A Comarca da Sertã nº671 10-11-1949
A Comarca da Sertã
Representante em Lisboa:
João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505
Director Editor e Proprietário:
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30
Sertã, 10 de Novembro de 1949
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses da Comarca da Sertã Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei: Freguesias de Amêndoa é Cardigos [do concelho de Mação] (Visado pela Comissão de Censura)
Ano XIV Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº671
Assistência Pública
no Concelho de Proença-a-Nova
A Comissão de Assisiência e as Comissões Paroquiais rosolveram, com
“O auxilio particular 6 superior, tomar madidas WSentes para «atenuar a ml-
Sória e a doença Sempre crescente em todo o comceiho». Foi adjudicada à
cons’rução do hospital da Assistência.
Prosnça-a-Hita, 2–Com. a comparêncla
de quasc todos 04 Comissões Pas
róquiais, deste concelho, e Comissão
Concelhia de Assistência, realizou-se
no dia 12 do més anicrior ama reanião-
na sua sede, dando lagar a uma
sessão que foi imensamente concorrida
e em que falaram às srs, Frans
cisco Farinha Tavares e Dr. Acircio
Carvalho Castanheira, o primeiro na
qualidade de Presidente da Comissão
Concelhia é o segando como médico
de Assistência.
Na mesma reanião foram locados |
os segúintes assúntos:
1º’—bar solação à algans inquéritos
assistenciais em tado o concelho,
“pdaer aR asssism ise scoàn tsegauéniri nl,do c qliIunasltaqiufeu rto! –
auxílio em benciicio dos necessitados,
2º Todas as Comissões Paron
quiais do concelho de Assistência
promovessem nas sas árcos o re=
colha de verbas mensais e particulares, qi«ue em comjunto com outras e dos poderes superiores fossem disa: trivuídas pelás mesmas Comissões Paroquiais de Assistência, aos secs necessitados.
5º Que à Comissão Manieipal lhe compete sómente por lei a coordenação dos serviços de Organização, não se poupando a todo é qualquer esclarecimento e Buxilio às mesmas Comissões Paroquiais, deniro das sun possibilidades, no sentido de se poder consegairo melhor nasgílilom cal com a cooperação Sapeérior, para atenuar a miséria é a doença sempre erêscente em todo o concelho.
Por «iltimo, c em conformidade com os contratos renlizados, foi adjudicada & Construção do hospital do Serração, Móveis, Lda, de Fundão, estando para breve o começa das releridas obras nam dos sítios mais pitorescos desta vila, cajo terreno foi gentilmente cedido pelo importante indestrial e abastado proprietário, nesta região sr. Franscisco Farinha Tavares.- C
Ideia Final
Pera que ta, oh homem, possas ser alguma coisa mais que aquela note em que te encerros—c Lá pu mestro CACÊrras:
Para que o abismo possa comes cara fremer-te, a Rorrorizar-ge de ti, à apavorar-se de li:
Para que ti, oh servo Universal, possas descer da Montanha através às cscárpas horriveis, assombrosas, qHOSC impossiveis:
Para que possas vir à planície revolver-te no fodo;
Para que possos pisar o cdos
Nessa planícic como se esmaga am miriápode com o calcanhar do Leapt;
Para que ti oh sombra maldita do incógnito possas tornar-te naquilo que não és ou naquilo que núírca foste e. para que ta, vil sombra de um castelo. intransponivel, te mqnifestes inquieto ante os pontos que de rodeiam : ê
Tu, oh homem, de olhos postos Ho ponto entar aa tod parte; da” tia inguietação, dessa inquietação em que permanentemente vives vom mo te essemelhando à lomeira das ondas do mar que cternamente lana cam abraços à terra para a redazir e absorver—Ta, homem, terás “IC ser fefimoso, terás que apresentar-te caprichoso como soldado equipado,iNdpertênca); É perigoso falar-se Ein losolla eim qualquer pares irritamo-se es mir opaaco vu nada conhecem do assuntos há gracejus em scarger vw cin epelgor
Mu não são nem qm nem aire Coisas
Provecin dus que Lêm um gero no cérebro,
Mas quanto aos que te escninrem sem
objvenhes. RESFEITA-OS porque le pus
dem AQUECER q opinião,
turvo, Capnz, pinto à guarita de mar
revolto pára o conteres em respeito
20 Menos para que não «moles
da tda competência.
E aí, não com aspecto scralinizado–
assombrado ante » Lui própria
sombra; não cm elites tolerantes
—tementes do teu própris reccios
noo com inteitos menos dignos de
ti—eomo se o ter próprio gesto fora
mn tome marcial rasgando à siléne
elo; Ar, dizia, obriga-te a dignidade,
se digno ces, w sermais duro que à
durcza, mais firme que a firmeza,
mais guerreiro que à querrã…mais
louco que à própria ludegra. Mas
b Bo-mesmo tempo -que-a teima se
“te impúc, lâmbém se te impõe a temo
peranço. a dedição do jacto, à Anás
| lise do espectro,-o exame do mestre.
Enfim—o bom senso, Núma palaora:
a capacidade,
Kepresentarás então, perante o
abismo ma bebedeira de Trácio,
(Continua na 4º pág.)
DA CAPITAL HOMENAGEM aos antigos membros da Diracção da Cooperativa Abastecedora da Região do Zêzere, srs. Augusto Mateus, Mário Fiorim e Joaquim Mateus
Augusto Mateus
LISBOA, 30— ( Do nosso Repr. Jogo
Antunes Gespari—Por proposta de
alguns sócios e aprovada por aglamação,
no penditima Assembleia Gem
ral da Cooperativa Abastecedora da
Região do Zezere, realizado na Casa
Regional de Ferreira do Zêzere, foi
resolvido homenagear com um al»
moço os antigos membrosd a Direcs
ção, srs. Augusto Mateus, Mário Florim
é Jonguim Mateis.
