A Boa Nova nº8 21-02-1915

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Administrador.
José:FraNcIsCO
ri
ROM TN ENA MEBLTO SME +:
Dos ssa de Certa. Oleiros e Proença -a-Nova
“Director-proprietari»
“jipe FRANCISCÓ DOS SANTOS SILVA
Redacção e administr ção, Rua de Santo Ambonio – — – Com. 8 to ce Tin Dembcratica a
sai
Antonio PEDRO RAMALHOSA |
e Tava: ares & Morgado, Rua Honéitiho & Albuquer ques 1
ds
Í

Editor
2 50, Peri
| prvi quaresmal
Q Senise Antonio, Bis-
po desta Diocese, prorogou
até 4 festividade de S. Pedro
e S. Paulo o tempo da deso-
briga,”e concedeu aos Reve-
rendos Parochos e Confesso-
res approvados a jurisdicção’:
e faculdades quê tem conce-
dido” nos annos antecedentes
n’este periodo ‘ quaresmal é
recommendou as collectas ao
costume.
EVANGELHO
A dominga de Quaresma o
Naquelle tempo foi Jesus
“levado “ao deserto pelo es-
pirito, para ser téntado pelo
“demonio. E tendo jejuado |
quarenta, dias e quarenta
noites, depois teve fome. E
chégando-se a Elle’o tentá-
“dor disse lhe:
«Se és filho de Deus dize
que estas pedras se conver-
“tam em pães.» Jesus respon-
* dendo disse: «Está eséripto:
É- Não só de pão vive’o homem
“mas de toda a palavra que
q tão odemoniõd o transpor tou
à cidade santa e o pozsos
bre o pinaculo do templo
e disse-lhe: «Se és Filho de
Deus, lança-te daqui a bai-
xo, pois está escripto: Elle
mandou aos seu anjos que ti-
vessem cuidado de Ti e elles
que não magoes o tew pé nal-
guma pedra.» Jesus lhe dis-
Deus,»
nio aum monte muito alto
nos do mundo ea ERER
– sãe da bocca de Deus.» En-.
to tomarão nas mãos para
se: Tambem está escripto: |
Não tentarás o Senhor teu
De novô o Tvd o dido
e Lhe tnostrowtodos os rei=|’ assalta esse
deles E Es |
isto. te“ darei, – se, prostrado
me: adorares» Então: disse-:|
lhe Jesus: Vae-te Satanaz;
porque está escripto: Adora-
rás ao Senhor teu Deus e a
Elle só servirás»
Então o démonio O dei-
xou, e logo vieram os anjos
e O serviram.
(8. Mateus IV, 1-15)
Jesus ao deixar à sua vi-
da occulta e humilde que
passára em Nazareth, na
pobre oficina de carpintei-.
“xo, para dar principioá sua
vida publica de evangelisa- |
“dor da palavra divina, reti-
ra-se ao deserto e ahi se en-
trega ao jejum e á oração.
Lição admiravel! Jejua é
ova para chamar as.bençãos
de seu eterno Pae gobre a
“sua missão evangelica. .
“Que contraste com a nos-
– sa maneira de proceder! Que
exemplo de humildade e re-
colhimento para nós chris-
tãos que, vivendo no meio
de-“tanta dissipação, tão:
poucas vezes ou nunca nos
| recolhemos longe do buli-
cio dó mundo para medi-
tarmos as grandes verdades
da mossa’ santa religião, a
eternidade que nos espera
após esta vida de dois dias)
nosJuizos de Deus quê nos
ha de dar premio óu casti-|
go eterno segundo as boas
ou más’obras in pratitae |
mos em vida! –
Esquecidos ato” Há
tas verdades, envolvidos na.
labuta do mundo é lanç a-
“dos no: meio dó espinha)
das paixões é então que nos’
o demonio, com os. seus ata-
ques a que nos. deixamos:
submetter, qual fortaleza
“desprevenida e sem múni-
ções. Pois não é o demonio
aquelle nosso inimigo que
anda ao. derredor de nós,
como um leão, que ruge,.
buscando a quer posta
tragar?
