A Comarca da Sertã nº292 23-04-1942

@@@ 1 @@@

 

-—> FUNDADORES E
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
= Dk, Angelo Henriques Vidigal —
=——. António Barata e Silva —— |i
Dr. José, Barata Corrêa a Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

q itrecron poiToR E PROPRIETARIO rar Brurê q Lea aa |
QI) Cotuando Damaia da fila Ooneia ano | |
5 À —. REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO = E
w| | RUA SERPA PINTO-SERTÃ e
> ils – ; TELEFONE
«| | PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS | PEA Po
“ANO VI E febdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da SestãrconeelhosdeSertã | 23 1.
“Nº 293 Í Oleiros, Proença-a-Nova e Yila“de Rei; e freguosias-de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) | 1942

Notas …

é VALE a’pendviver’emorrer’

por uma Pútria que, ain+

da na hora em que parece 0|-
Mando indo subverte, encontra |.

motivos para o respeito, dos
Bag jr :

Es General Carmona

x «raso
ANTES e depois do acto so-
* lene do compromisso que
asr. Gereral Carmona pres=
tom, perantea Asstmbléia Na-
ai, na qualidade dê Presi-
te da República, O povo de
oa, que enchia fiteralmen-
mente as artérias por onde pap

| elas demonstraram, exu-
nte e elogitentemente, que
Er.” goza do maior presti-
entre Lapa are Pa
a eque.a sua obra em bes
cio’da Nação é apoiada,
reservas, pelo País inteiro.
* Enorme é o sacrifício—e tos
i reconhecem — do sr.
Carmona ao 3novo mandato, porque muito
grandes são as suas responsa-
bilidades, sobretudo neste pe-
riodo’ de desassossêgo e cons
tarbação em que vive o Mando
e de que Portagalnão se pode
aitcar, Mãs S. Ex” pode sem
tir-se satisferto: à sua volta
cerron f.leiras a Fôrça Arma-
dae à muralha viva de tôda À
paodo Imnério, corações
ao alto para a vida e para a
morte, para Intar intrépida-|
mente pela honra e glória de
Portugal. | t
Não foi só o povo debishoa;
que se manifestou com delírio:
pelo sr. Presidente da Repú-
blica; pode S. Er.“ estar certo
de pe às aclamações se assos
cior todo o País, de norte a
sol, desde o homem da mais:
posição sacialao mais hm

7 angam na. mesma erapão
A Ótica, porque-nns-e outros,
tera, pes Chefe do Estado,

he

esmo; respeito, carinho e

expon=|’

biltcação que b
tânicos, dos sens corações,
QUMAS pessoas — raras,
ia mento — à quem en-
viamos o jornal pela primeira
VEZ; porque o. não querem ass
sinar: jámo péssimo costuy

k eo ver, ars poucos de
meros ao mesmo tempo…

“Isto causa-nos transtórmo;
além da perda apreciável de
tempo, o gasto inútil de alga-
mas dezenas de centavos em,
franquias, quando, finalmente,
ua custaria devolver os dois
primeiros que se recebeml: O
último que assim procedem foi
V. BR. Barata, de Lisboa.

(De jsaiça diana um ponco
mais. de consideração pelos ou-

tros; que a vida custa a todos,
pim, sr, Carocha ?

“o cortejo, dez larga )
s aclamações ao vente F N E
que sixva de sede social, E” num pequeno | paga:

A Direcção da Associação dos:Bom-

beiras Voluntários da Sertã; eleita
para o ano corrente, no entrar no exercícia,
das suas funções, teve como primeiro cuj-
dado conhecer as suas condições de vida,
não tardando em constatar a grande po-
breza em que actua, eo
“Não possue esta Associação uma casa

E” Inspecção de Seguros — Lisson:

compartimento, onde não eabem sentadas
dez-pessoas, que reúnem qs sets-corpos
gerentes, A carreta e bomba mânuais/6:0
pronto-socórro-têm entações, respectis
vamente, um qubículo que pouco excede;
as: dimensões da esrreta duma antiga co;
cheira sem us menores requisitos para re-:
colha de tal viatura. Outro material é qu-
tros utensílios andam dispersos por casas
amigas, que se prestam a tê-los gob a sua

Tal é, na sua simplicidade, o quadro
| que patenteia esta miséria!

Pensou esta associação, em 1937, cons-
truir edifício onde instalagse tudo quanto:
é seu, e para esse fim fez um apãlo à gene-
rosidade particular, recolhendo 9.194395,
| que não deram para tamanho empreendi-
mento, Ficou contudo esta importância,
como é justissimo 6 manifestamente dese-
[jado pelos: seus dadores, a constituir um,
fundo especialmente destinado àquela cons:
trução, logo que melhores probabilidades
de êxito venham estimular a idéia.

Felizmente, por uma recente delibera-
ção da Ex.** Câmera, vai-se aproximando:
tal momento. Em mais um gesto do-sewin-
terôsse pela benemerente instituição; resol»
veu a ilustre edilidade mandar, a expensas
fuas, organizar o projecto do edifício e
adquirir o terreno que lhe for indispensá-
vel, auxiliando, dêste modo. eficaz, a re-
moção de um mal que parecia irrêmediável.
– Reconhiéce a Associação, dop Bombei-
ros O encargo que terá de suportar nas
obras respectivas, avaliando, por isso mgs-
imo, quanto valor representa, aínda mais
imoral que material, a existência e conser-
vação do fundo atrás referido como fermen-
toe ponto! de partida de um novo recurso
à magnanimidade da gente bua quando se
tornar oportuno. efeotivá-lo, :

Nesto capítulo administrativo abriram-
-80, pois, à Assoviação dos Bombeiros mais.
propícios horisontes, graças ao apoio deci-
dido da Es.” Câmata, ‘nomeadamente do
peu digno Presidente, a quem esta Agso-
ciação muito deve e rende o preito. da sua
gratidão,

Esta tam afortunada oircunsorição não
reduz a gravidade da crise financeira que
esta colectividade está atravessando por

virtude da recente aquisição do pronto-so-

Bombeiros Voluntários da Sertã

Pon virtude; das más condições firariceiras em que se encontra a
Corporação, a Direcção resolveu enviar, à Inspecção de Segu
ros, a seguinte exposição, que foi entregue à Câmara Muni
cipal da Sertã; em 14 do corrente:

côrro, ea leva, neste: instante, a volver as
|auas vistas esperançadas para a Ex,”* Ins-
peeção de, Seguros, donde tem recebido
precioso auxílio, e à qual teve a honra de
explanar as contas da referida viatura em
memorial de 2b:de Julho último.