Para levar a efeito a referida homenagem, constituiram-se sem Comissão execntive os srs. António Quintela Maia, João Lourenço, Antônio Mendes e João Antunes Gaspar, que desiunaram din de hoje para o cicito,
— Encontrâmeo-nos no Restaúranate Paris, do rama do Arco do Bandeira, onde às homenageados vão redesber manifestação sem niardes, mas sincera, dos seus mais devotados amigos, Manifestação de agradeciamento pelos csiorcos E dedicações notáveis que há tantos anos vêm prestando à coosa do progresso da região, exercendo à saa profícua Beção em vários sectores, mamente, na eriação e organização da Cooperativa, melhoramento de ato sentido conúmico.c progressivo para grande parte do distrito de Castelo Branco.
Na mesa, em lorma de d, que se encontrava graeiasamente ornamenatada com flores, tomaram o Iingar da Presidência oshomen aqéndos sentar se indistintamente os seguintes convivas: sr. de Joaquim Mateus; srª de Mário Florim; srª de Augusto Ferreira; sr* de João Antines Gaspar; srs. Antônio Quim tela Maia, António Mendes, João Lourenço, António da Conceição Dos, Albano Antanes Costa, José Nunes da- Mala, Jongquim Mendes, José Pedro, Júlio Martins, donquim dos Santos, Mniónio Alves Garcia, Antúnio Mendes, Aaguato Ferreira, Edgardo Alves, José Laís Mateus, Antônio Alves, David Domingues, Francisco Pereira Rei e Joagaim Maria de Almeida.
Findo o almoço, que decorre nam ambicnte de confraternização ( alegre convívio, dsog em primeiro lugar da palavra o sr. Quintela Maia, ue COMEÇOU por esclarecer as rom zõcs da homenagem que ali se estam va prestando, e que havia sido deliberada em Assembleia Geral de Cooperativa. Em cloquentes pala rãs, focon as razões por que se ha» via fundado a Cooperativa, que, tinha e tem por lema Iandamental defensder os interesses da nossa região transportando num jasto intercâmbio, os produtos de lá para cá, e vice-versa,cerpersa, problema este que ainda hoje está longe de atingir a cquidade a que tom jus, cisto porqueos transa portes existentes não estão à altara das exigêngias. Por cssa razão, —dis= se, & homenagem que ali se estava prestando era à todos os títulos devida c josta, pois foram os priméis tos obreiros dima cadsa diguilicante para o desenvolvimento da sua região. Foi simplesmente omã grande iniciativa que leve por finalidade beneficiar a terra que foi berço a todos.
Continaando, afirmoa que era des ver de todos, tomar os iniciadores d como OS desbravadores duma inSons
(Conclui na4ª pag.)
A Comarca da Sertã
Arcádia
O Dancing n.º | da capital
APRESENTA:
Um grandioso programa
atracções no
a A] me oo mia mn
Fuísica constante por dãaas dirá
micas
ORQUESTRAS
de ritno moderno.
Não Heará conhecendo LISBOA
quem ah for e não visite q
ARCÁDBIA
Vende-se |
Dois Pons olivais c terra de mato
e pinheiros, na Bica, maitó próximo
da Sertã. Nesta Redacção se diz.
Casa de moradia
Na Sertã, com 1.º c 2.º andares,
luz é àgua, onde está instatado
q Sertanense Foot-Ball Clab.
Tratar com João António Martins
da Silva, na Sertã, ou com
José Martins, no Ramal da Qaintã
(Cernache do Bonjardim).
Moinhos de Trás da Santo António
Sertã
Acceita-se qualquer quantidade
e qualidade de cercal para
jarinar.
Rapidez « nsseo garantidos.
DA CAPITAL
Falecimento
LIS60OA, 31— (Do nosso Repr. João
Antrncs. Gaspar)—No Sanatório do
Caramalo, onde hã maito se encon
travaem tratamento, faleceuno passado
dia 16, Após ama intepvenção
elrúrgica, e mentna Mario Amélia
Barata, de 2% anos de idade, Hlhado
sr. Alexandro Alves Barata (falecido)
e de D. Maria Amélia Baraio, resis
dente na Vinha Velha (Madeira).
A extinta cera irmã do nosso amigo
& assinante sr. Alberio Alves Bas
rata, tombém residente na Vinha Vea
lhe; c conheda do sr. Antônio Mens.
des Baraté, comerciante-em Lisbon.
A* família enlatada apresenta «A
Comarca da Sertão as guas condos
lências,
Confis os seus impressos 5
Gráfica Celinda, Limitada
LAGAREIRO
Precisa-se para Lagar de Azeite.
Que saiba ler e escrever, seja
sério, conhecedor do ofício, sóbrio
na bebida e dé referências para
informações, Tratar com Gusiavo
Alves— Pedrógão Pequeno,
Propriedades vendem-se
Uma na Felgaria, com casa
de habitação e várias dependências,
terras de semeadara, vinha,
oliveiras e árvores de jrato.
Outra nos arrabaldes de Cernache,
com daas pequenas casas,
vinhas, oliveiras c terras de semeadara.
Iratar com Wenceslau J. Ferreira
em Cernache do Bonjardim.
