A Comarca da Sertã nº124 07-01-1939

PIRECTOR, EDITOR
Eduardo Panrata ala Tilva [de
E PROPRIETARIO
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
UA SERPA PINTO-SERTA
PUBLICA-SE AOS SABADOS
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
| DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA
na se ComposJt o ia m8] prassede
E GRAFICA DA SERTA
| Largo do Chafariz
| SERTÃ
Ná madrugada de 25 de Dezembro,
ai por volta
“das2 horas, dois rapazes do Pi-
“coto vieram à Sertã, aflitíssimos,
em busca de um médico, porque
uma pessoa de família adoecera
mtinamente e reclamava imelata
assistência. Os socorros uriam;
não havia que perder temo.
O clínico, ouvidos os rapazes,
ordem para se arranjar um
automóvel, o modo mais fácil e
rápido de fazer a condução, e en-
= lretanto preparou tudo para a vi-
Mas…áquela hora, onde estava
o carro?
Como os rapazes sabem aonde
moram os motoristas, não tiveram
dificuldade em procurá-los. Surpiu
0 azar; alguns automobilislas,
donos dos carros de aluguer,
não estavam na vila e os únicos
dois encontrados não podiam ir,
porque não tinham luz nos
carros!
Ante a dúsida e a coincidência
afirmações, os portadores do
Picoto, rejeitos, indispostos e
irá revoltados, viram logo que
que não havia era vontade de fa-
Ber O serviço ou então o receio de
não receberem o dinheiro; e espitarados
por esta ideia, vergados
“o pêso duma bem compreencivel
rgura por não se desempeem
satisfatoriamente do encargo
que os obrigou a vir tam
ge, demais quando estava em
O uma pessoa de família,
laram à queima roupa:—Nós
os o dobro do que os srs.
mam levar e adiantadamente.
não, responderam os simpá-
Os interpelados, não podia ser.
não havia luz…O melhor era
DT De RA
cultativo a sua odisseia, e éste,
ecido também e sem nada
“fazer, convidou-os a descanar
em sua casa até de manhã.
Ceitaram e, horas depois, lá foram
todos ao Picoto.
— Acontecem coisas destas na Ser-
! época actual, com desprezo
mais elementares princípios
de humanidade.
* Comentários não fazemos, porque
não vale a pena, tanta vez
os trazido à baila casos desta
Natureza, que são uma vergonha.
Cala qual pode tirar as conclu-
— Ses dis parecerem mais justas,
Remédio só pode ser dado, a
O ver, depois de posto em vlé
Sem nos querermos . meter
ão somos chamados, 05 méda
Sertã não podiam dispor
um ou dois cavalos para vistcm
as seus doentes, evitando
tur em transportes automo-
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos intersses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, 7
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei, e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) Janeiro
19329
SERTA, minha ferra nafal
9 sempre grato ao nosso espirito dizer
qualquer coisa a respeito da nossa
terra, do torrão abençoado que nos
viu nascer, que nos foi berço, onde
soltâmos os primeiros vagidos, onde
recebemos tamaninos as primeiras afeições,
onde aprendemos as primeiras letras,
sob o olhar carinhoso do nosso professor e
q desvanecimento, sempre crescente, dos nossos
pais. E” ainda no nosso torrão natal, que
criamos os primeiros amigos, os amigos da
nossa infância, cuja recordação mantemos
pela vida fora numa grata miragem ou numa
saiúdosae longinqua recordação; e já depois
de sairmos da escola, homemzinhos, aspiramos
a alguma coisa de grande, na emergência
de um vôv que nos conduza à realização
dos nossos sonhos, das nossas aspirações,
da nossa razão de ser, com a ambição
suprema de nos devotarmos à nossa terra.
Mas, seja qual for o ponto onde nos encontremos,
afastados da pátria, nó Continente
mais distante, a imagem da nossa terra
natal mantém-se incessantemente na nossa
retina, num vislumbre enternecedor, numa
visão encantadora e grandiloqua, e quanto
maior for a distância que dela nos separa,
mais se arreiga no nosso espirito o carinho
e a dedicação que nutrimos por ela.
E ao fim de alguns, bem longos anos de
ausência, que prazer e que alegria quando a
ela voltamos! Parece que nos acolhe com os
seus melhores sorrisos, abrindo-nos os braços
para nos dar um entusiástico amplexo,
saudando-nos com efusão, com desvanecido
orgulho, como a dizer-nos: «Sêde bemvindo,
meu filho!»
Os rostos de todos os habitantes, mostram
alegria pelo nosso regresso, parecendo,
ao mesmo tempo, que receavam o nosso esquecimento,
a nossa ingratidão pelos carinhos
recebidos quando pequeninos! E ao entrarmos
no lar pátrio tudo é conforto, alegria,
bem estar. Vêem-nos à mente mil recurdações
saiúdosas dos tempos idos, dos tempos
da nossa meninice, do tempo em que acalentávamos
as mais ingentes esperanças, os
mais fugazes sonhos…
* * ”
Sertã, minha terra querida, meu torrão
abençoado! Como és linda, princesa das Beiras!
De belezas imcomparáveis, rivalizas com
as terras mais belas de Portugal…
Os montes que te rodeiam, cobertos de
exuberante vegetação, parece guardarem-te
aváramente, como ovantes e altaneiras sentinelas,
inabaláveis nos seus postos! Os teus
feracissimos vales são penhor seguro da tua
abastança. Os teus olívedos são a fonte preciosissima
da tua riqueza. As várzeas exteneissimas
que te cercam, abeberadas de água,
mimosas de viço e frescor, são de uma fertilidade
inegualável. O teu solo, inexplorado,
deve guardar riquezas sem fim.
Lá no alto, a Bela Vista, de vasto horisonte.
Mais álem, muito ao longe, o Picoto Rainho,
erde-se por entre as brumas, em escarpado
quási inacessível. A’quem, a Senhora dos Remédios
ou a Senhora do Meio, de suave memória,
com a sua engraçada capelinha, onde o
místico Nuno A’lvares Pereira, guerreiro e
santo, nos curtos intervalos das lides da guerra
com o Castelhano, ia em oração, pedindo
à virgem protecção para o pequenino Portugal.
