de Castelo.
Branco e pem assim a conservar eim ses *’

2.º São também obrigados:’a azer:

oficiais ou de clinica particular, veri-.,

segs +i-.,

segs +

 

@@@ 4 @@@

 

A COMARCA DA SERTA

 

 

 

 

Eshôço Histórico
“Da história do Pêso, desde

as suas origens, não: temos
noticia, E’ possivel que al-

guém a guarde avaramente

em estante carunchosa, só
“—profanada de ratazana des-
truidora ou se encontre dis-

persa pelos arquivos da Tor-:

re do Tombo, à espera. que
“:«paciente investigador a reú-
“na e colija, lançando-a á luz da
publicidade para gâuiio dos
“naturais da freguesia. E tu-
-do leva a crer que assim se-
“ja pois que a monografia do
“concelho de Vila de Rei está
por fazer, como ainda não há
“muito afirmou, nestas colu-
“nas, o pesso distinto colabo-
“ rador, vilaregense de gema;
“sr. Isidro António Gayo; ora
a história do Pêso está na-
turalmente ligada à de Vila
: de Rei, a cujo concelho pertsnce.
Não podem restar dúvidas
“de que o passado do Peêso,
* pelo menos nos primevos
tempos da nossa nacionali-
“dade, há-de ter páginas ma-
ravilhosas de heroismo, de be-
– Jeza moral, de audacidade,
– registando-se, em seus fastos,
“cenas épicas que o devem ter
colocado a-par-de todos os
melhores das outras terras
da região. E assim o seu bra-
“ zão; mergulhado em desco-
‘ nhecido inexplicável, hã de
“ assinalar os altos feitos dos
seus primeiros povoadores,
lysitanos, a sua honra e gló-
“ria, na luta ingente, sem tré-
gua», contra o leonês, o mou-
“Fo e o castelhano.

-Anuindo à nossa solicita-
.. Gio, teve o Ex.” Sr, Dr. José
* de Oliveira Xavier, de Boa-
farinha (Vila de Rai), a ama-
bilidade de nos apresentar
os “seguintes elementos sô-
“bre o Pêso, que reproduzimos.
“com tôda a fidelivade: |
“ «Recordo- -me de memória
ue as freguesias do Pêso e
q Fundada eram capelanias
a Vigairaria de Vila de Rei,
servidas pelos dois curas au-
Xiliares daquela. A freguesia
do Pêso foi desligada de Vila
-“de Rei primeiro do que a da
«Fundada e esta já ê mencio-
g ada no Livro dos Capituios
= “ (Decretos das Visitações) que

 

 

 

 

“ começa em 1715. A do Pêso |

«reio que foi ai por 1610 ou
1611, mas não me lembro
-‘pem. Sôbre o origem do Pê-
“so nada sei, mas há razões
– para crer que os: romanos
-“”ou outros pagãos por ali an-
“ daram. Próximo do Pêso, num
“ logar
é Pa João existiu a primeira car.
E dêste Sunto, que deve.
‘ ter sido aproveitado pelos
“cristãos de um templosito pa-
gão; depois o Santo foi mu-
*-Jado para uma capela feita
no Pêso. Meu pai, a quem per-
tencia êsse monte, mandou
»ali fazer plantação de olivei
“rase, em diversos sítio», ao
“ abrirem as covas, caiam em
O no com restos de os-
sadas e frascos com liquido, que
“êle teve a audacia de provar,
“não lhe encontrando gosto
«algum, mas indício de sepul-
tura pagã; era um cemitério.
“Também reza uma vaga tradi-
ção que uma convessa fez doa-
– ões à igreja e vários beneri-

 

«cios, «que consta algures na |

“Torre: do Tombo»? lizia-me
“um velho, Manuel Bretes—ai

– hã 300u 40 anos. De ficto ha-

– via anexa à igreja uma boa
-propriedade de terra de cu.tu-
“tura com oliveiras e sobrei-
ras, de que alguém ilegal-
mente se apoderou, sem. que
ninguém houvesse protestado.

