A Comarca da Sertã nº647 25-06-1949

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Representante em Lisboa>

. foão Antunas Gaspar
L. de &. bomingos 18 s/l- Tel. 255035

Hobdomadário regionalista, Independente, defensor dos int

Ano AIV

NE SECRESETER A RNE

. RRR A RE cn REAA o Al nema mi in

Era grando demais
S RENA

Por nãõo &ei que reclameação po-
[rtica. pedíivem uma audiência al
guns tenentes e entigos parlidaários
de sn dn Sidúnio Pais, que lhes
ntrarcors fhora, Lhcgaram mais tar-
de à Pena porque as mulas do
ireim frepovamecont eusto,

Quando chegarmin dá . acima,
toque de cormeto e pritfo d8 armas
— mc gnta de node havia sempre bra=
dos de alerta das sentíinetas pos-
dodas em redeor. ;

O sr. Presidente apaoreceu . à
porta, muito sério, Mosírou-lhes
v relógio € disse:

— sSão três horaos, Os senhores
demoraranm- se, € deviam saber que
se não foz esperar o Presidente,

— Pedirtos desculpa—balbucia-
rain. :

É — HBenm, entremm; mas—-disste,
olhando o grupo- não precisavara
de vir em esoniel, ;
fFataram, v &. Presidente com

tenentes, perguntowu:. S
— E agora. digs, senhor Presi-
dente, que ee aquito de asovielo ?
O sr dr, Sidónio País, jó sere-
naodo, deu=lhe uma palmada ami-
gâvel nos eostas, e disse:
—Era brincadeira. / Não posso
ter uma brincadeira com vocês P

E logo afií fez o progrome para
passarem a tarde: um passeto &
Prata das Maçãs e jantaer no Pa-
tácio da Pena. ;

Becusarorm 6 jantar pela neces-
sidade de voltarem cedo a Lisbua.

— Vocês não “Sabem que se não
pode recusar um convite do Pre-
sieente À

Lembrei-me então daáguela par-
tida que & sr. d. Luiz fez ào &r,
Dias Ferreiwra em circunsiancios
parecidas,

— E mais vezes havia de me lem-

brar. das, semeihanças do sr. dr.
Sidónio País com o sr. D, Pedro
V, tão amigo do povo, é tamebém
sempre a escrever e d toinar apon-
tamentos, :

EÉEntra os apontamentos do sr,
dr. Sidónio Pois há um que se lê:
«aTeantra do Poió, espectaculos
gratuíitass, E outro em que pros
Jeciava casas económicas para os
operaários, ete,

Lembro-me de ter acomparnha-
do o ar, dr. Sidónio Paiíis a alguns
feairos, € uma vez à Praça de fou-
rosg do Campo Pequeno, onde, co-
mo. D, Carlos, foi alvo de uma
grande manifestação, mostrandos
se bem no camarote, em pé ea
frente, sem temor, olhoóndo ftodos e
a todos sorrindo enquanto fazia a
continência, em ayradeçimento,

QGuando fot lançada ao mar à
canhorneira «Quanzas, o sr, alnti-
rante José Caorlos da Maia, tão
amigo dol seus maríinfheiros, pró=

as chega=”—

I Direcior Editor e Proprietário

Eduardo Barata

Amênioa e Gardizos (do concalho da Mação)

da Silira Corrôa

Errei a minha vida em boscá de véntara

E quis no meio dela, dm diá repousar,
Perdida me encontrei eu nesta senda escura
De noite tenebrosa e de revolto mar.

E já sem esperança, abandonada a crençã
Eu tudo despedaço em mea silêncio atroz
Desdenho da loucura edesta dor imensa
Até do débil som que tem a minha voz.

Em buscaá de ventura apenas encontrei .
mMargo e iriste pranto. .. Em quanto idealizei
Eu vi sinistramente erguida a minha cruz,

Ai, vida, que és tu senão sombra mentirosá
Imagem qde se ergue, tam linda esplendoroza,
Saaudade dum poente a mergulhar-se em ldz.

ú–%ªªóiíríz“n’rfâ-. a N dos Reinédio

de tradições históricas e volíivas se
crque 6 dois passos da Sertã, no cén-

tro geográfico de Portagal—por isso:

mesmo que outrora se designava por
N. S do Melo— começoa 6 decair,
lamentivelmente, de àno para ano,
sem que ningaém, nein o próprio ca-
pelão privativo, já desaporceido do
número des vivos, tentasse soster à
queda perticsl desso romaria que
chegara à alcançor famia no perímes
tro de múultas dezennos de Iégiãs, ar-
rastahido, no dia 15 de Agosto, até
tla, centeas de peregrinos dé todas
às províncias beiroas e donorte à
sal do Alentejo para comprirem seus
volos de fé, Agradecendo à Virgem
miracalosa à corá das mais graves
docnçãs é 8 selvação da vida quan-
do cla chegaro o perigar e & Morte
sargira em visão aterródora.

Nãe há dúvida ninhoma qoe o
insteuração do Santoário de Fátima,
converiido, & breve trêeeho, em logoar
santo do Cotoliciamo, em ponto de
peregrinação nacional e já hoje se=

Uma tradição a valorizar

AfestaaN,S,

j samplaosa capelinha, tãe cheia =

MISS MARBLE dos Remédios

* REEAA ol AAAA FA R AAAA
E DS ESsperonças infinitas de todas 08

dlmas que sofrem, e mantêém, indeg-
trutível, uma fé pará e abrasídora,
atiroú pará segundo plano & venes
ração até então dedicada, tom estre=
mos de carinho e zelo religioso, à
Virgem que sob as mais diversas in+
pocações tem capelinhas erectas por
esse Portagêal fora, algamas deias
de existência mualtissecalar e todas
erigidas & sombra do culto dum po-
vo profundamente erénte, arraiga»
damente ceristão, desde o5 primórdios
da naecionalidade, podendo dizgerese
que se não fore csso crença tolecz
Portugal não cexistisse, não se óbrás
ria o milagre de Aljubarrota nem o
cielo aventaroso e inagaífico das
Contquistas e Descobcrtas, qoé exces
deu às forcas c 6 easpacidade conse
trotiva’ duma pequenina Naáção de
ceren. dum milhão de almas!.

Por outro lado oinda, à proibição
dãs festos pagãs há cerco duma de-
zenh de anoós, com à determineção
CXpresse de que 8 .celebrações se

(Conclisão na 4″ póx.)

pôs que eles fizessem nessa noite, Estes € outros paássos da vida do

a guardo de honra ao Palácio de
felém.

