A Comarca da Sertã nº314 08-10-1942

@@@ 1 @@@

 

DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO

FUNDADOR ES
-—— Dr. José Carlos Ehrhardt tu
— Dr. Angelo Henriques Vidigal =
ema Antóriio Baratã e Silva =”
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa

fomposto a Impressa)

NA. j
RE Danato da Flva Coreia TIP. PORTELLA:FEUÃO
sete REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO te CASTELO
RUA SERPA PINTO-SERTAÃ BRAS.
e ema cen mem |TELE FONE
PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
ANO VII | iebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos de Sertã | gta To ES
Nº 314 | Oleiros, Proença-a-Nova é Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) | 1942
ro |

Notas …

troupe musical dirigida por
Angelo Mendes deslocou-se
até Sernache do Bomjardim
na pretérita 5.º feira, satisfa:
zendo, dêste modo, os instan-
tes pedidos que de há tempo

lhe eram feitos por amigos da-.

li, onde há muita gente que
aprecia a boa música, sobre.
tado quando ela tem a inter:
pretá-la amadores de talento,
como os que constituem êste
espiêndido agrupamento, em
que sobressai, indiscativel-
mente, o simpático acordeo-
nista dirigente

E portaram-se à altura os
rapazes, nem outra coisa era
de esperar, tanto mais que fo-
ra de casa se capricha em bo
tar figara, não deixando o crê-
dito por mãos alheias…
– Todos os que tiveram o pra-
zer de onvir os moços, apre-

— ciaram. altamente o sen enge-

nho e agora, com a boca dôce,
não descansam enguanto os
– não apanharem lá ontra vez!
No Club Bomjardim,nas ruas,
às janelas juntou-se, para oti-
vir bem a troupe, muita gente,
que se deliciou com uma sere-
nata de estalo!

Na residência do sr. dr. Al
bano Lourenço da Silva, na
Quinta das A’guias, como no
Clanb, os rupazes foram rece-
cebidos e tratados principes-
camente, com aquela cativante
e fidalga hospitalidade que
caracteriza e honra a gente de
Sernache Parecia mesmo que
ninguém estava disposto a dei-
rar regressar os moços, tal a
sensação agradável que a visi-
ta cansou, pois que só regres-
saram às é horas e picos |

Os rapazes vieram conten-
tíssimos e deram o tempo por
bem empregado, o que muito
foigamos saber.

CrOLO

falta de automóveis tem

originado farta afluência
de passageiros às camionetas
de serviço público da nossa
região, de que é concessioná-
ria a Companhia de Viação de
Sernache.

Muitas vezes as temos visto
à pinha, a trasbordar de gente,
gue, passando pela Sertã, se
dirige a Lisboa, Oleiros, “Al.
varo, Pedrógão Pequeno, Cas-
telo Branco, Coimbra, etc.
Quási sempre as camionetas
têm demora na Sertã. ponto de
ligação das diversas carreiras.
Os passageiros, aborrecidos e
fatigados pelas longas viagens,
saem dos veículos, no Largo
Ferreira Ribeiro, para se de
sentorpecerem e tomar um pon-
co de ar; olham para a ribei-
ra. miram o castelo, lá no aito,
encaram com aquela fila de
casas da rua Gonçalo Rodri-
gues Caldeira deselegantes,
snestéticas e mesmo de aspecto
vergohoso e, enfastiados, por
entre. bocejos mal contidos,
voltam para os logares na ca-

mioneta, contrafeitos por não:

A guerra e us grandes ilusões da humanidade

Raça e força — igualdade e liberdade

III

OUCO importa que as próprias subs-
p tancias elementares ou complexas,
representem, apenas, paragens,
equilibrios ou certos graus de vibração das
moléculas, ou átomos dos corpos, repre-
sentando condensações várias, harmónicas
que se completam, associam, arrastam umas
às outras, tal qual as notas da música se
associam, e arrastam, num acorde perfeito,
o que sabemos é que uma desigualdade,
constantemente, se renova, na natureza,
nos corpos, nas fôrças que afinal também
são desigualdades de posições, estados e
níveis etc. Sem energia e movimento não
se fazem combinações ou decomposições.
Estas exprimem-se por números bem sigai-
ficativos. Serão, os corpos simples sistemas
electrónicos diferentes ?

Fôósse qual fôsse a constituição, forma,
ou estado dos elementos que compõem o

universo ou formam a terra, quanto à sua
origem primitiva, o que é, para nós certo,
indubitável, evidente, é que desde o pri-
meiro momento que se realizou no mundo,
qualquer movimento, trabalho mecânico ou
orgânico, êle só podia realizar-se median-

tes desigualdades e estas desigualdades são

tão necessárias a tôda e qualquer acção
como as cousas são necessárias aos efeitos,
as substâncias aos acidentes, os vales aos
montes, as noites aos dias, a luz às trevas
e o espaço aos corpos.

Pelas definições da física, todo o tra-
balho mecânico supõe, essencialmente,
duas fôrças diferentes, dois sentidos de ac-
ção diferentes, um ponto ou móvel que
ocupa sucessivamente lugares diferentes,
um caminho percorrido que póde ter direc-
ções diferentes, enfim, uma acção potente,
vencendo sempre uma acção resistente em
sentidos contrários e diferentes. Nas subs-
tâncias orgânicas, nas operações dos seras
vivos, mesmo de grau infimo, todo o traba-
lho de assimilação ou desassimilação com-
porta: acções variadíssimas que penetram
e dominam os corpos até às entranhas mais
profundas — os atomos, as fôrças da afini-
dade — é Que infinita variedade de movi-
mentos e acções, composições, decomposi-
ções, e organizações não produz a luz e o
calor do sol sôbre a terra?! Tudo quanto

se move, vive e respira, podemos dizer : —

é filho do sol!… E essa linda e suave luz
do sol que agasalha no seu seio amoroso
todos os viventes e é fonte perene e cons-
tante-de todos 08 seus anseios de vida, har-
monias, amores e sociabilidade, não é mui-
to diferente da que seria há milhões de
séculos, todavia éla pode difundir-se em
harmoniosas, suavissimas e diferentes cô-
res, vestir os prados de lindas flores, cobrir
os montes de seus raios doirados, dár-nos
o azul doce do céu, o manto verde, da ter-
ra, 08 reflexos vivos e brilhantes das águas,

por JOSÉ ALVES PEREIRA

E QUBS==S

os variadissímos encantos duma manhã de
primavera, dum pôr do sol, e pouco pro-
grediu e variou, mas fez progredir e variar
tudo à sua roda!…

Duma massa primitiva, homogénea,
imensa, rarefeita e nebulosa, uma fôrça e
um movimento fizeram milhares de fôrças
e milhares de movimentos e ôstes, fizeram
milhares de mundos que até hoje não dei-
xaram de progredir, isto é, de se diferen-
ciar uns dos outros. Tal foi a formação do
universo segundo as melhores hipóteses,

000º 0c00 00 000 COGU) ca CCC sa Casco .Ǻ e

Quanto mais perfeita é a natureza dum
ser, mais alto o fim a que se dirige e maior
o desenvolvimento e progresso que pode
atingir, tanto maior será o número dos seus
órgãos, das suas faculdades, das suas fun-
ções e mais vasta e variada será a sua acti-

vidade, Ainda: quanto mais avançado se

encontra qualquer ser no caminho que a
sua natureza lhe marca, tanto mais inde-
pendentes e diferenciados serão todos os
órgãos que o governam. .

Progredir é, pois, variar, mas variar
não é, de forma alguma, mudar subatan-
cialmente, neste sentido de que estamos
tratando.

Aqui variar, é aumentar, desenvolver-
se, alargar, aperfeiçoar-se e, portanto man-
ter alguna coisa do que era.