Por esse memorial, verifica-so que na-
quela data o custo do pronto-socôrro e o
seu apetrechamento subia a 49.432350 e os
mentos realizados então somavam
29,200800.

Dopois disso, porém, foi a primeira
‘verba acrescida de 3.240800, prêço por que
houve necessidade de comprar 100 metros
de mangueira, o que a elevou o 52 672850,
e a segunda foi aumentada de 9.713504,
que a Associação obteve de diversass pro-
veniências.

Em 31 de Dezembro, utilizado em vá-
rias modalidades e a fundo, o recurso à be-
nemerência pública e individual, de que
ipôde-servir-se, e amealhados quantos cen-
tavos conseguiu obter num meio relativa-
menta pobre e cansado de sucessivos apê-
los: & tua: bôlsa, à Associação conseguiu
totalizar os pagamentos na soma de
88.913504, para que contribuíram : a Ex.”*
Câmara com 5.000800, a Ex.* Inspecção
do Seguros com 14,200800 e a Associação
dos Bombeiros com 19,715504,

& verba da-Ex,”” Inspecção de Segu-
tos abrange 9.200800 com que subsidiou a
compra do grupo moto-bomba e a da Ag
sociação, dos Bombeiros é o produto de
fostas. promovidas em seu benefício, pedi-
tório, ofertas; cotas-de sócios benfeitores e
outros dinheiros de pr . veniôncias diferentes.

Deve hoje a Associação 18,759946,
sendo 9,600800 do «chassis» comprado e
não pago do Ex.” Sr, Augusto, Fernandes,
‘de Oleiros, e 4259846 da reposição a fazer
no fundo destinado à construção do. edifí-
cio social, donde foi retirado com autori-
zação legitima e sob aquela cláusula,

Não carece esta Direcção de se alon-
gar mais nas suas considerações sôbre as
dificuldades que, presentemente, embara-
am a sua acção e afectam obrigações con-
traídas que deseja bonradamente cumprir.

vam exposição que delas aqui faz, e, le-
‘vando-as ao conhecimento da Ex,” Ine-
pecção de Seguros; confia plenamente no
espírito de equidade e justiça. que orienta
a altaesfora 6 aque a Associação dos Bom-
‘beiros Voluntários da Sertã deve o maior
recenhecimento como um dos grandes fa-
ctores que tem sido da sua existência,

A bem da Humanidade,
| O Presidente da Direcção,

ANTONIO BARATA E SILVA

Na sua singoloza é bastante elucidati-

soco a lápis

A propósito da homenagem

que, em nosso entender,
deveria ser prestada pela Cáâ-
mara Municipal do concelho
ao grande sábio e historiador
e arabista Dr. David Lopes,
falecido em, 4 de Fevereiro úl-
timoy colocando na modesta
casa em que nascen, na Monta
Fundeira, freguesia do Nespe-
ral, uma lápida, há quem pres
conize que ela deveria, antes,
ser posta no edifício dos Paços
do Concelho.

Concordamos plenamente
com o alvitre porque, entre ou
tras vantagens, o nome do afas
mado professor seria mais fre-
quente e insistentemente recor-
dado pelas gerações presente
e futura, representando, tam»
bém, uma manifestação de sim»
patia e cartnho, por parte do
Manicípio, a am dos mais ilas-
tres filhos do concelho.

O alvitre demonstra que a
nossa idéia cain bem no espi=
rito de muitas pessoas, que
aprovam, sem reservas, am tal
acto de gratidão, que honrará,
simultaneamente, a memória
do insigne mestre e o concelho
da Sertã,

NOsábado passado não honve

carne de vaca à venda por=
que, tendo sido rejeitada q rês
apresentada a imspecção, os
arrematantes não possaíam ou
tra para substituição.

O facto causou transtórno a
tôóda a gente, sabido como é
que a carne de vaca é o produ-
to alimentício mais abundante
no mercado e de preço mais
acessível.

Galinhas e cabritos atingi-
ram preços fantásticos !

ro

JFJA tempo den entrada na Ma-
ternidade Alfredo Costa
nma preta, que den à lnz uma
criança, O médico assistente
notou, dias depois, que a ma-
lher estava mudando de sexo!
Perante o estranho fenómeno,
que despertou natural curiosi«
dade e era merecedor de esta»
do, a preta— on preto P | —foi
removida para o Hospital Es«
colar de Santa Marta.
Quási que seríamos capazes
de’apostar que os avós da par-
tariente eram da Mongaeira.,.

ros

O nosso amigo sr, Angelo

Pereira, natural de Pe-
drógão Pequeno, conhecido
barman de Lisboa e proprietd-
rio do Restaurante «Negresco»,
de Lisboa, pessoa de invulgar
aciividade, foi a Madrid de
avião, sendo-lhe ali oferecido,
pelo sen colega espanhol Chi-
cote, um banquete, que decor=
rem no meio da maior alegria,
assistindo várias individaali-
dades em destaque, entre elas
diplomatas e adidos militares,

 

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2. mea À A Comarca da Sertã

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Dezembro — Saldo de Tax «

xas Mensais E 3 704810
Dezembro = Saldo de Man

teriol Eléctrico . 1.009$40
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Dezembro — Juros’ da C.

G de Depositos .« – 2835 )-

Dezembro—Conta de Cas
teio da Central : – 25.519830

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o Rmindlmm 100) Tomar TOO
“» Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
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CE. A Voz de Londres

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E E | GSO—19,76m. (15 18 mc)

12,30 Actualidades |: GRV o 24,92m. (12,04 mef)
21,00 (=) Noticiário j | GSc 31,32 m. ( 9.58 me/*)
GSB 31,55 m. (9,51 mc/*)

21,15 Actualidades | .GRT.. 41,96m. (7,15 me).

cw (*) Este noticiário ouve-se também em GR V, em 2492 me-
tros (12,04 mcy/’).

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de e faz preparação cuidadosa
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postos escolares, e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as
férias actuais.

Du nesta Ra

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dim 4 00..0,/15.03) 15 10 Seria. . , . 1230 13-00

Sertã, w 15/30/15 30 | Sernaçhe do Bomjar

Proença a-Nova:. , 16-25 16 35] dim. . :.:13-20 1333

; «Calçanhar do Mundo», por
Vergílio Govinho; «Lagoa S-
cura>, por Hipólito Raposo; «Car |
tas a um céptico sóbre às foras
de Govêrno», por José Maria
Pemán; «Dois nacionalismos»,
ger Hipólito Raposo; «A História

trgista de Portugal», por J..
Preto.Pacheco,

“A”venda nesta Redacção, |

Sobreira Formosa . 16-55 17.05, Figueiró dos Vinhos 14-15 14125
Camel Branco *..18-50 “Coimbra o, E ST OI

Castelo Branco — Coimbra Esc: ANg50 04
» » idaevolta . 72850″
ão deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira.