O sr. dr, Sidónio Poís ócedei,
e, depois de jantar, foi corm o &;
Carheira Der s marinheiros d casa
destinada no contingente, e man-
dou darslhes cigarros, :

— Cá vamos dornmir á vossa guar«
da—disse 6 sr, Cameira à Felirada
do sr, dr, Sidónio Paiís,

— E em paz t— respondey 6 cabo
dos marinheiros. )É.zm noite nirr-
Luém te alreve, e que se qlrevesse
alguém — concínmau. ameaçador e
apoiado pelos flegia maurinheiros.

 

àr, dr. Sidúnio confo-os munto bêem
o &r, Rochau MHartina,

CDa «Servidor de Rels e Presidentes, de Y. Fnnta’s»)
LLEE TAA

— Na Sertá, vem-se acentuando e
falia de cerlos géneros alumenti-
CIOS ESSENCÍOIS, CONMO O Grror e o
açúcar, facto de que aínda nos não
deram explicação e que conside-
Fainos absurdo,

— Diznse que há pouco chesou &
Lisboa, de procedêneia colanial,
um grande carregamento de oçó-

 

Publica-se aos sábados

Sertã, 35 de Junho de 1949

erágees da Comarea da Sortá Cancelhos da Sertã, Olelros, Prosnça-a.Nova e Vila-do fHol; e Frecuendes de

[(Visado pela Comissão de Censurco)
PSB RESN ENEA ES AA
fedacção é administração: Rus Serpa Pinto — Comnoslsão 8 Inpresião: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃÁ N 647

ETERERE ENE ME E ENE EE SR EE EBE e e ENB dRl spaaoat E E EN ET SE EE c SNE EE NM ECAROE E MESIEIIE SE S 0E E dp dl Rd mRE a MEn sÉ

Notas a lápis — Peregrina de ilusões

Notas a lâpis

car exciusivamente destíinodo & in
dúustria, de confeitaria,

Porén Como a nmator parie das
pessoas não se pode perinilit o lu-
Xo de ser gulosós. ,

PLST3MEER

Janelas fioridas! Sun n Sers
tá f se vêm muitos jâneias decu=s
radas de ffores [lindiíssimas, pos=-
tas, grande parte detas, em poasos
pobres e humildes, que, falveê, por
[são Mmesmo, matas façõarm satrentar
a praca, a beleza e o colorido tas
plantas curdadas com & delicatdiesa
e n eamero de guem encontra nelas

mais um nmolíino de PEAZEP E Cn-

cantamento para « vista é o ol/ac>
to, pots que, muíitas delas, exolani
fragráância estonteante e irresis-
tível, |

E quase se poderia ennsiderar
um paradoxo que, numa terro co-
mo esta, beijada pela Naluresda,
onde o verde oferece sinfoniaos
qdmiráveis é q águas correntes
têm o suave murnmiíário das confis
dências amorosas, « populecão es=
quecesse o cuitivo dos eravos rus
ros EGA das rosas princis

fugiíndo a imítlar o Município quê
vola aos caonteiros do Adro um ca=
rinho digno deapreço, esforçan do-

se por que eles não sossobrerm

neste lorvelinho duma secm da-
DBA

Ainda em que jfá muita pente
da Vila criou 6 fovreaável posto da
decorar janelos € varandas de flu-
res delicinsas e de Irepadeiras, tfe=
recendo, a quein possuo, &G suavida-
de dun quadro de que se despren=
Qem as maiz fernas carícuas /

E borm seria que o exemplo foã-
se seguido por tudos os habritantes,
sem excluir o8 quêe pivehioonas cao-
sos mais humildes porgue a ruste
cidade deias não é incvempoltível
com a graça das flores, anics a
amenica, ;

SEEHÉÁIAZ

— Aproxgima-se 6 Eéboca dos exo=
mes e u rapazioda alira-se ogera
aua livros como Santiagoaos mou-
rOS, SCOIR A COragem de recuperar
o tempo perdido na estúrdia e ven-
cer mais um onó, preporondo-se

npara-a luta d vida, GuE Aao é unma

EeXPpressão vezia de sentido, nmas
uma : realidade dura, uma oblces-
sto enerbanie, alé mesmo PUra
Aqueles que se dispõem à encarád-

la com a decisão é o ónimo dos

fortes! ;

A1 do que não souber aprovei-
tar o lempo e deigme o arbilrio do
faclor sorte—tão contingente comio
o prêmio grande de fofaria= a cous
quista de seu faluro,—e fagueiráa
esperança de que ele há-de sorrir,
delícioso e próapero, sem trabalho,
arrelias e canseirasio.

U estudante, seja qual for, que
não faça da vida de outrem u espelho

 

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S

cda sua. própria vidae esqueça 08

 

oias aláni

(Cornclasão da 1.º págioo)

vonselhos dos país etlos verdadeio

ruS amigos, 5ó por aeaso poderaá a

Dir ser alfuém nsfesmmdando, de

fiusões e cíç inferianmios
ELE ã Erêê

— Resoloeo a comissão das festos o
Santa Margarida, em Oleiros, sescos
“Anida pára às. promeecr este 6nmo,
adiá-las para o próxsimo, como sinal
de sentimento pela’ morte ae slguém
que não foi, como presidente da Cã»
mara. Muanicipal, um slapies clemen-
“n decoratioo do canceclho, maás.am
homem qe trapalhoa e latoa pelo
engrandecimento dos Seus palrícios
€ da terra comam, pondo, não pot-
ts vezés, à disposiçõão dos seus
ideais generosos € do emór 00 tor=
rão natal; grande paárte da própria
fortuna, prodazindo rutos váliosos
sob os impaisos damacneérgia e du
ma férrea vontade que em poacaos
terráas se terão admirodo; €, déntro
desse propósito, evitoa privações c
té an ióme n muita gente homilde
nog’ dias amaorgos duwma Srise que
ainda perduro na memória de’nós
todos,. ‘
Esse homem-—toda’ a gente da
nóssa região sabe 0 sednome de so-
pejá—tiol o sr, Augasto Fernandes,
cuja marte prematara eonstitaia pere
da irreparável para o Concelho de
Dleiros. Í
A determinação de Adinr às fes-
t&s tradicionsis a Senta Margaorido,
tão cáros ao sentimento religtoso dos.
Oleirenses, represcnto am acto alta-
mente dignificante & honroso paraá
uoem expontâncamente a tomod e
egoldericia um sinecro e prolando res=

geito pela memáória de quem, acbia.

am d qn g o A — o E E a RE aa o p tE S o man

m—

Atraves =
— ‘ daComarca

; E FUNHADA, 32
Após dotoro&£o sofrimentoó, jolécen
& SE Júlio Mendes Laranjeira indas-
tri6i de 25 anos de jdade filho do sr.
Jiio Mendes Larânjelira, antigo co-s
inereiante, e da sr.º D, Maria fercsa
Lharánicira, do Ilagar de Cabeça. do
FPoço. Dotado de excelentes qualida-
des de caráceter, e trabalhaádor incarns
sável, cra cstimado é considerado,
por todas-as pessoas com quem con-
Tivia, deixando c todos, às máiores
e profondas seudodes, pela poréza e
nobres sentimentos de que crá pess
saído, No acompanhamento- G saa
údlilina moróda, contavam-se cente-
nôs de pessoas de todas as categorios
sociais desia fregaesia e lagõrecs ljs
mitrofes, pendo=se no trajecto comos
vidas lágrimas em todos, que desli-
savam das foces, pela perda do ente
querido que a morte tão broscomens
tê reaboa nàá flor dá idaúde, A faemí-
lia cnlutada apresentamos a5 nossas
mais sentidas condolências. —(C.)

