A Comarca da Sertã nº132 04-03-1939

DO ED
rem) ipa
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
SERPA PINTO-SERTA
JIBLICA-SE AOS SABADOS
DR. JOSÉ
e DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAT
[o ANTÔNIO BARATA E SSL.
EDUARDO BARATA DaSILVA CORRE
BARATA CORRE ESIALVA ] .
Hsbdomadário regionalista, independente, defensor dos-interêsses da comarca dla Sertã: concelhos de Sertá,
Cloiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesiadse Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação)
GRAFIRA DA SERTA
Largo do Ghatariz
SERTÃ
Março…
1989
POTEOTICA, verdadeira-
“* mente extraordinária
e múitos milhares
que nela tomaram
as muito mais expressio
alto significado que teve,
j y ifestação de 2.º feira,
boa, ao ilustre Presidente
como a coroação da sua
irmanar no pensamento
e dignificar e engran-
Pátria.
tos Nacionais, Casas do
à sua obra.
sses trabalhadoras, das, clasoras,
“exteriorizaramsincera,
que Salazar pode
“sob o sistema corporas
resultados falam mais
tudo quanto aqui :disserrindo
novos hor
a do País,
O
ovou a conclusão da estraigará
Coimbra a Caste.
0, aspiração das Beira
a Litoral, que vão
m, realizado o seu sonho
anos, tantas vezes prosó
o Govêrno de Safornar
realidade.
das duas Beiras tem
sobra para exprimir
o Ministro, tóda a sua
ela grande obra que
da a cabo, pelo muito |
trazà economia e
Es , regiões que serve,
m-se, vizinhos coisolamento.

Orémios: Casas à bapoita
UBLICOU a «Comarca» no seu
número um resumo do projecto de|
decreto publicado nas Gazetas, mas |
ainda não inserto no «Diário do Go- | dito e sem técnica, não pode resistir às fôrvêrno
», regulando a criação dos Gré.|
elho, sr. Dr. Oliveira Sa- | mios e Casas de Lavoira.
0; O importante diploma que se propõe|
admirável na defesa das |integrar a lavoira no regimen Corporativo
trabalhadoras, na sua or- | bem merece o estudo atento de todos os que
o metódica e perfeita, | moirejam na terra, pela alta finalidade que
lecendo abligação entre si|se propõe atingir, ou seja, o desenvolvimenmais
bela fraternidade, con- | to do espirito de cooperação e solidariedade
do interêsses, criando o es- | dos elementos de produção em ordem a uma
cooperação, suprimindo | melhoria de condição econômica e aperfeipas
entre classes que se | Goamento técnico da agricultura.
A organização dos Grémios e Casas de
os Pescadores de todo o | Lavoira é facultiva, segundo os têrmos do
que se associaram as Projecto de decreto. mas é bom co)
balhadoras da. capital, | que o Govêrno, contando com-o ronceirismo
am à excelsa figura de dos nossos homens da lavoira, af
uma pomposa e grandi- | UM ns E enraizado nos
E ã : usos e costumes que de longe
RR estação cieriiinho munindo da dane de Doria a lavoira
Nós não acreditamos,
mo nada, numa organização obrigatória por
fórça de uma disposição legal,
uma forma tam “elevada e trutura actual do nosso condicionalismo
á econômico, a layoiia tem de
MAs /eito da obra já | Para a organização corporativa, sob pena de
a se suicidar,
E’a luta pela vida, é o desespêro de
quem se sente morrer em agonia aflitiva
que a força a organizar-se.
Se os produtores do vinho e do azeite,
“Sob a égide do Estado No- | da cortica e da resina, do cereal e do gado e
hoje operários e pa- do mais que a terra dá, não se aparelham
ódas as actividades nacio- | para a luta, aperfeiçoandc a sua técnica e de
rocurar no trabalho meto- | fenlendo o que tanto lhe custou a grangear, é
denado, dentro de uma | certo que não lhe fica cepa de videira ou ralização
perfeitíssima, a ga- | mo de oliveira e sôbro, nem grão para deitar
ja dos seus direitos, valori-| à terra ou pinheiro capaz de resistir ao mea
produção e, consequente- | nor vendaval desencadeado em noite de in-
SONETO
ilustre titular das Obras | A minha alma era um lago.
Públicas e Comunica- Beni ia no Rai n
; ateu-a, transformou-a, e êsse ardor
RR rd e Déixou-lhe um travo amargo de saiúdade.
mimentos afectivos das | à organizar-se.
“Na mão de Deus depuzo meu destino. |
“os «Povos da| —— E Did E
IMPRENSA Funcionalismo
| Foi nomeado chete da Sectência
o.
| vernia, nem nada do que é sustento dos seus
e riqueza da Nação.
Desorganizado, a lutar sósinho, sem créças
organizadas, aparelhadas com grossos
capitais e providas de saber feito da experiência
dos negócios, na ânsia de maiores lucros.
Exemplos? Mas são aos montes, às
carradas. Os mais frisantes andam aí diante
dos olhos de quem os quer ver. O caso das
carnes é frisante. Resolveu o grémio dos
marchantes fixar o preço por que hã-de pagar
à gado nas feiras, e jura e bate pé que
não dará mais um ceitil. O preço & de miséria
para a lavoira, é a ruina da pecuária, e
sem vantagem para o público consumidor
que ainda não deu pela baixa forçada do gado
nacional,
É assim mesmo.
Os marchantes estão fazendo um negócio
chorudo a raiar pelo latrocinio à custa da
lavoira, que não pode resistir, defendendo-se
capazmente, por não estar organizada
K’ o caso da guerra acintosa aos nossos
moinhos, velhos de muitos séculos, que a
pouco e pouco vão sendo sacrificados em
holocausto a maiores lucros da moagem
organizada corporativamente
a * x
Està de parabens a lavoira pelo seu estatuto
Corporativo. e de louvores S. Ex* o
Ministro da Agricultura queo vai fazer promulgar.