São João do Couto, que nos traz à memória
as velhas romarias, com os seus bailaricos,
os seus folguedos, onde as raparigas serranas
punham a vibração álacre dos seus cantares
ea côr garrida dos seus vestidos de festa…
No teu seio afagam-te lindos passeios,
que são o teu enlevo, a tua ternura: a Fonte
du Pinta tão agradável, tão cheia de luz, de
magia, coma sua magnifica água férrea, convidando
os namorados aos seus mais ternos
devaneios; a Carvalha, extensa alameda, com
o seu frondoso arvoredo, a pedir, como que
num queixume, o carinho dos que a vêem
tão só, tão abandonada, quási engeitada! O
Miradouro, soberbo e altivo, lançando as suas
vistas sôbre todo um extenso e variado panorama,
do matiz mais variegado, vastos pinheirais
e matas formosas de eucaliptos, na
outra margem da Ribeira Grande, O Adro,
tão familiar, tão cheio ds suavidade, com as
suas velhas árvores, por entre cujas franças
se côa a luz do sol nas brandas manhãs de
estio. O Castelo, há pouco erguido, de cujas
ameias se ávista um panorama deslumbrante,
de grandeza admirável, lembra as remotas
eras, perdidas na noite dos tempos, em que
outro ali existiu, qual baluarte inexpugnável,
para defeza deste glorioso pedaço de terra
portuguesa, em que os lusitanos empenharam
a honra ea vida e Celinda se nos
apresenta como o exemplo vivo de sagrado
patriotismo, quási lendário…
A teus pés, beijando-te meigamente, correm
duas ribeiras e uma infinidade de
arroios, de cristalinas águas, quási sem murmúrio,
parecendo querer descançar depois de
correrem largos desvios, através de córregos,
vales escarpados, profundas brenhas, numa
extensão enorme, anciosas por se enlaçarem,
á procura de um destino comum, igual, que
ponha termo a tanta tortura…
* * “
Situada em uma pequena elevação, o seu
casario desdobra-se, estendendo-se e serpeando
as vertentes e os vales limitrofes, num
acidentado pitoresco e característico, que lhe
dà graça, que lhe dá encanto, contribuindo
assás para um conjunto de pontos de vista
dó mais belo é atraente panorama, da mais
interessante policromia.
a * *
Se fôsse poeta, dedicar-te-ia o meu estro;
mas, apesar-da minha prosa tão humildé, não
me cançarei, contudo, de apregoar, com calor
e entusiasmo, as tuas inolvidáveis e peregrinas
belezas,
Como te adoro, minha querida Sertã!
E. BARATA
não sucedesse? :
Isto é apenas e simplesmente
uma lembrança e não vá ser tomado
à conta de sentença,
Compreende-se prefeitamente
que o iso se sim de tôdas
comparticipação
cia rápida e efectiva aos seus doen- ut qnuilas vezes não existem
existem, mas é como tal les,
at
sr. ministro das Obras
Públicas concedeu a
Junta de Freguesia de Vilar Bartôdas
|roco, concelho de Oleiros, para
as cautelas para prestar assistén- pn de água à povoa- | por Sernache, Carvalhos e Bairção
do Vilarinho,
ER 19 de Dezembro, Antonio
Simões, do Avelar,
pediu a concessão da carreira regular
de passageiros entre Figueiró
dos Vinhos e Sertã, passando
de 8.390800 à
..a lápis
HAMAMOS a atenção da
Junta Autónoma das Estradas
para a necessidade de se
colocar uma placa indicativa do
trajecto para Castelo Branco, d
entrada da ponte de Santo Amaro,
facilitando-se o percurso dos
automobilistas que não dãoa volta
pela outra ponte; existe aquela
placa no Largo Ferreira Ribeiro,
mas, como se vê, não é suficiente.
MARAR
(Reno já dissemos por mais
de uma vez, entendemos
que a ponte de Santo Amaro devia
ser exclusivamente reservada
ao trânsito de peões enquanto não
fôsse alargada.
O seu pavimento está cheio de
covas, convindo que se repare com
urgência porque, assim, pode causar
prejuizos aos automóveis que
por ali transitam.
AME ARERA
EMBBAMOS à Câmara a
necessidade dese proceder
à reparação das calçadas da
maior parte das ruas da vila.
AAA
SE se verifica que a maior
parte das ruas da Sertã
estão deficientemente iluminadas,
havendo becos e travessas em com»
pleta escuridão ou quási às escuras,
em todo o caso não se dispensaram
de colocar lâmpadas na
recta do Pinhal e a uma aprecidvel
distância da estrada da vila,
que é onde fica a casa do sr. José
Tavares,
Coisas qne ninguém percebe,
ARA GEO
or virtude do mau tempo
” não se efectuou o desas
fio de futebol entre os «Galitos»
de Figueiró dos Vinhos e a «Aca.
démica» local, anunciado para o
pretérito domingo.
Nós perdemos o ensejo de passar
umas horas de agradável entretenimento
e os estudantes, que
compõem a Académica, livraramse
de uma boa «tosa»,
O que se pode esperar de rapazes
que não têm treino, que não
praticam o association c que, &
maioria, não tem as condições fls
sicas necessárias para praticar
tal desporto, violento por nature
za?
DLL
Nº próximo dia rs tem togar,
na Sertã, uma radas, grande feira anual,
pr clima Mago” quado
Menina Maria da Piedade Serrano
ecrologia
Faleceu na Folga, Proençaça-
a-Nova, em 3 de Dezembro,
a menina Maria da Piedade
Serrano, de 16 anos, filha do
sr Luiz Lourenço, e da sr*
D. Mária do Rosario Serrano,
irmã do nosso presado amigo
sr, Joaquim Lourenço Serrano,
empregado na Companhia da
Zambézia, em Maguival (Afriça
Oriental), dos srs, Luiz e
Adelino Lourenço Serrano, D.
aria do Rosário e D. Maia
de Jesus Serrano, residenna
Folga.
