A Comarca da Sertã nº101-30-07-1938

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DIRESTOR, EDITOR
Eduardo Barata da Silva Coreia
É PROPRIETARIO
—— — 1 REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SE PA PINTO SERTA
PUBLICA-SE AOS SABADOS
ANO
“Nº101
Hebdomadário regionalista, in
AVENÇADO
FUNDADORES
– DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSE BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA va SÍLVA CORREA |
Composto & Impresso
NA
GRAFICA DA SERTÃ
Largo do Chafariz
SERTÃ
degendente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação)
S Casas do Povo, como
organismos corporati-
vos, passam a ter, pela ler recen-
temente publicada, mais latos
poderes, reforçando-se os seus
meios de acção; com a criação
dos Grémios de Lavoura e esta-
delecida a regular e devida coo-
peração com éstes, fica organi-
zada a produção agrícola, pro-
curando alcançar-se a melhoria
da condição moral e material
dos trabalhadores rurais, sobe-
tudo no que dis respeito aos
problemas dos salários e do de-
semprêgo. Pela nova legislação
ficam as Casas do Povo aptas
a celebrar convenções colectivas
de trabalho, acôrdos que são
obrigatórios para todos os bro-
“dutores de determinada área,
“desde que os que o subscrevam
“representem, pelo menos, dois ter-
— ços dos mesmos produtores.
Um grande uúmero de rega-
“dias são concedidas, entre as quais
nos
buição
“vo, que lhes faculta vida desafo-
“gada e que será principalmente
— alimentada pelas percentagem das
“taxas sôbre os produtos agri-
colas.
“das reforçam notavelmente a efi-
ciência da organização corpora-
tiva nacional.
O
o gosado, area, um
)
tempo maravilhoso: dias
de magnifico sol, sem calor de-
masiado, convidando-nos a apro-
veitar, com sofreguidão, os dons
-que a Natureza nos à
com tanta liberalidade e a colher
as primícias dêste estio encanta-
dor, de temperatura salutar para
o corpo e para o espirito.
4 vida campestre apresenta-
nos atractivos, os mais variados,
que uns não podem e outros não
querem aproveitar.
A faina agricola prossegue
com método na nossa região;
recolhida a batata, ceifado o
centeio e a cevada, secam-se
as paveias nas eiras e daqui a
pouco começam as malhas. De-
pois vêm as debulhas do milho
por essas povoações, em noites
luarentas, entre o alegre can-
“tar das raparigas e a piada
apura a graça brejeira
OS que se preocupam muito com
“a vida dos outros, receosos de fa-
lar na sua…
O lavrador exultarã ao ver
a arca cheia, com dão para ven-
der e gastar; entanto queixa-se
do oitio, que lhe aíaca a vinha e
conjectura fraco ano de vinho e
de azeite.
vg
Ijanicido do Brasil, de
20 do corrente, dizem
ter sido destruido, em parte, por
um violento incêndio o Gabinete
Português de Leitura, do Recife,
sendo os prejuizos superiores a
790 contos,
“Fundo Comum das Casas do Po-
As reformas agora introduzi-
inda, a lusifana
ROS arraiais de D. Afonso Henri-
ques, ao fim das batalhas, co-
roadas, de o dinário, por vio-
rias fulg ntes dos portugueses,
Em W costumavam os trovadores can-
tar as glórias dos nossos antepassados, os
Lusitanos. E o nosso primeiro Rei gostava
de ouvir essas tiovas, que fortificavam os
ânimos com a fôrça dos bons exemplos.
Nada mais animador e generosamente fecundo do
que a celebração dos grandes feitos históricos du- |
ma Raça.
Ora, depois da tomada de Santarém, a
14 de Março de 1147, o Rei, depuis de louvar
a intrepidez imortal de Mem Rumires, que
tam gloriosamenie se houvera naquele feito,
chamou um trovador, e disse-lhe que can-
tasse qualquer proeza da gente lusitana.