Assim :

Referindo-nos só aa homem, consideora-
do como ente cosmológico, resumo e sin-
tese de tôda a criação, êle acumula sôbre
os seres inorgânicos, funções de vida vege-
tativa pelas quais produz, sôbre êles, uma
superior variedade de combinações e fun-
ções para se nutrir e alimentar, e, até sô-
bre os seres vegetais.

Como ser sensitivo, acumula sôbre os
vegetais muito maior variedade de órgãos,
funções, actividades que pôde, ainda fazer
variar em seus movimentos automáticos,
espontâneos oa reflexos, indefinidamente,
pela faculdade de se transportar é viver

em lugares variados e diferentes, sendo se-

nhor da direcção, velocidade, continuidade
ou suspensão dos seus movimentos.

Se agora fórmos a considerar as suas
excepcionais prerogativas de ser racional,
então vemos que diferenças incomensura-
veis o separam de todos os outros seres,
enquanto à sua essência física, caminho
percorrido nas vias do progresso, e alt.s
fins e objectivos que póde atingir! A sua
essência, faculdades, órgãos e operações
tornam-no verdadeiramente independente
do meio exterior quanto ao conhecimento
e. escolha dos seus fins, dos meios de os
realizar e, da forma de os realizar — diz-se
que é livre—,

(Continua na 4.º página)

A a lápis

haver no local um banco pi
modo onde se sentem e repom-
sem à vontade, nem tão pouco
a emprêsa possuir uma estas
ção ampla e arejada que lhes
permita mudar de panorama !
A agência, em dias de movi-
mento, não pode comportar
ninguém, nem mesmo tôdas as
bagagens, que não raras ves
zessevéemcá fora, empilhadas.

E* pena que assim seja. Os
passageiros, sobretudo os que
não conhecem a vila, levarão
dela más impressões. Quis q
Companhia, em tempo, cons
truir nm edifício para agência,
com garage anexa, mas tôdas
as dificuldades lhe levantaram
e não teve outro remédio se
não desistir. Contudo, parecia»
nos conveniente que a agência,
mudasse para um, ponto mes
lhor da vila, que poderia-sers
salvo melhor opinião, o Largo
do Chafariz, onde talvez não
fôsse difícil arranjar as ins=
talações necessárias. De resto,
o Largo e a Praça dariam aos
passageiros impressões bem
diferentes das que agora se
lhes oferecem e até mesmo;
sem esfôrço de maior, êles se-
riam tentados a dar um salto ao
Adro e ao Miradouro, admi-
rando os dois passeios e as
belas paisagens que dêles se
desfrutam,

À agência, como está instas.
lada, tem um aspecto de pos
breza que não se harmoniza
nem com o nosso meio nem.
com a importância da Comes
panhia de Viação de Sernache.

Eis os únicos motivos désie
comentário.

ro

AS galinhas do hospital go
zam duma liberdade ex=
cessiva, de forma que, supons
do-se em terreno conquistado,
esgaravatam os canteiros do
jardim, fazendo grandes covas
e laureiam por tôda a pafte,
desde o parque até às servens
tias exteriores dos pavilhões,
onde deixam sinais bem ca-
racterísticos da sna semceric
mónia… e má educação!

Eº claro que se poderia ar»
ranjar, com um pouco de boa
vontade, um cercado para os
galináceos, mas não vale a.
peniã. SA

De resto, que importa isso.
se nem ao menos, em volta dos’
pavilhões, existe a limpeza
que era de desejar ?

ro

5 DE OUTUBRO

Na Sertã comemorou se, como
de costume, o aniversário da im-
plantação da República: de ma-
drugada lançaram-se dezenas de
morteiros e a Filarmónica União
Sertaginense percorreu as ruas:
tocando a «Portuguesa»; nos edi-
fícios dos Paços do Concelho e
do quartel da Guarda Nacional
Republicana a bandeira nacional

foi arvorada com toda a solenidade ao som do hino nacional,

 

@@@ 1 @@@

 

“IMPRESSÕES DE gincEm
VIZELA

| Vizela, 16 de Agosto — Após
um percurso de mais de 400 qui-
lómetros, que tantos são os que
separam a Capital desta locali-
‘dade, acabo de chegar a esta lin-
da região do Minho, onde venho
procurar um repouso reparador,
abandonando por algumas sema:
nas a vertingem da cidade, onde
‘Os nossos nervos se esgotam de
intensa labuta,

|. O rápido leva-nos à Cidade
Invicta, e daqui seguimos para a
região que demandamos e para
nós em parte desconhecida.

‘O combóio que nos conduz
segue agora por entre verduras
e panoramas que cada vez des-
lumbram mais os nossos olhos.
Seguimos agora sempre pela
margem do rio Vizela que ser-
penteia por entre espêssas ver-
duras, produzindo as suas que-
das, nalguns pontos, efeitos de
grande beleza.

“Vão-se adensando cada vez
mais os prados e os vinhedos
numa policromia que nos deixa

maravilhados. Não se enxerga:

um palmo de terra devoluto Tu-
do são vinhedos que sobem pe-
las altas ramarias. Não se obser-
va uma única árvore que não es-
teja enleada por enormes parreis
ras cujo fruto se apresenta pro-
metedor. .

À vila de Vizela está situada
no coração da província do Mi-
nho—o jardim de Portugal como
já temos algures, e que de facto
constatamos, Fica esta impor
tante vila a 9 quilómetros de
Guimarães, terra-berço da nossa
nacionalidade. Conta 5.500 ha-
bitantes e é circundada de mon-
tes que lhe dão um lindo e apra-
sível aspecto.

– À impressão que colhemos nu-
ma das nossas peregrinações
através desta localidade deixou-
nos maravilhados Encontrámos
aqui um povo trabalhador, ale-
gre, comunicativo e bom. Notã
velmente religioso, constatámo-
lo hoje através duma encantadora
festa aqui realizada, e que igual-
mente excedeu a nossa especta-
tiva. À procissão constituiu uma
imponente manifestação de Fé, e
surpreendeu-nos pela magnili-
cência da sua impecável realiza-
ção,—o que nã” estamos acostu-
mados a ver em outras terras.

“ Especialmente notáveis as suas
“águas sulfurosas de efeitos segu-
ros, que trazem aqui uma multi-
dão em cata de cura para seus
males.

Visitâmos o sumptuoso «Bal-
neário» um dos maiores do País.
Acompanhados por um funcisná-
rio superior que nos deu tôdas
as explicações percorremos tôdas
as. suas vastas dependências. —
Como jvê — diz nos o nosso in-
formador—pelo número de doen-
tes que aqui se encontram, êstes
banhos são sempre muito fre-
quentados. E prosseguindo :—os
seus continuados curativos anuais,
potco vulgares em muitos dos
padecimentos revelados, cada vez
justifica mais o seu alto renome,
e são notáveis às curas aqui rea
lizadas.!. a

Vizela possué ainda as suas fá-
bricas de fiáção e tecidos;
ootra riqueza que lhe dá vida,
pois as suas sêdas e os seus ris-
cados são bem conhecidos e afa-
mados. :

– Não podíamos deixar de visi-
tar uma destas fábricas. Por amá
vel deferência do respectivo ge-
rente que gentilmente nos aco-
lheu, ao saber da nossa intenção

de concluir uma crónica, pronta,

mente nos mandou patentear
tôdas as dependências da fábri-
ca, cujo labor é ininterrupto pois
trabalha dia e noite.

Digna de nota a fabricação das
sêdas, a qual nos foi demonstra-
da em todos os seus pormeno-
res.