Manuel dos Santos
No dia 7 de Dezembro faleceu
em Tomar, onde residia
há muitos anos, o nosso presado
patrício e amigo sr. Manuel
dos Suntos, siderotécnico,
José Feijão Junior
Na madrugada de 21 de Dezembro
faleceu em Vila de
Rei, onde exercia as funções
de tesoureiro da Fazenda Publica,
o nosso presado amigo e
assinante sr. José Feijão Júnior,
de 37 anos, natural de
Castelo Branco.
Funcionário distintissimo,
dotado das melhores qualidades
de carácter, de afabilidade
pouco vulgar, o sr. Feijão
era muito estimado em Vila
de Rei eigualmente na Sertã,
onde desempenhou o mesmo
cargo.
O funeral foi muito concorrido,
encorporando-se nêle
pessoas de tôdas as candições
sociais de Vila de Rei e muitos
cavalheiros de Proença-a-
Nova e Sertã, tendo-se organizado
diversos turnos, fezde
representar a filarmónica
aquela localidade. .
Deixa viúva a sr. D. Maria
da Cruz Cardoso, distinta professora
em Vila de Rei e duas
filhinhas muito interessantes,
uma de 3 anose outra de nove
meses, que eram tôda a
sua alegria
A’s familias enlutadas apre
sentamos sinceras condolências.
José Maria Ramos Caeiro
Após prolongado sofrimen
to, faleceu no dia 23 de Dezembro,
na sua residência em
Lisboa, Estrada do Desvio
36-2.º-D.º, o sr. José Maria Ramos
Caeiro de 64anos le iaade,
funçionário colonial aposentado,
natural de Moura.
O extinto que gosava de
gerais simpatias pelas suas
qualidades de carácter, era
casado com a sr* D. Barbara
da Conceição Moita Caeiro,
pai da sr.* D. Zilda da Conceição
Caciro Guspar e sogro
do nosso amigo e colaborador
sr, João Antunes Gaspar.
O seu funeral, que toi muito
concorrido, realizou-se no
CompanHiA DE Wiação DE SERNACHE, Limi TADA
SEDE EM SERNAGCHE DO BôÔMJIUARDIM
dia 25 parao cemitério do
Lumiar.
D. Amélia Lucinda Marinha Belmonte
de Lemos
Depois de prolongado sofrimento,
faleceu no dia 21,
nesta vila, onde residia, a sr.”
D. Amélia Lucinda Marinha
Belmonte de Lemos, de 60 anos,
natural da Póvoa da Ribeira
Sardeira, viúva do sr. Bráulio
de Lemos, que foi secretário
de finanças.
Era mãi da sr? D. Maria
Zélia Marinha Belmonte de
Lemos, da Sertã, e do nosso
amigo sr. Eutigquio Marinha
Belmonte de Lemos, digno 3.º
oficial da Direccão Geral das
Contribuições e Impostos, de
Lisboa, irmã da sr* D, Maria
Nunes Marinha, do sr. Padre
Guilherme Nunes Marinha, capelão
de N. S. dos Remédios
e do sr. Angelo Nunes Marinha,
do Parà cunhada da sr.* D.
Angela Vidigal Marinha e do
sr. Carlos Ferreira David, de
Pedrógão Pequeno e do sr.
José António Fiel de Tomar.
O funeral foi muito concorrido,
nêle tomando purte a
Filarmónica local.
Aº’s familias enlutadas apresenta
“A Comarca da Sertã”
a profunda expressão do seu
pesar.
SBDpGonVoDAD ODOnD nao D os aDo cana soneca
Pela Freguesia do Carvalhal
Deixou de paroquiar esta freguesia
o Rev.mo Sr, Padre Alfredo Correia
Lima,
No curto espaço de tempo que esteve
à sua frente, soube cativar a simpatia
de homens e mulheres, de velhos e
crianças, deixando em toda a população
aimsades ben expontâneus e sinceras.
E’ queêle sabia falar aos corações,
tinha iniciatiava e arrastava com o
exemplo, que é tudo. No dia da sua
despedida, dia onze, o numeroso bando
de crianças que ele soube atrair á catequese,
chorava pelo seu amigo e guia
e com elas muitos adultos. Perdemos
infelizmente um bom paroco, ficamos
mais uma vez na orfandade! E’ a nossa
pouca sorte!
O descontamento é geral eo povo
não se cança de lamentar a sua desdita
por tanta injustiça que lhe fazem, privando-
o dos seus nais sagrados direitos,
das suas mais caras afeicões, daquelas
que melhor falam a sua alma rude,
simples e boa,
E indiscritivel a magoa de tôda a gerte
da freguesia, privando-a do seu pastor
de almas, efectivo, amigo dedicado,
subst’tuindo-o, talvez, por um de emprestimo
sem as qualidades, sobretudo
sema abnegação do Rev.º P.* Lima,
que deixa em nossos corações a mais
veemente saudade.
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– 130 10,80 Zibiesteiro . …
– 18,20 0,05 18,25loeiros ERR do
– 18,40 0,05 18, AS 2
. , To |foiros PRN
* «À Gesteiro tis
Atoravo.. .
MRI ado e
dg RA
a o s1. Fernando
Lisboa para o gr.
dos correios do discontra
o desmazeloe
e cuidado dos encarredas
caixas do correio
delas, com grave predos
destinatário e das
coitadinhas mais que
im dia a dia pela corndência
dos seus filhia
para exemploa enada
da caixa da Cava,
modesta dona de casa,
foi esposa dedicadissima,
mãi dotada das mais
qualidades e exemplaa
adininistradora, serdo
de exemplo e dando
a todos os habitantes
rande aldeia da Cava,
| que haja uma pessoa que
h onte a mais pequena
Ita no cumprimento dos seus
8.
sr. Fernando não se imiu
com isso, abriu a boca,
“na sua permanente
sei que maise zás…
nsulta, informe-se primeiinquira,
investige e de-
“» Queixe-se, se tiver
ê
8 carimbos provam que a
spondência entrou na eslo
quando se carimbou;
não dizem, se quem es-
U se não se enganou na
se não ficou com a caro
bolo, se o portador foi
nfianca, etc. Como é muiicil
faltar à verdade em
s desta natureza, só por
a que seja, bom será
sr. Alves, não avente
lta o insulto e a afronta,
O mais leve inquérito,
formações. Informe – se
O, e seja correcto. E
lhe levamos nada pela
conselho.