E qual é a defeza que lhe |
oppomos? Qual os meios de
que nos servimos para O
vencer e fazer fugir?
Continuamos adormeci-
dos no somno da indolencia
e do“ não te rales, não que-
remos deixar os commodos-
e deleites que nos promette
e mostra este mundo enga-
nador —pois do que pro-
mette e mostra só em ap-
parencias fica-—e o resulta-
do cahirmos, á primeira in-
pe infernal, Não deixa e
abandona, o inimigo com-
mum das nossas almas, 0c-
casião alguma de nos per-
“der e atacar e, como sabe o
lado fragil da fortaleza e
por onde mais facilmente
“pode entrar, para ahi asses-
ta as suas baterias, redu-
zindo à pó e cinzas um ba-
luarte que podia é devia ser |
“inexpugnavel, pois a graça
e auxilios de Deus nunca
nos faltam quando os pedi.
mos e d’elles carecemos;
deita” por terra todo um fu-
turo de delicias e sunmo
bem’ que nos esteve prepa-
“rado na patria celeste. Can-
ta victória com à queda de
nossós primeiros * “paes no
paraizó e, como Jesus se |
prepara ‘para a nossa reha-.
|bilitação “e n’Elle suspei
nimigo encar=|
‘niçado do genero humano, 4
o desejado das nações, em-
RE os” “sets inaiores és-
forços para mais uma vez!
go. Mas Jesus, preparando-
“infallivel da. victoria. Às.
que somos o rei da creação
o | gosemos de todos os pra
vestida, nas garras da ser- -zeres do, mundo, digamos:
| que nos. chamarem o cora:
Deus é a nossa riqueza, |
| anependidos, à hora damor
seu inimigo, Jazendo-lhe um
se declarar vencedor e con-
servar preza e algemada a.
pobre e triste Duro edad
ao seu ferreo e tyranno jusi
se pelo jejum é pela oração,
mostra-nos a todos a arma.
tentações são de. sempre, .
são de todos os dias e, para:
as vencermos, não esques –
camos a lição do evange-.
lho dhoje. O demonio quer
render Jesus argumentan-. .
do com a sagrada escriptu- 3
ra, a nós tambem nos não
faltam: argumentos capei
sos para nos obrigar à pra
tica d’acções condemnadas |
pela Egreja, mas, como Je-
Sus, aos que nos disserem
e que,
por consequencia,
que para o ceo fomos crea-
dos e não para a terra; aos.
que nos tentarem com a os-.
tentação e vangloria dos.
nossos méritos, digamos que
tudo é devido á liberalida-
de de Deus e de Deus é; aos:
ção para as riquezas, para
a gloria, digamos que só.
nossa gloria. e o nosso sum
Rey Sr p e ‘
Tenho visto muitos ud
te, de não terem servido cama:
do a Deus; mas nunca en-
contrei ninguem ad ape o
de o: Her: tantos Ê =
; + am Scott
o. homem, que Eae ao.
beneficio, parece-se com oÊ =
; + am Scott
o. homem, que Eae ao.
beneficio, parece-se com o@@@ 1 @@@
S. Casimiro
(4 de Março)
Casimiro, segundo filho de
El-rei Casimiro, da Polonia e
de Isabel, da Austria, resplan-
deceu entre ós demais i irmãos,
como o sol no meio das es-
* Clinações e costumes, affavel
“dos. Não gostava de luxo,
nem dos regalos dopalacio,
– antes dormia na terra durare
trazia asperos cilícios que af-
– fligiam. o seu delicado corpo.
“Castigava-se com, rigorosas.
“disciplinas, procurando fugir.
