A Comarca da Sertã nº122 24-12-1938

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im mer mes
E
— — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SERPA PINTO -SERTA’
PUBLICA-SE
mos SABADOS
=
ANO
Nº 122
A RR
AVENÇADO. .
oma
fi
DIRESTOR, EDITOR E PROPRIETARIO
Poluando Barata da Tilva Qrneia
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA É SIL;A
rca
| DR. JOSÉ
BARATA CORREA E SILVA;
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA,
Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos inferêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertá,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação)
Composto & Impress |
NA |
BRAFICA DA SCRTA |
Largo da Ghafarl
SERTÃ
|
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|
24
Dezembro
1938
Notas…
mas FESTAS! BOAS FESTAS!
A Comarca da Sertá» apre-
senta aos seus muito
presados Assinantes, Anunclan-
fas, Colaboradores, Correspon-
jantos e Amigos os seus cum-
jmentos de Boas-Festas, fa-
ndo sinceros e ardentes votos
pelas venturas e felicidades de
todos e que a presente quadra
do ano lhes proporcione a maior
alegria junto de suas Famílias.
ONA
ELO decreto-lei n.º 29.238,
de 8 do corrente, à Cá-
mara da Sertã foi mantido o di-
reito de continuar a aaa o im-
o de 8os por litro sôbre os vi-
di Esta E ao consumo públi-
co, como consta da portaria n.º
8.322, de 20 de Dezembro de 1935.
O
M 1 de Dezembro de 1877
foi inaugurado,na Ser-
à lã 0 lelégrafo-eléctrico.
aa
a so de Dezembro de 1906
foi feita a trasladação
das ossadas do Cemitério de San-
lo Amaro para o Cemitério Mu-
nicipal.
mM
A arrematação do forneci-
mento de carnes verdes
do concelho, durante 1939, foi fei-
ta por Manoel Monteiro de Fi-
gueiredo (Fontainhas), casado, ne-
gociante, de Castelo Branco, pelo
breço de 20.0s0800.
E
OI mandado abrir concur-
so para o provimento do
lugar de Chefe da Secretaria da
Câmara Municipal da Sertã (3.º
classe)
O posto escolar do Valongo,
freguesia de Palhais,
Começou a funcionar, com uma
frequência muito satisfatória, no
dia ró.do corrente, sob a regência
dasra D. Maria do Espírito
Santo,
A população daquele logar e pró-
Ximos está no amina e não es-
conde a sua alegria por a Direc-
ão do Distrito Escolar, a quea
Câmara Municipal deu franco e
decidido apoio, lhe ter outorga-
do tam grata aspiração, não dei-
xando de lamentar que quási to-
O O povo se encontre na mais
esível ignorância, ainda
mesmo os individuos que presen-
nte contam 20 anos, visto que
Gestola de Palhais, a única da
Ireguesia, esteve encerrada oito
anos, tendo reaberto há um, apró-
“imadamente. O posto, agora
tem muito mais vantagem
bara as crianças de Valongo, por-
to a ida a Palhais, pela dis-
==3 quilómetros— e maus
caminhos, se tornava praticamen-
te impossivel, sobretudo no inver-
ORA AR
Pelo Concelho de Oleiros
mem em dois pontos concretos:
*1,%- (Jue tudo está por fazer.
dos, sem excepção alguma”,
convite da Câmara Municipal de
Oleiros, reiiniram-se nos Paços
do Concelho, no dia 12 do cor-
rente, o Conselho Municipal,
presidentes das Juntas de Fre-
guesia, Comissões da União Nacional e prin-
cipais contribuintes do concelho.
Esta sessão foi memorável e marca uma
nova orientação, por todos desejada, à admi-
nistração Municipal,
Abriu a sessão o ilustre presidente da
Câmara, sr, Dr. Francisco Rebelo de Albu-
querque que, em breves palavras, expôs o
fim que levou a Câmara da sua presidência
a convocar esta reúnião, dando a palavra ao
sr, P.º João Esteves Ribeiro, vogal da Câma-
ra, que pronunciou o seguinte discurso:
«Dois padres! Aqui investidos nas fun-
ções de vogais da Câmara, isto é caso e obral
Muitas pessoas ficam mal impressionadas
ao encôntrarem-se com um padre! Dizem que
é mau agouro, quanto mais logo dois! Tarre-
nego inimigol! Mas que se hàde fazerl,,. pare-
ce que agora são os padres que mandaml…
E afinal talvez tenham razão —até agora
encheram-se os outros, 08′ que não são pa-
dres, agora é a vez dêles, coitados, também
têm direito à vidal
E’ isto o que talvez esteja ocorrendo nes-
te momento ao espirito, senão de todos, pe-
lo menos de alguns de vós, meus Ex.”º* ami-
gos, que aqui vos encontrais reúnidos nêste
momento, a convite do Ex.mº Presidente des-
ta Câmara, em nome do qual e de tôda a Cá-
mara tenho a honra de vos cumprimentar a
todos, dando-vos as boas-vindas e agradecen-
do-vos o sacrifício que fizestes, aceitando o
o nosso convite, apresentando-vos aqui em
tão grande número, constituindo assim uma
assembleia tão numerosa e selecta, como pou-
cas vezes se terá reiúnido nesta sula, que é
de nós todos.
Muito obrigada e reconhecida se confes-
sa a Câmara a todos vós pelo disvelo e soli-
citude como vencestes as dificuldides do ca-
minho e outras, acorrendo ao nosso chama-
mento. Dum modo especial cumprimenta a
Câmara todos os Ex.”‘* membros do Conse-
lhó Municipal, presidentes e vogais da União
Nacional das varias freguesias, presidentes
das Juntas e regedores e tôdas as autorida-
des que com a Câmara cooperam no bom go-
vêrno dêste nosso concelho, para cujo pro-
resso, prosperidades e bom nome, vamos
oje começar aqui uma vida nova, integran-
do-nos de verdade no espirito do Estado No-
vo, que a si próprio se impôs a obrigação de
transformar Portugal inteiro, não podendo
o concelho de Oleiros, de modo algum, cons»
tituir uma excepção, como infelizmente tem
sucedido até agora, ‘
Quanto à vossa surpreza por verdes aqui
dois padres, é ela em certo módo razóável
(Do Correspondente da Madeirã)
Na sessão extraordinária realizada, nos Paços do Concelho, em 12 do corrente, a que assistiram 0
Conselho Municipal, Comissões Políticas da União Nacional, presidentes das Juntas de Fre-
quesia e principais contribuintes do concelho, foram pronunciadas palavras afirmativas
da maior fé no progresso daquele concelho e traçado o programa da actual Gâmara
Declarou o vogal Sr. Padre João Esteves Ribeira;
“Somos obrigados a reconhecer, a constatar a realidade dos factos que, a meu ver, se rest-
“2º– Que, o que há a fazer, terá de ser feito por nós, por nós, e só por nós, e ainda por nós ta-
pois é talvez facto único nos anais desta Cà-
mara; porém, a vossa surprêza, deve ainda
aumentar sé eu vos disser, como não posso
deixar de dizer, por ser a verdade, que esta-
mos aqui vazios de obras, que fomos aqui
colocados pela fôrça das circunstâncias do
momento histórico que atravessamos, E”, tal-
vez, uma tentativa do Ex.Ӽ Conselho Muni-
cipal, no seu louvável empenho de bem admi-
nistrar o concelho, Oxalã sejam bem sucedi-
dos, mas não se esqueçam de nos amparar e
guiar com o seu apoio e com a luz das suas
esclarecidas opiniões.
