A Comarca da Sertã nº418 02-12-1944
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DIRETCTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
Hºtas soes
Azeite e lagares
. pão, n6 aqéite é no qvinho
É encoNMITAN 08 Delrões da
Beira “Baixa à Sua inalor
ríqueza e os melhores motisvos da
sun aclividade,
Na cultura do pão, do a
te é do vrinho, elementos esser=
cigis da alimentação da sua gen-
te, restde a mais abundonte fom-
te de Irabalho da boa terra
beiroa,
O pão, alvadio € ,.”nfa OU . ESCUro
é endurecido. que a Deus se pe-
de para cada dia, da trabalho
fpor veçes Dem duro trabalho)
ao homem durante quási deis
anOos em cada colieita ; 0 ateite,
tempéro da comida, mézinha que
cura, amacia a lãá, arde nos
tlampadários du Pálria e das
lgrejas e alumia vivos é defitn-
– tos, ocupa homense mulheres na
colheita da aseitona, e na faína d
ou [rega dos lagores; e o rinho,
tínto, branco ou palhete, incara-
Celeristico ou / de tipo acreditado,
o alegre vminho que, no diger do –
Eoóro, «dá vPista dós cegos, jala
dos Iinudos e pernas dos: aleiia
dos» / oferece também trabalho
quasi sem fn na poda, n cava,
na enxertia, na estorraiha, na
empa, na ol é na víndimoo,:
1 Ne a problema na . cullura
dus) cereais Cespeciatmentê do
Trigo) não – Tem unonimidade de
tPolos quanto ds rPantagens eco-
cndómicas da exploracão, o mesmo
não pode dizer-se qguanto 4 das
oliveiras e das videiras que pa-
Frecê ferem aido . especiolmente
criados por Deus para frufifi-
carem, por mádas e variados
castas, em ferras de Poríiugal.
(nLtnugrifla da Beiras, vl vol., dr;
Taime Íúpu DIEIB]
o
H dos mais curiosos meros
de auxilio projectados pe-
los americanos d porula-
çán da Europa, sacrificada pela
Qerra, e que vH 08 seus lares
destruídos pelos tbombardeamen-
fos, Comsiste o envio de cosas
desmontápeis, to NUIMerosaS que
podem constiluir cidades infet
ras,.
Muiltas vão já ser 1remetidas
é oulras, milhares concertega,
séloão no fim da guerta, Fs
sas. comsiruções podem mesmo
transformor-se em deftnitivas,.
Fsta guerra apresenta ver-
dadeiros prodigios: depois do
fabrico, em série, de apides e
“API0E SHFBEM ds casaso de .i’màz-
tação.
Asfinal, fudo i8to é o mila-
gre da relocidade, uma das com.
dições essenciais p:m triunfar,
Dr.
Dr.
—— EUNDADORES — —
mDT Jnigú Carlos Ehrhardt —
Angoelo Elenrigques YVidigal
Antóúnio BPBarata e Silra
José Dorata Corrés é Silva
Eduardo BSerata da Siiva Corrêa
o traçarmos estas linhas, já são co-
nhecidas, em todo o País, as linhas gerais
da grande cruzada de solidariedade social
lazar sob a formosa expressão de «todos o5
que podem em favor de todos os que pre-
cisam», espécie de silogismo em que se con-
densa e patenteia todo o amôr das almas
cristãs pelos seus Irmãos desafortunados, no
alto e nobilíssimo pensamento de consolar
tanta miséria e tanta descraça, que, às cla-
‘Tas ou à ocultas, se estadeia por tôda a par-
te de mistura com uma grandeza e um luxo
insultantes e aftrontosos,
— aS&ocçorro de Inverno»s! «Sim, Socorio
de Invernos se chama a esta campanha de
caridade ou de beneficência, que tem o per-
fume inebriantedas rosas, como aquelas que
surgiram do reeaço.da Raínha Santa Isabel
pela transformação. miraculosa das dádivas
destinadas aos pobrezinhos amparados pelo
coração-da bondosaá e excelsa “Soberána!
«Socorro de Invertios, que não há-de
ser ficção, mas. reslidade. consumada, por”
que é agora a cpoca de maior infortúnio pa.
ra o indigente, para o pobirezinho sem eira
nerm beira e até para o humilimo trabalha-
dor da terra. à quem. nóm sequer o esforço
do braço. pode valer e aós seus porgque aàs
chuvas e as neves o privam, semanas e se-
manas, das lides do campo e a inactividade
traz consigoó a fome; o frio e todo o descon-
tórto. Com o desespêro na alina, perante a
tortura de sofrer os impetos que o arrastam
ao trabalho doro da cava e sementeira da
terra, -donde tira o masro sustente da nrole,
o rurícola é, a-final, quem mais scíre neste
lúngú perícdo de Invérno: a um mau e quá-
si constante passadio, sucede se tóda a mi-
séria é Deus sabe quanto ela lhe há-de cus-
tar a passar, porque 05 outros, o5 p:::l:nrf:».
de Cristo, velhinhos, doentese a]euadcº;
“tapares de angariar o pão, conformaraino se
de há muito com a sua nedra sorfe e já sa-
do «Socorro de Inverno>, definida potr Sa-
Bar áe Gomer a quem tem fome…
bem que só a compaixão alhela, a esmola
dada lá de onde a onde, lhes serve o bálsa-
mo à tanta agrura!
Qre todos os que podem devem daz a
todos 03 uque precisam, sem dúvida, é as-
sim mesmo, Dar com o coração e com a
consciência. Com o coração, porque a dá-
diva deve levar inscrita-a lesenda da Cari-
dade, do amôr. do próximo, sêm ostentação
e vaidade, que lhe tiram tódo. o valor; com
à consciência, porque o socorto vai além
dos ditames doe coração para se integrar no
dever: social que a tados nós incúmbe de
minórar à miséria dos que sofrém os infor-
túnios. da vida, quási sempre consegitência
de uma fatal:dade inexorável, marcada no re-
gaço materno, no. alvorecer da vida, com
cacárneo demoniaco, na condenação Brutal
e arrepiante de que a existência: há-de ser
eterna . erilheta.