8 o remetente não
im nada que entregar
spondência à deposia
caixa; lança-a na caicial
que estã à porta
sma depositária, caixa
aberta pela portadora
, ou pela depositária
presença uma da outra
m segue, sem mais resbilidades
e ficamos enlos.
ZÉ D’ALDEIA
Bea onnovoDcaonoaasc so00o00 0
ctificações
recer do sr. Capitão
r Nunes Teixeira, açêrrograma
das comemontenárias
do nosso
lho, publicado no n.º 121,
erradamente as sepalavras:
«celebração»
colaboração», «interes-
4 anso» | do nosso
ado colaborador, O ino
e 121, a a de
gulasa seguir patilista
» nd talvez,
ue se supom,
transcri-
“do «Jornal de Noticias»
ndo esta abrange, sômenodos
que começam
Joaquim Manso»
nam na referida palatulista
»,
‘ anúncio da Compaecirica
das Beiras, da
publicado nos N.º 116
rte que se refere
de da albufeira,
«4 milhões de me-
; deve ler-se «45
e metros cúbicos»,
PEREIRA CARDIM
ADOR ENCARTADO
ta Justa, 95-2.º
Nos termos do disposto no 8 1.º do artigo
55º do Código Administrativo, aprovado
pelo decreto-lei n,º 27.424, de 31
de Dezembro de 1936,e em confo-mt.
com € parecer do Conselho Superíor de
Viação, foi aprovado a seguinte.
POSTURA
Artigo — 1.º São estabelecidas as
seguintes praças paru automóveis de
aa er,
À *— No largo do Chafariz e lado
ocidental da Praça da República, fora
do pensa du praça — 10 carros,
‘* — Ao cimo da Carvalha, a sul
da estrada nacional n.º 12-1.º – 10
carros.
3.º — Na estrada das Regorices, ao
sul do hospital — 10 carros.
4* — Ao fundo da Rua do Vale,
entre a cas: de Joaquim Pires Mendes
ta estrada nacional — 5 carros,
1.º — Junto de cada uma das praças
mencionadas nêste artigo são estabelecidos
parques de estacionamento
para o número de veículos indicado;
Junto da praça n, 1—5 carros
Junto da preça n, 215 carros
Junto da praça n. 3—10 carros
Junto da praça n 4-5 carros
82.º – A colocação dos veículos
Has praças e nos parques deverá ser
eita por forma a não prejudicar o trânsito
normal ou servidões de prédios,
rt. 2. — Na ocasião de representações
teatrais ou festus e diversões de
carácter geral, os veículos serão dispostos
convoante a ordem determinada pe
las autoridades.
| 8 único Á hora da chegada das camionetas
com o correio ou de transportes
colectivos os automôveis de praça
podem estacionar nos locais deparagem
das mesmas pelo tempo necessário pa-
Ta servir os passageiros,
1t,3,º — O esticionamento de veículos
não automóveis só é permitido
no Largo das Acácias e Canto da Praça
sem prejuízo do transito normal.
1º — Em dias de feira é permitido
utilizar a Rua da Varzea Pequena
e fundo da Rua do Castelo, ou Estrada
das Regorices, alinhando os veículos
conforme fôr determinado pelas autoridades,
8 2º—Nos outros locais só é permitida
a parugem destes veículos pelo
tempo necessário para carga e descarga,
Artº 5º— Não é permitido o trãosito
de veículos automóveis pela Ruá
do Soalheiro no sentido descendente a
partir do Largo dos Paços do Concelho,
Artº 5º—A aprendizagem ds condução
de veículos automóveis dentro
da vila da Sertã só é permitida quan
do se não realizem feiras ou mercados,
€ únicamente nas seguintes artérias,
Na Avenida Buima de Bastos, Ruas
Cândido dos Reis, Serpa Pinto, do Castelo
e Central da Devesa da Carvalha
Art.º 6—E’ proíbido lavar e reparar
cárros, máquinas ou quaisqner objectos
nas ruas, largos e praças da vila, salvo
quando se tratar de pequenas reparações
tornadas necessárias por qualquer
acidente ocasional,
Art. 7—As transgressões às disposições
da presente postura serão punidas;
a) Com multa de 100800 as transreq
às disposições dos artigos 4.º e o
b): Com-multa de 59800 as trausfreada)
á “disposição do artigo 1. e seus
aragrafos;
n E Caailta de 25$00 as transgressões
ás restantes disposições da
postura,
Art. 8—A Importância das multas a
que se refere o artigo anterior entrará
nos cofres do Estado, como preceitua o
único do artigo 147,º do Codigo da
strada,
E Art. 9e .º d-aEsdt a postura 1 revoga as
em contrário e entra em vigor depois
TRATO A VIA IN À Em À –
trativo e de sinalizados os locais a que
se refere
Trânsito em Sernache do Bomjardim
Em conformidnie com as disposições
ja citadas, foi aprvovada à seguinte;
PosTURA
Art, 1.—São estabelecidas as segurntes
praças para automóveis de aluguer;
1,—No Largo da Igreja Matriz, a
poente da estrada nacional n. 12-1,2-5
carros;
2.º No Largo do Sewina io, lado sul
da mesma estrada, entre à farmacia e o
prédio do Cónego Benjam/m da Silva—
3 carros é a
S 1. Junto de cada uma das praças
mencionadas nêste artigo são estab-lecidos
parques de estaci ara
o numero de veículos a seguir indicado;
Junto da priça n, 1-6 carros
Junto da praça n. 2-4 carros
8 2. A colocação dos veículos nas
praças e nos parques deve ser feita por
forma a não prejudicar o trânsito normai
ou servidões de prédios.
Art. 2. Na ecasião de representações
teatrais, ou festas e diversões de caracter
geral, os v.ículos serão dispostos
consoante a ordem determinada pelas
autoridades,
S único, A’ hora da chegada das
camionetas com correio ou de transportes
colectivos ou automoveis de praça
podem estacionar nos locais de patagem
das mesmas pelo tempo necessario
para servir os passageiros,
Art. 3. O estacion-mento de veículos
não automoveis sô é permitido a
poente e norte da igreja matriz eno
largo em zrente da capela de Santo
António.