Aceliam se encomendas para o PORTO; RÉGUA: 8. JOAO
DA MADEIRA VILA REAL VISED’e tôdas as localidades E
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira

 

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Hogan

Relatório sôbre acampanha de: assis-
fencia técrica-nos concelhos de Sertã,
Oleiros, Prognça-a-Hova;e Vila de Rel,
pelo técnico Joaguim de: Maura Portu
Besta papos

(Continuação do n.º 288) do

Desintecções se correcções dos môs<
tos:— Tanto as desinfecções como as
correcções dos môstos raramente são”
usadas pelos vinicultores desta região.
Muitos, mesmo, desconhecem’os altos
benefícios que tais práticas acarretam
ao futuro vinho. Só um ou outro vini=
cultor mais ílustrado já começa a de-
sinfectar e corrigir os setis môstos,
mas mesnto: êstes não têm na devida.
conta:a riqueza dos môstos em deter-.
minadós componentes — por falta de
aparelhos apropriados ao seu dosea-
mento — sucedendo, por essa razão,
muitas vezes aplicarem doses exagera-
das de certos produtos, outras vezes,
pelo contrário, doses a menps. [

Dos asslintos que mais frisei, junto
dos vinicultores desta região, foram,
precisamente, desinfecções e correc-.
ções dos. môstos, demonstrandonlhes
as vantagens que tais práticas acarre-,
tam para a condução duma boa-sani-
dade do produto resultante; “1

Vou, pois, referir-me, somente, às
desinfecções e correcções que tive;o:

ensejo de aconselhar. ,

Desinfecções — Adição: de anidrido:
sulfuroso: —Q emprêgo dêste ça

é de uma grande utilidade ria yinifica-,
ção porque: permite livrar, dentto “de
certos limites, as boas leveduras da
concorrência das más leveduras ou
bactérias. D Ip por ê
cia aquêle anidrido Um papel purifica-
dor bastante importante. Como a exis-
tência das más leveduras ou bactérias:
é prejudicial ia uma boa fermentação,
o anidrido sulfuroso tem uma acção |
purificadora que consta em dificultar a
vida e o trabalho das nás leveduras,
permitindo e formando assim um am-
biente “favorável ao trabálho das boas
deveduras. Tem além disso a proprie-
dade.de destruir a oxidase, que produz!
a casse oxidásica.

Êste produto actua combinando-se
parte côm o’môsto, principalmente com
o’açútar, ficando outra no“estado livres
E” neste estado e só neste que êle
actua como antissético e que produz os
seus efeitos de selecção nunca preju-
dicando o vinho desde que seja aplica-
do racionalmente. DE MA

“Pelo contrário, as qualidades do vi-‘
nho: serão sre.içadas não só porque se
evitam fermentações patológicas como
também porque se obtêm vinhos. me-
lhor apaladados e de coloração mais
brilhante e fixa, t ;

A sua aplicação pode fazer-se sob a

seguinte, formas. mechas, bissulfitos,
anidrido sulfuroso, líquido e soluções,
de aridrido súlfúroso, af

Tomo só tive a oportunidade de
aplicar sob a «forma: de mechas e de;

ilfitos, limito-me a d a sua
apicação, sômente sob estas formas.
AS mechas “usel-as, sômente, para ‘de-
sinfecção de vasilhame e para impedit,
quanto êste estava, vasio, que o vinho
contactasse com O ar. Dos bissulfitos,
uéle que mais usei, foi o metabissul-

‘ de potássio, dissolvido numa vasi-
lha de barro, de madeira, -etc., (nunca
de metal) espalharnó-o’em seguida por
tôda a massa líquida, As doses empres
foram: Para ‘a-desinfecção dos
môrtos empreguei 10,a 12 gramas de

metabissulfito por hectolitro, sendo es-

ta lose aumentada, consoante podridão ||

que às uvas apresentam,

Êste produto deve emprepgar-se O
mais cedo possível, Isto é, a par e pag=
so que as uvas vão sendo esmagadas,

“A Gomarca da Sertã

desenvolver. -Quândo. aplicado no de-
correr da fermentação, ‘2o perigo de se

| poder combinar com 0 hidro nio nas-

cente (que aparece durante a transfor-

mação do açúcar em álcool e gás car-

Ronca) dando origem ao gôsto a sul-
rico. tiogg vr

Correcções : — Excesso: de açúcar — ‘

Sempre que encontrava móstos com-
uma riqueza alcoólica: provável supe- *

“| rior a 15º, aconselhava o adelgaçamen-

to com água acidalada à’razão de 1
‘grama de ácido tartárico por litro, fa-
zendo-o baixar para lã a Is-graus,
ja-fim-desnão ser prejudicada a | boa
ETA da, fermentação, pois, leveduras –
há que, com, 15.º de álcool dificilmen-
te traballiam, Toni u

Embora “prefetisse – lançar mão de
môsto menos graduados para efectuar
o adelgaçamento, tive sempre que em-
pregar a água, em virtude de não po-
der dispor“dêstes últimósimôstos-nos
casos que’Se-me deparavamo Vou; polis;
descrever -o:modus faciendi. que utili-
zava na ização desta prática, Der
pois de atiar O álcool provável do
môsto que “desejava adelgaçar, para’o
que utilizava o «Mustimetro de Salle-
ron», assentava na graduação, que de-
sejava conseguir no futuro vinho, Co-
nhecedor dêstes “dois dados, é com’o
recurso duma“simples regra de mistu-
ra, obtinha a quântidade-de água a adi=
cionar. ww. i – %

Exemplo: álcool provável dum môs-
to, 16.0 ; graduação desejada, 13,º,

16,0 comseereecrco 13.

tá Es RO E

Daqui restlfa”por cada trezé partes
de môsto de tóvidevemos juntar três
partes de águas, ae urblyr

Quandoó conhecia o volume a adelga-
gar procedia da seguinte forma * multi-
plicava o número de litros de môsto a

di çar pela, ça de graduação
entre êste e aquela que: desejávamos
para O futuro vinho, Em seguida, divi=
dia esse produto pela graduação dese-
jada, obtendo-se, desta maneira, a
quantidade total de água a juntar.

Exemplo; Temos 130/litros de môs-
to com 16.º e desejamos que o futuro
vinho venha a ficar com uma gradua-
ção de 13.º, qual a quantidade de água
a empregar ?