Fatalismo a que muitos homens não
podem fugir? Eu ser lá! Mistérios,
Nias que tóda a gente de boa vontadeo,
todos 05 que têm um pouco de pão à mais
ou- um trapo esquecido ná arcá avoenga, os
repartam, agora, pelos Jessraçádos a quein
tudo falta : a côdea para enganar a foime e a
roupita para tapar as carnes 4o léu, arro-
‘ xesdas pelo frio inclemente. E hátantos irmãos
nossos a debater-se na. mais cruciante e
pungente miséria, recolhidos no tegúrio hú-
mido e frigidissimo por não haver uma achaá
para .a fogueira !
Pão, roupas, lenha, de tudo isto devem
dar um pouco 08 que podem, correspon-
dendo com galhardia ao apélo do Ciovêrno
Para que o =« Socorto de Inverno= résulte efl-
cas, na demonstração duma. solidariedade
inagnífica de todo o amór humano, nã con-
solação plena das almas cristãs, às quais
não pode ser indiferente o sofrimento da-
quêles «que, em voz torturante, imploram
Misericordia,
Eduardo Baratao
Pójinitose,
MtNisicrio
Dojs apélos :
pritmeiro, à tulher por-
tuguesa, lepiífima aepo-
U GImissSaD
do « Ssocorro de IÍnvérnos
no am 24, NO
do Entferíor
tirgantzadora : H_r] cerfas pessoas que só se
lembram: de devólver &
fornal quando, inuilo de-
com 5 pais de’o reberem, se lhes apre-
ITÚ
suaária. do fé e da caris
dade. HEMIISCCHIAF que nas rai
nhas Santa liabel e l). Leonor
liveram a expressão MáXoNA,
Pporoa que secuwnde e acorinho a
intetativa com q seu proveróial
drandiçza de ânimo; 6 segundo,
ds centenas de pessods, quê fém
oferecido 05 seus próstimas para
g.*u:iú O queoseja preciso e ds
quais não se fem agradecido por
. impossibilidade de a fodos agra:
decer, para que . lIraduzam o
teroso . oferecimento nq m«e!.%or
»Un!r:ãmcm que nesta cmergm-
L.I-tl- padem Aar o rejintr TÉ’CHF’EÚS
Ppara o pobres; assistir, mate-
rial e espiritualmente, aos ne-
“Cessitados ; saHear ds cangsas pro-
dutoras dos efeitos deletérios
que arrHINANMI q nossa sociêdade.
FE, assim, continuaremnoss.
(Cêclacação do Ministro do Incé-
Tior no acto déê possé da Cnmlasaa do
Socerro de Inverno).
fim de nHoOMear os melnbros das
Sub-Comissoes de angariação de
Jundtos e dêe Bropaganda e com
Pista a entrar cimediatamente
NUNHE fASé prática aa campantha,
Hegutdgmente proóceder-se d
à eboolha- das comissões. . aistri
fais da prestaência dos gorerna:
dores civig e das comissoss com-
celnias e paroguizis que lerarão
afé aus TAGis serlanejos logares
à nustica da fnteratipa e fóda &
sua grandeça e beléeza moral.
ªíà
AEM céfovido inmilo . bem,
e Hina chura mildinha é cons
linka, quêe, se nos falíica MM
Fotco pela Shãa persistência,e, é
nó entanto, de arande titlidade
Fara a /igriculinra, E é 18to
que inferessa,
senta o Fecibo & ;,agammm gru.e’
devoltein, ignalmente, com um
deselunte que Hler fica a carde-
fer |
Terem à borla, aprosesta-
vém-se, descaradamente, do. es-
Fórco alheio, é realmente práti-
ED E BST Nnada custa PIDeri, .
20
0 entustasgro Bela caça, na
HNOSSA J’Lªgír?n, parece ter
drrefécido e neMm messmo
us primeiraos churas deram ant-
mo a maltos Aevotos / de Santo
Fumberto, oU porque as ingmi-
cões, São, caras en demasia. om
Dorgue a fartura de coelhos e
pDerdizes jád não É que se espé-
rOrA,
Q cérlo é que malas cação
deres arrumarao ao. canto a es-
Cuveta e cr:r!’nche:r’a PAFa uma
frégua mespemda
f Eduardo “Barata da Silva Correia Úf.-“:m-:ls Gráficas
& S nEa o E da Ribeira de Pe-
; E Rr- HAI;W_[ E ADMINTSTE ÃD— : “ª’_L_F”ÍJíº ã
Si lRUA SERM PINTO – SEHT.P. SNE
= PUBLICA-SE A0S 595?1)05 Telefa: a16
ANO 1X | feidomdiro regionaíista, indogandenta, | f É BES dNS
MN.O4I8 EE Pruen d-a-Nova & ªána d Bu r&guasms na Éãâ’hÉFlÉuú 8 La!d,gns (du m]ncal*m f fáauau) —— 16044
‘…alápis
Ú”& Aliados deséncadearam
uma ofenstva de grande
enverondura na frente oci-
dental, que vai do Mar do Neor-
to à fronfeira suiça; eritânicos,
americanos e jfranceses, dispor-
do de fantásficos reckr$os, inres-
Tem com rrolência ilgual sobre
objectivos marcados e sabém
quão Uura E a lula porque os
alemães estão defendendo, com
uhhas e dentles, fornas considera-
das vítais para 0 prolongamer:
to da resrsfência, aqguelas onde
Se CoNCEXÍPAN AS TMAÍOreS Cique-
148 do subsolo nocional. Além
disso não [hes falia o ámiino,
que chega ao fanatismo, para
defender o solo palrio da inbos
$são inimiga, Neste infento, a
Força, d audácia e & coragem
germaânicas devem . multiplicar-
se ne forna assambmsa, tanto
Wmais que os alemães ja Sabera
que outra coiso não podem espe-
rar e não à rendicão incondt-
cional e 150 a7 ludoss.
Por sua véz, 08 Altados que-
rem terminar, de vez, comotanta
carmficina eagora Rd que em
penhuor esforços gigantescos e
quiçá sobrelumanos em fal ten-
falira.
20
Ó Gopgérno GPh de LiSboS
estád resolvido u êexpurgar
a capital-dos rapaçes dêés-
validos, isto é, daquéles filhos
das tristes erbas, que, não lendo *
etrra nem beira, passando forne,
frio « tfoda à costa de mulrias,
cedo se transformariam em va-
gabundos peérígosos e, daí, a la.
drões e dssassinos só resfaria
um Fpasso !