$ único, Nos autros locais só é permitida
a paragem dêstes .eículos pelo
tempo necessario para carga e descarga,
Art. 4, A aprendizagem de condução
de veiculos automoveis na aldeia
de Sernache do Bomjardim só é permitida
quando se não realizem feiras ou
mercados, e unicamente nas Ruas Nuno
Alvares Pereira, do Bom Jesuse de
Santo António, e A
Art, 5, As trangressões as disposições
da presente Postura serão punidas;
a) Com a multa de 100800 as transgressões
às disposições do artigo 4,1
b) Com a multa de 50$0) as transgressões
as disposições doartigo 1. €
seus parágrafos:
c) Com a muita de 25$00 as transgressões
às restantes disposições da
postura. ê
Art. 6. A importância das multas
a que se refere o artigo anterior entrarà
nos cofres do Estado, como preceitua
o 8 único do artigo 147 do Código
da Estrada,
Art. 7. Esta postura revoga as posturas
e disposições resul tares em
contrário e entra em vigor depois de
cumpridas as formalidades estabelecidas
no artigo 53 do Côdigo Administrativo
e de sinalizados os locais a que se
refere,
ARA AA
AGSIDENTE
Ante-ontem, na sua casa, nes
ta vila, caiu desamparadamena
Ex” Sr* D, Judite Pinto
Tassa de Figueiredo Couceiro
de Albuquerque, ficando bastante
ferida na cabeça.
O seu estado, felizmente, | i
não é
de cumpridas as formalidades estabelecidas
Ro artigo 55 do Código Adminisrave,
ara amoR o rapido restabelecimento
da ilustre senhora, | z
e José Amaro tenham desviado
a atenção dos seus afazeres
na «horta» para virem fazer
tão infeliz figura.
SDpno:
lia vêm, por esta forma, e na
impossibilidade de o fazer pessalmente,
apresentar os seus
melhores
agradecimentos a tôdas as pessoas
que se dignaram acompanhar
à sua última jazida
sua irmã Maria de Jesús Pefindo,
no Labrunhal Cimeiro
e bem assim Aquelas que se
o periodo da doença,
Joaquim Logrenço Serrana
A bordos do «Lo .renço Marques
» partiu em 29 d: Dezembro,
para Maquival, êste
nasso presado amigo, antigo
emp:egado agricola da Com
panhia da Zambezia, que esteve
alguns mezes na Metrópole
pura repo.:sar e de visitaa
sur familia, na Folga
(Proença-a-Nova,)
Desejamos-lhe uma esplêadida
viagem e um sem-número’de
felicidades, de que é
merecedor pelas suas qualidades
de caracter.
S0BOBODDADAS aaononcagonn asa cnaonanso
Ainia “considerações, súbre a
festa da Senhora da Gonfiança
em Pedrógão Pequeno
Não era minha intenção
replicar à insolência publicada
no número 112 de «A
Comarca da Sertã», porque
não estou disposto a discutir
com quem só vê em atitudes
nobres, a mesquinhez «ue
lhes é própria, sobejamente
provada no arrasoado que publicaram,
cujo espaço bem
poderia ser aplicado em assunto
mais proveitoso. Nêla
apenas se preocupadma sua
vaidade pessoal deixando o
problema sem solução.
Melhor seria terem ficado
calados em vez de se associarem
a terceiro para a composição
de tão reles escrito.
Entretanto, para que se não
suponha que me rendo a tais
afirmações, repito que as mi.
nhas são do dominio público
no que se refere ao «diz-se e
consta», e as que se lhes afiguram
de graves, fôóram-me
fornecidas: em primeiro lugar
por um dos párocos e em segundo
por um dos sinatários
que disse pertencer à Comissão
de Festas.
«Mais cutegórico» que isto
não se pode ser e lamento que
os senhores Domingos Costa
E com isto ponto final.
Dezembro de 1938.
GUSTAVO ALVES
Agradecimento
Alfredo Pequito e sua Famie
mais sinceros
uiro, falecida em Novembro
nteressaram por ela durante
Proença-a-Nova, 25 de Deembro
de 1938, .
Beneficância
Não esqueceu a Govêrno da
Nação, por ocasião dos dias
tradicionalmente consagrados
às festas da Família, os
desenpregados, os. pobrezinhos,
aqueles dos qgussos irmãos
que lutam com a mais
pungente miséria e, por isso,
diz a portaria, «o acórdo com
Os sentiimontos comuns de
cristã soli arielade, resolveu
encaregar os governos civis,
it Fandação Nacional para a
Alegria no Tratalho ea Legião
Portuguesa (Acção Social)
de fazerem chegar aos
desprotesidos um:
pouco de conforto e alegria,
para o que pôs à disposição
daquelas autoridades e instituições
um subsidio proveni-
nte das receitas do Fundo
de Desemprego, atendendo
a que naigumas regiões
mais acentuado é o desfavor
das condições de trabalho.
Aisim, mandou distribuir subsidios
na importância total
de 380.0008, da qual coube
10.0005 ao nosso distrito.
* *
O Govêrno Civil do distridios
a dições
filantródistribuido:
às
Branco, 8.9503;
Covilhã, 1.200; Fundão, 2
e à Sopa dos Pobres, da Sertã,
2008. afora êstes subsídios
ainda foram concedidas passagens
a pobres a-fim-de re=
ceberem tratamento nos Hospitais
de Lisboa e Coimbra, na
importância de 3.108$55; esmolas
a indigentes, 398%; passagens
a repatriados, 582840-
* *
Já depois de termos feito a
distribuição dos géneros e
roupas na véspera do Natal,
recebemos da Família Alves,
desta vila, a quantia de 20800,
destinada
que,
gue a 4 pobres não contemplados
anteriormente.
ao mesmo fim e
por isso, foi entre-
* *
Com destino aos pobres protegidos
nela «Comarca» foinos
enviada, pelo nosso bom
amigo
Cardoso, de Belas, a quantia
de 10$00 e entregu: na nossa
Redacção, por um anómimo,
igual quantia.
sr. Manuel Martins
Agradecemos,
SUnaBaooanas caso asagaona sucecapvaasa
Casamentos
Celebrou-se, na igreja da
Misericórdia, no passado dia
22, o casamento do nosso pre.
sado assinante sr, Armando
da Costa, da Codeceira, com a
A
P’ra uns mais leve, n’
P’ra uns —
Sem môr can
Uma parcela, e grande,
E : “Todo o des
Ro Aindao ma
pai a Tem uma cr
B| oa”s o”
P’ra outros — uma intenga en
De labirintos, donde errou
VI
Tôda a existência arrasta a sua cruz |
outros mais pesada,
Conforme a sorte que nos for guardada,
Assim o pôso aumenta ou se reduz.
florida a estrada que o
ceira, ao termo da Jorn
Jesus.