“Aplicando a regra atrás enunciada,
temos:

186/1x 1/30 1240 890/50 39)
13 13
istó Elder empregar 20 litros de

da pata!ôs 130Titcos’de môsto fica-
rêm cohra-graduação de-13,9 + 07
«sPodemos também recorrer às tabelas
de adelgaçamento Pote idas por vá-
rias casás de produtos enológicos, de
uso muito prático’e mais ou menos tô-
dasielas de confianças its
(Continua)
no

Ls vi-oes Rd
INCÊNDIO

Por virtude de.um incêndio, que
foi impossível debelar;ficou com-
letarr “ destruída, em Sindi-
nho de Santo Amaro, freguesia
de Alvaro, uma casa de habita
ção, pertencente. a Manoel; Luiz
Lavrador. Do «recheio: também
nada se pôle salvar; os prejuí
zos-são bastante elevados;

 

” Resineiros
| Bicas, vonde-se que quer
quantidade,

Falar; com Luiz Louren-

que’0s maus fermentos estão paraliza-
aos ‘egó os bons fermentos se puderem

“| outros pontos do concelho, se os

“Quer com forros mata-.»:

Sob êste titulo começaremos a
publicar, dentro em breve, uma
interessante e sugestiva crónica
da alieia’ da “autoria do nosso
estimado patricio e-amigo sr. Jo-
sé Pinto Duarte, há muitos anos
residente-em terras de;-Moçambi-
que. José Pinto, que muitos d s
nossos leitores já conhecem atra-
,vés dos seus artigos de fino hu-
morismo, alguns dos quais pro-
duziram verdadeira sensação,
mantém nesta crónica a graça e
bonomia: que lhe são peculiares
e; ainda, em plena pujança, O
espírito bairrista, que, felizmen-
te paraa Sertã, nunca o abando-
nou, não obstante as agruras da
vida e a longa ausência da terra
natal; Talvez, antes, os seus sene
timentos de amor pela Sertã te-
nham recrudescido de intensida-
de: à medida que os anos pas-
sam a nostalgia torna se cada
vez mais forte, mais violenta e
desesperadora…

A crónica «Quem com ferros
mata…» não teria grande inte-
rêsse para os nossos leitores se
não tivesse como palco a Sertãe

seus protagonistas não fôssem
daqui ou relacionados com famí-
lias do nosso meio em tempos
idos, hã uns bons trinta ou qua-
renta anos.

Está bem urdida a crónica,
tem muita graça, havendo des-
crições que empolgam. Lêmo-la
solregamente, de um trago…
Outro tanto sucederá com o lei-
tor. Disso temos a certeza. De
pois no-lo dirão. ‘

ros
Tribunal Judicial
Movimento de Março

“Distribuição : 2) Inventário
orfanológico, vindo do |. M. de
Mação, por óbito de Albino da
Silva Novo e mulher Maria Rita,
Aldeia das Eiras, Amêndoa; dito
idem por óbito de Francisco
Caetano, Casas da Ribeira, Car-
digos; dito idem por óbito de
Maria de Jesus, Amêndoa; 9) dito
por óbito de Francisco António,
Aldeia dos Couços, Vila de Rei;
12) Acção especial de expropria-
ção por utilidade pública em que
é Er andia a Junta Autónoma
das Estradas e expropriados José

“DR. DAVID-LOPES

Lisboa, Fevereiro de 1942

= «St. Eduardo Barata da Silva Correia, dig.=o
Dirertor do jornal «Comarca da Sertã -.

Vimos agradecer a V …, mui-
to reconhecidos, as idas pala-
vras publicadas no jornal «Co-

| marca da Sertã», de 12 do corren-

te, dedicadas à memória do nos-
so chorado pal e sogro, a propó-
sito do seu falecimento em 3 do
corrente mês.

O falecido dedicou sempre a
esse jornal uma grande simpatia
e uma grande consideração, por-
que nunca deixou de se interes-
sar pelo desenvolvimento da sua
terra natal e viu sempre no jor-
nal que V.;. tão brilhantemente
dirige, um defensor muito acen-
tuado e arreigado ao engrande-
cimento dessa terra.

Sempre absorvido pelos seus

obra, sôbre a «História de Mar-
rocos>, parte p-rtuguesa, p -troci=
nada pelos govêrnos francês, es-
panhol e português, na qual tra-

sado, cêrcade 4 mezes, a ultimar
o 3.º volume, dos 5 de que essa
obra se compõe; tencionava se-
guir noóvamente para Paris, nes-
te e no próximo ano, já autoriza-
do pelas autoridades alemãs para
terminar os seus trabalhos, se a
morte o não surpreendesse tão
depressa.

Há pouco tempo também e por
intermédio do Ex.”º Sr. Briga-
deiro Vasco de Carvalho, chefe
da missão militar que visitou
Marrocos, recebeu também um
amável convite das autoridades
marroquinas, para realizar uma
visita âquêle Protectórado, para
proceder a investigações cientifi-
cas do seu conhecimento, convi=
te do qual infelizmente, já não
pôde tomar conhecimento, em
vista da gravidade do seu estado;
a doença que o vitimou foi supe-
rior à resistência do seu organis-
mo, a pesar-da muita dedicação
e saber do seu bom Amigo e mé-
dico assistente, o Ex.Ӽ Sr. Pro-
fessor Eduardo Coelho.

Resta a saiidade da vida cari=
nhosa que ele sempre dispensou
a tôda a sua família que nunca o
esquecerá e as manifestações tão
gratas de todos Aquêles que pri-
varam com êle e que assim o
testemunharam por ocasião do

Pedro Júnior e outros, Sertã, res-
peitante ao lanço da E. N, 54:2.º
entre Sertã e Santo António do
Marmeleiro; Inventários orfano-
lógicos por óbitos de: Maria,
Lopes, Labrumnhal Pundeiro,
Próença-asNova; Antóilo Men-,
des, Sobreira Formosa; Manoel
Lopes Sousa, Proença-a-Nova;
António Rodrigues, Castelo; Cone |
ceição de Jesus, Santinha, Fi-:
Eae Manoel Jorge, Bravo,.

edrógão Pequeno; Clementina |

ço— Sertã,

dendeira, Cumiada.

Nunes da Costa, Cardiga Fun |

seu falecimento e para os quais
o nosso profundoreconhecimento.

Cumpre nos também manifes-
tar a V… a nossa gratidão, pela
pledosa homenagem, lembrada
no jornal de V .., de ser colo:
cada uma lapide comemorativa,
na casa onde o falecido nasceu.