Se nos for possivel, ao projecto de
decreto faremos ligeiras anotações, simples
reparos de um modesto lavrador que só
deseja ver entrar em vida desafogada a maior
e melhor fôrça da Nação- a lavoira de
Portugal
JOAO JUNIOR
A tempestade
Das esperarças e das lutas, da ansiedade
Que a agitaram num vendaval de dôr,
Quando hoje, serena, sem rancôr,
A lição dada á minha mocidade.
Sinto em mim uma paz dôce e bemdita;
A minha alma, liberta da desdita,
E’ outra vez um lago cristalino.
Já vai longe essa vaga de tortura E
Que me encheu de tristeza e de amargura:
ANA MARIA
z
| Este número foi visado pe
Pena
diea dFei naRein çaos odor coanmceelth)o j Comissãfot s de deCiteo nsunina: ra
ta Castelo Bramoo
da lápis
S Casas ilo Povo do” Pêso”
e Sernache do Bomjar:
dim fizeram-se represéntar cor
dignamente na grande pune
tação ao sr. Presidente do Cons
selho, de 27 de Fevereiro. f
OP CEO
RR SE “rio”
nosso vêcran, na 2º
feira, o filme «Fidalgos da Casa
Mouriscav. Bom casa, so “inferior
ada «Revolução de Mesos:
Porque era portuguesa sunita
mental, “a fita atraiu ibid
gente. pe
Houve quem! gostasse muito;
porque a maior parte nosso ‘pwblico
prende-se com o romances
com o enrêdo; como ?sentimentalismo
piegas, tanto da’ nossa éno
dole. ENT ie
De uma ligeira’autoapreciação’
verifica-se, com toda à evidência,
que anova produção Likenitid.
gráficaldos «Fidalgos= perder:
aquele cunho tank portiguésé !
tam ingênuo que” se pespira “da
roimanco de: úlio“ Dihiz, “agito g”
viver das nossas! gentes) fidilços
e lavradores, aristocraciãve Plebe;
do século passado, ‘aquelé buritaf
nismo arcaico tam nosso, “sopesa”
do pelo escritor em tóda a ‘suá?
obra. Júlio Deniz foi o criador
do romance naturalista em Pórtugal
e as cenas dos seus livpos’
acusam um observador perspã
cag, delicado e exacto qu alia
portuguesas observom “às tipos
com que enriquecem a gal pad pus
tabilissima dos sews romances,
Assim, esperávamos sentir e
perscrutar q alma da gente minhota
do século XIX em tôda“a
sua pureza. Tal não sucedeu. Os
hpos aparecem -nos abastardados,
inodernizados, perdendo a origix
nalidade, As seges, as tipoias,
são substituídas por automóveis,
a indumentária da época pelo
ue há de mais hodierno, bmobiiário
tam característico daquele
tempo, subsiituído por trastes da
mais requintado luxo dos nossas
dias; tractores e alfaias agrioge:
las, inadquados. É E
Não esta no domínio de uma
pequena «nota» escalpelizar com
maior detença o filme,
Bom, para nós, o desempenho
ca fotografia. Mais nada.
He
ms
A
“FEVEREIRO enganou a
máãi ao soalheiro»
“Enganou a mãi, o paie a nã,
todos, que nos temos visto aflitos.
com estas mudanças de. tempera-
| tura: dias de belo sol, primaves
“| ris, madrugadas e noites frigi
díssimas, ventanias desabrida :
uma porção de armadilhas que
le arma ao mais pintado, irireo.
sislíveis a ques» não estiver
parado, – escudamtosse cuntra”
arremetidas traiçociras. a
e,
“ANUN cio
(1.º Publicação)
No dia 12 do próximo mês
de Março, pelas 12 horas, à
porta do Tribunal Judicial
a comarca se há-de proà
urrematação em hasta
bis lica dos prédios a seguir
designados e e pelo maior lanço
9ferecido acima do indicado:
– PREDIOS
1.º— Terra de tultura com
“oliveiras, pinheiros e mato e
uma casa de loja e sobrado,
o Vale Salgueiro, limite das
ns à descrita na Conservatória
sob o n.º 16.037, Vai
pela pr vez à praça no
valôr de 1.800)
oe sas de habitação,
forno Oser pão e quintal
com “oliveiras, no logar do
Cazal das Pombas, Descritas
na Conservatória sobo nº—
16.038, Vai pela primeira vez
praça no valor de 1.200$00.
30 Terra de cultura com
videiras e oliveiras, ao Vale
da Cavada, limite da Aldeia da
Ribeira, descrita na Conservatória
sob o n.º 16.030 vai
pela. primeira vez à praça no
ri “de 180500.
4º— O direitoe acão a três
quartas partes de uma terra
“de cultura com oliveiras e
mato e pinheiros, no Vale
Salgueiro, limite das Pombas.
Descrita na Consevatória sob
o n.º 26,697. Vai pela primeira
vez’ a praça no valor de 350800.
-5º— Uma pequena terra
com duas cerejeiras e duas
tanchoeiras, no sitio da
Panasqueira, limite do Maxial
da Carreira. Descrita na
Conservatória sob o n.º 27.530.
Vai pela primeira vez à praça
no valor de 10800
jo Terra de cultura, mato é
pinheiros, nos Colvat »s, limite
das Pombas. Descrita na
Cunservatoria sobo n.º 27.531.
Vaípeéla primeira vez à praça
no Yalor de 400800.