Plano de Urbanização
da Sertã
pelo Arquitecto Antônio Heves
(N.º 5)
I-Organização do plano
Quere-se com isto dizer que, se
por necessidade de am convelente
aproveitamento do locel,o que hoje
foz ns vezes de vetnsta Tortificação
houvesse de ser apcado, não deixas
ria grande pena, antes a implanta
ção de qualquer cdiicação de manifesto
interesse público, visando a vhs
lorização da eminência sob o ponto
de visto paisagístico c nté simplesmente
ctililário, séria uma sabstitols
ção a diversos tilulos vantajoso,
Tel como aconteceu em quase todo
o país, 63 populações cirednresidentes
em relação ao seu castelo, €
mais entiges naturalmente que este,
à medida que jam alirmando é con»
solidando a sua posição nas arremêlidas
cm que cram chamedas à are
rostar com a Kíria c a cobiça do assaltante,
vicram aninhar=se em vol-=
ta dessos próças jortes e no longo
das encostas que para clas condilgiam;
€ na consideração dos paniam
gens é proveitos a frúlr da vida cos
mam, foi-se. amealgamando o Jules
Fesse social é comecou à crinr-Sé €
de seguida a radicar-se à noção do
PRunieipioB.a i a brotar qm conjanto
de regras-c preceitos disciplinadores
das relações entre cssas popolações, .
não poderia ir mais do que um pésso,
que loi iormalmente dado no pres
celso momento em qué sc lhes cona
ccdeo O sem foral segundo qús, em
tempo de D, Manacl 1, segundo omtros,
muito antes, logo nos primór»
dios da monarquia:
As popilações, assim abrigadas
sob o cscado des Armas e dn Lei,
é incontestável que revelaram por
vila de regra Índote estroturalmênte
paeílica c trabalhadora, vivendo prin
cipalmente do grangeio da terra: mas
quando desta não recolhiam cm anos
seguidos € por forças de cireonstâne
cias adversas, qoc nem sempre estam
va nos suas mãos dominar, frutos
compensadores de seus labores é
canseiras, c bastantes para um paga
sadio mediano. só lhes restava aber=
ta, como úllimo recurso, à porta das.
aventuras aitramarinas—águeles dos
seus elementos, bem entendido, que
se não haviam preparado com a
aprendizagem de qualquer ciência,
arte 00 mister, para os cxercitorem
em meios um pouco mais exigentes
doque o limitado prio horizonte do
seu rinção natal.
Desta sorte, algons natorais do
concclho se distingairam tanto no
cimpo das letras como na eccão mi-
Hter ou edministratica, enquanto a
mallidão oa as massas (como hoje
soi dizer-se) levavam vida ponto mes
nos que patriarcal, aplicando As seas
petividades a amanhar as terras her=
dados de seus Malores ou tomadas
de renda, por prazos de uma c mais
vidas aos Senhores, quer estes fossem
proprictários de estirpe c orin
gem nobre, quer fossem Ordens Res
ligiosas -dos Templários, primeiras
mente, € de Malin, a seguir,
Com o mudar dos tempos, e uma
vez crindo o Prioredo do Crato, que
velo a suceder na reszectiva jurisdia
ção a está siltima Ordem, à Scrlã
passou a fazcr parte do mesmo Priúa
rado do Crato, como ama das suás
Aleaiadarias. Tinha governo miliu
tãr, com sede nO sed castelo, e as.
junções próprias da ordenança.
Mais recentemente, tendo-se pega
nido o Priorado do Crato à Casa do
Infantado, de criação régia, aos pou=
cos, entroa de apagar=se à acção dam
quele pars sobrelevar à desta que,
desde logo, ficou com a sobrevivéncia
assegurada c ao abrigo de quaisquer
contingências da iortana, jascemammesai
tamente por cirtodo da cousa deter
minante da saa Instituição, melhor
dizendo, do patrocinio que desde a
nascença lhe estepe assegurado.
E assim chegamos aos nlvores da
época liberal, em que q Ordem de
Malta toi pirãá e simplesmente extins
ta, passando 03 scus béns c comena
das à serem administrados por ace
toridades civis, do mesmo passo que
a jurisdição clesiástica do Priorado
do Crato joi anexada ao Patriarcas
do,
bji— Hontumentos nácionais: Na
ária da Vila da Seria não existe
qualquer. Monamento Histórico, xa
cepeão folia no sea Castelo, mesmo
este porém hoje completamente dese
figurado, como já se disse, da sum
feição original,
Todavio, € dando-se à& expressão
Monumento Histórico ou Mondmenas
to Nacional qm seatido bastante le»
to, poderão incluirsse nessa cetcgoria
h dgreja mátriz co Misericórdia.
E” a-primera eum templo bastante.
antigo, amplo e formosor, cos
mo se pode ler cm monografia das
mais completas. que sobre o contes
lo -de-Sertà escrevero Padre Antós
nio Logrenço Farinha.
De origem quatrocentista, dizer
sas instaposições mais ou menos fes
lizes alteraram o seu traço primiti=
vo, de tal sorte que apresenta actaals
mente uma misgelfnca coniusa de
estilos dos quais dificilmente se pos
derá acompanhar a história das ala
terações que scired a sam arquifece
tura,
Os últimos grandes melhoraméns
los e arranjos que nela foram introdazidos,
datom de 1937/38, mercéde
avultada comparticipação iJavultada
pelo Estado e de valiosas ochegas de
vária: nolurezo, recebidas dos parou
quiinos € de mais amigos da penes
randa instituição.
Enquanto à Misericórdia, não
acertam os historiadores sobre a data
da sua jandação, mas O que pares
ce fora de dúvida é que ela deve ter
mais de 400 anos de existência, pois
que há noticia positiva de ler provem
dor em 1547,0 quêl jaz na capelamor
da igreja,
Não consia que à Viln da Sertã
ou às suas intediações houvessem
sido cena de batelhas que deixassem
nóme nó nossa História.