 

ta de livros paroquiais,

chamado Cabeço de

 

«Sôbre usos e costumes hou-
veali — como direi? — uma
certa civilização, que se re-
flectia, e ainda hoje se per-
cebe, numa certa urbanidade
de trato social. Teve cupitáis

das antigas milicias eera das |

li um meu tio-avô em 4.º grau;
D. Alberto da Silva, que foi:

arcebispo de Goa e nomeado:

Govern:.dor do mesmo Estado..

“Foi sagrado em 1668, data que

se encontra na casa que foi

“solar da familia e se pode ler

ainda numa pedra da parede

Que estava por cima do bra

zão de armas dêle, at rancado,
e mutilado quando de uma:
parva tributação dos brazões:
de armas hã bastantes deze-
nas de anos».

«Caiu-me na mão uma no»,
que,
se encontram em S. Vicente,
no arquivo geral, que dá ali
baptismos no Pêso desde 1630,
casamentos desde 1611, obitos:
desde 1654. Parece portanto,
que a freguesia já existia em
1611, como atrás disse».

Valiosos elementos nos con-
tfiou o Ex.”º Sr. Dr. José de
Oliveira Xavier e por isso

aqui lhe deixamos consignado

o nosso sincero recon hecimento..
“O Pêso sofreu muito com a

guerra Guerra Peninsular, co- |
-mo de resto todo o concelho

de Vila de Rei: ;imciramen-
te com a passagem dos sol-.
dados de Junot em 1806, na:
marçha – sôbre Lisboa por
Abrantes, e depois em 1810 e

Wellington e as francesas de’
Massena. Tanto os invasores

como as tropas inglesas nos; |

Emigração É

o mal que puderam, obrigan- |

sas aliadas fizerain-lhes todo

do os moradores a procurar

na fuga a salvação da vida e,

quando regressaram, depois
da retirada de Masseta, a.
maior parte das Asbitações
estava. reduzida a” cinzas, os
cimpos;talados e todos os seus
haveres perdidos, Os ingle-.
ses ao seguirem para o norte
ao encontro de Massena, não
tiveram mais consideração
pela fazenda daqueles povos
que os. próprios franceses.
Em 17120 concelho de Vila
de Rei pertencia à comarca
de Toinar; pertenceu eclesias-
ticamente à diocese da Guar-
da, depois à de Castelo Bran-

co e desde 1882, data da úl-
“tim «circunscrição diocesana,

que suprimiu, além de otros,
os bispados de Elvas e Cas-
telo Branco, passou para o de.

Portalegre, O concelho de Vi-

la de Rei foi extinto pelo de.
creio de 7 de Setembro de

1895, mas restaurado pelo dé

13 ce Janeiro de 1897, com. tôr
das as três freguesias que o

 

– PÊSO — igreja Matriz (Ceia amavelmente pálo gr. Joaquim Aparicio ta silva,

É niéleic co,

“e cerca de 200 fogos,

concelho de ‘
| Abrange as povoações do Pê-

| so (sede), Sesmarias, Cimo Va-
1811 com as tropas inglesas de |

 

 

conbtftuciá Evila (de Rei,

[so é Fundada-=.

pe

 

Orografia E Hidro-
— grafia ss

“ Contornando. a. “freguesia
do. Pêso, existem as pequenas
serras da | Miúriça . e. Vergão,
Circundam-na as Ribeiras do
Bostelin e Isna,.a primeira
separando as Iréguesias do |
Pêso e- Vila de Rei.e a-se-
gunda as do Pêso e Marmc-
leiro, esta do. concelho da Ser-
tã; cursos de àgua que secam

|[jpor completo no-estio, mas.
ran-

4; 1e no. inverno atingem g
de caudal.