Também me coube, nesta senda escura,
de amargura
Que Deus, ao fim, desconta em penitência…
tino, pois, incerto e
is risonho ‘na aparênc
1
A
cruzilhada,
e a cruz o seu Ca
E E. LUIZ DA SILVA DIAS
sr* Angela Leitão, da Portes=
soura,
Os noivos ficaram a residir
nesta povoação,
* *
No passado dia 3, realizouse
o casamento de sr, Olivio
Luiz Ribeiro,
desta vila,
. Proprietário,
filho do nosso
amigo sr. João Luiz e de sua
esposa,
da Conceição, filha do nosso
assinante sr, Domingos Luiz
e de sua esposa, do Casalinho.
5 conduz,
ada
com a menina Maria
Foram padrinhos, respectivamente,
a menina Maria Mararida
Branco Farinha e o sr,
oaquim Pires Mendes, a esposa
do sr. Manuel António
vário, 4 x
IA: y
ário |
So sr, José Nunese Silva, da
Sertã, Os noivos ficaram a residir
na Sertã.
a”
sa
e
é

+
+ ;
a
EP AE 0a E 8
;A GENDA;
Ma a Can a
Estiveram: en Pedrógão Pequeno,
os srs. Antônio dos Anjos
Alves, José Fernandes Grilo e Artur
Ferreira Vidigal, de Lisboa;
na Sertã, os srs. António Ventura,
Joaquim Ventura, Anibal Farinha
e Ernesto Leitão, de Lisboa e
dr. Henrique Soares Craveiro
Feio, das Caldas da Rainha.
= Encontram-se: na Sertã, os
srs. Joaquim Rodrigues Manta,
de Gouveia e António Passos
Soares Viana e esposa, de Lisboa;
no Amial, o sr. José Luiz, da
Chamusca; na Varzea dos Cavaleiros,
o sr. dr. Matias Farinha,
de Lisboa e no Cabeçudo, com sua
família, o sr. José Alves, de Lisboa.
ES Com sua esposa esteve na
Sertã o sr. dr. J. Barata Correia
e Silva, de Tomar.
= Encontram-se na Sertã, os
srs. Raúl, Reinaldo e Emanuel
Lima da Silva, de Lisboa, Joaquim
Farinha Tavares, Rodrigo
de Oliveira « Lauriano Ferreira
de Tomar, os meninos Lucilia e
António Baptista Manso, de Castelo
Branco e João Luis de Carvalho
Tavares, de Queluz.
O meta. meat”
wu Também esteve na Sertã o
sr. arquitecto João António de
Aguiar, de Lisboa.
mm Estiveram: na Sertã, o sr.
Brigadeiro Couceiro de Albuquerque
e esposa; em Lisboa, o sr.
dr. Carlos Martins e Francisco
Pires de Moura, esposa e filha;
em Entre-a-Serra, o sr. António
Dias, professor em Lisboa; na
Sertã, 057, Eugénio 4. de Carvalho
Leitão.
um Zcontram-se: na Sertã, o
sr. Francisco Fernandes, esposa e
filha e em Lisboa, o sr. Pancrácio
de Brito, de Matosdo Ouieiro.
BSUvBODBE DDDonaoBENAnnananooanaoasos
Ecos da Scciedade
O nosso amigo sr, Franciscu
Pires de Moura, sua esposa
e filha proporcionaram, na
noite do 1,º do corrente, um
encantador serão às pessoas
das suas relações e amisade,
dançando-se até ás 3 da madrugada,
Era excelente o serviço de
copa,
Os convidados ficaram satisfeitissimos
com a gentileza
e fidalguia dos donos da casa.
OGRO OGA O
Cumprimentos de Boas-Festas
A Filarmónica Urião Sertaginense,
acompanhada do
seu director, nosso amigo sr.
Anibal Nunes Corrêa, percorreu
as ruas da Sertã e algumas
povoações próximas, no
dia 1.º do corrente, apresentando
às BoassFestas aos seus
sócios,
Agradecemos e retribuimos
Os Seus cumprimentos,
Nênse dia estreou os novos
fardamentos de cotim e bonés,
RA A
Os amigos da “Comarca”
Indicaram novos assinantes
os nossus presados amigos
srs. José Antunes Amaro,
da Várzea (Pedrógão Pea
David Alves e José
erreira, de Lisboa.
Agradecemos, reconhecidos.
A
Dr. Alfredo Pequito
“Esteve na Sertã, tendo vindo
à nossa Redacção apresentar-
nos cumprimentos, gentileza
que muito agr
o sr, dr, Alfredo
Ea
»
men
5 ,
Pequito, di-
Liceu da Guar- |
hp ‘ encontra presentee
no Labrunhal Cimei-
Calculem, meus amigos, que
cheguei à Chave d’Oiro ao
meio-dia, menos um minuto;
póis o nosso Lopo Barriga,
pontual como qualquer Sertainho,
já me esperava há
sessenta segundos!
E são, assim, os homens da
nossa terra, duma pontualidade
verdadeiramente Sertainha!
Um efusivo aperto de mão,
e chamei o empregado Costa,
para nos servir.
—Que tomas, ó Lopo?
—O que tu tomares; mas,
olha, manda vir qualquer coisa
que desinfecte os gorgomilos;
estou farto de fumar.
—Vai, então, uma ginjinha;
que te parece?