O trovasor depôs a espada, ainda tinta em
sangue mouro, e começou assim.
—« miss: cantada, que fo celebrada pelo Rev.º
Padre Manuel Mart ns do Troviscal, Ds tarde houve pro-
cissão, que foi muito concorrida, ted» sido precedida de
sermão p:égado pelo Rev.º Padre José Vian . do Marmelei-
ro, Deu a melhor colaboração a festividade a Filarmónica
União Sertasinense.
feita ordem,
E.
NS
ES
CUMEADA, 18 — Terá lugar nesta freguesia no
próximo dia 31 de Julho, a festa em louvor da nossa pa-
droeira, Sant’Ana,
E’ festeiro o nosso amigo e grande proprietario José
Nu-es, de Vaquinhas e que naquele dia quer oferecer um
jantar pantagruélico camp 1, a muites dos seus numerosos
amigos. De Lisboa espera-se entre ou ros filhos da terra,
Sva Macestade «O Rei das Metas», sr. Eugénio Nunes Fa-
rinha, o protector dos pobres como aqui é agora conheci-
do. pois não se podera esquecer que foi êste senhor
quem há três amos veio custear tôd. a decpes
d. festividade de Sani’ana, vestir e calçar tôda à mocidade
pobre desia freguesia etc…, Bem haja sempre, não esque-
ceremos de 0 v peltir.
No entanto, não faça desta vez a sua costumada «vi-
| sita relâmpago», porque os papás não gostam é creia O
no so bom amigo que por muitos dias que estej) na sua
terra natal nunca a sua presenç s tor ar: fastidiosa jun-
to de nós, Saiba tambéin e mais os nossos amigos conter-
râneus, que a estrada se bem não estã boa, já esta melher
guesia,
Deve-se êste melhoramento ao nosso presidente da
Juata da Freguesia. :
– No domingo passado fomo surpreendidos com a
inesperada visita o sr. Diamantino Domingos da Silva,
flho da freguesia e que há 25anos estava auscnie na
América do Norte, E :
Vinha acomp nhado da sua nova familia, que, depois
De fora via-se muita gente € tudo correu na mais per-.
mais não se poderá fazer com aúxilio exclusivo da fre-
freg esia | bando,
|
(NOTISIARIO DOS Nossos CORRESPONDENTES)
Foi de «ra:xa a baixo», da do-se cenas engraçadas aca-
no entanto, tudo bem, na melhor ordem e harmo-
nia, não sendo becessário intervir a autoridade. Esta visita
por: todos os motivos se tornou interessante, pelo que teve
de significativo e original.
— Està a freguesia de sinos novos,
Os velhos, que diziam ter já 60 anos, acharam cume.
prida a sua missão.
Combinaram-se a desaparecer, inutilizando-se,
iz ram bem. É
Que a terra lhes seja leve…
— Ficar m aprovados todos os :lunos que à digna
professora levou a exame. Muito bem, é renovando as nos
“sas sínceras felicit ções a todos. Os exames foram presi-
didos pelo delegado do Inspector Escolar, sr. António
Manso, da Sertã. É
DRSSS0D
IG
SA
Manuel Fernandes Júnior
MOSTEIRO DE SANTIAGO (VARZEA DOS CA»
VALEIROS). 24 — Faleceu no dia 19, na sua casa da Pere
na do Galego a nosso querido amigo sr. Manuel Fern ndes
Júuior, de 78 anos, abastado proprietàr o, ancião muito res-
peitado pelas uas belas qualidedes de caracter & coração.