Por tudo isto, Vizela consti-

xasamaetimee

A Comarca da Surtã

MINISTÉRIO DA ECONOMIA

DO COMÉRCIO DE METAIS

COMISSÃO REGULADORA

AVISO

Porque chegou ao conhecimento desta Comissão que
certos indivíduos, com propósitos mal intencionados, tentam
fazer crêr que o preço porque ela paga actualmente o miné-
rio de wolirâmio vai ser em breve aumentado, julga se ne-
cessário esclarecer que tal noticia é destituida de todo e qual-
quer fundamento, pelo que serão chamados á responsabilida-

de aqueles que a propalarem,

Mais se julga conveniente esclarecer que esta Comis-
são efectuará o pagamento do minério que lhe fôr entregue

pela forma seguinte:

a) Até 80 por cento contra entrega do minério

devidamente tratado;

h) O restante depois da confirmação da analise
e em prazo não inferior a 45 dias a contar da entrega.

O pagamento da totalidade pode tambem ser efectuado
contra entrega de minério, desde que o vendedor preste á Co-
missão garantia bancaria por esta aceite.

Finalmente, previnem-se os proprietários de oficinas
de separação de que está á sua disposição o serviço de trans-
portes que esta Comissão organizou a-fim-de transportar para
os seus Armazens o minério separado que lhe devem entre:

gar os mesmos pro prietários.

Quem pretender utilizar-se dêste serviço tem apenas de
dirigir se, pessoalmente ou por escrito, aos Chefes dos Arma-
zens da Comissão Reguladora do Comércio de Metais da
Guarda ou de Vizeu, ou ao Presidente da mesma Comissão,

Lisboa, 24 de Setembro de 1942.

O PRESIDENTE.

estância de cura e repouso digna
de aprêço, e sobretudo de ser
visitada por aquêles que carecem
de trangúilidade e bom trato.

João Antanes Gospar

Contribuição industrial
Lúcio Amaral Marques,
Chefe da Secção de

Finanças doConcelho
de Sertã.

Faz público que, de harmonia
com o disposto no artigo 7.º do
Decreto-Lei n.º 24,916, de. 10 de
Janeiro de 1935, e dentro do pra-
zo de 15 dias que se começam a
entar da data do presente edital,
podem os contribuintes das Fre-
guesias do concelho da Sertã
dêste concelho sujeitos à Contri-
buição Industrial Grupo C. tc-
mar conhecimento das importân
cias do rendimento tributável fi-
xado pela Comissão respectiva e
apresentar no mesmo prazo quais-
quer reclamações para a mesma
Comissão, sôbre as importâncias
fixadas.

As reclamações lavradas em
papel selado devem ser assinadas
pelo interessado, ou a seu rôgo
dado perante Notário quando não

souber escrever.

E para que chegue ao conhe-
cimento de todos, se passou o
presente edital e outros de igual

me 2 (
teor que vão ser afixados nos lu-

gares de estilo.

Secção de Finanças do conce-
o de Sertã, 30 de Setembro de
1942. /

O Chefe da Secção de Finanças,
Lúcio Amaral Margues

Colégio Vaz berra

Curso dos licousr»
– Admissão aos licous
e Instituto Comercial

e Industrial.

ne um pequenino Eden: uma SERNACHE | DO BOMJARDIM

Companhia Viação de Serna-
che, Ld,?

Concessionária das carreiras
de passageiros entre

COIMBRA e CASTELO BRANCO

Avisa o público de que foi for-
cada a estabelecer OS SEGUIN-
TES HORARIOS, por motivo de
várias reclantações oficiais e par-
ticulares, baseadas no facto de
em Castelo Branco se perder
quási sempre o comboio correio,

‘ Chegada Partida

Coimbra…….. 11,40
Figueiró…….. 14,00 14,25
Sertã. «cao creo 190 16,00
Proença…..v..» 16,45 16,56
Sobreira…….. 17,20 17,30
CE. Branco…» 19,90

— O horário Castelo Branco—
Coimbra continua como até aqui,
saindo da 1.º localidade às 9 ho-
ras echegando à segunda às 16,40.

Também não ha alteração
quanto aos dias em que as car-
reiras se efectuam em qualquer
dos sêntidos.

Norberto Pereira
Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO

Rua Aureã, 139 2º-Dº
Telefone 27111

LISBOA.

Vendem-se
Máquina de costura e sa-

pateiro, usadas.

Tratar com Amaro Vaz
Martins — Sertã.

Papel para embrulho
Vende se nesta Redacção.

Postais com vistas da Sertã
“(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção

Colecção, de 7 postais — 7800

EDITAL|

António Maria Pinto de Castelo
Branco, Governador Civil do
Distrito de Castelo Branco, tens
do eim vista a necessidade de, com
a maior urgência, reprimir os
abusos que, a pretexto das cir=
cunstâncias anormais proveniena
tes do estado de guerra, alguns
indivíduos estão praticando no
que se refere a preços de fretes
de mercadorias em veículos de
de tracção mecânica e animal, ao
abrigo dos poderes que lhe conu
fere o artigo 409.º do Código
Administrativo, torna cbrigató=
rias em todo o distrito às seguine
tes determinações :

– Artigo 1.º—Para os efeitos dês
te edital, os transportes de mere
cadorias, por via ordinária, divi-
d-m-se em duas categorias:

a)—de tracção mecânica (T M)

b)—de tracção animal (T A)

$ 1.º—Consideram-se de tracção
mecânica 09 transportes efectuados
em veículos automóveis, de qual-
quer natureza, destinados a cir-
cular sôbre as vias públicas sem
emprêôgo de carrie,

$ 2.º — Consideram-se de tracção
animal os transportes efectuadog
em veículos tirados p r animais
de espécie bovina, cavalar ou
muar, também destinados à Gir=
cular sôbre as vias públicas sem
emprêgo de carria. .

Artigo 2.º—Os transportes de
categoria T M dividem-se ema três
classes :

I.-em veículos cuja carga má
xima autorizada não exceda 3,000
quilogramas;

II-—em veículos cuja carga má-
xima autorizada não exceda 4.500
quilogramas;

Ill-=em veículos cuja carga má
xima autorizada ultrapasse 4,500
quilogramas. pe

Artigo 3.º=Igualmente os transe
portes da categoria T A se divi-
dem em três classes : e e

I–om veículos tirados por
dois animais das espécies muar
ou cavalat;

Il—em v ículos tiradcs por
um só animal das espécies muar
ou cavalsr;

um ou mais animais da espécie
bovina,

Artigo 4.º—Para os efeitos dêôse
te edital e em qualquer das cates
gorias de transportes (T M ou T
A), os fretesipodem ser simples (S)
ou de retorno (BR).

$ 1.º— Entende-re que o frete é
simples, quando um veículo é uti-
lizado apenas num só trejecto en
tre dois pontos,

S 2.º— Entende-se que o frete
é de retorno, quando um veículo é
utilizado nos dois trajectos entre
dois pontos (ida e volta) mas ao
serviço do mesmo alugador.

$ 3.º— Apenas com referência à
catsgoria T A e em concordância
com os usos e costumes locais na
faina agricola, admitem-se ainda
os fretes à geira, considerando-se
como tais os que tenham por fim
a utilização do esfôrço duma jun-
ta de gado bovino ou duma pares
lha de gado cavalar ou muar, num
dia de trabalho agrícola.

Artigo 5.º-—O preço dos fretes
terá por base de cômputo, na ca-
tegoria T M, a tonelada (1.000
quilogramas) e, na categoria TA,
a arroba (15 quilogramas), seme
pre com referência ao quilómetro.

S 1º—A circunstância de um

alugador não utilizar num veiculo

fretado o máximo da sua carga
autorizada, não lhe confere o dis
reito de se escusar &o pagamento
do frete tal como sê o veículo ti-
vesse trânsportado um carregas
mento completo.

