Certaginense nº99 03-09-1891

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Anno 11

 

QUINTA-FEIRA 3 de Setembro 1891

Numero 99

Administrador ) Editor responsavel ,
VNA s RE A DAA MR .
an Qin Erillo DIRECTOR SNS Dires franco
Jonquim Martins &Gritló :
ASSIGNATURAS ‘ Í [ PUBLICAÇUES
.300 |

Anno. .. 13200=-Semestre,. . .800==Trimestre…
Numero, avulsos. , A0==Brazil; anno. . .59000 Africa,
anno. …25000 Fóre da Certã acresce a despe:

cobrança.

Toda a correspondencia, dirigida á redacção. Í

FA

IFOLHA IMPARCIAL

da

“REDACÇÃO ADMINISTRAÇÃO! E TYPOSRAPHIA
Travessa Pirés, N ‘Lle C-CERTA

ilepetições, cada linha

ou espaço de linha 20 reis==

Annuuncios permanentes, preço convencíónal; O srs
lassígmmtes teem 6 abatimento de 25 p. c.

CERTÃ
UNA

José Maria Latino Cóelho

Mal cuidava eu, ao rece-
ber o ultimo numero d’esta
folha, quando vi que me
pertencia escrever o artigo
editorial, que teria para as-
sumpto a morte de um ho-
mem que eu tanto admira-
va, pelo seu enorme e múl-
tiplo talento, pelo seu vas-
tissimo saber, pela sua hon-
radez inconcussa, e pela
seriedade indiscutivel do
seumagnifico caracter!

Morreu José Maria Lati-
no Coelho, o mestre de nós
todos, rapazes da moderna
geração, o mais profundo
sabio portuguez,o mais emi-
nente litterato da peninsula,
o primeiro orador do mun-
do na epocha presente, co-
mo justamente o qualifica-
ram, por occasião do seu
monumental discurso na
camara dos pares em 1886,
«La Justice» é o «Voltaire,»
de Pariz, e o «El-Liberal»
de Madrid.

E’ 3om o coração oppri-
mido pela dôr, e com os
olhos rasos de lagrimas,
que eu tracejo estas linhas
a respeito d’aquelle vulto
collossal das letras portu-
gnezas, d’aquelle adoravel
espirito que hontem trans-
pôz os humbraes do Inco-
gnoscivel. 1 ‘se me lembro
que é a esse grande homem
que eu devo o momento
mais feliz da minha carreira
litteraria quando, n’uma
carta que me dirigiu, me
honrou de tal fórma n’uma
“’Simples phrase, tão lisongei-
TW quanto immerecida, mas
profundamente sincera, ao
Ponto de suscitar & inveja
dos meus adversarios; sinto
“redobrar-me a intensidade
da dôr. E’ que Latino Co-
ºªlºy n’uma singela phrase
que nem significava uma
edulação banal, nem repre-
sentava um sentimento de

 

dependencia de . qualquer
náturezã, porque além de
ser profundamente honrado
e digno, era profundamente
sincero, compensou-me
n’um momento de todas as
amarguras, de todas. as
privações, de todas” as lu-
ctas e desenganos que te-
nho encontrado na minha
curta carreira das letras. E
quando um homem de co-
ração, que. tem” esbarrado
centenas de vezes no seu
caminho com 4 guerra sur-
da e velhaca dos mediocres,
dos tolos, dos vaidosos e
dos pedantes, recebe de
uma individualidade da cra-
veira intellectual de Latino
Coelho uma veferencia como
aquella. com. que elle me
honrou, deve sentir-se mui-
to ‘ outro, e decerto mais en-
corajado para 4 lucta.

Desenbro-me respéitoso,
e curvo-me reverente dian-
te d’aquelle cadaver, diante
d’aquelle pequenino corpo
que ainda ha tão ponco
tempo. albergava o maior
talento do meu paiz, alliado
á purissima alma’ de um
justo.

Sim, Latino Coelho era
tudo isto; não é uma hyper-
boele o que, escrevo a res-
peito. d’e!le.

E tal era a magica influ-
encia das suas altas quali-
dades, tal a consideração
que todos lhe tributavam,
que ao saber-se a noticia
da sua morte, não houve
uma unica voz discordante.
A imprensa de todas as
côres, monarchicos, repu-
blicanos, ou socialistas, tu-
do foi unanime em tecer os
maiores elogios ao grande
escriptor.

*r;

Não é meu intento fazer-
lhe a biographia nas pagi-
nas d’este. periodico. Para
isso teria de encarar tam-
bem o poliítico, e similhan-
te apreciação está fóra da
indole do SERTAGINEN-
SE, que milita no campo

da neutralidade

Alem disso, de subej>
está ella conhecida em todo
o nvundo illustrado. À nmi-
nha penna pouco poderia
adiantar, depois de tanto
que se tem dito. Vou terir
simplesmente algumas no-
tas que não viqne a im-

prensa tocasse, porventura.

porque são pouco conheci-
das. Ellas constituem tra-
ços luminosos que dão a
medida do valor intellectu-
al d’aquella personalidade
distinctissima, que se desta-
ca como oiro em: fundo: a-
zul, através das. paginas
mais bellas e gloriosas. da
historia comtemporanea,

Latino fôra um dia — en-
carregado, como secretário
da Academia, de redigir
certa memoria, ou relatorio,
em que tinha forçosamente
de tocar altos pontos de
medicina.

Toda a gente julgava
Latino capaz de escrever
periodos lindissimos, em
que a cinzeladura da fôrma
se alliasse á alteza do . con-
ceito; todos o eunidavam um
litterato eminentissimo; um
historiador de priméira
grandeza; mas o que nun-
ca ninguem pensou fui que
elle percebesse alguma coi-
sa de medicina.

Ora succede que no dia
em que Latino oelho de-
via ler. o’seu, trabalho . na
Acadeêmia estava lá a fina
flor dos medicos’ portugue-
ves: Sousa Martins, Manoel
Bento de Sousa, Magalhães
Continho, Curry Cabral,
ete. . Latino leu; e tal foi o
assombro que a sua- obra
produziu “no espirito d’a-
quelles sumidades medicos,
que o dr. Magalhães – Cou-
tinho, devéras enthusiasma-
do, volton-se para o dr.
Sousa Martins, exclaman-
do:—«Mas quem ensinou
isto a este homem?» O qdr.
Sousa Martins respondeu
apenas, espantado. d’aquelle
prodigio:—« Não. sei; o que
posso assegurar é que eu,
como – medico,.«não faria

mais nem melhor do.que
Latino. »
é Estas extraordinarias pa-
lavras na boca de um cli-
nico do talento e do saber
do dr. Sousa Martins, são
o maior elogio do, sabio
‘ academico. FHa mais.