E quemedidas quere por em
execucão e Govéreo Cunf para
êsse efeilo? Dando ( Esses dege
gracados, primeiro que tudo, o
pão e vestudrio necessarios, e
conforio u que fem diréito todo
o ser finmano e, depors, procus-
rando cgarantírelhes Irabafho,
coNSOANie ds POcações inAatos, o
trabolho que redime e fregenera,
contando, POAra 1850, COM O Qi
xitio do comércio, da indúsiria
e de fodas ds emprésas que vt
vem da acltivídade do braco, –
tla campanha de regencra-
ção, que , a9 Gnesmo tempo, de
revigoramento da raca e Iraduz
uma alta finalidade educaltiva e
sOCial, HIerecê O apolo imeondoe
cional—mas prático e aciivo—
de todos 05 portugueses de bor
voNÉade é Qld o sem Síncero agra-
decrmnento.
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A Comarca da Serrtã
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(Recorte esta Tabela para referência futura)
Horas Estações Ondas Est Ondas Est. Ondas Est. Ondas
18545 WRUS 198 WRUA 524 WGEA 25,3 WGEX 16,8
19495 WRUS 198 WRUA 254 WGEA- 253 WGEX 16,8
20,45 WRUS 198 WRUA 254 WEWR 23,1 :
21,455 WRUS 30,9 WRUA 396 WLEWR 23,1 WGEX: 314
a (1/2 hora de programa especial)
2294 “ WEWR 2375 WMGEX 314
Meia hora de not. coment. e Música
2342 WODE 3n WOOW 38,4 WGEX 314
12,4? WOOC 31,1 WRUA 39,6 WOOW 384
A «VOZ da AMERICA»> em português pode ser também escutada
por intermédio da «B. B. C.», das 18,45 às 19 horas.
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de era o antigo correio do
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Dirigir se aos interessados.
: – Vende-se. Hori-
PIÚHO zontal, uzado,
armado em ferro.
Informa-se nesta Redacção.
—do pacto
Companhia de Viação
de Sernache, Ltd.º
Faz público que, devido a
continuar a Jutar com a falta de
pneus, e por virtude dos que fo-
ram distribuidos já se encontra-
rem em mau estado de conserva-
ção, resolve reduzir, temporària-
mente o pêso dos volumes. ——
Todo o passageiro tem direi-
to ao transporte — gratuito — de .
20 quilogramas, podendo ainda .
efectuar o despacho de um volu-
me com pêso nunca superior a
10 quilogramas.
Este pêso (10 quilos) é exten-
sivo a todo aquêle que, não sendo
passageiro, pretenda despachar.
Avisa-se ainda o Ex.”* públi-
co de que a Companhia, atenden-
do à dificuldade de transportes,
não se responsabiliza pela demo-
ra dos despachos e conseqúuente-
mente, deteriorações.
Sernache, 6 de Novembro d’e
Tel: 4 4588 –
* PEDRO DE OLIVEIRA * jnó vines da Sim
o : , J N d S
o DOURAD N : T —
i’%$ s OR PRTOR T ADVOGADO
m n:- mm º m e
% . ERTA :: %% Rua do Crucifixo, 31, s/loja
: : LISBOA 1944.
ª_â DOUR_AM-SE e pintam-se todos os trabalhos concernentes à arte &lrô : 1
y religiosa. Douramento em altares, a ouro fino, prata e doura- ºj_;k? —
ê!ã’; d%%jDhÁ[oKleatªã à brunidos. j e : o :
: DE TALHA — Tribunas, altares, castiçais. Q5 :
W toceheiros, banquetas. cadei iai À is : ic R v ] a
-,%,. e guardaven%os, eíc.c:’xetecl.ras paroquiais, estantes para missal, cadei —í)lkª; u c a n ‘ z a º ra
Z[lç FINGIDOS : à todos os marmores e cadeiras. ê’yb E .
R J Í
â][‘). INTURAS: Bandeiras em sêda com artísticas pinturas para ir- ,3%(;. r’u,,fan e
T íª?âla%ªdlgis n;tur[ãâlg“mAçrA(b) a damãscoõ . Côre& pâóprias ePesco- ‘,ãíê DE
. abuletas de Vidro adeira ou Pedr Ã
&I.CG PINTURAS e retoques em imagens com e,smeradgacabamíntã: ÉIÚJ COSTAº MATEUS & IR,MA;O’ ‘.L’DA
RE aa – ; e Exsêlâtam todos os trabalhos de Vulcanização em Egeus
al PBSSÚHI hªb”lmd[] e Se ÚBSÍÚGH à n al e Câmaras de ar; com a máxima regurança e rapidez
; é 0 ; 2
e 1 . d quªlquef DÚ“ÍÚ to pais T Colocam-sesarames em pneus de tôdas
VAA i o al as marcas e medídas
c uto-pintura à pistola, pintura e reparação em aut i iA : à
í]? balhos à prova no a;strz% de Cast%lo Bráfio, Sasíréo Colluno e – ENCARREGAMO-NOS DE RECAUCHUTAGEM
| xuarda. Irabalhosna Exposição do Mundo Portuguê Na- ATti átri
àá’ portugal. Executam-se todos Qsçtrabalhos que respgit;;%uàeârtª rg?igioª. %—% Ǫmpº dos Martlresda Pátria, 115
IL18DOS
Escritura
L—avravda aos 6 de Outu-
bro de 1944, no livro de no-
tas nº 71 a fôlhas 54, pelo
notário da comarca da Sertã,
licenciado Lino Pinto Assalí-
no, com sede de cartório em
Sernache do Bonjardim, sito
á rua dos Pinheiros.
RECTIFICAÇÃO :
Aos seis de Outubro de
mil novecentos e quarenta e
quatro, em Sernache do Bon-
jardim, perante mim, licen-
ciado Lino Pirto Assalino,
notário da Comarca da SertÃã,
com sede de cartório em Sera
nache do Bonjardim, sito á
rTua dos Pinheiros, e no refe-
rido cartório e perante as tes.
temunhas adeante indicadas e
no fim assinadas, comparece- .
ram como outorgantes :
Primeira — Dona Maria
Celeste da Mata Vaz Serra,
casada, doméstica, residente
em Sernache do Bonjardim;
Segundo – aAntónio. Nunes
da Silva Mata, casado, pro-
prietário ; –
Terceiro – Libânio Vaz
Serra, casado, proprietário e
industrial ; :
Quarto — José da Mata
– Vaz Serra, solteiro, estudante
e proprietário, todos residen-
tes. ignalmente em . Sernache
do Bonjardim; Reconheço a
identidade dos outorgantes
por serem todos do meu &o-
nhecimento. pessoal:; .