– dé todo o vicio e por imitar o
“nôsso Divino Redemptor nas
“dores e trabalhos, cuja paixão
memoria. Em, coisa nenhuma
“do mundo achava gosto, ven-
céndo todos os sentidos e 1n-
– clinações carnaes. Foi um ver-
“dadeiro devoto ‘e filho da V.
“Santissima.: Alem de outras.
“devoções com que a. costu-
-mava servir, saudava-a cada
uns versos latinos que elle
mesmo compôz com grande:
artifício, elegancia e piedade,
ante conhecidos em Por-
gal, 8 que contêm quasi to-
“dos 05 T erios da Encarna-
ão do Filho de Deus.“
Orava muito é guardava Os
* preceitos da’Egreja, não fal-:
“lagticinios nos dias. devidos,
“paciencia e grande conformi-
dade com à vontade de Deús,
as? dores, molesfias e incom-
modos do corpos: sis
Era modestissimo nó fallar,
ndo, a sua conversação sem-
e de coisas santas e espiri-
e proveito para outros.
ja grande zelo .pela fé
catholica;” desejando O aug-
“curando a conversão dos he< jes. e reducção dos .scisma- tava com seu pae para, nenhuma Egreja que não fosse catholica'e obediente ao “cada, nem se, Igparassem as “antigas. Em n muitas outras coi- sas foi gtande a-vigilancia de S.-Gasimiro contra-os'herejes: ns, to-oprimidos.'- -Corôava estas eoutras; ni: “rainha de todas as demais. Dava aos pobres grandes esmolas) consdlavaosafílictos, “eraso amparodas viuvas, paé -se, elle |, trellas. Era de muito boas in- | - e com bonito agrado para to-., o filho mais velho, “dos esforços. - “e -morte-trazia sempre na sua” dia, prostrado de joelhos, com | tando á abstinencia da:carne e: | sofirendo, sempre com incrivel, - mentoida Santa Egreja e pro- | s á Obediência: da Santa | - pontifice romano fosseredifi= | ah “tas virtudes comsa:caridáde, | anjo do bém e o. Seu ampa: “vo na velhice; a rica prepa-. E oapinto ndo tutor dos desam=" |: rayam, os pais: para ser. o: * A Boa Novas: [dos para ajudar a todos pelo que-era muito querido e ama- do em todo-o reino: « Acommettido de uma gra- ve doença, assentaram os seus medicos quê correria a sua vída-em grande perigo se não - casasse;;- 0 que- tambem por parte do seu pas se tornava necessario e instava com elle no fim de o deixar herdeiro da sua corôa, posto não fosse Balda-. O Santo quiz antes passar sem saude e ainda perder a vida, que violar a flor da sua virgindade, “que guardou sem- presinteira: e pura: E perseve- rando assim n'este' santo pro- posito se lhe aggravou a doen- ça com a qual.e com uma re- | velação que teve do dia da sua morte, 'se preparou para aquella hora delle tão dese-'| jada. e, por outros tão 'receia-. da, e havendo recebido os Sa- cramentos com muita devo- ção eternura, fixou os' olhos em um crucifixo” que nunca lhe saia das mãos.e expirou, entregando a Jesus o seu es- pirito purissimo, indo para a companhia dos Anjos, lugar resplandecente de luz-e para conseguir o qual todos deve- | | mos trabalhar. “Rego N'uma d'estas tardes de verão, o sol beijava com | seus ultimos raios, duas criancinhas. vestidas : de branco da açucena e como | sorriso meigo dos anjos a, embellezar-lhe os rostos. , Quem seriam? Uma, era Mariquita, a pobre, a, quem os paes ti-. “nham adornado o coração, das joias preciosas do mais precioso thesouro que Je- sus, Christo lhes confiou; unico patrimonio do pobre n'este mundo e que o torna E rico no seio: de Deus. dh outra, era Joannita, a do “rico, educada na malici dos grandes passa- tempos e lendo no catalogo | odas o que mais po- “quem'este tempo: foram: mui dio NE o P ia despertar o -galanteio Ê dos, Onvivas.. Quer dizer, a pobre pre-. paravam j os pais para ser o “anjo. do mal.. Após, aquellas. duas.