Confie os seus imprassos á Bráfica

o o an o sam b

A Comarca da Sertã

Em t5 de corrente, foteceo, cA
Lisban, onde residia, a sr.º2D, Mo-
ria de Jesuos Donmngucs, elúva do
sr. Miguel Domingages 5o6rcs, sogra
do árquitecto sr, Cassiano Branco,
de Lisboa cirmãâ do sr., José Alves,
do Cobpecido e da sr.º D Margarido
de Jesas Nónes e conhada do sr. Jo-
sé Menês, da Marinha do Voalce Car-
valho, :

Por nofe Apostrcem jornois des
volvidos à Redaeção, ehegades há
poncos dias, sonbemos ter Talecido
em Vila. Pery, no território de Ma»
nica c SofatatÁfrica Oricntal), o nos-
so Amigo e estimado assinánte sr.
Bernardino Rojrigocs, antigo 2& con-
siderado agricoltor noquela região,
onde gozava da malior cstima pelas
suas qualidades de carácter. Cremos
que o extipto era natoral do Cstreis
to, do esneclho dé Oleiros,

Às famílias cnlotadas apresenta-
mos sentidos pésames,

SOFRE tt REUMATISMO ?

VYá a S,

GEMIL

DAS. ÁGUAS SULEURIAS-MAIS RADIOACTIVAS à
DE. PORTUGAL

BANHEIRAS LIGADAS AOS QUARTOS

de tudo, foi oerdadeiro amigo da su :

“terra é do sex concelho:

LL HKHLIEL

“ Paris encontroa nos bailodos do

Verde Galo a melhor e mais blta ex-

— pressão da aima portagucsa € a Síns
tese perícita do nosso folelore, em
que os cântares, à corcografia popds
tar/ à música e a bizarrio das corês
dos trajos empolgam, sarpreendem
e arrebalam os menos sensíveis às
demornistrações doraa arte paraá, Nm-
pida e cristalina, como tado o que
provém do povo simples & tradaz 0S
onscios do sed coração,

Deve-se ã0 Lecretariado Nacional
de Informação, Coltara Popolar €
Turismo o êéxito clamoroso doe Verde
Líaio na capital da Frença e Éé digna
de Jovor a propagaânda de FPortugal
através do seu folelore maravilhoso,
que, já em Medrid, semenas, antes,
tm compelição com o de outros país
&es, conscogira assinátado. triunfo,

R. lmprensa de Paris tece clogios
sem resérva 80 Verde Giolo € gonsis
dera-o Sablime expressão do folcios
tê portaguês, digno de var-se e odmi-
rarese.

Ararar aa

ASGSMLR: de Oiciros: deitoga=a
mão aosirmãos: Albino < Joaquim
“ Esteves;. do / lJogar das Várzenos, dos
quela freqguesia e concelho, por on-
darcm a apanhar pejxe na ribeira
de Oleiros usando trovisco, veneno
muito usado para-a pesca ilíeita e
cujas consequéências são desesirosas
porque, além da grande, morre toda
à cspécie midda da zona contas
minaoda,
Nem . as tarrafas, a PEede E o an-
Zzol. servém pará: certos todividaos,
orsHnados. em apónhar grendes
quontidades de pelxe sem estóorço e
em pouço tempol A sua inconseiéns
cia, onde há-ressolhos de manifesta
maldode, leva-sos A esquecer que 6

ETA cl E D AAA A SEA

– INFORMAÇÕES: :

FPENSÃO TERMAS

CALDAS DE S GEMIL VS
CCGABANAS de VÍRIATO |

destruição Brutal do peixe é perda»
deiro crime, que à8 lels poanem cem
rigor e dentro de princípios que têm

de ser reconhécidos porqgque envols .

vem atentando evidente contro o ins
teresse comum ou scja a falta de
garantiao de conscroação duma fad-
nà preéeciosa pcla saa finalidade ali-
mentiícia € oté decoralivo, – ;

Tolo o rigor que é asar. contra
O8 criminosos da pesca não é de
mais. :
= Qutro tanto se deveria fazer. cons
trá os destrujdores dos ninhos e das
areorêes.

HOTELDE TURISMO
CASTELO BRANCO

— Optima mesa € laxdosos
quartos, Fornece para qual-
quer parte serviços de casa-
“mentos, baptizados oa ban-
quetes,;/ete. «Primoroso ser-
oviço de pastelaria-diária-
mente tornecido, para toda
a região. Na Sertã revende

oCaféFavorito.

ANUNCIO

Vendem-se os prédios rásti-
cos e urbanes-que foram de D,
Annie Helena Nickless Ferfeira,
situados na Roda do Cabeço, ire-
quésia de Cernache do Bonjar-
dim. Pora tratar. com os. Drs,
Bahia’ dos Santos, Largo da Bi-
bliotegca, 16, Lisboa e Albano L,
“silva, Cernache do Bonjardim.

(2.º publicação) :

Por este se anoncia que até no dia 4

de próximo mês de Jolho, pelns 14 horas,
em que se procederáã à sun nbertura pde
Bliemno Tribunal Júdicial, se recebem pros
postas em carta techada, dirigidas a0 ses
nhur Chete da Secção Central da. Secreta»
ria Judiciol, para n venda Juadicial do pré-
dio abeixo indicado, penhorado nos ecotós
de fne:_'[rçãú.ªtre 0 “INISTERIO PÚRLICO
move contrs Jólic Franco de Matos e mos

lher Glindoa Ferro de Matos, residentes em
Sobreira Formesa,.
PRÉDIO

ma ierro de coltara com oliveiras,
no sitio da Fonte Wova, poscação dos Mas
xials, frequesla), de Sobrelra Eofincsa:
Descrita no Conservatória do Registo Pres
dial desta eomarcea sob o n.º 32,504, no Lje
vro b=84 e inserila na metriz do concclho
de Proença-ieNova, sob & art.º 12.568,

Sertá, 154:de Junho de 1949

VERIFIO(EI

h o Odaizde Direito, :
Amandio dos XNontos Cruaz
O Cheie de Secção,
dosé Aunes

Csfro de praça em Pe-
drógão Pequeno —

DE 4 LUGARES, « VANGUARD»
. lIsidro Ferreira

TONEIS
VENDEM-SE dois de 2.000 LITROS
gudo. Nesta Redacção se diz.