:-Penhorados na execução
‘de sentença, em que é
exequente Antônio Francisco
Sardeira, da Varzea ‘dos
Cavaleiros, ‘e executados Joaquim
Martins e mulher e outro,
dó logar das Pombas freguesia
‘da Sertã,
São por este meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à arremaar
14 de Fevereiro de-
RO Verifiquei
o Juiz de Direito 1.º Subst,,
– Carlos Martins
i O. Chete da 1.º Secção,
José Nunes
x
F ra ncisco Mateus
“Solicitador Judicial
— SERTA
: “COFRE
Em stado novo, vende-
Se. Nesta redacção
se diz.
mi
ad no
jim
Aueitos da rogo da Srtã
COMARCA DA SERT’A
ANUNCIO
(2.º publicação)
Por êste se anuncia que no
dia s do próximo mez de
Março, belas doze horas, à por:
ta do Tribunal Judicial da comarca
da Sertã, se há-de proceder
á arrematação em hasta publica
dos prédios abaixo designados
que vão à praça por
qualquer valor,
PREDIOS
“1.º—Uma casa de habitação,
um pequeno quintal e um bardo,
no lugar dos Maxiais, freguesia
de Sobreira Formosa.
“Vai pela terceira vez à praça
por qualgner valor,
2.º—Uma pequena terra com
duas oliveiras no sitio do Chão
do Linho, limite dos Maxiais,
freguesia de Sobreira Formosa.
Paia i pela terceira vez à praça
por qualquer valor.
3º-—Uma terra de mato com
oliveiras inferiores, no sitio da
Cór Grande, limite dos Maxiais,
freguesia de Sobreira Formosa.
Pai pela terceira ver á praça
por qualquer valor,
Penhorados nos uutos de execução
por custas e velos que o
Ministério Publico move contra
José Ribeiro, vivo e suas filhas
menores de nomes Te eza do Rosário
e Maria do Acsário, moradores
no lugar dos Maxiais,
freguesia de Sobreira Formosa.
São por este citados quaisquer
credores incertos para assistirem
à arrematação néêste
anunciada.
Sertã, 18 de Fevereiro de 1939
Verifiquei
O Juiz 1º Substituto,
Carlos Martins
O Chefe dar: Secção,
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ANUNCIO
(2.º Publicação)
Faz-se saber que por este Juizo
é terceira Secção correm éditos
de trinta dias, a contar da
segunda e última publicação
do respectivo anuncio, citando
os interessados incertos
que se julguem com direito
aos bens deixados por João
Lopes Cardoso, falecido no
dia dezanove de Janeiro último,
no estado de casado
com a justificante D. “Maria
de Jesus Marçal, tambem conhecida
por Maria de Jesus
Marçal Lopes Cardoso, ou
simplesmente Maria de Jesus,
viuva, proprietaria, o qual
era domiciliado no logar do
Monte Fundeiro, onde faleceu
para no prazo de vinte dias,
findo que seja o prazo dos
éditos, impugnarem, querendo,
a acção de habilitação
proposta pela mesma viúva
do justificado, e em que ela
pretende habilitar-se como
única e universal herdeira de
seu marido, sob pena do processo
prosseguir nos seus termos,
e de não poderem apresentar
qualquer opusição findo
que seja o prazo acima
referido.
Sertã, 22 de Fevereiro de 1939.
Verifiquei
O Juiz dê Direito,
Armando Torres Paulo
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Armando António da Silva
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Ro
i
, António Domingos Balondo
feia), José Boourão
e Demétrio Car-
, D. Fausta Costa e me
l Marinha Merdes; 9,
asimiro.
Parabens. ig on
da Sertã
fomou posse no pretérito
417, a Junta de Higiene do
celho da Sertã, composta
srs. João Nunes e Silva,
idente, dr. Angelo Hen-
O ro neves,
e, dr, P. de Matos iNeves,
ector de Sanidade Pecuáe
Antônio Coelho Guimacomo
representante do
ectuou, logo após a posse,
primeira sessão, tendo
hido para secretário o
r dr. Matos Neves e resolram
submetidos à sua
ciação os projectos rela-
; à construção «las esco-
| nas povoações de Amioso
Outeiro da Lagoa (Sertã) e
hitério da freguesia do Mareiro;
e ao abastecimento
ua ao Chão da Forca,
eiro Fundeiro, Mosteiro
neiro, Castelo Velho, Pi-
Pereiro, Mata Velha e
lyeu cometer aos srs.
legado de Saúde e Inspecde
Sanidade Pecuária o
argo de verificar se os lo-
8 indicados naqueles protos
satisfazem as condições
icas requeridas e, cum-
O êste requisito, informar
entidades competentes; so-
Jicitar da Câmara Municipal
Um subsídio para deslocação
rente às respectivas vistos;
€ pedir à mesma enti
dáde para que, em futuros
Projectos, seja ouvida a opi-
-Bião do sr, Delegado de Saú-
“de antes da escolha dos locais
captação de águas, coloão
de marcos fontenários
“construção de cemitérios.
O
ira “Ne camionetas entre
Sertã e Figueiró dos Vinhos
êrca desta carreira, que
deve inaugirar no dia 22
corrente, informam – nos
é o sr, António Simões, do
» cedeu os direitos de
Xploração aos industriais srs.
Viriato de Barros, Manuel
arros e Pinaz, de Castaheira
de Pera.
“Dentro de breves dias os
ionários devem vir à
e a Sernache do Bomim
para traíiar da orgaçãoe
instalação dus agên-
E)
Xp
AGOGADHO anavnoo coan o anpDDGaGaDOD
anco Espírito Santo e Goir
de Lishoa
esmo tempo que nos
e os serviços da sua
em Figueiró dos Vidiz-
nos que ela iniciou
s operações em 23 de
eiro, tendo suficiente
nomia para poder efecsem
demora, o desconto
comerciais, a aberntas
caucionadas,
panha,
passar e apresenta, em esbecial,
UMI O ig

PESO, 2 – Com 94 anos Eileceu nesta localidade no
passado dia 17 o sr. António Farinha Portela, proprietário
ur residente, que deixa vinva a Ex.ma Sr à D. Luiza de
esus.
