A Comarca da Sertã nº22 07-01-1937
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DIRECTOR E EDITOR
EDUARDO BARATA DA SILVA CORREA
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
—— Rua SERPA PINTO – SERTÃ —
Propriedade da Emprêsa Editora d’A COMARCA DA SERTÃ (em organização)
AVENÇADO
FUNDADORES
e Dr José Carlos Ehrharat a
Dr. Angelo Henriques Vidigal
Es António Barata e Silva q
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Tp Port Pã
CESTELO BRANCO
TELEFONE 112
“ANO I Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sentã: eongelhos de Sertã, AN E RO
Nº 929 Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e frequesias de Amêndoa e Cardigos (do eoneelho de Mação) TES
Notas…
Associação Comercial de
“Lisboa, considerando — e
muito bem—que a escassez da
produção de azeite nacional e
por outro lado a dificuldade
para a importação do azeite
espanhol e a impossibilidade
dealguns países nos abastece-
rem por virtude da falta de
tratados comerciais, de que
resulta duplicação de direitos
alfandegários, estão contri-
buindo para a alta dos preços,
prejudicando gravemente o
consumidor, enviou uma repre
sentação ao sr. ministro da
Agricultura, pedindo a pro-
mulgação de medidas que per-
mitam a entrada de azeites de
outras procedencias, lembran-
do, como medida eficaz a sus-
pensão temporaria da caracte-
tística organolítica que difi-
culta a importação, o que não
constitne facto novo, pois em
circunstâncias idênticas, em
1920, foi posta em vigor tal
prática.
ad o
RETIROU para Lisboa o a-
“o gente José Anacleto de Je-
sus; da P. 1. C. que veio à
Sertã proceder a investigações
âcerca do crime de fogo posto
de que foi vítima Tomaz Al-
ves;’ proprietário, da Maljuga
(Varzea dos Cavaleiros).
do —otofD pg
GONVEM quea Câmara man-
“de, com brevidade, proce-
der à remoção dos entulhos e-
gistentes no Miradoiro e ao
gradeamento do pelourinho,
de forma que aquele passeio
passe a ter a apresentação e
devência que lhe compete.
—Getrnfa—
BRAMA-SE para aí contra o
. estado de verdadeira imun-
dicte em que se encontra a
Quelha das Regorisses, por
onde transitam muitos habi-
tantes da vila que têm suas
hortas e dependências nas mar-
gens da Ribeira Grande, e ain-
da por uma grande parte das
lavadeiras.
“. Pedimos providências, a-pe-
Sarede estarmos convencidos
de que bradamos no deserto.
et De
ALGUMAS camionetas, au
” passarem nas ruas estrei-
tas, Se encontram outro veíca-
lo em direcção contrária, fa-
zem tais manobras que acabam
por abrir pequenas brechas,
deitando abaixo a caliça das
paredes dos edifícios, produ-
Zidas pelos ferros salientes,
não procurando evitar preju-
dicar aqueles que nada têm
com a estreiteza das artérias,
em contraste com a largura
dos veículos.
Há por aí, também, uma ga-
rotada que gosta muito de ris-
car as paredes das casas, es-
pecialmente quando elas te-
nham sido caiadas há pouco
-Eº de impôr o respeito abso-
luto por tudo aquilo que per-
tence a outrem, dê lá para on-
de der.
Dois edificio;
escolares para a Sertã
“= EÃ
ESSE,
sidente da Comissão Administra-
tiva da Camara, em Abril ultimo,
a necessidade da ccnetrução, entre outros, .
neste concelho, de dois edificios esculares
nesta vila, e a intenção em que se encon-
trava de auxiliar as obras respectivas em.
pn o Governo saber ao Ex Ӽ Pro:
50 º/, da sua despeza.
“Porque o assunto é da maxima im-
portancia para o futuro da sede do conce-
lho, vamos elucidar os nossos leitores so-
bre o que se passa, presentemente a tal
respeito, transcrevendo, aqui, a represen-
tação assignada por 83 municipes e apre-
sentada em sessão da referida Comissão
Administrativa de 24 de Dezembro ultimo
pelo Snr. Dr, José Carlos Ehrardt que
para tal fim, foi ali acompanhado dos sre.
Eugenio Alberto de Carvalho Leitão, An=
tonio Barata e Silva, Antonio da Silva.
Lourenço, José Ventura, Manuel Antonio
e o director deste semanário. À represen-
tação, que foi lida pelo Snr, Antonio Ba-
rata e Silva, é do teôr seguinte:
Ex.”’ Senhor Presidente da Comissão Admi-
nistrativa da Camara Municipal do
concelho da Sertã:
Reconheceram as serviços do Ministério da
Instrução Pública, hoje dominado Ministério da
Educação Nacional, a necessidade da construção
— entre outros — de dois edifícios escolares de
quatro salas nesta vila; e á solicitação, dirigida a
V. Ex.?, para informar os mesmos serviços das
entidades que assumissem a responsabilidade por
50 º/, das respectivas despesas, em conformidade
com o Decreto n.º 21.697, deliberou a Ex,”º Co-
missão Administrativa da digna presidencia de
V. Ex.* assumi-la em relação a um dos estabe-
lecimentos de ensino destinados á Sertã, natu-
ralmente como começo de trabalho a realizar para
a construção dos dois.
Constatam os sinatários que a resolução da
Ex.”* Comissão Administrativa da Camara foi a
mais conforme com o bom público e a única que
satisfaz as legítimas aspirações e necessidades
desta terra, De facto, as escolas primárias aqui
existentes, á excepção, talvez, da mais moderna,
já não satisfazem em absoluto ás actuais exigên-
cias higiénicas e pedagógicas.
Não são só os sinatários que o dizem. São
os próprios serviços do Ministério da Educação
Nacional que o proclamam, oficialmente, ao con-
fessarem, em comunicação endereçada a V. Ex.
a necessidade de dois novos edifícios escolares
na séde dêste concelho, e a intenção, que seria
absurdo contrariar, manifestada pelas altas e com-
petentes estâncias governativas, de auxiliar a sua
construção.
Ignoram os sinatários os trâmites por que
está passando, presentemente, um assunto de ta-
manha importância para vida escolar dos Serta-
ginenses ou se alguma dificuldade se tem ergui-
do no caminho da sua lógica finalidade. O que,
porém, sentem e não podem ocultar a V. Ex.º é
a apreensão que lhes causa o facto de estar quási
terminado o ano corrente sem que tenham prin-
cipiado quaisquer trabalhos indicativos da sua
segura efectivação, e o receio de que, por tal mo-
tivo, venha a perder-se a dotação de 20:0008$00
(vinte mil escudos) com que o Estado já iniciou
o seu prometido auxilio, o que seria, mais do
que de desastrosas consequências materiais, de
um significado moral que é desnecessário su-
blinhar,
Têm por certo os sinatários que V. Ex.* e
os seus Ex.”* Cooperadores na Comissão Admi-
nistrativa da Camara, comungam tambem no seu
pensamento; e’ao virem, portanto, documentar,
por esta forma, o que sentem sobre um prolema
a que inesperadas circunstâncias deram relêvo,
não tem em vista se não manifestar, pelos meios
que legalmente lhes estão demarcados, oBseu
-apoio á accão de V. Ex.º no sentido de que êle
tenha a melhor solução.