* Artigo 6º—A partir do dia 1
de Novembro de 1942, inclusivé,
deverão ser observadas as seguin-
tes tabelas de preços máximos,
por quilómetro :

TABELA A, na categoria T
M, Classe I, Simples, 6800, De
retorno, 8500; Classe II, Simples,
6550, De retorno, 9800; Classe EI,
Simples, 7800, De retorno, 10800.

TABELA B, na categoria T A,

Classes 1 e III, Simples, 402; De

Ill—em veículos tirados por |

ANUNCIO
(18 Publicação)

No dia 17 do corrente mez de
Outubro ; pelas 12 horas, no Tri-
bunal Judicial desta comarca de
Sertã, em virtude da execução su=
mária que o exequente Emídio da
Silva Rosa, solteiro, maior, agri-
cultor, residente no logar do Pisão
Cimeiro, freguesia de Vila de Rei,
promove pela 2.º Secção da Secre.
taria Judicial desta comarca, contra
o executado António Pereira, viu-
vo, proprietário, residente no mes-
mo logar e freguesia, há-de ser
posto pela primeira vez em praça,
para ser arrematado pelo maior
lanço oferecido, superior ao valor
que adiante se indica, o seguinte
prédio pertencente ao referido exe=
cutado, a saber :

PRÉDIO A ARREMATAR

Casa de habitação e seus logra=
douros e quintal anexo de terra de
cultura com oliveiras, videiras, ar-
vores de fruto, mato e pinheiros,
no sítio da Horta Nova, limite do
Pisão Cimeiro, parte do norte com
José Cotrim, nascente com a ri-
berra, sul com Joagum da Silva
Rosa, e poente com José Dias Pora
tela. Está inscrito na matriz pre:
dial urbana sob o art.º 942 e na
“predial rústica sob o art.º 16,176,
e descrito na Conservatória do Re-
gisto Predial da comarca da Sera
tã sob o n.º 29,278. Vai á praça
no valor de 1,6829580.

Sertã, 3 de Outubro de 1942,
Verifiquei :
O Juiz de Dweito,

Eduardo Marques Coelho
Correia Simões

O Chete de 2* Secção,
Angelo Soares Bastos

retorno, 502; Classe II, Simples,
803, De retorno, 903, au
TABELA O, fretes «à geiras
Classes I e III, Dentro do limite
da freguesia de recola dos veículos:
e do gado, por geira, 45500, Fóra
do limite referido, por geira, 55500.:

S 1º-—Na fixação dos preços
constantes da tabela A, duverá
ser levado em conta O númsr: de
quilometros à percorrer com a ida
ao lugar de destino é O regresso
ao ponto de partida, E

$ 2.º—0 preço dos fretes cujo
trajectos não ultrapassem & úres
das cidades de Castelo Braaco »
Covilhã, será regulado em tab–
las especiais a elaborar pels Po-
lícia de Segurança Públio. | |

Artigo 7.º—Os indivíduos que,
em transgressão do que Val ests=
belecido nêste edital, exigirem ou .
cobrarem preços superio:es eva
devidos, serão punidos com a
multa correspondente ao dôbro.
do custo do frete, caliulado com:
base nos máximos respectivos da
tabela, acrescido de um terço por
cada reincidência, H.vends d:-
núncia, a parte que so autoance
competiria na multa, segundo as
leis em vigôr, será dividida em
partes iguais pelo autosnte e:pelo
denunciante. pad

S 1.º-— Pelo pagêmento das
multas serão sempre e em, qual.
quer caso responsáveis Os prom:
prietários dos veiculos. fosso

S$ 2º-—Os indivíduos que’-pa-
garem por fretes preços superiores:
aos que resultariam da aplicação:
das tabelas constantes do artiº 6.º,
serão punidos com & multa a que
se refere o corpo dêste artigo,.
excepto se provarem o seu estado:
de necessidade e a impossibilida-
de de recorrerem a outro meio de
transporte da mesma categoria.

Artigo 8.º—Os preços constan-
tes das tabelas a que se refere o
citado art.º 6,º poderão ser corri
gidos sempre que as circunstân
cias o determinem, –

Govêrno Civil do Distrito de
Castelo Branco, 18 de Setembro
de 1942,

O Governador Civil, António

Maria Pinto de castelo Branco,

 

@@@ 1 @@@

 

Álol Alo! aqui Sertã!!!

Correspondência entre as pessoas da
Peglão € OS seus
parentes e amigos residentes em Africa

Dia a dia crescem as dificul-
dades para fazer chegar ao seu
destino as correspondências ex-
pedidas da Metrópole para a
Africa e vice versa.

Além de inúmeros prejuízos,
de tôda a ordem, que o facto
acarreta, é doloroso, para quem
vive longe, não ter notícias fre
quentes dos parentes. Ora, os
jornais, não estando sujeitos ao
rigor da censura aplicada às cor-
respondências pelas autoridades
militares inglêsas, chegam sem-
pre ao destino e até com uma
brevidade muito apreciável nes-
ta conju tura difícil, criada pela
guerra.

Por conseguinte, podem êles
prestar um valioso serviço a to=
dos quantos os queiram utilizar
e que consiste, precisamente, em
transmitir informações de cará-
cter particular, uma breve e la-
cónica correspondência, digamos,
das famílias residentes na Metró-
pole para os parentes e amigos
que permanecem em Africa e

– dêstes para aquelas.

A «Comarca da Sertã», cônscia
da sua missão de bem servir o
público, desde já abre uma sec
ção para o fim em vista, colo-
cando, por isso, as suas colunas
à disposição de quem as queira
utilizar. Mediante uma módica
taxa, tôda a gente se pode cor-
responder com as pessoas de fa-
mília residentes em Africa. Por
sua vez, estas podem, também,

aproveitar o mesmo sistema pa.

ra comunicarem com os seus re-
sidentes na Metrópole, utilizan-
do na Colónia de Moçambique,
o jornal «Moçambique», de Lou-
renço Marques, com o qual per-
mutamos e, em Angola, o perió-
dico que melhor lhes convenha,

* solicitando à respectiva Redac-

ção a- remessa, para nós, dos
exemplares, com a possível re-
gularidade.,

-Tôdas as correspondências
contidas nos jornais que rece.
bêssemos seriam imediatamente
transmitiias aos destinatários e
de igual forma nos encarregaría-
mos de enviar um exemplar a

todo aquêle que, vivendo em

Africa e não sendo assinante,
tivesse necessidade de o receber

cia que lhe fôsse destinada.

Cremos ter nos explicado su-
ficientemente para que todos
compreendam o nosso objectivo,
que é o de sermos úteis a tôda
a gente e, em especial, aos nos-
sos amigos e assinantes e suas
famílias.

Vamos elaborar uma tabela
com os preços que devem regu-
lar êstes serviços e no próximo
número voltaremos ao assunto.

ei
Festa de N. Sr.’ da Graça

No (próximo domingo realiza-
se, na Senhora dos Remédios, a
festa de N. Sr.? da Graça, ha-
vendo : missa rezada e comunhão

sermão, ao meio-dia e, à tarde,

procissão com as tradicionais fo-

gaças.
er

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Pelos srs. Manuel Cristóvão,
de Lisboa, António de Oliveira
Guerra, de Sernache, António
Custódio Marques, de Vila Fran-
ca de Xira e P. Artur Mendes de
Moura foram indicados para as-
sinantes, respectivamente, os srs.
Manuel Ribeiro Laia, de Almada,
Hermínio de Oliveira Guerra, de
Lisboa, Guilhermino Dias, de
Vila Franca de Xira e Artur de
Oliveira Moura, de S. Vicente
(Cabo Verde). – –

Os nossos sinceros agradeci-
mentos, asa GORRO

; Pêso, causou entre os habitantes

CA Oomarca-da Sertã

aa RS Rg “o É a a E
Y 2 = É
* AGENDA *,

B sa ns us a E)
ê, o, 4 ta», f %, e s
fa? e Ca Sa a ad

Estiveram : no Olival, de visi-
ta a seu pai, que se encontra
doente, o sr. Joaquim André, de
Lisboa; na Sertã, o sr. Jorge Gas
lâmba Marques e família, de Cas
tanheira de Pera. .