A sua morte foi muito sentida, não sô pela população das
freguesias da Ermida e da Varzea, mas por tôda a gene
que conheciã o extinto, que tinha o verdadeiro culto de
Honra e do De er. Fui dita a primeira missa de corpo pres
sent> na sua capela, junto à casa de residência, pelo Rev.º
Pe Eduario António Ribeiro, pároco em Alcafozes da
Beira, que se encontrava de licença na Castanheira Cimeis
ra, sua terra natal. Depois a missa seguiu o funeral,
acompanhado de muita gente, do páro: da Ermida. Rey.º
Pe António Alves Catarino do Rev? Ribeiro e a Irmandade
para a lgrja Matriz da Ermida, onde foi dita a segunda
missa de corpo presente pelo Rev.º Catarino. Logo que:-tere
minou a segunda missão seguiu o funeral para o novo: ces
micério, onde o saúdoso extinto tem o último repouso.
Que descance em paz.
a mai Te
A tôda a pente que compareceu
de assistirem todos os actos religiosos da isreja paroquial
com a maior compostura e recolhimento cristão, iecebeu os
cumprimentos de todo êste povo a sombra do grande, fron-
“oso e secular freixo, no adro da Igreja. :
/ foi servido um lanche
prév amente preparado, com abundância de tudo, inclusive,
vinho, pelo que não seise o dig, seo conte…
pêsames.
O extinto era pai
Costa, grande proprietario na
sr Manuel Farinha Martins Júnior, proprietário,
nesta povoação, a quem apresentamos os nossos sentidos
do sr, José Fe-nandes Ribeiro da
Perna do Galego eavô do
residente
Cc
Cobrança de assinaturas
Fstando nós a proc:der à
cobranca de assinaturas em
Lisboa, Provincia e localida-
«es da Comarca one ela se
pude fazer pelo correio, ro-
pago os recibos, uns por não
sidências e outros por residi-
rem afa-tados das estações,
o favor de nos enviarem me
“| vale do correio ou selos a im-
portância dos mesmos reci-
bos, dos quais
aviso, evitando-nos as des-
pesas de uma segun la co-
brança, demasiadamente one
rosa para esta Administra-
ção.
Agradecemos desde já,
muito reconhecidos, a melhor
atenção para o noso pedido.
v90000000555 900DDDCucDos Doo DaconoDHo
Brandiasos festejos em Oleiros
A comissão composta dos
nossos amigos sis. AUgUusiO
Fernandes, Jo é Maria Martin
e Albertino Antunes Barata,
promove grandes fe tejos eu
honra da virgem Mártir San-
ta Margarida no» proximo dia:
14 e 15. A devoção consagra-
da a Santa Margarida leva
todos os anos, à pitoresca vila
de Oleiros, muita gente de tô-
da a parte do pais e os devotos
vão aii em cumpriment> da:
suas promessas, Os oleirense:
têm grande veneração pela
santinha, representada. por
formosissima imagem; erigi-
ram-lhe linda capela no alto
de bem acessivel outeiro.
O inicio das festas é anun-
ciado por salva de morteiros
e alvorada pela Filarmónico
O eireuse, no uia 14; às 9 ho-
ras havera missa ha capeiinha
piivativa seguida ue procis-
“ão para igreja matriz; às 12,
missa solene e sermão; às 16,
procissão com os tipicos tabu-
leiros conduzidos pelas ofer-
gamos a tudos os presados
assinantes que não tenham
se encontrarem nas suas Te-.
receberam.
Reclamaçõe
Cardizos, 15
No terraço da torre da igreja ma-
triz desta vila fol co ocado um aero-
dinamo para carregar baterias . que
além de ser impropriv, constituem ubi
perigo pa a as pessoas que diariamente
ali vão gosar O soberbo panorama que
dali se disiruta, que descuidadas po- | : E
Martins com o vosso presado
dem ser at ngidas pela hélice,
Pede-se à entidade que consentiu
naquela instalação para reconsiderar
aos inconvenientes que isso acarreta
terminando assim os comentários pouco
agradáveis mas justos que constante-
mente se ouvem.