Todavia, é seguro que por cá des
vem ter cruzado armas natarais e
intrusos, sobretado por ocasião das
invasões napolcónicas: é também É
certo que, sendo D, Nuno Álvares
Pereira nataral do concelho, melhor
dizendo de Cernache do Conjardim,
sem esforço se aecita que maitas vês
zes por cá sc Hivesse demorado com
seus homens de gucrra em visita a.
lugares à que se sentisse ligado por
qualquer afecio particalar, como se
asscrcra que tinha pelo Mosteiro da
Senhora dos Remédios, ermida a
pouco mais que dois quilômetros da
Vila de Sertã, no sentido do Nasçens
ta, é cm direcção à Vila de Procnça-
ANOVA,
: (Lo-Contingal
Os amigos da “Comarca”
Os nossos amigos srs, Ádelino
de. Pelo Leitão, de Lisboa e
Gustavo Pericito Sequeira Alves,
de Pedrógão Pequeno, tiveram a
amabilidade, que muito agradecemos,
de indicarem para asainantes,
respectivamente, os srs.
José Lopes e Custódio Perfeito
Sequeira Alves, da capital,
Salecgõas do Reader’s Digast
Vendem-se na Papelaria
da Gráfica Celinda L.da
A Comarca da Sertã
COMO Conservar
a batala om boas Gonálções e
armszanagem
colheita da batata tardia laz=se,
PA no nosso Pais, em todo o mês de
Setembro, nalgans vasos em Qutos
bro c só excepelonalmente mais táre
de.
A batata nodR, pot soa vez, aparece
apenas em Abrilom Maio, vita
da das regiões Lemporãs— Algarve,
Qatra-Bando, Póvoa de Varzim.
Há portanto am largo-periodo de
tempo em que não fá colheita esoma
cz que & nússa cozinha exige aquea
le produto darante o ano todo; res
“corre-se então à batata armazenada.
Infelizmente as quantidades que cons
servamos . são insediclentes para as
exigências do consamo, pelo que tem
mos de elecigar importações:
Coneiria pois que o lavrador por=
faguês, no sed próprio interesse e po
da Nação, plantosse mais batata esa
tipal, das variedades que melhor so
conservãtm (Como sejo por exemplo
e «Valenciana: co avericiconsst 08
processos de armazenagem. Tém,
dam mado geral, Pons condições para
a conscrpação da batata, as pros
pinclos de Trás-os-Montes e dos
Beiras. Nas regiões mais lavoráveis
o armazenamento poderá durar quatro
a cinco meses.
A JN. F.estã prescnicmente esa
tadardo. à construção de qma rede
de firmazéns para à conservação da
batata; independentemente disto, de
verão ainda os bgricoltorcs, ao mesm
mo tempo que inlensificam q culta
ra, aumenter as quôntidades armagenadas
melhorando simaltâncamens
te (quase sempre com o emprego
mais de boa vontade que de dinheito)
processa de conservação.
Com esse fito, daremos algamas
TASURAÇUE SO so
Tralaremos hoje apenos das cons
dições q gbscrvar no compo e que
interessam à uma bos conserenção:
1. Não descarar a amonioa para
evitar que us tnbéreclos sejam tra
mazeénados com frag,
2. Corlar 0 rôma ás Pothlas cera
“ee de 8 dias antes do arranque c
quelimá-la, a fim do impedir quetrana
sitem para os tnbérculas qérmes
existentes na folhagem (vaso do mil
dio por exemplo).
5. Efectoar O arranque muito reu
do. O ideal seria que sc lizesse de
madrmgáda, Ou enjão nas horas mais
fresces da manhã om dararte os dins
cncobertos,
4. Evllar o mais possivel que as
batatas apanhem golpes de sol, O
escaldão propocado por este aamens
ta grandemente as perdas, Um quar=
to de hora é suliciente para que as
batatas ensugaem, Após este tempo
devem ser ensacadas « Os sácos postos
à sombra ou cobertos,
E” Lambém de evitar, por prejudia
cial, à cxposição nos ventos muito
SECOS.
3, Colher as batatas apenas quan=
do estiverem bem encascadas.
6. Manejár os sacos com cuidado,
evitando que as quedas provoguem
quaisquer lerimentos na patata, por-=
ta aberta à alteriores apodrecimentos.
7. Evitar que os tabéreglos tragem
agarrada multa terra. Se esta
jor em excesso cobrirá os interstin
cios entre aqueles c prejudicará o Ji»
vre arcjamento.
8 Nao armazenar, juntamente, as
batatas sãs e às feridas om cortadas.
Estas serão conservadas á parte e
as primeiras a consumir-se,
Se gosta de ver progredir a Sertã
— auxilio as suas novas indúsrias
— Gráfica Galinda, Lula
PROPAGANDA
da Cooparativa À, 6, 6, da Região
do Zêzere
Por“ motivo de força maior, havam
sido sediados dos dias 24 é 30
de Oetobro, respeciloamente, em Scrtã
c Oleiros, para 6 do corrente, as
reuniões de propagande da Cooperas
tiva Abastecedara de Crédito c Cons
sumo da Região do Zêzere no sema
tido de, junto dos sócios, explicar à
nova dlrecirz imposta dao sec fanclonamento
com beneficios gerais
para todos que 6 otilizam é parn a
região. E certo. que 0 novo rama
dado pela gerência uetaal Implica
grandes sacrilicios iinanceiros,; mas
a não ser ássim manter-se-ja a deliciência
verificada anteriormente,
sem qualquer proveito para ninguém;
por conseguinte, «ma organização
de tal valor econômico estaria muito
longe de corresponder aos fins para
que-se iindou é teria uma existéneia
vegetativa, acabando por cair no
indiferença dos sócios e do príblico,
no esquecimento absolato. Isto se
pretende evitar a Lodo o transe, dane
da-lhe novas energias, para o que se
requer maior agallio dos sócios exisa
tentes € a admissão de muitos 0utros,
com evidente interesse recipros
co. Só uma grande e lorte massa
associativa e uma orientação critem
riosa- é inteligente. poderão criar à
Cooperativa condições seguras para
prodazir resallados cconúmicos van»
Lajosõs.
As rsuniões, tonto em Oleiros
como na SemAÃ, dado que se não nos
tciao 0 adiamento, tiveram reduzida
assistência de sócios.
