A Boa Nova nº8 21-02-1915
@@@ 1 @@@
Administrador.
José:FraNcIsCO
ri
ROM TN ENA MEBLTO SME +:
Dos ssa de Certa. Oleiros e Proença -a-Nova
“Director-proprietari»
“jipe FRANCISCÓ DOS SANTOS SILVA
Redacção e administr ção, Rua de Santo Ambonio – — – Com. 8 to ce Tin Dembcratica a
sai
Antonio PEDRO RAMALHOSA |
e Tava: ares & Morgado, Rua Honéitiho & Albuquer ques 1
ds
Í
LÊ
Editor
2 50, Peri
| prvi quaresmal
Q Senise Antonio, Bis-
po desta Diocese, prorogou
até 4 festividade de S. Pedro
e S. Paulo o tempo da deso-
briga,”e concedeu aos Reve-
rendos Parochos e Confesso-
res approvados a jurisdicção’:
e faculdades quê tem conce-
dido” nos annos antecedentes
n’este periodo ‘ quaresmal é
recommendou as collectas ao
costume.
EVANGELHO
A dominga de Quaresma o
Naquelle tempo foi Jesus
“levado “ao deserto pelo es-
pirito, para ser téntado pelo
“demonio. E tendo jejuado |
quarenta, dias e quarenta
noites, depois teve fome. E
chégando-se a Elle’o tentá-
“dor disse lhe:
«Se és filho de Deus dize
que estas pedras se conver-
“tam em pães.» Jesus respon-
* dendo disse: «Está eséripto:
É- Não só de pão vive’o homem
“mas de toda a palavra que
q tão odemoniõd o transpor tou
à cidade santa e o pozsos
bre o pinaculo do templo
e disse-lhe: «Se és Filho de
Deus, lança-te daqui a bai-
xo, pois está escripto: Elle
mandou aos seu anjos que ti-
vessem cuidado de Ti e elles
que não magoes o tew pé nal-
guma pedra.» Jesus lhe dis-
Deus,»
nio aum monte muito alto
nos do mundo ea ERER
– sãe da bocca de Deus.» En-.
to tomarão nas mãos para
se: Tambem está escripto: |
Não tentarás o Senhor teu
De novô o Tvd o dido
e Lhe tnostrowtodos os rei=|’ assalta esse
deles E Es |
isto. te“ darei, – se, prostrado
me: adorares» Então: disse-:|
lhe Jesus: Vae-te Satanaz;
porque está escripto: Adora-
rás ao Senhor teu Deus e a
Elle só servirás»
Então o démonio O dei-
xou, e logo vieram os anjos
e O serviram.
(8. Mateus IV, 1-15)
Jesus ao deixar à sua vi-
da occulta e humilde que
passára em Nazareth, na
pobre oficina de carpintei-.
“xo, para dar principioá sua
vida publica de evangelisa- |
“dor da palavra divina, reti-
ra-se ao deserto e ahi se en-
trega ao jejum e á oração.
Lição admiravel! Jejua é
ova para chamar as.bençãos
de seu eterno Pae gobre a
“sua missão evangelica. .
“Que contraste com a nos-
– sa maneira de proceder! Que
exemplo de humildade e re-
colhimento para nós chris-
tãos que, vivendo no meio
de-“tanta dissipação, tão:
poucas vezes ou nunca nos
| recolhemos longe do buli-
cio dó mundo para medi-
tarmos as grandes verdades
da mossa’ santa religião, a
eternidade que nos espera
após esta vida de dois dias)
nosJuizos de Deus quê nos
ha de dar premio óu casti-|
go eterno segundo as boas
ou más’obras in pratitae |
mos em vida! –
Esquecidos ato” Há
tas verdades, envolvidos na.
labuta do mundo é lanç a-
“dos no: meio dó espinha)
das paixões é então que nos’
o demonio, com os. seus ata-
ques a que nos. deixamos:
submetter, qual fortaleza
“desprevenida e sem múni-
ções. Pois não é o demonio
aquelle nosso inimigo que
anda ao. derredor de nós,
como um leão, que ruge,.
buscando a quer posta
tragar?