E por êles foi dito: .
Que por escritura lavrada
aos vinte e dois de Setembro
de mil novecentos e quarenta
e três, nas minhas notas, no
livro número sessenta e cinco
a folhas vinte e quatro, os ora
outorgantes fizeram alteração
social da firma
«Companhia de Viação de Ser-
nache, Limitada; Queê nessa
escritura de alteração de Pa-
cto Social se disse «que por
escritura de dezanove de Mar.
ço de mil novecentos e vinte
e sete, lavrada nas notas do
ex notário de « Sernache do
Bonjardim, António: de Oli.
veira Gomes, constituiu se
uma sociedade civil por cotas,
denominada Companhia de
Viação de . Sernache, Lámita- .
da, com sede em Sernache do
Bonjardim, com o capital so-
cial de quarenta e um mil es-
eudos, inteiramente realizado
e de que faziam parte vários
sócios, enjos nomes aqui se
. dão como reproduzidos ; Que,
porém, dessa escritura de de-
zanove de Março de mil nove-
centos e vinte e sete, efectiva-
mente consta que o capital
social era de quarenta e qua-
tro mil escudos e não de qua-
renta e um mil escudos, como
na escritura de alteraçõão de
Pacto referida foi dito; Que
assim e por esta forma fazem
a presente réctificação para
todos os efeitos de direito,
O Notário,
— Lino Pinto Assalino’
Aproxima-se. o Inverno!
Os fogões «ALASKA»> asse-
guram-o perfeito aquecimento dos
vossos lares, Podem ver-se nesta
Redacção. . :
Agente na Sertá— EDUARDO BARATA.
@@@ 1 @@@
Comarea da Serta
ciação dos Bombeiros
Contas das festas levadas a efeito pela Asso-
Voluntários da Serta
-13 » »
» Pa o » DS
Baile do dia 20 –
» » dia 3 de Setembro .
Dicersas veldas . + . à .
Donativos em dinheiro . – .
Venda da cerveja que sobejou
2s eA
Soma a despesa comprovada por
cumentos . . . –
Saldo líquido para a Associação.
bíquido, .2
ro, oferecidos para as fogaças.
Produto do dia 23 de Julho . .’
» n 2b s E
» » 30 » d .
» MD Ode Agosto .
Venda de géneros de algumas foga-|
(a) Nesta verba estão incluídos todos os donativos
Não é descriminada a despesa por ocupar muito espaço, no
êntanto encontra-se á disposição de tôdas as pessoas que a dese-
jarem consultar, na sede provisória desta Associação. :
Pelo Presidente—o Secretário,
5.319875
422300
4.0964820
13.8458$30 (a)
4.759$815
1.123800
1.794$00
2.232850
806890
5.388$60
1.058$70
: 2.09460$40
do-
28.917$05
15.742$85
44.600$50
414600850
15.742885
em dinhei-
Pela Direcção
Manoel A4. Santos
ú Reforma do ensino e
— exames liceais
O diploma legislativo agora
– publicado no «DBiário do Govêr-
no» pela pasta da’ Educação Na-
“ cional que remodela por comple-
to o sistema dos exames liceais
e de admissão aos liceus, dispõe
em resumo o seguinte :
— Os exames constarão de pro-
va escrita e de prova oral em tô-
das as disciplinas e de prova prá-
tica naquelas que se julgar ne-
. cessário ;
Os pontos são organizados,
– separadamente, em cada um dos
– HNecens:; :
Findo o c«anonimato» das
provas ;
Qualquer destas é elimina-
tória ;
A classificação média e mint-
ma de catorze valores nas provas
escritas e práticas, dispensa da
parte oral ; &
— .Nos casos de eliminação só
‘ cabe recurso das provas escritas
e dos trabalhos práticos.
E’ êste na essência o .conteú-
do sumário do diploma legal re-
ferido que o Ministro da Educa- *
ção Nacional ficou autorizado a
regulamentar.
Pdbdde DTA 2EA EEA
FEIRA
em Progença- a-Nova
Realiza-se, no próximo dia
17 (3.º domingo do corrente),
uma grande feira em Poença-a-
“Nova.
““Uma «ltoilette» distinta
– só com bons tecidos
da casa –
“Samaritana,
Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR .
Grémio da Lavoura de
Sertã e Vila de Rei
Em sessão de 11 de Novem-
bro foi eleita a Assembleia Ge-
ral para 1945, que ficou assim
constituída : presidente, dr. Al-
bano Lourenço da Silva; vice-
presidente, José Joaquim Lou-
renço; 1.º secretário, Augusto
Justino Rossi; 2,º secretário,
Joaquim Nunes Rodrigues.
ES OTIAOS EE
Qs amigos da “Comarca,,
Pelo sr. Joaquim Mateus, de
Lisboa, foram indicados, para
assinantes, os srs. César Estê-
vão e António Barata.
Agradecemos.
t$6 EOo Hc ooees
Necrologia
D. Maria Georgina Bár.
tolo Ferreira de Matos
No dia 20 do mês findo fa-
leceu, em Lisboa;, a sr.º D. Ma-
ria Georgina Bártolo Ferreira
de Matos, de 58 anos, natural |
desta vila, espôsa do. nosso
amigo sr. dr. Bernardo Ferreira
de Matos, Conservador do Re-
gisto Comercial de Lisboa, mãe
estremosa das sr.º* D. Maria Jú-
lia Bártolo Ferreira de Matos
Horta, casada com o sr. dr. Jo-
sé Pedro Horta, médico, e D.
Julieta da Silva Bártolo Ferrei-
ra de Matos e dos srs. dr. Ber-
nardo e António de Azevedo
Bártolo Ferreira de Matos, en-
genheiro agrônomo, de Lisboa,
irmã do sr. dr. José da Silva
Bártolo, Juiz de Direito e cu-
nhada da sr.º D. Maria do Car-
mo da Silva Bártolo, da Sertã,
O funeral realizou-se, no
dia imediato, para jazigo no ce-
mitério dos Prazeres.
A tôda a família dorida apre-
sentamos as nossas sentidas
condolências.
Câmara Mumcip:aí ”
da Sertá *
Foi aberto concurso para o
provimento do logar de Chefe —
da Secretaria da Câmara Muni:
cipal da Sertã. o
ATRAVÉS
f/ê %WZ[JZÚZZ
Madeirã, 16
Encontra-se em construção o
muro derruido que se encontrava
defronte da igreja matriz confor-
me a «Comarca» anunciou num
dos seus últimos números.