—Da Arnoia retirou para Lis=
boa, com sua família, o sr. dr.
José António Ferreira.

—Vindo do Vilarejo e de re-
gresso a Lisboa, tivemos o pra-
zer de abraçar na Sertã o nosso
amigo sr. Frutuoso A, Pires de
Oliveira.

—De Tomar, regressou à La-
meira da Lagoa o sr. José Men-
des André.

—Regressou da Figueira da
Foz, com sua família, o st. An-
gelo Soares Bastos.

Bege

A acção da «Comarca
da Sertã»

À reportagem publicada, no

penúltimo número, sôbre a inau-
guração da Casa do Povo do

da progressiva freguesia verda-

Marés da Gomarça

(otário dos nossos Correspondentes

VILA DE REI, 27—Por motivos
bem contrários a nossa vontade não
assistimos à inauguração da Casa do
Povo da ireguesia do Pêso, deste con»
celho.

Tivemos pena, porque desejavamos
viper uns momentos de espiritaalida-
de, embora a nossa anónima presen»
ça, só mo conjunto nos. permitisse
prestar homenagem, não aos homens,
“mas aos que ali representam o Estam

“do Novo, cuja obra grandiosa penetra

nas mais recônditas aldeias, protes
gendo os desherdados da Íortana e
pincando em todo o sentido progresm
sivo a sua acentuada acção, mormen»
te quando os povos têm a ventara de
na sua região ou na sua terra haver
uma individualidade que torne conhen
cidas e lembre às instâncias superion
res as suas necessidades.

Mas o Pêso tem essa ventura um fin
lho sea com o mais desinteressado e
acendrado bairrismo, cívica virtude,
que o torna notável põe em acção
para a. prosperidade da terra que lhe
foi berço, da terra que alberga em si
as cinzas dos seus progenitores, tôda
a sua constância, sacrificando com
denodo e roubando talvez bastas vem
zes, à sua vida particular e de negó-
cio, tempo que lhe seria precioso, tado
aliado áquela circanstância da saa
bôlsa estar sempre aberta a todas as
realizações.

Por isso, destaca»se dos que impan»
do de importantes, só por si nada fam
zem, integra-se na alma dos habitan»

 

deira satisfação e grande alegria.

A propósito, diz-nos um ami- ‘

go dali, em postal de 29 de Se
tembro: «Permitam-me que qua-
lifique de formidável a reporta-
gem publicada no último núme-
ro. Despertou sensação e interês-
se vivo a sua leitura».

a a

ESTUDANTES

Já debandaram para os liceus
e colégios os diversos estudan-
tes da Sertã que frequentam o
ensino secundário.

Alguns rapazitos, que no últi-
mo ano fizeram o exame de ad-

missão, é a primeira vez que

partem pata longe das famílias,
ingressando em meios completa-
mente desconhecidos, mas onde

facilmente se adaptam e familia: |.

rizam. Vão encontrar uma vida
nova os simpáticos garotos, um
mundo estranho, que lhes ofere-
ce certa curiosidade.

Abre-se, na sua frente, um por:
vir incerto, que êles vêem pelo
prisma côr de rosa…

Agora já estão a matutar, nas
férias do Natal, anciosos por vir
abraçar os pais e contar os epi-

f : À Der | sódios do primeiro período de
por nêle se inserir correspondên-

aula, as suas traquínices e as dos
companheiros; e chegam, depois
todos contentes, a impar de im-
portância !

Que sejam todos felizes e pro-
porcionem a maior alegria às fa-
mílias, são os nossos sinceros
desejis.

«too pg

Trabalhos Agrícolas do Mês

– Nos eampos, hortas e pomares —
Semeiam-se acelgas, agriões, alpo, al-
faces para inverno, azêdas, beterraba
para salada, cebolas, cenouras, chicó-
rias, couves, coentros, diversas ervi-
lhas, favas, nabos, rabalentes, salsa,
giesta, pinhões, tojo, luzerna, trevo e
outros pastos, Plantam-se alcachofras
e espargos, colhem-se as peras e ma-

| çãs serôdias, que se colocam nos ma-
“dureiros. Limpam-se os troncos das

geral, às 9 horas; missa solene e: árvores e [apanha-se tôda a fôlha cai-

da das mesmas. para se queimar e evi-
tar que, mais tarde, apareçam os males
que dão cabo da“fruta

nos jardins — Plantam-se. neste
mês, para florir de Janeiro a Abril: rai-

| núnculos, jacintos, túlipas, narcisos ou

junquilhos, ixias, sparaxis, frésias, iris,
crocus, etc. Cavam-se e estrumam-se
os jardins e, sem o tempo correr fres-
co, já se podem plantar roseiras, do
meado do mês em diante. Arrancam-see
guardam-se os tubérciilos de dálias,
para serem plantados em ‘março. Co-
meça a floração dos crisântemos ou
despedidas de verão, que não devem
apanhar chuva, para não se estragarem,

tre

“DOENTE

Tem passado bastante incomo-
dada de saúde a sr.* D. Maria
José do Vale Santos, espôsa do
nosso amigo sr. Carlos dos
Santos.

Desejamos, muito sinceramens

i

tes do Pêso, que com êle se solidari-
zam e segundo as normas do Grande
Mestre: «Todos por um e um por tom
dos», consegae o seu objectivo e as»
sim tem todos por êle, que é por todos.

Exemplo de civismo que deveria ser
imitado por aqueles a quem o autorin
tarismo exagerado, roubando-lhe as
simpatias do pova que os torna sós,
levando-lhe o prestígio que poderiam
ter, e arredando de si a passos agin
gantados, os que hoje ou no Íluturo,
poderiam ser cooperadores, não de
vindictas, mas de ama obra próspera,
sSaneadora de actos e vontades, muito
precisa para o progresso de uma term
ra, cujo povo, cônscio dos seus devem
res, não aceita de bom grado certas
atitudes contrárias às relações que
lhe poderiam ser úteis para 0 desen-
volvimenta da sua terra.

“— Encontra-se doente o estimado
assinante e amigo da «Comarca» Sr.
Vicente Baptista Santos.

— Tivemos o prazer de abraçar
aqui o nosso estimado conterrâneo e
amigo sr. Armando Campino, digno
aspirante de Finanças em Mação, que
veio de visita a seus estremosos pais

e ir mãos.
C.
4

SERNACHE DO BOMIJARDIM, 28
— No domingo último realizou-se um
desafio de futebol entre um grapo «11
Leões», de Tomar e o grapo local.

Saía vencedor por 7-2. 0 grapo rim
sitante, vitória merecida, pois embora
os rapazes do Atlético trabalhassem
com entusíasmo, não podiam ter a
pretensão de igaalar um grapo da cam
tegoria dos nossos visitantes, que é
aum grupo de valor,

— Depois de uma prolongada estiam
gem visitou=nos nos últimos dias a
chava, já bem necessária para alguns
“trabalhos agrícolas da época.

: O ano agrícola foi mau em cereais,
legames e vinho, prevendo-se por isso
um ano de maiores dificuldades.