Com os protêstos da nossa
maior consideração subscrevemos
nos

de V… muito attentos e vens,
* Marcela Lopes Gagean

Oscar Gagean

(Noticiário dogs nogsos correspondentes)

‘ PORTELA DOS BEZERRINS, 12 —
Eledigou-se a Testa escolar que foi sos
lenemente levada a eleito sob a orlen=;
tação da sr.º professora D. Concel-
ção Martins da Silva e que fol corona
dados melhores êxitos. :

;-De manhã celebroa-se na copela da
Sen ‘a dos- Remédios, missa com cos
manhão ger: bi todas. as erianças,
Em seguida foi feito O trajecto, em

procissão, até à escola, onde-fol iséra
pido às crianças um delicioso lanche,

“Pelas 16 horas realizou-se uma; ses=
são solene presidida pelo sr. protes=
sor Eduardo António de Caires, que
R a lodear pelo Rev,º Gallherme

larinha e sr. Augusto Rossi, Foloa a:
prolessora enaltecendo n orientação
dada às caixas escolares pelo sr. Dix
rector do Distrito Escolar e descre-
vendo o fim a que se destinapa a rex
ceita daquela festinha. Também faloa
o E Bugasto Kossi que endereçoa
ash licitações pela boa disposição em
que enconiroa tado o que via. Alguns
alanos recitaram poesias e o oricão
da Ae can:ou vários números que
o assistência aplaudia. Por fim faloa
o sr. prolessor. Eduardo António de
Colres, endereçando os parabens tan=

Veg pe et que ilha re |

dido! e que tão gostosamente tinha sl«, António Henriques Vidigal e D. Ange- Comarca da Sertã, pelo st, Jongalm

do elaborada. Terminoa a saa alocas,
ção pedindo uma salva de palmas pas,
fa o sr. Director Escolar, à quol a.
bssistência o acompanhoa. Ergaea
bivas a Carmona, Salazar, Portugal,
terminando por mais dois vivas aos
srs Director Escolar e Delegado Es=
colar. O povo assistia depois à para=
dajde Gimnástica e ao leilão de vá=
Flas coisas que haviam sido ofereci«
das para esse fim, retirando tôda’a
gente contente pela festinha a que
acabavam de assistir.) a

António Martins Vidigal .
Salgado ‘

PEDRÓGÃO PEQUENO, 15 = Fas
leceu em Lisboa, onde residia há mal=
tos anos, o sr. António Martins Vidi=
gal Salgado, solteiro, de 86 anos de
ldnde; nataral ‘de Pedrógão Pequeno
e era filho do sr. Castódio Vicente
Martins e da sr.” D, Maria’ Paula da
Conceição.

‘Exertea os cargos de Tesoureiro
da. Fazenda Pública e larmaceatico.

O extinto era Irmão da sr “D. Ma»
ria da Conceição Vidigol, tio dos srs.

Ja Vidigal Marinha, de Pedrógão Pe=
ueno, Drs. Angelo Vidigal e dia
arinha Lacas, médicos, Dr. Flávio
dos Reis e Moura, notário, da sr.* D.
Maria Amélia, Ferreira Vidigal, de
Sertã, Capitão Rnal Ferreira Vidigal
e D. Inácia Ferreira Vidigal, de Carnim |
de, Dr. Castódiô de Palva e dos srs.
Brmando, António, Hamberto e Dr. |
Mário Paala, Alda e Herminia de Pal.
va, de Lisboa, Dr. João de Barros
Morais Cabral, Jaiz de Direito em Lei
ria, e D. Maria Angela, Helena, Jadi=
te, Alda e Adelino Marinha Vidigal,
de Pedrógão Pequeno. :
O Taneral efectaoa-se no dia 14 às
11 horas, da residência da Família Vi-
gal, em Pedrógão Pequeno, para jam:
zigo no cemitério da localidade, en«
corporando=se maitas centenas de |
pessoas da freguesia de Pedrógão Pem
deno e oatras localidades. O sr. Dr. |
ngelo Henriques Vidigal, sobrinho
do extinto, conduzia a chave da arna.
O sr. Dr. Carlos Martins, Presidente
da Câmara Manicip.l da Sertã, fez-se
representar pelo sr. Carlos Ferreira
David, Presidente da Junta de Fregaes
sia de Pedrógão Pequeno, os srs. dra,
Armando Torres Paalo, Juiz de Direito
e Raben de Carvalho, Delegado na

Nanes Rodrigues, professor e Juiz de
Paz em Pedrógão Pequeno.

Darante o percarso organizaram-se
diversos tarnos em que além das pes
sõas mencionadas vimos os srs. drs.
Albano Loarenço da Silva, advogado,
Canas e Farrala, médicos de Serna=
che de Bomjardim.

A” ilastre Familia Vidigal apresen-
tamos as nossas condolências.

Tiso O

SOBREIRA FORMOSA, 17 — Como
prêviamente tinha sido anunciado rea-
lizou-se nesta vila no último domingo,
dia 12, a’festa escolar desta freguesia
a qual teve farta concorrência. A ela
assistiram e com os pequenos das es-
colas confraternizaram as crianças dos
postos escolares da freguesia.

Conforme o programa, abriu a festa
com a salidação à Bandeira, seguida do
Hino Nacional, organizando-se às 9 ho-
ras o cortejo para a igreja paroquial
onde alunos e professores comunga-
ram. Seguldamente voltaram à escola
e, no Largo da Deveza, foi fornecido
às crianças um bom lanche, café e bo-
los, notando-se a alegria e satisfação
de que elas estavam possuídas,

trabalhos literários, não pôde in- | ;
felizmente concluir a sua última Mão de obra do projecto 120 637400

balhava, há já alguus anos, em Aredonamento . +
Paris, onde esteve, no ano pas- |

Abastecimento de –
águas à vila da Sertã

Como informámos no último
número, o sr. Sub-Secretário de
Estado das Obras Públicas e Co-

icações, por despacho de 30
do mês findo, autorizou a con=
cessão, à Câmara Municipal da
Sertã, da comparticipação de
Esc. 177.399800, pelo Fundo de
Desemprêgo, para a obra de

vila,
O respectivo orçamento des.
dobra-se da seguinte forma:

Mão de obra +. 120.637500
Materials… 347.750
Fiscalização: por parte do Estado. 10 600800

Total. AMB A9AS0O

A referida comparticipação cor=
responderá às seguintes verbas:

Mão de obra de fabrico de canaliza-

Doo o AS 6NSO
Fiscalização por parte do Fstado. 10 G00500
são

Total. 1I7.399S00

O prazo da comparticipação
poderá ser fixado em 17 meses,
dos Guará 4 meses com o prazo
inicial,

FUNCIONALISMO

Reassumiu as funções de chefé
da Secretaria Judicial desta co-
marca o sr. dr. João do Carmo
Corrêa Botelho.