O concelho da Sertã, Senhor Presidente,
carece de integrar-se, de vez, no movimento ace-
lerado em que outros avançam aproveitando,
mais largamente, os beneficios que o Estado está
espalhando pelo País; e visto que êle mesmo veio
ao encontro do Município oferecendo o seu con-
curso poderoso para satisfazer uma das preten-
ções justas desta vila, que mereceu a concordân-
cia e interêsse da Ex.”* Comissão Administrativa
da Camara, os Sinatários esperam que uma e outro
se mantenham integralmente até que a projectada
escola de quatro salas para a Sertã seja uma ria-
lidade, e se tomem, com a brevidade que V. Ex.º
“achar indispensável, as providencias precisas para
– que não seja desviada para outra escola a dota-
ção já concedida para aquela.
– Finalizando, os sinatários exprimem os seus
desejos sinceros de ver a Comissão Administra-
tiva da Camara da digna presidencia de V. Ex.
ligada a uma obra que pode influir favoravel-
mente no futuro desta terra; e para consegui-lo
uma vontade firme que, nêste momento, ninguem
mais do que V. Ex.* a pode ter. .
Sertã, 23 de Dezembro de 1936.
Assignaram esta representação, alem dos
apresentantes e seguindo a ordem das assigna-
turas, os srs.: Dr, Flavio dos Reis e Moura, Dr.
Rogerio Marinho Lucas, P.º José Batista, P.º
Francisco dos Santos e Silva, Dr. Antonio Nunes
e Silva, Dr. Angelo Henriques Vidigal, P.º An-
tonio Pedro Ramalhosa, Joaquim Antonio Bran-
co, José Tavares Mouta, Antonio Alves Lopes
Manso, Casimiro Farinha, João Nunes e Silva,
Abilio Ribeiro Lopes, Gustavo Bartolo, Sergio
Pina, Francisco Pires de Moura, Antofio da
“Costa, Celestino Pires Mendes, José Ferreira Ju-
nior, Rufino Nunes, Crispim Casimiro, Anibal
Diniz de Carvalho, Manuel Antunes, Angelo Lo-
pes, Cesar Lopes e José Francisco da Silva.
Pela brevidade com que teve de ser
elaborada esta representação, para ser
entregue na’ sessão de 24 de Dezembro,
não poude ser assignada por muitos Ser-
taginenses que, pôr aquela forma, deseja-
vam manifestar a sua inteira concordan-
cia com ela. À construção de dois edifícios
escclares, cuja planta denúncia um inte-:
ressante gosto architetónico, tem desper- |
tado as atenções da opinião publica, que
não esconde ‘a satisfação que sente pelo
gesto expontaneo dos serviços do Minis-
terio da Educação Nacional no sentido de
assegurar a esta terra, com o seu auxilio,
um logar primacial num dos sectôres em
que actua. Basta esta circunstancia para:
acompanhar mos, como merece, esta ques
tão e dela iremos dando conta nas nossas
colunas. E
A Comissão Administrativa da Ca-
mara deliberou que a representação refe-
rida ficasse sobre a mesa para estudo.
…a lápis
Foltransferido para a comar-
ca de Agueda o sr. dr.
Afonso Camelo Osorio de Vas=
concelos, que esteve nesta co-
marca como Delegado do Pro-
curador da Republica, e para
onde já seguiu com sua espo-
sa e filhos.
Para a Sertã foi nomeado o
sr. dr. Ruben Anjos de Carva-
lho, de Barcelos,
rap
À propósito da nota publica-
da no último número, em
que sugeriamos a ideia de que
a venda da sardinha, em con-
segúência da falta de espaço
que se verifica geralmente na
Praça, se podia fazer no Ter-
reiro das Acácias, lembra-nos
um leitor que seria preferivel
aproveitar para tal fim a pró-
pria Rua do Soalheiro, colo-
cando as canastras a um dos
lados, em fila, e as camione-
tas, depois de fazerem a des-
carga, desimpediriam por
completo o trânsito, afastan-
do-se do fundo daquela rua,
iria só a sardinha que-não cou-
besse no local reservado na
Praça. . E
Concordamos com o alvitre,
e achamos bem que se adopte
esta solução.
D!ZEM-NOS que a popula-
ção pobre de Lisboa, em
virtude de o azeite ter atingi-
do-um preço. incomportavel,
está usando, em sua substitui-
ção, e com eficácia, o-oleo de
amendoim. a
tea
UMA verdadeira falta de res-
peito pelos mortos se está
verificando no cemitério local:
com efeito, ao abrirem-se as
sepulturas, onde já tinham si-
do enterrados outros cadave-
res, os ossos ficam espalhados
sobre a terra destinada a co-
brir novo caixão, e as pessoas
que fazem parte do cortejo fú-
nebre, ao aproximarem-se da
sepultnra, pisam, por necessi-
dade, é claro, esses restos mor-=
tais. &
Tudo isto se evitava desde
que os coveiros juntassem e
enterrassem os ossos no fundo
da sepultura, para o que bas-
taria abrir uma peguena cova.
Reclamamos do respectivo
vereador as providências in-
dispensaveis. –
inf
A igreja matriz, durante a ul-
-tima missa da noite do
Natal, não teve iluminação e-
lectrica. Soube-se, depois, que
alguns curiosos, pretendendo
uma variante na distribuição
da luz, meteram-se a mexer
nos fios da instalação, causan
do-lhe avaria.
E’ o resultado de muita gen-
te se julgar entendida em coi-
“|sas de que não percebe nada,percebe nada,@@@ 1 @@@
* porque é que a nós, Ele nunca deu nada ?
Z Ro 1111 A Comarca da Sertã
Spear
N parôgem E carros & eleciricas, ao Iuaco-fusco, E uma onora
me animação.
Umea multidão snciosa e apressada tomava de assalio dos
08 carros que se aproximavam e vinham, pela maior parte lquási cheios,
acabando de com pletar-se a lotação em poucos segundos.
Na maioria eram senhoras e crianças que nôsse dia festivo 6.
lindo entre todos, da véspera do Natal, enchiam essa e todas as
paragens da Baixa & pelos rostos sorridentes é inverosimeis, enore
mes embrulhos de todos os feitios e tamanhos. que sobraçavam, se
poderia antever a alegeia que 4 noite engheria todos. os lares…
No Rossio, montras iluminadas e cheias de cousas belas e
tontádoras, a animação tocava quasi as raias da loúoura, uma lou
cura boa e sã que se mostrava nos rostos refletindo alegria, dos
trauseurtes, pois nas bordas dos passeios ce vendedores ambulantes
de. brinquêdos tinham assentado os seus arreiais e um côro desafi-
nads e original de gaitas, epitos é pregões pitorescos se erguia, ene |
surdecedor, atraindo os rostos ávidos, ambiçosos das crianças que
sós ou acompanhadas, ricas e pobres, sÓ tinham um único pensas.
mento: comprar o prazer, a alegria sem par de um dêsses bonecos
baratns, brinquêdos pobres, mas cheios de interôsse e colorido.
» Das pastelarias, Cujas montras faziam parar todos os gulosos
e luzir muitos olhos infantis, saiam constantemente pessoas com 08
classicos embrulhos redondos do bolo- rei o outras saborosas iguas.