Toucinho e banha
EM RAMA. Tratar com Luís Hen-
riques — Ribeiros — VILA DE REI

Antépiano da urbânização da Vi-
1a de Serid

— Em reanião extroordinário dao
Lâmara fAonicipal marcoda porá o

“- dia 28 /do corrente, vei comceçar n

serdiscotido o anteplono de o7bas
nização da Vila de Sertãá, que dead
tcntrada naã Secretaria no die 11 dos
correntes mês é ano.

Quatquer municipe pode cornsals
tar 0 mesno entepleno dentre das
horas: regataomentares é fozer, por
cserito, devidamente firmado, 68 So-
gcstões qiue entender sóbre todo o
conjunto 09 simples parte do seo
objecto, ecrto de que & Câómará 6s
ponderárá eoncvenientemente, com
vista a colher.delas. elementos dáteis
paro à decisão final. EE

ÀA Presidência da Câmara

Festas a $. João — Cinama

Coim bastante concorrência de pú-
blico, principiaram antes d’ontem as
iestas de 5, João na Esplanada do
Castelo, estando 6 recinto muito bem
ceorado e lemincdo emagnificamen=
te dispostos o tdanicing+? e às bars

racos da quermesse e de comes e bes

bces, tontudo, o tempo excessivanien=
te fresco, vem prejodicando os fes=
tejos. SAA a ico fA

Hoje exibe-se-ali o filme Os ab-
nos da Santa Marioa.

Doente
Nos ádltimos diãs tem experimen=
tado algumas melhoras à sr.ºé D. Ma-
ria Bela de Mogra Ribeiro, esposa
do do nosso amigo sr. Acácio Joa-
quim Sonres Ribeiro, digno tesoos
reiro da Fogenda Pública,

fgito sinceramente, dtsc’jnmds õ
seu pronto restabelecimento.

” AGENDA
—Foi eolocado na esteção dos C,

T. T. de Castelo Branco, para onde
já retiroo; 20 8r; Hntúniçn da Silea.

mtó

Esrinha Tapares! 0

—Encontra-se nàã Sertã, com:sda

Ffamília, o sr, Mário Florim, de Lis.

boa.

— Estiveram;: náà Sertã, os srs. dr.
António Nunes e Silva’ e Abilio Rji-
beiro Lopes; no Moagrisco, o sr, José
Corréa dos Sóntos; na Arrifana, o
&F. Augasto cJoaquim dos: Reis, de
Lisboàr e no Cabegudo, o Sr: José
Coelho é família; do Estoril,

—Be Lisbea, partia-parãoa sua
quinta de S, Torceato (Gaimarães), o
sr. Manacel Romos,:

-—Retirou do Bombarratparao Lis=
ãon o sr, Eclisberto Froncisco Paus

no. À

Prossegua no dia 11 de Julho

o julgamanto do João Mendes, do Vale da

Guba, 6 da João Mendes Gonçalveo, do Yala
“da Louga

Apoós dum séessões, efectuados
esta semana, prossegue, no dia 1 É
do próximóo mês de fulho, & aqu-
diência de julgamento, em proces-
so correceronal, de João Mendexs,
solteiro, maátor edoãgo Merdes Gons
caolves, casado, propriefário, este
do Valeda Lousa e aguele do Vo-
te da Cuba, freguesta da Tana,
desta comarca, acusados do crime
de ofensas corporais nas péstoos
da Hanuel Farinha é Luís Fari-
nha, este falecido,

 

PROPRIEDADE

VENDE-SE na Fonte da Mota, fres
quesia do Cabegodo, contelho de Ser=
tá, com caseo comercial à pelra da E,
N. terra “de semeondura, olivelros,
árvores de Íruto, áqua nativa, tan-
que, earrais e palheélros,

Tratar com o proprietário: Mesximino Barbosa Esteves — FONTE DA MATA.

 

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O Problema dos
RESINOSOS

Atrdvés dos suas brigados técnis
tas, de. folhetos de divolgação, ‘ de
CAriazes e dá revista Pinhal e Re-
sina, tem à Junta NMacional dos Re-
sinosos, procorado esclarecer todos
1S Interessados na resinagem, soóbre
s preconcecitos técnicos indispensáo
veis á boa conservação dos pinhois
€ à produção económica da gema de
pinkeiro de forma a pérmitir à ex-
portação do pez c 6guarrás em con-
corréncia com os demais prodatores
maindiais,

Hão obstante 0 esftoreo dispendi-
do, temos de, reconhever, que podico
muaito poaco 3e consegain ninda, Gra;
porh se consegoir melhor, não pode
preseipdir-se de qma mais eficaz in«
tervenção dos propristários do ar-
vorédo, na defesa dos seas’ próprios
inleresses. Cada proprietário, indivje
dualmente oq através do Grémio da
Lovonta (deeretóo-le n.ºº s6617.de 34
de Novembro de 1917) pode zelar
tiicazmente pela eonservação dos
seas pinheiros, tal como sacede eom
s pomarces, vinhas c olivnis, O iness
mo se podendo dizer quanto an comse-
Pprimento das óbrigácões eesamidas
perente ele, pelo erremaotante da re=
sinagem, Yejomos eormo:

1) Far meio de contratos in-
dividuals O Regulamento do re-
gime de obtenção de resina e do
trabaliho dó pinhal, actyalmente em
vigor, estabelecee no sea artº 14,º que
05 indastriais de prodotos resinosos,
são disciptinarinente responsáveis
pelo pagomento do alagosrdo pinhal
quê tenhã sido contratado por si, o
Fpor Iintermédio de pessoal inserito n
d. Nocional dos R?-:sinúsus. em sera
nome, nos termos do rejertdo Rex
qulamento, :

D 81 do mesmo artigo diz, qUe
do contreto do alagaer do pinhal.de=)
vc ser passodo cama declaração em

triplicado, & preencherpeloindostri ál,.