Abstenho-me de fazer a a presentação do
nosso Ex,Ӽ Presidente, figura do mais alto
relêvo no nosso meio, de todos muito bem
conhecida pelo seu porte, sempre fidalgo e
digno, pelos inúmeros actos de benemerência
e generosidade que à miúdo pratica em favôr
dos pobres e dos humildes, sobresaindo entre
todos, a oferta de vinte mil escudos (vinte
contos), que a sua mão sobremaneira altruis-
ta e fidalga, fez ainda há poucos anos em fa-
vôr da Misericórdia desta vila e, portanto, em
favor dos pobres e doentes,
Tenho póis grande honra e prazer por
se me deparar esta oportunidade para apre-
sentar a Sua Ex as nossas homenagens e
agradecimentos por tão assinalado acto, não
só em nome da Câmara, mus de um modo
especial em nome dos pobrezinhos e doentes,
e proponho que na acta desta sessão extraor-
dinária, fique exarado um voto de louvor a
Sua Ex.* por tão peregrina e inesperada ofer-
ta,
Disse eu que a actual Câmara foi aqui
colocada pela força las circunstâncias, e na
verdade assim foi. Vamos agora ver se con-
seguimos distrinçar o porquêe para quê
dessás circunstancias, O porquê — O ambiente
de descredito, de suspeições e de inactividade
das Câmaras anteriores, que vem já de lon-
ge, chegou ao último cãos, à mais baixa das
degradações, vinha a refletir-se em todos nós,
humilhando-nos, aviltando e rebaixando-nos
não só aos olhos dos nossos vizinhos mas
até do mundo inteiro.
As Câmaras nada faziam, nem podiam
fazer, aninguém atendiam,
Não tinha fôrça para cobrar as receitas
que lhe são próprias, Contentava-se com as
percentagens legais sôbre as contribuições
do Estado e assim ia vivendo enquanto esvas
receitas fôssem chegando para pagar ao pes-
soal da Secretaria e dêste modo iamos ca-
minhando a passos agigantados para a tu-
tela e para a morte do concelho. Às iniciati-
vas particulares, em obras de reconhecida
utilidade pública, longe de serem ouvidas e
acarinhadas, ou ao menos, apoiudas moral-
mente, eram ridicularisadas, amesquinha-
das, pur quem tinha obrigação rigorosa de
a lápis
am
dE saaU as obriguções dos
contribuintespara com a
Câmara Municipal durante o pró-
ximo mês de pm
Manifesto de veículos automd-
veis (até 15); participação dos
mancebos que tiverem completudo
19 anos até 31 de Dezembro de
1938, que pode ser feita pelos
próprios, pelos pais ou tutores;
licenças de comércio, indústria e
porta aberta; renovação de cha-
pas para veículos, isento ou não
de imposto de trânsito; registo de
caninos.
AAA
EM chovido torrencialmen-
te e, em muitas manhãs,
os telhados aparecem alvacentos,
cobertos: de espêssa camada de
geada. Na manhã de domingo
correu um frio glacial, penetran-
te, que trazia tôda a gente arpia
da. Afirmaram-nos que em Ser-
nache cairam bastantes flocos de
neve e o mesmo sucedeu aqui ás
5 horas da manhã de 3.º feira,
O Inverno estnva à tardar, mas
apareceu, por fim, agreste, rude,
inclemente, sem complacências.
Diz-se que dá Deuso frio con-
forme a roupa. Mas isso não irma-
pede que demos agora, aos polre-
sinhos, alguns agasalhos, tur –
do-lhes menos dura a estação pre-
sente que, mesmo aqueles que têm
boas roupas, não deixam de com
siderar insuportável.
Há por aí tantos lares onde se
tirita de frio, sem uma manta,
sem umas achas para fazer uma
fogueira!
aan
PARECEM, por aisna via
pública, principalmente
de noite, muitos cãis, alguns bem
corpulentos, e sem açamo,
Chamamos a atenção de quem
competir paru o abuso.
Cáis de luxo não devem ser por
que êstes estão em casa, entregues
aos cuidados e mimos dos donos?
E de guarda, muito menos, pora
que avila é sona policiada e, cos
mo tal, não pode ter câis de guar=
a!
Mas era bom saber de quem
são e a que espécie pertencem,
Nalgumas povoações do conce-
lho de Castelo Branco e na prós
bria cidade têm aparecido cáis
suspeitos de hidrofobia, havendo
pessoas mordidas que estão a re-
cebes o tratamento anti-rábico,
Entendemos que se devem tomar
providências rigorosas contra os
câis vadios.
ERA
N A Comarca de E’vora cor-
‘ re um processo de dis |
vórcio, requerido pelo marido,”
com o fundamento principal, e
quasi único, da consorte fazer uso
moderado das saias demasiadas
mente curtas!
Talvez ela o faça por economia,
o que é caso para o marido agras
decer, visto que agóra não é mo-
(Continua na 4.º página)
da usarem-se as saias curtas,e as saias curtas,@@@ 1 @@@
en e
Ds Ft
4
Ras Festas!
NO EMMERGIO E INDUSTRIA
O “Salão Moderno”
Fe mo DE
JOSÉ FRANGISGO DA SILVA & IRMÃO
Apresenta muito Boas-Festas
a todos os seus Ex.”** fregueses
cereais
Farmácia Patrício
Carmina Patrício
Apresenta muito Boas-Festas
acs seus fregueses, desejando-
lhes tôdas as prosperidades
Barbearia IDEAL
de RAUL DA COSTA CALDEIRA
Deseja aos seus Ex-Ҽ* Clien-
tes e Amigos Boas-Festas e
um Novo Ano repleto de
venturas
ANTÔNIO BARATA E SILVA
Correspondente da Companhia de Seguros
FIDELIDADE
Apresenta os seus cumpri-
mentos de Boas-Festas aos
Ex.=”* Segurados
José Antônio Farinha
Gorrespondentes das Companhias de Seguros
TAGUS +» MUNDIAL
Apresenta Boas-Festas aos
Ex.» Segurados
e e er eee
À “SAPATARIA EGONÔMICA”
DE em cemeinteemeei
DOMINGOS ANTONIO FRANGISGO DA SILVA
Deseja Boas-Festas aos seus
fregueses
SAPATARIA PAJBRESSO
Casimiro Farinha
vtseja Boas-Festas a todos os
seus fregueses
«55E ANTUNES JUNIO? & IRMÃO
MACIEIRA — SERTÃ
com Camionetes de aluguer
Deseja Boas-Festas a todos os
seus fregueses
A BARBEARIA GENTAL
de Lulz F. F. da Silva
Deseja Boas-Festas e um feliz
ano Novo aos seus fregu ees
ANTÓNIO INACIO P. CARDIM
RELOJOEIRO
Deseja Boas-Festas e um Ano
Novo muito feliz a todos os
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ANUNCIO
(1.º publicação) –
Por este se anuncia que no dia
oito do próximo mez de Janeiro
do ano de mil nove centos e trin-
ta e nove, pelas doze horas, à por-
ta do Tribunal Judicial desta co-
marca se há-de proceder à arre-
matação em hasta publica dos pré-
dios a seguir designados por
maior lance oferecido acima dos
valores neste indicados,
PREDIOS
1º— Uma casa de habitação no
lugar de Sernadas, freguesia de
Cardigos. Vai pela primeira vez
á praça no valor de mil escudos
— 1.000$00.