E qual é a defeza que lhe |
oppomos? Qual os meios de
que nos servimos para O
vencer e fazer fugir?
Continuamos adormeci-
dos no somno da indolencia
e do“ não te rales, não que-
remos deixar os commodos-
e deleites que nos promette
e mostra este mundo enga-
nador —pois do que pro-
mette e mostra só em ap-
parencias fica-—e o resulta-
do cahirmos, á primeira in-
pe infernal, Não deixa e
abandona, o inimigo com-
mum das nossas almas, 0c-
casião alguma de nos per-
“der e atacar e, como sabe o
lado fragil da fortaleza e
por onde mais facilmente
“pode entrar, para ahi asses-
ta as suas baterias, redu-
zindo à pó e cinzas um ba-
luarte que podia é devia ser |
“inexpugnavel, pois a graça
e auxilios de Deus nunca
nos faltam quando os pedi.
mos e d’elles carecemos;
deita” por terra todo um fu-
turo de delicias e sunmo
bem’ que nos esteve prepa-
“rado na patria celeste. Can-
ta victória com à queda de
nossós primeiros * “paes no
paraizó e, como Jesus se |
prepara ‘para a nossa reha-.
|bilitação “e n’Elle suspei
nimigo encar=|
‘niçado do genero humano, 4
o desejado das nações, em-
RE os” “sets inaiores és-
forços para mais uma vez!
go. Mas Jesus, preparando-
“infallivel da. victoria. Às.
que somos o rei da creação
o | gosemos de todos os pra
vestida, nas garras da ser- -zeres do, mundo, digamos:
| que nos. chamarem o cora:
Deus é a nossa riqueza, |
| anependidos, à hora damor
seu inimigo, Jazendo-lhe um
se declarar vencedor e con-
servar preza e algemada a.
pobre e triste Duro edad
ao seu ferreo e tyranno jusi
se pelo jejum é pela oração,
mostra-nos a todos a arma.
tentações são de. sempre, .
são de todos os dias e, para:
as vencermos, não esques –
camos a lição do evange-.
lho dhoje. O demonio quer
render Jesus argumentan-. .
do com a sagrada escriptu- 3
ra, a nós tambem nos não
faltam: argumentos capei
sos para nos obrigar à pra
tica d’acções condemnadas |
pela Egreja, mas, como Je-
Sus, aos que nos disserem
e que,
por consequencia,
que para o ceo fomos crea-
dos e não para a terra; aos.
que nos tentarem com a os-.
tentação e vangloria dos.
nossos méritos, digamos que
tudo é devido á liberalida-
de de Deus e de Deus é; aos:
ção para as riquezas, para
a gloria, digamos que só.
nossa gloria. e o nosso sum
Rey Sr p e ‘
Tenho visto muitos ud
te, de não terem servido cama:
do a Deus; mas nunca en-
contrei ninguem ad ape o
de o: Her: tantos Ê =
; + am Scott
o. homem, que Eae ao.
beneficio, parece-se com oÊ =
; + am Scott
o. homem, que Eae ao.
beneficio, parece-se com o@@@ 1 @@@
S. Casimiro
(4 de Março)
Casimiro, segundo filho de
El-rei Casimiro, da Polonia e
de Isabel, da Austria, resplan-
deceu entre ós demais i irmãos,
como o sol no meio das es-
* Clinações e costumes, affavel
“dos. Não gostava de luxo,
nem dos regalos dopalacio,
– antes dormia na terra durare
trazia asperos cilícios que af-
– fligiam. o seu delicado corpo.
“Castigava-se com, rigorosas.
“disciplinas, procurando fugir.
– dé todo o vicio e por imitar o
“nôsso Divino Redemptor nas
“dores e trabalhos, cuja paixão
memoria. Em, coisa nenhuma
“do mundo achava gosto, ven-
céndo todos os sentidos e 1n-
– clinações carnaes. Foi um ver-
“dadeiro devoto ‘e filho da V.
“Santissima.: Alem de outras.