Quando Latino Coelho,
na qualidade de lente su-
bstituto da cadeira de ni-
meralogia , e geologia na
Escola Polytechnica, foi to-
mar conta do seu lugar co-
mo proprietarió, stóda a
gente suppôr, e particular-
monte os alumnos d’aquelle
eurso, que o novo professor
fazia na materia uma triste
figura, tanto mais que Pe-
reira da Costa, lente é quem
elle ija substituir, éera uma
celebridade n’aquellas sci-
encias. Pois foi tal.a sua
proficiência, isto é, revelou
tal profundidade de conhe-
cimentos n’aquellas disci-
plinas, que, alumnos e col-
legas no magisterio superi-
or; foram obrigados a con-
fessar que — Latino Coelho
ainda fienva acima, do dr.
Pereira da Costa.

Mais ainda. Em certa oc=-
casião, faltando Marianno
de Carvalho, lente proprie-
tario da cadeira,de mathe-
matica, porque estava o
parlamento aberto, e tendo
adoecido o lente substituto
aquella eudeira, a divec:
ção superior da, KÉscola Po-
Ivtechnica’teve de nomear
Latino Coclho para reger
alguns dias a — cadeira de
mathematica; porén, con-
vencida de que elle pouco
ou nada pereebia – d’aqtella
sceiencia. Ora, como se sa-
be, o lente nquella cadeira
é Mariauno de Carvalho,
que passa por ser o primei-
vo mathematico -do . nosso
ipaiz. Pois Latino — Coelho
‘chega 4 aula, pergunta aos
‘alumnos em que altura es-
tavam da/ materia e,. uma
vez informado do ponto em
que iam na lição, dirige-se
ao quadro e começa a ex-
plicar de fórma tal que dei-

e

xou tudo espantado. Dizem
mais: mostrou que estava
superior ao proprio Mari-
anno de Carvalho. Como
se vê, depois d’isto, um ho-
mem de similhante estatu-
ra intellectual é um aborto

‘Nq corpo do jornal, cad+ linha ou espaço de linha. . .80”
Ireis==Annuncios, cada linha ou espaço de linha, 40 reis

da natureza, como o classi–

ficea o dr. Sousa : Martins,
sempre que fala d’elle.
*

E’ difficil. descrever a
dolorosa / surpresa, o des-
gosto profundo . com que
Lisboa recebeu a mnoticia
embora esperada, do falle-
cimento do eminente. cida-
dão.

A’ hora em que estou es-

crevendo, prepara-se a.ca- .

pital para assistir aos fune-
xaes do grande homem:. ..

Dº m 1 os.». i ? dº
paiz chegam delegações de
aggrupamentos politicos,
litterarios, scientificos, d’as–
sociações, de tudo, emfim,
que pensa e dirige. Lisboa
vae assistir, em poucas ho-
ras, a um contejo que pela
sua grandeza e imponencia
em nada ficará atraz.dos
funeraes de Victor: Hugo.
E Latino Coelho bem’ o
merece,

” a

Cinto horas da tarde.

O cortejo vae desfilando
grave, sereno e magestoso.
Duas alas de povo, compa-
ctas, se estendem desde o
largo das Duas Igrejas até
o cemiterio Occidental.
Não me lembro de tama-
nha e tão imponente mani-
festação.

Vue passando n’este mo-
mento diante de mim o cai-
xão que encerra o corpo de
Latino Coelho .. . .aquelle
corpo onde ainda ha pouco
havia tanto talento e tanto
enber!. .. tudoisto se per.
de, santo Deus!

Lisboa, 3i de agosto
de 1891.

Abizio Pavid

MONTE-PIO
E’ no domingo, 6, a festa do
nonte pio, com toda a Pompa,

Ha bazar, fogo e níuzica,ca,

 

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– SEDÁILAO ANNIVERSARIO
CO ‘Lfk:R D£ ?ERÚ—L#S Pasªou, ho dia 1 º, anmvewa
7 natalicio da ex srº.D.
Gertindes Izabel Martins Gril-

lo, mãe do director d’esta fo-
lha.

Os nossos cordiaes parabens
ENMG MNG o
SAHIDA
Sahiu d’esta villa para Tor-
fes Novas a ex.””* sr.º D. Con-
ceição da Silva Baptista:

ta instituidos,, para haver o
sen legado de seis acções da
“ompanhia Lisbonense de 11-
luminação a Gáz, do valor no-
minal de cincoenta mil reis ca-
da uma. Qualquer impugnação
a fazet” à justificação do re-
querente, será deduzido no pra-
zo de tres audiencias que serão
assignadas na segunda, findos
que sejão os editos a contar
da publicação do segundo e
ultimo annuncio. E para cons-

ittieratura

Amor

Os astros que no eéo, anrifulgentes,
giram do sol em redor

não serão para o grande pae dos entes
attrahidos pclo amor?,

& ESPEERNLN

A esperança é o supremo, de
todos os bens.

Thales disse:— «Mesmo aquel-
les que não têm absolutamente
nada, conservam a esperança».

À esperança éa cunqolng.m

Os ventos gemebundos das fior: estas,

e até alguns já-disseram-que é
o pão do pobre e u sustentacu-
lorou o inspirador dos grandes
eÉ’elç,os A lnstonp diz que Ale-

que nhs ouvimos carpi*,
não virão aos ouvidos das giestas
vozês de amor repetir?

— —A ENE
FESTA

tar se publicou o presente em
conformidade com o art.º 497,
do, codigo processo Civil.