— Estão regressando à capital gran»
de número de pessoas que aqui viem
ram passar a estação calmosa, tendo
a Companhia de Viação dificuldade
nó seu transporte devido à ialta de
combustíveis. É

C.
toda

MANIFESTO

Nos termos do decreto n.º
26.408, desde 1 do corrente até
31 de Dezembro, todos os agri-
cultores deverão fazer o manifes-
to da produção agrícola de mi-
lho de sequeiro, arroz, feijão,
batata de regadio, figo sêco, uva
para vinho, castanha, azeitona
para conserva e cortiça.

Nas regedorias distribuem.se

pelos proprietários que lhos re-

quisitarem os impressos para o
referido manifesto.

Os transgressores ficam in-
cursos nas penalidades da lei
pela falta de declaração ou pela

declaração falsa.

SrBLIS—

Eº amigo dedicado da

sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,

todos os patrícios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se

| te, as suas melhoras,

fizer nêste semanário,

|Notasa lápis

(Continuação)
MUITAS e muitas vezes nos

temos dirigido aos nos-
sos estimados Corresponden-
solicitando-hes a remessa de
notícias, respeitantes à área
das suas freguesias, com certa
regularidade, especialmente
quando ocorram factos de im
vortância e, por isso, dignos
de menção e acentuando que os
acontecimentos previstos se-
sam noticiados com a antece-
dência devida. Há, nisto, al-
gum interêsse para o público,
que, evidentemente, precisa de
se servir com lialdade e a tem-
poe horas.

Se nós temos por todos os
Correspondentes a máxima
consideração, também merece-
mos que nos paguem na mes-
ma moeda…

Com isto, não pretendemos
fazer exigências, mas, apenas,
vedir um ponco mais de as-
siduidade no noticiário, sos
bretudo quando êle pode con»
ter alenm interêsse para as
freguesias.

Pete

‘PODOS os dias sobe o custo
da vida e, de tudo o gue é
preciso, são os víveres em que
mais se nota a carestia, certo
e sabido que podemos andar
de fato coçado e de botas cam»
badas, mas ninguém pode pas-
sar sem comer.
O problema da alimentação
é grave e de respeito, por que
há falta de algans géneros e
doutros ponca abundância e,
caríssimos como são, todo o
dinheiro é ponco para satisfa
zer as exigências imperativas
do estômago, ainda mesmo
quando se não queiram exce-
der os limites da frugalidade.
No mercado de sábado pas-
sado venden-se pescada a 13
escudos o quilograma! Uma
pequena e simples amostra,
a-final !

ha sua linguagem expressi-:

va, afirma o nosso povinho que

está tudo pela hora da morte!
Eº conceito filosófico sem

argumento possível,

HO

alguns dos nossos leitores

têm agradado plenamente
os artigos da autoria do sr.
Tenente José Alves Pereira,
sob o título «A guerra e as
grandes ilusões da humani-
dade».

Assim no-lo afirmam com
jrangueza, rogando, ao mes-
mo tempo, que entre as publi-
cações não haja intervalos tão
longos. Porque o nosso dese-
jo é servir os leitores amigos
o melhor possível, continuas
mos hoje a inserção da inte-
ressante e oportuna produção
literária, em que Alves Peret-
ra revela a sua cultura filosó=
fica muito apreciável.

Vivendo na selva, entregue à

ivida agrícola, Alves Pereira

encontra no estudo dos gandes
pensadores o sem predilecio
passa tempo, satisfazendo,
também, a avidez do sen espi-

rito caito.
otsgp tag

Novo Juiz da Comarca

Na pretérita 5.º feira tomou
posse do logar de Juiz de Direi-
to desta comarca o sr. dr. Eduar
do Marques Coelho Corrêa Si-
mões, vindo de Lisboa, onde
exercia as funções de Delegado
de 1.º Classe da 2.º Vara.

À posse foi conferida pelo sr.
dr. Carlos Martins, 1.º substitu=
to do Juiz de Direito, assistindo
ao acto, além dos funcionários
da respectiva Secretaria e dou-
tras repartições, muitas pessoas
de elevada representação no meio.

Ão st. dr. Corrêa Simões, que
sabemos ser um magistrado dis-
tinto, apresentamos os nossos
respeitosos cumprimentos de
boas vindas, fazendo sinceros
votos por que, no desempenho
do seu novo cargo, encontre,

sempre, asâmaiores Ielicidades, À

D. Emília dos Santos “Rives

Em Sernache do. Bomjardim,
donde era natural, faleceu, no
passado dia 27, a sr.* D. Emília
do Santos Alves, de 69 anos de
idade, casada com o nosso ami=
go e assinante sr. Manel Alves,
mãi da sr* D. Edviges Alves e
do st. António Alves, de Serna-
che, da sr. D Ermelinda Alves,
espôsa do sr. Vergílio de Sousa,
de Lisboa, da sr? D. Henriques
ta Alves do Brejo e do sr. José
Alves, residente em Fernando Pó.

O funeral realizou se, no dia.
imediato, com grande acompa-
nhamento, para o cemitério pas
roquial. Ci ROND

À tôda a família dorida, apre-
sentamos as nossas sentidas con

dolências.
«GBA

Convocações Militares –
Devem apresentar-se: até às
24 horas de 31 do corrente, no
R. A, L. n.º 1, em Evora, fican=
do adido àquela unidade. para
fregiientar a Escola de Recrutas
do 2.º Turno do ano corrente, o
soldado n.º 343/42, José Mendes
Matias, do Pôrto dos Fusos, Íre=
guesia de Sernache do Bomjar-
dim; e no Quartel da Guarda Na-
cional Républicana, às Janelas.
Verdes, em Lisboa, a-fim de se=
rem submetidos a exame para
soldados provisórios, o soldado
Henrique Domingos da Mata n.º
755/37, do R. A. L. n.º 4, da
Portela do Outeiro da Lagoa,
desta freguesia, dia 10 do cor-
rente, pelas 9 horas; e o soldado
António Dias, n.º 686/40, do R.
E. n.º 2, de Palhais, no dia 14 do
corrente, pelas 9 horas.

HOLA

Vacinação contra a Varíola

Além das vacinações nas free
guesias do Cabeçudo e Castelo,
marcadas, respectivamente, para
os dias 4 e 6 do corrente, efe.
ctuam-se, relativamente às. reso
tantes freguesias, nos dias e hos
ras que passamos a indicar ;

Carvalhal, dia 22; às 8 horas;

“Cumeada, 11, às 10; Ermida, 18,

às 8; Figueiredo, 18, às 12; Mare
meleiro, 11, às 8; Nesperal, 13,
em Sernache, às 14; Palhais,
27, às 10; Pedrógão Pequeno,
22, às 10; Sernache do Bomjar-
dim, 13 e 20, às 14; Sertã, 13,
20 e 27, às 12 (efectuada também
no dia 6); Troviscal, 25, às 9;
Várzea dos Cavaleiros, 18, às 14.

Os indivíduos das outras fre-
guesias podem, se quizerem, va-
cinar-se na sede do concelho, na.
Delegação de Saúde, nos dias,
já mencionados, de 13, 20 e 27
do corrente, pelas 12 horas.

EDITAL

Lúcio Amaral Marques,
Chefe da Secção de
Finanças do Concelho,
de Sertã. nc

Faz público que, de harmonia.
com o disposto no artigo 77.º 8.
3.º do Decreto-Lei n.º 16.731, de.
13 de Abril de 1929, e dentro do
prazo de 15 dias que se comes.
cam a contar da data do presente:
edital, podem. os contribuintes
dêste concelho sujeitos ao impos-;
to profissional-profissões liberais
tomar conhecimento da distribui=:
ção dos contingentes fixados às.
suas classes pela: Comissão e
apresentar no mesmo prazo quais
quer reclamações para a mesma
Comissão, sôbre essa distribuição

As reclamações lavradas em
papel selado devem ser assinadas
pelo interessado, ou a seu rôgo
dado perante Notário quando não
souber escrever.