2º— Uma terra de semeadura
com oliveiras no sitio do Verdal,
limite de Sernadas, freguesia de
Cardigos: Vai pela primeira vez
á praça no valor de quatro mil
escudos — 4.000800.
3º— Uma terra de semeadura
no sitio do Valeda Abilheira, li-
mite de Sernadas, freguesia de
Cardigos. Vai pela primeira vez á
raça no valor de mil e quinhentos
escudos — 1500800
4º— Uma terra de semeadura
com oliveiras no sitio da Fóz do
Lameiro, limite de Sernadas, fre-
guesia de Cardigos. Vai pela prix
meira vez ápraça no valor de
dois mil escudos — 2.000800
5º— Uma terra de mato na si-
tio das Fontainhas, limites de Ser-
nadas, freguesia de Cardigos. Vai
pela primeira vez á praça no valor
de quinhentos escudos — soogoo.
6º— Uma terra de semeadura
com oliveiras no sitio do Casagaio,
limite de Sernadas, freguesia de
Cardigos. Vai pela primeira vez
á praça no valor de dois mil du-
zentos escudos — 2.200800.
Penhorados nos autos de exe-
cução por custas e selos em que
são exequente-O Ministerio Públi-
co,e executados Manuel Farinha,
comerciante, e mulher, moradores
em Sernadas, freguesia de Car-
digos, que córre seus termos na
comarca de Figueira da Foz, de
cuja execução se extraiu a respe-
civa carta precatória para arre-
matação.
São por este citados quaisquer
crédores incertos para assistirem
á arrematação.
Sertã, 14 de Dezembro de 1938.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2º Secção Judicial,
Angelo Soares Bastos
(1.º publicação)
Por este se anuncia que no dia 8
do proximo mez de Janeiro por 12
horas, a porta do Tribunal Judicial
desta comarca se ha-de proceder a ar-
rematação em hastá publica dos pre-
dios a seguir designados e pelo maiur
preço que for oferecido acima dos valo-
res respectivamente indicados,
PREDIOS
1º — Um terra de semeadura, oli-
veiras e mato, no Carvalho Basto, des-
crita na Conservatoria de Mação sob
on.º 7,091 Vai pela primeira vez a
praça em 805500,
2º Uma terra de semeadura com oli-
veiras e mato, nos Sobreiros Longos,
descrita na Conservatoria de Mação
sob o n.º 7,092, Vai pela primeira vez
a praça em 400800.
3,º Uma terra de semeadura, nos
Sobreiros Longos, descrita na Conser-
vatoria de Mação sob o n.º 7.093. Vai
pela primeira vez a praça em 200800.
Uma trrra de mato e tanchoeiras,
no Vale dos Corvos descrita na Conser-
vatoria de Mação sobo n.o 7,004 Vai
pela primeira vez a praça em 200800.
5,” Uma terra de semeadura na La-
meira do Poço, descrita na Conservato-
ria de Mação sob 0,6 7.095. Vai pela
primeira vez à praça em 200800,
P.nhorados na execução por custas
e selos em que é exequente o Ministe-
rio Publico e executado Luiz Alves, ca-
sado, sapateiro, do Chão das Codes, fre-
guesia desta comarca,
São por este citados quaisquer cre-
dores incertos para assistirem a arre-
matação neste anunciada.
Sertã, 14 de Dezembro de 1938,
e Nerifiquol
D Juiz de Direito
TOMAR
ANUNGIO
2 publicação
Por este se anuncia que no
dia oito do proximo mez de
Janeiro, pelas doze. horas, à
porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se ha-de proce-
der a arramatação em hasta
publica dos predios desizna-
dos e pelo maior preço que
for oferecido acima dos való-
res abáixo indicados. .
1.º Uma casa de habitacão,
um pequeno quintal e um
bardo, no lugar dos Maxiais,
freguesia de Sobreira Formo-
za. Vai pela primeira vez a
praça no valor de seiscentos
escudos,
2.º Uma pequena terra com
duas oliveiras no sitio do
Chão do Linho, limites dos
Maxiais, freguesia de Sobreira
Formosa, Vai pela primeira
vez a praça no valor de du-
zentos escudos — 200800.
3.º Uma terra de mato com
oliveiras inferiores, nositio
da Cór Grande limite dos
Maxiais,freguesia de Sobreira
Formosa, Vai pela primeira vez
à praça no valor de «uzentos
a cincoenta escudos — 250800.
Penhorados nos autos de
execução por custas e selos,
em que são Exequente —
O Ministerio Publico e execu-
tado José Ribeiro, viuvo, e
suas filhas menores Tereza
do Rosario e Maria do Rosa-
ro, moradores no logar dos
Maxiais, freguesia de Sobreira
Formosa desta comarca. São
por este citados qualquer
credores incertos para assiti-
rem à arrematação,
Sertã, 5 de Dezembro de
1938,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo,
O Chefe da 3.º Secção int.º,
Armando António da Silva
ANUNCIO
(1.º publicação)
Por este se anuncia que no dia oito
de Janeiro por 12 horas a porta do Tri-
bunal Judicial desta comarca se ha-de
proceder a arramatação em hasta pu-
blica dos predios a seguir designados
e pelo maior preço que for oferecido aci-
ma do valor respectivamente indicado.
PREDIOS
O direito e acção a uma terça parte
de uma propriedade de terra de culti.
vo com oliveiras, videiras e mato com
casa de adega no sítio da Lame’ra le-
mite das Sardeiras de Baixo, freguesia
de Oleiros, descrito na Conservatoria
sobo N.º 27, 163. Vai pela terceira
E à praça por qualquer valor ofercci-
o
2.º — Uma terra de cultivo e olivei-
ras, videiras e um curral, no mesmo sitio
da Lameira, limite das Sardeiras de
Baixo descrita na Conservatoria sob o
N.º 27,164, Vai á praça por qualquer
valor oferecido,
3.º — Uma casa de residencia e
quintal com oliveiras sita nas Sardeiras,
de Baixo, onde chamam o Cortino, des-
crita na Conservatoria sob o N.º 27,165
Vai por qualquer valor oferecido.