Certã, 22 d’agosto de 1891.
O Escrivão é
José dos Santos Coelho Grodinho

ténlisou-se’ no, domingo 30 a
fes:a a S. Domingos, na Serra.
Esteve hastante animada e

re o Grande, qudndo su-
biu ao throno a Mudedoniá

E as óondas aniladas quetra praia-

distribuiu por seus. amigos a recurvadas veem morréf, abrilhantou-a a «Philarmonical — Vrifiqrei a exactidão:

maimihpdilt;xâ: t:’me:,l,l:.ªt:í“ quando além entre a brúmã o sol desmaia Certaginense». Pinto. d’Albuquerque

ã:ese—ll:z o que ,mae)p» ES para o-que veem-ellas dizer 2. — S ‘”ºzº’ã? e À
Alexandrê Tespondeu:— o ANNOS . : ANNUNCIO

A brisa vespertina o Qque “segreda
junto ao calice das rosas ?

e Venus, scintillaúnte, argentea, leda
o que diz ás maripozas ?

mamr de todos os bens—- a es-
rança.sis o
PeOAçxesultadçs da. memoria
são ;m_da comparados com o da
es era’ ça, que 7) mowel de
tõódos ós nossós esforços- “«Os
dons de origem nobre desem-
volyeni-se, ao perpetuo, bafo da
esperança”; ,pode-se dizer quei.
ella é o mgchlmsmo moral que |.«
faz móver 0 mundo E no fim
de todas as cousas deparamos
sempre comºaquillo que Rober-
tson/;chamaya-a; grande . espe:
TANGA MGo
Se. não fossa a esperança,
e Byron, unde estariá O fuº Ê
turo? Nó inferno!
HDiRnccedanrior é dizess: ondo
estaria o presente porque todos,
nós, o, sabemos; quanto ao pas-
“Ídl)º o ‘1%“ redomms. na me-
n perança illídida, Lo-
go, %m»t«dos*os«negáo s dd vi!
da só hanuma cousa:=esperan-
Çã, esperança,» esperança.. |
pMilton—tambem, apezar;de
haver : ªóÍTudo muito, parece tet
sido, de muita coragem. Cégo,
abandonado pór seus amigos e
dtravessando dias aziagos, icom
a nescutidão, adiante;.e .0 perigo
atraz, nunça , perdeu ;o. animo
na eápenangn, antes, er-
iá-se éada vez mais é conti-f.
nuava a sua deriõta semá’ deter—
e um instante-
o-Emfim, emquanto a espenm—
._ça dura a sórte não é desgra-

Fez anhosno dia 277 d’agosto,
n êx.”terd DiMaria Adelaide.
de Mascarênhas, Pimenta,,

=1º publicação

: ELO -Juizo.. de -Direito.
FE , d:d’esta; arca,da, Cer :
BEXIGAS TLiNioAoio aNtAVo is DÉRA
Tem grassado com “Erande da supplente, da mesma camar-,
intensidade a epidêniia das be-fca, corren editos de trinta di-”
xigas na’ treguezia do “ Sobral;ias, a requerimento do delegado
f concelho d’Oleiros. 11do Procurador Reglo, como re- ,
o prezentante da Fazeuda Nacio-”
ual, citando José Antúnes. Fêr-‘
reii-a, do “Rio Fundeiro; e ac-,
tualmente, residente em : parte,
incerta, em comformidade com .
o dxsposto no 8 1-º do artigo’
10.º décréto de 21 d’ábril! dê”
1886; pára “no prazo de’“einco”.
: dizs, /começados’ a contár’cinco;
ANNÚUNCIO dias depois da ultima publicação,
S S ; «no Diario do Governo», pagar.
=lh P“bhºªçãºfl 1 fa, exequente, a ãlta Fazen:h
ELO Juizó de Direi= | Nacional, a quaátia de cinco-
s eRRdd enta enove réis (59’reis) pro-.
da AN eniente de contribuição pre-
feivil da comarca de Lisboa efdial respeitante .ao,;anno; de,
cártorio do escrivão Junqueiro

carte 1889, .. que lhe ,íoram lançadas
1 fuunior, a vequerimento de Joâoªpela repartição de Farenda d’-

AEGABRÍARE S

Amar !/amar ! amar |— E’” verbo eseripto
no céu azul, nos vagalhões do mar.,
Amor! utica estropne do infinito ,

Wibrando em symphonias:de lnar! ..

; /VISITA
Estão n’esta villa, de visita a
seu filho o nosso amigo Emyg-
dio de Sá Magalhães, o’sr.
Emygdio de Sequeira Xavier e
Sua ex “A espoza.
Cumprimentamos s. ex.º*.,

Evangelho divino do Universo

é ellé à boa nova que seduz,

e 0 espirito cançado deixa immerso
mxbltamente em vagalhões de luz.

Prodigioso como aquella vara
‘de’que nos resa a lenda da Judeia;”
se elle bateu sobre uma rocha avara,
vêde a onda que logo serpentela

?i:ra

í _M:,xtae a sêde n essa fonte pura .. ..

1 pobres mortaea hxa.ntes de baqçadpª. ;
Que grata que nos é sua frescura
quando o sangue nos, traz esbrazeados!.

Augusto:rPereira . das Neves, feste concelho da Cêrtã, onde
[solteiro, :sorrem ,editos de trin- [dévé solicitar-“a guia,/ e pagar
ta dms, citando ‘os mtereªsados na recebedoria) d’esta, comarca,,
que . direito tenhão à “oppór áfa mencionada: quantia, bem .as-
justificação do requente para ofsim, os juros da móra, addicio-
[ effeito de ser julgado habilitadofnaes, sellos e custas que afinal
berdeiro testamentario,/, de me: |’se liquidarem, sob pena de não
tade dos bens da fallecida Luiza |pagando ou nómeando bens’ &
fde. Jesus Motta, viuva, mora- |penhora, se proócederá á mesma
dora que foi em Lisboa,’nafem bens que sejam, sufficientes
rua da Atalaia; numero noven-tpara-o, referido pag&mento, e
á ta é-tres, segundo; e bem assim fseguirem-se .os ultimo
. Heliodoro Salgado cada um duã logatarios por es- dagexeç.uçao : ” teu;nos
A S . 1 Ã. s :.’.”«,j

FE —

‘Mulher’ como eu te adoro e te duaqo’
Setu não fôras, para que viver? ,

Pois não é confúndindo-nos n’um beijo
que sentimos compleio o nusso sér? .

“Por ti vivemos e por ti luctamos;
por ti parece ser-nos grata’a dor; õ
Mulher! mulher’—al’-——quanto mMais. amamos
mais sêde temos d’esse teu amór :

ifeigante, os muros impenetra-
veis das alcáçovas medievaes.
A idéa de duas derrotas sue-
cdessivas magoava tanto e tanto
aquelle: espirito ;de titan, que,
em 1810, enviou de novo a
Portugal trez corpos do grande
exercito, — commandades por
Ney; Junót e Reynier, vê quaes
obedeciam ás ordens , do bravo
general Massena, cujos anterio-
tas triuinphos lhe valeram , no-
me lisóngeiro de. «predilecto da
victória».

Entrára pela Beira ô grande
capitâo n’um dos primeiros dias
d’agosto de 1810.