] |com o teu companheiro levar ôs-
rias que constituiriam à meisenoite, parte da consoada familiar.
” Emfim, toda a cidade em actividade de festa, nessa terde fria
de Dezembro, parecia querer regressar a casa depressa para prepa-
rar o espectaoulo belo e engraçado da arvore do Natal, que é como
um laço que so aperta, reunindo amoroaamenti em ramo feliz, todos
os membros de uma familia,
Entreoutros passageiros impacientess etava um sujaito frioren-
tamente embuçado num espesso e caro sobretudo, ‘ mãos enluvadas
nos bolsos, o rosto aborrecido e indiferente à animação geral, pas-
seando nos poacos metros junto da paragem, procurando em cadê
carros o que O levaria a casa.
Nela não o esperava ume jovem esposa sorridente e meigo
ou crianças alegres e ansiosas da sua chegada, ficara solteirão, só
no mundo, único descendente de uma ilustre e riquissima familia,
extinta ha anos, e assim, pará ôlo toda: aquela, alégria ambiente
nada aignificava. :
“Noite do Natal! Esas palavra quási nada lhe ADE a
Em criança tivera conforto e brinquêdos, mas-nunga à tere
nura dos pais lhe proporcionara a felicidade de ve sentir amado e
estremecido, tinha-os perdido nos primeiros anos da sua existencia
é só com um velho tutor rabujento e severo, desconhecera mimos
e ternura,
Encostaraese aborrecido a um cândeeiro, esperando resigna-
damente que a onda humana, barulhenta e febril, passasse de vez,
mes, mau grado seu, começou a reparar em dois garotos, que perto
de si se esforçavam pr vender aos indiferentes freguezes a sua
mercadoria, maços de jornais que caput ao dobmdos dentro das.
negras sacolas postas a tiracolo.
Como azougados é espertos. Dada apesar de teitarem de
frio, que mais intenso se acentuára com o cair da aus gritavam,
pulando de um lado para o outro:
—Olha o Noticias! Cá está o Diario! apregoava o mais velho.
Noticias da guerra! Olha a. República | tipostava esgani-
cadamente o mais novo, muito risonho, Eº pá… está um taró dcs
diabos! .
-—E’ tempo dêle, que se há-de fazer? E
-—(Olha para aquela madama, 6 Zé! Aquilo é que leva um
embrulho maior! *
Com os olhos arregalados de pasmo, 0 Zé exclamou:
— Ena pae, que carrada| depois suspirou: — Aquilo devem
ser bonécos póra os miúdos dela. Eles é que têm sorte, ó Tonio…
e então nós !.,.
—Então, homem, que se há-de tazer ? Cada um tem a sua
sorte I-—e glosoficamente o Tonio, pequeno de nove anos, rosto mãe
grito e pálido’de frio, encolheu os ombros.
Interessado com a conversã dos pequenos, o friorento soli-
tario enelisou penslisado a esfarrapada indumentária do Zé é a po-
breza limpa e remendada do Tónio eo rosto animou-se=lhe por
um momento,
Indiferentes. áquêle Srámio, 08 GRa dialogavam sentados
no passeio.
— Tôda esta gente leva consas para casa | Que bom deve
ser ter brinquêdos e bolos para. comer, 6 Z6. :
— Isso é só para os ricos | gritou sarcástico o Z6, Vô lá se
nós temos essas cousas
— Dizem os miúdos ricos que o Menino Jesus é que lhos”
põe os bonócos nos sapatos. Será verdade, Tonio ?P .
Com uma gêrgalhada de troça, o desiludido Zé, olhou o
outro com ar de pena.
— E’s parvo ! Taso são mentiras bôas para palermas como tu.
Não ha Meninos Jesus, Tonico. Então responde-me cá a esta :
5
Tonio, cheio de ingenuidade, retorquio prontamente : E
-—= Porque não temos Fepaos para pôr na chaminé, -» nem
chaminé, ás vezes!
Com um caldo, pancada sôca é rapida na nuca do Tonio, o
Zé csstigou à ignorância do companheiro, ;
— E’s estupido, pá! Então ainda acreditas nessas. ? Os Mo-
ninos Jesus dos pequenos ricos… 6 o dinheiro dos pais, Agora de
nós, pobres, ninguêm se lambra ! e amargamente, Zé, com desprê-
zo nº voz, continuou: — Há para si gente pôire de rice, com no-
tas de cem e de mil aos raontõss na carteira e nos cofres, mas só
penss em si e;nos seus, para os outros… nicles |
Um rubor passou no rosto intéreas ado do oie que.os
escutava fingindo-se abstracto é súbitamento lembrou a sua infâne
cia som-carinho, mas confortavel e rodeada de luxo.
No coreção até ai egoista, sentiu pesar por aquêles dois sê:
res em plena infância e já marcadas com o sêlo da desgraça e da
descsrença. Uma ideia passou-lhe pela mente, ideia quê, tentou afase
tar de ei, procurando troçar de si proprio. Mas querendo convencer-
se de que escutando o seu corsção não obedecia mais do que a um
capricho, decidiusse e entabolar conversa com os dois pequenos,
que se tinham levantado e batendo os pés e esfregando as mãos
rôxas de frio, apregoavam Aa sua mercadoria,
— Já vendeste tôdes os teus jornais? pregunton £o Tónio;
que c olhou espantado a principio, mas respondeu com vivacidade:
—- Não, er, qual quer? «O Noticias», «O Diario», & «Repú-
L,
blicg>?… Ruido, o estranho fre-
guêz, abenava sempre a cabeça
num: negativa à enumeração dos
nomes e respondeu por fim:
“— Não quero nenhum….,
— O” messa! o Tonio voltou-se
para o Zé que se iaproximara e
olhava o estranho com loncura.
“— Não quero nenhum… pors
|que os quero todos | E os teus,
1 Zé, tambem !
Os dois: garotos olharam-se
boguiabertos e quási cairam no
chão de alegria quando o sujeito
lhes estendeu ums nota de cin-
quenta escudos e recebeu nos
braços 08 dois grandes maços de
jornais. Mas antes que êles tives-
sem tempo de voltar a.si do seu
espanto, O friorento preguntou ao
mais velho, dando-lhe um cartão
de visita:
— Sabes ler ?
— Sei aim, meu senhor. Quere
que lhe faça algum recado ?
— Quero. A’s nove horas vai
tes jornais, à casa aqui indicada.
Percebeste ?
— Percebi, eim senhor! E” só
isgo:?
Com um acêno de cabêça afir-
mativo, o desconhecido desapar:»
cou rápidamente em direcção so
Rosio, esquecido já do seu mu
humor e tão satisfeito como as
pessõas: apressadas com que se
cruzava e que poucos momentos
autes quási o irritavam,
Nove horas a bater no relógio
de bronze que estava sobre a cha-
confortante ardia em mil linguas
douradas e rubres e uma cam=
painhada e retinir, ma
A porta da rua.