— A igreja de Santo António foi
recentemente rest-urada por’subscrição
pública. Em volta da mesma existe
“uma pequena cêrci pertença da capela,
e cujos muros se encontram devida-
mente caiados o que da um «aspecto de
beleza ao local,
Sucede que para essa cêrca foi con-
sentida a aberti a de uma porta a um
proprietario confinante com a | esma.
sem preocup-ções pelo inconvenichtes
fuiuros resultantes d:s a licença,
, Quando mais tards a omissão Ea-
briqueira, res Iva, vedara referiua
cerca, só o podera fazer se a – pessoa
que beneficiou com a abertura da por
ta o consentir e assim não esta certo
Sa emos que outros proprietarios
continantes vão solicitar ide tiva li-
cença e lá se converte um logradouro
da capela portanto um logradouro pú-
blico, num: propriedade particular,
Para êste assunto chamamos a
atenção de quem de direito.
9DDDD0D00 000009000 Dao Dn nad oncoDaDDo
MÉDICO
Doença de boca e dentes
Consultas às |3 ho;as
Rua de Infanteria 15, n.º 48
TOMAR
tntes; às 18, leilão de fogaças,
venda de tlô e kermesse; às
29 princípia o arraial, com des-
cantes, bail s populares, ilu-
minação à veneziana e fogo
de artifício. No dia 15: procis-
são da igreja para à capela,
“ ermão e alocução apropriada
ao acto; entrega da bandeira à
futura e missão; tômbola, cor-
rida de sa os, etc, repetindo-se
o arraial e tõôgo de artifício
às 21 horas.
No decurso das festas pres-
ta valioso concurso a Filar-
mónica de Oleiros.
Casamento
Realizou-se hoje, em Amioso
o enlace matrimonial da me-
nina Maria do Céu Nunes,
tlha do sr. José Martins, pros
prietário do mesmo logar, e
e sua esposa D. Maria Nunes
amigo sr. António Moreira,
natural dos Ramalhos, só-
cio da conceituada firma de
Lourenco Marques, Cruz &
Moreira Suc,, Ltda
O acto civil teve logar em
casa dos pais da noiva e O
religioso, de que foi celebrn-
teo Revº P.º Francisco dos
Santos Sil:a, na capela da po-
vonção. Foram padrinhos o
sr. Manos! Ferreira, do Pico-
toe a sr? D. Ana da Conceis
vão Martins Lima, dos Rama»
lhos, por parte da noiva eo
r. Pedro Dias, comerciante
em Lourenço Marques e sua
esposa, por parte do noivo,
Seguidamente, os pais da
noivo ofeeceram um lauto
almoço na sua residência,
a que assistiram os nubentes
e niuitas pessoas das suas re-
lações e amisade, trocando-se
nfectuosi simos brindes,
” Até ao seu embarque para
Loirenço Marques, os noivos
fixam residente no; Ramalhos,
* Ao novo casal desejamos,
sincera ente, tôdasas felicida-
des de que é digno,
suasasanuDos JG9COGCoODT0O soussaseastp
Gráfica da Sertã
Gráfica da Serta
visita Lisboa, no dia 4 do pró-
ximo mês de Agosto, o gerente
da Grática’da Sertã,sr, João
Martins que alivai em viagem
de propaganda das oficinas
onde éimpresso o nosso jor-
nal e para quem pedimos o bom
acolhimento da parte dos nossos
leitores e amigos. . a
VENDE-SE
BOM olival nã: Aveleira
(Couto da Sertã) em boás
c ndições. Trata? Antônio
Barata e Silva — Serta.ta e Silva — Serta.@@@ 1 @@@
me
A COMARCA DA SERT’A
Varia de Moo
” Alherto Leitão
À Vida só tem uma primavera: 6 temos
que nos apressar a colher e aspirar
todas as rosas porque ámanhã, êsse
jardim da Morte ea Recordação será
: único perfume que flutuará sôbre
êle.
Vargas Vila
Morreu Alberto Leitão!
Conhecemo-nos na prima-
vera da vida.