Ãos raios crús do mais ar-
dende sol d’estio entreluziam |a

rayl inimigo.

Pot umaá evolução rapida có-
mo um Corisco, ‘à antiga forta-
leza encontrou-seno meio d’um
circulo de Komens de téz Cres-
tadas pelo sol do Egypto….
pur uma especje de serpente
descommunal; que se dispunka
a estoirar, dentro das suas vos-
cas de feu—o, os esforços deses-
perados de um punhado do re-
erutas,

Do interior da praça evola-
Vv&m-se, / nas azas/da vnrnçau
malutma, gritos lancmnnteª qe
pavôr. e desalento; e mais do
que um dos seus velhos mora-
dores pensára já em morrex

abraçado ás filhas cástas, para

7
úl btttnl de ser vêncjda em Fuentes de
ç : Honor e “Albuera, — estrophés
principaes d’esse. poemas san
grento, que teve /0’/seu epilogo|
para lá dos Pyrenenus.

Os infantes e artilheiros por-
tuguezes, obedientes á.voós do
dever, /olhavam com” desdei,
de” sobre’os baluartes, pars o
exereito, francez, que, a seu
turno, os dizimava com os seus
certeiros projectis,

— Bastantes dias durou o cer-
to dias que décorriam com”a
lentidão dos “seculos—, quando
tma bala avdente,;,.do: i ihimigo,
penetrou nov paiol, voando, acto
continuo, à invencivel cidadel:
la.

T i
po houve,—grupo de valentsª,
que guarnecia um .canhão—,
qual nunea cessou de dar flo
até que um tiro trai -oéu-o, um
tiro á queima!roupa, disparado
por úm francez, inútilisou O
commandante daguarnição;–um
valeroso tenente-—, «que, no, de-
ceurse do, assédio, praticára i6-
numeros feitossde valor.
——Maldito | murmurou 6/jo-
vem “Official, cahindo no’ chão
tinto do seu proprio Ssangue:

CONTOS MILITARES

O’UAIIGEN’I’O bAÍAAZAII

(Mem .ias da 3º invasão
E

Franceza, offerecidas ao
“ex.” conde da Ribeira

Grande)

t >Depots da campnnha*d Aus-
1 tris,so ambicioso Napoleão ,a-
4ormeceu por; momentss ao
som dos Kiymnos do tuumphou
para despertar decidido é con-
quista d’esta pequena tira do

A Peça emmudeceu.
Deéntro da-villa jàá uma cóx-
fusão indescreptivel.

“oceidente da Kuropa, eujos ha-
bitantes lhes haviute já dito na
c XRoliça. & Vimeiro, pela. bocea
das escopêtas, que, Portugal.
€ra ainda o mesmo guérreiro
de Vulde-Vez, Aljubarrota, À-
meixial e Montjo. .

aa bayonetas dos francezes, le-
vementie oxidadas pelo sangue
dos mencidos de numerosas
campanhas; e no cimo das ar-
rogantes, muralhas da praça
d’Almeida, que ix ser assedida,
viam-se alguns / ho infao-

as poupar á terocidade sensual

dos terriveis estrupadores, e sa-

crilegos iconoclastas.
*

% *

O fogo tomeçou: ‘

Descargas de fuzilaria, sal-

Estava rendida a praça.

sobre

Os . traucezes, , galgando por
montões de cadaveres e
‘1de,teridos agonisantes, preci-
pxtaram se um tropel no interi- i mitoncia pela * algazarra mono–
or da villa, juntando, pouco. de-
pois, ao saque o estuplo, num

Velhos, mulheres’, e creanças
estrugiam os ares. com mmtor-
ruptos. clamores, afflictivos, :
elamores quc cram sobrevela-
dos dintermittencia em inter-

tona dos assaltantes, na/dispu-

A lembrança dos desastres veis ceomo . estaíuas,, junto, aos pics de metralha,. que. osifuror,de selvagens. . .n’uma fu- ãºx.sgr?bu]llo;;adgª;awrgfu D”
c ale sJumot, e Soult ecoutundiajcanhões de, brútza, cujas espo-|umorteiros vomitavam n’uma be-|ria: bestxal!… g Ã
tanto à altud aguer rida do ven-fletas esperavam o contacto das | bedeira — d’exterminio, cehiam| Masnem todos os nossos sól (Continúa) é cn wul
f ;A)lnu pesadajvelas mixtas dos ar nllu.uo:,, em lºques MMOrtiferos sobre al dados haviam desapparécido sob &
lª’ a

por 1não léyárem’ à morte 4o

e extapults, para ur * horda dos invasores, que havia

Dº Jornal do. É. u!;x(ve[a)

103 destroços da praca: Um groUm gro

 

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Anaes:

Cªrm, 235 . d’a R;)áí 189
O escrivão de mà úbpleus
te,-João Iuaqunu Branco. —

Venflqum a excótidão, *
Pinto CVAibuqucrquo. i

ANUNCIO

é

(T publicaçã
ELO juizo “de” Direito
da, Comarça dá Cerfã’ e car-

torio do escrivão de fazenda

supplente, /abaixo assignado,

te

O)

. Correm éditos de trinta dias, a

requerimento do Delegado do
Procurador Regio, como mre-

prezentante da Fazenda! Na-i,
Nu-f,

cional, citándo EFrancisco’
nes, da Silva, de Sernache de
Bomjardim, mas residente em
parte incerta, em conformida-
da com o dispoósto no $ 1.º do
artigo 10.º do Decreto de 21

d’ Abril de 1886,, pará-no prá-.

zo ‘deicinco , dias, começados. a
contar oitó dias * depois da ul
tima pubhcaçfao do «Diario do
Governo», solicitar guá, e pa-
gar na recebedoria d’esta Co-
múrca, a quântia. de . nove mil
geis centos * quarenta ,, quatro
reis (9:644 r8.) de que é devedor
4 dita Fazenda Nacional, pro-
veniênte” ude (“ontnbulça.,o m-
dustrial, frespeitante ao anno de
1890, que lhe foi lançada na
repartlçã«) de Fazenda d’este
coneelho da Certã, e bem assim
os juros, addicionães, sellos e
custas que afinal se liquidarem.
sob pena de se proceder á pe-
nhora, em bens que sejam su-
ficientes para o dito pagamen-
to, e seguirem-se os ulteriores
termos: da:execução.