— Fu feita terrcaplanagem do
adro da igreja matriz, sendo as
despezas custeadas por subscri-
ção feita entre alguns membros
‘da colónia Lisboeta. Bom seria
que. o mesmo se fizesse para re-
paração do muro que tão neces-
sitado se encontra.
— Encontram-se em péssimo
estado parte dos caminhos vici-
nais desta freguesia, já há anos
que são mal reparados, e êste
ano chegou-se a esta época de
inverno sem se proceder a qual-
quer reparação, o que bastante
prejudica os respectivos cami-
nhos, pois se assim continuarem
depressa se tornarão intransitá-
Veis,
Pedem-se providências a
quem de direito.
C:
E aa eeA
Casa do Povo do
Pêso
Nos passados dias 19 e 21
procedeu-se à eleição da Dire-
cção e Mesa da Assembleia
Geral da Casa do Povo do Pê-
so, para o triénio de 1945/7,
. apurando-se o seguinte resulta-
do : Direcção — presidente,- Al-
berto Deniz da Silva; secretário,
Abílio José de Moura; tesourei-
ro, Sebastião Ferreira Martins
Novo. Mesa da Assembleia Ge-
ral — presidente, Manoel Fari-
nha Portela; secretário, Ernes-
to Dias; vogal, José Farinha.
Grupo de amigos
da freguesia da Madeirá
Na sua reunião de 8 de No-
vembro, a Direcção teve o pra-
zer de receber a visita do seu
ilustre conterrâneo e amigo,
“Exm. Snr. Dr. Albano Louren-
-—ço da Silva, distinto advozgado
em Sernache do Bonjardim, o
qual teve palavras de louvor e
insitamento para a Direcção, e
referiu-se com reconhecida au-
toridade, que a Direcção muito
apreciou, a orgânica do Grupo.
Tomou conhecimento dum
ofício do Conselho Regional da
Casa das Beiras, em resposta
ao pedido formulado pela Dire-
cção, para ingresso do Grupo
naquela Casa, cujo pedido teve
merecido acolhimento pelo re-
Fferido Conselho Regional..
De harmonia com o mesmo,
a Direcção do Gruvo resolveu
ingressar na Casa das Beiras,
o que fará depois de concluidas
as indispensáveis formalidades.
Apreciou também as cartas
enviadas pelos srs. Venâncio
Mendes Alves e lIzidro Dias
Garcia, da Madeirã, os quais –
se inscreveram como sócios, e
formulam votos pelos progres-
sos do Grupo.
Por último foram aprovados
35 sócios.
ii utoclo o & E oc o ol ee
Boa viagem
Embarcaram para: Angola,
o sr, João Lourenço Tavares e
espôsa; para Moçambique, o sr.
engenheiro – agrónomo Alvaro
Martins da Silva e para o Con-
go Beiga, com seu filho Manoel,
a sr.º D: Isaura Sousa, espôsa
do.sr. Francisco Casimiro, que
ali se encontra há anos.
dades é o que desejamos a
todos..
Silêncio-
Se a palavra (nos dizem) é de prata,
O sillêncio decerto que é de oiro;
Este ouve e cala, aumenta o seu tezouro,
Aquela em cousas mil se desbarata.
A palavra, por vezes, arrebata,
Mas o seu brilho é pouco doradouro,
O silêncio, com ser imorredouro,
Não peca por mentir nem se retrata.
Eutre os dels eu sou mais pelo segundo,
Não anda a armar discórdiao pelo mundo,
Não faz pregão do mal, dá-o ao desprezo,
Quanto a mim, reconheço o meu pecado,
Se por falar me tenho já repêso,
Jàâmais me arrependi de haver calado.
LUIZ DA SILVA DIAS
Boa viagem e muitas felici-
mierêsses da Cavo
Entrevista com o sr. Júlio Sequeira, vogal do
<«Grupo de Anugos da Freguesia da Madeirã»
Conforme referimos, o sr. Júlio Se-
queira foi eleito pelos naturais da Ca-
va, para fazer parte do «Grupo de
Amigos da Freguesia da Madeirã>. *
Para sabermos dos interêsses da
Cava, resolvemos colher as impres-
sões daquele nosso amigo, e assim,
aproveitando uma das habituais reú-
niões semanais do «Grupo», tivemos
ensejo de lhe falar. :
«Aplaudi desde o primeiro momen-
to, começou por nos dizer o sr. Júlio
Sequeira, a formação do «Grupo», por
entender que algo de útil há a espe-
rar para e bem comum da nossa re-
gião. Além disso, os meus colegas da
direcção são pessoas possuídas de
grande vontade, e que de longe vêm
pugnando pelo ressurgimento da nossa
terra é por isso estou certo que os
nossos objectivos devem ter realiza-
ção.»
mentos da Cava, e o sr. Júlio Sequeira
diz-nos :
—<«Em 1939 constituiu-se uma co-
missão dos naturais da Cava, para le-
var a efeito alguns dos muitos melho-
ramentos que necessita, pois sendo a
aldeia de maior população da fregue-
“sia da Madeirã é, talvez, a que maior
rendimento dá ao concelho de Olei-
ros, mas de há longos anos pouco ou
nada tem beneficiado das regalias que
lhe dão direito.»
E prosseguindo:
— <«A nossa Comissão, da qual fa-
zem parte pessoas do maior valor, pro- .
curou em primeiro lugar dar início
aos trabalhos para a construção de uma
estrada que ligue a Cava ao Concelho
e Comarca, aspiração máxima — devo
acentuar — dos seus habitantes e tam-
bém dos povos circunvizinhos. «Não se
poupou a Comissão a esforços, empre-
gando tôda a sua boa vontade e indo
até ao ponto de sacrificar os seus fra-
cos meios financeiros para ver reali-
zados os seus intentos.»
Com notável entusiasmo, o sr. Jú-
lio Sequeira, aproveitando o ensejo de
estar falando para «A Comarca da
ED IT.AL:
JOSÉE FARINHA TAVARES, VI-
CE-PRESIDENTE DA CAMARA MU-
” NICIPAL DO CONCELHO DA SER-
PA :
Torna público que, no dia 6 do
próximo mês de Dcezembro no Edifício
da Câmara Municipal de Sertã, se há-
de proceder à arrematação do exclu-
sivo do fornecimento de carnes ver-
des no concelho de Sertã, durante o
ano de 1945 por propostas em carta
fechada, que deverão ser entregues
até às 12 horas daquêle dia.