Penhorados na execução por custas
e selos que o Ministerio Publico move
contra Manuel Aives e Maria Inacia
Ppretae moradores no logar das
ardeiras de Baixo.
São por este citados quaisquer cre-
dores para assistirem a arramatação
neste anunciada.
Serfã, 19 de’ Dezembro de 1938,
Verifiquei
O Juiz de Direito, r.º Subs.
Carlos Martins
O Chefe da 1.º Secção,
José Nunes
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“te, Jose Tavares Mouta; vice-
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“vae Ernesto C. Leitão; vice-
* secretários, A. I. Pereira Car-
dim e F. Rafael Baptista,
Direcção: Presidente, dr. Ro-
ério Lucas; tesoureiro, J.
ria Júnior; secretário,
* Eduardo Barata
Conselho fiscal: presidente,
Angelo Soares Bastos; secre-
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Direcção: Henrique P. de
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Conselho fiscal: Joaquim
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licarpo dos Santos. Este estabele-
cimento, o melhor que há nesta re-
gião, no seu género, está situado
num ponto magnífico: é na Pra-
ca José Malhõa, por debaixo do
edifício dos C. T. T., em frente do
qual param tódas as camionetes
de carreira, com — passagem por
esta vila.
Figueiró dos Vinhos, por con-
seguinte, com esta casa pode, con-
venientemente, hospedar o visitan-
te mais ilustre, pois já possui uma
casa digna de uma terra de tu-
rismo, uma casa ampla, espaçosa,
bem arejuda e iluminada, ao con-
trário, de outras, acanhadas, sem
luz, só com uma porta e enfim
casas tão impróprias que «são e
parecem mais uns currais do que
uma casa de Café»,
* *
Já regressou de Lisboa, onde
foi tomar posse de Procurador á
Câmara Corporativa, o Ex.rº Sr.
Dr. Simões Barreiros, ilustre
Presidente da Câmara. Sua Ex.º,
Inborador incansável do Estado
Novo e que tanto tem feito em
prol do seu concelho, serviu na
legislatura anterior e por ser o
mais votado foi novamente eleito.
Por éste facto se vê o prestígio e
consideração em que é tida esta
nobre figura do Estado Novo.
A sua Ex. endereçamos as nos-
sas felicitações.
* *
Com muito prazer da nossa
parte, fomos informados que fa-
sem parte, du Comissão C. da
União Nacional, além de outros, os
srs. M Idos Santos Abreu, ve-
reador da Câmara Municipal, an-
tigo Administrador do Concelho e
Subscrição para aquisição cu construção
tia séde social
Transporte 8:884435
Carlos de Sousa —
DOENTES
“Tem passado
to fazemos sinceros Votos.
—Esteve doente durante al-
ns dias, encontrando-se me
amigo sr. António Craveiro
Sos amigos srs.
Moura e José N. Miranda.
—Já se encontra em plena
Congo Belga …. 220800
José Ns Lisboa 50800 | *Ssssusaaona ooscasconaonoocosensonoa
anuel LopesJunior
—S. Domin gos de VINHO
Rios a 25800 | poi auturizada a venda do
Me xá DE 95800 vinho novo de consumo, a
RR se —5mmoz | partir de 15 do corrente, em
A transportar… 9:204895 | virtude de não haver vinho
— BBGDDGOoH Gac ooaDao voo onoD ac avanDovar
incomodado
de saúde, motivo por que não
– sai de casa há muitos dias, o
sr, António Nunes do Figuei-
tedo, por cujo restabelecimen-
or, a sr.* D. Maria dos An-
jos Craveiro, esposa do nosso R E S G A TT E in
– Com fortes ataques de ‘
reumatismo também têm es-
tado retidos no leito os nos-
Henrique
abastado proprietário, Padre An-
tónio João de Almeida Inglês e
Políbio Fernandes das Neves, as-
pirante da nossa Câmara.
a
velho com as caracteristicas
precisas para as necessidades
do consumo.
A Junta Macional do Vinho
resolveu acabar com a tabela
fixada para as vendas do
armazenista ao retalhista e
dêste ao público, de forma
Sopa dos Pobres
Movimento de Outubro de 1938.
RECEITA: Cotas da Câma-
ra, Administração e várias,
397550; Cotas de um anóni-
mo, 100800; Soma, 497850.
GENEROS: de um anóni-
mo, 17,5 kg. de batata; do sr.
P. Rumalhosa, 1 alqueire de
azeite; do sr. António Lou-
renço, um alqueire de feijão
frade, cebolas e hortaliça;
hortaliça de vários anónimos,
DESPESA: Distribuição diá-
ria, de sopa, a 45 indigentes,
381819.
A Direcção agradece muito
reconhecida, em nome dos
pobrezinhos.
mogoonver annnansoo casa passa ssacnovoD
Sernache do Bomjardim, 13 de De-
zembro de 1938,
+… Director do jornal «A Co-
marca da Sertão — Sertã
Meu … Am.º
Venho pedir-lhe o obséquio de no
próximo número do seu conceituado
jornal publicar o seguinte:
No número 120 de «A Comarca»
diz o Ex.mº sr, Sub- Delegado do I. N
T.e P, que foi S. Ex.ºe nãoo Ex.Dº
sr Delegudo quem em 20 de Outubro
visitou a Casa do Povo de Sernache
do Bomjardim. Cumpre-me dizer que
me foi apresentado como sendo o
Exmo Sr. Delegado e não me apercebi
de que S. Ex.“ tivesse rectificado,
Sôbre as restantes considerações
que S. Ex. faz cumpre-me tambem di-
zer o seguinte:
Quanto aos serviços do Ex.mº Sr.
Dr. Gualdim de Queiroz prestados no
Posto de Saúde da Casa do Povo, só
tenho que confirmar o conteúdo do
meu oficio de 22-7-938 que S. Ex.
certamente não desconhece,
Quanio aos serviços prestados no
CASAMENTO
Realiza-se no próximo dia
11 0 casamento da Ex”* Sr.
D. Judite Vidigal Marinha,
gentil filha da Ex.” Sr? D.