“Certã, 25 d’Agosto de 1891

Ah Escrwão de Fazenda,

‘ Supplente

Joao,anqugxg Braneo,,
í ert i eaxactdão

— Pinto d Albuquerque
ANNUNCIO,

(15* publicação)

ELO Juizo de Direito
d’esta: Comarca da Certã,
e cartorio do Hscrivão de
fazenda. supplente abaixo
assignado, correm editos

: de tribita dias, a requerimento

do Delegado do Procurador
: Regio; como representante- da
Fazenda Nacional, citando, An-
tonio dos Santos, – do Mosteiro]
— Fundeiro, freguezia da Vargea
dos Cavalleiros, mas auzente
êm parte incerta, em conformi-
dade com o diposto no/$ 1º da
art.º 10,º do Decreto de 21 de
Abril de 1886, para no; prazo,
de cinço, dias, comecados .a
Contar osrto dxas depois do ulti-
mo aununcio, mo DLARIO -DO
GOVERNO, solicitar guia é
DPagaur ma Recebemvna Vésta

Sels centos e timta é tres reis
ªb 33 rs.), que tante deve á
ita Fazenda Nacional, prove-
“niente de canmbulç.to indus-
trml e sello do conhecimento,
leapaltame ao aunno “de 1887,
“que The foi lançado pela repar-
tlçªo* de tazenda d’este Conce:
, é bem assim os juros da
.Mmora, addeccionaes, sellos’ e
“enstas que afinal se hquxdarem,
. Sob pena de se proceder á pe-
“nhora em seus bens que se-
Jam suffeciente para o dito” pa-
Samento, e seguirem-se os ul-

Ateriores /termos. da execução.
* Certã; 25 dA nwm, de 1891
E em João Úo’upumu Branco, ;

t uvestuarios.

ma Comare’a, a quantia” de p

escrivão, de favenda aupplvr e
que o subserexi doXo Joaquim

Branco,
ln » sB

Venhãuêl a exactidão
BPinkosd Jlôu querque
V 92 EMAA (

cmmmwmm_
RE NANACH

PARA OPOVO

Preço 20 réis

Muúitô necessario ndo” Ivrado-
res. Contem. os proverbios de
ÍA(IU:I 03 mezes e numa er, ‘(Yl’r’l
Préço para rev. 1Óeio cen-
&, PEl (*n)*l'(‘io
éis. Cento. 400 réis, pelo cor-
reio 500 réis E; Silva, rua do

Teihal, 10,— MISBOA.

300

A MINHOCA
almanach da 1892

Meigo gaiato é” divertido,
prefaciado pelo nobre Marquez
de Vallada. Preço! ‘6OFéis.

Vende-se em toda a parte
onde estiver á vendã. —
& Faz-se grânde abatimento no
preço a ” quemicomprar /mais
d’uma dúzia:” Requesições a“D.
Flauio, ruá do Telhal, 8 Lis.
boa. SAA o

& TODAS AS SENHORAS
?.Ã MPAIZ
Novo Met.hodo de Qorte

e maneira de gualquê ‘. ,se—
nhiora. cmfecczonar POFSUAS
proprias mãos’todos “os ‘Seus

344 gravuras illncidalivas so.
fbre’ «medidas», corte, etc.

Obxâ indissesável em todªs
as familias; –

Appello,aos chefes de fami-
liasso;,

Econoómia dumr*ahca e mora-
lndade %e!o trabalho.

Tlo. volume, 1llustrado,

—-7OÓ ,reis.

Remette-se * para todos os do cor reio, ou sellos hoatovª
Livragia Portuense de” Lo-
pes & C.º editores: :
Rux d Almada-149-2- 123—
L PORTO,.. Vende-se em todas as
Livrarias do, paiz.

an DOURADOR
c Joaquim Manoel da
l’omecw 82

Aldé—â dad Dez

maxima. perfeição. n’esta
villa e*xmmedmcões, por . pre-
ços convidativos..
Quem. quizer. adquírir um
tão util melhoramente dirija-se a esta, redacçªo, onde. se d?l.&
esnfmeuunentos_ Rs

pontos! do: -paiz, mediante yalle

anane;ra se de. tod,o—_[(»;_ é
trabalhos cercenentes á sua
arte.

í*ª?f*?ªi’ªi nos .

DE
” Campainhas . electricas
QIOLLOLAM-BE com à

é Mh

Aª:

lanoel 2 1. ‘ tujranda

‘%’i lãua d’Aleantara, 21
“LISBOA

Forneçe, todos, os artigos de pªrtcnces para machinas -=
calderrás de Vvapor:

Puls Muehos e bombas a vapor d’acção directa para h—u.rt
<]ºllª a gr A[LCS d.ulh(li
D do-se gratuitamente todas as indicações sobre maclánas’
Tmotoras e industriaes.

$ HFombas simples para pócços

; ; Tirando 1:000 jitros por horá 73000 rs:
; Í’ ‘4 « 1:400 » » 4 S O8GOA »
: « 000 5 » v EIBOOO «

TPE TD TSNAA 1«,;(,(:) «

Estes prêgos comprehendem. a valvula de suspensão.
te-se. à tubagem, de chuinbô em conta separada.
&s

Reme

RTA S T SAR MEN SNSA

RTA É
ÉL?;ÍÃ Hft V
DA3
‘isenhoras
PARA 1893
ANNO XKXE)
PORTUGATL E BRAZIL
4 Publicado sob a protecção de
Sua Magestade a Rainha
a Penhora D. Maria Pia
Illustrado com o retrato e
biographia de
GUERRA JUNQUEIRO
por

Aos proprietarios de Caldeivraz à Yopor

O proprietario. d aate estabelecim mto acaba de adequeriv. na
sua ultima vmgem ao —Ãnan«cuo 219F ÍV 0S vondrirem Por
tugal, do pó dezemeru shnte e “antecrustanto pare eeues cel
careas-salobras e aguas -do már evitando ter de picar caldeiras

e iormngau da cresta que as doteuma

©s mpg;sm Éã d1

[ COERERAO O d) PVASIO LOBATO

Borio

homanoe de grande sensação, dessnhos de
‘ Maánoe! de Macedo,’reproducções
1 ‘protrotypicas de Peixoto & Irm: e
t
Gmmmgõmâ D’A ASSIGNATURA

Em Llsboa e Porto distribul-s2 semanatúente um fasciculo de 48 do
ginas, on 40 e-uma phototipia, custando cada fascivulo a medica – quanti. de
bQ reis, pagos no acto Ja entrega.