A cdllima clectuna-se nama das
salás do Grémio Sertoginense, ex
planando-se em considerações sobre
as vantagens da Covperativa € dim
vejtos e deveres-das sócios osr, Joam
quim M. de Almeida, presidente da
Direcção. e Joaquim Mateas, am dos
seus fundadores c membro da Direcs
ção cessante, que vinham acompanhados
dos restantes directores e de
sr. Mário Florim, nosso patrício, que
também contribaia maito pára fun
dação daqacia socicdade c que, presentemente,
com o sr. Joaquim Mau
teus, a comlinaa aaxiliando polos melhores
meios ho seg aicance.
Esclarceç-se que O nosso dedica»
do representante em Lisboa teve o
culdado de nos enviar notícia do
adiamento das regniões da Cooperar
tiva, mas n demora verificada entre
a expedição e a recepção da carta
que a continha impedia a pablicação
no número passado,
À perdiz está a desaparacar?
De ano para ano vem-se notando
o desoparecimento da perdiz, pelo
mr os especialistas ne arte venatóa
ria se decidem pela proibição total
da caça no País, durante longo pés
riodo de tempo, até que à espécie se
refaça e volic a scr abandante. Na
nosse, região, todos os caçadores com
“quem temos falado são dé Opinião
que sc deveriam adoptar medidas
drásticas pára obstar do seu déson
parécimento, que atribicm, especiala
mente, à perseguição da raposo
doulros animais selvagens, incluindo
aves de rapina. ;
Nalgans concelhos, entre cles, o
de Tomar, já se proibia a caça, mas
parece que toda a conveniência reside
na proibição geral é na concessão
de prémios pecqniários à todos quana
tus apresentem, vivos Oi mortos, 08
animêois que dizimam n perdiz, Ideia
que as comissões venalórias podes
riam pôr em vigor e talvez produ- |
À Zisse q melhor cícito,
A Comaroa da Sertã cxiegtios e rt ci dadio m
Lasamentos
Na igreja de 8, Martinho,em
Sintra, realizou-se o casamento do
sr. Fernando da data Voz Serra,
filho do sr Libiâno Vaz Serre ad a
sr dd) Maria Celeste Lemos da
Mata Vaz Serra, com sr IL Afaria
dvone Ribeiro Anhrnes da Silna,
filho do sr. Mário Lopes da Silve,
jd falecido, e dr gr? D. Alzira
Antunes Wartins, sendo padrinhos,
“por parte do noivo, seus pais e, por
parte da noiva, seus primos sr,
Fronciseo Narciso da Silva e srF
1. Madalena Mendonça Aareciso
da Situ.
No dia 28% do mês passado, realizou-
se, no Ciuinfadeo, o cesameno
to do sr Acácio dos Reis, lavrador,
neturaldo Casal de SanF Ana,
com a menina Belmira Isa, filha
do nosso migo sr. Afanmel Mures
da Costa e dosr? Do Clementina
fiose; apadrinharem o neto, por
parte do noioo, o sr. António Var=
cal ea sm D. Cesitia da Conceicão
Mertins é, por parte da noisa,
seus fios se dose Luis Mose e sr
E Fitária Furtado Costa.
—wConarca de Seriom fz os
mais síncoros notos pelas penturas
dus AOUOS Casais.
Escolas do conc.º de Sertã
Quadrodos agentes ds en=
sino em actividadeno eorrente
ano lectivo
Professores efectivos: Cabecado,
m., Matilde de Jesesc Silba; E. Man
ria lHelena Fernandes Alves Cústca
lo, É, Marin da Rosa dé Mntos Tara
tes; Cernache do Konjárdim, 1.º ly
gar mJosé Nunes de Matos; 2.º
lagar m., Meximina da Picdade Cor»
reis Ribeiro: E Márim do Rosário
Gonçalves Manso: Comiada, m., Joaquim
Gilde Oliveira; Nespeoral, mt,
Lucilia Bastos Dias Mendes Nunes;
Gateiro da Lagoa, m. Joequim Car=
tos Cronçalves Amaro Barata: Pass
soria, mt, Lara Etelvina Maguata
Gomes; Pedrógão Pequeno, m., Joaquim
Nunes Rodrigues; E. Maria Eréja
re Ribeiro; Portela dos Bezerrins,
mt, Conceição Martins da Silva:
Quintã, mt. Eugénia Mendes Sardmago;
Sertã, m. Maria Agusta; 1.º
lugar à. toaquina Pires Lopes; 2.º
lagar f., Angelina da Natividade 1.ém
rias; Varzcodos Cavaleiros, m., 1a»
ria Balbina Bernardo.
Professoras agregadas: Mostoiro
Cimeiro, mt, Maria de Lourdes
Lopes Fernandes; Outeiro da Lagos,
É, Manucla Lopes Logrenço; Sertã,
1º lugar m. Maria Emília da Con=
eeição Maralha Delgado, 3.º lagar
m., Maria Helena Pires Lopes; Troviseal,
[., Maria Isabel Mourão Carm
rega.
fiegentes escolares em comissão
nas escolas: Amioso, mt, Noémia
Rodrigues da Silvn; Bravo, mt, Arminda
do Carmo Miranda; Carvalhal,
mt, Adélia de Jesus Dias; Castelo,
ma José Mendonça; Codeceira, mt,
Emilia da Craz Serra; Comiada, f.,
Maria Martins Ferreira; Ermida, mL,
Isilda de Jesus; Figusiredo, mt, Maria
do Espírito Santo Fulgado da Sil=
vo; Marmeletro, mt, Maria da Con
ceição Barros; Mosrisco, mt. Maria
do Rosário Martins; Palhais, mt,
Júlia Silva; Pempilhal, mt, Ano da
Piedade Serra; Trovisval, m., Maria
do Rosário da Conceição dos Santos
Carrega; Isna de 5. Carlos, mt, Jo=
sina Veiga da Silveira Calado.