“devoções com que a. costu-
-mava servir, saudava-a cada
uns versos latinos que elle
mesmo compôz com grande:
artifício, elegancia e piedade,
ante conhecidos em Por-
gal, 8 que contêm quasi to-
“dos 05 T erios da Encarna-
ão do Filho de Deus.“
Orava muito é guardava Os
* preceitos da’Egreja, não fal-:
“lagticinios nos dias. devidos,
“paciencia e grande conformi-
dade com à vontade de Deús,
as? dores, molesfias e incom-
modos do corpos: sis
Era modestissimo nó fallar,
ndo, a sua conversação sem-
e de coisas santas e espiri-
e proveito para outros.
ja grande zelo .pela fé
catholica;” desejando O aug-
“curando a conversão dos he<
jes. e reducção dos .scisma-
tava com seu pae para,
nenhuma Egreja que não
fosse catholica'e obediente ao
“cada, nem se, Igparassem as
“antigas. Em n muitas outras coi-
sas foi gtande a-vigilancia de
S.-Gasimiro contra-os'herejes:
ns,
to-oprimidos.'-
-Corôava estas eoutras; ni:
“rainha de todas as demais.
Dava aos pobres grandes
esmolas) consdlavaosafílictos,
“eraso amparodas viuvas, paé
-se, elle |,
trellas. Era de muito boas in- |
- e com bonito agrado para to-.,
o filho mais velho,
“dos esforços. -
“e -morte-trazia sempre na sua”
dia, prostrado de joelhos, com |
tando á abstinencia da:carne e: |
sofirendo, sempre com incrivel,
- mentoida Santa Egreja e pro- |
s á Obediência: da Santa |
- pontifice romano fosseredifi= |
ah
“tas virtudes comsa:caridáde, |
anjo do bém e o. Seu ampa:
“vo na velhice; a rica prepa-.
E oapinto ndo tutor dos desam=" |: rayam, os pais: para ser. o:
* A Boa Novas:
[dos para ajudar a todos pelo
que-era muito querido e ama-
do em todo-o reino:
« Acommettido de uma gra-
ve doença, assentaram os seus
medicos quê correria a sua
vída-em grande perigo se não
- casasse;;- 0 que- tambem por
parte do seu pas se tornava
necessario e instava com elle
no fim de o deixar herdeiro
da sua corôa, posto não fosse
Balda-.
O Santo quiz antes passar
sem saude e ainda perder a
vida, que violar a flor da sua
virgindade, “que guardou sem-
presinteira: e pura: E perseve-
rando assim n'este' santo pro-
posito se lhe aggravou a doen-
ça com a qual.e com uma re-
| velação que teve do dia da
sua morte, 'se preparou para
aquella hora delle tão dese-'|
jada. e, por outros tão 'receia-.
da, e havendo recebido os Sa-
cramentos com muita devo-
ção eternura, fixou os' olhos
em um crucifixo” que nunca
lhe saia das mãos.e expirou,
entregando a Jesus o seu es-
pirito purissimo, indo para a
companhia dos Anjos, lugar
resplandecente de luz-e para
conseguir o qual todos deve- |
| mos trabalhar.
“Rego
N'uma d'estas tardes de
verão, o sol beijava com |
seus ultimos raios, duas
criancinhas. vestidas : de
branco da açucena e como
| sorriso meigo dos anjos a,
embellezar-lhe os rostos. ,
Quem seriam?
Uma, era Mariquita, a
pobre, a, quem os paes ti-.
“nham adornado o coração,
das joias preciosas do mais
precioso thesouro que Je-
sus, Christo lhes confiou;
unico patrimonio do pobre
n'este mundo e que o torna
E rico no seio: de Deus.
dh outra, era Joannita, a
do “rico, educada na
malici dos grandes passa-
tempos e lendo no catalogo
| odas o que mais po-
“quem'este tempo: foram: mui dio NE o P
ia despertar o -galanteio Ê
dos, Onvivas..
Quer dizer, a pobre pre-.
paravam j os pais para ser o
“anjo. do mal..