Para 4 provincia a expedição será / feito quinsenslmente, com, a maxima
regl-lªfldªdª. aos fasciculos . de88 paginas e um phototvpia, cuelando cada
o 120 rêis,. franco de ,porte.

2 fóra de Lisbon ou Porto não se eúvia fasclenlo algum : sem. qué
prevmnem.e se ténha Fóvebidoio nsenimporte, que podu*á ser enuudo em

« estamplitias , valles do coxreie ou ordens de facil. cobrança, e nunea em sellos

[orenses.
As pessoas que, | ara economlsar porte do correio enviarem de rada»ver
a importancia de clneo ou mais asclenlos receberão na volta do correio avxso
de recepção; ficando por este’meio certos que não. bouve extravio.
| Aceeitam-se correspondeêntes, que deem boas referências, em todos . a

À tarras da provineia.

‘Toda na corresporideneia relativa “áos /eMystextos do Porto» deve ser
dirigida franca de porte, o gerente da Empu a Li.tte.mnia e Tvpographicá
150 ua de D: ” Pedro T84-Vorto. = ans >

VIRIA TO HERMINEO (Pscu,dommo)

GJ GD e

D AMAS/SNGAENTOS
6 Grines Nons Jnglizsa mm Lisbos

GRANDE ROMANCE FISTORITO DUI SLI&QACAO
6 VOLD’VIL ILLUSTRADOS COM 24 GRAVURAS

Os. Dnmns Sangrentos on Crimés d’uns inglezes em” Lisboa,
$ão uma bella produeção que prende. irr »elmvme Óó lextm,
armutundn 0; cheio de anciedade, atravez de todas as scena
até final, pois é um romance palpitante / de actnalidade, de dia-
logo .mnmdo, de’!urlpmºa fiagrantes de verdade, hdplhsslmo na
pmtum de L()qtumes, eheio oh situações, dramaticas, entrecorta-
do du mil peripecias hkablimente contvas md.n entre si.

CONDIÇULS DASS l(.U’ATHUhA

Por semana nm fascículo de 3% paginas, por BO róisscs AÀs

24 gravuras, bem como*is capas para mu(hum, gratiss.— Pu’-
centagém aos correspondentes.

1, Pedidos 4é EMPREZA HDITORA J

argo do Cl’l]’lé BHÍ’R(?,Í’;*(WÍU’I do :’w(y_*mv
EOVO.DISCIONARIO UNIVERSAL EORTUGZANA:

Linguistieo, scientifico, uíog vaphico, historico, ,
bzbho«*mpum;, 1uxtiologico, ;ete.
C'()VPIIADU POR
FRANCISO Dr AVIZES
Condiçõ”s 1da assigaaátura

NUNES & €.º

i do Dônro,, Iasboa

(“EH “’TZUI Y k'()

d

O Novo Dicsionarito Universal Portugneres conóm F4%
páquias , divididas ‘por dois voliunes, A distribuição sera feita em
tregás de 97 paqinas, tres vezes em cada mez. Podemos qarantr n
regumniadv- da publuacãn vmlo & obra estar eompleta, toda es(ewolvpxda
é muitas folhas Tá impressas: Us se nhmvs assignautes: não cortém
p(no o’perigo de hcm em ecom in el » COMO lantas vezes acom
tecel = – Em Lishoa &’ 0rto a distribuíção o &’ feita em dom Nas
demais terras do reino a expedição faz-se.pelo correio, xeçchdo -se anteci.
padamemeo importe de qualquer, vimero de entregas

: Preço dé cada entrega 120 réis
Fechada a assignatura o preço será augmentado mais
20 por cento.

Toda « correspondencia dirigida 208 editóres. e proprlemnos
Tavares Clll’doil) & Trmão, Largo de Cam 6€e8, 2. &

outras gravuras.—O A

a
:

ent

Eximar Correzão

Um volume de 326 paginias
nitidamente xmpzesso, capa ly
thographada a côres, contendo,
êntre outros;- os segumtes 1e-
tratos, acompanhados do texto.
elucidativo. Alda Peixoto— An-
tonio Felix da Vosta-—Antonio
Duarte—Angela Kempe Serrão
—Armelim Junior (dr)—Ar-
thur Venancio—B. Gaspar da
Silva— Conde de Paço d’Atcos
— Cyriaco! Cardoso— Diana : de
Portiers— Delfino Menotti—E,
Cosa-nova — Elvira Peixoto—
Freitas Gazul— EFránciseo
Sousa Coutinho— Ferreira
ranjo (dr.)—Gabrielesco—Hol-
lremam (dr.)— Izabel Vroque
Pinho—TIzaac’ Peral—Jorge.
de Labruyere— Joaguim Lopos. .
(patrão)—dJosé (D.) d)AImelda.
—João .d’Azevedo , Continho— «
Julio Soller— Lucele Chassauig:
—Léêo de . Affonseca—Marcelli-
no . Franco— / lercedez, Blasvo
—— Madame . de Poupodour —
Mauricio Sand — Maria Van
Zaudt—Peito de Carvalho —
Princeéza de Battemberg—Sllva
| Porto— Talazac— V

LMAÉ’
NACH DAS SENHORAS .
ecllaborado pelos pr rincipaes es-
eriptóres e insere , différentes’
tabellas, “conselhos “uteis, re-“‘
ceitas, anedoetas humoristzcas,
char a”a.s, logogriphos, enigmas,
annuncios, ete. Preço: brocha-
do 240— cartonado — 20.—A”
venda em todas as livrarias de
Lisboa é Porto.—Redacção do
sF Almânach, 118, R. de S. Ben-
to. .Faz-se abatnueuto para re- ”
vender. ; :543 mil e ama veitem
CONTOS ARABES

Edição illustrada, revista &
corrigida segundo as melhores
edições francezas
Cada folha de 8 paginas, 10
reis,—Cada chromo ou gravura
10- reis “Cada fasciculo sema-
nal, 50 reiso
Na proviuc sacA expedição
será feita quinzenalmente de
dois em dois faseiculos, pelo
preço de”100 xrs.

Em n
(‘ada volume, por assignatu-«
ta illustrado com chromos e gra-
vuras, 400 reis.
Estão publicados alguns fas-
ciculo. —Assigna-se na adminis-
tração do Recreio, na rua do
— Diario , de. Noticias 93, 3%

LISBOA

 

@@@ 1 @@@

 

ECstinginomar

‘ | | . BEMEDIOS DE ÁTRE
b P e

33 TUG le Y Vigor do ceabello de AJer,] mpede Qê
UM t É AENOS 1 cabello se torne branco e restaúra ao cabello gri-
ealho à sua vitalidade formosura.