Regentes de postos escolares:
Aldein da Ribeira, Francetina José
Ribelro; Carvalhal, Maria Hermínia
Fonteiro Barata; Carvalhal Fundei=
ro, Maria de Lourdes da Silva; Foz
da Sertã, lida Bravo Lima; Maxial
a Ar TS pd
SINTRA
e os seus festivais
Situada ná vertente norte da sua múmias
tanha, Sintra dama das maiz ântigas vilas
ie Portugal: Nós eéculoa Xe XIL O sem enta
telo. constroido no come de dois montes,
teve importância militar pouco inferior &
do enstelo ve Lisbon.
Em principica de -sécalo XV, Di João
mandado proçeder a tbros nus Poços do
Via, já existentes pelo menos desde D
Dinis tiezo-1829 e neles permanecendo
em frequência dec novo cardeter à anita
praça forte, Cajm vida local passo nodos
pender principalmente das visitas do Rei
e sãa comotiva. Por isso mulios factos da
história-nacional Henrembiádos para sena
prea Sintva e aos seus Paços Reais
Em balzo, no sopé domante mas ainda
à 207 metrus de nititile, destice-se | ppa
Hha sPaça Rest de Sintra, hoje palácio nos
cional, que fol durante Longos séculos, alé
começos do RÃ, a morndia de verão pres
lerida polos Rets Portugese O) carpa,
central do edifício, omle se encontra O
muito qire resta do/Façõ le Do João À
(LBA ASS, distimnareese pelos seus neCOs
em Dipo O as sdas limnias Janciha modriscas
Subido de navo a SLrca, encontra-se,
para além do Castelo dos Mogroa, q «Pas
Lácio da Penas, capricigso munumento
ediflcado à cesca de 500 metros de altitade
e cadioidito eum duas párces beça distintas:
A direlta da estrada, a reconstrução, feila
n porlir de 1840 pelo rei Db Fernânio dl,
respeicoa, nas linhas principaia, O antigo
convento de frades hiaconimistas, ali edi
frendo entre tegs eds, no localode am
ontHgo eremitécin, pelo velh. Mandel Tem
comprimento daprameçsa que Maeroquana
do Vasco do Cama páriica em demanda do
eaminho maritimo para a Índia, À csquera
da alo entrada o edlicio é porém, intela
ramente do século NIX, apeser da son que
nultectura psécdosimediconl
Já perto do extremo sul do coticelho,
depara-se com o <Patáciode CQuielezs, Cons
truido centre dTem e TOM, e constuiido pi
varios corpos vm cejo estilo é manifesta a
inlluência francesa de Versailles (ds qua
peclos tais interessantes deste qondmena
tê são à siachada de cerimônias, com a
sum balmistroda iaterrompido, co centro,
pelo cobre irontão cerangatar, ecbiaigndaixo,
03 cnpiltis esculpidos q as janelas cos
roados, tado volindo para o belo jordim
cheio de Ingus e verdaras qeométricas; e
asfachada iaferalo, com a elegante colide
nnin e o ferraço de pedra, de und a cega
codaria dos Ledessse nhre e desro com
Hunponêntia em direcção do porque.
O Iastitito de Sinlva>orgenismo cóla
eras artistico so serviço da reglão—em
conjunto com a Câmara Municipal dahid
tórica Ya, organizas paro o presente ano
tm programa de reolizações o que dedo
titobiato ePestivais de jogos, Esse progras
ma cem-sido comprido com cm exiores
tumbante nos cenários sorpreendentes los
palícios nacionais, acima descritos pelo
escritor Francisco Costa, no «Gain Taúriga
tico de intros, hã poaco saido do preip,
Cs Festivois de Sintra de 1040 têm cons
tado de exposições de pintura, de lutogens
fas ele plantas Ornamentedla de concertos
de méslea de câmara no Foço- Real de
Sinlen ce nú Palácio de Queluz, de oras
no Palácio do Pena e co Casino de Sintra,
de conferências e quiras imanlicetáções
coltorals mo Muse Municipal: contanedo-se
já por centenas, os pessoas que se desloe
caram aquela Vila paro assistir o tuis É eau
timais,
Em consequência do interegse cxtradto
didário que cs nssúntos de nrie é de cuja
Lita cealão despertando no aatiga e nobre
Vilo de Sintra, os entidades orgunlzadoraos
= Instituto e » Câmara Municipal
iniciarem O estodos dos Festivals a renlia
zoar doronte 6 nv de 1950 dos quais conse
tarão, além dos concertos de música de
câmara e de exposições de pintura, lolos
grafins e ploniasp vma feira no terreiro do
Paço Do jeitacentigo da região, úperas de
com púsitores portugueses, jogos iarais
baijmita concertos nu ariivre, tentro clase
sl2o e outros iniciativas culturais e dignas
das tradições históricas da vila dos palá=
clos regis,
O Instltado de Sintra vrestara todas os
informações sobre os Fesclvais de 1080, e
sobre alojamentos, às pessons que o ale
citaréimn poraPalácio Valenças= Sintra,
fPortugalk
da Estrada, Maria José Torres: Passaria,
Maria Emília Andrade; Poms
bas, Maria Elisa da Silva; Relvas,
Amélia da Conceição Moreira; Sipo=
le, Mercedes Dias Carreira de Moda
ra; Vale da Galcga, Alice Lopes: Vas
longo, Maria de Jesus Farinha Los
pes; Várzen dos Cavaleiros, Alice
Carreira Dias de Mora,
N. B. —-m escola masculina; L,
–tScola femenino; mt.—escola mista
A Comarca da Sertã
Da Capital
(Conclusão da 1.º pág.)