“E” muito necessária a nu

trução de uma ponte sôbre

ribeira: da. Isna; “porque: nó
“inverno não é
HA, ir que, prejudica imenso as

“possivel passa-

comunicações entre os povos
das freguesias do Pêso « e Mar-

4

;

 

população e Fogos
jd precisa ale algumas repa-

A população da fréguesia |
“do Pêso compunha -se, em:
«dis-
persos por 130 fogos; em 1708 |
tinha 80 fogys. Actualmeitea.
população orça, números re-

1915, de 471 habitantes,.

dondos, por 1.000 habitantes
freguesia mais pequena. “do
Vila” de Rei.

lóngo, Portela, Moinho Bra-

“cial, Lameirá do Algar, Can-

celas e Algar.

“Como dissemos, é,intensa a

emigração dos. naturais da fre-
guesia do Pêso; dirigem-se pa:

rsa capital, América, Moçám-
bique e sobretudo Angola, oci-

-pando-se ue no co
mércio..

A provincia de Benguela
constitue o fulcro desta emi-
gracão, valiosa a todos os ti-
tulos, havendo ali “importán-

| tissimas firmas comerciais de
naturais do Pêso, que gosim

de uma bem merecida repu-
tação. O amor idolatrado dos
emigrantes pelo torrão natal,
aonde se prendem tôdas. as
suas afeições, pelo qval sen-
tem profunda nostalgia, que

não esquecem um só momeny.

to, na alegria ou na adversi-
dade, tem uma suprema am-
bição: constsuir nêle ima mo-
radia acelhedora para répou-
so na velhice. Um bairrismó
bem compreendido, bem lou-

vável, aigno de ser imitado
por todos os que partem pa-

 

sendo a

 

ra longínquos paisese a quem
«a sorte bafeje.

– E. êsses emigrantes, como
verdadeiros amigos da. sua
“terra, estão sempre dispostos

a “subsidiar tôdas as obras |

úteis da sua freguesia, quer
de cunho filantrópico e mo-

ral, quer de ordem material
mas que tenham por objecti-
no. dese-
als
gum auxílio aos conterrâneo |

vo o bem comum,
jo sincero de prestarem

menos protegidos da sorte.
lyreja Matriz
Não éde largas dimensões

a igreja parocuial do Pêso,
“mas suficientemente espaçosa

| para a população da freguesia.

Tem, bastante pé «ir-ito,
recebendo luz a jorros: por
janelas laterais. A torre é
bastante alta e elegante, com
uma configuração geométri-
ca agradável, terminando em
pirâmide.

O templo, conquanto. tives-

> sido reconstruido em 1892,

rações, sobretudo o telhado;
assim nos inforina o Rev. P.
Sebastião de Oliveira. Cardo-
so, prior da freguesia há mui-
tos anos, sinceramente esti
‘mado pelos seus paroquianos,
uando para todos. de uma
rara afabilidade, -pre»cupan-
do-se exclusiva) pente com a
sua igreja e como bem es-
piritual do povo da sua ju-
risdição. as

Deve-se ao Sr. P,.º Cardoso
à boa conservação: do templo
“ O csmero da sua airuma-
ção «e disposição interiores,
tocantes na sua,sinplicidade.
– Artista consumado, o sr.
P. de.Oliveira Curdoso não
so dirigiu a execução do pa-
vimento da igreja, em ma-
deira, desenho interessantissi-
mo em losangos, e muitos ou-
tros trabalhos curiosos, di-
gnos de admiração, mas êle
próprio idealizou e auxiliou
a construção de retábulos, al-
tares e vitrinas,

O orago da freguesia é 5.
João: Baptista, que tem no al-
tar mór um formosissimo qua-
dro’da autoria dó ilustre pin-
tor sernachense sr. Túlio Vi-
toríno; na capela-mór exis-
tem uinda as images de N.
S. de Fátima, S. Sebastião e
Ss: Jose. Nos altares laterais,
as imagens de Santa Terezi-
nha, N.S: da Conceição, N.S.