Meitoratl de cereja de Ayer.— O reme-
dio mais Sseguro que ha para cura da tosse, bronchi-
Te, asthima, tubereulos e pulmonares.

Extiracto composto de sSalsaparrf:
fMma de Ayer, — Para purificar o sungue, limpar

EBE A TE DAA NDA DDA ENPE ENTA T TE TT

l T
EMPRBZA ANDUZTRIA

Y . . FSA
Sociedade Arnonyma— Responsabilid de Limitada
CAPITAL SOCIAL ERS, 450:000:000-—CAPITAL RrALIZADO R2. 1860:000:000
SÉDE-RUA DE LUÍZ DE CAMÕOES 115-S8ANTO AMARO, 1 ISBOA
Adresse telegraphico SANTAMA R O— Telephone Nº 168 Á O Corpo e cura radical das escrophutas.
ESm COSTONEOS e é e S 2$ o s Ô remedio de Ayer contra às se-
a j n L ; S : á , J FÕON —Febras intermilenies é biliosas.
Esta Empreza proprietaria das officinas de “construcções metalicas em S:m;n Ámaro, ªn’i Lp.n’ª’“ª e !””Nª’*(kºª que ficawm indicados são aliamente coucentrados de ma-
: _ . 3 – z : e rredóres, como nas f 6eiia que sahero baratos, por que um vidro dura muito tempo
carrega sé de fabricar, fandir, construír e collocar, tanto ém Lisboa e seus arredóres, < AAA E o ‘ Í o
provincias, ultramar, jilhas ou no estrangeiro, quaesquer obras de (»_-»..x-[.l;, qora constenegõesd , on . “gm”:.r cas de Ayer— O melhor pregativo; suave-
civis, mechanicas «eu maritimas. Acceita portanto encommendas par«a o fofnccimento de traba-
ã ” ateri « n É . s E las, escafdas à õ ê
lhos em que pred.ommem estes materiaos t.m.T como: tpllfado.s, 011](1/;;/’/116—*.,..(v(llnll’.._1, escadas Gl d a as ‘ªTtlÚ ª õ Íf É
varandas, machinas a vapor é suas caldeiras, idepositos para equa, bránbaos, vcios € ro- SSS É D £ BUOTSINT
das para transisissão, bareas movidos a vapor, estufas de ferro € vidro, JFogões, pontes
para estradas e caminhos de ferro, canatisacões, columnas, ete., ete.,
De tubª.’]’ª'” (Ie_/l’/’)’ufllu(/í’lu PArO “,”““U”w,”.ª’] de agua, gaz ou esgolo,gtem sempre Daratissimo porque um frasco dura
em deposito grande quantidude das duzensões do mappa seguinte, bem cómo as peças de liga- muito tempo.

À && o Tambem .é .muito util no tratamento
ção eorresponfentes. & o 1 RY de Indigestão, Ngrvoso, Dyspepsia e
dôr de .cúbeça, Preço por frasco 660
reis. e por dúzia tem abatimento.—Os
tepresentantes JanmMhíC% CamHOIS À

FOSAINNIISS SSA

Faz uma bebida deliciosa addicio-
nando-lhe apenas aguna e assucar; É
um excellente. substituto de limão; é

P A aA aaa aaaA |

Diametro interno

11 Comprimente em metros!, Diametre interno dl Cumprimento em metros

. RE Naaadia | ? | -.:.’.ª, rvuarde Mousinho da Silveira, 25,

iPellegadass Metros || — Total 1′ Um ‘?’ª””ª’ºc’ªd”ª’ IpIgtOR % Totat l UM i e»;i:;.L:;:::rt:iivg:;u:za ?e,;;nlz’il:iª:ar:(:

t T RA E Nc sa aa cod o aal —— s —— — –

| TE t) |ac o S NEAA o TE TE A
11/2] 0,030.] / 1880 | 1,822 | 6 | 0150 | 3100 | 3,000 | Eerfeito Desinfectante e

l 2 [ 0,050 ªf 1,000 | ª:ª’⺠| E gvl,gx; !l gv%gg Í ‘ãoºgg ; purificante .de JEYES pará
2:1/2/-0;062 . ]1….2,7150 | 2,6857 p o 1 s E desinfectar casas e latrinas; é an EAA

‘ 3 ! O,, 075 i 2750 : 2:68() i(i g,fígg À 3,1% Í :;,ggg P:,ªll? ;«’lâr ne[::;:: e:m;n::,fêiâ:íelmm para tirar górdura ou nodoas de rou-
Y 0;100/ | 2750 2670 | F , 2 )’ 3, 3, * Vende-se em todas as principaes pharmacias e drogarias,
5 1251 2750 | 2660 16 | 0400 | 3,100 | 3,000 k Preço 240;reis. – S HiO : i

Estes tubos são todos garantidos para a pressão de 10 atmospheras, fabricando-se .,para .as

maiores pressões por encominenda especial; e serão envernizados quando. o fregues o exija. A
Para facilitar & entrega de pequenas encommerndas de fundição tem amudeposito na Ruat t EEA
de Vasco da Gama, 19 e 21, ao Aterro, telephione, N.º 29, onde se encontram amostras, pa- : :
drões de grandes ornatos e em geral o necessario para Construções -civis, e onde se ,tomam d rªAº?: 31,5 : g;;;l::â::ea ;:Ílªti;lLz:d:hª:[:íã;âl.cnnºunG, deveriates
quaesquer encommendas de fundição. : H CONINOA S MAMITAEOS, f’Arâ:pendiàento Ni álo das JUAACNAA
“Toda a correspondencia deve ser dirigida á. : || «A Avo» «eMãs & Filha». : i

EMPREZA INDUSTRIAL PORTUCUEZA 1 wãffí?u઒âaiº:’l”&âªã#.;“âã’?W’.W? Seulos, em
«torno dos .tormentos .d’uma fidalga em quem a soberba ,etggu_ o

«b&ãmíw â«wagg_-_&ngm’maªà : %Éã:’ªefgãâªânªÃ?ª?â?;h&f:â&::.dosarinhosh;du: o R meia vida dos.velhos. « p d
Fsç : Mãe sem filha… avó! sem neta… tal é a esmagadora Syuthese dos
Leopoldo Slapleau:t fl ª [S TAndescriptiveis pezares d’essa orgulhosa, só muito «tarde santificado pelo
: ta Lstk la

arrependimento e pelas lagrimas—lagrimas terriveis que farão vibra de
enternecimento todos os leitóres de coração. — – S

05 GOM?ANHÉIROS D º ? UNH’AL . o : : Brinde aos âssignantes — ”
a ANA E DAA Bi P ERANÇO A aa aaa aartat ta aa mi fódae o o
7 õ À L í . s o A CBNdAde B X mmcercio em
Cradutção de Asencis Salones : S AENA Aul ee u taa fó aA SO COMRCIÃO. em
: FSA PEA Deposito de tabacos, vi-f :Pedro 1, o thenaro de D; Maria o Casteito de S. Jorge,as ruinas do Car,
$ LLA g veres fan querias fazendas ele. Mede em estenção 72 por 60 centimetros, e é incontestavelmente a mais

Os companheiros do annthal», esciiptos pela no.avel penna do romancis- :Pªl’fªlª’l vista de Lisb”a, que até hoje tem apparecido.