– graente floresta virgem, e que estava
certo, que sem a saa vontade e per
sistência que râàramente tem paralem
jo, a Cooperativa não podia ser hoje
uma realidade. Viemos aqui numa
fraterna solidariedade para com a
antiga Direcção que se bateu denom
dadamente e venceu. Ieferindo-se
à nova Direcção, disse que ela se
encontra melhor porque o terreno
está mais nivelado, podendo singrar
€ remediar erros se os havia.
Prossegaindo, disse que sobre tom
dos os aspectos, os três homens ali
homenageados eram bem dignos dos
melhores encómios porque se sacrificaram
maito trabalhando pela Cooperativa,
não se devendo esquecer
que a época em que tal se iniciou era
manifestamente má. Não ioram ins
teiramente felizes, mas a nova Direecão,
partidos os primeiros e vigorosos
espinhos, tem possibilidade de
caminhar melhor».
Seguiu-se no aso da palavra o sr.
Joaquim Maria de Almeida, actual
presidente da Direcção da Cooperam
tiva, que começoa por dizer serem
justas e acertadas as palavras do sr.
Quintela Maia e referindo-se às suas
afirmações prestadas na entrevista
concedida ao jornal «A Comarca da
Sertã», disse que elas eram atribaidas
ao pessoal que era mau, € não
aos Directores, dos quais só tinha a
formalar palavras de apreço pela sua
obra, tento mais que até agora ain=
da nenhum o havia abandonado. For=
muloa as suas descaipas pela má in»
terpretação prodazida, e que não
eram, afinal, O sea pensamento.
Prosseguindo, lamentoa que nem |
todos os sócios estejam compenetrados
do alcance económico da Cooperativa
que afinal, só lhes dá interes
ses, mas tal anomalia encontra exm
plicações na falta de compreensão e
espíritos mal formados dos mesmos.
Relerindo-se aos homenageadosdi,sse
que tinha a máxima consideração
por todos porque foram, sem dúvida,
«guns trabalhadores qualificados. Fan
jou das dilicaldades a vencer, mas
tinha esperança que tudo se conseguíria
com à ajuda e boa vontade de
todos.
Falando a seguir, o sr. Joaquim
Mateus, começoa por dizer que o sr.
Quintela Maia havia sido sóbrio nas
suas afirmações, e que quanto à ae
ção da antiga Direcção, ela jamais
sata do caminho traçado pelos seus
Estatatos. Havia uma lei, e foi essa
jei que seguiram. Falou da ideologia
«ue orientou a Direcção dentro da
Cooperativa que teve esta finalidade:
dar valor à terra. Fez considerações
acerca de alguns sócios que repatou
de maus patrícios e <arranjistas» da
Cooperativa mas com persistência €«
boa vontade, estava certo que a Coon
perativa em breve alcançaria a culminância
a que tem direito, termin
nando por agradecer à Comissão
promotora desta homenagem, ser-lhe
DR, ALBERTO RIBEIRO GOELHO
MÉDICO
Doenças da boca e dos dentes
Consultas todos os sábados na
SERTÃ —-R. Nanwel Joaquim Nunes
Nunes da Silva
ADVOGADO
Rua do Crucifixo, 31 —s/1.
LISBOA
A Comarca da Sertê
Sessões de Propaganda Eleitoral
na sede do Distrito
O sr. Francisco de Melo Machado,
presidente da Associação
Central da Agricultura, disse:
«A vida económica da Nação, de
que nós somos a maior e a melhor
parte, nanca será desatogada
enquanto acrescermos a miséria
da Lavoura. A prosperidade
do comércio e da indústria
depende estreitamente do desaiogo
agricola. A actual situação
da Lavoara não pode continaar
e algaém nos há-de acudir. Se
Deus nos não valer, dando-nos
melhores colheitas, terá o Governo
de nos acadir, dando-nos
melhores preços. Eu acredito,
lirmemente, que a nossa sitdação
há-de ser melhorada. A Lavodara
pode, pois, esperar confiada
a sua hora de justiça».
Declarações do sr. ministro
das Obras Páblicas: «Desta vez,
o distrito de Castelo Branco, que
tão unânimemente se tem mostrado
leal à situação, apresenta
ama lista de oposição «os nomes
propostos pela União Nacional.
E, dessa lista, constam pessoas
com indiscatível influência eleitoral,
nas regiões das suas vastas
propriedades, e, talvez, mesmo,
noutras. E’ provável, até, que
consigam o apoio de maitos daqueles
que são «contra» a sitdação,
desde a extrema-esquerda à
extrema-direita. Pois aceitemos
a luta de irente, pondo neste pé
o problema ao eleitorado: «Só o
voto na nossa lista pode representar
um voto de confiança em
Salazar». E, lormulada esta afirmação
categórica, confiemos, serenamente,
em mais ama retambante
vitória eleitoral».
O sr. dr. José Ribeiro Cardoso
citou vários factos para tirar
a conclusão de que Castelo Branco
não tinha ninguém a serví-la
junto do Poder central. Explicou
a razão da lista de carácter regional,
que não era de oposição
ao Governo e declaroa que o
pregrama de acção regional inclui
certos problemas de interesse
vital para a Beira Baixa, como
sejam: a defesa da faixa ilorestal,
de mais de cem quilómetros
cuja área abrange os concelhos
de Vila de Rei, Sertã, Oleiros,
Proença-a-Nova e grande
‘parte dos concelhos de Castelo
Branco e Vila Velha de Rodão;
a resolução do grave problema
do parcelamento excessivo da
propriedade rural que tem origem
no estatato que rege a sua
transmissão obrigatória, eniormado
por um espírito de individualismo
feroz, a preceituar a
partilha dos bens do casal em
lotes quanto possível iguais em
bens do mesmo género e espécie.