E quando, guiados por um vé-
ihinho muito rizonho, o Tonio é
o Zé entraram, acanhados, ne
linda sala onde uma alegre atmos-
fera de conforto e riqueza, des- |
lumbrava os seus olhos ignoran-
tes das cousas bôas da vida não
puderem suster um grito de ad»
miração, No meio da casa, um
pinheirito engrinaldado de fios
de prata e reluzente de pequenas
velas coloridas, tôdas acesas, er-
guia-se de um vaso de Natal,
estendendo os verdes ramos on-
de se penduravam brinquêdos
caró?, belos, tentadores,
Um triciclo e um cavalo de
pasta ladeavam-no, atraindo os
olhares cubiçosos dos pequenos,
que iam da árvore cheia de cóu=
sas lindas, à mesa posta, onde
se empilhavam em pratos de
faiançe, bolos pasteis, rebuçados
e bombons, ladeando com carnes
frias e iguerias apetitosas.
—Que felizes são os miúdos
nesta casa, o Tonio! eupirou
subjugado o Zé, olhos ávidos
com tantas riquezas,
—B que lindos brinquêdos,
Zé, que cousas tão bôas, alem,
naquela mesa! sussurou o To-
nio, mal podendo respirar.
—Pois é tudo para vocês, meus
filhos, mas vão prometer-me que
nunca mais dizem que Os ricos
são tôdos uns egoistas,,. e não
duvidam da bondade, justiça e
| amor, do bom Jesus | disse uma
– | voz grave e doce ao lado de ame
bos, voz um pouco comovida.
E quando os dois pequenos
acordaram do seu espanto, foi
para abraçarem loucamente 0 hos
mem: generoso e bom que lhes
preparava tão grande felicidade,
o desconhecido friorento e mol
lumorado, que agora lhes sorria
satisfaito,
E naquela casa até ei ailen=
ciosa, nunca mais cesgaram os
rizos e alegria, pois após essa
noite de santa felicidade, a linda
noite de Natal, vierem instalarsse
anela definitivamente: dois novos
habitantes, filhos adoptivos do
bom homem de coração, que ju-.
rou fazer dêles dois homens ge-
nerogos e honestos, capazes de
lhe recompensarem em emizade
e- amor, o impulso que irresisti-
velmente, aproximara 08 seus c0-
rações.
Rernanda de Matos e Silva
minó, onde um fogo alegre e re-|
NATAL
“Festa tam solene e tam enternecedora na sua beleza espirita?
Nos templos da cidade e nos humildes campanários da al-
deia os sinos repicam festivamente convidando a tudos para a «Mis=’
sa do Galo», e grandes e pequenos, ricos e pobres, reunidos na:
mesma fé, lá vão pressurosos a caminho da igreja onde se comemo- |
ra solenemente o nascimento do Redentor. Junto do altar, entre lu-.
mes e flores, lá está um presépio atraindo a atenção dos fieis: um.
menino deitado sobre umas palhinhas, tendo ao lado N, Senhora e .
S. José, a pouca distância os Reis Magos prostrados em adoração, .
aqui e acolá uns minúsculos pastorinhos, sobressaindo de entre o:
musgo da gruta, e todo este conjunto evocando a cena maravilhosa
desenrolada há 19 séculos!
Há longos anos que os Patriarcas da antiga Lei e os. justos.
da terra suspiravam pelo Messias prometido anunciado pelos profe-
tas, e eis que na noite de 24 de Dezembro raiou a aurora dêsse dia
solenissimo ! No Oriente três régios sábios prescrutavam os astros e
com grande assombro vêem surgir no manto pratiado da noute uma
estrela de incomparavel fulgor! Tiveram logo a intuição de que-
grande acontecimento se estava passando no Universo, e convictos
de que aquele astro brilhante vinha anunciar o nascimento do Me-
nino Jesus, presos de estranha comoção, montaram sem mais delon=
gas nos seus camelos, decididos a ir procurar e adorar O divino
Infante. Sem recear a extensão nem as incomodidades duma via-.
gem desconhecida, lã partiram os célebres Reis Magos, Belchior,
Gaspar e Baltazar, e guiados pela estrela misteriosa lá chegaram à
cidade de Jerusalém. Como aquele maravilhoso farol tivesse termi-
nado ali o seu percurso, os viageiros desceram da sua montada é
penetraram no estábulo onde o Rei dos Reis quiz nascer pobre pa-
ra atraír a Si os humildes e os pequenos. Com a homenagem das
suas adorações, os três Reis do Oriente ofereceram à Familia Sa-
grada valiosos presentes de ouro, incenso e mirra, Mais além na
encosta da montanha surgiam os pastorinhos tocando a gaita de fo-
les, e trazendo consigo as premícias do seu rebanho. Emquanto dors
miam, os anjos vieram despertá-los para lhes anunciar a grande no-
va. Um estranho clarão iluminou as suas choupanas, emquanto um
cântico de harmonias celestiais ecoou no espaço: «Glória-in excel-
sis Deo !…» Estremecendo de alegria lá foram os pastorinhos cor-
rendo pressurosos a caminho da gruta de Beléml…
Natal ! Festa intima e consoladora em que mais se estreitam
os sagrados laços da familia /
No lar, os pais esperam ansiosos os filhos ausentes que vêm
de longe tomar parte na consoada, e recordam-se com maguada sau»
dade os entes queridos que a morte arrebatou. Outros estarão dis-
tantes, sentindo a nostalgia da casa paterna! Aqueles que talvez
em crianças deixaram o cantinho em que nasceram para ir a dis
tância começar a luta pela vida — em que não faltam desenganos e
torturas — ao verem aproximar-se a «festa da familias, sentirão um
vácuo no coração, e lágrimas de saudade inundarão por certo os
seus rostos tisnados por um sol equatorial, recordando os pais vê-
lhinhos que lá longe esperam o regresso dos filhos queridos, de que
estão separados pelo oceano imenso! Pequenos e grandes, todos
sentem grande consolação nas intimas reuniões de familia. O crepi-‘
tar do lume na lareira, as tradicionais filhós, muito saborosas, que
mão amiga preparou, os sinos que repicam alegremente, as: risadas
dos novos, o alvoroço das Crianças ao depararem co os «bonitos»
e as deliciosas surpresas que o Menino Jesus lhe pôz nos sapatinhos,
todo esse conjunto de conforto, paz, amor e alegria, são outras tan-
tas notas vibrantes dum hino harmonioso que nesta quadra bendita
se deve entoar com mais sentimento: O amor da tamilia ! Mas ai!
Emquanto es’amos sentados em redor da mesa em que. a familia se
reúne para a refeição, nos aconchegamos ao calor do lume e o tos –
ração ainda mais quente de puros afectos se expande numa conver=
sa animada e comunicativa, ouve se lá fóra o murmúrio do vento
agitando os ramos das árvores, a chuva batendo nas vidraças e a
neve cai de mansinho envolvendo a terra no seu manto de armis
nhos 1… Conirange-se- me o coração pensando em tantos lares one
de escasseia o pão, nos pobresinhos sem abrigo, nas crianças e
doentes sem agasalhos nem carinhos! Para êsses não haverá uma
parcela de alegria nesta quadra santa do Natal? Haverá, por certo,
pois não é a Caridade a mãi dos orfãosinhos e o conforto dos que
sofrem? Ela penetra discreta e silenciosamente nos casebres mises
ráveis e nos catres dos hospitais. Caros leitores, não vos esqueçais
de contribuir com a vossa quota parte para levar, a tantos infelizes,
um pouco de couforto material e moral em nome do Jesus Menino,
que veio à terra ensinar aos homens o amarem-se uns aos outros.