—Cai, que nem ginjas!..
Manda vir.
Apareceu o Costa, com a
sua costumada laracha;
— Ora, boa tarde, sr. Barriga
da Sertã. Perdão; quero
dizer: sr. Barriga e sr. Sertã.
Então que hão-de tomar?
Olha traz-nos duas ginjas,
mas em cálices grandes, que
aqui o meu patricio tem bojo,
—E temo-la cá, daqui…
E o Costa apertou a orelha
esquerda, como indicativo da
bondade ginjística.
E tem graça—diz o Costa—
parece-me que cà a Direcção
a manda vir da Sertã ou,
pelo menos, 2 encomenda ao
Valentaço, da gin jinha da Travessa
Barros Queiroz, que também
é lá do sitio. Bem; vamos
lã, então, buscar a ginjinha.
O” sr. Sertã, quere o saca-rolhas?
Creio não ser preciso, por
agora, até ver… Cão meu
patricio Barriga vem com
boas disposições de despejar
6 que sabe, sem mais aquelas,
Entretanto, aguarda os acontecimentos.
— Há cã fartura diz o
Costa—Se for preciso meia
dúzia, meia duzia se arranja.
Não deixe de despejar o sr.
Barriga, por isso.
Veio a ginja, e o Lopo bebeu
como um homem de barriga,
dando uns estalinhos
com a boca, como bom apreciador.
— Diz então coisas; mas
coisas que interessem um Sertainho,
desviado do meio, hã
boas duas dezenas d’anos,;
—Olha, fala-se, por lá muito
em se levantar uma estátua
ao Santo Condestável; pagar-
se uma divida de hã
muito vencida, e…
— Já vi o alvitre na Comarca…
Sim, senhores, a ideia ê
Carta de Lisboa
genial; impõe-se. E o logar
para a sua colocação, está naturalmente
indicado: o largo
em trente do Colégio das Missões,
Os Sernachenses, devem iniciaro
movimento e tôda a Comarca
o secundará com a melhor
das boas vontades, estou
certo disso.
Depois, o dia da inaugura:
ção está naturalmente indicado—
15 de Agosto de 1940.
Duas romagens fariam parte
das festas: a Nossa Senhora
do Meio e, daqui, a Sernache,
ao descerrar da estâtua.
Soberbo! Tu. caro Lopo, que
voltas brevemente, à Sertã,
atira-te àqueles diabos, não
os deixes dormir. Para a frente
é que é o caminho. A” tua
passagem por Sernache, deixa
o rastilho aceso, Atira-te a
êles como S. Tiago aos Monros.
Depois, Sernache, tem gente
de iniciativa, mas convenho
em que é preciso espicaçãla.
Mãos à obra; não me durmas,
meu diabo!
Lembra-te do teu homónimo
que foi um heróina guer
ra contra os Marroquinos: sê. tu,
agora, um herói em pról da
Estátua Condestabeliana.
Lã estarei, se Deus me deixar
chegar a 15 de Agosto de
1940, para te apertar nêstes
Lraços nascidos e criados nêsse
bemdito solo que o Santo
Condestável tantas vezes pisou,
A Sertã podia também
aproveitar o ensejo e perpectuar,
por qualquer forma, no
mesmo dia, a memória de
Gonçalo Rodrigues Caldeira, dela
natural, que pelejou valentemente,
na Batalha de Aljubarrota,
contra os castelhanos,
como companheiro do Condestável,
Mas, agora, me lembro, tu
não almoçaste e cu também
não. Vamos ali ao Martinho,
que serve bem e baratucho.
Lã continuaremos a nossa
conversa.
Enquanto o Lopo, foi là
dentro, fazer qualquer coisa,
peguei numas ttras de papel
e escrevi estas duas mal alinhavadas
linhas, para a «Comarca
»,
Depois direi o que conse
guir tirar do buxo, digo da
barriga do Lopo, mas, sob
condição de -guardarem segredo.
Até para a semana se
Deus quizer,
JOÃO SERTÃ
Túlio Vitorino e a sua actual exposição
de quadros na Sociglaie
Nacional de Belas Artes
Túlio Vitorino, pintor distintissimo,
autor de quadros
admiráveis, apreciados pela
critica em todo o seu valor
evocativo, fez mais uma bela
exposição, agora na Sociedade
Nacional de Belas Artes,
de 28 de Dezembro até ontem,
que manteve um atracção
invulgar.
O sr. dr, Jaime Lopes Dias,
por parte da Câmara Municipal
de Lisboa, adquiriu o interessante
Óleo «Cais da
Areia».
Ao nosso amigo apresentamosas
nossas felicitações por
mais êste grande êxito na
sua vida de artista de rara
sensibilidade, e os melhores
agradecimentos pelo seu amãvel
convite para visitar a exposição.
A
Este número foi visado de
Comissão de- Censura ro de visita a sua família,
Sopa dos Pobres
Movimento de Novembro
RECEITA: Donativos do sr,
João Farinha, do Rio de Janeiro,
500800; Cota mensal de
um anônimo, 100$00;co tas diversas,
215850; cota da Camara,
70800. Soma, 945850.
GENEROS: de um anónimo,
4 k. de chibato e 2 litros de
azeite; da sr.* D. Adelaide Pedroso
Franco, 2 litros de azeite;
do sr. P.º Antônio Ramalhosa,
15 k. de toucinho; de
diversos, hortaliça,
DESPESA: Distribuição de
sopa diária a 45 indigentes,
877800.
2 Direcção agradece muito
reconhecida em nome dos
pobrezinhos.
fBODDOnoacocopooanooooa aono assgocnor
v
Misericórdia de Proença-a-Nova
Na eleição à que se procedeu
na Santa Casa da Misericórdia,
apurou-seo seguinte
resultado: provedor, José ÁIves
Catarino; tesoureiro, António
Alves Junior, secretário,
Francisco da Silya Dário;
mensários, Carlos Fernandes. de Castalo Branco e Joaquim Antônio Tavares,
A volta da construgão do futuro
Mercado Municipal
Sertã, 21 de Dezembro de
1938.