Set comissário, emprelteiro ou quals
quer outro profissional de resinagem
devidamente Iriseritos devendo o ori-
ulna! ser enireguoe 80 proprietário no
acto da assinatara, :

Ds outros exemplares, serfo obrl-
gatoriamente sábmetidos pelo induss
trial ou por quem o represente, no
prózo de 15 dios à partir do preen-
chimento ào eisto do eompetente Grés
mio da Lóvoira, na posse de QquUuem
ficará o tereceiro exemplar. O póga»
mento do aluguer do pinhal só se
considera provedo por meio de res
cipbo assinado pelo proprietário om
autenticade péta sua impressão digital,

2) Por meio de contratos co-
Tlecrivos -A J, Nacional dos Resi.
1OS505, caompreslhe: antes de mais,

. ftncarar as realidedes presentes e
promoser a$ medidas que, dentro do
âmbito das saas lunções: se ajustem
áquelas reelidades, Muitos: propries
tários— pode -dizer=ese a maloria-—
diante das. árvores csenvadas Ppar
resinâgem obusivoa, sentindo quêe o
preço, estipalado. de
COmMpensa o prejujzo, não quer mess-
ma assln) recorrer sos poderes jodir
ciais porque têm medo:de represálias,
ou de ogravar mais ainda os pres

j[ulms CIm despesoas ingtels o insde

icientemente remunceradas, oa moijs
to simplesmente porque não está par
ra moçõdas, Foi para-ir no encontro
desses proprietários que. o governo
da Nação, fez poblicar o Decretoe-lei
n.º 35,617, pelo qual se dá oos Grés
mios da Lavoura à facaldade de subs-
tituiréem os proprictários na defesa
dos &eus interesses, eom o ánico tras
balhó para estes . de ussinarem o
tContrato de atugaer de pinhal> o0=
torgado por intermédio do Grémio
entre um conjfonto. de Pproprietários
€ 9 indasirial,

forma elguma ”

Cernache do Bonjardim Pea

F Éu’à-‘arta da Serrâ&

t— t

Terra singular de encantes, de rtradições notá-
veis e dae possibilidades turísticas infinitas e
em progressão constante

Tem-se dito e temese escrito
Ícita vezes sem.conta, sem ogrtro meêi «
jam à verdade en sinceridade que ponho sempre nos minhas afirmações
T7A4e Cernache do Bonjardim é, sob os mais diverso
tos por que a encaremos e aprendamios 6 emá-la,

trin Portuqguesa,

Deste modo, no escassez do tempo de que foi possivel
que tivesse também o grato quão honroso prazer da minha

indmeros vezes -ceo próprio o tenho
ito nem interesse, Aliás%, que não soe-

5 e múiltiplos aspces
terra singdalar da Pá-

dispor para
modestissima

coinboração nestea interessante eplaquett comemornaiiva da inacggoração da
sua nova laz cléctrica—eo posso cencontrar qm novo ensejo, que é sempre

repetido motivo de

renovado sotislação espirítual c moral para poder afir=

mar, uma vêez moais nà minhã vida, a pcracidade comprovada c gritante
contida no ofirmação exiomática das minhas palavras iniciais,

Em veraade, 6 sinqguoiaridade existencial desta aldeia estranha- apês
nas& Bldela,.. —resalta de um tsl complexo de factores notáoeis de ordem
histórica, palsagística, pedagógica, ceonómica, comercios, indastriol, so-
eial, ete., ete., que não é maito fácil encontrar reunidos, até em verdadeis
rãs cidades do nosso Paísse que aguardam âpcnos 6 fodo O momenteo,
em potencial infínito c latente, aeção dinhmica e dinamizadora dos meos

patricios= laminado sexu

espírviio por neva laz de desciável e contfiante des

cisdo—para que se torném naqouela fonte inesgotável da devida grandeza
e do incessante. progresso da nossa terfa—que todos, sem distinções de
eredos ou de ideologias, tão sinceramente descjomos,

Bergo incontestedo e glorioso de Nan’Álvares=o mais tegitimo &
compréêensível título de orgalho do su loúga tradição histórica-—de polítio

cos notáveis e de missionários’

ilastres, coja dcção patriótica e imensa
nance poderá ser esquecida-—Cernache do Bon

jardim deve primacialmens

te ao eneontamento estranho da saa destambrante beleza paisagística, sic

tirbda Em pleno coração do Pais,

no Sul de Beira Baixe, em
ravilhoso, de-horizontes vastos e mo

planalto ma=
leéstoSos, sob & vigiláncia amigao, sos

latar e circandante das Serras da Estrela, da Lousã, da Miltica, de Mus

radal, eto,

ete., o mais forte e cfectivo motivo do seu jastificado renome

como estância de elcição, em zonao privitegiada de média altitade, para re=

POoIsos € veraneios cstivais;

Com tudo isto, fica devendo à generosidade crindora
destino geográfico am mundo infíinito de possibilidades torísticas

não sel por
veitadas na
pensadoros,

&G notável

do sem típico
QUe=e

que desconhecidas rezôóes—não Lém sido de modo algom apros
imensidade indiscatível das suás formãs possíveis e com»

melhoramento que: tão jabilosamente estamos comenmõos

rando neste náúmero único de «LUZR (e Porque não dar-lhe continaidade?,..)
—E que Lodos 03 sernachenses conseientes e dignos desse nome devera ses
ber compreender e agradecer=—vem prtcisqmrntc abrir movAS e decisjoas

Todavia opesar de tudo jsto, es-
tá o referido Deercto-lei em vigor
desde 24 de Novembro de 19047 e não
se iez -alnda qunlqoer contrato deste
tipo, não dejxando no’entanto de
apareccr reelomações a enda pesso,
PFPortánto porque não se deflendem os
proprietários de pinhal? Todos os
csclarecimentos podem ser dadosno
Grémio da. Lavoura,

EE EE LOTEEEA TD

— João Ribairo Mateus

Vindo de Megaza (África: Orlens
tal), onde É empregado comercial da
lirma Lopes & Irmãos, chegou a Lis-e
boa, no die 2 de Maio, no <Fálrias,
o nosso prezodo amigo sr: Joho Ris
beiro. Mateéas, que já tivemos o prá-s
zZer de eumprimentar na Sertãe acé
taalmente se encontra na Carvalheis
rá (Ermida), de visita a soo fomília.

Folgamos té-lo visto de sadde,

Manifesto de sementeiras o
plantações

Até o fim do mês corrente é nbrl-
gatórie o manifesto das sementeicas
de milho e ‘ de felijão de sequeiro e
regoadio e da plantfação de patata de
regodio, elretuadas no 3º período : 1
de Abril a 50 de Junho,

Os impressos são fornecidos pe=s
las regedorios, ende também são en-

iregues. depeis de devidamente
preenchidos,

Beneficência

Soiragando n/alma de sua ESPOSA,
9 nosso estimado patrício: e amigo
José Nuntes da Silva, de Liugnda, en
Vioa-NOS 100800 para o nosso Fondo

dt Hencficéncia, o que maoito Bgra-
Údecemos,

Conciusão na 4,.º página)

Guhstruçãn da erifícios escolares
— naregião

Ha próximo dia à0, nº Secção de Escos
tas Primárias de Ceniro da Direcção Ges
ral dos Edifícios e Monumentos Nacionais,
ém Coimbra, pelas 16 horas, se procederá
8o concoreo páblico para.a constroação de
133 edilícios escolares, divididos por |%
cmpreiiados, compreendendo s énipreitado
n. 58 construção de 8 elifícios nog cons
celhos e locals à sequir designados: Ólels
ros-cSordeiras de Baixo, 2 salés gémeas,
1599.650800; Proença-e-Nove-FPalhota, 1 sa-
la misto, fFL551$500; Cunqueiros, 1 s0la mass
colina, Idem; Corgas, 1 sala mista, Iden:
Sertã=S, Domingos, 1 sala mista, Idem;: Cas
minda, 1 sela masculina, idem; QuintA, 1
3nla misto, idem; Vila de Rei-Sendeo, | eoln
mista, idem,.