No caso de não convir aos interes-
ses do Município nenhuma das ofer-
tas, a segunda praça será realizada no
dia 2o do mesmo mês, devendo as
propostas, também em carta fechada,
serem entregues até às 12 horas dês-
se dia. ;
As condições estarão patentes no
acto da arrematação, podendo, desde
já, serem examinadas na Secretaria
da Câmara, as quais são idênticas às
do ano anterior, com a inclusão da
cláusula do arrematante ser obrigado
a fornecer carne mais. barata para o
Hospital desta vila.
Para constar se afixou êste e idên
ticos nos, lugares do. costume. E eu,
Manuel Sandinha Saramago Chefe da
Secretaria, o subscrevi. e
Sertã, 15 de Novembro de 1944..
O Vice-Presidente da Câmara em
EXEBTCÍCIO : 1. :
José Farinha Tavares.
. Falámos da Comissão de Melhora-,
Sertã», pediu-nos para referirmos que
«a Comissão de Melhoramentos da
Cava tem o prazer de comunicar aos
seus conterrâneos que dentro em
breve, possivelmente ainda em.No-
vembro, se vão iniciar os trabalhos
para a construção da malfadada estra-
da, de cuja obra foi já encarregado
um bem experimentado sempreiteiro».
«Desejo acentuar que a Comissão to-
mou a responsabilidade de muitas de-
zenas de contos, pelo que esperamos
a boa compreensão dos nossos conter-
râneos, auxiliando-nostanto moral co-
mo financeiramente». Para”isso, a Co-
missão vai iniciar imediatamente uma
subscrição para recolha de donativos,
para assim poder fazer-ffacejaos seus
compromissos».
— Procuramos saber se o Estado ha-
via comparticipado com alguma verba,
e o sr. Júlios Sequeira acentuou
—»E’ já do conhecimento dos ca-
venses, e de-certo de todos os naturais
da região, que foi concedida pela Di-
recção dos Serviços Rurais, uma ver-
ba para a construção de parte do ra-
mal de estrada que ligará a povoação
da Cava com a E. N. 59 2.º (Portaria de
a0-1-942) verba essa que, para o lanço
1 construir, representa 50º/ov da orça-
mentada. «A construção do referido
ramal foi orçamentada em 170.162$8r,
como consta do projecto que a Comis-
são entregou na Repartição competen-
– te. «No plano geral dos melhoramen-
tos Rurais, a efectuar por compartici-
pação, foi atribuida para esta constru-
ção a importância de 68,064$0o0, ou se-
Ja 40º/9 do orçamento previsto».
E a terminar, o sr. Júlio Sequeira
disse-nos:
—<Já em tempo distribuímos uma
circular, tratando do assunto, mas per-
mito-me frizar uma vez mais quea,
Comissão espera que os seus esforços
sejam bem sucedidos; pelo que é in-
dispensável a colaboração de todos,
para assim podermos. patentear aos
vindouros de quanto foram capazes
os filhos da nossa região. «Permita-me
que faça um apêlo veemente aos natu-
rais da Cava, e em geral a todos os na-
turais do Concelho e Comarca, visto
que êste melhoramento a todos inte-
ressa, para ajudarem a Comissão, pois
é grande o compromisso tomado, e é
nosso dever imprescindível levar a
nossa tarefa até ao fim».
«Além disso,- finalizou o sr. Júlio
Sequeira—, a Comissão deseja ver
concluídos os seus trabalhos para de
futuro os interêsses da Cava estarem.
integrados no «Crupo de Amigos da
Freguesia da Madeirã.
A Comissão de Melhoramentos da
– Cava tem a sua sede em Lisboa, na
Avenida Duque de Loulé, n.º 105. :
João Antunes Gaspar
Cosooaeosfeaosscos
Interessa às senhoras:
Têm chegado as mais lindas —
sêdas ! Valona – Mousse
Gersey-Surah-Marrocain, etc.
só na CASA
Samaritana!
Sua Serpa Pinto, 32
5 oTSOMOA Ro c 46
@@@ 1 @@@
Notas…
…A lâpis
(Conclusão da r.ipágina)
OZE escudos era quanto as
vendedeiras pediam pela
dúzia de oves no mercado
passado, ou seja 1:ho0o cada ovo!
Um riquíssimo negócio, de mão-,
cheta, digamos, para quem nun-
ca esperou encher a burra com
a venda de alguns galináceos,
umas centenas de ovos e uns mo-
lhos de hortalicas.
Para muitos, a crise é alta-
‘ mente atenuaãa com éstes negó-
cios de resultados verdadeira-
mente surpreendentes. Se virmos
bem, quem ganha apenas o seu
inísero ordenado e tem de com-
prar iudo à fórca de dinheiro,
puxando continuamente pelos
cordões à bólsa, é que sabe, de
cor e salteaão, quanto custa a
vida! !
0E
Á S pessoas semi-analfabetas
fogem, o que não é de ad-
mirar, a todas as regras
ortográficas, inconscientemente,
é claro.
Há dias vimos um envelope
que trazia no vrerso, depois do
nome do remetente: «Rua a
Torto da Borda» Também nos
contaram que alguém da Sertã
recebeu, recentemente, uma car-
ta de Lisboa, que se apresentava
. como vinda da «Avenida do ,,
de Loulé» ! :
Trata-se da rua do Actor
Taborãa e avenida Duque de
Loulé, Os leitores já sabem o
que os pontos signmficam. Boa
piada :
| m | om a | aiadamems | emca |
É águia,
burro ou verme ?
No artigo intitulado «Pedró-
gão Pequeno», inserte no n.º 416,
o autor diz «ter lido uma notícia
em que um pedroguense lamen-
tava o abandono a que a sua ter-
.ra estava votada, até mesmo—
afirmou—-pela imprensa da re-
glão, que não se ocupa dos inte-
resses da sua terra».
E claro que isto é piada à
«Comarca da Sertã» e deve tra-
tar-se de algum pedroguense da
mesma laia dos que derrubaram
o Pelourinho depois de, na colu-
na, lá terem desenhado o reftrato,
para que a posteridade ficasse
conhecendo o portentoso feito !