E’ na prática do bem que se encontram as consolações mais puras
e perduráveis. Os sorrisos das crianças que agasalhamos, as lágri-
mas de consolação dos velhinhos e dos doentes que socorremos com
os nossos donativos, atraem as bençãos de Deus. O perfume da Ca-
ridade evole-se na atmosfera, sobe ao céu e lá se transforma num
“orvalho precioso que inundará de felicidade e alegria os nossos Coe
rações!
Bem hajam aqueles que já corresponderam ao nosso apélo;
em nome dos pobresinhos apresentamos a expressão do nosso da
gradecimento pelas generosas ofertas.
Que desde o palácio dos nobres às humildes choupanas pera
passe um frémito de consolação e alegria espiritual.
Nasceu Jesus Menino.
«Gloria in excelsis Deo. Pax hominibus bone voluntatis [>
M. J.
Certificados do registo eri= |º policial, o qualidade da.
é a pessoa que O requere ‘e 0
minal ê policial fim a que o destinam. Os,
A partir daste môs, MAS requerimentos, devidamente.
só depois de transferido o | reconhecidos, poderão ser:
arquivo desta comarca para |9bresentados nas Secreta- |
Lisboa, os requerimentos so- rias Judiciais das comarcas
lictando a passagem de |0u nas secções administrati-
certificados do registo cri [vas das Camaras Municipais
minal e policial, devem ser [dos concelhos que não se.
dirigidos ao Ex.Ӽ Director |jam sedes de comarca, jun-
do Arquivo Geral do Registo |tamente com um vale de
Criminal e Policial, decla- |correio de Esc 25920, par
rando se desejam só o re- |gavel em Lisboa ao Direr
gisto criminal ou tambem lctor do Arquivo,@@@ 1 @@@
«é» Necrologin
SE ESSES DO EE
D. Maria da Purificação
No logar da Passaria, desta
freguesia, faleceu em 15 de De-
zembro, a sr.* D. Maria da Pu-
rificação, que contava 67 anos
de idade. Deixa viuvo o st. An-
tonio Simões e era mãe dos srs.
Antonio Simões Ferreira, de Co=
ruche, Manoel Simões Ferreira,
de Luanda, Domingos Simões
Ferreira, da Ribeira de Santarém,
– Maria da Purificação, da Serra
do Pinheiro, José Simões Fer-
reira, do Brasil, Joaquim Simões,
Ferreira, de Santarém, Piedade
“da Parificação, Conceição da
Purificação e. Luiz Simões Fer-
reira, da Passaria, e João Simões
Ferreira, de Pedrógão Grande. .
Ad
“Y
“José Henriques Ferreira
Vidigal
Com idade de 76 anos, fale-
ceu em 27 de Dezembro, na
cidade de Belem (Pará),
Brasil, o sr. José Henriques Fer-
reira Vidigal, antigo comerciante
“daquela Praça, onde residia há
cerca de 50 anos. Era natural da
Varzea Fundeira, freguesia de
Pedrógão Pequeno. Deixa viuva
a Ex nº Sr.* D. Alice Barbosa
Ferreira Vidigal, e era pai das
Ex.mas Sr. D. Maria Amelia
Barbosa Ferreira Vidigal, esposa
do sr. dr. Angelo Vidigal, da
Sertã D. Alice e D. Mariana
Barbosa Ferreira Vidigal, de
Belém (Pará), e dos srs. Angelo
e Antonio Barbosa Ferreira Vi-
digal, comerciantes; Floriano e
Maximiano Barbosa Ferreira Vi-
digal empregados comerciais;
Carlos Barbosa Ferreira Vidigal,
de Belém (Pará); José Barbosa
Ferreira Vidigal, comerciante, do
Rio de Janeiro; Capitão Raul
Barbosa Ferreira Vidigal, de
Carnide e Jorge Barbosa Ferrei-
“ra Vidigal, estudante, de Lisboa.
.Aºs famílias dos extintos en-
viamos o nosso. cartão de con-
dolências.
tonta
TEATRO
ac que o grande actor dra-
É mático Alves da Cunha está dis-
posto a honrar-nos com a sua vi=
sita no proximo dia 19, levando
à cena, no Teatro Tasso, as
«Duas Causas»>.:
Esta noticia, a confirmar-se, é
para todos os que apreciam e
amam a arte de Talma, motivo
de grande regosijo, porque Al-
ves da Cunha encarna os seus
papeis com um talento e entusias-
mo verdadeiramente notaveis, fa-
zendo vibrar o publico arreba-
tando-o intensamente. .
E a boa comédia, sobretudo
quando interpretada pelo grande
artista. é qualquer coisa de supe-
rior às revistas de acre sabor,
que hoje são apreciadas pela
malor parte do nosso público,
orque no seu âmago trazem a
ume a ignobilidade de viela, a
devassidão e torpeza da escória.
Todos os que apreciam teatro
a valer, devem assistir ao espec-
táculo de Alves da Cunha, e pre-
pararão o campo para Íuturas vi-
sitas à Sertã,
“É
Tambem a simpática artista
Maria Odette, já conhecida na
Sertã, tenciona visitar-nos pelo
Carnaval. apresentando-nos 3 re-
vistas em 1 acto, 3 actos de va-
riedades e 1 comédia em 1 acto;
até agora ainda não nos foi pos- | .
“Sivel saber o nome das revistas, | ”
mas devem agradar, porque Ma-
ria Odette organiza sempre pro-
gramas atraentes.
Do elenco fazem parte, alem
de Maria Odette, Maria Pestana,
Dora Vieira, Cremilda Torres,
Virginia Rodrigues, Berta Mon-
teiro, Maria Nizete, Rosa Monte=
do negro, Gina-Max (bailarinos) e
: A Comarca, da Sertã
ANUNCIO |
No dia 24 do proximo mês |.
de Janeiro, pelas 12 horas, á
porta do Tribunal Judicial |
desta comarca, se ha de proce-
der á arrematação do predio
abaixo descrito, penhorado por
virtude de execução de senten-
ça, em que são exequente Fran-
cisco Ribeiro Louro, casado,
comerciante, residente na cida=
de de Castelo Branco, e execu-
tado João Ribeiro Louro, casa-
do, – agricult ?,
Conqueiros, freguesia de So
breira Formosa, desta comarca,
e constante da carta pr.catoria |.
que, para arrematação, foi ex
pedida da comarca de Castelo |,
Branco, a saber:
Uma casa com seus’logra
douros, no sitio da Feiteira,
suburbios dos Congueiros. Des .
crita na – Conservatoria sob o
nº 26019. Vai pela terceira
“vez á praça e por qualquer va
lor oferecido.
São por este meio citados
quaisquer credores incertos pa-
ra assistirem á arrematação.
Sertã, 22 de D zembro de
1986.
Verifiquei Judo; 1 É Su
bst.º,— Antonio Ildefonso Vi
torino da Silva Coelho.
“O Chefe da 2º secção; — Ah-
|gelo Soares Bastos
Sugusto Justino Rossi
“Solieitador Ensartado |
SERTA º
VENDE-SE
Uma casa nova, na vila
de Alvaro, composta de lo-
jas, 1.º andar com 7 divisões,
aguas furtadas e quintal.