… Snr. Eduardo Barata,
Li com atenção as referências
do saiidoso snr. Damas
de Oliveira e do sr. António
daSilva Lonrenço, sôbre a
construção do futuro mercado
e na minha qualidade de
filho da Sertã, que a deseja
ver muito próspera, venho
solicitar-lhe um cantinho do
seu conceitudo jornal para
expor o meu fraco pensamento
sobre tão importante
melhoramento.
O mercado no centro da vila
supõe-se vantajoso para O
comércio aqui estabelecido;
não existe, porém, sítio em
condições onde possa ser edificado,
a não ser que se sacrifique
a Praca da República,
nosso logradouro público
número um, o que à ir por diante
seria erro imperdoável,
Por outro lado, a Rua Cândido
dos Reis, aos sábados, concongestiona
a todo o momento
com o trânsito de veículos
que demandam ou deixam o
largo do Chafariz em permanente
perigo para a vida dos
transeúntes.
Onde erigir-se, pois, a nossa
praça de pequenos negocios?
Sôbre “a ribeira pequena,
entre o açude ea ponte nova,
demolido o casarão do snr.
Garcia, que nos avilta à vista
dos estranhos; aterrado o pequeno
quintal e por igual
forma as pequenas hortas fron
teiras, obter-se-ia um bom local,
de amplas dimensões e na
convergência de tôdas as vias
de comunicação sem lhes
perturbar o movimento. Assim
situado, atraíria a atenção
de tôlas as pessoas de passagem
pela nossa terra, que
são muitas, e que o fazem sem
levar daqui a mais pequena
referência que nos agrade,
visto que evitam subir a nossa
pouco simpática Rua Cândido
dos Reis,
A população da vila teria
a sua praça à mesma distância
que a tem hoje e para os
demais munícipes ou comerciantes
que de fora vêm ao
trato das seus negócios, só
adviriam beneficios, dada a
posição centralizadora do local,
em apreço.
A circulação de veículos,
por intensa que fosse, seria
feita com desafogo e nêste particular,
desapareceriam em
grande parte, as perspectivas
de um desastre na nossa principal
artéria,
Eis aqui, a traços largos e
sem frases bonitas, o modo
de ver do seu
José António Beirão
“DORRONaS DOsacan Do nonnarDaDacanoanom
José António Beirão
Com sua esposa e filhinha
embarca âmanhã, de regresso
a Pernambuco, o nossô
bom amigo, conceituado comerciante
daquela praça, sr,
José António Beirão.
Fazemos votos pela sua
saúde, almejando-lhe, do cora- são, tôdas as venturas, a que
tem jus pelo seu: carácter
Enem e nobreza de; sentimenos,
9BODSDODADAD Sano Lona Docs aconaoooavea
IMPRENSA
No dia 1.º do corrente comemoraram
os aniversários da
sua fundação os nossos simpáticos
colegas «Comarca de
Arganil», O Castanheirense»
ea «Semana Tirsenses, aos
quais apresentamos as nossas
felicitações com votos por
uma longa e fácil vida cheia de triunfos.
Noticias de Figueiró dg
Dezembro, 30 “ca
O crime dos cig,
À policia conseguiu pre
ler mais um dos ciganos,
chamado João Ezequiel, que,
recentemente, cometeram io
assassinato nesta vila, Seg
ram para Lisboa a-fim-de tr,
zerem o criminoso os oficiais
de deligências srs. Manuel S
mões Silva Rijo e Manuel
Martins Nunes, E
*
Terminaram esta semana
as obras a que se tinha pro.
cedido no Armazém de Lanificios
de José Simões Barpeij.
& Companhia,
E *
Hã uns três ou quatro mê. |
ses, constou que ia funcionar
uma carreira de camio
netas entre Avô e Lisboa com
passagem por esta vila; qual.
quer individuo podia entrar .
para sócio de tal emprêsa des
de que se subscrevesse coma .
quota minima de 5$00 (Realmente
não era muito…) Era.
representante da dita, nesta.
localidade, segundo dizem,o
sr. José Lopes, casado, proprietário
e comerciante,
soa séria que, para bom
sempenho das funções
E dio:
sócios possível, aos quais, no
acto da inscrição, cobrava à
importância de 5$00, i
Muitas pessoàs foram no |
rol e até talvez êste senhor,
pois tal emprêsa e tais camionetas
não tornaram a servis
tas. Dizem que tudo acabou
e quem entregou o dinheiro
ao sr. José Lopes, perdeu-lhe
o direito, pois êle entregou-ó
à direcção da referida Emprêsa…
—Tratar-se-à de uma burla,
uu quê?
Ao sr. José Lcpes, que agi,
de boa fé, ou pelo menos
assim o julgamos, pedimos0
favor de se informar e de nôs
dizer de sua justiça,
m
AEE
Melhoramentos Regionais
O sr. Ministro das Obras
Públicas e Comunicações con
cedeu as seguintes comparticipações
para a efectivação |
dos melhoramentos que Se
indicam:
CONCELHO DE OLEIROS:
á Junta de Freguesia de Sarnadas
de S. Simão, para cal.
cetamento de algumas ruas
da povoação, na superficie da
136.750 metros: 14.728800à;
Comissão de Melhoramentos
da freguesio da Amieira,
ra exploração de água bo j
abastecimento da povoação |
de Felgueiras, 11.852800; k y
Junta de Freguesia do Sobra,
para empedramendtao k , L. 8,
Sobral de Cima com So a à
de Baixo, na extensão 08
1.170 metros, 13.864800. | s
CONCELHO DE PRÓ) o
ÇA-A-NOVA: para abaste
mento de água à povoação
Relva da Louça, 16.198
idem idem aCaniçal Cimeiro,
14.457800; a Ferraria, 10.052800
à povoação de i
15.404$00; a Galiste:
ro; 2.181$00. vo a CONCELHO DA SERTÁ:
para abastecimento dé ágil
à poyoação da Póvoa (té
dos Cavaleiros), 17.692
SGaDoaDoaDoo cooooopaaoanaaar
Tem estado graveme!
ferma a Ex.” Sr* D.
An;
del
edrógão Pequeno
sr, dr. Angel
digal, a quemc
tas melhoras.