| remos, 2) — Pois. dem, Mariquitay, ar eso nona mm criantinhas amavam-se e cheias de ventura brinca- vam n'essa tarde, até que, o cansaço lhe aljofrou a fronte de bagas de suor, que aos raios do sol pareciam brilhantes - engastádos na -coroa-de' forniosa-rainha; Os-olhitos de Joannita fi- xaram-se. no sol poente e seus labios semelhantes ao carmim- da rosa balbucia- ram aos ouvidos de Mari-' quita: quem-criou o sol, tão lindo e com tanta luz? Não sabes' Joannita?:'Teus: pais não-te ensinaram?: — Eles não! —Poi Deus. — Quem te, ensinou Ma- riquita que foi Deus? —Meus pais eo: sr, Pa- dre Cura. EO ni —Bem sei Mariquita que tu vaes todos os domingos 4 Egreja!Mas meus pais di- zem que na Egreja: se ensi- | nam mentiras e am Ós- se dres'são mãos!.' “Não Toannita! Sé tu lá fosses... verias como o Se- nhor Padre não é assim é. que ensina só verdades! — Pois bem Mariquita, hoje para'o futuro tens de me ensinar, tudo o oi lá se' ensina. e SS Joannita; e teu - pai? —Não RE. aqui nin- guem nos ouve. — Então, começo ep Olha, foi Deus quem criou;o sol, as florinhas e tudo o que o que nós, vemos o ais perfeito. somos. nós, a quem Deus, tambem. eriou;, por-is- a | so, Deus é,0 mais perfeito ; de dando porque; se não Pee E dic não | dia à bel é um ser perfeitissimo cria. | “dor. e Senhor do ceu e da, terra». E por hoje basta, é |. já tarde, amanhã continua não faltes, porque, gosto, muito , fo tmonoir, sean «der. coisas. tão. li meus, paia! mão. e Ee OBRAS, OBRAS... Aos PSEUDO — RELIGIOSOS Ha por aí certos meninos, Que nos dizem entre arrotos Serem sinceros devotos E p'ra mostrarem que o são, - Adornam o seu exterior Co' um tal tom de beatitude, Que por vezés inda illude Quem não 'stá de FERN Cornos de olhos em terra; Batem com a mão no peito A toda a hora,mas com geito, Traçam o signal da cruz, Sem ter trelho, nem trabelho, Por dá cá aquella palha E trazem seropre na: balha | José, Maria e Jesus!, ; Resiaadas dE indulgencias, y Teem.centos-de rosarios, Medalhas e escapularios: De. variada devoção j E engrolam sem descançar, Muito. à: pressa e com furor, Orações de toda a cor, Sem a minima atençãol. .. | Ao largo, ao largo, “ó hypo- [critas! Não engasupam a mim Esses ar's de-Serafim,. Vossas untuosas figuras E affectadas devoções! Sois modernos-farizeus, - Verdadeiros mausoleus, o candidas criaturasl!l.. : Boas obras não praticaes, Ovicio o peito vos mina, Tendes:lingua viperina, Não soccorréis a indigencia, ' Sois uns Ôdres de vaidade, Não. amais a vosso irmão, Pouco limpa é vossa mão E inda mais laxa a consciência! Mas ai de vós, ai de vós! | Não vos: queria. estar na pellel. -O' gentinha, assim tam fiel, Não estais livres do inferno! Pois não se póde, salvar Quem só diz: Senhor, Senhor! Mas o que fôr cumpridor Da, Doutrina do Pai. Eterno!!! “Marmeleiro - — - Fey. de 915. e EP Moura. mem 04 a Ema da confissão: são os — vidos e as parxões Entrando. um dia, dois, militares em uma.egreja de... Paris para examinar o que” tinha de notavel, viram um: sacerdote, E confessar. nest Ambos, começam a rir á: p= aa e do, Ba A ais À 4@@@ 1 @@@ A Boa Nóva <=Qrencontro tem graça, disse um' ao outro; é preci-' so que me divirta. Deixa- me: só por uns momentos, € á noite-nos veremos nothea- tróz=: -— Que pad fazer ?