O programo de concoreo e fespeciloo
enderno de encargos estão patentes todos
Os dias úleis às horas normois de expedien=-
te á Secreteria dequela Secção e na Des
legnção pora ns obres de Constração de
Escol.s Primárics, na- Avenida Pedro Al-
vares Cobral, 86-1.”, Esu., em Lisboa,

À bnse de licitação é de Esc, ó61,507$00
€ 0 depósito provisório de Esc. 16 Sat$00.

Gonclusão de Gemitério da Mon-
tas da Senhora

. O sr. ministro das Obras Fiúblicos, pe-
lo Fundo de Desemprego, concedeu à Jons
ta de Freguesin de Montes da Senhora,
coucelho de Proença-a-Nove, a comparti-
cipação de 50 contos Para conclusõão do
cemitério da locolidade.

Inspeccões de mancebos do con-
celho de Sariã

É ne próximo mês de Jolho que e fez
n entregn das cédulas e se realizam ss jn&
pecções dos mancebos deste concelho, in-
iicende-se, respectlvanmeníte, 05 dias pfora
ffuela entrego e paro s inspecções;se 1,
ireguesias de Pedrógão FPequeno e Várzea
dosCevaleiros; 5 e t4, Cabeçõdo, Carvolhal,
Castelo, Ermida e Marmeleiro: é e 16 a
miada, Nesperaol, Palhais e Trovisenl: Foe
15, Cernache do Bonjardim e Fiqgueiredo;
E el8, Serts,

uena antologia
POriuguesa

vv Hunca en tivesse ido jantar à ca4s do
Femadef Mas ele vanto irateu que 1do tide
Buro rentéedio senso ceder. Soclemzeta &
Temudo 0 seu aniversário natalicio é dévo
Acresceentar que o dito Temudo é o cehefe
da minha regpaortição, Ccompreende poila
Yossas Excelêcias %:m ine eráa impossível
rervusae o convile, Temuado É um pobre
diaho te tem n manta de der jântares e
úsoirécss, Tedas a2 semaonss, As guinTIAS=
IÍciros, dá choó e bolos, Chama-eile & isto
receber, Aqet para nós, é claro, eu jão
sel como é oc o TÉÃI*!][[(ÍD SE TOVernd, pórs
que D ordenndo hão € prande e lem de
sustentar: a mulher, (três fllhas, uma criasda
E um cão felpudo, ou sejam seita prsseas de
familio. Forn mais ajudo, o Temuodo tive
tm permanente desscordo com a D, Éuiás
lta, sua consórtas, e nonca compreendes
vpOr que razão, tendo ele n podach sorle de
ser casado, eontinua à ser eonsorte, Chudne
da o Têmudo dá jantares, 6 sogre É que
empresia a funlha de lifího e 038 telheress
n D, Eulália empresto cs candelaobros, e O
Sousa, padrinho do casamento, empresta
dez mil rêis, ê

Chegnra o dia do tal jantar. Á mesa, à
h. Eutália dava a direiia o majour Freitas.
7 direita do Tenido, sentará-sée amo ees
lha com cara de homem feio. o me tedo,
ti fiicas, à filha mais nova do Temodo, que
cstá pera cosar com um codete, que oouz-
PnvR O kigoer fronteiro so meu, e que, ds
cónle o Jantar se fartoo de me plsor o5
caolos, nã seposição de estar PM CoONtacito
predestre com n Micãs. Tlve de recorrer &
um disereto pontaçé nas canelas do codere
para defesa das góspeas des minhas Potãs.
Dos contvívas, o único-tipo verdadelrameno
te Interessente erá o major Freitas, obeso,
calvo, com ama bigodeira que parecia om
salvo-vidos de carro emericano, O Frels
[es comie muito efalava pouco, Nos raros
momentos em qdúe poroavo de maostigar,
mandava cá fora o língua em missto de
limpeza & bigodeira, que no Bproveitar É
queêe está o ganho. :

.. Mas vemos n0 nmacarráo s italianã.
Pôr gentil deferência Fôra comno minha
pessoo, à D, Eclólio confeccionaro, por
suos mães, um proto de macaerrão dijitas
lianha. O mocarrão estava WUBAE CFHH E des
liciusamente detestável. Pór lurçado cerls
múnis, engoli mein dúzia de tebos: que f
Gárom o alto dó estomoge: lal & sensas
ção de ter engolido am orgão da Sé, Hó
momento de me levaniar da MEÉSA, D Eh
nudos desceram dm pouco e CONeçoO em
I&o o mea martírio; Na sola; o Piano dets
EADA QUVWIT Os PlimEeiros compessos de uma
Únisa, Eu senticme emboledo e tive então
n tristissima ideia deir dançar, para ver
Be activava & digêstão dos Mmacarroes.
Aproximeisme do Quineos, & filho meis
velha do Temode, e, à costa de Um enorive
eslorço, consegaoj CcurvAar=me para ihe ples
1ectr G co broço, Os macarrões boviem
cedido, mos quando noceaenmente pPretendit
endireitar-me, 08 malditos recusaramese,

Momentos depois, em era condazido
num automórvel para minha censa e ltão
toi chamado o médico, quUe exgio ama
conferência eom deois folegas. Sujeitas
FoM”AME aàos raíios X. ÀA radioscopia pers
mMitla que se vlssem 05 mâácarrões, ogora
CUrvos, & que me Iorcavem on mmaentéer n o
sição de uma pescodinha com o rabo ne
boca. Giscutiram os três sébios o estrenho
caso e lono Ffoi resolvido que es bebesse
três litros de ágos destilado, Em segquida,
Imelerameme numa ling cóm ógua à fer=
v.r, Ao cabo de duas horas, eu estava lis
vre de perigo. O macarrão cozera à b
nho-maria L EHAGAS RAQUETE

Abastecimento à vila da

de água
Seriã

Acaba de ser; concedida à CÓIMERI f

Cipação de 0 contos destinsdo & re Urçar

0 abastecimento de fgua & esta Vila,

Festa do Goragão de Jasus —

Renliza-se ômanhã, nesta Vila, a festa
do 5. U de Jesus, fazendo sun solene pri-
meira comuanhão muitas centenos de-eriens,
çns e hoserá, como de costume, KGissa esns
tada, sermão e, de tarde, imponente pro=

o Estola Vam

tá vaga n escola do sexo mascolino
do Trociscol, deste toncelho,

Médico de S. Pedro do Fsteval

A Câmara Manicipal de FProcoçãe
a-HNova obria concarso, pelo espoço
de 30 dios, o contar da oº e áltima
publicação na folha ofietal, paro pro«
vimento do lugar de médico de 5,º
partido municipal, com sede e residência obrigatória cm São Pedro do Esteval,

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã
Uma tradição a valorizal ‘

iA festá de NºS.