Salientou que a terra, palverizando-
se, perde a natureza do
capital fundiário, e adquire a natareza
do suplemento do salário
ao encorpcrar-se no património do
jornaleiro do campo, e, como tal,
tem de ser isenta de impostos».
Palavras do candidato repablicano
sr. eng. Cunha Leal: perguntou
«porque é que cada um
de nós não terá o direito de conceber
a sea m.odo a orgânica estaial
republicana. «Em teoria—
disse—a resposta a esta perganta
seria alirmativa».
Alirmou que a sua preocapação
era acabar com a guerra entre
daas facções políticas por vezes
com ataques mútuos, poaco
correctos, estabelecendo uma
ponte de passagem para a harmonia
e colaboração de todos os
portagueses no sentido do bem
comum. Considerou que, ultrapassada
a época do individaalismo
é necessária uma organização
da vida colectiva que permita
aos homens serem livres e
alirmarem a sua personalidade.
Continuando afirmou: «A lenta
penetração, nas grandes massas
populares, de-aspirações de
melhor vida e revindita social,
empresta à nossa época caracter
revolacionário. A ordem só podado
o prazer destes momentos de
alegre convívio entre patrícios con=
sagrados na mesma ideia de engrandecimento
da nossa Cooperativa.
O Sr. Augusto Mateus, presiden=
te da antiga Direcção, começou por
agradecer aos promotores desta fes=
ta,ser-lhe dado o prazer destareanião.
Fez considerações acerca da constitaição
da Cooperativa, focando com
pormenores as várias fases por que
passou: as saas andanças bem escam
sadas se não fosse a maldade dos
homens, a saa passagem por tribanais,
ainda por causa dos mesmos
homens e inimigos confessos mas
bem conhecidos da Cooperativa, mas
que, ao fim, tudo se venceu, e vencea
porque a ié nos destinos da Coope-.
rativa o levaram sempre a vencer
tudo. Repadiou certa atitude de sócios
que só pensam em explorar a Coon
perativa, não tendo a menor noção
nem de cooperativismo nem sequer
de dignidade, mas esses terão que ser
postos à margem para dignificação
e depuração do que é bom. E a term
minar: «A Cooperativa tem possibim
s
lidade de marchar em frente, pois nas
inúmeras viagens que fez à região,
sentiu as aspirações do povo; do po
vo honesto e sinecro, que é afinal
para quem a Conperativa se criou».
Finalmente, o sr. João Lourenço
que fechoa a série dos diseursos, disse
que a Cooperativa se podia com»
parar com ama charneca onde amas
arvores «pegaram» c outras não; mas
as que pegaram são a seiva vivilicadora
com estratura capaz de a tado
resistirem, e isso nos basta. Relerin»
do-se à actual Direcção, disse ela
devia persistir sobre tudo e contra
tudo, pois tem à sua frente o caminho
aberto pelos bons, e portanto
poderá singrar porque os obstácalos,
as ratoeiras € os intrusos que nor»
malmente trabalham na sombra, apa
recem sistematicamente nos montes
e caminhos tortuosos e não é esse
que a Cooperativa pretende trilhar.
Todosos oradores foram vibrantemente
ovacionados por grandes
salvas de palmas, finalizando o alm
moço cerca das 15 horas.
2
e e: ideia Final
(Conclusão: da 1.º pág.)
um monamento de Bizâncio ou uma
punição de Lisandro.
E” junto do abismo que se encon=
tra o teu posto de vigilância. Mas
de atenta vigilância para que te não
escape am ánigo pormenor.
Desta arte todo o forasteiro se
aperceberá que ta estás a postos lá
no alto da montanha junto ao Lago
que enche as entranhas do pezo, O
Lago é imenso, é medonho, é exum
berante. O seu manancial é ele mesa
mo, sem aumento nem deminuição.
A sua imensidade não é men
surável pelo pensamento humano,
Mas ao menos, tu, oh soldado…
mitiga a sede cem aum g- ama do seu
todo. Já reparaste o que representa
o grama em face do Todo? Se bem
besses um grama, oh! meu amigol…
Se a vida é invencível, terás tu
que ser também soldado dessa fortaleza,
tendo como armas 0 grama
dessa fonte de Aganipe.
E já é tempo de começar,
RES NULLIUS
Nascimento
Teve o seu feliz sucesso em
Kikwit (Congo Belga), dando à
laz uma menina, a esposa do
nosso estimado assinante sr.
Abílio Nanes do Vale, comercian-.
te naquela colónia, sabendo nós,
o que muito Ílolgamos noticiar,
ser óptimo o estado de saúde
de ambas.
Novo Soligitador da Comarca
Foi nomeado solicitador provisionário
desta comarca o nosso
amigo José Ferreira Júnior,
rapaz honesto, activo e inteligente,
que já aqui exerceu, durante
anos, os lagares de ajudante de
notário e de escrivão de Direito
com muita competência.
Os nossos parabens.
Estrada de Sarzedas ao Estrelto
À Câmara Manieipal de Castelo
Branco foi concedida, pelo
Fando de Melhoramentos Rurais,
a comparticipação do Estado para
a construção da estrada manicipal
de Sarzedas ao Estreiio.
Trata-se dama obra de grande
importância para a região que
serve, pois são muitas as povoações
que virão a utilizar essa via
de comunicação.
ESSES DIIC ROTA ASAS
Cadernos de problemas
de José Maria Gomes e livros únicos da 1.º
6 2.º classes vendem-sena Gráfica Gelinda
— Lula Sertã =
derá ser salva–proclama-se—
por meio de governos autoritários
que disciplinem a acção dessas
massas, embora tentando
provocar a ascensão do seu nível
de vida».
Espraioa-se em considerações
sobre eleições, declarando que a
lista de oposição não quer ser
votada pela vontade da União
Nacional, mas sim pelos votos
do povo.
A terminar, disse: «Eu tenho
fé no futuro! Nasci livre e
livre hei-de morrer