O extinto era pai do grande benemérito desta terra
sr, Manuel Farinha Portela, prestigiosa figura do nosso
concelko, onde exerce o cargo de Presidente da Câmura Municipa/
e da Direcção da Casa do Povo de Peso;e dos srs
António Farinha Portela, Américo Farinha Portela, comerc’antes
na Provincia de Angola; Eugénio Farinha Portela,
João Simões Portela, proprirtários nesta aldeiu, deixando
viva saudade em todos que o conheciam. O sr. António Farinha
Portela era dotado das melhores qualidades de caracter
e possuidor de um coração extremamente b n ‘oco.
seu fune al que foi acompanhado
à última morada por muitas
centenas de pessoas, entre elas as de
maior relêvo dêste concêlho, consti
tuiu uma: s-ntidissima manifestação
funebre.
A! familia enlutada, a quem
ae mpanhamo: em tão doloroso volpe,
aqui deixamos a exptessão do nosso
sentido pesar,
(€)
«A Comarca da Sertã» acoinmuito
sinceramente, a
ilustre familia entutada no doloroso
transe por que acaba de
ranés da
Falecimento
tes Oitavo my
Antonio F. Portela
ao seu bom amigo sr. Manuel Farinha Portela a
expressão muito sentida do seu profundo pesar,
Victima de Agressão?
PESO 20 —Hã cerca de oito dias caiu à
mente doente o menor de 16 anos, de nome Pedro d’Olivei- ra Brito desta localidade, Prontamente socorrido pelo
distinto clinico Municipal sr. dr. Ponçes de Carvalho, todos
os seus esforços foram baldados para o conseguir salvar —
tala gravidade do seu estado, Na opinião do referido médico
o infeliz rapaz tinha graves lesões pulmonares e uma
osteomilite no humero, consequencia de viulentas pancadas
recebidas,
Interrog :do.o enfermo não tardou a confessar que fô- ra, de facto, agredido há alguns mezes na oçasião em: que
se ocupava nos trabalhos de calcetamento das ruas desta aldeia, pelos irmãos Izidro de Oliveira e Joaquim de Oliveira,
r’spectivamente de 16 e 10 «nos, filhos de Guilhermina
cama grave-
Comarca
(NOTISIARIO DOS Nossos CORRESPONDENTES
desta freguesiã, e que nunca divulgou o sucedido pelo facto
de ter sido ameaçado de morte se tal fizesse, Porem, isto
passou-se em Setembro úilimo e até à data em que recolheu
à cama nunca mostrou os mais leves indícios de ter
sido victima de qu ‘Iquer agressão, trabalhando sempre, o
que nos parece inverosum 1 se tal tivesse acontecido. Ê
O desventurado rapaz v io a sucumbir ontem-e na hipotese
de que a causa da morte fôr: originada em consequencia
da agressão de que se disse victima, as autoridades
judiciais tomaram conta da ocorrencia, ordenando
a remoção do cadaver para a Sertã, sede da comarca,
a-fim-de ser submetido a autopsia, cujos resultados são
aguardados nesta freguesia com o mais vivo interêsse, onde
a opin’ão pública emite as mais va-iadas vpiniões ácerca
do triste acontecimento.
t
[er
A sede da Casa do Povo de Peso vai instalar-se
em edificic próprio
PESO, 21— Sua Excelência o Senhor Ministro ds
Obras Públicas e Comunicações acaba de conce er-nos por
Portaria do Divrio do Govêrno de 10 do corrente à quantia
de 22,510840 para a construção da no.sa Casa do Povo:
Por êste motivo a sua digna Direcção oficiou áquele
ilustre membro do Govêrno e ainda ao Ex.2′ S, Governador
Civil do nosso distrício, testemunhando lhes o seu
maior reconhecimento e o de todos os associados que neste
momento rejubilam com tão grande acontecimento.
s obras vão iniciar-se muit» brevemente e estamos
certos que uma vez construída a verdadeira Casa do Povo
e nela exista todo aquele bem estar e contórto que a mesma
nos poderá proporcionar, os seus sócios sentir-se-hão
cada vez mais satisfeitos com tão útil instituição, e o número
daquêles aumentará considerávelmente mais. Bem haja
pois o ilustre de Ministro das Obras Publicas por tão grande
beneficio que se dignou conceder-nos, « para quem nêsie
momento vai toda a nossa merecida gratidão.
E
PESO, 21—A Câmara Municipal de Vila de Rei em
sua sessão do dia 20 do corrente lançou na acla dois votos
de sentimento, sendo um pela morte de S, Santidade Pio XI
e outro pela morte do pai do seu digno Presidente erectivo,
Sr. Manoel Farinha Portela.
— Foi transferida da eseola do Pêso para a da Fundada a
Ex.ma Sr. D,* Felicia Dias Alves Fernandes.
— À nossa Casa do Povo far-se-há representar na grandiosa de Oliveira e Ernestina de Oliveira, do lugar das Sesmarias,
manifestação que vai promiover-se ao glorioso Chete do Governo
no próximo dia 27 na capital do País,
NOTICIAS
E
Figueiro dos Vinhos
Fevereiro, 2
Omeu bébé
que bonito
que encant
Ao vir à lu
fê-lo Jesu
um santo.
Batunos em acção
No dia 1 do corrente, cerca
das 3 horas da manhã, dois
gatunos tentaram assaltar a
residência da Ex NM Sps Da
Ana, Soares Nunes, Ao serem,
porem, pressentidos os dois
gatunos puzeram-se em fuga.