Angela Vidigal Nunes Mari-
nha e do sr. Adelino Nunes
Marinha, já falecido, de Pe-
drogão Pequeno, sobriaha do
sr. dr. Angelo Henriques Vi-
digul, médico do partido mu-
nicipal e director do Hospi-
talda Misericórdia, com o nos-
so presado amigo sr. dr. Flá-
vio Antônio Francisco dos
Reis e Moura, distinto advo-
gado e notário desta comarca,
AO EO OA CGA
No nosso talho sucedem,
por vezes, coisas, que são im-
próprias, denotando grandes
faltas de atenção pelo públi-
co e que nos parecem dever
ser reprimidas para que tudo
entre nos eixos, A hora regu-
lamentar de abertura, nos
dias de venda, é às 8 e logo
se deve principiar a atender
quem aparece; mas assim não
o entende o cortador da carne
de vaca, que no dia 3 do cor-
rente, só ali apareceu às 9,80
horas, obrigando tôda a gen-
te a esperar por S. Ex.º… Is-
to tem sucedido mais vezes.
Não hã o direito de preju-
dicar o público, repetimos. E”
forçoso que acabem êstes
ábusos e para êles chamamos
a atenção da Câmara.
seu consultorio particular, tambem
concordo que seriam de considerar e
dignos de louvor, neste ponto concordo
com a opinião de S. Ex,” não podendo
no entanto deixar de ter em atenção a
carta do Exmº Sr, Dr. Gualdim de
Queiroz que se encontra nos arquivos
da C. Povo e que S, Ex.º tambem con-
hece,
Quanto aos serviços do outro clinico
Sr. Dr. Marques Canas, no Posto de
Saude nada rrais tenho a acrescentar
àquilo que S. Ex.* constatou, sendo
tambem de louvar os serviços que an-
teriormente prestou no seu consultorio,
louvor que o inteligente critério de S,
Ex.º tambem não deixará de aprovar.
Quanto a um contiuuar a ser médi-
co da Casa do Povo eoutro prestar-lhe
os serviços clínicos será um critério
muito respeitável mas que não compre-
endo, embora nada possa impedir que
a C, do povo tenha dois médicos.
Antes de me. pronunciar sôbre a
afirmação de que os corpos directivos
são substituídos para evitar queaC, do
Povo continue « desviar-se da sua fina-
lidade, quero apenas lembrar a S. Ex.*
que no L e P, me imformaram
ter sido retirada a sanção pelo facto
dos mesmos corpos directivos não terem
idoneidade política!
Sôbre a nova Direcção: como não
tiveram em atenção as disposições es-
tatuárias aguardamos o despacho con-
veniente de Exºo Sub-Secretário
de Estado das Corporações, como me
foi prometido no IL. N, 1. e P.
Sem outro assunto, creia-me, Am.”
e Mt.º Obgd.º
D. Noémia Granado Ferreira
da Silva
Encontra-se no Cabeçudo,
tendo reassumido as fun-
ções de directora da escola fe-
minina, esta Ex.”” Senhora,
esposa do nosso amigo sr. dr.
Antônio Ferreira da Silva,
notário em Mesão Frio.
Professora distintissima, sen-
tindo pelas suas alunas ver-
dadeira afeição maternal, a
sr* D. Noémia G. Ferreira da
Silva é adorada por elas e a
população do Cabeçudo dedi
ca-lhe invulgar considera-
ção.
A” ilustre professora apre-
sentamos os nossos respeito-
sos cumprimentos de boas-
Gentenários da Fundação e Res-
tauração da Nacionalidade
Qual o programa das comemora-
ções, Bm 1940, no nosso coucelho ?
-+« Senhor Director de «A Com «rea
da Sertã»
Convida-me V. …a emitir o meu
parecer sôbre a cclaboração do nosso
concelho nas comemorações dos Cente-
nârios da Fundação e Restauração da
icion«l:la le. Compreendo berma que
aão sou qas pessous mais indicadas pa-
1a darem opinião; escasseiam-me, na
verdade, os requisitos necessários pa-
‘erar devidamente assunto de
riânvia, predicados êsses que
existem cm muilos nossos conterraneos,
moradores no concelho e fora dêle, e
que lhes dão maior autoridade para
apresentar os alvitres desejados.
Razões de sobêjo tema Sertã para
cooperar nas sobr:ditas Comemorações,
Recordo que o concelho é o berço
dum dos maiores portugueses de todos
os tempos — D. NUNO; que, depois de
Leça, foia Sertã a primeira terra do
país doada á Ordem Militar do Hospi-
tal, que posteriormente se denominou
Malta e que muito concorreu para a
fundação da nacionalidade e mórmente
para a consolidação da sua indepen-
dencia, que era considerado de tanta
importância o castelo dá nossa vila,
nos primórdios da Tpatquia, que nele
se reun:ami, em capitulo Geral, os des-
temidos freires do Hospital e que mui-
tos sertaginenses receberam mercês €
altas distinções de El-Rei D, João IV pe-
los seus altos feitos militares nas zuer-
ras de Aclamação, entre eles António
Mendonça. António Nun s Letão, Ma-
nuel da Mota Henriques, Vicente Nu-
nes Tardaz, João Gomes Serrão, Pedro
Pinto Caldeira, Basílio ae Andrade,
Pedro Gomes. Fabião Ferreira c Antá-
nio Pinto Caldeira,
Dev ndo, pois, a Sertã colaborar no
Duplo Centenário, atrevo-me a sugerir
o seguinte, anuindo ao amavel convite
e Vi
1.º Se glorifique o grande heroi na-
cional D, Nuno, inaugurando o seu
busto no largo do Seminário de Serna-
che, conforme sugestão ha pouco for=
mulada neste Semanário,
2º Se preste homenagem, por
ocasião dos fesiejos nacionais, a Lopo
Barriga e a Gonçalo Rodrigues Caldei-
ra — imortais herois de Safime de
Aljubarrota, e a Manso de Lima, ne-
tavel genealogista, dando os seus nomes
a três »uas da Sertã;
5.º Se alargue e aformoseie o minus-
culo adro da capela de S, João Baptis-
ta, no Castelo, onde viveram os citados
freires, dos melhores cabouqueiros da
nossa pátria:
4º Se faça representar o nosso con-
celho nos cortejos históricos, a realizar
em Lisboa por doze indivíduos, trajas
dos de cavaleiros hospitalários, como
o desenho publicado na monografia
«A Sertã eo seu Concelhos, Deveriam
ser corpulentos como os homens da-
quela época e montar bons cavalos que
o exército poderia ceder:
º — Se realizem festas no verão
de 1939 e 1940 na Senhora dos Remé-
dios e na capela de S. João Baptista.
de que faria parte um vortejo folcló
co de costumes antigos do concelho:
6.º — Se solicíte da Comissão Nacio-
nal do Duplo Centenário a organização
duma romagem ao local do nescimeato
vindas. de D, Nuno,
7.º Se efectuem em 1939-1940 to-
dos os melhor rurais ha muito
Missa do Galo
Como a Igreja Matriz ainda
ainda se encontra em obras,
a tradicional «Missa do Galo»,
celebrada na noite de hoje,
tem logar na Igreja da Mise-
que, assim, ficou estabeleci-
daa liberdade de preço.
Manoel Gonçalves Bátista
ricórdia.