Após, aquellas. duas.|
remos,
2) — Pois. dem, Mariquitay,
ar eso
nona mm
criantinhas amavam-se e
cheias de ventura brinca-
vam n'essa tarde, até que,
o cansaço lhe aljofrou a
fronte de bagas de suor, que
aos raios do sol pareciam
brilhantes - engastádos na
-coroa-de' forniosa-rainha;
Os-olhitos de Joannita fi-
xaram-se. no sol poente e
seus labios semelhantes ao
carmim- da rosa balbucia-
ram aos ouvidos de Mari-'
quita: quem-criou o sol, tão
lindo e com tanta luz? Não
sabes' Joannita?:'Teus: pais
não-te ensinaram?:
— Eles não!
—Poi Deus.
— Quem te, ensinou Ma-
riquita que foi Deus?
—Meus pais eo: sr, Pa-
dre Cura. EO ni
—Bem sei Mariquita que
tu vaes todos os domingos
4 Egreja!Mas meus pais di-
zem que na Egreja: se ensi-
| nam mentiras e am Ós- se
dres'são mãos!.'
“Não Toannita! Sé tu lá
fosses... verias como o Se-
nhor Padre não é assim é.
que ensina só verdades!
— Pois bem Mariquita,
hoje para'o futuro tens de
me ensinar, tudo o oi lá
se' ensina. e
SS Joannita; e teu
- pai?
—Não RE. aqui nin-
guem nos ouve.
— Então, começo ep Olha,
foi Deus quem criou;o sol,
as florinhas e tudo o que
o que nós, vemos o ais
perfeito. somos. nós, a quem
Deus, tambem. eriou;, por-is-
a | so, Deus é,0 mais perfeito ;
de dando porque; se não Pee E dic
não | dia à bel
é um ser perfeitissimo cria. |
“dor. e Senhor do ceu e da,
terra». E por hoje basta, é |.
já tarde, amanhã continua
não faltes, porque, gosto,
muito , fo tmonoir, sean
«der. coisas. tão. li
meus, paia! mão. e
Ee
OBRAS, OBRAS...
Aos PSEUDO — RELIGIOSOS
Ha por aí certos meninos,
Que nos dizem entre arrotos
Serem sinceros devotos
E p'ra mostrarem que o são,
- Adornam o seu exterior
Co' um tal tom de beatitude,
Que por vezés inda illude
Quem não 'stá de FERN
Cornos de olhos em terra;
Batem com a mão no peito
A toda a hora,mas com geito,
Traçam o signal da cruz,
Sem ter trelho, nem trabelho,
Por dá cá aquella palha
E trazem seropre na: balha
| José, Maria e Jesus!,
; Resiaadas dE indulgencias, y
Teem.centos-de rosarios,
Medalhas e escapularios:
De. variada devoção j
E engrolam sem descançar,
Muito. à: pressa e com furor,
Orações de toda a cor,
Sem a minima atençãol. ..
| Ao largo, ao largo, “ó hypo-
[critas!
Não engasupam a mim
Esses ar's de-Serafim,.
Vossas untuosas figuras
E affectadas devoções!
Sois modernos-farizeus, -
Verdadeiros mausoleus,
o candidas criaturasl!l.. :
Boas obras não praticaes,
Ovicio o peito vos mina,
Tendes:lingua viperina,
Não soccorréis a indigencia, '
Sois uns Ôdres de vaidade,
Não. amais a vosso irmão,
Pouco limpa é vossa mão
E inda mais laxa a consciência!
Mas ai de vós, ai de vós!
| Não vos: queria. estar na pellel.
-O' gentinha, assim tam fiel,
Não estais livres do inferno!
Pois não se póde, salvar
Quem só diz: Senhor, Senhor!
Mas o que fôr cumpridor
Da, Doutrina do Pai. Eterno!!!
“Marmeleiro - — - Fey. de 915. e
EP Moura.
mem
04 a Ema da confissão: são os
— vidos e as parxões
Entrando. um dia, dois,
militares em uma.egreja de...
Paris para examinar o que”
tinha de notavel, viram um:
sacerdote, E confessar. nest
Ambos, começam a rir á:
p= aa e do, Ba A
ais À
4@@@ 1 @@@
A Boa Nóva
<=Qrencontro tem graça,
disse um' ao outro; é preci-'
so que me divirta. Deixa-
me: só por uns momentos, €
á noite-nos veremos nothea-
tróz=:
-— Que pad fazer ?|
lhe. diz 6 outro, .