Já ri ás ve
contando m
só dois…
* a
Ds Bailes na Associação
Tem-se realizado, tod”s os depois.
anos, bailes na A, C.e industrial,
desta vila, pelo Carnaval,
Ouvimos, porem, dizer que
êste ano não hã.
Não achamos razão para tal,
Tôdos nós precisamos de
nos divertir; coisas há que
são permitidas nêste tempo e
não noutros,
Não realizar tais bailes seria
um pecado de bradar ao ceu
que Deus, Nosso Senhor,
não perdo aria,
* Devem pois afcetuar-se
C.
GDDDODDAGLEnaDaDLoanoDas aosnanouanao
Assuntos militares
E” de 13 à 15 de Março e de
28 a 30 de Novembro próximo
e não como, por lapso,
saiu nó último número, que]
se realizam as encorporações
dos recrutas inspeccionados
é escassa
e graça..,
em prece;
uma oração
do coração
que a tece
Butiá Quis: im
mui sorrid
e apurados, no ano findo, no | sem tino…
an concelho, para o servi- Asa dh
o militar. a : Ea E sei “rica, dêste modo. feita a | ULBbOR
necessáiia rectificação.
Gogo abDos ago DADDbOLaDOoo oocosnoDaaas m sena
o —
Ri um momento
e fica atento
Tôda a alegria
da luz do dia
P’ra lhe compor
mimos de amor
O seu olhar .
vale um altar
Fruto de afecto
o mais dilecto
mas inocente…
“IZIDRO ANTONIO GA
Fecundidade
Conceição de Jesus, de 34 anos, |
casada com João Simão, carpinteiro,
residente no Maxial da Estrada,
deu à luz, na noile de ç&
para 6.º feira, 4 crianças do sexo
feminino, uma delas morta e as
outras estão de saride e apresentava
boa compleição.
Foram as hês gémeas baptisadas
na manhã de 6.º feira, tódas
com o primeiro nome de Maria.
Cremos que há muitos anos
não se regista no nosso concelho
um caso, como éste, de tão ex
traordinária fecundidade.
Vive o casal vom as maiores
dificuldades e tôda a gente sabe
o sacrifício que representa o
o sustento e agasalho, simultáneo,
de três criancinhas; por isso
ousamos solicitar – um dequeno
amparo ou auxilio das almas
caritativas para a pobre parturiente
e para as recemnascidas,
tomando nos o encargo de o faser
chegar ao seu destino, !
Deus tomará em devida conta
tudo o que fizerem por esta fainília.
B
(o!
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s
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Pu
x ado as
1
Movimento de’ Dezembro
, na
ORFANOLOGICO– Distribuicão
— 8) Iuventário por
obito de Jacinto Martins, Fro-.
ca. inv, Joaquina Farinha, .
Corga Cego do Amioso; Mar.
tinha Maria Luiza, Azinheira
Oleiros, inv. José Martins,
19) Maria Nunes, Castanheiro
Pequeno, Cumeada, inv.
Luiz Marcelino; Adelina da
Conceição, Cavadas, Sernuche,
inv. Eugénio Pires; Juciuto
Lopes, Faleiros, inv, Maria de
Jesus; Maria de Jesus Martins
Pequito, Labrunhal Cimeiro,
Proença-a-Nova, Manuel Cardoso;
Maria Gonçalves Estes
ves; Atalaja de tevãv Vaga;
Sobreira Formosa, inv. João
Esteves Antônio Martins Pedro,
Amoreira Froença-a-Nova,
inv. Elias Martins da Sile
va;, Joaquim Inácio, Casal É
Formoso, Vila de Rei, inv, é
Maria Luiza Alves; João Inácio,
-do mesmo logar, mesma e
inventuriante; Maria Jastima
da Conceição, Vila de Rei,
inv. Joaquim Gomes Junior;
Josefa da Conceição, Vilar, Vi
la de Rei, inv. M. Matias Viconte,
Custódio Lopes, Matos;
Sernache, inv Ana de poa
Manuel Martins, Moinho do..
Cabo, Yárzea, inv. Maria Dias,
Florinda Maria, Cabecinha,
Vila de Rei, inv. José Alves
Canhoto; Adelino da Conceis
ção, Moinho do Açude de Or- |
dem, Sertã, inv. Antônio Cars ne
doso; Joaquim Mendes, Ou»
teiro da Lagoa, Sertã, inv.
Felisminade Jesus; Carta precatória
para nomeação de lous
vados e avaliação de bena,
extraida do inventário orfanos
logico a que se procede na à*
Vara da Comarca de Lisbea
por óbito de Maria Jesus Cose
ta, em que é inv. Joaquim
Costa Júnior; inventario ora
fanológico vindo do Julgado
Municipal de Oleiros, por obito
de Manuel Gonçalves, Pas
nasqueira, Oleiros em que é
ins. Conceição de Jesus; Idem
Idem por óbito de Manuel.
Baptista, Couço (Oleiros), em.
que é invontariante Maria da
Conceição.
CIVEL — Disttibuição: 2)
Acção suma’ia em que é au.
tor o M.º P.º, como represen-.
tante da Fazenda Nacionale
reus Bernardino Cardoso “e
mulher, Maxiais e Francisca
Josée mulher Rabacinas; Exe- f
cução fiscal contra João da:
Silva Carvalho, Sertã, vinda
de Proença-a-Nova; Execução:
por custas e selos em que é
exequente o M.º Pº é execy.
tado Luiz Alves, Chãó do Los
pes. Acção com processo eês
pecial de divisão de coisa
comum em que é autor Abix
lio David da Silva, Nesperal
e reus Inocência da Silva Lei.
tãoe marido José Leitão, S
nache; Execução hipote
|em queé exequente Nº
Joaquim “Nogueira, Va
Peroiro, e executados M
Marinha Júnior e mu.