Nascidos e creados sob o
mesmo céu, aspirando o mes-
mo ar puro da montanha, be-
bendo da mesma fonte a água
que nosalimentou a infância,
acorrentados à mesma burv-
cracia pela vida fora, tinha-
mos, inevitâávelmente, que ser
amigos, tinhamos que nos
estimar, que ambicionar um
– bem inútuo, tinhamos, enfim,
que ser amigos, amigos dedi-
cados, bons amigos.
Mas que não fora tudo isto:
que não tivessemos nascido
sob o mesmo céu, aspirando
o mesmo ar puro da monta-
“nha, bebido da mesma fonte
a àgua que nos alimentou
na infância, tinhamos que
ser amigos porque nos encóa-
trêmos no calvário da vida, e
quem tivesse que privar com
Alberto Leitão tinha que ti-
car s u amigo, tinha que es-
e. tinha que dedicar-se-
he.
E’ que Alberto Leitão era.
um bom; era uma álma gene-
rosa e sã, era um puro, sem-
pre pronto a servir quem
quer que dêle se acercasse e
a êle recorresse.
Senti o seu passamento co-
mo 6 de uma pessoa muito
querida, muito intima, muito
minha.
Que descance em paz o que-
rido amigo; e que a fria lou-
* ma que o esconde aos olhares
saiidosos dos am’gos e dos
entes queridos, lhe seja léve.
Repouse e descance na
“mansão dos justos quem e
to era.
Là irá ter também o que,
por um inglório acaso da sor-
te, continua na vida terrena
a ser o grande amigo e
velho patricio
JOÃO SERTÃ
ABBBD0000200000005000099008000n0oDao
Instrução
Exames de ensino primario .
elementar
De 1 a 14 do eorrente fize-
ram exame do ensino primá-
rio elementar, no nosso con-
celho, 213 crianças, sendo 149
do sexo masculino e 49 do fe-
mino, obtendo tôdas aprova-
ção. Aquele número é assim
distribuido: Cabeçudo, 12;
Carvalhal, 3; Castelo, 7; Cu-
meada, 11; Ermida, 2; Figuei-
redo, 6; Marmeleiro, 5 (inc. 2
do ens. dom.); Nesperal, 5;
Palhais, 1; Pedrógão Pequeno,
18; (inc. 1 ens. part.); Serna-
che, 19; Idem, 3 ens. dom, e 2
ens. part; Pampilhal, 5; Quin-
tã, 3; Foz da Sertã (posto).
1; Sertã, 55; Idem, ens. dem,
1 Maxial, 3; Portela dos Be-
zerrins, 9; Pessaria, 5; Code-
ceira, 7; Troviscal, 8; Várzea,
18; Isna de S, Carlos, 4:
Exames de 2.º grau
Depois do dia 15 efectuaram-se
os exames do 2º grau. Dos 52
candidatos que se apresenta-
ram, só 1 foi eliminado.
a
% *
Por portaria de 9 do cor-
rente foi anulada a de 12 de
Maio, que provia a professora
“D. Albertina Morão Corrcia
na escola do Sobral, concelho
de Oleiros
As Festas de Verão na
A Associação Comercial e aCo-
missão Municipal de Turismo da
Figueira da Fos pedenos a pu:
blicação do seguinte, o que faze-
mos com muito brazer.
À «Praia da Claridade», tão
conhecida e admirada, ulti-
ma os seus trabalhos para dar
realização ao brilhante pro-
grama das suas Festas de Ve-
rão.
Sabemos que tudo se tem
conjugado na Figueira, para
que estes festejos, aos quais
a Comissão Municipal de Tu-
rismo deseja e conseguira,
concerteza imprimir um cu-
nho de grande beleza e até
de emoção para alguns dos nu-
meros anunciados, resultem
verdadeiramente impress-
“Figueira da Foz — – Navio « a caminho « do Ocemno
onantes, de E a orenderem
a atenção não só dos milhares
de veranreantes mas ainda àos |
que à linda praia vão de pas-
sagem, gosar o seu previle-
giado clima, e observar as
suas belezas que constituem
um verdadeiro album de im-
pressionantes maravilhas, co-
mo aos que ali costumam pas-
sar temporadas,
A Feira das Actividades
Portugueses que se inaugurou
no dia 24 do corrente, vai re
sultar um verdadeiro sucesso.