= Não teentremettas n'is-
to; replica 6 'primeiro; dar-
te-ei abundante materia pa-.
ra te rires, verás... Deixa,
gracejando, o corapanhiciio
e vae examinar alguns qua-)
dros, esper ando que o sa-:
cerdote saia do confessiona-
rio; é, logo que elle saiu se-
“gue-o á-sachristia e diz- lhes,
—Senhor
confessar me, masvamos de
vagar. Sabe que os milita-
res não. são devotos; 'e em,
em, particular, peço mais in-
dulgencia da-sua parte, pois'
não tenho -uma fé lá muito
fotte..- Desejava, até, que
começasse por me resolver
certas dificuldades, que me
fazem desprezar é atacada
a confissão:
:
gunta o sacerdote.
Sem duvida, respondeu!
elle: 4 minha educação for
até. esmerada, | e, antes de
“entraé no serviço militar,
confessava - me frequente-
mente. Mas-tanto li e ouvi
dizer contrar 4 confissão,
que tenho fortes prevenções
contra ella; o mais adivi-
nha-se faciliênte.
-Muito bem, disse o sa-
cerdote; mas não sabe que
tem na sua mão o meio de
dissipar toda a prevenção.
Confesse-se e immediata-
mente mudará de ideias:
“Mas custa-me a resol- É
“ver-me à confessar -me, sem
explicações. preliminare Ele;
Queria que mé mostrasse
a necessidade da confissão.
—Confesse-se com a sin-.
“cera resolução-demrudar de
“vida, e não idúvidará da ne-
“cessidade da gonfissão, mais |:
do que eu...;
—Mas'como. & dado Pi !
— —E quê, seo senhor se
tornou incredulo por Tiber-
tinagem,. não, du 7
Cura, tênciono:
| emendar-se fogem
E catholico? Hi, pet-.
“referido militar,
blica?
: Sim, veiu, mas antes
"não viesse. Mal transpoz es-.
«sa porta, fixou o olhar na
cabeceira do meu leito, 2|
vidon, nem
“pensou mal da religião, se-
não depois' de'se ter entrê-
gado ao-vicio. Ê
—O militar córou e, de-
pois de alguns momentos
de hesitação, disse, abra-
cando. o sacerdote: Não ha
nada mais verdadeiro: do
que o que o senhor acaba
de dizer-me: Hoje. não pos-.
so confessar-lhe senão a in-
tenção que: tinha-de riz-me
á sua custa e inshltar o seu
ministério:
guia; dou-lhe a minha pa-
lavra d” honra-que virei ter
a seus pés no' dia que me
designar. Só o vicio me tem
afastado deste logar san-
to... Cumpriu a sua; pala-
Prog e; dando: o' primeiro
passo todas as suas preven-
ções se dissiparam, econti-
nuou d'ahi em diante a pen-
sar
christão,
—8S6 osfviciosos aborré-
cem a confissão; só os que”
têm uma consciencia pouco
limpa e os que não querem
della,
dizia depois muitas vezes o
fallando
com seus companheiros. Eu
era disso um exemplo.
| —Não será este homem
“o symbolo de muitos chrisc
tãos' dos nossos dias? O
motivo que o afastava do
confessionario não será o,
mesmo. de que lá afugenta
ainda os nossos conterra-
neos?..
emo O Abrams
Valor christão
Foi a 10 de novembro do
“1914, que em Paris, na ca-.
“sa d'um: pobre trabalhador,
se dem o seguinte episodio: |
— Finalmente sois vós;
minha: senhora. Que feliz
'sou por tornar a ver-vos!
Sem vossas visitas que se-
ria de mim?!- Depois 'de dar
4 luzum filhinho, fiquei en-
ferma, sem assistencia, sem”
nada...
'enviado da: Assistencia Pu-
| me com intimativa:
. Vingue-se da
minha loúéuira; sendo o meu.
e a viver como: bom.
“—Mas não veiu aqui o
apontando com o-dedoó, diz-
« Tirae
d'agui isto.» Voltei acabe-
ça e como” insistisse, per-
guntei-lhe:- Retirar o que?