| lhe. diz 6 outro, . = Não teentremettas n'is- to; replica 6 'primeiro; dar- te-ei abundante materia pa-. ra te rires, verás... Deixa, gracejando, o corapanhiciio e vae examinar alguns qua-) dros, esper ando que o sa-: cerdote saia do confessiona- rio; é, logo que elle saiu se- “gue-o á-sachristia e diz- lhes, —Senhor confessar me, masvamos de vagar. Sabe que os milita- res não. são devotos; 'e em, em, particular, peço mais in- dulgencia da-sua parte, pois' não tenho -uma fé lá muito fotte..- Desejava, até, que começasse por me resolver certas dificuldades, que me fazem desprezar é atacada a confissão: : gunta o sacerdote. Sem duvida, respondeu! elle: 4 minha educação for até. esmerada, | e, antes de “entraé no serviço militar, confessava - me frequente- mente. Mas-tanto li e ouvi dizer contrar 4 confissão, que tenho fortes prevenções contra ella; o mais adivi- nha-se faciliênte. -Muito bem, disse o sa- cerdote; mas não sabe que tem na sua mão o meio de dissipar toda a prevenção. Confesse-se e immediata- mente mudará de ideias: “Mas custa-me a resol- É “ver-me à confessar -me, sem explicações. preliminare Ele; Queria que mé mostrasse a necessidade da confissão. —Confesse-se com a sin-. “cera resolução-demrudar de “vida, e não idúvidará da ne- “cessidade da gonfissão, mais |: do que eu...; —Mas'como. & dado Pi ! — —E quê, seo senhor se tornou incredulo por Tiber- tinagem,. não, du 7 Cura, tênciono: | emendar-se fogem E catholico? Hi, pet-. “referido militar, blica? : Sim, veiu, mas antes "não viesse. Mal transpoz es-. «sa porta, fixou o olhar na cabeceira do meu leito, 2| vidon, nem “pensou mal da religião, se- não depois' de'se ter entrê- gado ao-vicio. Ê —O militar córou e, de- pois de alguns momentos de hesitação, disse, abra- cando. o sacerdote: Não ha nada mais verdadeiro: do que o que o senhor acaba de dizer-me: Hoje. não pos-. so confessar-lhe senão a in- tenção que: tinha-de riz-me á sua custa e inshltar o seu ministério: guia; dou-lhe a minha pa- lavra d” honra-que virei ter a seus pés no' dia que me designar. Só o vicio me tem afastado deste logar san- to... Cumpriu a sua; pala- Prog e; dando: o' primeiro passo todas as suas preven- ções se dissiparam, econti- nuou d'ahi em diante a pen- sar christão, —8S6 osfviciosos aborré- cem a confissão; só os que” têm uma consciencia pouco limpa e os que não querem della, dizia depois muitas vezes o fallando com seus companheiros. Eu era disso um exemplo. | —Não será este homem “o symbolo de muitos chrisc tãos' dos nossos dias? O motivo que o afastava do confessionario não será o, mesmo. de que lá afugenta ainda os nossos conterra- neos?.. emo O Abrams Valor christão Foi a 10 de novembro do “1914, que em Paris, na ca-. “sa d'um: pobre trabalhador, se dem o seguinte episodio: | — Finalmente sois vós; minha: senhora. Que feliz 'sou por tornar a ver-vos! Sem vossas visitas que se- ria de mim?!- Depois 'de dar 4 luzum filhinho, fiquei en- ferma, sem assistencia, sem” nada... 