Era antiga aspiração da linda
cidade, a realização duma
Feira, foi felizmente. sd
organizar êsse velho dese)».
Jardim Muricipal, estã em
obras, com a montagem do
grande e artístico arco de
mais linda praia portuguesa
abertura, do Pavilhão de Tu-
rismo, que tem cerca de 40
metros de comprimento, e
sendo um e outro da autoria
do distinto artista Rogério
Reynaud.
O Cortejo Folclórico, vai
ser, comcerteza, um dos nume-
ros que agradará, tanto mais
que a Comissão organizadora,
está empenhada ein realizar
essa formosiss ma parada de
cor e de movimento, com to-
dos os requisitos dum verda-
deiro Cortejo Folclórico,
Nas várias povoações do
Concelho, iniciaram-se já pre-
parativos para ir pondo em
ordem o pessoal que irá à
«Praia da Claridade» tómar
parte na linda embaixada f|-
clórica, que é sinultanecan ente
um das facetas do Droatiia,
verdadeiramente popular.
Tem magnificas condições
para apresentar. um friso en-
cantador, impressiora tee gar-
rido, o Conceho da Figueira
da Foz, tanto mais que a re-
gião abrangeo mare o campo,
e êste ainda dividido em po-
voações ribeirinhas e ser-
ranas.
Nêste Cortejo toma ão par-
te ainda, as filarmonicas da
Figueira e do Concelho, bem
como várias tunas dos arredo-
res da Figueira.
Tanto as filarmônicas como
as tunas são magnificos ele-
mentos com que a Comissão
conta, e imprimem, ao Corte-
jo um aspecto caracteristico
e festivo.
Os Campeonatos Nacionais
de Remo, foram efectivamen-
te nos dias 24 e 25 qo cor-
rente.
A sua organização pertence
aos dois valorosos cluves des-
portivos locuis: Associação
Naval 1º de Maio, actual
detentora da «Taça de Lisboa»
e Gimnasio Club Figueirense
que ja possuiu o titulo eo
mesmo trofeu durante alguns
anos.
À Fig:e ra, c m oinegualá-
vel estuario vo Mondego, pres-
ta-se como outro ponto não
hà para ê tes emocionantes
torneios náuticos.
Para se avaliar, basta di-
zer que quem estiver na pista
da chegada acompanha a lu-
ta da prova, quasi desde o seu
nício. o
Assim se – prepasa, num
grande ambiente de satifação,
para as festas desta época Ln-
da «Pra a da Claridade». tão
querida e admirada, peles
suas inegualaveis belezas na:
turais.
Está despertando, também, o
maior interêsse À realização dis
brilhantes regatas internacionais,
que se disputarão nos dias 6, 7, é
eg de Ágosto entre valorosas
«equipes» da Belgica, Holanda,
Inglaterra, Alemanha e Portu-
gal.
A Comissão Municipal de
Turismo e a Associação Co-
mercial da Figueira da Foz,
dão toJas as informações que,
sôbre êstes assuntos lhe sejam
pedidas.
A NOSSA TERRA
Ao meu querido amigo J. d’Oliveira Tavares
À nossa terra é sempre a mais bonita!
–Feinha mesmo, oculta em longe serra,
Nenhuma outra môr encanto encerra,
Que a terra nossa, d’entre as mais, bemdital
Por mundo além, na sorte ou na desdita,
Que bom não ê falar da nossa terral…
E, quanto mais ao longe o barco aterra,
Mais lne queremos mais em nós palpita!
E, quando finde a nossa lida agreste,
Que bom,
Na terra- mãe,
Felizes quasi,
será dormirmos,
à vontade,
à sombra de um cipestel
ali,
Sorrindo ainda,
Nem d’êste mundo havemos ter saudade,
Naquela paz da nossa aldeia linda!