Isto, e apontou para aquel-
le crucifixo. Eu arrancar o
crucifixo! Porque? Que mal
me ha feito?
Senão; nada psvelidrais
da Assistência Publica:
—E' retirastes o vosso
“crucifixo? lhe pa a
“Senhora.
— Levantei-mé indigna-'
da, tomei o cavlheiro por
um braço, abri-lhe a porta
duma infeliz doente para
“lhearrancardes a unica con-
solação e esperança que lhe
resta? Pois ide-vós que es-
cessidadede vossos serviços.
- Morrerá juntamente com
seu filho recemnascido, mas
“o erucifixo nunca será des-
pregado d'aquella parede.
— Bravo. Assim é que é.
— Pois, “minha' senhora,
foi-se sem retrucar uma pai
lavra. Fiquei bem, e estou
“certa? que Deus não me.
“abandonará. Na verdade;
Deus tomará á sua conta
uma mulher que lhe fez a
offerta de sua vida'e da de
ser filho, para se' conser var
| fiel á sua e
u : o
* a
Quantos. dos que se di-
zem catholicos não sentirão
nas faces rubor da vergo-
nha e na consciencia, as
"e disse-lhe: Viestes a casa:
| sa desgráçada não tem ne-'
Ê
| mos que um dos deveres:
vergastadas. do remorso ao,
“lerem o. nobilissimo: exem-
plo dado por, uma pobrer mu-.
lher?. Enfeitando- -se com: o.
nome de christãos, que tão |
torpemente deslustram, yI-
vem, entretanto, ao sabor,
das é suas paixões, pretenden-.
do harmonisar a religião de.
que se dizem filhos, com, as
'suas desordens | e fraquezas.
São catholicos com a condi-
“ção dese lhesnão exigir gran- |.
des sacrifícios ou, incomo-
dos: Quereis. saber a tem-
pera da sua fé? Quereis apu-.
var a firmeza das suas cren-
ças? Basta pouco. Ride-vos
que tia |
ram o “chapeu ao toque das |
“na sua presença dos.
“com esses cataventos-collo=
“vemos, é a manifestação pu-
Não vamos provocar nin-'
'guem com as nossas arre-
A prudencia e'a humildade
“das as nossas acções, mas;
na hora: em que as nossas'
| qualquer parte seja preciso
“mostrar que-somos catholi-:
“na praça ou na taverna,
meio de muitos irmãos fra-
|'cos; lembremo-nos: qu
'mos, tentão, fixos'sob
“os- olhares da religião, q!
“nos pede esta defeza, 08 «
“ta consolação e osde Deus,
“que nos'premiará este acto
“de cora
eremplo e fé.
Trindades, | escatnecei: dos
dogmas da Religião, lançae
calunias' aos padres é ve-
los-eis -acompanhar=vos:no:
desdem e na chacota, na ne-
gação até porventura, Ses.
melhantes a um reptil PA-
frica que toma todas as co-
res, estes chamados catho-
licos'teem attitudes devotás
na Egreja e palavras blas-”
phemas na rua. Parecem-se
cados no cimo das torres;
voltam-se para 0 lado d'on-
de sopra o vento. Para es-
tes, nem é ponto d'honra |
ter uma só cara, nem obri-
gação de econseiéncia con
fessar a sua féem qualquer
circunstancia. que seja. Se
os christãos dos primeiros
tempos fossem d'este cali-
bre, não teriam os algozes ;
do imperio tanto trabalho E
emos! degolar:” a
--Ora,vé mister que saibal
mais: fortes; mais: império- se.
sos, ' mais: terminantes' na”
epocha revolta em que vi=:.
blica, - desassombrada: das:
nossas crenças religiosas.