Trata-se na Rua Nogueira
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15
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– (das 9,30 ás 12,30 h.)
Francisco Mateus
Solicitador Judicial
— SERTÁ-<
“ANUNCIO
No dia 10 do proximo mês de
Janeiro, peles 12 horas, à pcrta
do Tribunel Judicial desta comar-
oa, se ha-de proceder à arrema-
16
teção dos predios abaixo descri-
tos, penhorados por virtude de
execução por custas e selos que
o Ministério Público move con-=
tra Manuel Vicente, casado, pro
prietário, do logar do Vale do
Grcu, freguesia de Vila de Rei,
desta comarce, cujo processo cor- |:
'|re seus termos pela corcaros de |.
Abrantes, e do quel foi extraída
e expedida à êste Juizo & come |.
-petente carta precatória para &-
-valieção e arrematação dos pré-
dios seguintes:
1.º — Uma casa de habitação
com os seus logradouros, no los
gar do Vale do Grou. Vai pela
tercoira vez à praça, sem valôr.
2.º — Uma terra de cultura, no
| Vale Linho, Vai pela terceira
vez é praça por qualquer valõr.
8.º — Uma terra de horta, oli
veitas e met”, denominada a
Horta Nove. Vai pela terceira
vez à praça, por qualquer valôr.
4º — Uma terra de cultura
com oliveiras, sita nas Cavalhei-
ras, Vai pela terceira vez á pra-
ge, por qualquer velôr.
São por este meio citados
quaisquer credores incertos para
assistirem à arrematação.
Sertã, 17 de Dezembro de 1936
| Nerifiquei— O Juiz 2.º substio
tuto, — Albano Lourenço da Silva.
O Chefe da 1.2 Secção — José
Nunes,
BEBES Bevis
fas sa 2 = e] O Em
Nm ELgo mr
Ts gos Ezo Crê
era fu Ss. 3 lg] R
Ss q & Ro Red RS Z20mw oz
Ee0os Ea ui o
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om ER E '=- oFeos
SEsn + SS oSEA
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> é lo os = se *oRo
ANUNCIO
“No dia 24 do pr oximo mês
de Janeiro, pelas 12 horas, á
porta: do Tribunal Judicial
desta comarca, se ha-de proce
der á arrematação do predio
abaixo mencionado, penhorado
mos autos de execução fiscal
administrativa, em que é exe
quente a Fazenda Nacional e
executado ‘ Albino Pedro, do lo-
gar da Macieira, freguesia do
Troviscal, desta comarca, a sa-
“bers
– O direito e acção a um ca-
torse avos de uma terra com o-
hveiras, outras arvores de fru-
to, mato e pinheiros, no sitio |.
do Cimo de Coijoanas, limite |.
du Fontinha, freguesiado Tro-
viscal. Vai pela segunda vez á
praça no valor de mil escudos
1.000500,
“São por este meio citados
quaisquer credores incertos pa-
ra assistirem á arrematação.
1936..
Verifiquei— O Juiz, 1.º Sum
bst.”,— Antonio Ildefonso Vi-.
torino da Silva Coelho
OChefe da 2* secção,— An-
gelo Soares Bastos
CAES OS
a E ir o ara
terino cs Silva
Sertã; 22 de Dezembro de
ANUNCIO
No dia 24 do proximo mês de
Janeiro, pelas 12 horas, à porta
do Tribal Judicial desta comar=
ca, se ha de proceder à arremata=
ção do prédio abaixo mencionado,
penhorado nos autos de execução
fiscal administrativa, em que é
exequente à Fazenda Nacional 6
executado Antonio Teodoro, resia
dente no logar do Seixo, freguesia
do Castelo, desta comarca, a saber:
O direito e acção à nona. parte
do direito ao arrendamento a longo
praso, de uma propriedade que 86
compõe de casu de habitação, ter-
ra de cultura, oliveiras, castanhei-
ros e testada de mato, no sitio do
Vale da Estradinha. Vai pela prie
meira vez á praça no valor de quam
trocentos escudos. (400300).
São por êste meio citados quaisa
quer credores incertos para assi
tirem à arrematação assem como .
tambem são citados para assistirem
á mêsma, os co proprietarios Ja
cinto dos Santos, residente em par-
te incerta, e José Maria, residente
em Lourenço Marques, afim de
usarem do seu direito de Re
cia, querendo.
Sertã, 22 de Dezembro de 1936,
Ra = O Júts, 1º
Subst.º, — Autonto Ildefonso Vi-.
o elho,
O Chefe da 22 Secção, — Ane
galo Sosres Bastos,
Pequena Moagem
Vende-se com motor Semi
E iDinselo deJ2 a tô HR Pe
respectivo alvará.
Trata se nesta Redação 35
JOSÉ BARATA JUNIOR
Avenida Joaquim Nabuco, 2193
au MANAOS-AMAZONAS-BRASIL
Con: longa pratica e resi=
dência nesta cidade há ma-
is de cincoenta annos, ocu-
pa-se com toda a atenção
de procurações para admis
nistração de bens e outros
assuntos — cumprindo com:
toda a regularidade, as Orm
dens de seus constituintes,
Comissão Modica
Pedro de Matos Neves
Médico-Veterinário 93
SERT À
Experimente os cigarros
*“ESTORIS” e É
cará sendo sou consumidor,
São económicos, bem a-
paladados, não irritam a gar-
ganta e prescivam 0 Orga-
nismo da acção da nicotina.
Agente geral na região : :
ANTONIO NUNES DA SILVA MATA — Ser-
-Dache do Bomjardim. 92
me MANERA SEL UASS as
Auta
SiS
5 Telefone 30
Mesa
g
io
ces
ES
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dE ANTONIO TAMAGNINI
Gabinete de Eleetro-radiologia
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Diatermia, Ultradiatermia. Iufravermelhos
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aparelhagem moderna, das melhores marcas é das mais potentes.
DECRETOU UT TT
TOMAR
Duodeno em serie
30
Ed
+ em serie
30
Ed
+@@@ 1 @@@
-mamente, e á í
E medida que o João Lopes; 1. Secretario, Ma-
“drio Florim; 2.º Secretário, José
| Luiz; Tesoureiro, José. Antonio
Farinha; 1.º Vogal, Cesar Lopes;
4
“ Comarca da Sertã
0 novo Codigo Administrativo é |
a divisão das Provincias
Publicou o Govêrno, em 31
de Dezembro, o novo Codigo
Administrativo, coincidindo
aquele dia com o centenario da
promulgação do 1.º Codigo
Administrativo. O novo codigo
vigorará provisoriamente até
aos fins de 1938, e até então, o
Governo, aconselhado pela ex-
periencia, introduzirá nele todas
as alterações necessarias, de mo-
do que a sua aplicação se torne
definitiva em 1939. Com exce-
pção de Lisboa e Porto, os ccn-
celhos são de 1.º, 22 e 3.º or-
dem, dividindo-se em urbanos e
rurais.
O concelho da Sertã ficou sen-
do rural de 2.º ordem, e os de
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila
de Rei, rurais de 3.º ordem.