Maria Esperança, Brazil, :
Alberto António Peixoto
Com sua esposa e filha
embarcou, no sabado passado,
para Lourenço Marques,
o nosso presado amigo e assinante
sr. Alberto Antônio
Peixoto, distintissimo funcionário
administrativo da Colónia
de Moçambique. | :
Asie aos seus desejamos
uma explêndida viagem e fa-
: zemos votos pelo gozo da
vn | melhor saúde e sempre cres-
YO | cente prosperidade, agrad
aos | Cem to reconhecidos os.
a E Ra E
de despedidas
E Vis de miicdl
dada
ente
Melhoramentos. Regionais á
Pelo Fundo de Desêmprego conçes
deu o sr. Ministro das Obras” Pabiisis
e Comunicações as seguintes verbas,“
| Castelo Branco — A’s Camaras Mus
nicipais de Proença-a-Nova, paracalces
tamento das ruas Pedro da Fonsec
Nossa Senhora, Dr. Silva Faia e.
Praça, 10854570″ | Vila de Rei pai
abastecimente de agua a vila (refô
22 028500-—a Junta de Freguesia
Sobreira Formosa” alPrença-a=Ne
tó de a;
LOURENÇO DA SL
VOGA
COMARCA DA SERTA’
– João Lopes Cardoso
Ermida, 17 — Realizaram-se
na Igreja de Nossa Senhora
da’Esperança da Ermida, no
dia-16 do corrente, solenes
exéquias por alma de João
Lopes Cardoso do: lugar de
Monte-Fundeiro, desta mesma
freguesia, ;
Filho de Manuel Lopes e de
Joaquina Cardoso, modestos
lavradores do mesmo logar
de-Monte Fundeiro, foi homem
de trato afável, bondoso,
sendo não menos enérgico e
activo, criando simpatias em
todos aqueles que o conheciam,
Possuia excelentes qua:
lidades de carácter e a sua
morte foi muito sentida, tantos
dentro como fora desta
treguesia.
oi, além disto, um notavel’africanista
tendo desenvolvido
uma actividade extr&
ordinária nas regiões do
rio Zambeze, Africa Oriental,
onde criou e desenvolveu propriedades
importantíssimas
que hoje estão a cargo de sua
família, o que é uma afirmacão
de vida, alma e raça portuguesa,
em tão longinquas
paragens, onde os laços naturais
de costumes, lingua e interêsses
com a Mãe – Pátria,
serão sempre as verdadeiras
bases duma boa colonização.
“O finado era irmão dos srs.
Antônio Lopes, actualmente
‘* em Africa, Sebastião Lopes,
seu cooperador noutro tempo
é que hoje reside nêste concelho;
tio dos srs. Manuel Ribeiro
Lopes, Abilio Ribeiro
Lopes e Sebastião Lopes Margal,
todos gerindo hoje as suas
propriedades em Africa.
» Era tio da sr* D. arminda
Ribeiro Lopes, estudânte do
Cirso Superior de Letras, de
Lisboa e dos meninos Armando
Ribeiro Lopes é Artur Ribeiro
Lopes, estudantes no
Colégio João de Deus, do Estoril.
i
“rDeixa viúva a Ex.” Sr
D: Maria de Jesus Lopes Margal,
residente em Monte-Fundeiro
da Ermida. I
uva tôda a familia enlutada,
sentidos pêsames.

“Notas hiográficas
Nasceu a 22 de Janeiro de 1878, em
Monte-Fundeiro, freguesia da Ermida.
Embarcow pira o Brasil aos 22 anos
deidade tendo apenas o exame de instrução
– primária. Passados 2 anos regressou
à Pátria, doente e alquebrado,
DR olrau a embarcar nóvamente para a
África Oriental, já um pouco restabelecido
pelos ares pátrios.
Empregou-se como simples servente
de materiais na construção das docas
da cidade da Beira, em Moçambique.
Travando relações com alguns negociantes
de gados, veio a dedicar-se a
êste negocio, fazendo exportações em
grande escala para a Rodésia (território
britânico).
Numa viagem que fez à Rodésia devido
à mosca tsê-tsé, morreram-lhe todos
os gado: ma importância aproximada
de 4 500 libras.
Quando andiva na compra dos gados
encontrou, nas margens do rio Chire,
férteis campos próprios para a agricultura,
Deitando por terra algumas florestas,
cultivou nessas terras, cerca dum
ano, o milho, o algodão, o feijão, o tabaco,
etc,
João Lopes Cardoso
Tendo sofrido varios revezes devido
asecis que sobrevxieram, abandonou
a agricultura, tendo de pedir trabalho
como simples empregado, numa companhia
inglesa,
Obtendo alguns meios com êles voltou
ao cultivo das suas propriedades,
ampliando-as de alguns milhares
de hectares e fundando duas fábricas
—uma de mo igem de farinhas e outra
de cardar e «nfardar algodão, Chamando
para junto de si s*us irmãos, António
e Sebastião, puderam desenvolver
oseu negócio, chegando, assim, por
vezes, a exportar 100 toneladas de farinhas,
por mês, pára regiões próximas
e fazendo o serviço de suas outras propriedades
e casas da região.
Prosperando o seu negócio comprou
um barco, podendo transportar cerva
de 108 toneladas, fora outras cargas de
pequenos burcos conduzidos pela mesma
lancha a qual baptisou com o nome
de lancha Tereza,
Este homem que trabalhon 37 anos
por paragens de Africa e fundou uma
importonte casa, nada encontrou no
seu caminho, de favoravel senão uma
persistência e coragem invenciveis, Com
as luzes que levava só da sua Serra,
cnde nasceu, deu assim um alto exemplo
de amor ao trabalho, e dedicação
pelos seus, voltando a essa mesma Serra,
onde morreu tão simples e modesto
como corajoso foi tôda a vida.