Informações

Cernache do Bonjardim SSA RS civa

(Conclusão da 3.º págine)

— dãe bom Ouro

dos Remédios

«Conclausão da 1.º pég.)
deveriam contfinar aos actos do caul-
to, apressou à decadência das romar-
rias, pelo menos, que nós saihbamos,
nesta região, sabendo-se, Como se
‘<sabe, que à tradição de séculos não
se apaga Tacilmente do espírito dos
Povos rarais, que, respeitadores das
€renças consac’udinárias, no que clas
têm de mais belo € puro, entendem
que ama romaria só o é de facto,
na sua expressão subordinada ao
goletore nacional, desde que possam
exteriorizar ampla € livremente à
sãa alégria, à san plena satistação,
dançando nos adros ao redor da caà-
pela, cantando, comendo o farnel com
a família, bepnão uns copos de vi-
nho com os amigos, por entre o €S-
4fondear vibronte do fogaetório € ào
som doe harmónio c da filarmónica,
esta postada no coreto em plano ele-
vado para que melhor possa fazer
ouvir a estridência dos metais e da
pancadarial E o povo senterse feliz
se pode entremear a folgança-—onde
ná só inyenuidade € O propósito de
esquecer as contrariedades áuma vi-
da de trabalho daro € infindável—
cçom as cerimónias religiosas: à mis=
sa solene, o sermão € à procissão,
a que assiste Com todo o acatamento
e respelto, pedindo à Deas e á Vir-
gem celeita da sa fé a saúde para à
filhita doente, a proteeção para o fi-
dho, que, múilitar agora nas terras
tongínguas do Ultramar, vela pela
honra e dignidade da Pátria, um Dom
ano de colheitas. ..

Nesses dias de festa e de alegria,
sem que a farturo não conhece res-
trições, toda a família se enfarpela
de novo, cstreia-se bom calçado, en-
wergam-se ehales € lenços compra-
dos de véspera e a eschopa casadoi-
ra põe pela primeéira vVez arrecadas
ou grosso cordão ao
peito, espelhando-se nos olhos gaia-
tos os anscios dum amor suave 9
coroar uma felicidade antevista EM
sonho lindo!l ;

Naturais e humanas são todas
estas * manilestações da gente dos
nossos campos, em que não aparece
um só traço incompatível entre à té
ou seus sentimentos profandamente
religiosos € o espirito de alegria que
jhe faz vibrar a aima, porgae. ela
tem todo o direito de se divertir e
não tem outro enscjo mais propício
e favorável do que a romaria à Se-
nhora da sua devoção, à qual na pró-
— pria casa haumilde ergaue eltar com
dâmpada de azeite € florinhas deli-
cadas. :

Se os dois factos que epontamos
e devem ser a causa primacieal, co-
mo de muitas outras, da decadência
da festividade de N. S. dos Remedios
—a preferida, até há anos, àde todos
.os povos desta região e eujos mila-
4gres eorreram fama até terras lon-
ginquas—pareee-nos que os sSerta-
nenses não deverão aceitar € recor
nhecer o facto consumado, conside-
rando-o eomo . fatalidade do destino,
mas, sim, empregar todos 05 estor-
‘ços, dentro da saa formação religio-
sa e bairrista, integrados no verda-
deiro amor que didicam à sua terra,
para que essa romaria volte à ter
a grandiosidade dos tempos idos,
mais felizes, por certo, em que, ào
contrário de agora, não escasseavam
os hemens de trabalho € iniciativa
para manter, com toda à .dignidade,
as tradições legadas por sScas avós,
no fervor dum caulto religioso e du-
ma devoção pcelo torrão natal que
outros cram incapazes de exceder.

É preciso que à festividade de N.
S, dos Remédios. não só reviva OS
tempos da sua áurcea grandezo, mas,

perspectivas no necessário e urgente aproveitamento tarístico, industrial FOT”‘õm

e comercial da nossa terra.

Saibamos aproveitá-las com todo o entusiasmo confiante da nossa
dedicação pela terra linda que nos servia de berço!1

Saibamos erguer os nossos olhos
tão querido Vale

xo, para esse célebre e

inerédulos e olhemos lá para bai-
da Ursa de tantas e tão gratas rcr-

cordações, € compreendamos o campo infinito de possibilidades tarísticas

e desportivas que
hidro-eléctrica do
proporcionar nam maito
sa terral

Se soubermes ser inteligentes € audaciosos,

a imense € maravilhosa albufeira da
Zêzere, ali deposta providencialmente à nossosS

grande barragem
pés, vem

próximo futaro, às iniciativas corajosas da nos-

que poderemos fazer

àmanhã daqaele troço encantador do Zêzere—justamente a Zoná mais lin-
da de toda à barragcm—-trnnsformado oredigiosamente num dos mais vas=
tos e belos fagos da Europa, pleno de «fiords» remansosos e de sonho, cir=
cundados por miradoiros naturais e admiráveis?…

Já pensaram acaso os capitalistas
infinidade de possibilidades tarísticas e

da minha terra e do mea País na
desportivas que O simples enunciar-

do deste facto novo € saliente no destino geográfico de Cernache do Bon-

jardim pode proporcionar-lhes € proporeionar-nos por
‘ de interesse local € nacional?. ..
Oxalá o ponderem com inteligente visão

mente compensadora

forma tão largar-

todos aqueles quê conhe-

cem já à excelência predestinada desta região montanhosa, sem agressivi-

dades violentas, que circunda toda a zona do

cam seu tempo em «vir ver para
cem ainda, mas têm no espírito

inectivos…

Crer» … todos aqueles

o sentido prático e inteligente da iniciati-
va audaciosa e louvável quanto &o destino e emprego de

Vale da Ursa—e que não per-
que a não conhe-

seas capitais

E não esqueçam, então, €ssa encantadora Serra de Santa Maria Ma-

dalena, sem dávida um dos mais

: ) lindos e vastes miradoiros naturais do
País e um dos mais característicos passeios de

Cernache do Bonjaráim,

singularmente deébruçada sobre & imensidade da parrajgem—Tlocal em que
também não compreendo por quê mMestras ignoradas razões se não tem

construído até ae
palhadas pelo País fora e

justificativa de tal preferência. ..