À provincia passa a ser a as-:
sociação de concelhos com afi-
nidades geograficas, economicas
e sociais ea nova divisão do
país em províncias parece-nos
muito interessante. E” assim feita:
Minho, com os distritos de
Braga (capital) e Viana do Cas-.
telo; Trás-os-Montes e Alto
Douro, com Bragança, e Vila
Real (capital); Douro Litoral,
com o Porto; Beira Alta, com
Viseu (capital) e Guarda; Beira
Baixa, com Castelo Branco;
Beira Litoral, com Coimbra
(capital), Aeeiro e Leiria; Riba-
tejo, com Santarém; Estrama-
dura, com Lisboa (capital) e
Setubal; Alto Alentejo, com
Evora (capital) e Portalegre;
Baixo Alentejo, com Beja; Al
garve, com Faro.
– Há, porém, algumas terras, que
ficam pertencendo a província
diferente daquela em que ficou
incluindo o seu distrito.
Como se vê, a Beira Baixa
que desde de há muito compre-
endia os distritos de Castelo
Branco e Guarda, com a capital
naquela cidade, passou a abran-
ger, apenas, o distrito de Cas-|
telo Branco, e os concelhos de
Mação, distrito de Santarém e
Pampilhosa da Serra, distrito de
Coimbra.
Epis
DESAFIOS DE FODT-BALL
– Em 20 de Dezembro, como
anunciámos, efectuou-se na Ala-
meda da Carvalha, um desafio:
dc foot-ball entre o «Academico.
Sporting Club Figueiroense» de
Figueiró dos Vinhos eos «ll
Unidos da Sertã, tendo aquele
ganho por 3 a 2; este realizou-se
em Sernache. :
No dia 1.º do corrente os «ll.
Unidos da Sertã» sofreram nova
derrota, perdendo por 2a 1 no.
jogo com o grupo da Casa do.
Povo, tendo este desafio sido no
campo local,
A falta de espaço impede-nos,
de publicar hoje os relatos dos.
desafios, o que faremos próxi-
possivel.
Gogo dp
Baptisados
Realisaram-se no dia 21 do
mês passado, na igreja matriz da.
Varzea dos Cavaleiros, o baptisa-
do da menina Ilda Lopes Simões
Dias, filha do sr. José Simões e
de sua esposa sr.* Maria Lopes.
Paraninfaram o acto os-srs. José
Serra, desta vila e Joaquina Lo-
pes Lourenço, do Mosteiro de
Santiago, esposa do sr. Antonio
dos Santos, nosso presado assi-
nante. à
No dia 1.º do corrente bap-
tisou-se na igreja matriz da Ser-.
tã uma filhinha do nosso director,
com o nome de Maria Madalena.
Foram padrinhos seus tios pa-
ternos Exm.? Sr.º D. Maria Ma-
dalena Corrêa e Silva de Men-
donça David, de Alvaro e o sr.
Engenheiro J. Barata Corrêa, de
Faro.
S 9 9%
Este numero foi visado. pela:
‘ Comissão de Censura de
ace
po apo em COMARCA
PESO (VILA DE REI), 15 — Tambem esta freguesia
se fez representar no grande comício anti-comunista rea-
lisado em Castelo Branco, participando dele, os compo-
nentes da Direcção da Casa do Povo, membros da Junta
de freguesia e muito povo, que servindo-se de camionetes
com meio de transporte, acorreram á capital do Distrito a
testemunhar o seu incondicional apoio de verdadeira soli-
dariedade à politica seguida pelo Governo do Estado No-
vo, e repudiar de um modo sincero iniludivel as nefastas
e dissolventes ideias comunistas, c
o $
Pelourinho de Cardigos
CARDICOS, 1 de Dezembro — Na nota que precede o
belo e patriotitico artigo sobre o «Pelourinho da Sertã»
e publicado no ultimo numero deste jornal, ha uma lacuna
importante que peço licença para rectificar, pois que a
Vila de Cardigos, da comarca da Sertã, tambem teve o seu
Pelourinho, de que ainda hoje se orgulha, pelo significado
que tal facto representa e que a coloca em lugar de desta-
que entre as demais terras do País. :
prorogativas de municipio. Erguia-se na Praça, em frente
dos Paços do Concelho e da Igreja da Misericordia, bene-
má hora, haverá 60 anos, para utilisar-se a coluna no por-
tado do Cemiterio, onde ainda hoje existe, ostentando em
relevo, num dos lados, as Quinas gloriosas de Portugal.
Haverá uma meia duzia de anos que, encontrando-se
em Cardigos o ilustre filho desta terra, Rev. Dr. [Joaquim
da Silva Tavares, sabio scientista de fama mundial, mem-
bro da Academia das Sciencias de Lisboa e de quasi todas
as Academias congeneres do liceado, director g fundador
da revista «Broteria», que foi e.é uma gloria.de Cardigos,
umas conferencias que aqui fez aludiu ao Pelourinho e in-
to, simbolo de regalias que enalteciam a nossa terra. As
fito de uma grande parte dos ouvintes, pensamentos de
que como na Sertã, Cardigos — a antiga Vila Nova dos
Cardigos — poderá ostentar, em breve com o seu glorioso
Brazão, na sua principal Praça, o monumento que 2 eleva
e engrandece, como testumunho de antigas glorias e tra-
dições.
de Mação, um subsidio de 14.330800 esc. Mais um acto
de Justiça que o Estado Novo pratica nesta freguesia. Es-
todos os habitantes de Vales.
Nova Escola
Tambem por intermedio da Camara de Mação foi con-=
| cedido o subsídio de 15.000800 para a construção de uma.
escola em Casas Ribeiras desta freguesia. As obras vão
adiantadas, É E
Garreiras
de, em breve vamos ficar ligados, aos comboios da noite
em Belver por outra carreira que transportarã as malas
Agricultura
lizmente alguns nem chegam a abrir. O azeite é muito
pouco. O seu preço regula por 68 a 70400 os 10 litros. –
— Os vinhos novos são optimos. E* pena que a co-
lheita tivesse sido tão diminuta. Os lavradores esperam
receber por cada 20 litros, 358400 a 40800 Esc.
Crêmos que foi erguido quando, no secluo XVI.
lhe concederam o farol da Vila com as suas regalias é
fica instituição que ainda hoje perdera. Foi demolido numa
citou os seus conterraneos a reconstruirem esse monumen- ,
patrioticas palavras do grande sabio, acordaram no espi- |
justiça e, porque sabemos que alguns filhos desta terra
tratam da reconstituição, folgamos de podermos anunciar
— Para abastecimento de agua à povoação de Vales,
desta freguesia, foi concedido por intermedio da Camara –
te grande melhoramento era aguardado ha muito tempo e –
porisso a sua realisação trouxe grande contentamento a .
Alem da carreira diaria de caminhetas para Alferrare-
do correio. Isto representa um grande melhoramento para.
| Cardigos. É
Estão em fraca laboração. os lagares de azeite. Infe-:
(Noticiario dos nossos Correspondentes)
Nacionalistas
Está a fazer-se um peditorio, em toda a freguesia, a
favor dos feridos nacionalistas espanhois. Fazem parte da
Comissão os srs. Antonio Alberto, Mario Tavares € Rev.