'enviado da: Assistencia Pu- | me com intimativa: . Vingue-se da minha loúéuira; sendo o meu. e a viver como: bom. “—Mas não veiu aqui o apontando com o-dedoó, diz- « Tirae d'agui isto.» Voltei acabe- ça e como” insistisse, per- guntei-lhe:- Retirar o que? Isto, e apontou para aquel- le crucifixo. Eu arrancar o crucifixo! Porque? Que mal me ha feito? Senão; nada psvelidrais da Assistência Publica: —E' retirastes o vosso “crucifixo? lhe pa a “Senhora. — Levantei-mé indigna-' da, tomei o cavlheiro por um braço, abri-lhe a porta duma infeliz doente para “lhearrancardes a unica con- solação e esperança que lhe resta? Pois ide-vós que es- cessidadede vossos serviços. - Morrerá juntamente com seu filho recemnascido, mas “o erucifixo nunca será des- pregado d'aquella parede. — Bravo. Assim é que é. — Pois, “minha' senhora, foi-se sem retrucar uma pai lavra. Fiquei bem, e estou “certa? que Deus não me. “abandonará. Na verdade; Deus tomará á sua conta uma mulher que lhe fez a offerta de sua vida'e da de ser filho, para se' conser var | fiel á sua e u : o * a Quantos. dos que se di- zem catholicos não sentirão nas faces rubor da vergo- nha e na consciencia, as "e disse-lhe: Viestes a casa: | sa desgráçada não tem ne-' Ê | mos que um dos deveres: vergastadas. do remorso ao, “lerem o. nobilissimo: exem- plo dado por, uma pobrer mu-. lher?. Enfeitando- -se com: o. nome de christãos, que tão | torpemente deslustram, yI- vem, entretanto, ao sabor, das é suas paixões, pretenden-. do harmonisar a religião de. que se dizem filhos, com, as 'suas desordens | e fraquezas. São catholicos com a condi- “ção dese lhesnão exigir gran- |. des sacrifícios ou, incomo- dos: Quereis. saber a tem- pera da sua fé? Quereis apu-. var a firmeza das suas cren- ças? Basta pouco. Ride-vos que tia | ram o “chapeu ao toque das | “na sua presença dos. “com esses cataventos-collo= “vemos, é a manifestação pu- Não vamos provocar nin-' 'guem com as nossas arre- A prudencia e'a humildade “das as nossas acções, mas; na hora: em que as nossas' | qualquer parte seja preciso “mostrar que-somos catholi-: “na praça ou na taverna, meio de muitos irmãos fra- |'cos; lembremo-nos: qu 'mos, tentão, fixos'sob “os- olhares da religião, q! “nos pede esta defeza, 08 « “ta consolação e osde Deus, “que nos'premiará este acto “de cora eremplo e fé. Trindades, | escatnecei: dos dogmas da Religião, lançae calunias' aos padres é ve- los-eis -acompanhar=vos:no: desdem e na chacota, na ne- gação até porventura, Ses. melhantes a um reptil PA- frica que toma todas as co- res, estes chamados catho- licos'teem attitudes devotás na Egreja e palavras blas-” phemas na rua. Parecem-se cados no cimo das torres; voltam-se para 0 lado d'on- de sopra o vento. Para es- tes, nem é ponto d'honra | ter uma só cara, nem obri- gação de econseiéncia con fessar a sua féem qualquer circunstancia. que seja. Se os christãos dos primeiros tempos fossem d'este cali- bre, não teriam os algozes ; do imperio tanto trabalho E emos! degolar:” a --Ora,vé mister que saibal mais: fortes; mais: império- se. sos, ' mais: terminantes' na” epocha revolta em que vi=:. blica, - desassombrada: das: nossas crenças religiosas. Envergonhar-se da sua fé, é já de si uma falta que os - nossos proprios adversarios não“ facilmente .perdoam. mettidas ou arrogancias. devem ser os motores: de tos a convicções. religiosas este- jam á prova, quando” em