Sim,
(A Luiz da Silva Dias)
ELES lá vão pela estrada fôra
–Caminho do mistério e do Infinito—
estudados e pedidos ao Govêrno para
ficarem atestando aos vindouros a
obra do Estado Novo nos dois anos
festivos:
8º — Se publique um numero espe-
cial de «A Comarca da Srtão profu-
samente ilustrado com fotogravuras dos
melhoramentos re.lizados pelo listado
Noyo nos sobreditos anos e com Os come
petentes artigos elucidativus,
São estas as ideas que apresento e
tão desvaliosas elas se me afiguram que
não ouso assinar com o meu nome e
apenas com o simples, mas apropiiado
pseudónimo de
Lisboa, 28-11-938
UM HUMILDE SERTÁGINENSE
“000D000n0GODOGODA COGaaCLoOL posnaanHo
Pedido do casamento
Foi pedida em casamento a
menina Josefina Delgado Cars
doso, filha da sr* D. Maria
– “onvalescença, da grave en-
| fermidade que o prostrou no
Jeito por mais de dois meses,
BRR Mateo, do, Fliguel» O mundo é tristel… e a Morte – dada a hora –
o Ei Resp tara tao ro dan ao
O atropelamento o comerciante e dá-lhe a Paz eterna e redemptoral
sr. José Ventura
E o motorista Domingos
Francisco Barata, autor do
atropelamento do comercian-
sr. José Ventura, falecido
em 13 do corrente, foi arbi-
trada a fiança de vinte con-
tos no processo correcçional
que, pelo referido crime, lhe
move o Ministério Público.
vestou-a na 2.+feira.
Este número foi visado pe
repousar, emífim, com O olhar fito
€ i ”
no Bem Supremo, na Suprema Aurora | onceição Cardoso e sóbri
nha do srs. Padre Antônio
Joaquim Cardoso, de Cardigos e
José Antônio Delgado, da Sertã,
para o sr. Ramiro Dias Car-
doso, dig.Ӽ comerciante em
Cardigos, irmão de Celesti-
no Dias Cardoso, David Dias é
Cardoso e Mario D, Cardoso,
comerciantes na Beira-Africa
Oriental, O enlace matrimo- |
EM deve realizar-se pelo Na-
al.
900000800008000000000000 c00000300008
Instrução
Encontra-se vaga uma dus
escolas do sexo masculino de
Sernache do Bomjardim.
—Foram providas nas es-
colas de Portela de Bezerrins
e Troviscal, respectivamente, |
Corações ao Altol.., E’ imenso o Espaço
é em todo o lindo Cêo palpita a Vidal
Tudo é Amor! Vamos reatar O laço
» Que se partiu no lance da partidal
On! Vamos ressurgir, naglória, o abraço
– que trocamos no horror da despedidal,,.
,
Cardigos—1958—Outubro :
OLIVEIRA TAVARES JUNIOR
da leitura do lindo soneto— A DEBANDA- s
s Comissão de Censura DA o q oi oeta Cardiguense—Sr. Luiz da Silva Dias —, as professo . Conceição
do Castelo Branco publicado mo nº ig da «COMARCA DÁ a é da Silva é D, Maria
E AD E qi Eau
dade qro
*ro
*@@@ 1 @@@
ia ate
MES Te
x
Mu
-. COMARCA
DA SERTA’
tudo fazer, mas que nada fa-
zia, nem levava a bem que ou-
tros fizessem, Fez-se, desde
a importante aldeia do Estrei-
to ao Alto da Foz Geraldo,
numa extensão de, talvez, 1
ou 8 quilómetros, um cami-
nho que nos meses de verão
da regular passagem à viação
acelerada, tendo chegado por
várias vezes automóveis ao
Estreito e até ao Roqueiro
Gustaram-se, nêsse comi-
nho, alguns milhares de
escudus, amealhados por meio
de subscrição entre os habi-
tantes daquela região e de
todos os bons padrinhos. Não
consta que a Câmara dêste
concelho concorresse ao menos
com um ceitil para tão impor-
tante melhoramento. Abriu-se
na importante Aldeia do Orva-
Jho uma Casa do Povo, que já
está dando óptimos resultados
materiais e morais, afastando
da taberna os operários e
dando assistência médica gra-
tuita à todos os sócios ea
muitos pobres. Este impor-
tante melhoramento estã sen-
do subsidiado, mensalmente,
com uma cota, embora demi-
nuta, pela Camara do Fun-
dão, puis a Camara dêste con-
celho ainda lhe não deu o
menor auxílio, a-pesar-deo ter
prometido logo no principio,
na ocasião em que se abriu
a referida Casa do Povo.
Fez-se por subscricão um
caminho – estrada, aqui na
Serra da Rasca, entre a as-
sentada da Azinheira eo Alto
do Gralhal, numa extensão
de cerca de 4 quilômetros.
Este caminho-estrada foi fei-
to çom tal perfeição que, se-
gundo a autorizada opinião
do ilustre engenheiro Amaral,
chefe desta Zona, pudia rece-
ber o empedramento apenas
com leves retoques. Pois a
Camara dêste concelho, lon-
ge de auxiliar, ao menos mo-
ralmente, tão importante be-
nefício em favor de grande
número de municipes desta
Camara, consta-nos que re-
dicularisou e amesquinhou
os promotôres da subscrição
e executores da obra.
Sôbre êste ponto, meus se-
nhores, seria um nunca aca-
bar.
A Camara não fazia, nem
levava a bem que outros fi-
zessem.
O pouco que se fazia era
tarde e a más horas, ou quási
sempre ao contrário, às aves-
sas do que se faz em qual-
quer outra parte.
Em qualquer outra parte,
os funcionários ee npregados
de qualquer ramo de serviço
público são eleitos ou nomea-
tomam posse dos seus
logares e depois entram em
dos,
exercicio.
Aqui era ao contrário. Ge
ralmente sô muito tempo de
pois de entrarem em exerci-
gio é que tomavam posse!
E ainda há pouco tempo
se empregaram esforços pa-
ra queentrasse em exercício
uma entidade, que não só não
havia tomado posse, mas nem
sequer havia sido eleito por
aqueles que exclusivamente
o podiam fazer,
O facto em si constitue uma
ofensa, um insulto enorme a
essa entidade, que assim se
supunha sem honra, sem ca-
rácter e sem brio; porém, se
eu lhes narrar as circunstan-
que foi feita essa
tentativa, o insulto sobe de
ponto e ultrapassa as raias
de tudo o que nós poderia-
or-
ventura, que essa entidade
cias em
mos imaginar. é Julgam,
tumam sair das suas tôcas para fazerem
a sua vida de noctivagos!l!
Era tão baixo o nível móral destas for-
malidades, que tiveram a ousadia de estar 9
mêses, sem Camara legalmente eleita; desde
o princípio de Janeiro até à memorável ses-
são do ilustre Conselho Muuicipal de 29 de
Setembro dêste ano—em que aquela assem-
bleia, pelo seu nobre e sôbre todos os pontos
honroso gesto, repeliu indignada o insulto
que lhe haviam feito. Pela voz autorizada e
forte de 2 distintos conselheiros, os Ex.”’º Srs.