Do mesmo modo entendo que era ali,

agora ama pousãda (tipo Marão) das: muitas que já há es-
tantas delas em Tocais talvez com menos razão

precisamente, o local eleito,

de majestosidade sem par, onde deveria erigir-se igualmente o Monumenr-
to Nagional a Nan’Alvares— uma imperdoável dívida nacional em aberto €
que tão condignamente ficaria saldada naquele local próprio € de deslum-

pramento aliciante e natural.
: E voa terminar o maito pouco—O nada, afinal, que
um tema vastíssimo de interesse moral,
os sernachenses € até para todos os portuguescts.
: A inteligência esclarecida de todos deixo à
muito que a necessidade me obriga à omíitir.
Fazendo-o—pelo mauito que que
derão também fàcilmente que, ào abordar assuntos que ao sSEU

e ao seu prestígio sE
efectivo do eoração

m,

deixo dito sobre
espirítual e material para todos

fácil compreensão do

ro à mihha terra-—todos comprecn-

progresso

referem, me é sempre muaito mais difícil o «contrôle>

do que o do espírito… :
Descjaria, sinceramente, que com

verificasse o mesmo porque, para mi

todos os seus filhos e amigos se
considero sernachenses tanto OS

que o são pelo naescimento eomo aqueles que, vindo para aqui fixar-se €
exercer a sua actividade desejável, se tornaram sernachenses pelo coração.
Grandes seriam, certamente, às preciosas vantagens que todos co-

lheríamos do facto.
Cernache do Bonjardim,

(De «Luz»)

se for possível, a exceda em beleza,
em animação e até mesmo na sole-
nidade dos actos religiosos.

É preciso que o povo não deserte
dessa festa, magoadoe por restrições
ou proibições que à ninguém apro-
veitam.

Se é forçoso continuar à manter
o culto votado a N. S. dos Remédios,
por outro lado, É préciso também
que o povo se divirta € que à indús-
tria pirotécnica local, à Filermónica
e o comércio, dentro.dos pários ra-
mos da sua especialidade, se prote»
jam e auxiliem por todos os meios
legítimos € compieensíveis, alivian-
do os encargos que esmagadorament
te pesam sobre cles.

Nenhuma pessoa de bom dis-
cernimento deixa de reconhecer
que estamos em campo óptimo
para defender o principio de que
restaurar a festividade de N. S.
dos Remédias é vantajoso para
toda a gente da região € prinei-
palmente da Sertá € ireguesia,
quer pelo lado religioso, quer pe-
to lado bairrista ou, ainda, sim-
plesmente material.

Está ou não indicado que este
ano—e nos futuros seguir-se-ia

28-Maio-49

GIL MARÇAL

ESA

a mesma norma- —st constituisse
já uma comissão para levar à
eteito aquela testividade em toda
à sua grandeza-—od excedendo-a,
se possível—e de que fariam par-
te o Clero da seáde do Arcipres-
tado, um director da Filarmónica,

o gerente da Pirotécnica Serta-
ginense, dois representantes do

comércio local e dois homens
pons da Capelania da Senhora

“dos Remédios?

.

Que respondam. a isto € di-
gam algo já, que 15 de F.gosto
não está longe, todos quantos
consideram o assunto no mMESTHO
plano de importância que nós
apresentamos.

É se o consideram assim, é
meter mãos à cbra.

«A Comarca da Sertã» aqui
está à disposição de todos para
servir essa ideia tão cara ao nos-
so espírito bairrista € com à iE
mação iniludível que nós todos,
Sertanenses, temos o dever de
restaurar tudo o que dée bom exis-
tia para proveito, honra e lama
desta terra.

nomeados respectivô»
mente Presidente e Vicer
presidente ‘da: Câmara Manicipel do
Concecelho de. Oleiros, tendo já toma-

-do passe dos respectivos cargos, oS

srs. dr. Francisco Repelo de Albu-
querque € Alíredo da Silva Fernan-
des. EA

Igaalmente f5j nomeado € tomod
posse do. cargo de Vice-presidente da
Câmara . Municipal do Conceelho de
Idanha-a-Nova o S”F. dr. João Bapr
tista Alves Portela.

O sr. dr. José de Almeida Pele-
jão foi nomeado Vice-presidente da
Câmara Municipal do Conceelho do
Fundão e deve tomar posse deste
cargo muito prevemente.

5 EX .0 SE Subsecretário. do
U Estado da Assistência Social,
por despacho de 8 de Janho ecorren-
te, mandou atribuir, pelo Fundo do
Socorro Social, carros, cadeiras de
rodas e aparelhos ortepédicos a cer=
ca de no inválidos do Distrito de
Castelo Branco.

Nos últimos trés anos foram con=
cedidos às Asseciações de Bombei=-
ros Voluntários do Distrito de Cas-
telo Branco subsídios eventuais to=
talizando às importâncias seguintes :
Castelo— Brançeo, 50.0008;- Covilhã,
55.000$; Fundão,ló4.000$; Termas de
Monforfinho, 57:0008; Penamacor,
20.0008: Sertã, 40.000$00.

—”

Grupo «Antónios de Pertugal»

Comanica-nos O nosso estimado
assinante sr. António Varcla Silva,
residente em Tomar, ter sido insta-
jJada naquela cidade, na raô de San-
ta Iria, 18 (tclefcne =7€0), uma dele=
gação do simpático Grupo <«Antónios
de Portugal», à qual se pedem e de=
vem dirigir todos -Os Antónios . da
nossa região à quem Anteressé a
existência e prosperidade deste gru-
po onomástico, que, Como. Os con-
géneres, merece ser amparado pelos
seus fins de beneficência e solidarie=
dade. : :

Segundo umaã cireular, que temos
à vista, já datada de Agosto de 1948,
aquele grapo propõe-se redlizar, co“
mo esboço do seu programa de – cul=
tara, recreio e peneficéncia: reunião
de confraternização no dia de S.to
António, sea Patrono; visitas à mo-
numentos € estabeleeimento de in-
teresse caltural; excursões, confes
rências, festas, etc; a criação duúuma
piblioteca; o auxílio à todos os sócios
que dele ceareçam; assistência médica
e jarídica € auxílio no desemprego
ou em dificuldades de ordem mate=
rial comprovadamente esclarecidas.

Porém, este esboço de programA
só, poderá tornar-se ama realidade
pelo auxílio, sem reservas, do maior
número de Antónios de Portugal.

E aqui temos o prazer de comu-
nicar ao sr. Varela Silva que & «Co“
marca»> está inteiramente à dispo“
sição do Grupo para o auxiliar na
sua obra meritória.

Notícias de Lourenço Marques

31 de Maio— Encontram-se, pre
sentemente, nesta cidade, oS nosso
estimados patrícios STrS. António Lo
pes, sócio-gerente da firma Lopes &
Irmãos, de Megaza, Arnaldo Fran
celsco Ribeiro, importante. agricalto
na região de Quelimane € Ernes!
Porfírio de Araújo, de Moçambiqu
esperando-se para breve a echegas
do sr. Alberto Dias Bernardo, :