— Foi concedida a aposentas
ção à professora da Mendeira,
D. Amélia Silvares Mendes, com
a pensão de 4.950800,

erO re
IGREJA MATRIZ DO TROVISCAL

Pelo «Fundo de Desemprêgo»
foi concedida à Comissão Fabri-
queira do Troviscal a comparti-
cipação de 22.057800 para repa-
ração da igreja matriz.

rg
SEIRA DE S. MARCOS

Efectua-se depois de Amanhã,
sábado, nesta vila, no pitoresco
bairro de Santo António, as tra-
dicionais festa e feira de gado de
S. Marcos, que costuma ser lar=
gamente concorrida,

<roe
CONTRA O SEBO DAS GOLAS DOS FATOS

Contra o sebo das golas pode
fazer-se uma lavagem de borato
sódio bem quente, aplicando uma
escova macia; depois fazer uma
segunda lavagem com água quen-

te simples e deixar enxugar,

Pelas 11 horas foi celebrada missa
na igreja paroquial com a assistência de
professores e alunos e de muito povo
que por completo enchiam o templo,

A’s 12 horas abriu a exposição esco-
lar, que foi muito visitada e admirado
o bom gôsto e disposição dos traba-
lhos manuais e de lavôres.

Com a casa completamente à cunha.
teve lugar à noite no Teatro Sobreiren=
se a récita infantil, tendo assistido o
Delegado Escolar gr. Francisco da Sil-
va Dario, as professoras de Proença a
Nova sr.as D, Sara da Conceição Ca-
valheiro e D. Leopoldina Calado e sr.
Vasco Joucha da Costa Soares, Chefe
da Secção de Finanças do Concelho,

Na abertura do espectáculo fez a
apresentação do grupo o professor e
director da escola sr. João Ribeiro
Cardoso.

Como era de esperar a récita teve
óptimo desempenho e agradou, portan=
do-se bem os jovens amadores.

Abrilhantou a récita um sexteto de
músicos escolhidos da Filarmónica Som
breirense e para que tudo decorresse
bem não se poupou a esforços o ensaia=
dor professor sr. António Marques
Flôr, bem como todos os seus colegas,

abastecimento de água a estasta

 

@@@ 1 @@@

 

A festá-escolar do concelho foi
prejudicada pelo tempo

Entre a população do concelho
e “especialmente da vila da Sertã
reinava o maior entusiasmo para
assistir à festa escolar anunciada:
para domingo. O tempo, capri-
choso, impediu a realização da
maior parte dos números do pro-
grama, aquêles, por certo, que
mereciam maior interêsse.

“Já de véspera chovera todo o
dia e’tudo levava-a supor que O
temporal se manteria durante o
domingo; assim foi, de facto, e,
salvo raríssimas- intermitências,
a lehúva! caíu contínia e enfado
nha durante o dia inteiro e de
tarde registou-se uma bátega vio-
lentíssima, que dispersou o cor-
tejo quando, da escola Conde de
Ferreira, se dirigia para os Pa
ços do Concelho. k

Contudo, .de manhã, às 9 ho
ras, comungaram as crianças das
escolas da Sertã e os seus pro
fessores; depois foi-lhes ofereci-
do!um lanche. Entretanto iam
chegando os alunos de quási tô-
das as escolas e postos, acom-
pânhados de seus mestres; os
pequenitos, com os seus bibes
brancos, azues e côr de rosa,
davam uma nota de alegria é
movimento à Sertã, que raras
vezes tem sido observada. Des
tacava-se, do conjunto, muitos
rapazes das escolas da vila, com
as suas fardas da «Mocidade»,
A’s 12 horas celebrou-se missa,
De tarde, e muito depois da ho=
ra marcada por virtude do mau
tempo, organizou-se o cortejo
com: a pequenada das escolas, em
número de centenas, algumas com
bandeiras nacionais, srs. Director
e Delegado Escolar, agentes de
ensino, «Legião», bombeiros e
Filarmónica, que se dirigiu aos
Paços do Cncelho, em frente
dos quais se formou uma interes-
sânte parada. A bandeira nacio-
nal: foi hasteada no edifício ao
som da «Portuguesa». No salão
nobre constituiu se a mesa, com
posta do Presisente da Câmara,
sr. dr. Carlos Martins e dos ve-
readores srs, dr. P, Nunes Cor-
rêa e António Lopes, que rece-
beu os cumprimentos dos alunos
das escolas do concelho, tendo,
pará esse efeito, lido, uma men-
ságem de satidação o aluno Er=
nesto Lourenço, da Sertã, que
também saiúdou o Director Esco-
lar, sr. Silvestre Maria de Fi-
gueiredo. Como autoridade su-
perior do concelho, agradeceu o
sr. Presidente da Câmara; em

semulda usou da palavra O sr. | q na fr
à | Sertã, todos os’cheles de lamília

ector Escolar, que
importância educativa destas fes-
tas e as directrizes da escola mo-
derna, cuja função primordial é
educar a juventude no caminho
da motal cristã e da religião
católica, pondo em relêvo a irans-
formação radical que sê operou
na orientação escolar após o ad-
vento do Estado Novo, isto é,
sob a égide dos chefes Imortais
Carmona e Salazar.

Porque a chuva continuasse a
cair, fez-se um peq recital
no próprio edifício dos Paços do
Concelho, ouvindo-se, com mui-
to agrado, o orfeéão das escolas
da. Sertã, que cantou os Hinos
Nacional e da «Mocidade», o
«Linho» e o «Rosmaninho», a-
companhado pelo sexteto espe-
cialmente Organizado pelo sr.

António Teixeira e que deixou!

magnífica impressão.

O sr, Director Escolar dirigiu
os seus cumprimentos ao sr, Di.
rector Escolar, professor António
Lopes Manso € à professora sr.*
D. Virgínia Baptista Manso, sa-
lentando a a que de-
ram 20 festival e enaltecendo o
carinho e entusiasmo que de-
monstram, sempre na preparação
das fests educativas, subordina
das a programas maduramente
estudados, mas que nem por isso
deixam de ser trabalhosos e
cheios de responsabilidades. La-
mentou que o tempo tivesse im
pedido que esta festa, preparada
sob tam bons suspícios, decor=

iprestígio do seu mome e da sua
alta patente militar ao serviço da
| Revolução Nacional. E

dirigido superiormente os, desti-
[nos da Grei; Isto quere dizer
| que, sob o consulado de V, Ex.º,

| cas, se lançaram: os alicerces do

AOomarcadaSortã

«Poitigal continna a er porj
Chefe de Estado o Sr.-Ge=:

neral Carmona to |

«Portugal continua a ter por
Chefe de Estado o sr, General
Carmona! Consoladora, recon-
fortanfe certeza!