cos, em casa ou notemplo. diante dos impios ou n Egreja que'nos supplica es. rem, - este. bello * Pedr ogam, 124124@@@ 1 @@@ A Boa Nóva: “SLicções de abstinência "* Convidada uma mãé pa- ra jantar em certa-casa, le- “vou: comsigo uma filhinha: de 10 “annos. Era dia” de abstinência... E mas na me- za apresentaram carne. To-. dos. comeram .sem ceremo- legando com candura e in-: 3 genuidade a circunstancia do dia “Insistiram durante ojan-, “tar para que comesse, por-. que não furava a tripa di- 2iam. galhofando. A mãe, “bem-fraca, seguino exem- plo dos outros e aconselha- va egualmenté sua filha que não tivesse escrnpulos; mas nada pôde conseguir da boa ella a sua mãe, que me não fura as: tripas, mas suja-me a consciencia, -o- que é peior. O remorso penetrou no co- ação-d'esta mãe, que á gai-; a disse á filha, abraçando- «Muito alitigada pela lie- oque me deste, e muito a transgredir um man- lamento da, Santa Egreja. Fizeste bem, eu é que an- ei mal. dênparo em Deus: que será a ultima vez. —, arão de Forbong, ins- geral da industria. são: os. que assim pensam. Julgam-se não só superio. |. res á lei, mas fóra d'e ella. dai elizmentes és & Uma palavra doce acalma “cólera, uma palavra dura excita o furor. “ nia; só. a criança recusou, - menina. Eu sei, respondeu | m pesa de te baver:incita- T E “No. nosso tempo poucos. E Noticias da qurta - Damol-: as irado é aos: leitores . catholicos e edifi-.. cantes para-todos.. cupim O: Times, jornal inglez, conta o seguinte facto: «O tambor. do regimento de Midellesix, Eduard Court, ao sahir para a guerra rece- beu de sua noiva, como re- cordação, um -devocionario (livro d/'orações) que. pro- metteu trazer bolso esquerdo da sua farda. Na batalha do Marne, co- mo o.devocionatio o incom- modasse para redobrar, pas- sou-o; para.o bolso das ral; ças, Um. momento a re-. | bentou. uma granada que matou. seis soldados e feriu. quatorze dos que estavam. em redor d'elle. ..: Pouco. depois notou que tinha no bolso: das. calças alguma, coisa de extranho, tirou o devocionario e a ca- pa de nacar estava rota: Na bolsa de couro, onde oguar- dava encontrou o projectil. Em boa hora se mudon:o, -devocionario do bolso! Em acção de graças por; ter-se livrado de uma morte “certa enviou o livro piedoso: com .a- bolsa que conserva “a bula á egreja de 8, Jorge:|. | para serem alli guardados. » Que confiança a fé i inspi- ra aos que a possuem | ea Providencia divina muitas vezes recompensa. essa con-. fiança ainda nas coisas a es- ata vida. Em. pg O Comação | de Jesus no exercito. Segun- | do diz a carta dé um sacer-' dote soldado publicada « em “La Croix, um dos ptinci- |-paes' generaes' do exercito o | francea, Ea ai ha guer-. ea pru- | Jesus, viuva, de Alcoutim: 9.| Maria. Antonia: - das suas “operações. milita: | res fez uma consagração ao “Sagrado Coração de Jesus. |. é $ edifi-. A Conio tudo à E «cante! ços A colinas PR as al mas, E E aa ca-as.. 7 sempre no; ' nocturnas, NOTICIAS. Cumeada pa D-=26 ed Está para: breve o enthto: matrimonial 'de Carolina de Jesus, do lugar da Junceira, com Jesé Martins, da fregue . ! param para cantar as janeiras. zia do Marmeleiro. | Filha de'paes bastante feli-| giosos; Zeladores do S. Cora: ção de Jesus d'esta freguezia, ' era do numero d'aquellas que com toda a compuncção