Envergonhar-se da sua fé,
é já de si uma falta que os -
nossos proprios adversarios
não“ facilmente .perdoam.
mettidas ou arrogancias.
devem ser os motores: de tos a
convicções. religiosas este-
jam á prova, quando” em
cos, em casa ou notemplo.
diante dos impios ou n
Egreja que'nos supplica es.
rem, - este. bello
* Pedr ogam, 124124@@@ 1 @@@
A Boa Nóva:
“SLicções de abstinência
"* Convidada uma mãé pa-
ra jantar em certa-casa, le-
“vou: comsigo uma filhinha:
de 10 “annos. Era dia” de
abstinência... E mas na me-
za apresentaram carne. To-.
dos. comeram .sem ceremo-
legando com candura e in-:
3 genuidade a circunstancia
do dia
“Insistiram durante ojan-,
“tar para que comesse, por-.
que não furava a tripa di-
2iam. galhofando. A mãe,
“bem-fraca, seguino exem-
plo dos outros e aconselha-
va egualmenté sua filha que
não tivesse escrnpulos; mas
nada pôde conseguir da boa
ella a sua mãe, que me não
fura as: tripas, mas suja-me
a consciencia, -o- que é peior.
O remorso penetrou no co-
ação-d'esta mãe, que á gai-;
a disse á filha, abraçando-
«Muito alitigada pela lie-
oque me deste, e muito
a transgredir um man-
lamento da, Santa Egreja.
Fizeste bem, eu é que an-
ei mal. dênparo em Deus:
que será a ultima vez. —,
arão de Forbong, ins-
geral da industria.
são: os. que assim pensam.
Julgam-se não só superio. |.
res á lei, mas fóra d'e ella. dai
elizmentes és &
Uma palavra doce acalma
“cólera, uma palavra dura
excita o furor.
“ nia; só. a criança recusou, -
menina. Eu sei, respondeu |
m pesa de te baver:incita- T
E
“No. nosso tempo poucos. E
Noticias da qurta -
Damol-: as irado é aos:
leitores . catholicos e edifi-..
cantes para-todos.. cupim
O: Times, jornal inglez,
conta o seguinte facto:
«O tambor. do regimento
de Midellesix, Eduard Court,
ao sahir para a guerra rece-
beu de sua noiva, como re-
cordação, um -devocionario
(livro d/'orações) que. pro-
metteu trazer
bolso esquerdo da sua farda.
Na batalha do Marne, co-
mo o.devocionatio o incom-
modasse para redobrar, pas-
sou-o; para.o bolso das ral;
ças,
Um. momento a re-.
| bentou. uma granada que
matou. seis soldados e feriu.
quatorze dos que estavam.
em redor d'elle. ..:
Pouco. depois notou que
tinha no bolso: das. calças
alguma, coisa de extranho,
tirou o devocionario e a ca-
pa de nacar estava rota: Na
bolsa de couro, onde oguar-
dava encontrou o projectil.
Em boa hora se mudon:o,
-devocionario do bolso!
Em acção de graças por;
ter-se livrado de uma morte
“certa enviou o livro piedoso:
com .a- bolsa que conserva
“a bula á egreja de 8, Jorge:|.
| para serem alli guardados. »
Que confiança a fé i inspi-
ra aos que a possuem | ea
Providencia divina muitas
vezes recompensa. essa con-.
fiança ainda nas coisas a es-
ata vida.
Em. pg O Comação |
de Jesus no exercito. Segun- |
do diz a carta dé um sacer-'
dote soldado publicada « em
“La Croix, um dos ptinci-
|-paes' generaes' do exercito
o | francea, Ea ai ha guer-.
ea pru- |
Jesus, viuva, de Alcoutim:
9.| Maria. Antonia:
- das suas “operações. milita: |
res fez uma consagração ao
“Sagrado Coração de Jesus. |.
é $ edifi-. A
Conio tudo à E
«cante! ços
A colinas PR as al
mas, E E aa
ca-as.. 7
sempre no;
' nocturnas,
NOTICIAS.
Cumeada pa
D-=26 ed
Está para: breve o enthto:
matrimonial 'de Carolina de
Jesus, do lugar da Junceira,
com Jesé Martins, da fregue .
! param para cantar as janeiras.
zia do Marmeleiro.
| Filha de'paes bastante feli-|
giosos; Zeladores do S. Cora:
ção de Jesus d'esta freguezia, '
era do numero d'aquellas que
com toda a compuncção reli-
| giosa,
calcando aos pés os
negros respeitos humanos em
muitos domingos: e:dias san-.
tificados do: anno, se abeirava
da Mêsa da Eucharistia, rece-:
bendo em seu coração, a Je-
sus Sacramentado.