Temos pena de não saber de
quem se trata para trocarmos
impressões ! Mas há sempre que
contar com esta cobardia de ati-
rar uma pedra e esconder as ore-
lhas! E? muito mais fácil e có-
modo e não se temem os efeitos
da pedrada ! Deve tratar-se, sem
dúvida, de águia, burro ou ver-
me para apanharmos tão ftesa
chibatada ! :
Vozes de burro não chegam
ao céu, mas sempre desejáva.
mos saber o que é preciso que
façamos para nos ocuparinos dos
interêsses de Pedrógão Pequeno.
Levar para lá o petróleo, acen-
der e apagar os candeeiros da
iluminação pública ? Agarrar num
clínico, acavalitá-lo num jumento
e puxar pela arreata até à sede
do partido ? Dar tapona, a torto
e a direito, a todos os pedroguen-
ses que não querem saber da sua
terra para coisa nenhuma ?
Ora, nós, não tencionamos
êndireitar o Mundo e se êsse su
jeito é águia aponte-nos franca-
mente o caminho que devemos
seguir, se acaso está ao nosso al-
cance; mas se se calar já sabe-
mos que não ouviu o nosso pe-
— dido e então trata-se dum verme/!
A Comarea da Serta
CARTA DE LISBOA
Caros Patrícics
Escrevo-vos a 11 de Novem-
bro, em dia de &, Martinho.
Que de saúdades me traz ês-
te dia! Saúdades de tempos pas-
sados, dos meus tempos de ra-
paz em que o S. Martinho era
festejado com grande pompa no
nosso Berço Natal.
Nunca fui um verdadeiro Ir-
mão da santa confraria; nunca
passei dum simples adepto, dum
iniciado sem vocação própria,
acompanhando a Procissão sô-
mente para engrossar o número
de Irmãos, dando-lhe assim me-
lhor brilho e luzimento.
E que Procissão, santo Deus!
As capelas sucediam-se a
uma distância de poucos metros
e, daqui, a paragem obrigatória
para a elevação do Santo até ao
Céu.,, da bôca.
OQue de saúdades me traz ês-
te dia!
Havia Irmãos da Confraria
que faziam honra ao Santo; ele-
vavam-no às culminâncias, aos
arcos grandes do seu pipo; per-
dão, do seu andor. :
E a Procissão recolhia, corri-
da a Via-Sacra, em boa ordem
e compostura, desejando todos
os Irmãos que a festa vindoura
tivesse maior brilho e que a
Confraria engrossasse com um
maior número de adeptos.
E era falada a festa de &.
Martinho nas sete léguas em re-
dondeza pelas honras que a Ser-
tã emprestava ao Santo, não O
deixando cair do seu andor, do
seu pedestal de glória,.
Que de saudades me traz ês-
te dia!
Lembram-me os companheiros
destas e cutras Festas, que a
Parca implacável roubou ao con-
vívio dos amigos.
E são tantos, santo Deues!
Estamos reduzidos a meia
dúzia, se tanto, os sobreviventes
dessas fantissimas festas que
promoviamos para nossa satisfa-
ção própria, é certo, mas que
davam brilho à Terra e anima-
vam os Sertaínhos,
E já lá vai mais de meio sé-
culo; por isso, as saudades são
cada vez maiores é mais pun-
gentes.
Cumprimentos do vosso
amigo,
FRUCTUOSO PIRES
FAr—
É preciso libertar
o comércio mundial de
excessivas barreiras
alfandegárias
— proclama Roosevelt
WASHINGTON, g—Roose-
velt, numa mensagem dirigida à
conferência econôómica, actual-
mente reunida nos Estados Uni-
dos, declarou que o comércio in-
ternacional, depois da guerra,
deve expandir-se numa base de
indiscriminação e libertação de
tôdas as barreiras alfandegárias
excessivas e restrições nacionais.
Os homens de negócios de todo
o Mundo, pela troca de informa-
ções e franca º amigável discus-
são, num espírito de mútuo au-
xílio, podem contribuir muito pa-
ra restaurar a economia do Mun-
do, seriamente prejudicado pela
guerra, com uma nova e melhor
estrutura, a qual é necessária pa-
ra a manutenção da prosperida-
de e segurança mundiais.—(R,)
: Ac
DOENTE
Foi operada, na semana
passada, em Coimbra. onde
ainda se encontra, a espôsa do
nosso amigo sr. Luiz Inácio Pe-
reira Cardim. AÀA operação de-
correu com êxito. Muito dese-
jamos o seu restabelecimento
1º
de Dezembro
Faz hoje 3o4 anos que Portu-
gal inteiro, sacudido por um fré-
mito de entusiasmo patriótico,
que era ânimo consciente e varo-
nil duma Raça até aí moment –
neamente adormecida pelo desa-
lento e pela desilusão, escorra-
çou o dominio estrangeiro, que a
sugara, vilipendeara e escarnece-
ra durante o longo período de 60
anos, amarrando-a ao afrontoso
pelourinho da ignomínia e da de-
sonra, supondo, talvez que a vi-
tima caira prostrada, para sem-
pre, ante os golpes da adversi-
dade e do pêso esmagador e
inaudito da fôrça bruta,
Mas não. Os golpes, se mui-
to duros, não foram mortais. Ào
corpo informe da vitima, que era
a Pátria Portuguêsa, ainda resta-
va um sôpro de vida e de alen-
to, que um milagre de heroismo
haveria de transíormar em ener-
gia, intrepidez e audácia, elemen-
tos vivificadores e sempre eter-
nos dos povos que nasceram, à
custa de mil batalhas, para ser
livres, para desfrutarem a liber-
dade plena, alimentada pelo
amôr e pela beleza dos grandes
ideais, dentro desse espirito que
jâmais se fatiga na ascensão
constante de atingir os mais su-
blimes e portentosos feitos.
Recordando a data do 1.º de
Dezembro de 1640, os portugue-
ses devem, somente, comungar
no mesmo ideal de tornar cada
veêez mais bela a sua Pátria, afu-
gentando do espirito malquereên-
ças e ódios detestáveis, porque é
só da união entre os povos que
pode resultar a felicidade hu-
mana.
FEc E
Encontrado
morto num pôço
No dia 19 do mês findo fo-
ram chamados os bombeiros pa-
ra retirarem dum pôço, no Ou-
teiro da Lagoa, o cadáver de
José Coelho de Oliveira, de 33
anos, casado com Amélia dos
Santos Marques, da Catraia do
OQuteiro, desta freguesia.