reli- | giosa, calcando aos pés os negros respeitos humanos em muitos domingos: e:dias san-. tificados do: anno, se abeirava da Mêsa da Eucharistia, rece-: bendo em seu coração, a Je- sus Sacramentado. Que bello exemplo se mui- | tas outras de egual condição: e edade a quizessem seguir.e imitar !.. Do noivo, que já conheçe- mos ha annos, temos tambem | as ' melhores abonações; de caracter bondoso, muito serio e “honrado, extremoso pela sua família, amigo intimo do seu parocho, não tendo, po- derá dizer-se, manchas que “envergónhem. a sua vida, es- ' pecialmente essas diversões, bailes e outros: passatempos profanos tão em |. voga nos. tempos presentes, reprovados sempre pela Egre- | ja como ratoeira diabolica é | “onde tantos culpadamente vão cahir:: y Com tão excellentes quali- dades a exornar-lhes a vida, “crêmos bem que este. casa- mento foi escolhido por Deus e que certamente o abençoa- tá, tornando os noivos felizes: n'este mundo e bemaventu- rados no outro. | —Matrimoniaram-se E Fernandes da Silva e Maria de Jesus, do. Castanheiro Pe- queno. -quinhas; João “Agostinho, do “Castanheiro.e a:esposa do sr. João, Marçal Nunes, do Casal | - de, Sant'Anna, Oxalá registe- mos em, breve. as suas melho-. ras. “pa “ste pliciragnáde! dei “de cencia, solteira, da Granja, 4 di Prourivo Fez-se, no. dia 24 de janei- TO, à festa. em honra do Mar-.| tyr São Sebastião, constando | de “missa “cantada e sermão ' é ppl revd.” parocho: e procis= | | Deus é cheio de mimos e en- cantos para os seus filhos *correncia, |rrevd.? parocho. José “solteira, . de |. Vaguinhas e Leopoldina Ve | "ultimo: Número Gallo. são na qual. se need muito, povo, cantando o aê remos .Deus» e-outros cant COS e -—Na capella da' Senhora d '| Confiança, celebrou-se no:é A 2. do corrente, uma missa, mandada dizer por alguns ra- pazes d'esta villa, que, dia de, Reis e à ultima hora, se agru- Bastante merecem, se atten- dermos a que.era costume .. n'esta freguezia, gastar na ba- chanal—isto sem offensa para | ninguem — todo o PrRaOS j “alcançado. “Honrados rap que. não desviaram a a pequena quantia do que ob- tiveram, dando assim um no- bilissimo” exemplo a imitar, de futuro. Foram elles os srs. João Ambrosio, Antonio Fér- nandes, Jayme, Custodio: .B.., Antonio da Cruz, Accacio Ro- - drigues, Alfredo Nunes, José Xavier e Antonio Duarte. Avante pela Religião, porque queridos. Tambem n'esse dia houve um sermão votivo ; mandado prégar pela sr. "Ro- a sa- Duarte. Sã ——Com extraordinaria coh- realisaram se as preces publicas, observando- se emtudo as prescripções de Sua Santidade, Bento XV. "Houve mais; missa cantada, para o que expontaneamente se offereceram os revd. Ma-, rinha é Leitão, e sermão pelo Sotam. “Anedocta Piada aos comilões, Certo dia Gil Pancracio, Gastronomo d'eleição, A um chistoso companheiro Fez esta intorrogação: ; “Porque é que eu tenho inda preto. | O Eixalo da cabeça —Enfermatam: Manoel Nu. nes e seu'filho João, de Va-| E a barba já toda branca?! Responde - lhe o outro: ho- Em “essa E” bem facil de saber-se.. E' por terem trabalhado Os teus queixos “muito mais Que dia cer “bro ds pensa-. ç Piero RO PODE Lis” ae Moura. ; nda ações ADIVINHA No lugar onde nasci E' que desejo morrer; |! E o meu maior amigo Nunca me Sessia, Vora Decifração da adivinha do aa ve , Ee Ee