E para que chegue ao conhe-
cimento de todos, se passou O
presente edital e outros de igual
teor que vão ser afixados nos
lugares de estilo.

Secção de Finanças do conce-
lho de Sertã, 30 de Setembro d
1942,

O Chefe da Secção de Finanças,
Lúcio Amaral Marques

 

@@@ 1 @@@

 

Dr. Rúben Anjos de Carvalho

Promovido a Delegado do
Procurador da República de 2.º
q partiu na 5.º feira passa-

a.
onde acaba de ser colocado, o
sr. dr. Rúben Anjos de Carva-
lho, que, durante o período em
que serviu nesta comarca, con-
quistou, pelo seu saber, alto es-
pírito de Justiça e lhaneza, a sim-
patia e respeito, não só dos tun-
clonários e advogados com quem
privou, masetambém de toda a
população desta terra, que admi-
rava e muito apreciava, sobretu-
do, a simplicidade de maneiras e
o convívio do distinto magistra-
do, possuidor de uma cultura e
educação que o impunham à
consideração geral,

“Não podemos deixar de recot-
dar, neste momento, o grande in-
terêsse que o sr. dr. Rúben de
Carvalho, dentro do seu cargo
teve com o Patronato das Prisões,
obra de extraordinário alcance
social e moral em benefício dos
infelizes reclusos e que bastantes
e proveitosos serviços prestou.

Também cabem aqui, quanto

à nós, duas palavras de agrade-
cimento ao íntegro magistrado
pela valiosa colaboração que, por
diversas vezes, prestou a êste
semanário. Nestas páginas inse-
rimos alguns artigos de raro me.
recimento saídos da sua pena
brilhante, cuja fluência de estilo
é belos conceitos punham em
evidência um grande saber, um
estudo aturado pelos importan-
tes problemas de carácter social
e uma inteligência esclarecida e
equilibrada.
Vila Franca de Xira fica agora
com um magistrado distintíssi-
mo, pessoa de invulgares quali
dadas de carácter é de esmerada
educação : por isso felicitamos o
povo da importante terra estre-
menha, ao mesmo tempo que
apresentamos ao sr. dr. Rúben
de Carvalho respeitosos cumprie
mentos e os melhores votos pe-
las suas felicidades, agradecen-
do, também, os seus amáveis
cumprimentos de despedida.

Ao bota-fora do sr. dr. Rúben
de Carvalho assistiu elevado nú-
mero de pessoas da maior repre-
sentação da Sertã.

Grande tempestade

“Desde 3.º feira da semana pas-

sada que o tempo sofre oscila-
ções bruscas, parecendo que O
Outono entrou com fúrias de
leão…

– À’s bátegas torrenciais, frio e
rajadas de vento norte dos pti-
meiros dias, sucederam – se as
chuvas miúdas e vento suão, aba-
fadiço, nos últimos dias da se-
mana. Na 4.º feira, o vento atin-
giu uma violência inaudita, a
ponto de muita gente imaginar

que se estava em presença dum,

ciclone.

“Nos arrabaldes da Sertã mui-
tas árvores caíram com fragor e
dentro da vila, na praça e par-
que do hospital, algumas perna-
das deslocaram-se dos troncos.
Arêde-de instalação eléctrica tam-
bém sofreu danos ; à hora a que
E o ainda há zonas sem
disse é a

“As chuvas originaram enorme
cheia na ribeira ande, sobretu-
do na 3.º e 4.º feira, oferecendo
aspecto, digno de admiração, o
volume “e impetuosidade das
águas barrentas ; em certos pon
tos, -a’ribeira invadiu as hortas
marginais, causando estragos de
monta.

Muitos prejuízos deve ter cau-
sado ‘o temporal na região, so-
bretudo à agricultura.

Os jornais dão conta da vio-
lenta tempestade que assolou to-
do o País, registando mortes
nalgumas povoações.

Enfim o Outono entrou com
o pé esquerdo.

Este número foi visado pela
” Comissão de Censura
E de Gasíelo Branco

para Vila Pranca de Xira, |

A Gomaroa da Sorth

À suerra-e ag-grandes ilnsões
da humanidade

(Continuação da 1º página)

Por ser o ente superior e ulti-
mo na escala dos seres vivos é
êle o mais complexo, atingindo,
pois, a máxima variedade nos
sus órgãos, aliada à maxima
perfeição, independência e, ao
mesmo tempo, perfeita unidade
do todo.

“a core cCoçoto ooo Lo D 0 go ç..

Todo o aumento de trabalho
e actividades requere a sua divi-
são; esta leva à especialização;
esta à independência e perfeição
pela concentração do esforço e
assim tem sido através as idades
geológicas o desenvolvimento de
todos .os seres, de tôda a vida
até chegar ao homem.

Este é o facto inegável e que
se constata de tôda a história
dos seres. Dizer agora que as so-
ciedades — família, comunas, as
sociações várias; agrupamentos
distritais, provínciais, nacionais
ou a natural dependência das na
cionalidades dum fim único — a
perfeição do género humano—é,
apenas, a concretização no espa-
ço e no tempo dessas leis natu-
rais irrevogáveis, uma determi-
nação, um alargamento, forçoso,
necessário dos altos poderes da
personalidade humana é pouco
mais que afirmar coisas quási
evidentes.

Em tudo o que é organização
social os homens só podem in-
tervir como ajudantes, meros aju-
dantes, cooperadores inteligentes
e livres na obra que vem da
eternidade e se vaí constante-
mente aperfeiçoando, determinan-
do e esclarecendo nesse livro
eterno e imutável—a natureza—,

Mas:não se julgue que é com-
parando a essência física do ho-
mem, as suas faculdades e o seu
estado actual com os outros se-
res que concluímos a tendência
de todos os seres para a diver-
sidade para a diferenciação |

Certamente, o homem elevan-
do-se às leis mais gerais das coi-
sas pelo seu poder de compara-
ção, abstracção, generalização,
pode dominar uma grande varie-
dade de objectos de que conhe-
ce as relações, dependências etc.,
mas de que lhe valeria isto se
tudo morresse com êle?! Quere
dizer: isto pouço o distanciaria
do irracional se êle não tivesse
o dom da fala, da linguagem.
Porque é só pelas acumulações
do passado e em face délas que
êle póde exercer e alto poder das
suas jfaculdades, confrontando,
comparando as suas aquisições
com tôdas as que o antecederam
em qualquer dominio intelectual.

Eis a mola real que faz mul-
tiplicar, assombrosamente, as dis-

tancias dos seres a que foi dado,

esse privilégio de galgar as dis-
tancias sobre as montanhas do
passado, aproveitando tôdas as
descobertas aquisições e mate-
riais que a humanidade tem acu-
mulado!

(Continua)

À inauguração da Casa do
Povo do Pêso

Excerptos do discurso profe-
rido pelo sr. Artur Farinha
da Silva na sessão solenes

ooo core c ore ceoocoDa cane so nts cos ..

E’ grande e extraordinária a obra que
hoje se inaugura. Como não há-de ser
grande se é concepção e realização:
dessa figura que — pelos dons sublimes
de alma e qualidades de estadistasemi-
nentíssimo, homem de acção e orienta-
dor pelo seu próprio Estatuto — ocupa
em todos os bons portugueses O me-
lhor logar nos seus corações — SALA-
ZAR.

Compreendo esta obra e seus fins
desde o dia em que o Presidente, sr
Manoel Farinha Portela, em 1935, se
me dirigiu para eu me inscrever sócio.