Teotônio Pedroso Barata dos Reis, das Mou-
gueciras e Augusto Fernandes, desta vila, com
o voto unanime de todo o concelhu, foram
postos a nii os atropelos e ilegalidades até
ali cometidos, usando-se contudo da maior
benevolência para com os delingientes. E” a
esta ilustre corporação que, segundo o actual
Código Administrativo, pertence exclusiva-
mente o direito de eleger os vogais das Ca-
maras Municipais; pois, aqui, esta corpora-
ção não foi ouvida nem achada em tal assun-
to e sem se saber como, nem porquê, apa
receram nomeados, subrepticiamente, dois
vogais, que nunca tomaram posse, nem en-
traram em exercicio porque, estando conven-
cidos da falsa situação em que se eicontra:
vam e que mais vinha cobrir-nos, a todos,
de vergonha e opróbio, não o podiam fazer
por não haverem sido eleitos por quem de-
via e podia fazê-lo. Portanto, à face dos mais
elementares principios da lógica, o Conselho
Municipal não destituiu os vogais da Camara,
como alguém pretende fazer crer, nem fez
ofensa a ninguém, póis não podia destituir o
que não estava instituído u investido; ape-
nas reconheceu que não existia Camara e
procedeu á sua eleição, comô já o devia ter
feito em 2 de Janeiro, se para isso fósse con-
vocado como era de Lei, E” esta à triste rea-
lidade dos factos, núa e crúa, embora os do-
cumentos oficiais nos digam que tudo cor-
reu muito legalmente.
O prestimoso cidadão desta vila, senhor
José Pereira Rei, figura de destaque nêste
nosso meio, digno dos nos nossos respeitos
das nossas homenagens e agradecimentos,
pelo muito que sempre se tem interessado e
trabalhado peio bem público do concelho e,
ainda últimamente, na execução das obras
de abastecimento de àgua potável à vila,
que em grande parte a êle se devem, sim,
êste ilustre cidadão não foi, nem podia ser,
destituído de vogal da Câmara pelo ilustre
e ponderado Conselho Municipal, não; êste
apenas reconheceu que não havia Camara e
muitó breve e expontaneâmente tratou de a
eleger sem ofensa para ninguém. E é com
a maior honra que, interpretando o sentir,
tanto do Conselho Municipal como da Ca-
mara, dou a V. Ex.’* estas explicações.
Vamos agora ver se nos é possivel fazer
compreender, a todos, a vós, homens bons
dêste concelho, com os vessos regedôres, pre-
sidentes das Juntas e membros das comis-
sões da União Nacional, sim, vamos ver se
nos à possivel fazer compreender a todos —
o para quê — das circunstancias que trouxe-
ram aqui, às cadeiras da Camara de Oleiros,
dois padres.
Antes de mais nada devemos declarar
que a nossa missão é dificil e cheia de obs-
táculos de tôda a ordem e que nos sentimos
de tal modo oprimidos, debaixo de tão gran-
– | de pêso, que foi a compreensão nitida e clara
– | desta nossa fraqueza que nos obrigou a pe-
dir-vos, a todos vós, o grande sacrifício de
aqui vos reunir uêste momento, a-fim-
de nos ajudardes a levar a bom fim tão difi-
cil tarefa. *
O nosso primeiro encargo é fazer desa-
parecer êste ambiente, esta atmosfera de de-
pressão moral, de abatimento de inactivida-
de, de miséria e inaptidão em que vive-
ram as Camaras anteriores e, com elas, todo
o concelho,
Todos nós, ricós e pobres, sábios e igno-
rantes, presentes e ausentes, nos julgâvamos
no direito e, talvez no dever de ridicularizar,
achincalhar e amesquinhar a Camara nas
pessoas dos seus membros e do seu pessoal
de Secretaria,
Ora, é êste ambiente, assim pestifero e
nauseabundo, que a todos nós traz enver-
gónhados, que tem de acabar, porque assim
o exige a honra, o prestigio e o bom nome
de todos nós,
Amnossamãi carnal é sempre para nôs, se-
foi convidada para vir aqui, |ja ela quem fôr, a melhor, mais honesta, a
à Camara, à luz clara do
nas horas em que a lei man
da ter abertas as repartições,
para assinar qualquer docu
mento
lisado?
vidada a; fazer essa assinatu
ra em uma casa particular, €
a que horas? A” noitinha, ao
escurecer, ao lusco-fusco, à
5 c08-
hora em que os morcôgo:
ia,
mais honrada e santa de tôdas as mulheres
– | e não consentimos que ninguém, diante de
nós, diga uma palavra ou esboce, sequer, um
– | simples gesto em seu desabono; pois bem, a
ue precise ser lega-| nossa povoação, a nossa aldeia, esta vila,
uro engano, Foi con:
todo êste rincão de terra que constitui o
– | concelho de Oleiros, é a nossa terra, a nos-
de a respeitar, de nunca pronunciar uma pa-
lavra em seu desabono, nem consentir que
outros a pronunciem, na vossa presença, sem

sa segunda mãi, Temos obrigação de a amar,
Pelo Concelho de Oleiros
(Continuação da 1.º página)
o nosso protésto, sem a nossa mais veemen-
te reprovação.
Mas, para isto,
esfôrço, uma enorme
nossa parte. é É
Os actuais vogais da Camara estão dis-
postos a envidar êsses esforços, a trabalhar,
ainda à custa dos maiores sacrifícios, para
que alguma coisa se possa tazer em benefi-
cio de todos, )
Nêste sentido oficica-se já ao Ministério
das Obras Públicas pedindo o estudo técnico,
por conta do Estado, para algumas obras
que nos parecem de mais urgência e abso-
luta necessidade,
E’ claro que se essas obras chegarem al-
guma vez a ser comparticipadas pelo Estado,
cumo esperamos, as povoações, a que elas
dizem respeito, terão de prestar todo o tra-
balho e fornecer o material próprio da re-
gião, como pedra, barro, madeiras, etc., de
modo que as obras se possam levar ao fim,
de boa harmonia entre o subsídio do Estado
e o esfôrço correspondente da povoação; por-
que à Camara seria inteiramente impossivel
comparticipar tantos trabalhos ao mesmo
tempo.
Estus comparticipações estão-se tornan-
do cada vez mais dificeis e com orçamentos
apertados.
Estivemos a dormir no tempo das va-
cas gordas, e, agora, para fazermos alguma
coisa, precisamos de um esfôrço muito maior.