E” que a Nação não esquece
que desde a primeira hora em
que o Exército português — vai
para 16 anos — julgou chegado
o momento de intervir na desor
dem que ameaçava subverter a
nacionalidade, V. Ex.* pôs o

E, desde que o movimento de
28. de Maio triunfou, sempre V.
Ex.*, primeiro no Govêrno e,
pouco tempo volvido, na chefia
do Estado, tem acompanhado; e

se sanearam as finanças públi-

Estado Novo e do;seu Império
Colonial, se atacaram os mais
instantes problemas de fomento,
se armou o Exército, se acres-
centou a, Marinha, se firmaram
as directrizes. da nossa política
externa, se; reintegrou Portugal
na sua tradição histórica fiel à
doutrina e à moral cristãs. Isto
signilica que, nos quási três lus-
tos que conta a presença de .V.
Ex.” na Presidência da Repúbli-
ca, se tornou possível, trilhando
os largos caminhos abertos, com
o apoio do Exército, executar a
obra de ressurreição nacional que
é justo orgulho de portugueses é
alto exemplo. para estrangeiros.
Pátria resgatada, Pátria digni-
ficada, Pátria restituída ao logar
que no Mundo lhe compete por
direito próprio l>
(Da saiidação dirigida ao Chejeide,
Estado pelo sr, dr. António Mas
deira Pinto em nome da Assem-
bleia Nacional).

rose à
Rodrigues Laranjeira

Passou bastante | incomodado
de saúde, encontrando-se, agora,
em via de restabelecimento,’ 0
nosso estimado colaborador sr;
Rodrigues Laranjeira, de Lisboa.

Desejamos, de tado o coração,
o seu rápido restabelecimento.

era

Racionamento. .

A-timede melhorar o | serviço
esváti E ana

podem dirigir à Secção Policial
da Câmara, até ao dia 25 do coór<
rente—depois de àmanhã—, as
observações que tiverem pot/con-
venientes quanto à forma como
estão organizados os-serviços.
Quem se sinta lesado com a
distribuição feita, deve indicar
qual o mínimo a que, em cons
ciência e em regime-de restri-
ções, se julga com direito.
E’“de agradecer também a in=
ção de casos isolados, por
ventura menos justos, por excess
so, devidos em parte à forma pre=
cipitada como foram feitas algu=
mas declarações. :

di

ee cessantes
rer-se com. o: brilho que era de
esperar. E .

De tarde foi aberta a exposi.
ção. escolar, onde há trabalhos
interessantíssimos, alguns de
muito valor.

Seo tempo o permitir é muito

“ceda ao leilão de muitas prendas

possível que no dia 3 de Malo
abra, nôvamente, a exposição
dos trabalhos escolares e Se pro-

oferecidas, cujo produto se des-
tina às caixas escolares; à festa
darão o seu concurso tôdas as
escolas e postos da Ireguesia da
Sertã, sendo convidados: tados

| dos preços da’venda de carne de

+ Necrologia
poa o DD EE
– Paulo dn ato Sena L

Na sua casa de residência em
Algés, R. Latino Coelho, 46; fa-
leceú, na pretérita 6.º feira, o sr.
Paulo Henriques Serra, propries
tário: de’64 anos de’ idade, natu=
ral de Pedrógão Pequeno.

“Deixa iviúva a sr.* D. Rosa
Barata &erp irmão do! nosso es»
timado assinante e amigo sr; João
António. Henriques: Serra, “de
Freixoleira (Torres Vedras)-e do
sr. Alfredo: António Henriques
Serra, da Sertã, a quem apre
sentamos as nossas sentidas con
dolências..

D. Maria-da Gosta Guilherme

Coma idade de 73 anos, fale-
ceu no logar do Cabeço da Fon-
te ( abeçu so), nó sábado passa
do, -a sr”. D. Maria da: Costa
Guilherme, muito estimada pelas
suas qualidades de carácier e
coração. Deixa viúvo, sr. Joa-
quim Guilherme e era mãi da;
sr* D. Maria do Carmo Costa, ‘
do Cabeço da Fonte, e dos srs,
Vergílio e Joaquim Guilherme da
Costa, residentes na Africa Orien-
tal, sogra dos srs. José Rufino e
Angelo da Silva, do Bailão (Ca.
beçudo) e cunhada do.sr. José
Guilherme, do Cabeçudo, a quem
apresentamos. os. nossos, muito
sentidos pêsames.

seguinte, com. grande acompa-
nhamento, para O cemitério pa-
roquial.

rare

Hospital da Sertã

Subscrição aberta pela «Go-
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã,» em Lisboa,
para à compra de material
cirúrgico:

Transporte (do n.º 290), 13.330840
Ex =“ Srs, Hilário Parinha da
Costa, D:métrio. da Silva Carva-
lho Eugénio de Carvalho’Leitão,
Alcino Martins Barata é |: C.,
20800 cada. Soma, 1 aa
A transportar, p= «» e. 13430840″
gro s
Preços; la venda da. came:
de’ vaca
Segundo à comunicação da].

N.P: P4 cômeçou a: vigorar, em
20 do corrente, a seguinte tabela

vaca ros concelhos de.’ Sertã e
Vilaide Rel: lombo, 12840; poja
douro, alcatra, rabadilha, vasio e
avém: redondo, 10$20; chão de
fora ou! ganso, 8880; língua,
8880; pá, scém comprido, peito
alto, cobertas e abaigrossa, 6840;
maçã, prego do’ peito, abas, ca
chaço e chambão, 4880; ossos,
1860. Estes preços: entendem-se’
por quilograma.

O preço-de compra de gado à
lavoura que serviu de base para
a elaboração da tabela referida é
de Bsc, 110300 a arroba.