LUIS DA SILVA DIAS
A oba de Pombal
E’ deveras assómbroso o
que êste sábio ministro fez,
em menos de trinta anos, a
bem da sua Pátria. Homem
dotado dum carácter integro
e duma alma pura, soube
sempre, duma maneira altiva,
em tôda sua carreira minis-
terial, repr-sentar a teria que
lhe deu bêrço, como potên-
cia, perante as outras nações.
A obra dêste português de ri-
ja têmpera, tem muitos detra-
ctores que injustamente o
acusam como culpado de uma
multidão de crimes airozes.
Porém, se analisarmos as cir-
cunstâncias em que o Mar-
quês de Pombal, teve de agir
um tanto ou quanto violen-
tamente, somos forçados a
concluir que êle não podia
fazer acor lar uma sociedade
do sono letárgico em que es-
tava mergulha:a, como a do
seu tempo se se não tivesse
serviio dos meios eficaze- que
adoptou. Mas vejamos alguns
dos serviços pr stados por
Pombal à sua Pátria:
Desenvalveu extraordiná-
riamente a agricu:tura, baniu
os autos ve fé, acabou com a –
desigualdade entre «cristãos
novos e velhos», protegeu o
comércio, us artes e restabe-
leceu novas manufaçturas,
Quando, por o asião do ter-
| ramoto, de 1 de Novembro de
1755, tirou a perd’da Li boa
do abismo, que tanto horror
lhe causara. Os malfeitores.
que durante a confusão, se
dedicavam à pilhagem f ram
por sua mão aprendidos e
castigados Deminuiu o nú-
mero de padres e frades e
fez-lhes restituir os bens que
haviam usurpado à corda.
No ano de 1759 expulsou os
jesuítas de Portugal. À êste
respeito transcrevemos oque
diz o «Manua Enciclopédico»:
| «Expulsou d.
“| Portugal, concorrendo mito
lactivamente,
os jesuitas
“para que êies
fossem expulos da Europa |
inteira, e ainda mais para a .
extinção desta ordem regular. |
Seria difícil encontrar, na
história dos Ministros céle-
bres, um honem que tinha
dado tão grandes golpes em
tão pouco tempo; mas de to-
dos os actos da sua adminis-.
tração, a expulsão dos jesui-
tas foi o que mais contribuiu
para popularizar o seu nome,
porque as suas consegiiências
se estenderam a tôda a Eu-
ropa, Finalmente nenhum
Ministro famoso menos deveu
à fortuna que o Marquês de
Pombal, nenhum talvez em
tôdas as monarquias triun-
fou das maiores dificuldades,
Daqui se conclue quam
brilhante é a fôlha de servi-
ços prestados por Pombal à
Pátria.
Embora os rotineiros não
cessem de controverter a
obra do grande estadista, es-
ta há-de sempre brilhar na
nossa história, como uia
estrêla de primeira grande-
za,
Proença-a-Nova, Julho de
1938.
F. REIS
0900000240000000000 0000009D4DbD0DcaUDA
Dr. Matias Farinha
Com «levada classificação acaba de
obter o grau de Bacharel em Direito na
Universidade de Lisboa o noso amigo
e ilustre conterrâneo, Dr. Matias Fa-
rinha, uatural da freguesia da Varzea
dos Cavaleiros. É
Inteligente, trabalhador, disciplina-
do e de indiscutivel mérito, issegura-
mos-lhe carreira brilhante: e; amigo
devotado, como é, da sua terra, temos
undadas esperanças de que o “Conce-
lho da Sertã poderá contar no futuro
com a sua boa vontade, com os seus
denoda’os esforços e com a sua i teira
dedicação.
Ao novo bacharel e à sua familia,
especi lizando o seu tio Rey. padre
Izidro F.rinha, os nossos afectuosos
parabens,
E,