Este descrédito das Camaras anteriores,
êste abandono e desprezo com que eram
olhadas as necessidades mais urgentes de to-
dos os municipes, que só eram tidos e havi-
das para… pagar, fizeram nascer, em duas
das mais importante freguesias do concelho
—Orvalho e Isna— um certo espirito sepa-
rátista, que se vai arreigando cada vez mais
e que dificilmente deixará de se vir a reali-
zar se essas freguesias se virem ligadas
por boas estradas, respectivamente, aos con-
celhos do Fundão e Proença-a-Nova, antes
de estarem ligadas à sede do nosso concelho.
Dizem, e com razão, os povos dessas fre-
guesias que só aqui vêm para pagar, não
tendo recebido o menor beneficio. Se ao me-
nos viessem por bons caminhos ..
Vamos pois empregar a deligência para
que essas queixas, êsses motivos, até agora,
infelizmente, tão verdadeiros e reais, deixem
de existir, fazendo com que, ao menos, uma
é necessário um grande
fôrça de vontade da
-deminuta parte das contribuições, que pa-
gam, reverta em seu benefício.
Mas o descontentamento não é só destas
duas freguesias, o descontentamento é geral,
é de todos, incluindo esta vila, cuja sede é a
mesma de todo o coscelho. Sim, todos estão
descontentes, todos una voce, gritam, barafus-
tam, declarando alto e bom som, que nada
se tem feito, que não temos escolas, nem ou-
tros edificios públicos, não temos estradas
nem ao menos caminhos regulares, não te-
mos fontes, não temos nada, quando os con-
celhos nossos vizinhos, se não têem ainda tu-
do o que desejam e precisam, têm já muito.
muitissimo, comparados connosco.
Nesta altura do meu pobre discurso, será
já oportuno e virá mesmo a propósito per-
guntar quem foram ou quem têm sido os
culpados dêste nosso atrazo, desta nóssa inac-
tividade, quando, em volta de nôs, tudo gira
com a maior das velocidades.
A esta pregunta eu não quero nem devo
responder concretamente, Deixó a cada um
devôs o encargo de lhe dardes a resposta
que vos parecer mais apropriada, porque
todos vôs sabeis tão bem, ou melhor do que
eu, como tudo tem corrido.
São factos consumados, foi tempo precio-
sissimo que se perdeu e que, por mais que
agora façamos, nunca poderemos conseguir
que volte,
Somos, portanto, obrigados a reconhe-
cer, a constatar a realidade dos factos, que,
a meu ver, se resumem em dois pontos con-
cretos;
1,º—Que tudo estã por tazer.
. 2*—Qne, o que hãa fazer, tem de ser
feito por nós, por nós e sô por nós, e ainda
por nós todos, sem excepção alguma,
Vamos, pois, todos ao trabalho, mãos à
obra, desde já, sem’ desfalecimentos, sem: ti-
biezas, antes com o maior desvêlo, com o
mais fervoroso entusiasmo, e, em poucós
anos, ençheremos de vida activa e alegre êste
nosso concelho, tão digno de melhor sorte,
Os actuais membros da Camara querem
apenas começar a imprimir alento e vida ao
que a todos parecia morto.
Vôs, depois, continuareis e levareis ao
fim o que agora apenas vamos começar.
Porém, para êste começo, & necessária a
boa vontade e os sacrifícios de todos nós,
temos de recorrer a todos os meios quea
lei nos faculta para arranjar receita com
se está fazendo em todos Os qutros concer
lhos, e não queremos de
modo nenhum que, ao ba.
terem-yos à porta para pa-
gardes esta ou aquela con.
tribuição camarária, esta ou
aquela licença, por isto ou
por aquilo, vós possais di-
Zer:
— Olha, agora, os padres
no que êles mexem, êleg
vêm com os bolsos vasios
querem-se encher, poís que
vão lá para a igreja rezare
cantar, que é o logar dêles,
Sim, meus amigos todos, se
nos haveis de dar esta res.
posta âmanhã, dai-no-la já
hoje, nós saimos daqui com o
mesmo semblante airoso com
que entrâmos,
Os sacrifícios são necessa-
rios, e Os nossos são os maio-
res de todos, mas aqui esta-
mos prontos a sacrificarmo-
nos a trabalhar pelo bem de
todos, pelo progresso do nós-
so concelho, mas também
com o sacrifício de todos,
Um dos assuntos mais di-
ficeis de resolver em todos
os concelhos, mas já se en-
contra resolvido nos conce-
lhos nosses vizinhos, é o da
prestação do serviço braçal,
A nossa Camara hã mui-
tos anos que não cobra êste
imposto, nem em trabalho
ném em dinheiro. resultando
daqui, o lastimoso estado em
que se encontram todos os
nossos caminhos.
A cobrança dêste imposto
em trabalho, por mais que fa-
çamos, nunca pode ser justa
e equitativa supondo que na
vossa aldeia ou na vossa pos
voação, o maior, o mais abas-
tado proprietário, tem apenas
um homem, ou não tem ne:
nhum em idade de prestar
trabalho, tem uma ou duas
juntas de bois e uma ou mais
cavalgaduras de cujo traba
lho a Camara não precisou
durante o ano, êste homem,
êste grande proprietario, pou-
co ou nada pagou.
Ao lado dêle, vive um po-
bre trabalhador com 4ou
5 filhos, todos em idade de
prestar trabalho, de que a
Camara precisa e exigiu, pas
gando assim êste uma contri-
buição maior que o rico, fae-
to que se não daria se o rico
pagasse em dinheiro / pelas
juntas de bois e pelas cayal:
gaduras.
Quanto ao pobre, convem-
lhe mais pagar em dinheiro
do que em trabalho, porque
a Camara vai exigir um Sas
lário minimo, apenas 5 escl-
dós, ao passo que nas suas
obras pagarão nor 6, 1 e 8 e8-
cudos, segundo as épocas do
ano e a qualidade dos traba-
lhos, acrescendo, ainda, a im-
portante circunstancia de que
pagando um dia tem quem.
lhe dê trabalho, semanas é
até meses, o que de outro mos
do não podia alcançar.
Sôbre êste ponto, a Camara
toma aqui hoje, perante vós
todos, o comproinisso peren-
tório e solene, de distribuir
pelas freguesias, em propor
ção com o número de fogos,
metade das receitas cobradas
por êste imposto, ficando as:
sim tôdas as freguesias habir
litadas a reparar, anualmens
te, os seus caminhos vicinais,
como é de grande utilidade pa:
ra todos.
E’ nêstes têrmos, com estas res
trições e cautelas em benefi-
cio de tódos, quea Camara
se propõe fazer a cobrança do
imposto do serviço braçal &
dinheiro e para esta propos
ta pede aaprovação de todos
os membros do Ex.”º Conselho”
Municipal, dos Ex.Ӽ* Presidel
tes das Juntas de freguesia, e
gedores e mais cidadãos gs
aqui se encontram reiini
representando todo O conortat
CEsta proposta foi aprova
por unanimidade de todos 9º |,
presentes)..
(Continua no próximo ma
,.
(Continua no próximo ma
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