Bem merece que seja lembrada a
sua memória, hoje que tanto se fala em
colonias e tão pouco se faz no sentido
de fixar lá o trabalho, a vida e a alma
portuguesa.
(E)
Pelo Concelho de
“»” Oleiros
““Consta-nos que têm cauto
o maior – contentamento
“gria em todo o concelho
“mas vitórias dos Nasistas
em Espanha. São
iamente as camadas mais
«os, aquelas cujos memos.
válidosn,o tempo da Moarquia,
costumavam ir âqueie
ais buscar O pão que a fa
milita havia de comer, e au
mesmo o que já havia comido,
aquelas que agora se mos-
“fam mais satisfeitas ao ouvir
ler as noticias dos jornais.
“— Consta-nos também que
vai em bom anilamento a orad
do cadastro para
Rinçamento do imposto da
prestação de trabalho—finta
gal, — no qual a maior
te dos srs, presidentes das
tas e regedóres das ‘ frepugtias
tem mostrado a sua
“Boa vontade e disvelo, fazenÊs
um serviço consciencioso |
goórrecto de modo que não
haja motivo para reclamações.
Honra lhes seja,
— Corre ainda que a comissão,
que’no dia 23 do passado
mês de Janeiro, foi a Castelo
Branco tratar de assuntos
do maior interêsse para
o concelho, insistiu peranteo
Ex”º Governador Civil, prin»
cipalmente, sôbre os seguintes
pontos:
1.º— Criação dum posto da
Guarda Republicana, para
residência condigna do quel,
a Câmara oferece residência,
2º — Estudo técnico por
conta do Estado, como. já se
pediu, das obras projectadas,
e que são da mais urgente e
absoluta necessidade.
3.º — Comparticipação daquelas
cujos orçamentos e
projectos já se encontram
prontos.
4º — Autorização do Govêrno
para o lançamento do
imposto sobre o consumo do
vinho e demais bebidas alcoólicas.
-5º—Autorização do mesmo
Govêrno para que possa ser
posto em arrematação o imosto
de carnes verdes. O Ex,Ӽ
3overnador Givil prometeu
patrocinar com o maior disveloe
com todo o pêso da
sua autoridade tôdas estas
Alterações nos livdor reogissto. .
A Rosalina passa a
ser Raul
A Maria já é Mário
e a Leonilde será em
breve Leonel
E aqui está como se transformou uma
familia da Mouqueira… .
Ora vejam lá para que uma
p-ssoa está guardada… Nasce
rapariga e às duas por três
passa a ser rapaz.
O caso não é inédito para a
Ciência. Nós mesmos já aqui
temos tratado de alguns casos
de hermafroditismo, E ainda
há pouco saiu amnistiado da
Penitenciária um homem que
era mulher como largamente
noticiámos há tempo e que ali
estava a cumprir pena maior,
Mas quando surge um acontecimento
desta natureza êle
desperta sempre interêsse.
Foi o que aconteceu agora.
No hospital de ND, Estefania
encontra-se internada Rosalina
do Céu, de 16 anos, natural
de Mougucira, Sertã,
que hà três anos servia numa
casa da rua de Passos Manuel,
em Lisboa,
A Rosalina há dias adoeceu,
Conduzida ao médico pela sua
patroa, o clinico, observando-
a, logo verificou tratar se
de um caso de hermafroditismo,
pelo que a Rosalina do
Céu deu entrada no Hospital
de S. José sendo depois removida
para o de D. Estefania.
Falimos hoje com a Rosalina,
a quem já não sabemos se
havemos de chamar o Rosalino.
Realmente a rapariga
pareceu-nos um «rapaz»,
quer pela sua compleição
anatômica, quer pela própria
vôz.
A doente vai ser submetida a
uma intervenção cirurgica,
seguindo-se depois uma participação
ao sr, enfermeiro-mór
para que êste oficie ao Registo
Civil no sentido de se fazer a
necessária alteração nos livros
dos assentos,
A Rosalina, que poderia ficar
a ser Rosalino, não quer
êste nome e diz que, depois da
operação, se passarãa chamar
Raul. Disse-nos ainda
que, na sua terra, guardava
gadoe se empregava em trabalhos
agricolas. Sua mãe,
Margariga do Céu Farinha, é
extremamente pobre pelo que
teve de vir servir para
Lisboa,
E confidenciou-nos:
— Preferia continvar a ser
rapariga. Mas, como sou
rapaz, paciência. .. Disse-nos
tambem que se inclinou sempre;
mais para os trabalhos
masculinos,
O futuro Raul tem nove
irmãos e dois deles, que eram
raparigas, passaram ao sexo
forte depois de submetidos a
operações cirurgicas. Uma sua
«irmã», de nome Maria, foi
operada no mesmo hospital
de D. Estefania. Passou a
chamar-se Mário, tem hoje
21 anoseja serviu na vida
militar, Também actualmente
se encontra no Hospital de
Santa Marta outra sua «irmã»,
de 17 anos, de nome Leonilde
e que, dentro de poucos dias,
se passará a chamar Leonor,
Nesta estranha familia já
existiram dois casos semelhantes,
com um tio, já falecido,
e com a avó do futuro
Raul,
(Da República)
A
Augusto Dias Lourenço
– Esteve há dias na Sertã,
tendo a amabilidade de nos
apresentar os seus cumprimentos,
o que deveras agradecemos,
o nosso bom amigo
sr, Augusto Dias Lotirenço,
benquisto e considerado coretenções.
ç ua se
merciante na Madeirã.
lino do Podrógio Pequeno
é destruido criminosamente
Assim coma hã pessoas que
vivem pelo azar, hã localidades
como Pedrógão Peg seno
que têm como guia, uma
«caveira de burro».