Que bello exemplo se mui- |
tas outras de egual condição:
e edade a quizessem seguir.e
imitar !..
Do noivo, que já conheçe-
mos ha annos, temos tambem
| as ' melhores abonações; de
caracter bondoso, muito serio
e “honrado, extremoso pela
sua família, amigo intimo do
seu parocho, não tendo, po-
derá dizer-se, manchas que
“envergónhem. a sua vida, es-
' pecialmente essas diversões,
bailes e outros:
passatempos profanos tão em |.
voga nos. tempos presentes,
reprovados sempre pela Egre- |
ja como ratoeira diabolica é |
“onde tantos culpadamente vão
cahir:: y
Com tão excellentes quali-
dades a exornar-lhes a vida,
“crêmos bem que este. casa-
mento foi escolhido por Deus
e que certamente o abençoa-
tá, tornando os noivos felizes:
n'este mundo e bemaventu-
rados no outro. |
—Matrimoniaram-se E
Fernandes da Silva e Maria
de Jesus, do. Castanheiro Pe-
queno.
-quinhas; João “Agostinho, do
“Castanheiro.e a:esposa do sr.
João, Marçal Nunes, do Casal |
- de, Sant'Anna, Oxalá registe-
mos em, breve. as suas melho-.
ras. “pa
“ste pliciragnáde! dei “de
cencia, solteira, da Granja,
4 di Prourivo
Fez-se, no. dia 24 de janei-
TO, à festa. em honra do Mar-.|
tyr São Sebastião, constando |
de “missa “cantada e sermão '
é ppl revd.” parocho: e procis= |
| Deus é cheio de mimos e en-
cantos para os seus filhos
*correncia,
|rrevd.? parocho.
José
“solteira, . de |.
Vaguinhas e Leopoldina Ve |
"ultimo: Número Gallo.
são na qual. se need
muito, povo, cantando o aê
remos .Deus» e-outros cant
COS e
-—Na capella da' Senhora d
'| Confiança, celebrou-se no:é A
2. do corrente, uma missa,
mandada dizer por alguns ra-
pazes d'esta villa, que, dia de,
Reis e à ultima hora, se agru-
Bastante merecem, se atten-
dermos a que.era costume ..
n'esta freguezia, gastar na ba-
chanal—isto sem offensa para |
ninguem — todo o PrRaOS j
“alcançado. “Honrados rap
que. não desviaram a a
pequena quantia do que ob-
tiveram, dando assim um no-
bilissimo” exemplo a imitar, de
futuro. Foram elles os srs.
João Ambrosio, Antonio Fér-
nandes, Jayme, Custodio: .B..,
Antonio da Cruz, Accacio Ro-
- drigues, Alfredo Nunes, José
Xavier e Antonio Duarte.
Avante pela Religião, porque
queridos. Tambem n'esse dia
houve um sermão votivo ;
mandado prégar pela sr. "Ro- a
sa- Duarte. Sã
——Com extraordinaria coh-
realisaram se as
preces publicas, observando-
se emtudo as prescripções de
Sua Santidade, Bento XV.
"Houve mais; missa cantada,
para o que expontaneamente
se offereceram os revd. Ma-,
rinha é Leitão, e sermão pelo
Sotam.
“Anedocta
Piada aos comilões,
Certo dia Gil Pancracio,
Gastronomo d'eleição,
A um chistoso companheiro
Fez esta intorrogação: ;
“Porque é que eu tenho inda
preto.
| O Eixalo da cabeça
—Enfermatam: Manoel Nu.
nes e seu'filho João, de Va-|
E a barba já toda branca?!
Responde - lhe o outro: ho-
Em “essa
E” bem facil de saber-se..
E' por terem trabalhado
Os teus queixos “muito mais
Que dia cer “bro ds pensa-.
ç Piero RO PODE Lis”
ae Moura.
; nda ações
ADIVINHA
No lugar onde nasci
E' que desejo morrer;
|! E o meu maior amigo
Nunca me Sessia, Vora
Decifração da adivinha do
aa ve , Ee Ee