É RDI
É. M. 59-2:=Lanço de Olel-
tos à Portela: da Sos do:
Giraldo (E. NM. 40-29)

A Junta Autónoma das Estra
das, pela Direcção dos Serviços
de, Construção, tornou, público
que no dia 6 de-Maio próximo,

elas 16 horas, na sede daquela
unta, perante ‘a respectiva Cos
missão, se procederá ao concur-
so público para: a arrematação:
da empreitada de construção do
lanço de estradas. acima indicado
com a base de licitação de Esc,
3.757 971800,

‘O depósito provisório é de
Esc, 93 950800; o depósito de-
finitivo será de 5, do preço da
adjudicaçã:. O processo de con-
curso, incluindo o respectivo
programa, acha:se patente todos
os dias úteis, das 11 às 17 horas,

” Verdades

| Sem artifício e conceito,
| Pode-as ler, qualquer sujeito;

| Dizer um por vários: modos: ‘

.O funeral, realizou-se no dia,

a Direcção dos Serviços de

os. professores e alunos das otu-
tras treguesias do, concelho.

Construção e em/Castelo Branco,

oa f4 Secção, 0)

sinôelas.

Estas verdades singelas,

E se-vir que alguma delas
Lá pela roupa lhe toca,
Tape a bôca.

Dizer um senhor fidaigo,

Que tem três contos de renda,

E que gasta uma fazenda

Só em sustentar um galgo,

Que-tôdas as lebres mata…
Patarata,

Que nos’seus ante;

Tem’trinta Reis coroados

Do claro sangue dos Gôdos,

Que prize veias lhe;gira…
* mentira.

Andar um para casar,

Buscando uma entre mil

Senhora rica e gentil,

E entender que há-de achar

Por cima disto donzela…
Bagatela.

O que consente à mulher

Andar na dança aos boléus,

Escrever. a chichisbéus,

E que lheideixa fazer

Em tudo a sua vontade. ,
Vá ser frade…

A viúva rica e nobre,

Que na igreja, muito atenta;

Lança’ devota água benta

De seu marido na cova

Só com a ponta do dedo, .
Casa cedo. :

 

A-que não: conhece «o mês,

E.que diz que tem catarro,-

Qué velhá oucome- barro, .

Ou:algum excesso fêz,

Que a curar lhe leva às vezes…
Nove meses,

À que tem dores da madre,
remédio ao mestre pede,
e vai ao Padre da Rede,

“1 Ou toma cedo compadre,

Acrescenta-a gente em casa, ..
– Ouse casa…

Ser de damas confessor,

E-ser Cónego em Sé vaga,

E-ter quem lhe cure a chaga

Do tirano e cego amor

Lã muito pela. escondida…
Boa vida

A que bebe sem vergonha

Que toma tabaco e dança,

Que do jôgo:não se-cansa,

Que é tôda guapa e risonha,

Se por milagre é donzela ..
Ter mão nela…

Naquela que anda em carroça
E pretende Senhoria,
Sem selembrar que algum dia
Andava seu pai de croça,
E sua mãi de tamanca…

Boa tranca.

Se às vezes traz a verdade

Algum dissabor consigo,

Aquele, que das que digo

Na mostrar nunca vontade…

Tenha ao menos por prudéneia
Paciência.

De «Flor do: Tâmega»

Urbano Rodrigues

O distinto escritor e jornalista
Urbano ; Rodrigues, autor dum
romance sensacional — «Através!
uns olhos verdes, …> — acaba de
ser con ie.orad: pelo sultão de
Marrocos com a comenda de Uis
san Alauite cujas insígnias lhe
foram entregues pelo sr. ministro
da França, em nome do general
Nogués, alto comissári: em Mar-
rocos, que delas lhe fez vferta
pessoal.

Urbano Rodrigues que se tem
afirmado um jornalista notabilis-
simo, princip-Imente em variadas
reportagens sôbre Marrocos, vi-
sitou’a Sertã o ano passado, por
ocasião da entrega do material
cirúrgico adquirido para o hos-
pital pela «Comissão dos Amigos
do Hospital da Sertão, em Lis-
boa, escrevendo, então, dois es-
plêndidos artigos àcêrca da nos-
sa terra, que o «Diário de Notí
clas» publicou nos números de
17 e 21 de Agosto.

Apresentamos ao sr, Urbano
Rodrigues as nossas felicitações
pela distinção qne acaba de lhe
ser conferida.

era

DOENTES

Da sua casa de Mouguelras de
Baixo (Oleiros) partiu para Coim-
bra, bastante doente, na passada
5.º.feira, o nosso amigo srs Teos
tónio Pedroso Barata dos Reis,
que’se fazia acompanhar de sta
espôsa. Cremos que ficou ali
hospitalizado,

—Encontra-se doente a sr.* D.
Hermínia Luíza da Silva, espõsa
dosr. José Guilherme, do Ca»
beçudo. ,

== Com um forte ataque de gri
pe guarda o leito, há já algums
dias, o nosso amigo sr. dr. Al-
bano Lourenço da Silva, da
Quinta das Agulas.

—Têm passado um pouco me-
lhores “a sr” D. Maria José to
Vale Santos, espôsa do sr. Car=
los dos Santos e o sr. António
Craveir, tam impertinentemente
atacados pela gripe durante mul-
tos dias.

O pronto restabelecimento de
todos é que o sinceramente nd
sejamos, :

Notasa lápis

(Continuação)

(OM a plantação das batatas

deregadio e a de semen.
teira de milho, os terrenosade
culturamadaramcompletamens
te de aspecto; os nossos olhos:
prendem-seao observar, agora,
ascerradas à margem das ris
beiras, com a terra negra bem
ordenada e arrumada, de rê-
gos paralelos ou formando ca
prichosos desenhos geonétri=
cos, salpicados do verde das
alfaces vo

Cro.

Cobrança de Assinafuras
na Propíncia

Vamos: proceder à cobrança
das assinaturas na Província, pe-
lo correio, querendo ficar a des
ver a todos o favor de liquidarem,
prontamente os recibos, porquans
to, se a cobrança já por si é
muito: dispendiosa, a devolução
causa prejuízos e transtôrnos in-
calculáveiss

O ideal-seria que todos os nos=
sos assinantes mandassem directas
mente o dinheiro das assinaturas.
Verilica-se, porém, que muitos
não se lembram de o fazer &
grande número procura lurtar-ab
a maçadas, F

Solicitando : o pagamento nb
acto da apresentação dos recibos
não imploramos um favor, im
vocando apenas um direito,
note-se que não vimos para aqui,
cafpir-nos pelas grandes dificuls
dades que hoje nos assoberbam
entre as quais figuram, como di
maior vulto, os aumentos relatis
vos a taxas postais e 20 custo dd
papel é Impressão, que são fres
mendos.

Esperamos, polis, que todos;
de um modo geral, se compene-
trem de que não estamos em con»
dições de enviar o jornal de bor=
la a ninguém,

A Administração
ro
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
do Castelo Branco