das Necessidades e S. Corayão
de Jesus;

A proposito de S.João Bap-
tista conta-se no Pêso, desde
tempos ‘imemoriais, uma len-
da, tecida pela imaginação
do póvo, produzida, é claro,
pela sua supersticiosidade: nas

 

 

i

te Vilade Rei)

 

margens do Bostelim Esietiu
outrora uma capela de S.
João Baptista, cujo imagem,
mais tarde, foi transportada
para a igreja matriz; diz a
lenda que S. João fugia da
igreja a horas mortus da noi-
tee para se cons que
ele ficasse de vcz no Pêso foi
preciso transportar para: ali
o seu pedestal as havia. fi-
ado na capela n’óxima” do
Bostelim. Da capela — dé S.
João Velho existem apénas
vestígios de sep turas cava-
das na rocha.

A única festividade: solene ,
de nomeada, que se realiza no .
Pêso, é a do S.. Coração: desJe:
sus, em Setembro uai

O adro é muito acanládo
havendo tôda a necessidade
e reconhecida vantagem: de o
alargar paia a banda do nias-
cente, obra tanto nais “fácil
de fazer quanto é certo:
terreno adjacente nada: pro-
duz e fica em nível igualzao
do adro; de resto, tal terreno,
não tem qualquer utilidade
para os seus possuidores, :en-
contr;ndo se abandonado;-Se-
ria um gesto louvável fazer
dêle oferta à igreja ou, «pelo
menos, facilitar a sua cedência.

Alargado depois; o adro; fi
caria sendo um belo recinto
de recreio, eo sr. Padré:Se-
bastião Cardoso seria a: pes-
soa naturalmente. i idicada,
porque não lhe falta nem pa-
ciência, nem gosto, para: O
embeleza-, plantando ali umas
árvores de pe jueno porte mas
de espessa copa e umiis: TO-
seiras, fazendo mesmo uns
pequenos canteiros de flores,
bonitas e variadas, que um
pouco de zêlo mantéria viço-
sas no estio.

O sr. Padre Cardoso é “ma
pessoa de inicintiva e de :;in-
vulgar actividade; põe de dla-
do as sttas comodidades -pés-
soais para se preocupar. “Com
o aformoseamento da igreja
e do adro, partindo do prin-
cípio de que não: se: deve
guardar para âmanhã o que
se pode fazer hoje. Contando
com a boa vontade dos seus
paroquianos e proverbial báir-
rismo dos habitantes e natu-
rais da freguesia, tomou ‘a idi-
cintiva de modificar por-comn-
pleto o adro, construindo-um
b-lo gradeamento em cimen-
to armado do lado da rua pú-
blica; do estilo é autor ‘o pró-
prio sr. Padre Cardoso, que
sé houve com muita competen-
cia e acêrto na suã execução
e acahamento. Esta obra im-
punha-se porque deu ao local
um aspecto inteiramente dife.
rente e além disso porque
o adro fica situado à entrada
da aldeia, causando agora
óptima impressão ao visitaite
que por ali passa. Tam feliz
foi o sr. Padre Cardoso na
sua ideia que tendo sido aber-
ta a subscrição há muito pou-
cos meses, atingiu já quan-
tia superior a dois mil escu-
dos, contribuindo a Junta de
Freguesia com quinhentos
escudos. Dos naturais do Pê-
so, muitos deram seu óbulo
da melhor vontale, numa
manifestação de amor pela
terra natal que os Mentiica e
ennobrece.

O ilustre sacerdote pode dar
por bem empregado o sacri-
ficio que, pessoalmente, tem
feito e esforços dispendidos
em prol de uma obra tum
apreciável, que muito vem
valóriza a perspectiva urba-
na da aldeia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Continua) o
E. BARATA.TA.