Compreendo-a, tudo me impeliu a li-
gar-me a ela pelo espirito !…

Em 1938, a mesma entidade mostra-
va-me o primeiro esbôço-pianta, fa-
zendo«o com tal entusiasmo que previ
para breve a sua conclusão. Previsão
acertada !… Olhamos para esta obra
e notamos qualquer coisa de orandioso,
principalmente em um meio pequeno
como o nosso. Mas a sua principal
grandeza não está na altura ou espes-
sura das suas paredes, nem no número
ou grandes dimensões das suas salas,
nem na perfeição das suas linhas ar-
quitectónicas; está — inquestionâvel-
mente — na beleza dos fins a que se
destina, em tão perfeita harmonia com
a palavra de Deus: praticar para com
o próximo todo o bem que se puder.

Haverá alguém que não compreenda
ou não queira compreender fins tão ele-
vados ? Há… infelizmente ! Lutar para
que tal incompreensão não persista é
o dever de todos que se julgam pos-
suídos de bom senso e amor à sua
terra.

cio, a acção da Casa do Povo do Pêso
teve início em fins de 1935. Não pre-
tendo fazer um relato minucioso dos
benefícios dispensados até hoje, mas a
alguns me referirei. Em assistência
médica — digo-o com vaidade — são
importantíssimos. Possue uma sala de
consultas e operações, com medicamen-
tos de maior urgência e algum material
cirúrgico, oferta, na sua maior parte,
do Exm.“ Sr. Presidente da Junta Pro-
vincial da Beira Baixa, a quem dirijo,
com a mais elevada consideração —por
tal motivo — os melhores agradeci-
mentos deste laborioso e honrado po-
vo. Milhares de consultas no respecti-
vo posto e visitas no domicílio aos en-
fermos e algumas centenas de pequeu
nas e regulares operações representam
a assistência médica durante poucos
anos à população desta pequena fre-
guesia. Todos estes trabalhos têm sí-
do absolutamente gratuitos. Tudo isto
parecerá pouco aos olhos de muitosl…
Não se lembram de que o dispêndio
com uma visita médica desequilibrava
a vida dos que não eram abastados! A

esta terra do Exm.º Sr. Dr. Ponces
de Carvalho, a quem êste povo se deve
mostrar reconhecido, muito têm con-
corrido para que. tal assistência tenha
sido de resultados satisfatórios.

A Instrução, que nivela, tantas e tan-
tas vezes, O indivíduo de origem mo-
desta e até mesmo de paupérrima aos

brazonados, é carinhosamente dispen-
sada nesta bela casa. Mantém, quando
as necessidades o exigem, um curso
nocturno, tem a sala de leitura, onde se

-franqueada a todos sem distinção.

Queremos advertir os sócios efecti-
vos, isto é, aqueles para quem as Ca-
sas do Povo foram criadas, pois são os.

10000 seo 0 0000 050

benefícios, que existe já uma nova mo-
dalidade de assistência social, ou seja
o subsídio por invalidez.

O interêsse que Salazar tem pelas

pera para melhorar as condições mate-
riais do Povo Português, encontrâmo-
lo, em resumo, na resposta que deu há

 

Se hoje se inaugura êste belo edifi- ‘

competência e grande dedicação por

gratides senhores nascidos em palácios’

encontram livros, revistas e jornais;

que directamente recebem todos os

Casas do Povo e o muito que delas es- ‘

RR

tg

IGREJA DO TROVISCAL

Principiaram os trabalhos de reparação da igreja matriz do
Trovíscal, para que o Estado concedeu a comparticipação de 22

contos,

saindo o restante do «Fundo Paroquial».

As obras foram

arrematadas pelo st. Pedro de Oliveira, pintor e dourador, desta

vila.

A iniciativa da restauração do templo deve se. exclusivas
mente, ao pároco da freguesia, nosso amigo sr. P.º Manoel Mar=

tins, que é também Presidente

da Junta e da Comissão Fabriquei=

ra; a comparticipação foi conseguida com o seu esfôrço e é ainda,

graçes a êle,
gularidade. Mostra,

que os trabalhos se estão executando com tôda a te-
assim, o sr. P.º Manoel Martins, um grande

zêlo pelo culto e pelos interêsses da freguesia do Troviscal e por
isso lhe estão muito reconhecidos todos os paroquianos, que sem-
pre tiveram na melhor conta as suas faculdades de trabalho e espí.

rito de bem-servir, admirando, também,

as suas virtudes e quali-

dades de carácter, que de há muito o impuseram à consideração

pública.

As obras de reparação da igreja compreendem o rebôco in-
terior e exterior das paredes, substituição completa de duas janelas
e da porta principal, douramento de todos os altares a ouro fino,
consêrto do soalho, colocação de novos vigamentos, de todo o
madeiramento preciso e de um lambrim de azulejo decorativo, de

fabrico nacional, com a altura de 150 metros e
telha nova, de metade da existente.

substituição, por

pouco aos representantes dos Sindicatos
Nacionais: «Para não ir mais longe —
diz Salazar — na enumeração de coisas
materiais, que, aliás, estão à vista, di-
rei apenas: A Organização Corporati-

com 230.000 sócios e 12.009 contos de
rendimento anual, destinados a assis-
tência médica e farmacêutica, a subsi-
dios na doença, no parto, por morte e
— quem havia de dizê-lo? — na inva-
lidez, estando já a pagar-se a traba-
lhadores rurais inválidos — e é o co-
a 1.200 contos anuais de subsi-
ios.

ecos oo Lo LOU ncs os co esa
x

A Casa do Povo tem de ser dentro
do nosso querido Portugal a bandeira
desfraldada que anunciará para lá fron-
teiras que lutaremos por Deus, pela
Pátria, pela Família.

Se me fôsse imposto, ao convidarem-
me para falar aqui que não poderia di-
zer mais do que duas palavras, uma
seria reservada para enaltecer a acção
extraordinária, nesta obra, de Manoel
Farinha Portela. O seu suor tantas e
tantas vezes se misturou com argamas-
sa que deu resistência para muitos sé-
culos a estas paredes. Desde a sua ac-
ção junto de entidades superiores até
aos pequenos pormenores de adminis-
tração desta obra, êle foi a alma ar-
dente e devotada, e sem desfalecimen-
tos, que lhe deu forma grandiosa. O
seu espírito anima, dia a dia, êste ba-
luarte do Bem. Sem o seu esfôrço,
sem a sua alma de grande patriota e a
dedicação de amigo devotadíssimo da

sua terra, esta obra não podia ser um
facto.

Salazar estã connosco, ouço a sua:

recceco nono consmesosos.

: voz — e como não hei-de ouvi-la se 0
va dispõe já de 400 Casas de Povo | EU

Mundo inteiro a ouve e deseja ! — ou-
ço a-sua voz de Chefe de um Povo que
foi grande, que é grande, que será sem-
pre grande. As suas palavras ornam as
paredes desta sala, emmolduradas pela
nossa veneração e pelo nosso patrio-
tismo, : a

A nossa alma, ajoelhada perante O
altar da Pátria, saúda o venerando
Chefe do Estado, st. General Carmona,
Saúda Salazar, o homem que a Provi-
dência nos enviou nesta época de tan-
tas incertezas.

gap
O DESASTRE EM ÁLVARO

Tem experimentado melhoras
o menor José Antunes Nogueira,
filho de João Antunes Telhada,
de Alvaro, que, naquela vila,
como dissemos, foi atingido pela
carga de uma espingarda caça-
deira, de carregar pela bôca, na
oficina do serralheiro José Baras
ta da Silva pouco depois de êste
ter metido a arma na forja a-fim-
de substitutr os pipos.

O pequeno continua em trata-
mento no hospital local

A MARGEM DA GUERRA

Infantaria alemã na frente sovietiça

NA FRENTE DE SEBASTOPOL — Uma Vila incendiada pelas tropas bolchevistas e ocupada pelas forças alemãs