Temos de reconhecer que a
culpu de Pedrógão Pequeno
não ser hoje uma terra progressiva
em relação à sua importância
pertence unicamentea
3 ou4 pessoas que têm
o arrôjo de se intitularem
«amigos de Pedrógão Pequeno
», mas que jamais se viu
melhoramento algum feito
por êles,
Formou-se em fins de 1936
a «Comissão de Melhoramentos
Pró-Pedrógão Pequeno»,
a-fim-de levar a efeito vários
melhoramentos na freguesia
e pugnar pelos interêsses legitimos
da nossa região.
Enviou essa Comissão uma
circular a tôda a gente que
era desta freguesia ou mantinha
relações de amizade
com ela, sem abrir uma excepção,
Os nomes dos que acudiram
a êsse apêlo foram publicados
nas colunas de «A
Comarca da Sertã».
Mas, dentro em breve, souberam
os iniciadores de tão
boa ideia, que à Comissão de
Melhoramentos foi votado um
odio de morte,
Entrava, é claro, a politica
reles da aldein, o pouco escrúpulo,
o despeitó e a vingança
de nada deixarem fazer,
E tudo por que não estavam
nafreferida «Comissão»
Iam fazer-se melhoramen-
TOSA
Que raiva lhes causava!
Va de fazer o que Mafoma
não disse do toucinho… para
ver se não se fazia mais
nada.
Os famigerados do mal podem
ser poucos, mas como o
mal corre mais veloz do
que o bem, va de dizer mal.
A referida Comissão requere
à Comissão Administrativa
da Junta de Freguesia para
restaurar o Pelourinho da vila,
(em Dezembro de 1936).
Procede-se ao estudo, levantamento
da planta e realizase
a restauração do Pelourinho.
Os ódios inf lumam-se contra
a junta de Freguesia, contra
a «Comissão de Melhoramentos
» que sempre apoiou
o alvitre da restauração.
Os trabalhos prosseguem
como é de justiça, porque lá
diz o ditado: «vozes de burro
não chegam ao ceu» e nêste
caso; vozes de ébrios não
chegam até às pessoas de
bem».
O Pelourinho estava coneluido
em 29 de de Julho de
1937, data em que passou a
ser monumento nacional e ficou
à guarda da Junta.
Os nossos ouvidos ouviam
mais duma centena de pessoas
louvar a obra da Comissão
DOENTES
Tem experimentado sensiveis
melhoras, com o que muito
folgamos, podendo considese
livres de perigo, u sr* D,
Conceição da Silva Baptista
e Gustavo da Silva Bártolo.
—As mudanças bruscas de
temperatura que se têm vindo
suporiando nas últimas se.
manas, sucedendo.se à dias
de bom sol noites e madruygadas
piaunaigos, provocaram
na Sertã muitos casos
de gripe, felizmente sem carácter
grave, encontrando-se
muita gente de cama, espe.
Administrativa da Junta de
Freguesia.
vimos dizer que cinco pessoas
tinham ido pedir ao “Br,
Governador Civil do Distrito,
Pelourinho.
cia o Governador Civil’ veio
aqui mais tarde ver o Pelourinho.
sôbre o assunto, porque estã»,
vamos ausentes, mas certamente
havia de achar que à
local onde eslava era o mslhor
que na actualidade ‘ser=
lo da autonomia de outros
tempos, á
Os dias passam e’o ódio
cendo, até que na noite dé
quarta-feira de cinza—dia 29
para 23— vai de deitar abaixo
o Pelourinho,
minosas que o deitaram abaixo
?
Possivelmente aqueles que
na véspera declaravam que
agora só faltava deitá-lo por
terra e os que sabiam onde:
estava o calabre bom para
isso…
Certamente os que vendo:
se irredutiveis nos seus ódios
vesgos e insatisfeitos tripus
diavam na sombra dando
largas às suas ruins paixões:
Lá que
ainda se compreende.
Mas que se destrua: criminosamente
o que tanto dis
nheiro custou, é malvadez quê
se não pode e não deve perdoar.
i
Achamos
cobri-los.
Requisite-se a policia-de In;
vestigação e ela desvenderá
por certo, a; verdade,
A população da freguesia
é, na sua maioria pacata, hs
milde, ordeira, temente a Deus
e à Justiça.
que será fácil des-
,
Mas há quem se ria do mal
alheio, quem não veja a ins,
trução com bons olhos, quem
zombe de Deus e até já se
distribuiram panfletos contrá
os padres e tenha escrito” int
conveniências contra êles’ pe. –
las pedras laterais à estrada
que conduz à Capela da Sr?
da Confiança. o)
E ainda quem pintasse jn-‘
conveniências no. Pelourinho
por mais de uma vez,
Deus não Dorme, o
“Salazar vela: também: “pela
integridade da nossa Patria 8
não quere que se cometamactos
dêstes. Ro
E os homens de bem “pos
dem ainda um dia entregar
nas mãos da Justica ‘êsses
criminosos a quem a Fregue:
sia verbera indignada e pede
que se faça Justica aquem
tão nefando crime praticou,
Fevereiro de 1939,
fogios
Arciprestado da Sertã
Como dissémos no passado
número, o Rev. P.º José Bap«
tista, por falta de saúde, viu
se obrigado a deixar de exercer
as suas funções de coadjutor
da freguesia, da- Sertã;
parã o seu logar foi escolhi
do o Rev.º P.* José Francisco;
da Várzea dos Cavaleiros, ti:
cando cumulativamente a paroquiar
aquela freguesia ea
cialmente crianças.
ER
| do Marmeleiro o Rev.º P:-
José da Silva Viana, 4
Um mês talvez depois, ou-.
Sabemos que sua Excelên-.
Não sabemos o que disse .
via para se levantar o simbo–
mortal ao Pelourinho vai cresa
Quem foram as mãos crinão
façam nada”:
Quem são os criminosos?
autorização para tirar dali o «