13 La: Stanleaox, 0 segoundo Punson do Terrail, um outro Alexan ire Dumas de 1ã e S_édª,’ºhªp_ººª ferra- Condições .da assignatura ;

paes e diaquellos livros que desde o principio prendem o leitor qunto ex | sem,qinquelherias, papel,] * Cada caderneta 1 de 48 paginas e uma estampa 30 réis, pagos

traordinariamente possivel, €ão bem escripto esta e tantas são as scenas que | vB llatos drovas, tintas -acto da entrega. *

apresenta da maior sensa-ão. ANT ds ED ‘ Astigna-se. na em preza caâictora Belem & C.r—Rua da —Pausu pc
«Os eompanhe ir_on do punhala, e a obra muis potente de Lel., Ida, Sta- Vete, t nº 26-=Lisbea, õ

pleaux, o svinpathico áucior de tantos romauces que Portugal ainda desco- Agente 8

nhece. DA

Nunca a sua imaginação audar e Drilhante se vevelou tão eficiamente

Y .
eomo na espantosa concepção diessa palpitânde biséoria dos «Lompanheiros (:Ompan,hza de Segm”os : “ ,ms m e
do purhn?nlio Navriada, A4ão fertil em peripecias dramaticas e que reve- Í (ÍIS T]B]FZ m IÉJ ]Em S

i . F Probidade
lam um drama «anvsterioso que nos commove € «captira, ó ‘ S o
Condições d’assignatura ; Empresa Pltt”ªfiª |
Publicar-se-ha em cadernetas semansges de Íí ff)ll]as BS b Fulminense 1 “AFEXANDRE DUMAS
Paginas, ou de 4 folhas e uma gravura, pelo. modieissimo pre- Rúx do Vallo 3t.adto Á. a
o de DO: réis. ; SS ?Rua NiA : “ ,EDIÇA%(/.ILLUSTRA-DA COM MAGNI-
RA R A C A RD AÇAr d ESSCERTÃO FICAS GRAVURAS E EXCELLENTES CHROMOL

CAVALHEIROS— Um dos melhores álmanacks para 1892 sa CONDIÇUES D ;
õu tm bello kalendario em ehromo, ou um prato de faianças, Ç A ASSIGNATURA

á oIco q S á ; :
F0 Bainee o aaa onh D om Égªa ,.ãhªhª ss ,l.ª.—OS TRES MOSQUETEIROS publicar-se-hão a fas
Aempreza dá 20 c. p. a quem se responsabilisar por 10 PE PNS cieúulos semanaes,os quaes serão levados gratullamente a — casa
‘ E ussiguaturas : ” dos ªãfª-‘ª’ªªlg”ª’ªs has terras em que honver distribuçção orgaf —
Pedidos « GUILHERME MELCHIADE À : nisada. :
LISBOA– Rua do Moinho de Vento, 1, 36 5— 1, , CARVALHO 2— Cada tascleulo consta de 4 folhas de 8 paginas, to

AA A ESIAS mato e papel de «Monte-Christo», e.-de uma excellente gravus –

EUGENIO SUE se ‘u:;) vcnria«ro;!:::il:;leeln:; :e’ fnaona ES A ISEDAPRdo om de um chromo a 12 côres. Haverá alem
aa —— das-brancas de aigodão linho, e se- d’isso f“llt㪠g”ªV“㪪 lntãmaâadr no texto. S :

: = = da, mercestia, ferr: . quingui- Y. —=U preço do cada fascleulo, não obstante a
W’ã ãgâtetwã bº ’29 DO ; ll:eia”;_”iínhº, solhr. lclgl?:?lo.ãço. fer- * quantidade de materla, a nltidez ÃZ hlfas atrãos “E;ãg:

Faplendidafediícião illustrada com RT00 grascroas ÉÍ’XQÃÍLÉ?É&ÓÍÉZZÍÃÚ.TÍÉÉ íeH;’o ‘_lu.u;ª -lcomzegu]r excellentes gravuras e magnlficos chromos,
Esta obra magistral do immortal romancinta, Eugenio Sue, | ta para algibeira.-rewolvers, espin- “P“Z“n de 10 rels, pagos no acto da entrega.. ; .
appareceu agora em edição popular « 0(09 réis cada fascieulo | gerdas, lººãu,-vgdªos. camu»d;:z— ; -r—]:ªf?.ª às próvinelas, ilhas e possessões ultramaris
semanal, iBaustrada com 200 «magnificas gravoaras .intercaladas | Tº e louça de. cozinha em ferro csmal- | NAS, .as remensas são franceas de porte.

tado, étc. ete. . ete, ‘D.*—As: pessoas Wdas :
E n d d to E E 7 que desejarem assignar nas terras . em
o o CCONDIÇÕES:DA ASSKGNATURA Agenta da “Comparíbia de se-| que não haja agentes, : deverão remetter sempre á Emprezaá &
Em Lisboa—Um fascigwo semanal de 16 paginas em 4.º 8 =TAGUS= lmPºTfªm㪠adiantada de 5 fasciculos. :
grande, duas clumnas, pago no-aéto .da entrega, 60 reis; na EA ee Toda & correspondencia deve ser dirigid á EZA
Provimíia———fnmiclhºs .qu,imenaes de 32 pngm:m:2 .a,diantudm,nm.. Kua Serpª_Pmto LITTERARIA FLI?MINEI&E,’ÓHE ªªiwríidªo A.EÃ.HI:RAE Su
te 130 reis. : ==CERTA == vaLogo—Rua dos Retrozewros, 1— LISBOA