O Oliveira desapareceu uns
dias antes, sem que a família ou
alguns dos seus visinhos suspei-
tasse do seu fim trágico e supor-
se que caira no pôço na noite
em que estivera em casa do seu
sogro, José Marques, donde saíra
bastante embriagado. A autópsia
foi no dia 22. A vítima deixa 5
filhos menores.
Éste número foi visado pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco.
A’ MARGEM
Campanha do azeite
Recebemos a seguinte carta:
Sertã, 17 11-044.
:. Sor: Director de «Ã Co:
marca da Sertá»:
Na nota fornecida à Impren
sa pelo gabinete do sr. Ministro
da Economia àcerca da actual
campanha do azeite, publicada
em diferentes jornais, lê-se a se-
guinte passagem :
«b) Não impõe, de facto,
a Portaria aos compradores
indicados no nº 3.º—- os úni-
cos compradores — a obriga-
toriedade de comprar azeite.
Não o fez nem haveria logar
a fazê-lo. Não falta quem.
compre, falta, sim, quem ven-
da; estão bem presentes as
dificuliades que na última
campanha se encontraram pa-
ra vencer a.relutância dos
produtores em vender o seu
azeite para consumo».
Na última campanha do azei-
te deu-se comigo o seguinte fac
to: precisel de vender o azeite
de que dispunha para consumo
público, após a sua extracção no
lagar e dirigicme aos dois únicos
armazenistas autorizados a com-
prálo nesta vila, respondendo-
me um dêles ter já adquirido o
que necessitava para a sua ex
portação, e outro não poder com-
prá-lo por não ter vasilhame on-
de metê-lo por virtude de estar
cheio todo o que obrigatóriamen-
te possuía.
Ante a perspectiva de ter de
levar o azeite para casa sem efe-
ctuar a venda de que carecia pa-
ra realizar dinheiro, vi-me força-
do a arranjar um pote de lata e
ceder-lho a fim-de recolher nêle
o azeite que me comprou depois.
À outros produtores que não pu-
deram fazer o mesmo que eu fiz,
não pôde, também, o mesmo ar-
mazenista, e por razão idêntica,
comprar o azeite que lhe foi ofe-
recido, resultando daqui inconve-
nientes materiais e morais de fá-
cil corrpreensão.
De V.. . mtº atº é vên.
Aniónio Barata e Silva.
ES
AGENDA
Estiveram : na Sertã, os srs.
P, Sebastião de Oliveira Cardo-
so, Abílio José de Moura e An-
tónio da Silva Dias, do Pêso; e
na Bernardia, o sr. Manoel Pe-
dro, de Lisboa.
—De Castanheira de Pêra
retirou para Lisboa, com sua
família, o sr. Manoel Récio.
—Encontra-se na Sertã o sr.
Fernando Francisco Martins, de
Lisboa.
EMEGI TAA
DA GUERRA:
A primeira onda de Fusileiros Navais, veteranos de
muitas bem sucedidas operações de desembarque, .
arrasta-se pelo ferreno com o propósito de
abrir fogo contra os defensores ni-
pônicos da Saipan.
FTENENOP!
1934-5: Incidente enire as
“fôrças italianas e abexins em
Walwal.-
1940-9: Wavell dá início ao
seu vitorioso contra-ataque, diri-
gido contra os italianos em Mer-
sah Matruh.
10941 7: Os japoneses atacam
as lhas de Havas, iniciando à
ofensiva contra as possessões
aliadas no Pacífico.
1041-8: Os Estados Unidos
declaram guerra ao Japão.
IG41-10: Ingleses, australia- .
nos e neo-zelandeses libertam
Tobruk após 8 meses de Cêrco.
Ig4111: A Alemanha e a
Itália declaram guerra aos E .ta-
dos Unidos da América. Os Es-
tados Unidos declaram guerra
àqueles dois países.
Tg42-15: O 8.º Exérceito de-
saloja Rommel de El Agheila.
:::=’===:=t=:
MIRADOURO…
A taberna domina!
Quem der uma vista de olhos
sôbre a artéria principal da vila,
que é a rua Cândido dos Reis,
vulgo Rua do Vale, não pode dei-
xar de lamentar que hoje haja
ali tantas tabernas, quási tôdas
de ruim aspecto e algumas mui-
to pouco limpas, quando em ter-
ras da categoria da Sertã, preci-
samenteê largos e ruas centrais
são reservados aos melihores es-
tabelecimentos comerciais e ca-
fés e é nas rvas escusas que fi-
‘cam as tabernas até por conve-
niência dos próprios frequienta-
dores, que:assim estão mais à
vontade. . » s
De facto, o progresso do co-
mercio da Sertã, de há uns anos
a est’ parte, e salvo rarissima
excepção, limita-se à abertura de
tascas, uma após outra, na evi-
dência de uma pobreza que, roça
pela miséria e uma falta detestá-
– vel dé gôsto. Na rua do Vale há
apenas dois estabelecimentos mo-
dernos, por sinal do mesmo do-
no ; os restantes dispersam-se pe
lo largo do Chafariz e Praça da
Rêpública e nesta há um que,
pelo seu aspecto modernissimo e
até luxuoso, honra a Sertã, co-
mo honraria qualquer cidade que
o possuisse, mas que infelizmen-
te está encerrado há bastantes
meses. Excluindo êste e aquêles
da rua do Vale, os restantes es-
. tão instalados em casas, antigas,
que poucas modificações. têm so-
ido — — o
— Os donos das tabernas têm
direito a ganhar a vida, como
tôda a gente; mas bem faria a
Câmara se, tomando em consi-
deração, digamos, a estética, o
embelezamento e progresso da
vila, pelos quais lhe cumpre ve-
lar, não desse licenças paia a
abertura de tabernas nas ruas e
largos principais, demarcando as
zonas onde elas se poderiam ins-
talar.
m—
Agradecimento
José Pires Costa e seu filho
António Pires Costa vêm, por
“êste meio, apresentar os seus
sinceros agradecimentos .a tô-
das as pessoas que se digna-
ram acompanhar à última jazi-
da sua chorada mulher e mãe,
Margarida da Silva..
À tôdas, o seu inolvidável
reconhecimento. :
Sertã, 22 de Novembro de
1944.
Instrução
Acaba de ser extinto o pos-
to escolar de Palhota, freguesia
de S. Pedro do Esteval (Proença-a-Nova).