Padre José Ferreira. C
: E
+ S
SERNACHE DO BOMJARDIM, 20 de Dezembro —En-
contra-se doente na sua residencia de Sérnache do Bom-
jardim, o nosso presadissimo Amigo Padre Hipolito Antonio
Gonçalves, a quem desejamos as suas rapidas melhoras.
— Falecen no dia 12 do corrente na sua residencia em
Sernache do Bomjardim, a bondosa ropnetara D, Matil-
de Leitão, com a’idade de 85 anos. Enviamos à Familia en-
Jutada, os nossos sentidos pesames.
— Teem chegado a Sernache do Bomjardim, muitos
academicos que’se encontravam em Coimbra e Porto a
tirar Os cursos secundarios e superiores, onde veem pas-
sar junto das Familias o dia assínalado do Natal, e as suas
férias. Encontra-se tambem entre nós, o nosso presado
Amigo Dr. Gil Marçal Correia Antunes, distinto professor
do Colégio Nun’Alvares de Tomar, bem como a Exm.?
Familia. A todos em geral desejamos Boas vindas, e que
todos tenham umas Boas Festas e um Novo Ano muito
prospero.
— No dia 13 ‘do corrente mês, foram de Sernache do
Bomjardim à cidade ide Castelo Branco, ao comício anti-
‘comunista, varias individualidades de destaque desta so-
tridente aldeia, agrupando-se e fazendo-se representar a
Casa do Povo, pelo seu digno Director Exmo Sr. Manuel
Batista, é o Gremio Recreativo Nur” Alvares, pelos Corpos
Gerentes da Direcção Ex.mos Srs. Artur Beliter, Joaquim
Afonso Coelho e Ernesto Fetreira Biscaia. Pelo nome que
o Grémio possue e pelo seu patrono, era de esperar tal
conducta. : a
* — Encontra-se recolhido no leito com reumatismo, o
– nosso presado Amigo e grande proprietário Exmo Sr, Ber-
nardino da Costa Moreira,
Desejamos que em breve se encontre restabelecido de
tão enfadonho e péssimo mal, c
+ 4
PEDRÓGÃO PEQU:NO, 31 — Terminou o primeiro
período dos trabalhos escolares, realizando-se na escola
masculina deta vila, uma Arvore do Natal com brinquedos,
trabalhos manuais feitos pelos alunos e objectos escolares
que depois foram distribuidos a todos os alunos.
* Na escola feminina, Professora é alunas, fizeram, um
lindo presépio. Quer a Arvore do Natal quer e presépio
foram muito visitados. o CE e e
— Na Capela da Senhora da Confiança, realizou-se
hoje o baptisado de Maria Alexandra de Vasconcelos e
Silva Carreira, interessante filhinha do Sr. Dr. Abel Car-
reira e da Sr.* D. Carlota Neto de Vasconcelos e Silva
Carreira. Foram padrinhos o Sr. Dr. Alexandre da Silva e
a Sr.’ D. Preciosa dos Santos Silva, de Coimbra. |
“— À passar O Natal e Ano Bom, estiveram nesta vila
o Srt. Capitão Raul Ferreira Vidigal, Esposa e Filhos e o
“Sr, Inácio Hênriques Vidigal.
— Como nos anos anteriores, a Junta de Freguesia
distribuiu esmolas de 5 escudos a 40 pobres da freguesia,
proveniente do legado de João. da Cruz e Silva.
—.O Senhor Manuel Ramos enviou ha dias 300 escu-
-dos ao sr, Carlos Ferreira David, para que êste os distri-
buúisse pelos pobres necessitados desta vila e arredores
Ha anos que êste benemérito vem distribuindo inúmeras
esmolas na nossa freguesia. Que nos perdõe a sua grande
modéstia em não . podermos deixar mais tempo no olvido
a sua grande obra de auxilio aos pobrezinhos.
Pera: é que êstes exemplos de generosidade não se-
jam imitados por outras pessoas de fortuna, |
O!
Ve
EE
Sertanense Foot-Ball Club
Resultado das eleições dos
Corpos Gerentes e Meza da As
sembleia Geral para o corrente !
Salários Minimos
CONVITE
Tendo o Presidente do Sindi- | n.º 36 e que se não achem pagas
fano, realizadas em 29 de De-|cato Agrícola local recebido um jaté aos numeros já publicados,
COBRANÇA DE ASSINATURAS
-Por todo este mês vamos pro-
ceder á cobrança, pelo correio,
de, todas as assinaturas até ao
zembro:
miro: Farinha; Vice-Presidente,
2.º Vogal, Francisco Rafael Ba-
ptista,
Conselho Fiscal ; Presidente,
Manoel Antonio; Vice-Presiden-
te, José Nunes da Silva; Relator,
Domingos A, Francisco da Silva;
1.º Vogal, Pedro de Oliveira;
2.º Vogal, Antonio Rodrigues.
Assembleia Geral: Presiden-
te, Dr. Angelo Henriques Vidi-
gal; Vice-Presidente, Augusto
Justino Rossi; 1.º Secretario, Ar-
mando, Antonio da Silva; 2.º Se-
cretario, Carlos da Silva Firmino;
1.º Vogal, João Antonio M. da
Silva; 2.º Vogal, Ivo Antonio
Ribeiro.
etapa
Fotografias dos Paços de
concelho da Sertã
“Nesta redacção vendem-se:
Postais cada 2$50; Ampliações
25x 15 em 15800; Edição de
luxo a Sépia.
Castelo Branco
(Foto do sr. Eutiquio Lourenço)
oficio da Associação Central da
: E . | Agricultura Portuguesa, em que
Direcção: Presidente, Casi-
se pede a sua comparência para
uma reunião na sua sede, em Lis-
boa, no próximo dia 11, destina-
da a promover, juntamente com
todos os outros Presidentes dos
Sindicatos Agricolas, das Federa-
ções economicas agrícolas e ou-
tros organismos, o estudo dos
salários minimos, de forma a
conseguir-se a promulgação de
uma lei que, defendendo o.tra-
balhador rural, não coloque o a-
gricult r na impossibilidade: fi-
nanceíra de realtzar as suas cul-
turas, problema este de magna
os agricultores desta região a
comparecer na reunião que se e-
fectua neste sindicato pelas 11
horas de 9 do corrente (sabado)
a-fím-de resolver o que for de
conveniencia.
Serta, 4 de Janeiro de 1937,
O Presidente do’ Sindicato A-
gricola da Sertã— Antonio da
Costa.
Err
Foi concedida a comparticipa-
ção de 10.020887 para constru-
ção da ponte em Povoa da Ri-
beira, concelho de Qleiros.
importancia, convidam-se todos.
rogando à todos os presados as-
sinantes, que não prefiram, fazer
a remessa das importancias, o
favor de liquidarem os recibos
logo que lhes sejam apresentados.
“Aqueles que residém em po-
voações afastadas das estações
de cobrança, pedimos o obse-
quio de nos enviarem o dinheiro
em selos postais. se
– E aos que residem na Comar-
ca pedimos o favor de pagarem
as suas assinaturas ás pessoas
encarregadas para esse fim em
cada. uma das respectivas fregue-
sias.
Há muitos patrícios aquem
não enviamos. o. nosso. jornal,
porque desconhecemos as suas
| moradas. Ro e
Consiga V. Ex.* um assinante
para